quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Lição 10 – A Ira de Eliú, por Paulo Penno



Para 26 de novembro a 3 de dezembro de 2016


Você já sentiu uma “justa indignação” sobre a mensagem de Justificação pela fé? Por que a Igreja não reconhece a mensagem da chuva serôdia que amadurece a colheita para que Jesus venha? Já ficou “zangado” com isso?
“Não é justo” é ideia comum e profundamente sentida. Temos embutido em nós um sentido da justiça que deve ser exercida. Derrubamos governos porque são injustos ou corruptos. Expomos a corrupção e a injustiça em lugares altos e esperamos que seja corrigido.
Jó fez a acusação: “Deus não é justo!” Ele não está apenas falando da corrupção nos lugares altos, mas da corrupção no Lugar Altíssimo. Se não há justiça no universo, que esperança há para nós? Pessoalmente, se eu sinto que Deus não me tratou direito, em minha saúde, educação, habilidades, relacionamentos, trabalho, ou num relacionamento fracassado, luto, doença ou transtorno psiquiátrico, então a minha fé será prejudicada, minha obediência se tornará relutante, minha esperança destruída, e minha alegria envenenada. A primeira tentação no jardim no Éden foi acreditar que Deus não é justo. Somos lembrados ao nos encontrarmos com Eliú que a justiça de Deus está no coração do livro de Jó.
Quando os três homens cessaram de responder a Jó, porque ele era justo aos seus próprios olhos, então Eliú se ardeu de raiva. Ele se ardeu de ira contra Jó porque se justificou a si mesmo em vez de a Deus. Ele se ardeu de raiva também contra os três amigos de Jó porque eles não encontraram resposta, embora tivessem declarado que Jó estava errado (Jó 32:1-5).
Eliú se ira primeiro com Jó “porque era justo aos seus próprios olhos” (vs. 1) e “porque se justificou a si mesmo em vez de a Deus” (v. 2). Ele está com raiva por um homem mortal reivindicar estar no direito de uma maneira que sugeria que Deus deve estar em erro por levá-lo a sofrer.
Justificava-se a raiva de Eliú? Seria o que chamaríamos de “justa indignação”? Jesus mostrou justa indignação quanto à deturpação da casa de Seu Pai (ver Lucas 19:46). E aqui temos um raro exemplo de Jesus apresentando-Se “com raiva”. Ele cura alguém quando estava com raiva! Naturalmente pensaríamos que Ele melhor faria em Se acalmar antes que curasse alguém; Mas não, Sua “ira” era justificada, santa e justa.
Devemos pensar cuidadosamente antes de mostrar nossa raiva. Tempo e lugar e escolha de palavras são sempre coisas sobre que precisamos pensar quando falamos criticamente. Deveríamos expressar alguma “justa indignação” em relação à recusa de Laodiceia em receber a chuva serôdia da mensagem de Justificação pela fé?
Poderia Jesus estar às vezes irritado quando Se faz presente pelo Espírito Santo em nossos cultos de adoração? Se pregamos, cantamos hinos ou canções gospel, fazemos orações públicas, enquanto temos “corações duros”, corremos o risco de irritá-Lo. Nunca é dito que a Sua paciência é infinita, e estamos chegando perto do fim. Se alguém nos feriu injustamente, temos direito a alguma “justa indignação”, mas nunca devemos permitir que nossos corações se tornem “duros”. Podemos estar “zangados” com um coração mole que ainda ama nosso oponente!
Suponha que o Espírito Santo tenha respondido à oração fervorosa do pastor por Sua bênção em conduzir o culto e nos trazer uma mensagem do céu, e estamos sentados lá, mantendo um coração duro e depois indo para casa totalmente em condição impenetrável para o ministério do Espírito Santo. Nunca deixe que mais de um sábado passe assim. Quando Jesus fica com raiva (e Ele ainda pode!), Ele não fica num estado de ira quebrando pratos ou gritando para nós. Simplesmente segue triste e nos deixa em paz. Quando isso nos acontece, somos mais miseráveis ​​e perdemos a consciência de nossa miséria. Isso chega a um passo do inferno.
Aquelas pessoas a que Jesus estava ministrando em Marcos 2 e 3 achavam que eram a “igreja verdadeira” que guardava os mandamentos de Deus. O seu paralelo conosco estava desconfortavelmente perto. Inúmeras vezes Ellen White comparou a Igreja a eles. Somente Em relação a “1888”, ela disse muitas vezes que agimos “como os judeus”.
O Dr. Arnold Wallenkampf, anteriormente do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, reconhece francamente que o pecado de nossos antepassados ​​na era de 1888 foi uma repetição desse pecado dos judeus:
“Choca a imaginação que os delegados de uma assembleia da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia pudessem tratar o Espírito Santo de forma vergonhosa, insultá-Lo e feri-Lo, e até mesmo figurativamente crucificar a Jesus na Pessoa do Espírito Santo. ... Era natural para a maioria dos ministros seguir seus líderes reverenciados. ... Muitos dos delegados . ... se tornaram cúmplices do pecado de rejeitar a mensagem de justiça pela fé, através da ação de acordo com as leis da dinâmica de grupo”.1
O pecado de seguir cegamente os líderes, de se deixar levar pela maré, de ter medo de ficar sozinho em defesa da verdade, é o que Wallenkampf quer fizer por seu termo “dinâmica de grupo”. É, simplesmente, um sinônimo de culpa corporativa.
O que representa um problema único são as declarações de Ellen White de que “nós” repetimos o pecado dos judeus ao rejeitarem a Cristo na pessoa de Seus “mensageiros especiais”. Há muito que estão mortos. Como vamos fazer isso corretamente?
Jesus pode estar satisfeito com um pedido de desculpas votado por nossos delegados oficiais? Ou o Espírito Santo pode aceitar um mero convite para esquecer “nosso” “insulto”?
Deus é por demais grande para satisfazer-Se com tal confissão de superfície. Não podemos arrastá-Lo até nossos níveis judiciais de julgamento. Ele não está preocupado com os Seus sentimentos pessoais (embora certamente os tenha!). Não quer indenização financeira ou desculpas de convenções públicas. Sua ira não é egoísta; é uma indignação justa e ardente porque um mundo foi privado de “uma mensagem preciosíssima” que Ele “designou” dever ser proclamada. (*Testemunhos para Ministros, págs. 91 em diante). E Ele ainda “assim ama” aquele mundo pelo qual deu o Seu Filho unigênito! Ele Se esquece em Sua preocupação de que esta mensagem seja proclamada, para que as pessoas que morrem por falta dela possam ouvi-la.
Em nossa era de 1888 “nós”, como liderança da Igreja trouxemos sobre nós uma acusação solene em plena visão do universo a observar. É inevitável que o mundo também deva conhecer a verdade:
“A indisposição em ceder a opiniões preconcebidas, e aceitar esta verdade [a lei moral em Gálatas], estava na base de uma grande parte da oposição manifestada em Minneapolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Wagoner e [A. T.] Jones. Ao excitar essa oposição, Satanás conseguiu afastar de nosso povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus desejava transmitir-lhes. ... A luz que era para iluminar toda a Terra com a Sua glória foi resistida, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido em grande medida afastada do mundo”.2
Há algo que podemos fazer para acertar as coisas com o Céu e com o mundo: Aceite a mensagem que “em grande medida” rejeitamos. Isso ainda é possível, mas envolve humilhar nossas almas. Apresente-a à Igreja, clara, poderosa, e inequivocamente. Permita que os “mensageiros designados pelo Senhor”, seus “mensageiros especiais” na era de 1888, falem à Igreja mundial.
Deixe esta “mui(sic) preciosa mensagem” vitalizar nossas “29 doutrinas”, fazendo-as saturar todas as nossas apresentações de rádio e TV, nossas campanhas evangelísticas públicas e todas as nossas revistas e publicações. Proclame-a ao mundo sem que haja um vestígio do legalismo do velho concerto. Só então o Senhor poderá dizer de nós o que disse da oferta de Maria Madalena em Betânia: “Ela fez o que pôde”.
Isso preparará o povo de Deus para a trasladação. Não se engane: Satanás vai se opor a essa mensagem com força infernal. Mas “a graça de Deus” será muito mais abundante. O povo de Deus responderá ao seu Sumo Sacerdote.

Paul E. Penno

Notas:
1) Arnold V. Wallenkampf, What Every Adventist Should Know About 1888, (O que Cada Adventista Deve Saber Sobre 1888) Review and Herald, 1988, págs. 43-45.

2) Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234, 235.


Notas finais:                                                                            

O vídeo, em inglês, do Pastor Paul Penno sobre esta lição, gravada com um sábado de antecedência,
está na Internet em: https://youtu.be/f28SPMWZweg

Esta introspecção, em inglês, está na Internet, acesse:  http://1888mpm.org
Depois, clique em SABBATH SCHOOL TODAY / Outline, 2016 / 4th quarter / The book of Jobe.

Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 42 anos e foi jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.    
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
___________________________

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Lição 9 — Declarações de Esperança, por Mary Chun



Para 19 a 26 de novembro de 2016 

Os cristãos são guerreiros esperançosos de Deus enquanto estudamos mais no livro de Jó. Vamos reunir os resultados da nossa Concordância de Strong e buscar no computador o significado real de “Jó” em hebraico. A palavra original é de sentido incerto, mas a definição é de “patriarca”. Jó também leva o nome em hebraico de o “perseguido”, ou de uma palavra árabe que significa o “arrependido” que se volta para Deus. Foi notado no Antigo Testamento que Jó, o patriarca, foi lembrado por sua grande paciência, com o que muitas vezes ouvimos falar da “paciência de Jó”.
Vemos Jó como o exemplo perfeito de enfrentamento de tempos difíceis com grandes perdas e turbulências. Isto é como ver em nossa vida cotidiana a batalha entre Cristo e Satanás. As aflições e sofrimentos de batalhas podem ser deprimentes para o mundo médico, e se prescrevem antídotos de remédios chamados comprimidos para aliviar a dor, contudo os problemas voltam, não vão embora.
Somos humanos, com uma natureza pecaminosa, lutando contra todas as tentações vistas na televisão e no mundo da computação. Somos como Jó, confrontados com os conceitos de Deus distorcidos, de outras pessoas: “Vós, porém, sois inventores de mentiras, e vós todos médicos que não valem nada. ... Calai-vos perante mim, e falarei eu, e venha sobre mim o que vier”. (Jó 13: 4, 13). Esta é realmente a lição que Jó aprendeu, e será exatamente o que o povo de Deus enfrentará no fim dos tempos.
Jó pensou que o tumulto que estava desabando sobre ele por Satanás procedia de Deus. Havia alguns pontos obscuros pelo que lhe era difícil distinguir o bem do mal. Pouco sabia que nos bastidores, como foi revelado no capítulo 1, o Grande Conflito entre Cristo e Satanás foi planejado para ele. Jó tem todo o direito de expressar a sua justa indignação contra Deus, com gritos e protestos aos ouvidos de Deus. Fico feliz de que Deus nos ouve alto e claro, melhor do que com qualquer aparelho auditivo, e respeita a Jó por falar de seu coração.
Jó mesmo raciocinou “a expiação”, como observado em Jó 13:15, “Embora Ele me mate, contudo nEle esperarei”. Vemos a transformação dos corações ao uma corporação unida se postar em harmonia com Deus, à luz do sacrifício de Cristo. E para ser um instrumento de Deus em nossa fortaleza nEle, essa luz da fé que permeia através de nós é como um choque elétrico.
O ponto-chave da esperança é expresso no livro de Jó: Pode uma pessoa justa e favorecida manter sua fé em Deus quando as coisas dão errado? Numa conversa com Satanás, Deus argumenta que tal pessoa pode de fato perseverar, e aponta para o Seu servo Jó como um exemplo. Deus então permite que Satanás lance provações terríveis sobre Jó para testá-lo. Vemos o refinamento da fé de caráter. Satanás aflige Jó com os invasores, o relâmpago que liquida todo o seu gado, então um vento do deserto sopra em sua casa, matando todos os seus filhos e filhas, tirando-lhe todos os bens — ele não tem nada. Jó ainda adora a Deus, e não desiste da sua fé.
Houve momentos em que você viu Jó constantemente questionando a Deus, perguntando: “Onde você está, Deus?” Como um pai para seu filho, Deus tem uma chance de finalmente responder a Jó no final da provação. Deus desafiou Jó em Sua grandeza, perguntando-lhe se ele pode contar todas as nuvens no céu, ou saber quando a cabra montês dá à luz. Jó foi restaurado à totalidade, na família e nas posses. A esperança retratada nesta lição de fé é a mensagem que tem prevalecido através da mensagem de 1888.
 “Mediante a provação de Jó, uma pergunta interessante foi suscitada: Será que Jó suportou o que Cristo suportou? ... O que salvou Jó de desintegrar-se completamente sob o julgamento que enfrentou foi aquele vislumbre fugaz de esperança. Jó não era o Salvador. Nas suas horas mais desesperadas, Ele não podia suprimir uma convicção interior de que de algum modo não estava sozinho. Havia em algum lugar um vigilante, uma testemunha no céu, que iria bater-se por ele e corrigir as coisas. ‘Eu sei que o meu Redentor vive’ (Jó 19:25).  Jó teve uma convicção de justiça que pode ser sua somente através do ministério do Espírito Santo e da mediação de um Salvador. Sua paciência dependia em última análise da paciência de Outro e não brotava de Sua própria virtude interna inata. Por mais amarga que fosse a taça que Jó bebia, não a bebia em suas profundezas, nem era tão amarga como o que Cristo provou”.1
Vindicação é mostrar ou provar que alguém é justificado. É espantoso saber que Cristo, em nossa carne, liquidou a “inimizade” causada pelo pecado (Efé. 2:15), porque a Sua carne era a nossa carne. Temos a vitória através do sangue de Cristo, através do nosso testemunho nEle. Ainda mais, Ele provou que as acusações de Satanás eram falsas, e realizou a vindicação de Deus. Somos chamados agora a receber a expiação, “reconciliados com Deus” (2ª Cor. 5:20).
Cristo sofre apenas uma vez (Heb. 9:26). A humanidade foi reconciliada com Deus pela morte de Seu Filho (Rom. 5:10). Ellen G. White escreveu que “Jesus pagou um preço infinito para redimir o mundo, e a raça foi entregue em Suas mãos”.2 A ressurreição de Cristo tornou-se a demonstração do sacrifício como uma expiação perfeita (Rom. 4:25).
 “Deveis ficar quietos de queixar-vos, e levar o vosso fardo a Jesus, pondo toda a vossa alma aberta diante dEle. Não a leveis a uma terceira pessoa: Não ponde vossa carga sobre a humanidade. Dizei, ‘Não vou satisfazer o Inimigo por murmurar: Vou colocar os meus cuidados aos pés de Jesus’. Se o fizerdes recebereis ajuda do alto, realizareis o cumprimento da promessa: ‘Ele está à minha mão direita para que eu não seja movido’. ‘Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos’ (*Mat.28: 20). ‘Se estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito’ (*João 15:7).”3
Há também uma bela mensagem do evangelho escrita por um dos “mensageiros” de 1888, E. J. Waggoner:
 “Graças a Deus pela bem-aventurada esperança! A bênção veio sobre todos os homens, ‘pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida (Rom. 5:18). Deus, que não faz acepção de pessoas, em Cristo Ele “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais” (Efé. 1: 3). O dom é nosso para guardar. Se alguém não tem esta bênção, é porque não reconheceu o dom, ou deliberadamente a lançou fora”.4
Que cada dia de lutas seja uma bênção de esperança em oração. Cristo enxugará toda lágrima de sofrimentos que encontramos. Ouçam as palavras deste velho hino escrito por Edward Mote, “Meu Jesus me Guia Sempre”. Eduardo foi aprendiz em Londres de um marceneiro que o levou à igreja para ouvir uma mensagem do evangelho. E a partir disso, tornou-se um ativo membro da igreja.

            Hinário Adventista: hino 253:

1. Em nada ponho minha fé
    Senão na graça de Jesus,
    No sacrifício remidor,
    No sangue do bom Redentor.

Coro:
    A minha fé e o meu amor
    Estão firmados no Senhor;
    Estão firmados no Senhor.

2. Se não Lhe posso a face ver,
    Eu mesmo assim não vou temer;
    Em cada transe a suportar,
    Vou sempre nEle confiar.

3. O Seu amor é mui leal,
    Abriga-me no temporal;
    Ao vir cercar-me a tentação,
    É Cristo minha salvação.
 Autor: Edward Mote (1797-1874).

Estamos inundados de arco-íris de esperança em toda a Sua Palavra: “E estará o arco nas nuvens, e Eu o verei, para Me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra” (Gên. 9:16).
Pensamentos preciosos são expressos por Paulo em Romanos 5: 3-4: “Podemos nos alegrar também quando nos deparamos com problemas e provações, pois sabemos que eles nos ajudam a desenvolver a resistência, e a resistência desenvolve força de caráter, e o caráter fortalece a nossa esperança confiante de salvação”. (New Living Translation).

Mary Chun

Notas:

1) Robert J. Wieland, "The Atonement in Its Wider Aspect as a Vindication Before the Universe of the Character of God," (A Expiação em seus Amplos Aspéctos como uma Vindicação Perante o Universo do Caráter de Deus”)  Janeiro de 1965.
2) Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 3, pág. 372.
3) Ellen G. White, "A Lively Hope," (Uma Esperança Viva) Review and Herald, 6 de Agosto de1889.
4) Ellet J. Waggoner, The Glad Tidings, (As Boas Novas) pág. 66 (Edição: Glad Tidings); também citado em Ten Great Gospel Truths That Make the 1888 Message Unique, (Dez Grandes Verdades que Tornam a Menssagem de 1888 Sem Igual) pág.11.


A irmã Maria Chun é uma enfermeira padrão (com as graduações: RN e BSN), graduada pela Universidade Adventista Andrews, e vive na área de Loma Linda. Ela é membro ativa da igreja da Universidade de Loma Linda, e é a diretora do ministério de Saúde da Universidade de Loma Linda - CHIP = Coronary Health Improvement Project (Projeto de Melhora da Saúde Coronária), A irmã Maria Chun é uma enfermeira padrão (com as graduações: RN e BSN), graduada pela Universidade Adventista Andrews, e vive na área de Loma Linda. Ela é membro ativa da igreja da Universidade de Loma Linda, e é a diretora do ministério de Saúde da Universidade de Loma Linda - CHIP = Coronary Health Improvement Project (Projeto de Melhora da Saúde Coronária), e gerente responsável pelas enfermeiras padrão da VA Community Clinic (Comunidade Clínica  do Departamento do Governo Americano de Assuntos dos Veteranos). Maria cresceu no sul da California, em cultura chinesa de crenças místicas, mas converteu-se ao adventismo do sétimo dia e agora gosta de estudar a "mui preciosa mensagem" da Justiça de Cristo.Maria cresceu no sul da California, em cultura chinesa de crenças místicas, mas converteu-se ao adventismo do sétimo dia e agora gosta de estudar a "mui preciosa mensagem" da Justiça de Cristo.

Notas:                                                                                                   
O vídeo, em inglês, do Pastor Paul Penno sobre esta lição, gravada com um sábado de antecedência,
está na Internet em: https://youtu.be/t0U7MPJWXpA

Esta introspecção, em inglês, está na Internet, acesse:  http://1888mpm.org
Depois, clique em SABBATH SCHOOL TODAY / Outline, 2016 / 4th quarter / The book of Jobe.

————————————————————————

terça-feira, 15 de novembro de 2016

LIÇÃO 8, — SANGUE INOCENTE, por Arlene Hill



Para 12 a 19 de novembro de 2016

Todos os argumentos que Jó e seus amigos levantam para explicar a miséria que Jó está vivenciando estão baseados num mal-entendido do amor de Deus. É natural para nós (*pecadores) que projetemos nossas próprias inclinações a Deus. Pensamos que quando Deus presta atenção a nós, negativa ou positivamente, Ele está respondendo a algo que fizemos ou não fizemos. É um tipo de manipulação.
Essencialmente, os amigos de Jó estão argumentando que os seus problemas foram causados ​​ou permitidos por Deus por causa de algum pecado que Jó está abrigando ou ignora. Jó argumenta que não sabe de nada disso, e que suas ações e intenções só foram boas. Ambas são maneiras erradas de pensar sobre Deus. A ideia de que Deus é justificado em permitir que inocentes sofram tortura e morte porque todos pecaram é uma extensão simplista do argumento dos amigos de que coisas ruins nos acontecem porque somos maus. Alegar que Deus pode torturar ou matar alguém que deseje é projetar sobre Ele intenções sádicas e caprichosas mais adequadas a Satanás.
Deus é amor, Ágape. Ele ama a Sua criação porque isto é da Sua natureza. E na Sua natureza, não nas nossas ações, está o porquê de Ele nos amar. A demonstração derradeira da extensão do Seu amor foi a cruz onde Deus, em Cristo, reconciliou Sua criação, mesmo quando em rebelião contra Ele. Este conceito é fundamental para a mensagem de 1888. O entendimento de que Deus nos ama simplesmente porque somos Sua criação é a base do evangelho.
Em outras palavras, por causa da cruz de Jesus, o Pai pode “fazer com que Seu sol se levante sobre o mau e o bom, e envie chuva sobre o justo e o injusto” (Mat. 5:45). Ele agora estava livre para tratar “cada homem”, crentes e incrédulos, como se nunca tivessem pecado.
Porque Ele é amor, Deus deu a Suas criaturas rebeldes um caminho para sair de sua difícil situação no Éden. Ao contrário da “conferência” celestial com Jó, Satanás nem sequer ficou para ouvir o plano de Deus para consertar a confusão a que havia conduzido Adão e Eva. Podemos olhar para a metáfora do bebê recém-nascido indesejado em Ezequiel 16:6 e ver o que o maligno queria fazer com os seres humanos. “E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar... Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma coisa disto, compadecendo-se de ti; antes foste lançada em pleno campo, pelo nojo da tua pessoa, no dia em que nasceste” (Eze. 16:4, 5). Mas Deus veio, limpou e alimentou-a para que pudesse viver.
Esta não é uma imagem de um Deus que precisa nos fazer sofrer para satisfazer algum prazer perverso como um gato brinca com um rato. Podemos ver a imagem de um Pai terno que apóia e disciplina Seu filho perdido. Sem dúvida, a disciplina não era divertida para ele, mas era necessária para fazer o seu caráter completo e maduro. Deus não permitiu que Satanás tornasse Jó miserável apenas para a Sua própria diversão. Ele conhecia a força do caráter de Jó e permitiu que o sofrimento o amadurecesse e demonstrasse ao universo observador o fato de que Deus poderia fazer isso por um ser humano disposto. 
Se o leitor me permitir uma história pessoal, creio que esta ilustração ajuda: Quando minha irmã e eu éramos pequenas, nossos pais nos levaram para a Disneylândia. Estávamos tão entusiasmadas que tivemos problemas para dormir no hotel na noite anterior. Nosso pai ficou tão exasperado que avisou que o próximo a falar ganharia uma surra. Eu sussurrei algo para minha irmã, mas ele pensou que ela estava falando e levou as palmadas que eu merecia. Lamento admitir, eu não falei nada.
É esta a imagem que temos de Deus? Pensamos que Ele comete erros sobre quem merece castigo e caprichosamente prepara disciplina para satisfazer a Sua ira? Como podemos “em tudo nos regozijar” aceitando a disciplina de Deus quando pensamos que Ele é assim?
Como adulto, eu posso entender as ações do meu pai. Uma viagem de 8 horas com duas crianças de 5 e 7 anos provavelmente não foi agradável. Todos precisávamos dormir. Nossos pais queriam que desfrutássemos o dia seguinte, e estar cansado e irritadiço teria impedido nossa diversão. Sua motivação para estabelecer limites era realmente o amor por seus filhos. Aos 5 anos de idade, eu certamente não era suficientemente madura para entender isso.
Deus é nosso Pai perfeito e nos ama muito mais do que nossos pais terrenos. Ele nos castiga porque nos ama. Ele não comete erros. Se insistimos em entender mal os seus motivos, Ele nunca pode nos mover para a fé madura.
Como é a fé madura? “Portanto, tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom. 5: 1). Ellet J. Waggoner escreveu: “A maioria das pessoas tem a ideia de que [paz] é uma espécie de sentimento extático. ... Mas a paz com Deus significa a mesma coisa que representa para os homens: é simplesmente a ausência de guerra. Como pecadores, somos inimigos de Deus. Ele não é nosso inimigo, mas nós somos Seus inimigos. Ele não está lutando contra nós, nós é que estamos lutando contra Ele. Como, então, poderemos ter paz com Ele? Simplesmente deixando de lutar, e baixar os braços. Podemos ter paz sempre que estivermos prontos para parar de lutar” (Waggoner sobre Romanos, pág. 5.93).
Como isso aconteceu com Jó? A maior parte de sua defesa foi baseada em sua integridade. No capítulo 31, ele lista suas boas intenções e suas boas ações que as sustentavam. No final do livro, depois que Deus falou, Jó não tem nada a dizer. “Então Jó respondeu ao Senhor e disse: ‘Eis que eu sou insignificante; O que posso responder a Ti? Coloco a mão na minha boca. Uma vez eu tenho falado, e não vou responder; Mesmo duas vezes, e não acrescentarei mais’” (Jó 40: 3-5).
Ele parou de lutar, disposto a deixar que Deus fosse o seu juiz. As opiniões de seus amigos não importavam porque ele estava em paz com Deus. “Note que quando temos paz com Deus não estamos simplesmente em paz com Ele, mas temos a Sua paz. Esta paz foi deixada na terra para os homens; Porque o Senhor disse: ‘Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou’ (João 14:27). Ele a deu a nós. Já é nossa. Sempre foi nossa. O único problema é que não acreditamos nisso. Tão logo crermos nas palavras de Cristo, então teremos verdadeiramente muita da paz que Ele nos deu. E é paz com Deus, porque encontramos a paz em Cristo, e Cristo habita no seio do Pai (João 1:18)”.

Arlene Hill

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.

Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.

Notas:                                                                                                                                         
O vídeo, em inglês, do Pastor Paul Penno sobre esta lição, gravada com um sábado de antecedência,

Esta introspecção, em inglês, está na Internet, acesse:  http://1888mpm.org
Depois, clique em SABBATH SCHOOL TODAY / Outline, 2016 / 4th quarter / The book of Jobe.

————————————————————————