sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lição 5 – Expiação Anunciada

Queremos lembrar-lhe, ao estudamos estas lições da Escola Sabatina no tema da "Expiação," de que a palavra não é um termo latino que possa ter um significado confuso. É puramente anglo-saxão simples que pessoas comuns podem entender instantaneamente: significa "ser feito um".

E a alienação que cura foi unilateral—nós seres humanos somos os que nos separamos, ou nos isolamos; é “a inclinação da carne (que) é inimizade contra Deus” (Rom. 8:7).

Deus sempre foi reconciliado a nós, nenhuma "inimizade" da Sua parte. Foi o Pai que "amou o mundo de tal maneira" que Ele "deu Seu Filho unigênito" para demonstrar Sua união conosco (João 3:16). A dádiva foi total, o esvaziar-Se de Si ao assim ir até à "morte da cruz" (ver Fil. 2:5-8) foi a própria morte no inferno—a segunda morte1.

A "inimizade" é excessivamente dolorosa de se suportar, especialmente quando separa duas pessoas que uma vez se amaram e uma vez eram "um". Um divórcio, por exemplo, pode ser pior que a morte; se ódio entrou onde uma vez só amor reinava—o espírito humano não conhece nenhuma amargura pior.

O Pai amoroso quer que o universo inteiro saiba que Ele já Se reconciliou a nós pecadores, e que Seu amor reconciliador cura as feridas que tal alienação traz.

Quando esta Boa Nova rompe no escurecido alienado coração humano, se o coração for honesto será derretido em contrição: "Preocupa-Se Ele comigo? É Seu divino coração ferido por minha alienação intencional dEle? Oh, arrependo-me de minha alienação dEle"!

A resposta do coração crente está a milhões de quilômetros de ser centralizado em si mesmo: temor de inferno não entra nela, e esperança de recompensa é esquecida2. As palavras sublimes descrevem esta alegria: "Temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo" (*Rom. 5:1).

Por Ele "temos entrada pela fé a esta graça na qual estamos firmes" (*vs. 2). Nenhuma alegria no grande universo pode se igualar a isto! O peso (*que estava sobre nós) foi retirado. Por fim nós compreendemos que Seu "jugo é suave, e [Seu] fardo é leve" (Mat. 11:28-30).

"Doravante" servimos Àquele que morreu por nós não por causa de temor do inferno nem por esperança de recompensa no céu, mas unicamente porque Seu amor [Ágape] "nos constrange". É a alegria que é suprema no universo de Deus.

Os acadêmicos podem descrevê-la como "expiação anunciada," e isso é bom; o "anúncio" é a Boa Nova que Paulo diz "é o poder de Deus para salvação" (Rom. 1:16).

A alegria desta Nova é simplesmente indescritível.

É minha oração que você possa, caro leitor, saber de primeira mão; que esta oração é oferecida por você de um coração agradecido.

Robert J. Wieland

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.

Notas do tradutor:

1) Foi a morte para a qual não há retorno, a norte que nós conhecemos é apenas um sono, e é, e será, reversível pela ressurreição

2) “Não é o temor do castigo, ou a esperança da recompensa eterna, que leva os discípulos de Cristo a segui-Lo. Contemplam o incomparável amor do Salvador revelado em Sua peregrinação na Terra, da manjedoura de Belém à cruz do Calvário, e essa visão dEle atrai, abranda e subjuga o coração. O amor desperta na alma dos que O contemplam. Ouvem-Lhe a voz e seguem-nO.” DTN, 480

A única motivação que deve nos levar a seguir a Cristo é a vindicação do caráter de Deus.

Cronologia da Morte de Cristo.


A lição de 30/10/08, quita feira, “Anunciado em Daniel”, no último parágrafo nos chama a atenção para o quando do cumprimento profético da morte de Cristo.
O Comentário Bíblico, vol. 4, pág. 852, 2ª coluna, diz que: “O cumprimento das predições conectadas com a 1ª vinda do Messias, no tempo especificado na profecia, dá segurança ...”
Assim, faz sentido a declaração atribuída a Sir Isaac Newton, físico, astrônomo e matemático inglês (1642-1727):
“Aquele que quiser rechaçar as profecias de Daniel, pretenderá, por isto mesmo, enterrar a religião cristã, uma vez que esta foi fundada por Cristo sobre as predições de Daniel.”
Com efeito, “Daniel predisse que o longamente esperado Príncipe Messias, apareceria num tempo especificado”, ibidem, pág. 853, 2ª coluna. Em O Desejado de Todas as Nações, pág. 233, nos é dito: “A nota predominante da pregação de Cristo, era: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo ... O ‘tempo’ que Ele declarava estar cumprido, era o período de que o anjo Gabriel falara a Daniel, as Setenta semanas.” (Mateus 1: 15).(grifos nossos).
Paulo diz: “Cristo nossa páscoa foi sacrificado por nós”, 1ª Cor. 5: 7.
Com esta declaração de Paulo muitos, entre nós, têm datado a morte de Cristo como tendo ocorrido em 14 de NISAN, dia em que o cordeiro pascal era sacrificado.
Entretanto a Bíblia e o Espírito de Profecia sincronizam a morte de Cristo não com o dia em que o cordeiro pascoal era morto, mas com o em que era comido.
Com efeito o cordeiro era morto no dia 14 do mês de (Abib, depois da saída do Egito chamado de:) Nisan, à tarde, Exodo 12:6. E comido após o pôr-do-sol, naquela noite (vs. 8), sendo, portanto, já o dia 15.
O dia 14 de Nisan, caiu, naquela páscoa, em uma quinta-feira, sendo assim a Sexta-feira dia 15 de Nisan (27 de abril do ano 31 d.C.).
Mas a prova matemática disto (a prova dos nove) nos é dada por uma informação que temos em O Desejado de Todas as Nações, pág. 569 que “...foi no primeiro dia da semana que Cristo fez sua entrada triunfal em Jerusalém”, e, duas páginas à frente, com aquele ato, Ele, “...voluntariamente se pôs à parte como oblação” (oferta).
À página 399 (4º§) nos é dito mais que “aqueles símbolos se cumpriram não somente quanto aos eventos mas também quanto ao tempo.”
A prova matemática destas declarações de mais de 100 anos atrás, está em Êxodo 12:3 e 6, que diz: “Aos 10 deste mês tome cada homem um cordeiro... e vós o guardareis até o 14º dia....” (quando seria morto à tarde).
A PROVA ESTÁ EM QUE, o dia 10 de Nisan, do ano 31 d.C., tendo sido um Domingo, você verá que a quinta-feira foi 14 (quando o cordeiro foi morto, á tarde) e à noite, comido, sendo, portanto, já o dia 15 de Nisan, por ser após o pôr-do-sol.
Paulo completa a prova dizendo: “ ... o senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão...” 1ª Cor.11.23, ú.p.
Naquela Sexta-feira Ele comemorou a páscoa com os discípulos, foi traído, julgado, e morto.
Em O Grande Conflito nos é dito que o reino da graça, embora instituído no Éden, foi, entretanto, estabelecido somente com a morte de Cristo (página 347). “A morte de Cristo foi a prova máxima dos anseios dos discípulos...” (idem, pág. 348).
Assim, o calculo para chegarmos à morte de Cristo é muito simples, adicione 466,5 anos a 28/29 de outubro do ano 457 a.C. e você chegará (respeitadas algumas nuances dos calendários) a 26/27 de abril do ano 31 d.C.
Também adicione 3,5 anos e chegará ao ano de 34, e mais 1810 anos atingirá também a 1844.
Lembre-se, o que “sela a visão e a profecia” é a morte de Cristo, que ocorreu em 26/27 de abril do ano 31 d.C. —Para a precisão matemática proceda assim: de 26/27 de abril do ano 31 d.C. recue 486,5 anos, e você chegará (respeitadas algumas nuances dos calendários) a 28/29 de outubro do ano 457 a.C.
Há que se prestar atenção aí no cálculo da transição das eras a.C. para d.C.1, ou seja da era pagã para a era cristã2.
Eu sugeri que, com base no sistema histórico convencional, iniciado no 8º século da nossa era, pelo historiador inglês Bede (Colgrave e Mynors, 1969) em que a transição das duas eras foi:-3 a.C, -2 a.C –1, a.C, 1 d.C, 2 d.C... etc... fosse subtraido apenas 485,5 anos, considerando que o ano 457 já estava quase terminando, com 2 meses para se encerrar (faltado apenas os dias de 29/10 a 31/12 de 457 a.C).
Mas, este não é o procedimento tecnicamente correto, embora seja o adotado por, praticamente, toda a humanidade hoje, e sim, a contagem de “linha numérica direta”, acrescentando um ano a mais, correspondente ao ZERO. Assim estará usando-se o sistema astronômico criado por Jacques Cassini: -2 a.C; -1 a.C, ZERO; 1 d.C; 2d.C; etc.. (Cassini 1740).
Este sistema leva em consideração a fração do ano 457, e todas as horas e minutos do longo período apresentado por Daniel 8:14, possibilitando-se o cálculo exato, astronomicamente, como feito pelo Jet Propulsion Laboratory, da Nasa quando o irmão Juarez lá esteve. Entre os cálculos dos cientistas daquele órgão e os do irmão Juarez houve a diferença de apenas um minuto.
Recuando-se 486,5 anos, do dia 15 de Nisan (27 de abril do ano 31 d.C) e acrescentando-se um ano a mais correspondente ao ano ZERO, chegar-se-á ao ano 457 a C.
Para o cálculo a nível de hora, usa-se o calendário divino, bíblico-judaico, lunisolar.
Parte-se do dia da expiação, porque este é o assunto de Dan. 8:14, dia 10 de Tishry do ano 457 aC., às 3 horas, porque é a hora do sacrifício da tarde (o auge do cerimonial da expiação, e a hora em que o anjo Gabriel veio e tocou em Daniel, Dan. 9:21) e chega-se logo após o pôr-do-sol do dia 14, portanto dia 15 de Nisan, (27 de abril do ano 31 d.C) quando Cristo celebrava a páscoa com os discípulos, com precisão matemática a nível de hora. Ali, pela última vez, encontraram-se os dois cordeiros, o tipo e o antítipo (“O Cordeiro que tira o pecado do mundo” João 1:29).
E ali Cristo faz a transição dos dois sistemas, do tipológico para o real, da cerimônia da páscoa para a cerimônia da santa ceia.
—João Soares da Silveira
Notas:
1) L.E.Doggett, em Explanatory Supplement to the Astronomical Almanac; colhido de Cronological Studies of Daniel 8:14 and 9: 24 – 27”, de autoria do irmão Juarez Rodrigues de Oliveira, pág. 151. Imprensa do UNASP, campus de Engenheiro Coelho, Imprensa Universitária Adventista, Home Page: http://www.unaspress.unasp.br É em inglês, mas compensa você tê-lo. Uma versão em português está sendo providenciada. Há mapas de astronomia, sites os mais variados, e muito mais que você pode ir, gradativamente, utilizando e entendendo melhor. Eu diria que, cumprir o que Cristo disse com relação a esta profecia: “... quem lê entenda”, Mat. 24:15, Luc. 13:14, Luc. 21: 20, Dan. 9: 27 e 12:11) me parece ser muito mais que simplesmente ler estes textos.
2) A nossa dificuldade em entender este detalhe da transição das duas eras, talvez esteja enraizada na resistência de muitos séculos que a maioria dos países da Europa tiveram em aceitar a designação de anos negativos para a era pagã (a.C.), e no fato de nunca se ter corrigido a diferença entre o sistema histórico convencional, e o astronômico, que usa uma “linha numérica direta,” como num termômetro: -5; -4; -3; -2; -1; 0; +1; +2; +3; +4.
Veja, você celebra o 1º ano de vida do seu filho somente quando ele completa 12 meses de vida, até então você diz que ele ainda não tem um ano, e, pelos próximos meses, você falará que tem um ano; somente quando completar 24 meses de vida dirá que tem 2 anos, e assim consecutivamente.
Para melhor se entender este sistema numérico consideremos períodos de dez em dez anos como é o calendário usado pelos astrônomos
Para melhor se entender este sistema numérico consideremos períodos de dez em
dez anos como é o calendário usado pelos astrônomos:
-25aC; -24aC; -23aC; -22aC; -21aC; -20aC; -19aC; -18aC;-17aC. e-16aC (= 10 anos a. C.)
-15aC; -14aC; -13aC; -12aC; -11aC; -10aC; -9aC; -8aC; -7aC. e -6aC (= 10 anos a. C.)
. -5aC, -4aC; -3aC; -2aC; -1aC; 0 ; 1dC; 2dC; 3dC. e 4dC (5 anos a C e 5 d.C.) .
5dC; 6dC; 7aC; 8dC; 9dC; 10dC; 11dC; 12dC, 13dC. e 14dC (= 10 anos d. C.) .
15dC; 16dC; 17aC; 18dC; 19dC; 20dC; 21dC; 22dC, 23dC. e 24dC (= 10 anos d. C.)
Observe que há uma repetição harmoniosa dos últimos dígitos em cada coluna, até o ano
zero (cor verde), e outra série de repetição harmônica dos últimos dígitos nas colunas após
o ano zero (cor vermelha). Observe também a harmonia nas colunas cujos últimos dígitos
são 5 e 0 (cor azul). As duas colunas inteiras são harmônicas.
Portanto, sem o ano zero, como é o nosso calendário, esta harmonia desse sistema decimal desaparece.

Conclusão:
Sistema Histórico
Convencional                  -5aC.       -4aC.      -3aC.      -2aC.      -1aC.       1dC.        2dC.       3dC.        4dC.       5dC.       6dC.
a.C — d.C, por Bede
Sistema Astronômico
Por Cassini, c/ an                   0         -4aC.      -3aC.      -2aC.      -1aC.    0 1dC.        2dC.       3dC.       4dC.       5dC.        6dC.
= num termômetro

Período de 10 anos: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quem desejar os quadros acima mais ordenados nos peça via e-mail e mandaremos em anexo, onde a harmonia será mais visível. Nosso e-mail: Agapeed2001@yahoo.com.br

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Lição 4 – A Expiação e a Iniciativa Divina.

Nossa Lição realça corretamente que muito antes do pecado surgir no universo de Deus Ele tinha feito um plano para lidar com ele quando surgisse. Mas lembremo-nos de que mesmo que um "plano" tenha sido ideado, ainda assim o surgimento do pecado trouxe imensurável mágoa ao coração do Pai.

Por exemplo, o sofrimento que o pecado trouxe aos seres humanos é imenso, além de palavras. Isso é razão suficiente para ansiarmos que o Senhor volte para pôr um fim ao pecado. Mas o próprio Senhor quer voltar logo, porque nós aqui nunca sofremos sozinhos: "Em toda angustia deles Ele [o Senhor] foi angustiado, e o anjo da Sua presença os salvou: pelo Seu amor e pela Sua compaixão Ele os remiu; e os tomou, e os conduziu todos os dias da antiguidade" (Isa. 63:9).

Mesmo entre esses cujos corações não estão em uníssono com Deus, que sofrem na escuridão, esses também estão incluídos no sofrimento do Senhor. Mesmo nós, que somos pecadores por natureza, podemos nos simpatizar com o sofrimento de outras pessoas e também com o sofrimento das criaturas irracionais. Paulo diz: “Toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora, e não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando para a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rom. 8:22, 23).

E, se "toda a criação" geme em dor, que tal o Pai? Como deve Ele sofrer!

A palavra chave que necessitamos aqui é Gratidão” (*apreciação), uma das palavras favoritas de Ellen White. Não há nenhuma palavra para "apreciação" no Novo Testamento grego, mas sua ausência é uma revelação surpreendente: sua inexistência é muito eloqüente porque a idéia permeia as cartas de Paulo.

Ele era obcecado com o que aconteceu na cruz de Cristo. Mesmo não havendo nenhuma palavra para expressá-lo, seu poder de compreensão do que a cruz significava necessitava das palavras "apreciação de coração." Paulo sentiu que o seu coração não era suficientemente grande para expressar a idéia que ele queria exprimir; indubitavelmente ele leu a oração de David, "quando Tu dilatares o meu coração" Salmo 119:32 (*KJV, e veja o vs. 18) e almejava que o próprio coração mundano murchasse, e fosse "aumentado" para apreciar "a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor [Ágape] de Cristo, que excede todo o entendimento, para que [ele, Paulo fosse cheio] sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef. 3:17-19).

Cristo tomou a iniciativa em vir salvar-nos e em morrer a nossa segunda morte na Sua cruz. Não há nada que nós possamos fazer para pagá-Lo; mas O agrada quando pode achar pessoas que "apreciam" o que Ele sacrificou por nós!

Talvez, mesmo na Sua cruz, pendurando ali na escuridão, justo antes dEle gritar, "Meu Deus, por que Me desamparaste," o Pai O permitiu ter uma breve antevisão das multidões que "apreciariam" o que Ele fez. O salmo 22, você se lembra, é a oração que Jesus expressou quando pendurado na Sua cruz, como se um taquígrafo o registrara: A Ele foi permitido saber que "todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor... Uma semente O servirá. ... Chegarão, e anunciarão a Sua justiça ao povo que nascer, porquanto Ele o fez"1(Salmo 22:27-31).

É o seu coração suficientemente grande para "apreciá-lo”?

Robert J. Wieland

Nota:

1) No hebraico a última cláusula de Salmo 22:31, "Ele o fez", é uma única palavra, e diz que “Deus realizou tudo o que é dito no salmo”, Comentário Bíblico, vol, 3 da série SDABC, pág. 685.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

Adendo do tradutor:

Prezado irmão,

No contexto da mensagem de 1888 é importante a ênfase que a lição nos dá, na parte de 4ª feira, 23/10/08, quanto ao termo “é necessário”, convinha, importava. A idéia é que tais fatos tinham que acontecer com o Filho do homem, era uma compulsão, era mesmo indispensável para que o plano da salvação pudesse ser levado ao seu termo.

Jesus disse: “Vos CONVEM que Eu vá, porque se Eu nãoa for o Cobnsolador não virá a vós” (João 16:7)

Ao João Batista questionar Jesus quanto a batiza-Lo, Ele respondeu: “Nos convém (é necessário) cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15);

Paulo fala que nos convinha (era necessário) tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores...” (Heb. 7:26).

E mais “convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos” (Hebreus 2:17)

Convinha, “behoved” (KJV), (Gr. opheilo). O Comentário Bíblico vol. 7, pág. 407, define o termo usado na KJV, “behoved”:, como indebted, obrigação; must, verbo auxiliar para indicar obrigação; ought, verbo dever.. O Comentário nos sugere “comparar o uso do verbo e substantivos corelatos em Mat. 18:30, 34; 23:16: 6 e 7; João 13:14; I Cor. 5:10; II Thess. 2:13”. Como se vê o verbo convir em português não traz exatamente o mesmo sentido de obrigatoriedade. O mais perto que temos das idéias acima são os termos: conformar-se, ajustar-se; quadrar, servir. No latimconvenire” (estar de acordo, ajustar) é uma força vinculante. Era necessário que Ele em TUDO “fosse feito semelhante a Seus irmãos ...”

A participação de Cristo na plena natureza humana em seu estado decaído, é colocada por Ellen White como condição sine qua non para a salvação do homem. “Estava nos planos de Deus que Cristo tomasse sobre Si mesmo a forma e a natureza do homem caído, para que Ele pudesse ser aperfeiçoado através do sofrimento, e suportar em Si mesmo a força das tentações de Satanás, a fim de que conhecesse melhor como socorrer aqueles que são tentados.” E. G. White, Spiritual Gifts (Dons Espirituais), vol. 4, págs. 115, 116. “Por esse ato de condescendência, Ele seria capaz de derramar Suas bênçãos em favor da raça decaída. Assim Cristo nos tornou possível sermos participantes de Sua natureza.” E. G. White, em Review and Herald, 17 de julho de 1900.

Foi exatamente isso o que o autor da epístola aos Hebreus nos ensinou. Convinha que em tudo fosse feito semelhante a Seus irmãos”, “para que pudesse estar em posição de libertar os seres humanos de seus pecados.” (Heb. 2:17). E acrescenta: “Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (verso 18).

“Nosso Salvador veio a este mundo para suportar em natureza humana, todas as tentações com as quais o homem é assediado.” E. G. White, Sons and Daughters de Deus (Filhos e Filhas de Deus), pág. 230. “Ele conhece por experiência quais são as fraquezas da humanidade, quais as nossas carências e onde jaz a força de nossas tentações, pois Ele foi ‘tentado em todos os pontos, como nós, mas sem pecado’(Heb. 4:15).” O Desejado de Todas as Nações página 329, 2º §.

“Cristo sabe quão fortes são as inclinações do coração natural e ajudará em cada ocasião de tentação.” Mensagens aos Jovens, pág. 67,

“É um mistério inexplicável aos mortais que Cristo pudesse ser tentado em todos os pontos, como nós o somos, e ainda ser sem pecado.” Carta 8 de E. G. White, 1895. Citada no Comentário Bíblico, vol. 5, págs. 1128, 1129.

Certa ocasião, algumas pessoas questionaram a decaída natureza de Cristo. Ellen White lhes respondeu: “Tenho recebido cartas afirmando que Cristo não podia ter tido a mesma natureza que o homem, pois nesse caso, teria caído sob tentações semelhantes. Se não possuísse natureza humana, não poderia ter sido nosso exemplo. Se não fosse participante de nossa natureza, não poderia ter sido tentado como o homem tem sido. Se não Lhe tivesse sido possível ceder à tentação, não poderia ser nosso Auxiliador.” E. G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 408.

Tenha um feliz Sábado, em adoração do nosso maravilhoso Deus,

Lhe deseja o irmão em Cristo,

João Soares da Silveira

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Lição 3 – A Queda em Pecado.

"Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles pelo espírito de Sua boca. ... Porque falou, e foi feito; mandou, e logo apareceu" (Salmo 33:6, 9). Cristo é, essencialmente, a Palavra de Deus, a expressão do pensamento de Deus; e as Escrituras são a Palavra de Deus simplesmente porque revelam Cristo" (Ellet J. Waggoner).

João nos conta, "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1).

Ellen White expressa isto de modo simples: "Devemos tomar a Palavra de Deus como a lemos, as palavras de Cristo como Ele as falou" (Lift Him Up, Levantai-O, p. 265).

Deus deu Sua Palavra ao homem para ser recebida pelo Espírito Santo. Esta Palavra de Deus é uma extensão do pensamento de Deus, que não é senão a expressão da mente de Deus. Assim o homem, recebendo esta Palavra, seria um constante partilhador da mente de Deus—cumprindo a Escritura para, "Deixa estar em você a mesma mente que estava também em Cristo Jesus" (Fil. 2:5, KJV)1.

"E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que Ele tinha formado. E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento de bem e do mal. ... E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no Jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo, 'De toda árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore do conhecimento de bem e mal, dela não comerás, porque no dia que dela comeres certamente morrerás'" (Gen. 2:8, 9, 15-17).

Ao homem no jardim veio outra palavra—oposta à Palavra de Deus. Esta segunda palavra era a expressão de um segundo pensamento, e este pensamento era o produto de outra mente. Receber esta palavra seria receber o pensamento expressado na palavra; e receber o pensamento era ser participante desta segunda mente. Esta segunda palavra sempre é oposta à Palavra simples de Deus.

"Ora a serpente... disse à mulher..." (Gen. 3:1 e 4). Aqui estava a segunda palavra representando a segunda mente—aqui estava um "teólogo numa árvore" tentando explicar o real significado do que Deus havia dito.

Engano jaz na tentativa de explicar o que Deus quer dizer com o que Ele falou. Nunca há qualquer necessidade para isto2. A Palavra de Deus diz o que diz. Como um professor da Palavra de Deus, use qualquer quantia de tempo necessário para ajudar as pessoas verem o que a Palavra de Deus diz, mas nunca em momento algum tente explicar o que significa.

As duas maneiras estavam agora ante ela; as duas palavras, os dois pensamentos, e as duas mentes. Aceitou a segunda palavra e o resultado foi uma inversão da sua própria natureza. Satanás e o homem agora tinham a mesma mente.

Assim, quando “viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu e deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gen. 3:6). O fato de que outra mente tinha sido recebida era aparente (*visível), pois Eva agora via coisas que não eram assim (*reais).

Via que esta árvore não era boa para alimento; porque à parte dela cresceu "toda árvore agradável ... boa para alimento". Via que esta árvore não era agradável aos olhos; porque além desta árvore, "o Senhor Deus fez brotar toda árvore agradável à vista" (Gen. 2:9). E esta árvore que ela via que não era uma “árvore desejável para dar entendimento” (*vs. 6, isto é, para torna-la sábia). —isto foi demonstrado cada minuto desde então até agora!

Se Eva tivesse tido a "simples atitude" de permanecer com a primeira Palavra, exatamente como ela era, ela não teria pecado. Se tivesse dito a Satanás: "Eu não sei se a Palavra que eu citei significa o que você sugere, e eu não me importo, mas o que eu sei é o que a Palavra diz, e eu a tomarei exatamente pelo que diz; e aí me posiciono. Eu não comerei do fruto desta árvore porque a Palavra diz que eu não devo comer" (* “e ponto final”).

Nesta "simples atitude" reside o poder da Palavra divina para livrar a alma de pecar. Para cada pessoa esta "atitude simples" é tão verdadeira hoje, como era, e como teria provado ser a Eva. A Palavra divina, simplesmente guardada por Eva, eternamente a teria guardado de pecado . O Senhor Jesus, na carne humana (*caída, pecaminosa), foi livrado de pecar por simplesmente abrigar (*no coração) a Palavra divina. " Escondi a Tua Palavra no meu coração para eu não pecar contra Ti” (Salmo 119:11). "Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires" (Deut. 30:14).

O pecado de Eva estava em não crer e se agarrar à simples Palavra de Deus. Sua incredulidade tornou-se completa por sua desobediência em comer da árvore.3

Do mesmo modo hoje, nossa paralisia laodiceana origina-se da mesma questão encarada por Eva na árvore do conhecimento do bem e do mal—iremos nós fazer a "coisa simples" e ater-nos firmemente à Palavra de nosso Criador e assim sermos guardados de pecar, ou cairemos devido as interpretações, explicações, e "iluminações" do "teólogos nas árvores?

"Mas temo que não, de qualquer maneira, como a serpente enganou Eva pela sua astúcia, então suas mentes podem ser corrompidas da simplicidade que está em Cristo" (2 Cor. 11:3).

"Acredite que Jesus quer dar a entender exatamente o que Ele diz; tome-O pela Sua palavra, e prenda sua desamparada alma sobre Ele" (Ellen G. White, Review and Herald, 23 de junho de 1896).

Daniel Peters

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.

Notas do tradutor:

1) Inteligência deste verso de acordo com o original: A maioria das versões em português assim traduz Filipenses 2:5. “De Sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. A KJV diz: "Deixa estar em você a mesma mente que estava também em Cristo Jesus."

O Comentário Bíblico, vol. 7 pág. 154 tem isto a dizer: “Literalmente, ‘deixa este ser o pensamento’, mas significa, ‘tenha esta mente.’ Nos versos 1 a 4 o apóstolo apresentou a necessidade por unidade e humildade desinteressada (*sem egoísmo); agora, no verso 5 ele aponta à completa provisão para tal necessidade.” E à pág. 921, falando que “os servos ... em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador” (Tito 2: 9 e 10), diz: “Para adornar a doutrina de Cristo, nosso Salvador, nós devemos ter a mesma mente que houve em Cristo. Nossos gostos e aversões, nossos desejos de auto-satisfação, em detrimento de outros, devem ser vencidos. ‘Deixe a paz de Deus reinar em teus corações. Cristo deve ser em nós um poder vivo e operante’” (MS 39, 1896).

“O amor para com Deus, zelo pela Sua glória, e amor pela humanidade caída trouxeram Jesus à Terra para sofrer e morrer. Foi esse o poder que Lhe regeu a vida. Esse é o principio que nos manda adotar. ... É o amor de si mesmo que traz desassossego. Quando formos nascidos de cima, encontra-se-á em nós o mesmo espírito (*a mesma mente, sic) que havia em Jesus, o espírito que O levou a humilhar-Se a Si mesmo para que nos pudesse salvar” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 330 e 331).

“Satanás está operando por muitas formas, para que os próprios homens que devem pregar a mensagem se ocupem com teorias finamente elaboradas que ele fará com que pareçam de magnitude e importância tais que ocupem de todo a mente. ... Esforce-se todo ministro diligentemente para verificar o pensamento de Cristo. A não ser que vosso espírito (*vossa mente, sic) fique mais equilibrado com relação a certas coisas, vosso procedimento vos há de separar da obra, e não sabereis em que tropeçais. Avançareis idéias que melhor vos seria nunca havê-las originado” (Mensagens Escolhidas, vol. I, pág. 179).

“Oh, quão poucos são os que têm verdadeira familiaridade com o Pai ou com Seu Filho Jesus Cristo! Se estivessem imbuídos do espírito de Cristo, fariam as obras de Cristo. ‘Haja em vós o mesmo sentimento (*a mesma mente, sic) que houve também em Cristo Jesus’” (Mensagens Escolhidas, vol. II, págs. 194 e 195).

Cultivo do Caráter: Precisamos agora dar especial atenção ao cultivo do caráter. Haja em vós o mesmo espírito (mente, sic) que houve em Cristo Jesus, a fim de que tanto o maior como o menor obreiro de nossas Escolas Sabatinas sejam elevados e enobrecidos, de maneira que Jesus não Se envergonhe de os reconhecer como Seus colaboradores.” Conselhos Sobre a Escola Sabatina, pág. 113,

2) “Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. ... Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos” (Isaias 28:10 e 13). “A verdade deve ser apresentada claramente e com lógica, um ponto levando naturalmente a outro. Somente assim pode o homem tornar-se verdadeiramente familiarizado com a verdade. A Instrução deve ser dada como se fosse a uma criança por repetir o mesmo ponto vez após vez, e indo de um ponto a outro, por meio de gentis passos, como os homens cujas mentes foram obscurecidas pelo pecado são aptos a seguirem” (Comentário Bíblico, vol. 4, pág. 210, primeira coluna).

Isaias 28, verso “13. Caiam para trás. Deus falou a Seu povo claramente e com simplicidade, e eles não tinham desculpas. E Seus conselhos, que tencionavam trazer bênçãos, agora se posicionavam contra eles. A ‘principal pedra de esquina’ da verdade tornou-se para eles ‘uma pedra de tropeço e rocha de escândalo’ (I Pedro 2: 6-8; Isaias 28:16). O que foi dado para ajudar os homens tornou-se a causa da queda deles (veja Rom. 7:10)” (Ibidem, 2ª coluna).

3) Muitos são os exemplos desta incredulidade. O mais conhecido caso é o dos hebreus que por desobediência não puderam entrar na Nova Terra. Deus “jurou que não entrariam em Seu descanso ...os que foram desobedientes. Vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade (Hebreus 3:18 e 1

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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lição 2 – Crise Cósmica: Ruptura da Ordem Universal.

Nesta lição Satanás levanta sua acusação contra Deus “—Deus é mentiroso. Ele lhe disse que você morreria se comesse desta fruta, mas você não morrerá. Deus retem informação de que você precisa saber. Essa é a razão pela qual você necessita partilhar deste fruto, porque ao come-lo você tornar-se-á como Deus, sabendo o bem e o mal". O homem mordeu a isca. Adão, como o primeiro homem e pai da raça humana, nos vendeu à prisão, por assim dizer, e deu a esta raça pecado e morte na caída, pecaminosa natureza humana—tanto carne como mente. Assim a felicidade da inocência foi retirada da humanidade. O homem, que previamente conhecia unicamente o bem, agora aprendeu o mal.

Como nossa lição apresenta, este pensamento foi desenvolvido na mente de Satanás enquanto estava ainda no paraíso celestial. Uma mente sem pecado concebeu pecado—isto é um oximoro (*uma aparente contradição). Entretanto, obviamente, é possível para uma mente sem pecado cometer pecado. A escolha é sempre do indivíduo. Cristo morreu para que nós possamos ter o poder de escolha ainda que Ele, com Sua mente santa, na carne humana, caída, pecaminosa, que Ele tomou, poderia ter pecado, mas nunca o fez. E então a acusação foi feita e o cenário estabelecido para o julgamento de Deus, o julgamento do universo. Chamamos isto de "o grande conflito" e "o plano da salvação".

Deus está agora em julgamento. Ele é o réu. Deve responder a acusação. O contendor, Satanás, tendo conquistado a humanidade, agora reivindica ser o representante da raça humana. Eis por que ele assiste à assembléia no céu convocada por Deus—e é desafiado. Veja a história em Jó, capítulo 1, começando com o verso 6, onde Deus pergunta a Satanás o que ele faz ali, dizendo-lhe que ele não pode representar a raça humana porque há, pelo menos, um filho fiel, Jó, que segue a Deus, não a Satanás. Então vemos que este julgamento será ganho no campo de batalha das mentes e vida do povo de Deus—Suas testemunhas. Estas são testemunhas vivas de quem Deus realmente é.

Há quatro métodos (*bíblicos) de tornar-se apto para representar um grupo de indivíduos:

(1).Por criar as pessoas: o criador tem posse (e também controle) do que Ele criou. (*Mas Deus, tendo dado o livre arbítrio às suas criaturas racionais, não interfere nas suas escolhas);

(2) Por ser o primeiro: representação é auto-evidente, pois Adão, sendo o pai da raça humana, tornou-se o primeiro representante humano. (*Esta autoridade ele exerceu enquanto foi fiel ao Criador);

(3) Por subjulgar: o conquistador usurpa a "posse" e controle; foi o que Satanás fez no jardim do Éden, e,

(4) Por tornar-se um deles (e ganhar seu apoio): o método que Cristo usou para recuperar o que fora perdido no Éden. O que foi perdido por um ser humano foi reconquistado e revertido por outro ser humano (*o Segundo Adão) (*grifos acima acrescidos)1.

Somente três destes métodos são aceitáveis por Deus. Deus criou cada anjo e cada ser humano com uma mente livre para escolher. Quando o homem escolheu seguir a Satanás antes que a Deus, isto causou uma mudança na criação de Deus, pois a raça não era mais como Deus a tinha criado, tendo se tornado carne humana caída, pecaminosa. Portanto, por artimanha, Satanás conquistou—e o homem escolheu um novo representante.

Deus poderia ter escolhido simplesmente reconquistar. Ele era (e ainda é) vastamente capaz de isto fazer. Em vez disso, Ele escolheu conservar o poder de escolha do homem como lhe tinha dado na criação. Então as linhas da batalha foram postas. Para qualificar-Se para representar o homem nesta batalha, Deus entrou no reino do homem por tornar-Se um deles—100 por cento Deus e 100 por cento homem. Como sendo a raça humana, em virtude de ser Ele próprio um homem e o representante da raça, Ele ganhou de volta tudo que foi perdido por Adão, e mais.

(*Na Bíblia) (Salmo 76:8, 9; Juizes 2:16; e I Samuel 24:15) vemos que o trabalho do juiz é representar e libertar (ou livrar) o réu. Assim, deixemos Deus ser o juiz, pois Ele é capaz de tomar conta do réu. Ante o júri do universo inteiro, este julgamento ocorrerá—de fato tem estado acontecendo por mais de 6000 anos. Estamos nas alegações finais de ambos os lados; a mensagem da hora do juízo está sendo dada mesmo agora.

"Satanás apontara a pecado do Adão como prova de que a lei de Deus era injusta, e não podia ser obedecida. Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falta de Adão. ... Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em força física, em poder mental, e em valor (sic)2 moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salva o homem das mais (sic)2 baixas profundezas da sua degradação" (O Desejo de Todas as Nações, p. 117, ênfase acrescida).

"O próprio Deus está em julgamento perante o universo e Satanás e homens maus sempre O acusaram de ser injusto e arbitrário, mas no julgamento todo o universo dirá, 'Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos’” (E. J. Waggoner, Boletim da Conferência Geral de 1891, número 3, pagina 1).

"Ele veio ao mundo para demonstrar a injustiça do argumento que Satanás apresentava nas cortes de Deus, como o acusador (*deste mundo). Este é o pensamento; é completamente legal. ... E Ele conquistou, e assim tornou-Se, por direito, a cabeça deste domínio outra vez, e de todo que será redimido dele, e da redenção do próprio domínio. E agora essa palavra também no grego que diz que ‘já o acusador de nossos irmãos é derrubado’ (*Apoc. 12:10, Almeida Fiel), trás a idéia de um procurador que processa, que vem ao tribunal, mas ele não tem nenhuma acusação mais, ele é repudiado; ele não tem nenhuma razão de argumento. Por quê? —porque agora temos um Advogado na corte, Jesus Cristo, O justo. Sim; graças ao Senhor"! (A. T. Jones, Boletim da Conferência Geral de 1895, "A Terceira Mensagem Angélica," sermão número 23, p. 448).

"E as palavras dirigidas a Jesus no Jordão, 'Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo' (*Mat. 3:17 e II Pe. 1:17) abrangem a humanidade. Deus falou a Jesus como nosso representante. Com todos nossos pecados e fraquezas, nós não somos rejeitados como indignos. Deus ‘nos fez agradáveis a Si no Amado'. Ef. 1:6” (O Desejado de Todas as Nações, p. 113, ênfase acrescida).

"Assim, serei vosso representante no Céu. O Pai não vê vosso caráter defeituoso, mas vos olha como revestidos de Minha perfeição" (idem, p. 357, citando Cristo).

"Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente viva que liga os Seus crentes ao Seu próprio coração de infinito amor. O mais humilde e fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Ele nunca se esquece de que é o nosso representante, de que Ele tem a nossa natureza. ... Mas, exaltado ‘a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento, e a remissão de pecados,' fechará Cristo, nosso Representante e Cabeça, o coração, ou encolherá Sua mão, ou falsificará Sua promessa?—Não; nunca, nunca" (Testemunhos a Ministros, pp. 19, 20, ênfase adicionada).

Cristo é seu representante. Fica você feliz em ouvir isto?

Craig Barnes3

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.


Notas do tradutor:

1) Cristo, o 2º Adão, representa a “Humanidade”

Jesus nos convida: 'Permanecei em Mim' ou 'Estai em Mim'. (João 15.4). Se entendermos corretamente o que significa a expressão 'em Cristo', e qual a realidade nela envolvida, estaremos em melhores condições de compreender, profundamente, as 'boas-novas' o evangelho da salvação e de vivê-lo. O tema 'em Cristo' abarca a graça divina!

O conceito 'em Cristo', é um tanto complicado e difícil de se compreender, porque estamos mais acostumados a raciocinar e a nos expressar em termos individuais, não em termos corporativos ou de representação coletiva. “Como alguém pode estar em outra pessoa?” “Como posso eu 'estar em Cristo'?” “O que significa, realmente, ‘permanecer em Jesus’?”

Algumas ilustrações pertinentes!

Por exemplo, quando o presidente da nossa nação assina um acordo com outro país, o faz por todos os brasileiros, e seu ato afeta a todos nós.

Biblicamente, diríamos que nós estávamos 'no presidente', quando ele assinou um acordo com outra nação. Assinamos o acordo 'nele'!

Se um pai rico for à falência, também seus filhos serão afetados: empobreceriam ou nasceriam pobres.

Esse conceito baseia-se na solidariedade bíblica, a idéia de que uma pessoa representa a muitos, age em nome deles, e seus atos pessoais [bons ou maus] afetam a todos.

Alguns exemplos bíblicos!

'Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto ela era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu. E os filhos [Esaú e Jacó] lutavam no ventre dela; então ela disse: Por que estou eu assim? E foi consultar ao Senhor. Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais moço.' (Gênesis 25.21-23). Essa profecia não se cumpriu na vida desses dois irmãos, e sim, nos seus descendentes, árabes [edomitas] e israelitas os quais, no— ventre de Rebeca, estavam 'em Esaú' e 'em Jacó', respectivamente.

Outro exemplo: Leiamos Hebreus 7:9-10 – Vejam: “E por assim dizer, também Levi, que recebia dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque Levi ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste.” (Hebreus 7.9-10). Quando Abraão devolveu o dízimo, Levi, seu bisneto, estava implicado naquele seu ato, que o afetou. Por considerar Abraão como uma unidade corporativa, a Bíblia se expressa assim: 'Levi ... pagou-os na pessoa de Abraão.' Levi estava ‘em Abraão’. Essa é maneira da Bíblia se expressar a respeito da solidariedade coletiva ou de uma unidade corporativa. Outros exemplos: Gên. 12.3; 1ª Samuel 17.8-10.

Uma imperfeita compreensão!

Você conhece uma ilustração, muito difundida entre os cristãos, na qual a morte de Jesus, na cruz, é equiparada à de um pai inocente, que aceita morrer no lugar, ou como substituto, de um filho condenado à morte?

Trata-se de uma ilustração popular e comovente, mas ... está ela bem alinhada com o conceito 'em Cristo'? Em outras palavras, espelha bem a realidade do que, efetivamente, aconteceu?

Considere: o referido pai, muito embora estivesse sofrendo as conseqüências do crime do filho, em sua consciência teria a si próprio, sempre como inocente, e nunca como culpado! Teria o filho por culpado, não a si próprio!

Se fosse esse o caso, como teria sido possível a Jesus sentir-Se realmente tão separado do Pai, tão indigno, devido aos pecados de toda a humanidade, ao ponto de Sua angústia mental fazê-Lo suar gotas de sangue? Lucas 22.44.

Cristo não cometeu pecado algum, Ele não deixou de ser santo. Não! O que estamos realçando é o fato de que Ele, efetivamente, sentiu como se fossem Suas, a culpa e a 2ª morte que eram nossas. E, ao começar a senti-las, disse: 'A Minha alma está profundamente triste até à morte.' (Mat. 26.38).

A questão é: 'Como pôde Ele, sendo inocente, sentir como Seus os nossos pecados, as nossas culpas e a conseqüente separação do Pai, por nós?’ Quanto mais você compreender como Ele pôde angustiar-Se em nossos pecados e em nossas culpas, tanto mais apto estará a rejubilar-se na Sua perfeita obediência, que lhe pertence 'em Cristo'! “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1ª Cor. 1.31).

Compreendamos bem esta questão!

Tanto na Bíblia, como nas leis humanas, NÃO se concebe a possibilidade de uma pessoa inocente morrer no lugar de outra culpada! Tanto a culpa como o mérito são intransferíveis. A transferência de culpa é imoral, inválida, ilegítima, ilegal e, eticamente, inadmissível.

Leiamos Deut. 24.16. “Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado.” Leiamos também Ezequiel 18.20 “... o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho: a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”

'Como pôde então Jesus, sendo inocente, legalmente, morrer pelos pecados de todo o mundo, assumindo a culpa de todos nós?'

Sabemos, sim, que as Sagradas Escrituras nos informam também que 'Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós' (Rom. 5.8). Se tanto a lei de Deus como as leis civis não admitem a possibilidade de um inocente ser punido em lugar de um culpado, como pôde ser legal e aceitável, no caso de Jesus? E há ainda mais outra questão correlata: 'Como é legalmente aceitável que Deus Pai nos credite a perfeita obediência de Seu Filho?

Como pode Alguém obedecer pelos outros?' As respostas encontram-se no conceito 'em Cristo'! Ei-las:

Os nossos dois Pais: O 1º e o 2º Adão!

O que Adão enquanto representante da raça humana e Jesus Cristo fizeram afetou todos os seres humanos, a humanidade toda. “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.“ (1ª Coríntios 15.21-22).

“Pois assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante [que dá vida].” (1ª Coríntios 15.45). Quando Adão pecou, afetou todos os seus descendentes, e, tendo eles, consientemente, também, cedido ao mal, passaram, assim, à condenação da 2ª morte. A partir do instante em que pecou, Adão deixou de ser o representante da humanidade. A raça humana caída passou a necessitar, assim, de um novo cabeça: o segundo Adão. O 1º Adão gera filhos 'escravos do pecado', sujeitos, dominados pela lei do pecado, a lei do egoísmo. Por isso: ‘deveis nascer de novo’ (João 3.7, BJ), pois Jesus o 2º Adão gera filhos 'livres da lei do pecado’, sujeitos, dominados pela lei do amor, a 'lei do Espírito da vida'. (Rom. 8.2). 'Em Adão' éramos escravos do pecado; mas 'em Cristo' viemos a ser livres daquela escravidão de continuar pecando.

“Para esta liberdade foi que Cristo nos libertou.” (Gál. 5.1). Ele nos libertou da escravidão de continuar pecando não da obediência à lei.

'Em Adão' fomos um fracasso; 'em Cristo' somos um sucesso!

Toda a raça humana estava 'em Adão', o nosso primeiro pai. Assim temos que:

a) Deus criou, corporativamente, todos os homens em um único homem — 'em Adão'. Um o cabeça da humanidade recebeu a vida. Logo, todos os seus descendentes, estando 'em Adão', a receberam 'nele'. Todas as vidas humanas são uma multiplicação da vida de Adão: 'de um só fez toda raça humana.' (Atos 17.26). Todos nascemos ‘em Adão’!

b) Satanás arruinou, corporativamente, todos os homens em um único homem — 'no primeiro Adão'. Um o cabeça da humanidade — pecou. Logo, todos os seus descendentes foram prejudicados, passaram a ter a natureza pecaminosa, porque estavam 'nele'. E, por essa razão, Adão passou a gerar os seus descendentes 'à sua semelhança, conforme a sua imagem' (Gên. 5.3), i. é, passamos a nascer sob o domínio da lei do egoísmo, e sujeitos a dificuldades, ao envelhecimento e à conseqüente primeira morte, chamada de sono na Bíblia.

Após termos nascido 'em Adão', 'vendidos à escravidão do pecado' (Rom. 7.14), i. é, com tendências hereditárias ao mal, cedemos a elas conscientemente; e, assim, pecamos, tornando-nos culpados e condenados também à segunda morte.

Rom. 6.23 nos diz que 'O salário do pecado é a morte' mas é a segunda morte, que é gerada, exclusivamente, por pecado pessoal. 'Em Adão' todo ser humano registrou uma história de fracasso.

c) Deus redimiu, corporativamente, todos os homens em um único Homem — ‘em Cristo'.

(c 1) Foi no ventre de Maria que Deus Pai formou o novo Cabeça da humanidade, o 2º Adão.

Na encarnação, Deus Pai tomou a natureza divina de Jesus e a uniu com a natureza da raça caída, pecaminosa, com inclinações ao mal e que precisava ser redimida. Assim, Jesus, nascendo Divino / Humano, veio a ser a 'escada de Jacó' Em João 1.51 Jesus disse “Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo SOBRE o Filho do Homem.” e Gênesis 28.12], que uniu a humanidade toda à Divindade. A natureza humana de Cristo não foi apenas a natureza de uma única Pessoa, mas, antes, representou toda a humanidade, a qual estava 'nEle'.

Toda a raça humana uniu-se à natureza divina 'em Cristo'. Aquela vida humana, assumida por Cristo, representou a todos nós, bons e maus, crentes e descrentes. Todos estivemos 'nEle' em Sua encarnação.

Sua natureza humana abrangeu as demais naturezas de todos os seres humanos, de todas as épocas.

A natureza humana de Cristo representou, corporativamente, toda a raça pecaminosa, tendente ao mal ou, em outras palavras, todos os humanos estavam 'em Cristo', na Sua encarnação.

Assim, Paulo escreveu: “É por causa dEle [Deus Pai] que estais em Cristo.” (1ª Cor. 1.30). A parte humana de Cristo foi realmente a corporativa humanidade fracassada, pecaminosa, que Ele veio redimir.

Porque Sua natureza humana representava toda a humanidade, Deus Pai formou, no ventre de Maria: o 2º Adão; o novo Cabeça da Raça pecaminosa; o novo Representante da humanidade; o nosso Fiador; o Penhor [Garantia]; o Substituto legal; o nosso ‘Irmão mais velho’; o Primogênito da raça caída; o nosso Parente achegado; o Resgatador; Alguém, em legítimas condições de ser o nosso Salvador, i. é, de viver e de morrer por nós.

Ao unirem-se a Divindade com a Humanidade pecaminosa 'em Cristo', Jesus tornou-Se nós, a humanidade toda —e nós nos tornamos coletivamente um 'nEle', conforme Gálatas 3.28, ú.p.: '...porque todos vós sois um em Cristo Jesus'. Somos, legalmente, um só corpo 'nEle'.

Dessa forma, Jesus, sendo nós todos, adquiriu o direito legal de viver e agir por nós. Todos os Seus atos afetariam todos os humanos, porque todos estavam 'nEle'.

Assim, Deus deu um novo 'Pai-eterno' à raça humana, agora caída. “Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, a Ele caberá o domínio e o Seu nome será: Conselheiro-maravilhoso, Deus-forte, Pai eterno, Príncipe-da-paz.” (Isaías 9.5-6 BJ).

(c 2) Jesus viveu perfeitamente: logo, todos os seres humanos, por estarem corporativamente 'nEle', viveram perfeitamente 'nEle'. Ele, sendo nós, viveu vitoriosamente, satisfazendo perfeitamente todas as demandas da lei em nosso favor. Somos todos legalmente perfeitos 'nEle'. Cristo, sendo nós, venceu a Satanás, obedecendo perfeitamente à Lei por nós! Tudo o que Ele fez, nós o fizemos 'nEle', porque Ele venceu sendo nós, coletivamente. Sendo nós, pôde viver por nós! Todos nós estivemos ‘nEle' enquanto Ele vivia Sua vida perfeita, não cedendo a Satanás, nenhuma única vez, nem em pensamento. Sua vitória é nossa vitória, devido ao fato de que nós estávamos 'nEle' em todos os atos de Sua vida após a encarnação.

Quando Golias foi derrotado [1ª Samuel 17], como todos os israelitas estavam ‘em Davi’, venceram ‘nele’; assim, quando Jesus venceu a Satanás, nós o vencemos 'em Cristo'. Todo ser humano obedeceu, perfeitamente, à Lei de Deus 'nEle', porque todos os seres humanos estavam 'em Jesus’, através da Sua corporativa humanidade.

Ele, sendo nós, adquiriu o direito de obedecer por nós, de nos imputar [nos creditar] a Sua vida perfeita, Sua obediência à Lei, e assim, conferiu a todos nós, gratuitamente, o direito à vida eterna. 'Em Cristo', a humanidade toda passou a registrar uma história de completo sucesso, o que confere, a cada crente, o direito legal de ir para o céu. Deu-nos o título ao céu, grátis!

(c 3) Jesus morreu na cruz: logo, todos os seres humanos foram, corporativamente, crucificados 'com Ele' e morreram 'nEle'

“Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se Um morreu por todos, logo todos morreram” (2ª Cor. 5.14). “Fiel é a palavra: se já morremos com Ele, também viveremos com Ele.” (2ª Tim. 2.11).

Jesus, sendo inocente, não precisava passar pela 2ª morte, mas a humanidade toda, que estava 'nEle', cometera pecados e devia sofrer aquela penalidade. Jesus, sendo nós, pôde também morrer por nós! Quando Ele morreu na cruz, não foi um homem morrendo em vez de todos os outros homens; mas, sim, TODA A HUMANIDADE morrendo 'nEle'.

2) Duas alterações do texto original em inglês de O Desejado de Todas as Nações ocorreram aqui na tradução deste parágrafo para o português: Primeiro, Foi omitida a palavra “Worth”, valor, e juntados os adjetivos mental e moral, ficando assim diminuído o entendimento do aspecto moral na natureza humana de Cristo na encarnação. Coincidentemente ou não, é isto o que a nova teologia prega, que, na encarnação, Cristo não era igual a nós no aspecto moral; Segundo, foi diminuída a força superlativa da palavra “lowest”, na expressão “das mais baixas profundezas”, o que pode levar-nos à interpretação de que Cristo não desceu totalmente ao fundo do poço das nossas misérias humanas, não foi 100 % “Deus conosco” na encarnação pelo errôneo entendimento de que Cristo teve a natureza humana de Adão antes da queda. É o que diz o romanismo com a doutrina da imaculada concepção da virgem Maria, excluindo-a da participação do nosso DNA, para gerar um “Ente Santo”. Os defensores da nova teologia fazem isto diretamente com o homem Cristo, excluindo-O da “semelhança” com os homens que veio salvar. Ninguém nega que Cristo permaneceu e sempre há de ser Santo, entretanto, “de Sua parte humana Cristo herdou exatamente o que herda todo filho de Adão—uma natureza pecaminosa. ... para demonstrar que todo que é ‘nascido do Espírito’ (*João 3: 6 e 8) pode obter idênticas vitórias sobre o pecado, mesmo em sua pecaminosa carne. Assim cada um tem que vencer como Cristo venceu, Apoc. 3: 21. (Estudos Bíblicos”, CPB, Santo André, 4ª edição, 28º ao 36º milheiro, anos de 1972 a 1979, no capítulo intitulado “Vida Sem Pecado”, nota da pergunta 6. Em uma edição muito antiga, sem data, anterior aos anos 60 está à página 116).

Cristo tomou nossa natureza caída para ser DEUS CONOSCO. Nisto Roma papal segue Babilônia. No livro acima citado às páginas 212 (ou 174), apontando como na profecia a Igreja de Roma, o papado, é designada como antítipo da antiga Babilônia e transcreve Apoc. 17:5, “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da Terra.” No final da nota da pergunta 14 lemos: ‘Na subversão de Babilônia pelos persas, que nutriam ódio tradicional à sua idolatria, os sacerdotes caldeus fugiram para Pérgamo, na Ásia Menor, ali estabelecendo a sede de sua religião. ... O último rei, pontífice de Pérgamo foi Átalo III, que ao morrer deixou seus domínios e autoridade para os romanos, em 133 a. C., e desde então, as duas linhas dos Pontífices Máximos se uniram no de Roma.’” O Falso Cristo, J. Garnier, Londres, George Allen, 1900, págs 94 e 95.

Agora, voltemos ao início da nota da pergunta 14, ainda na pág. 212: “A Igreja de Roma é chamada Babilônia, e sua religião foi um restabelecimento da religião da antiga Babilônia. ... Pelo dogma da imaculada conceição da Virgem Maria, nega haver Deus em Cristo assumido a mesma carne do homem caído, exatamente como o fazia Babilônia antiga.” Então nos aconselha a lemos Daniel 2:11, onde vemos que os deuses pagãos babilônicos não moravam com os homens. Este não é o caso de nosso Deus cuja glória foi dar-se a nós (ver João 3:16). Mateus 1:23 diz que Cristo é “Deus Conosco”, não Deus lá com Deus. Ele “Veio com essa hereditariedade [do homem caído] para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável.” O Desejado de Todas as Nações, pág 49.

Não se admire dEle apelar para nós, “sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados” (Apoc. 18:4).

A glória de Deus está na Sua altruísta humilhação. Ele “a Si mesmo Se humilhou” a ponto de sofrer a mais ignominiosa das mortes, “a morte de cruz, por isso, também Deus o exaltou sobremaneira ...” (Fil. 2: 8 e 9).

“Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável” Ibidem, (Grifamos).

3) O Irmão Craig Barnes é capelão e co-gerente, juntamente com sua esposa Joyce Barnes, do LAR REFÚGIO PRIMAVERIL, perto de Nashville, Tennessee, nos EUA., Este lar é para pessoas com disfunções mentais, mas Craig tem pregado o evangelho a eles e se regozija na habilidade dos internos em captar as Boas-Novas do evangelho. Também ele tem ministrado séries de palestras sobre Justiça pela Fé ali em Nashville, Tennessee.