terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Lição 13—Restauração final da unidade, por Paulo Penno



Para 22 a 30 de dezembro de 2018

Pense nisso!–o resplandecente REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES vindo nas nuvens do céu, surpreendendo Seus inimigos no próprio ato! Ele virá para resgatar aqueles que Lhe são leais. Então o momento da verdade terá chegado para todos os habitantes da Terra.
O livro do Apocalipse retrata a cena final: “Estes farão guerra com o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá; porque é o Senhor dos senhores e Rei dos reis” (Apo. 17:14).
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele se chamava Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça. E os Seus olhos eram como chama de fogo, e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão Ela. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual Se chama é A Palavra de Deus ... De Sua boca saia uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro” (Apo. 19:11-15).
Durante séculos, milhões suportaram—e continuam a suportar—guerras, pragas, crime, pobreza extrema e medo infindável. Ninguém pode dizer que Deus trouxe essa terrível carga de sofrimento ao mundo—o homem fez isso!
Não deveria Deus ser “democrático” e permitir que este planeta continue vivendo em rebelião contra Seu governo e Seu universo? Existe uma resposta pronta. Ele já fez isso—Ele ainda espera desde a queda do homem no Éden pelo arrependimento e reconciliação. Ele não pode abandonar e nunca abandonou qualquer “remanescente” de Seu povo que aprecia o Seu caráter de amor e responda em retribuição a isso. São esses os que legitimamente “herdam a terra” (Mat. 5: 5).
Mas agora, neste dia presente, Deus olha para baixo, à Tterra e vê tão claramente como o homem quase arruinou este habitat. É evidente que o egoísmo e o pecado tornam a vida humana quase intolerável em muitas nações da Terra.
O Senhor tenta vez após vez nos salvar. Ele está implorando na linguagem mais sublime e compassiva, dizendo a toda alma humana: “Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e Viva. Convertei-vos, convertei-vos de vossos maus caminhos! Pois por que razão morrereis?” (Eze. 33:11). O amor não poderia ser mais eloquente ou mais persistente.
Como os perdidos se sentirão quando, afinal, eles realmente virem a face dAquele a quem persistentemente resistiram e rejeitaram? Para aqueles que pediram e apoiaram a marca da besta, apenas por olhar em Seus olhos será atormentado “com fogo e enxofre” (Apo. 14:9-11). A língua original expressa a ideia de que eles viram num lampejo a terrível realidade de terem rejeitado Aquele que sofreu o inferno a fim de salvá-los. Eles não podrão aguentar. O horror de sua percepção final de culpa tortura cada célula de suas almas.
O Senhor nunca pretendeu que a visão de Sua face amorosa causasse isso a alguém. Embora seja verdade que “o nosso Deus é um fogo consumidor” (Heb. 12:29), é apenas para pecar que a revelação do Seu amor é tão destrutiva. Se um ser humano persistentemente se apega a qualquer pecado, como uma videira se apega a uma árvore, a visão física dAquele que é o amor encarnado também deve ser a destruição instantânea.
Mas Jesus promete que “os limpos de coração ... verão a Deus” (Mat. 5: 8). Eles “habitarão com o fogo consumidor, ... com as labaredas eternas” (Isa. 33:14). Como Cristo andou na fornalha ardente de Nabucodonosor com os três jovens hebreus que Nele criam, assim Ele salvará fisicamente os que já O haviam admitido como Salvador para salvá-los espiritualmente do pecado.
O inimigo irá capitular. Até mesmo o próprio Satanás no final da história irá aberta e publicamente confessar diante dos habitantes da Terra, e do universo intensamente interessado, a sua desesperançada rebelião, e acolher a destruição que significará que o grande conflito está finalmente terminado: “E ouvi toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra, e que está no mar, e todas as coisas que neles há, dizer: ‘Ao que está assentado sobre o trono e ao cordeiro, sejam dadas ações honra, e glória e poder para todo o sempre!'” (Apo. 5:13).
A segunda vinda de Cristo não é o fim da felicidade ou do nosso desfrute da flora e da fauna da Terra, mas o início de uma renovação da vida sem dor e morte, tanto para o homem como para o planeta: “Eis que Eu crio novos céus e nova terra, e não haverá nais lembrança das coisas passadas, mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que Eu crio... O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos ... não farão mal nem dano algm em todo o meu santo monte, diz o Senhor” (Isa. 65: 17-25).
No juízo final, todo ser humano verá que Deus não poderia ter sido mais justo, mais paciente, mais compassivo do que tem sido: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele ... E a condenação é esta: que a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz” (João 3: 16-19).
Corretamente entendido, o mundo nunca ouviu nenhuma boa notícia melhor do que a gloriosa segunda vinda de Cristo: “A graça de Deus que traz a salvação apareceu a todos os homens. Ela nos ensina a dizer 'Não' à impiedade e às paixões mundanas, e Viva a vida autocontrole, reta e piedosa nesta era atual, enquanto esperamos a abençoada esperança - a gloriosa aparição de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo, que Se entregou por nós para nos redimir de toda maldade e purificar para Si mesmo um povo que é Seu, ansioso por fazer o que é bom” (Tito 2: 11-14, Nova Versão Internacional).
Que barganha para “todos os homens”! Essa graça divina já chegou a você. A coisa mais difícil que temos a fazer é dizer “não” à tentação pecaminosa, mas essa graça realmente nos ensina a dizê-lo.
Acredite nas poderosas boas novas e imediatamente a segunda vinda se torna a sua “bem-aventurada esperança”. “Ela não será falsa. Embora demore, espere; certamente virá e não tardará” (Hab. 2:3 NVI). A qualquer momento, quando Ele vier, a espera parecerá curta!
Em todo o mundo, “a graça de Deus” está operando dia e noite “para purificar para Si mesmo um povo que é Seu próprio”. As reportagens de TV noturnas podem não nos contar sobre isso, mas são as notícias mais importantes do mundo, e é bom.
Paul E. Penno
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Notas:                                                                     
Veja, em inglês, o vídeo desta 13ª última lição do 4º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/ixPN3qnPZZk

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Lição12—Organização e unidade da igreja, por Robert J. Wieland



Para 15 a 22 de dezembro de 2018

As únicas vezes em que lemos que Jesus mencionou Sua “Igreja” foram duas—Mat. 16:18 e 18:17. Ele usou a palavra ecclesia, que significa “chamado”, um povo designado e separado do mundo, definido e denominado de um modo que o mundo poderia reconhecer como uma entidade.
Os apóstolos chamavam o antigo Israel de “igreja no deserto” (Atos 7:38), e lemos que Israel era uma organização visível que o mundo podia ver como povo denominado por Deus.
Paulo pensou em uma bela ilustração do que a igreja é - é um "corpo". "Agora sois o corpo de Cristo e os membros em particular ... na igreja" (1Co 12: 12-28). Em sua brilhante representação da relação da igreja e de seus membros com Cristo, Paulo considera a igreja o "corpo de Cristo" que "não é um membro, mas muitos" (v. 27, 14). "Como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros daquele corpo, sendo muitos, são um só corpo: assim também é Cristo" (vs. 12). "Por um só Espírito somos todos nós batizados em um só corpo, ... O corpo não é um membro, mas muitos" (v. 13, 14). Paulo descreve a unidade corporativa da igreja.
Não há um adjetivo em português que possa ser usado para descrever essa relação do corpo com a cabeça ou entre os vários membros do corpo. Por isso, é necessário empregar um derivado latino como adjetivo para descrever esse relacionamento “corporal”: corporativo. (A palavra vem do latim corpus, que significa “corpo”). Por exemplo, “todos os membros daquele corpo, sendo muitos, são um só corpo” (v. 12). Eles implicam um relacionamento corporativo um com o outro.
Em Apocalipse 12 vemos a história da verdadeira Igreja e a identificação da Igreja “remanescente”. Através dos tempos ela é simbolizada como uma “mulher”. Depois dos horrores de 1260 anos de perseguição papal, ela emerge de um túnel, agora identificada como “o remanescente”: “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao remanescente de sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo” (vs. 17).
Com o fim da Idade das Trevas, as invenções começaram a sair de mentes férteis. O horror da escravidão começou a ser abolido; a pequena nação de ex-colônias britânicas começou a prosperar no Novo Mundo; O povo cristão despertou como de um longo sono — a segunda vinda de Cristo estava próxima. O mundo embarcou no que a Bíblia descreve como “o tempo do fim”. Uma preparação para o retorno de Jesus Cristo tornou-se para as pessoas inteligentes uma razoável “bem-aventurada esperança”. Através da inequívoca liderança divina, a mensagem começou a ir a todo o mundo.
Corações responderam e pessoas capazes fizeram coisas. Claramente abençoado pelo Espírito Santo, uma mensagem unindo o evangelho de Jesus com os ideais de vida saudável realizava maravilhas para pessoas cansadas e doentes; a melhor instituição de saúde do mundo (para a época) foi estabelecida em Battle Creek, Michigan, onde até mesmo a realeza europeia atravessava o Atlântico para ir lá. Ali foi criada a melhor editora cristã do “Ocidente”. O que os apóstolos após o Pentecostes ansiavam, parecia estar a ponto de ocorrer. Uma sensação solene, porém alegre, de que o mundo havia entrado no Dia da Expiação cósmica, conquistou corações em todo o mundo. A “bendita esperança” do iminente retorno de Cristo trouxe à vida aqui em baixo um gosto do céu.
Por um século e meio, essa Igreja foi identificada por inspiração divina como a denominação adventista do sétimo dia, que teve suas raízes no Grande Desapontamento de 1844 e nas reformas que se seguiram nas décadas seguintes, até sua organização formal em 1863. Através dos anos da longa vida de Ellen White, ela constantemente identificou a Igreja Adventista do Sétimo Dia como aquele “remanescente”. No entanto, mesmo nos dias de hoje, havia líderes e pastores infiéis que ensinavam o erro e até a apostasia, a quem ela repreendia, corrigia e às vezes até denunciava.
Em seguida, descobriu-se que a mensagem de Cristo para a sétima Igreja da história tornou-se aplicável: a igreja era “Laodiceia,” aquela cuja mundana mornidão fez o Senhor sentir até  náuseas a ponto de sentir vontade de a vomitar (Apo. 3:14-21). Agora, uma batalha se desenrola na mente e coração das pessoas: essa última organização é um “corpo de Cristo” condenado a um fracasso final? Ou um arrependimento corporativo é possível (e seguro)? O sonho pode ser recuperado?
A Assembleia da Associação Geral de 1888 nos leva aos nossos tempos modernos; aprendemos que os nossos próprios irmãos virtualmente “rejeitaram a Cristo” e “insultaram”1 o Espírito Santo em reações negativas contra a mensagem que foi o “começo” da chuva serôdia. Isso também ocorreu antes de qualquer um de nós nascer; mas não basta escrever essa história como passada e não perceber como faríamos o mesmo se tivéssemos a “oportunidade” a menos que nos arrependêssemos especificamente desse pecado.
O próprio Senhor, não uma comissão oficial nem um ministério independente, irá “sacudir” essa Igreja, limpá-la e purificá-la. Mas Ele tem que ter agentes humanos com quem trabalhar. A razão pela qual os eventos finais ainda não ocorreram pode muito bem ser que aqueles que “suspiram e gemem” estão fazendo isso negativamente, em vez de positivamente. “Suspirar e gemer” não significa torcer as mãos em desespero; significa fazer algo para ajudar. De nós mesmos somos impotentes para conter a crescente onda do mal, mas podemos procurar salvar cada alma que nossa esfera de influência puder tocar.
Todos os crentes em Cristo precisam da disciplina da comunhão com um número maior de irmãos e irmãs cuja associação pode ser usada pelo Espírito Santo para amadurecer sua experiência cristã. (O Senhor vê que um caminho que devemos aprender é “reunir calor” com “a frieza dos outros”2).
Que supliquemos ao Senhor, neste tempo de purificação do santuário, que nos conceda o precioso dom do arrependimento corporativo — discernimento para ver como os pecados dos outros seriam nossos pecados, exceto pela graça de um Salvador; discernir como poderiam ser nossos pecados se estivéssemos sujeitos às mesmas pressões e tentações que eles tiveram que enfrentar. Precisamos da justiça de Cristo em 100%, não menos. Quando Ele tem um povo que pode humilhar seus corações diante do céu, Ele pode começar a trabalhar.
A questão fundamental é o arrependimento denominacional. A “noiva” de Cristo é repetidamente declarada Sua Igreja. Ela tem sido infiel ao seu verdadeiro amante, mas pode se arrepender. Muitos na liderança têm mantido por décadas que “nós” não precisamos de tal arrependimento; outras pessoas em desespero sustentam que o arrependimento denominacional é necessário, mas impossível. Mas Cristo pede por isso; Sua vindicação exige isso; nossa história demonstra a necessidade disso; e a profecia assegura isso.
Parece impossível que um espírito de contrição seja derramado sobre uma liderança congestionada pela complexidade organizacional? Quanto mais envolvida a Igreja se torna com suas numerosas entidades, maior é o perigo de seu enorme eu coletivo sufocar os simples e diretos sussurros do Espírito Santo. Cada indivíduo que captura uma visão é tentado a sentir que suas mãos estão amarradas — o que pode fazer? O grande monólito organizacional, permeado de formalismo e indiferença, parece se mover apenas no ritmo de um caracol. Além deste “Espírito de graça e súplica”, quanto mais nos aproximamos do fim dos tempos e quanto maior a Igreja se torna, mais complexo e congestionado é o seu movimento, e mais remota parece a perspectiva de arrependimento.
Mas não nos esqueçamos do que a Bíblia diz. Precisamos lembrar que, muito antes de desenvolvermos nossos sistemas intricados de organização eclesiástica, o Senhor criou sistemas de organização infinitamente mais complexos, e ainda assim “o espírito ... estava nas rodas” (Eze. 1:20). Nosso problema não é a complexidade da organização; é o amor coletivo de si mesmo. E a mensagem da cruz pode resolver isso!

--Dos escritos de Robert J. Wieland

Notas finais:                                                        
1) Exemplos de Ellen White do uso desta sexpressões são: Conselhos a escritores se editores, pág. 30; Through Crisis to Victory (de Crises à vitória) págs: 279, 280, 290, 301; Testemunhos para ministros e obreiros evangélicos, págs 96, 97, 294; Fundamentos da Educação Cristã, pág. 472; Ms 42, 1890;  

2) Ellen G. White, Testemunhos para a igreja, vol 5, pág. 136

Notas:                                                         
Veja, em inglês, o vídeo desta 12ª lição do 4º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/HDHtBxc4VkY

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor
O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. Autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu a vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na igreja local.
É autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Associação Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones, pois eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White.
38 anos depois, em 1988, a Associação Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888.
Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido
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Atenção: Asteriscos indicam acréscimos do tradutor
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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Lição 11—Unidade na adoração, por Arlene Hill



Para 8 a 15 de dezembro de 2018

Reunir-se com pessoas para adorar a Deus pode ser uma experiência abençoada que é melhor do que a soma dos indivíduos que adoram separadamente. A cultura da adoração celestial sempre inclui um número infinito de seres satisfeitos em se unir na adoração de seu Deus Criador. Como consta na parte de domingo da nossa lição: “Adoração é uma resposta de nossa fé em Deus por Suas obras poderosas: primeiramente, por nos criar e, em segundo lugar, por nos redimir”. É importante notar que por este último motivo somente os seres humanos podem louvar a Deus, porque Jesus apenas redimiu os seres humanos. Somente os seres humanos podem cantar o cântico de Moisés e do Cordeiro:

 “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus,
e a cantico do Cordeiro, dizendo:
‘Grandes e maravilhosas são as Tuas obras,
Ó Senhor Deus, Todo-Poderoso;
Justos e verdadeiros são os teus caminhos,
Ó Rei dos santos”.

 “Quem te não temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome?
Porque só tu és santo;
POR ISSO TODAS AS NAÇÕES VIRÃO E SE PROSTARÃO DIANTE DE TI,
Porque os teus juízos são manifestos”.
(Apo. 15:3,4)

 A declaração “todas as nações virão e adorarão” é uma declaração de unidade. Quando os “atos justos” do Senhor tiverem sido plenamente pregados e apreciados, haverá verdadeira unidade de adoração e a previsão de Isa. 45:23 será cumprida.

“Eu jurei por mim mesmo,
A palavra saiu da minha boca em retidão
E não vai voltar atrás
Para Mim todo joelho se dobrará, toda língua jurará lealdade “
(Veja também Rom. 14:11 e Fil. 2:10).
1ª Tes. 4: 3 nos diz que a vontade de Deus é nossa santificação. 1ª Tim. 2: 4 diz que Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Significa isso que todo ser humano será salvo e irão para o céu? Não, apesar do que muitos passaram a acreditar, haverá pessoas que se perderão. A mensagem de 1888 diz que:
 “... a Palavra de Deus ensina - que ‘a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens’. Tito 2:11, Deus operou a salvação para cada homem, e a eles a concedeu, mas a maioria a rejeita e a joga fora. O juízo final irá revelar o fato de que a salvação completa foi dada a cada homem e que os perdidos deliberadamente jogaram fora sua possessão de direito de primogenitura”.1
A Bíblia ensina claramente que haverá muitos que seguem o caminho que Faraó escolheu depois de receber informações de Moisés de que o Deus do céu, Jeová, existia e estava no controle dos eventos na Terra.
 “Embora cada uma das pragas egípcias aumentasse a obstinação e a dureza de coração de Faraó, ele e seus oficiais tinham que admitir que as pragas eram atos do ‘dedo de Deus’ (Êxo. 8:19), e permitiram que Israel fosse libertado para o terra prometida (Êxo. 12:31-32).”2
Faraó finalmente cede e diz a Moisés e Arão: “Então chamou a Moisés e a Arão à noite e disse: ‘Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito, e ide, e abençoai-me também a Mim’“ (Êxodo 12:31,32). 

Observe que Moisés e Arão disseram consistentemente a faraó que queriam sair para "adorar". Imagine como teria sido diferente se faraó tivesse reconhecido que todas as pessoas pertenciam a Jeová, em vez de dizer a Israel "saí do meio do meu povo". Todo o Egito poderia ter se unido em adoração juntos como o povo de Nínive fez quando seu rei os conduziu em arrependimento. Isso poderia ter acontecido, mas Faraó preferiu "rejeitar" as bênçãos que poderiam teriam vindo a ele e a seu povo. Todas as pessoas, mesmo aquelas que Deus deu a Faraó para governar, são na realidade povo de Deus.
Depois de privar seu povo das bênçãos de adorar junto com o povo que Deus havia escolhido, Faraó pediu egoisticamente a Moisés e Aarão “abençoai-me também a Mim”. Este é um reconhecimento de que ele, Faraó, o poderoso líder/deus do Egito, precisava das bênçãos de Jeová.
No final dos tempos, somos informados de que todo joelho se curvará,3 admitindo a soberania de Jeová, mas, como Faraó, finalmente procurarão atacar e matar a Deus e àqueles cuja fé Nele é genuína e humilde. Os egípcios não poderiam ter participado na adoração unificada do Deus verdadeiro sem reconhecer que os deuses que fizeram para si eram impotentes para salvá-los.
O Israel moderno comete o mesmo erro hoje quando insistimos em acrescentar algo à nossa justiça do que Jesus Cristo realizou por nós. Mas, se somos crucificados com Cristo e não adoramos através de nossos próprios esforços, haverá unidade de adoração entre nós.

--Arlene Hill
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Notas Finais:                                             

1) E. J. Wagggoner, Boas Novas, pág. 14, edição CFI (2016)             

2) Ranko Stefanovic, Revelation of Jesus Christ: Commentary on the Book of Revelation, second ed., p. 478; Andrews University Press (2009). (Revelação de Jesus Cristo: Comentário sobre o Livro de Apocalípse, segunda edição , pág. 478; Imprensa da Universidade de Andrews (2009).

3) *Versos da Bíblia, versão Almeida Fiel, relacionados a cada joelho se dobrar e cada lingua confessar:

*Isa. 45:23, ú. p. “Por Mim meso tenho jurado, já saiu da Minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás; que diante de Mim se dobrará todo joelho, e por Mim jurará toda a línua”

*Romanos 14:11 – “Porque está escrito:
Como Eu vivo, diz o Senhor,
que todo joelho se
dobrará a mim,
E toda língua confessará
a Deus.”

*Filipenses 2: 10-11 - Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e da terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus.”
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Notas:                                                         

Veja, em inglês, o vídeo desta 11ª lição do 4º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/Ra9AcNXBPTs

             Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia da autora:

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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