Para
26 de jan. a 2 de ferv. de 2019
De acordo com O Grande Conflito,1
os sete selos são historicistas, virtualmente o que nós, como povo, mantemos
por 160 anos. A nova luz de que precisamos desesperadamente não são cálculos de
tempo alimentados por computador, mas a mensagem da justiça de Cristo que nos
permitirá desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo. A verdadeira
motivação necessária não é aquela que é inspirada por novos períodos de tempo
sensacionais, mas por uma apreciação mais profunda do que custou ao Filho de
Deus nos redimir pela Sua cruz e Seu ministério no santuário. É isso que
complementa a visão adventista das profecias e as torna relevantes e inspiradoras.
Os sete selos são uma dessas “grandes linhas de profecia”2,
que é historicamente paralelo às sete igrejas e às sete trombetas. Os selos são
uma revelação de Cristo através de mensageiros celestiais desde o tempo dos
apóstolos até a segunda vinda de Jesus.
Cristo está nos dizendo através dos selos que o evangelho
imaculado da igreja primitiva seria uma grande bênção na vida daqueles que o
receberam e que o evangelho seria rejeitado ao longo do tempo pelo chamado
Cristianismo, resultando em terríveis aflições e perseguição para aqueles que a
proclamaram. Levaria esses longos vinte séculos para recuperar o evangelho
apostólico e exceder com clareza sua proclamação ao mundo. Exatamente como isso
seria realizado é um desvelar de Jesus Cristo a partir de 1844 e seu
desdobramento posterior na mensagem de 1888.
Os “quatro seres viventes” apreciam o custo do Filho de
Deus em dar a vida pelos habitantes da Terra. Eles O amam tanto que prendem a
atenção de João (Apo. 6:1) na comissão de “mensageiros-anjos de Deus para a
Terra, trazendo pessoas ao arrependimento, vida e vitória; protegem os justos e
mantêm sob controle os ímpios”.3
A Igreja cristã primitiva sob a liderança dos apóstolos
de Jesus foi movida com amor divino para proclamar Cristo crucificado e
ressuscitado dos mortos. O “cavalo branco” é a era efesiana da Igreja antes de
perder o seu primeiro amor (Apo. 2: 4).
Segue-se no tempo o cavalo vermelho
flamejante, representando o encontro do evangelho com violência e derramamento
de sangue. E, então, as condições de fome do “cavalo negro” durante a idade das
trevas (1.260 anos), quando era tão difícil encontrar a pureza do evangelho quanto
em tempos econômicos tão ruins, leva um dia para comprar um pouco de trigo e
cevada (Apo. 6:5, 6). O cavalo amarelo significa morte e destruição para os
fiéis mártires.
O quinto selo encontra o sangue dos mártires
clamando por justiça divina. Agora segue terremotos e fogos celestiais no sexto
selo chamando a atenção para o cumprimento da profecia bíblica nos séculos
XVIII e XIX.
Ellen White escreve:
“Especialmente devem Daniel e o Apocalipse merecer a atenção como nunca dantes na história de nossa obra. ... Quando nós, como um povo, compreendermos o que este livro [Apocalipse] para nós significa, ver-se-á entre nós grande reavivamento.”4
Aqui está nossa chuva serôdia e alto clamor
que prepara um povo, finalmente, na longa e sórdida história da Terra, para uma
compreensão mais clara do evangelho, a fim de proclamá-lo a toda nação, tribo,
língua e povo.
A mensagem do terceiro anjo foi proclamada
nos quatro cantos da Terra por mais de um século. Mas até agora, eles não
prepararam um povo para a vinda de Jesus. Os três anjos precisam de ajuda. Eles
não podem fazer tudo sozinhos. Carecem do derramamento do Espírito Santo em
proporções de chuva serôdia, assim como os apóstolos no dia de Pentecostes,
apenas em maior grau. É por isso que João “viu
outro anjo descer do céu, que tinha grande poder; e a terra foi iluminada com a
Sua glória” (Apo. 18:1).
Como essas profecias da formação dos selos
estão relacionadas à mensagem de 1888 da justiça de Cristo? A mensagem de 1888
foi enviada pelo Senhor para validar o entendimento das profecias que nossos
pioneiros perceberam. Tivesse a mensagem de 1888 sido aceita, nosso
entendimento profético teria sido completado e o “grande reavivamento”
prometido teria preparado aquela geração para a vinda do Senhor.
—Paul E. Penno
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Notas finais:
1) Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 321;
2) ibidem;
3) Robert J. Wieland, O Evangelho em Reveração, pág 37
4) Ellen G. White,
Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 112 e 113, ênfase
acrescida
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Notas:
No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir
o pastor Paul Penno https://youtu.be/ey5J9F-Cu4E
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Biografia do autor,
Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…)
indicam acréscimos do tradutor.
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