Para 3 a 10 de novembro de 2018
“Oh! quão bom e
quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a
cabeça, desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla de suas
vestes. É como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião;
porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre” (Salmos 133: 1-3).
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A
Bíblia é cheia de metáforas, mas nenhuma é mais importante para a igreja do que
o conceito da mensagem de 1888 de que estamos todos “em” Cristo. Todas as
outras metáforas são desenvolvidas a partir desse conceito básico. Para
entender isso, há algumas dicas no salmo de Davi citado acima. Elas fazem
ligação da unidade ao “óleo” como o veículo que se liga a “irmãos”. Como
chegamos a entender que somos todos irmãos e como isso nos unifica? A resposta está no sacrifício da cruz.
Cristo
deixou de lado a Sua divindade (“esvaziou-Se, a Si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-Se semelhante aos homens” Fil. 2:7). Note, Ele não
abandonou a Sua divindade, colocou-a de lado. Em outras palavras, Ele não usou
isso para ajudá-lo durante o Seu ministério terreno. Muitos acham isso difícil
de crer porque Ele realizou milagres e nunca pecou. Cristo veio para demonstrar
ao mundo e ao universo em contemplação que o Espírito Santo pode habitar em
“carne pecaminosa” tão completamente, que “nossa vida será de contínua obediência”
como “seguindo nossos próprios impulsos”1
Por
que Cristo teve que deixar de lado Sua divindade? A Bíblia ensina que é
antiético para alguém ser punido pelo pecado de outro. Ezequiel 18:20 deixa bem
claro: “A alma que pecar, essa morrerá; o
filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A
justiça do justo ficará sobre ele e a iniquidade do ímpio cairá sobre ele.” Desde
que o primeiro Adão levou todo o gênero humano ao pecado, a única solução foi a
eterna (segunda) morte; nenhum sacrifício humano poderia pagar essa penalidade
e ser ressuscitado. Isso exigiu a morte de Alguém com o poder para ressuscitar,
mas a Divindade não pode morrer.
Para
resolver esse dilema, Heb. 10:5 diz: “Por
isso, entrando Ele no mundo diz: 'Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo
Me preparaste’” Para que Deus nos salve por meio de
Cristo Ele teve que qualificar a Cristo para ser nosso Salvador. Deus fez isso
combinando a vida divina de Seu Filho com a vida humana Adâmica e unindo os
dois no ventre de Maria. Corporativamente, toda a raça, dentre todos os seres
criados no universo, estava unida à Divindade. Nós não merecemos isso, mas
nosso magnífico e gracioso Deus fez este sacrifício supremo.
“Ninguém senão o Filho de Deus poderia efetuar nossa
redenção; pois unicamente Aquele que estivera no seio do Pai é que O podia revelar.
Só Ele, que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus,
podia manifestá-lo. Nada menos que o infinito sacrifício efetuado por Cristo em
favor do homem caído, é que podia exprimir o amor do Pai pela humanidade perdida.”2
“Por sua
vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida
pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna
separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do
que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se
à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele
nos estará ligado por toda a eternidade.”3
O
anjo disse a Maria que a concepção de Jesus seria realizada pelo Espírito Santo
que: “Descerá sobre ti, o Espírito
Santo e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso também o
Santo, que de ti há de nascer será chamada o Filho de Deus” (Luc. 1:35). A gravidez de Maria não
foi iniciada por um homem comum, mas pelo Espírito Santo. Assim, a humanidade e
a divindade foram combinadas em seu ventre.
“Se Ele não fosse da mesma carne que aqueles a
quem veio redimir, então não há nenhuma utilidade de Ele ser feito carne. Mais
do que isso: Visto que a única carne que existe neste vasto mundo que Ele veio
para redimir, é apenas a pobre carne humana, pecaminosa e perdida que toda a
humanidade tem; se esta não é a carne de que Ele foi feito, então Ele nunca
veio realmente ao mundo que precisa ser redimido.4
Quando
Jesus disse a Nicodemos que devemos nascer de novo, Ele quis dizer nascido do
Espírito, assim como o Espírito causou sua concepção no ventre de Maria. Davi,
ao imaginar a inauguração do sumo sacerdócio de Aarão, deve ter reconhecido
algo desse mecanismo quando não conseguiu pensar em nada para comparar sua
alegria, com exceção do óleo da unção. Aquele óleo foi dado tão abundantemente
que caiu sobre a barba e a veste, até à bainha. Mais uma vez, a imagem foi
repetida quando Maria Madalena descobriu que havia tanto do seu dom de óleo que
ela teve que usar o cabelo para tirar o excesso
As
imagens continuam no Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado na
terra para facilitar o ministério sacerdotal de Cristo, que Ele começou em Sua
ascensão. As imagens são paralelas ao óleo generoso de Aarão, que resultou no
derramamento do Espírito Santo, de modo que os crentes no Pentecostes foram
ungidos com o óleo que ungiu Jesus no céu.
O
resultado do derramamento do Espírito Santo, se aceito no coração do crente,
resulta na lavagem da regeneração. Davi viu isso quando sua mente foi para o
“orvalho de Hermon” que lavou Sião.
Imagens
e metáforas são veículos maravilhosos para nos ajudar a entender o plano de
salvação. O Salmo 133 de Davi descreve que somente o óleo do Espírito Santo e a
lavagem da regeneração podem realizar a unidade entre os crentes. Ao aceitar
nossa posição em Cristo, percebemos que estamos em pé de igualdade com todos os
crentes. Qualquer que seja o grau de unidade necessário para proteger a igreja,
fluirá naturalmente disso.
--Arlene Hill
Notas
finais:
1) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 668
1) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 668
2) Ellen G. White, Caminho a Cristo, pág. 14
3) Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações, pág. 25
4) Alonzo T. Jones, The Consecrated Way to Christian Perfection (O Caminho Consagrado para a Perfeição Cristã), pág. 41; e Glad Tidings (Boas Novas) edição de 2003.
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Notes:
Veja, em inglês, o vídeo desta 6ª lição do 4º
trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/l4z5gBLfAi8
Biografia da autora Arlene Hill:
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora
mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina
na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX
(775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524
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