quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Lição 6—Imagens de Unidade, por Arlene Hill



Para 3 a 10 de novembro de 2018 

“Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! É como o óleo precioso sobre a cabeça, desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla de suas vestes. É como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião; porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre” (Salmos 133: 1-3).

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A Bíblia é cheia de metáforas, mas nenhuma é mais importante para a igreja do que o conceito da mensagem de 1888 de que estamos todos “em” Cristo. Todas as outras metáforas são desenvolvidas a partir desse conceito básico. Para entender isso, há algumas dicas no salmo de Davi citado acima. Elas fazem ligação da unidade ao “óleo” como o veículo que se liga a “irmãos”. Como chegamos a entender que somos todos irmãos e como isso nos unifica? A resposta está no sacrifício da cruz.
Cristo deixou de lado a Sua divindade (“esvaziou-Se, a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens” Fil. 2:7). Note, Ele não abandonou a Sua divindade, colocou-a de lado. Em outras palavras, Ele não usou isso para ajudá-lo durante o Seu ministério terreno. Muitos acham isso difícil de crer porque Ele realizou milagres e nunca pecou. Cristo veio para demonstrar ao mundo e ao universo em contemplação que o Espírito Santo pode habitar em “carne pecaminosa” tão completamente, que “nossa vida será de contínua obediência” como “seguindo nossos próprios impulsos”1
Por que Cristo teve que deixar de lado Sua divindade? A Bíblia ensina que é antiético para alguém ser punido pelo pecado de outro. Ezequiel 18:20 deixa bem claro: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a iniquidade do ímpio cairá sobre ele.” Desde que o primeiro Adão levou todo o gênero humano ao pecado, a única solução foi a eterna (segunda) morte; nenhum sacrifício humano poderia pagar essa penalidade e ser ressuscitado. Isso exigiu a morte de Alguém com o poder para ressuscitar, mas a Divindade não pode morrer.
Para resolver esse dilema, Heb. 10:5 diz: “Por isso, entrando Ele no mundo diz: 'Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo Me preparaste’” Para que Deus nos salve por meio de Cristo Ele teve que qualificar a Cristo para ser nosso Salvador. Deus fez isso combinando a vida divina de Seu Filho com a vida humana Adâmica e unindo os dois no ventre de Maria. Corporativamente, toda a raça, dentre todos os seres criados no universo, estava unida à Divindade. Nós não merecemos isso, mas nosso magnífico e gracioso Deus fez este sacrifício supremo.
 “Ninguém senão o Filho de Deus poderia efetuar nossa redenção; pois unicamente Aquele que estivera no seio do Pai é que O podia revelar. Só Ele, que conhecia a altura e a profundidade do amor de Deus, podia manifestá-lo. Nada menos que o infinito sacrifício efetuado por Cristo em favor do homem caído, é que podia exprimir o amor do Pai pela humanidade perdida.”2
 “Por sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade.”3
O anjo disse a Maria que a concepção de Jesus seria realizada pelo Espírito Santo que: “Descerá sobre ti, o Espírito Santo e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer será chamada o Filho de Deus” (Luc. 1:35). A gravidez de Maria não foi iniciada por um homem comum, mas pelo Espírito Santo. Assim, a humanidade e a divindade foram combinadas em seu ventre.
 “Se Ele não fosse da mesma carne que aqueles a quem veio redimir, então não há nenhuma utilidade de Ele ser feito carne. Mais do que isso: Visto que a única carne que existe neste vasto mundo que Ele veio para redimir, é apenas a pobre carne humana, pecaminosa e perdida que toda a humanidade tem; se esta não é a carne de que Ele foi feito, então Ele nunca veio realmente ao mundo que precisa ser redimido.4
Quando Jesus disse a Nicodemos que devemos nascer de novo, Ele quis dizer nascido do Espírito, assim como o Espírito causou sua concepção no ventre de Maria. Davi, ao imaginar a inauguração do sumo sacerdócio de Aarão, deve ter reconhecido algo desse mecanismo quando não conseguiu pensar em nada para comparar sua alegria, com exceção do óleo da unção. Aquele óleo foi dado tão abundantemente que caiu sobre a barba e a veste, até à bainha. Mais uma vez, a imagem foi repetida quando Maria Madalena descobriu que havia tanto do seu dom de óleo que ela teve que usar o cabelo para tirar o excesso
As imagens continuam no Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado na terra para facilitar o ministério sacerdotal de Cristo, que Ele começou em Sua ascensão. As imagens são paralelas ao óleo generoso de Aarão, que resultou no derramamento do Espírito Santo, de modo que os crentes no Pentecostes foram ungidos com o óleo que ungiu Jesus no céu.
O resultado do derramamento do Espírito Santo, se aceito no coração do crente, resulta na lavagem da regeneração. Davi viu isso quando sua mente foi para o “orvalho de Hermon” que lavou Sião.
Imagens e metáforas são veículos maravilhosos para nos ajudar a entender o plano de salvação. O Salmo 133 de Davi descreve que somente o óleo do Espírito Santo e a lavagem da regeneração podem realizar a unidade entre os crentes. Ao aceitar nossa posição em Cristo, percebemos que estamos em pé de igualdade com todos os crentes. Qualquer que seja o grau de unidade necessário para proteger a igreja, fluirá naturalmente disso.
--Arlene Hill
Notas finais:                                                                                                                               
1) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 668                                                    
2) Ellen G. White, Caminho a Cristo, pág. 14                                                                              
3) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 25                                                    
4) Alonzo T. Jones, The Consecrated Way to Christian Perfection (O Caminho Consagrado para a Perfeição Cristã), pág. 41; e Glad Tidings (Boas Novas) edição de 2003.
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Notes:                                                                                    
Veja, em inglês, o vídeo desta 6ª lição do 4º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/l4z5gBLfAi8

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm


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Biografia da autora Arlene Hill:
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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