Para 30 de maço a 1º de abril de 2019
Estou feliz que Deus mude os tempos e
as estações, não é mesmo? Pense em como as coisas se tornariam sem graça se Ele
não o fizesse.
Cada uma das estações da vida oferece
novos e vitais lampejos para aqueles que têm tempo para olhar e pensar.
Escondidos sob a superfície estão verdades coloridas, mas silenciosas, que
tocam quase todas as áreas da paisagem de nossas vidas. O Mestre não é nem mudo
nem descuidado, pois Ele altera nossos tempos e muda nossas estações. Quão
errado é caminhar cega e rotineiramente por uma vida inteira de mudanças de
estações sem descobrir respostas aos novos mistérios, e aprender a cantar novas
melodias. As estações são projetadas para nos aprofundar, para nos instruir na
sabedoria e nos caminhos de nosso Deus, para ajudar nosso caráter a crescer forte
como uma árvore plantada junto às águas dos rios.
Nossa esperança é crescer mais forte e mais alto à medida que nossas raízes se aprofundam no solo macio ao longo das margens do rio da vida. E não temamos os ventos da adversidade. As velhas e retorcidas árvores, espancadas e fustigadas pelo vento e pelo clima ao longo das margens do oceano, contam suas próprias histórias de contínua coragem. Deus nos fortalecerá quando os ventos nos fustigarem.
Estamos falando sobre o crescimento de
um caráter cristão através dos “ciclos da vida” neste trimestre; não apenas
caráter individual, mas caráter familiar, caráter da família eclesiástica e
caráter denominacional como povo de Deus feito à Sua imagem. Gênesis 1:27, 28
descreve o início da família assim: “Assim Deus criou o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. Então Deus os abençoou, e Deus
lhes disse: “Sede frutíferos e multiplicai-vos; enchei a terra e dominai-a”.
A Bíblia compartilha no primeiro
capítulo do primeiro livro que Deus criou a família, enfatizando a grande
importância que esta unidade básica na sociedade tem para Deus e para nós.
Apesar do plano de Deus para a
felicidade da família, todos sabemos que as coisas nem sempre funcionaram tão
bem quanto deveriam. Maridos e esposas muitas vezes não se dão bem. Pais e
filhos estão frequentemente zangados um com o outro. As famílias da Igreja têm
problemas e nossa denominação certamente está lutando agora com imensos
desafios. Essas experiências são muitas vezes confusas, porque o que antecipávamos
que traria uma sensação de felicidade, sentimentos calorosos e segurança têm-se
revelado o oposto para muitas pessoas em nosso mundo hoje.
Na
lição de segunda-feira “Os cilos da vida” nos referimos a Ellen White,
escrevendo sobre a ordem providencial de Deus de nossas vidas: “Nossos planos
nem sempre são planos de Deus ...”
“Em
Seu amor e interesse por nós, muitas vezes, Aquele que nos entende melhor do
que nós mesmos, se recusa a permitir-nos egoisticamente buscar a satisfação de
nossa própria ambição. ... Frequentemente nossos planos fracassam para que os
planos de Deus para nós tenham êxito. .
. .”
"Na
vida futura, os mistérios que aqui nos inquietaram e desapontaram serão
esclarecidos. Veremos que as orações na aparencia sem resposta serão esclarecidas.
E as esperanças frustradas têm lugar entre as nossas maiores bênçãos."1
Tentações são “o inesperado”
(terça-feira) “solavancos” na estrada da vida. Ellen White diz, em consonância
com a mensagem de 1888, que “o correto entendimento do ministério no santuário
celestial é o alicerce de nossa fé”,2 “o pilar central que sustenta a estrutura de nossa
posição no tempo presente”.3 A menos que entendamos
claramente, “será impossível exercer a fé que é essencial neste momento”.4 O único verdadeiro impedimento para o pecado é essa “fé”—
no ministério de Cristo em Seu santuário.
A Boa Notícia é que o Evangelho de Jesus
Cristo traz à luz a possibilidade de perfeição de caráter em nossa vida.
Comentando a parábola dos talentos em Mateus 25, Ellen White escreveu: “Um
caráter formado de acordo com a semelhança divina é o único tesouro que podemos
levar deste mundo para o próximo. . . . As inteligências celestiais trabalharão
com o agente humano que busca com fé determinada a perfeição de caráter que
alcançará a perfeição em ação”.5 De fato, essa perfeição de caráter é um reflexo do
caráter amoroso de Deus.
À medida que os servos de Deus se
tornam cada vez mais semelhantes a Cristo, recebem “o Espírito de Cristo—o
Espírito do amor altruísta e do trabalho pelos outros”. Como resultado, ela
concluiu: “o seu amor [será] aperfeiçoado. Mais e mais refletireis a semelhança
de Cristo em tudo que é puro, nobre e amável”.6
Sim, Cristo dá a Sua perfeição para
vencer o pecado. Embora reconhecendo que a natureza humana permanecerá afetada
por inclinações pecaminosas até o momento da glorificação, Ellen White, no
entanto, afirmou a possibilidade da vitória sobre o pecado. “Podemos vencer.
Sim; totalmente e inteiramente. Jesus morreu a fim de prover-nos um caminho de escape, de modo a
podermos vencer todo mau temperamento, toda tentação, e, por fim, sentar-nos
com Ele”.7
Ninguém pode reivindicar a liberdade da
tentação e do pecado nesta vida, uma vez que isso é o que a natureza humana
pecaminosa acarreta, mas o objetivo da vida cristã permanece o mesmo: refletir
o caráter de Cristo. Esse aspecto da mensagem de 1888 conecta o ministério
sacerdotal de Cristo com o poder de “transformar alguém num cristão perfeito”.
Escreve E. J. Waggoner, “. . . considere o Apóstolo e o Sumo Sacerdote . . . Cristo
Jesus . . . considerar Cristo continua e inteligentemente, assim como Ele é,
transformará um indivíduo num cristão perfeito”.8
Alonzo T. Jones concorda: “Perfeição,
perfeição de caráter, é a meta cristã—a perfeição alcançada em [não de] carne
humana neste mundo”. Cristo “tendo alcançado isto, tornou-Se o nosso grande
Sumo Sacerdote, pelo Seu ministério sacerdotal no verdadeiro santuário para nos
capacitar a alcançá-lo”.9
Isso se torna ainda mais importante
para Ellen White ao discutir os eventos dos últimos dias e um aspecto vital da
mensagem de 1888. Ela conecta perfeição com o ministério Sumo Sacerdotal de
Cristo. “Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está fazendo a expiação
por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um
pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. . . .
Ele havia guardado os mandamentos do Pai, e não havia pecado Nele que Satanás pudesse
usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem ser encontrados os que
permanecerão no tempo de angústia”.10
O medo de doenças ou acidentes ou do “tempo
de angústia”, mesmo da morte e do inferno em si, não é motivação forte o
suficiente para a “fé” que prevalece. Podemos manter uma motivação de medo
indefinidamente, mas isso não sustentará nossos jovens ou velhos em tempos de
tentação: “Podemos nos deter sobre a punição de todo pecado, e o horror da
punição infligida aos culpados, mas isso não suavisa e subjuga a alma”.11
A perfeição do caráter cristão é uma
apreciação profunda do amor de Deus, através dos “ciclos da vida”, revelados no
ministério de Cristo e particularmente em Sua morte na cruz para nos colocar
diante de Deus. A fé motivada pelo amor divino odeia o pecado e se apropria da
vida sem pecado de Cristo.
--Paul E. Penno
Notas
finais:
1) Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 474.
1) Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 474.
2) Ellen G. White, Evangelismo, pág. 22, carta 8 de 1906.
3) Ellen G. White, Manuscript
Releases, vol. 4, p. 244.
4) Ellen G. White, O Grande
Conflito, pág. 488
5) Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 332
6) idem, pág. 68;
7) Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol 1, pá 144
8) Ellet J. Waggoner , Christ
and His Righteousness, [Cristo e Sua
Justiça, pág. 7. Citado por Robert J. Wieland em Dez grandes verdades
evangélicas que tornam a mensagm de 1888 Diferente, Ten Great Gospel
Truths that Make the 1888 Message Unique (The 1888 Message Study Committee,
1998), p. 25.
9) Alonzo T. Jones, O Caminho Consagrado para a perfeição Cristã, págs. 88 e 89. Citado por Robert J. Wieland em Dez grandes verdades evangélicas que tornam a mensagm de 1888 Diferente, Ten Great Gospel Truths that Make the 1888 Message Unique (The 1888 Message Study Committee, 1998), p. 25.
10) Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 623
11) Ellen G. White
"Peril of Trusting in the Wisdom of Men," [O perigo de confiar
na sabedoria do homem]
Pastor Paul Penno's video
of this lesson is on the Internet at: https://youtu.be/6tRpOgz8w1Y
Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado
na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no
endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley
Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos
do tradutor.
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