quinta-feira, 28 de junho de 2012

Lição 13 - Um Ministério Perpétuo, por Paul E. Penno

Para 23 a 30 de junho de 2012


Se você acha que a mensagem de 1888 nunca vai se enraizar e vencer a mornidão de Laodicéia, então pense novamente. Esta série de treze estudos sobre "Evangelismo e Testemunho" nos faz volver às profecias da Escritura sobre uma proclamação mundial da verdade do puro evangelho: "Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar" (Habacuque 2:14). "Sairão de Jerusalém águas vivas" (Zacarias 14:8). "Nos últimos dias acontecerá, diz Deus, ... do Meu Espírito derramarei sobre os Meus servos e sobre as Minhas servas naqueles dias..." (Atos 2:17, 18). "Vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a Sua glória" (Apoc. 18:1). Grande boa nova do "ministério perpétuo" de Cristo para finalizar a Sua obra!
Em seu capítulo 60, Isaías está muito feliz ao escrever sobre o momento em que a Terra estará cheia da "luz" especial da “verdade do evangelho." Ele diz ao povo de Deus, "Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, e ... os gentios caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu" (Isaias 60:1-3).
Nós, normalmente, pensamos disto como o momento em que teremos mais emissoras de rádio e televisão, maiores megafones para aumento de volume, para que todos no mundo venham, finalmente, ouvir qual tem sido o nosso entendimento tradicional da mensagem.
Há uma "voz" idêntica em Apocalipse 14:9 e 18:1-4 que caracteriza a evangelização final, "o ministério perpétuo" de todos os tempos. Será que vai ser um maior nível de ruído que vai atrair a atenção do mundo? Nós temos conversado, e orado, e cantado a respeito disto por gerações. Temos nós entendido como implícita a idéia de que será um sucesso glorioso e triunfante para a igreja, para validar todos os nossos esforços anteriores? Milhões de pessoas que vieram a "dormir em Jesus" sonharam em viver naqueles dias inspiradores quando a Terra será "iluminada".
Há alguém preocupado em que as nossas campanhas e publicações não estão ainda, verdadeiramente, cumprindo essas profecias? Podemos honestamente dizer que nossa mensagem está agitando o mundo, ou mesmo despertando qualquer oposição significativa como nos tempos apostólicos?
É de papel mais caro que nossas publicações precisam? De mais imagens a quatro cores, mais refinamento da arte fotográfica? Será apenas mais dinheiro, mais técnicas psicológicas, mais música, mais habilidade profissional, o de que as nossas campanhas evangelísticas necessitam?
Ou há um problema com o conteúdo da mensagem, a proclamação do evangelho, a própria verdade? Nosso Senhor diz que somos "pobres", mas pensamos que somos "ricos", em nossa compreensão e proclamação da "mensagem do terceiro anjo em verdade," a verdade pura do evangelho, que não foi claramente vista "desde o dia de Pentecostes" (Fundamentos da Educação Cristã, pág. 473)1.
É um velho chavão entre nós dizer que "precisamos do Espírito Santo." Claro que sim, mas a recepção e inspiração do Espírito Santo não é uma questão de sorte ou mágica. "O evangelho de Cristo ... é o poder de Deus para salvação" (Rom. 1:16), e o "poder" não reside em show emocional, mas na verdade, a saber, "a verdade do evangelho" (Gal. 2:14).
 (*Todos nós dizemos) orgulhosamente: "Nós temos a verdade", é o orgulho universal. (*Alguns dizem) a música é boa, tudo o de que talvez necessitamos seja um pouco mais de "ênfase", (*realce da verdade) aumentando-se o controle de volume um pouco. Muitos que falam da justiça pela fé falam dela como uma possessão orgulhosa e a nossa proclamação dela apenas como uma questão de "ênfase", de quanto o controle de volume precisa ser aumentado de vez em quando.
Mas a verdade do evangelho não tem nada a ver com a tal "ênfase". O próprio uso da palavra revela um desconhecimento do que é. Quem ousaria dizer que os apóstolos pregaram uma mera "re-ênfase" do judaísmo? Em parte alguma Ellen White usa a palavra "ênfase" ou "re-ênfase" em relação à mensagem da justiça de Cristo (de 1888), como se fosse uma questão de mero ajuste de equilíbrio homilético. Justiça pela fé é uma verdade vital, palpitante, explosiva, e Deus não deu ao homem nenhum botão de controle de volume para com ele "enfatizar", aumentando-o ou diminuindo-o. Você a tem ou não, e se você a tem, você alvoroçará o mundo2 como fizeram os apóstolos. Nada menos que isso.
E, se não estamos alvoroçando o mundo, a única coisa a fazer é confessar que a Testemunha Verdadeira está certa. Somos miseráveis ​​e pobres, ao passo que nós pensávamos pateticamente que éramos ricos. Até que o "anjo" o veja e o confesse, não pode haver vontade de tomar os remédios oferecidos que a Testemunha Verdadeira tem para nós.3
Mas espere um momento: A Bíblia não está falando de um aumentou do nível do som, mas de aumento da "luz". É para ser uma compreensão mais clara do que Paulo chama repetidamente de "a verdade do evangelho" (Gal. 2:5, 14). Jesus disse: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8:32). Maior luz na compreensão do evangelho da justifica pela fé traz tal liberdade.
Mas se alguém se sente "rico e cheio de bens" (KJV) em seu entendimento da mensagem, isso poderia significar que ele não tem "fome e sede de justiça" (veja Mat. 5:6). O sentimento pode ser facilmente confundido com a verdade. A "glória," de que fala Isaías (60:2) e (*João) (Apoc. 18:1-4) será uma compreensão mais clara da justificação pela fé em paralelo e consistente com a verdade da purificação do santuário. É uma compreensão da justificação pela fé que concilia corações alienados a Deus em um arrependimento cada vez mais profundo.
Nós não queremos ser cegados para a luz, quando o Senhor enviá-la, como os judeus foram cegados para o seu Messias quando Ele veio. Você só pode "seguir" Jesus se você tomar “a sua cruz cada dia" para ser "crucificado com Ele" (Lucas 9:23).

- Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99


 Notas do tradutor:
1) “Sob a direção de Satanás, estão-se formando confederações, e continuarão a formar-se para eclipsar a verdade por meio da influência humana. Os que se unem a essas confederações jamais poderão ouvir as boas-vindas de Cristo: "Bem está, servo bom e fiel; ... entra no gozo do teu Senhor." (Mat. 25:21). Os agentes estabelecidos por Deus devem avançar, não assumindo compromissos com o poder das trevas. Muito mais precisa ser realizado segundo as normas de Cristo, do que tem sido feito até agora. ... Grandes verdades que não foram ouvidas e contempladas desde o dia de Pentecoste resplandecerão da Palavra de Deus em sua pureza original. Aos que realmente amam a Deus, o Espírito Santo revelará verdades que desapareceram da mente, e também lhes revelará verdades inteiramente novas. Os que comem a carne e bebem o sangue do Filho de Deus extrairão dos livros de Daniel e do Apocalipse verdades inspiradas pelo Espírito Santo. Porão em ação forças que não podem ser reprimidas. Serão abertos os lábios das crianças para proclamar os mistérios que têm estado ocultos à mente dos homens. "Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes." I Cor. 1:27.” (Fundamentos da Educação Cristã, pág. 473).

2) Veja o artigo “Amor [Ágape] – A Palavra que Alvoroçou o Mundo,” que já postamos algumas vezes neste blog: na quanta-feira, 1º de abril de 2009; na segunda-feira, 4 de janeiro de 2010, esta postagem com o título O Amor [Ágape];  etc... A base deste artigo do pr. Roberto Wieland era Atos 17:6, que, em inglês, deu o título como está na versão King James, “Ágape – A Palavra que virou o Mundo de cabeça para baixo.

3) O “anjo”  de Apoc. 3:14, é a liderança da igreja de Laodicéia.

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Lição 13 - Um Ministério Perpétuo, por Raul Diaz

Para 23 a 30 de junho de 2012


Rios não são tipicamente tópico de pensamento, ou conversa, exceto, talvez, pelos entusiastas da natureza. Em vez disso, muitos não pensam, nem se preocupam onde é a nascente nem onde é a foz. Mas, de onde vêm os rios — e como eles são sustentados? Simplificando, a ciência tem-nos ensinado que a água, aquecida pelo sol, evapora de corpos de água, incluindo rios, que se transformam em vapor e sobem à atmosfera fria. O vapor de água ou a névoa são então condensados em líquido, formando nuvens. Como o ar não consegue mais segurar a água condensada, as nuvens se tornam pesadas e precipitam-se de volta para a terra. Este ciclo perpétuo ajuda a manter os rios que parecem nunca secar. A palavra perpétua tem dois significados: nunca termina ou muda, e ocorrem continuamente, e é derivada de uma palavra latina que significa: "continuando o tempo todo." Deus em Sua misericórdia fez esse processo perpétuo para alimentar todos os seres vivos.
Onde há água, há vida, e onde quer que o Espírito esteja, há vida eterna. Assim, enquanto nós continuamos a beber do Espírito Santo, temos a vida eterna. A promessa da água viva é a mesma para todo o crente, como foi para a mulher samaritana junto ao poço, João 4:10.
O uso de Cristo da metáfora da Água Viva, como representante do Espírito Santo é evidente em João 7:37-39, onde se lê:
 “No último dia da festa, o grande dia da festa, Jesus pôs-Se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito, que haviam de receber os que nEle cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.”
Claramente, então, o Espírito Santo foi dado para saciar a nossa sede de Cristo. Mas aliviar nossa sede não é sua única função, pois na nossa recepção pessoal de Cristo pela fé, o Espírito Santo faz Sua morada em nós, purifica, transforma e renova as nossas mentes. Ele dá-nos a mente de Cristo, e dota-nos com dons espirituais, e os atributos de Deus. Assim, o poder do Espírito Santo flui através de nós como o fluxo de águas primaveris em um rio, refrescando a outros com quem entramos em contato, como um ciclo constante e contínuo. Ao contrário dos nossos rios terrestres, o Espírito Santo nunca se esgota e enquanto continuarmos a recebê-Lo, nós nunca somos esgotados de Suas 'águas vivas."
Apesar de recebermos a mente de Cristo, Romanos 11:33, 34; 12:2, 3;. 1ª Coríntios 2:10-16, e ainda sermos pecadores por natureza, tornamo-nos justos herdeiros de Deus, parte de Sua bela noiva, e, consequentemente, amantes da lei. Assim, estamos em permanente necessidade do contínuo ministério do Espírito Santo. É este Espírito de Vida, que reinou em Cristo Jesus, que livra (e livrou-) nos da lei do pecado e da morte, Romanos 8. Pela fé, isso se torna nossa experiência pessoal quando nós habitamos e descansamos nEle. Assim, embora o pecado e Satanás sejam forças constantes e poderosas, estamos perpetuamente habilitados para vencermos, pelo poder do Espírito Santo. Através da fé, nós entusiástica e desejosamente ouvimos Seu contínuo convencimento do pecado, do juízo e da  justiça, e assim recebemos a contínua vida vitoriosa de Cristo.
Crescer em Cristo pelo Espírito Santo produz em nós maturidade, e não somos  “mais levados em roda por todo vento de doutrina, e pelo engano de homens” (Efésios 4:14, 15). Indivíduos assim amadurecidos compõem o corpo de crentes maduros, que, com a mente de Cristo, amam os outros como Ele os amou. Somente o Espírito Santo pode dar o amor de Deus para nós, pois Ele é Deus e Deus é amor, 1ª João 4:16. Quando o Espírito Santo habita em nós, o amor habita em nós, e fluindo para fora de nós, somos habilitados e capacitados a amar os outros, 1ª João 4:12. Assim como os rios continuam a perpetuar a vida, assim também o cristão nascido de novo vai continuar a perpetuar o ministério do amor de Cristo.
Como é esse amor demonstrado? O apóstolo João é muito claro:
1ª João 3:16, “Conhecemos o amor nisto: que Ele deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos.”
1ª João 3:17, “Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?”
Vamos reformular esta última afirmação: aquele, em quem o amor de Deus habita, verá seu irmão em necessidade, e deixará que a compaixão o leve a ajudar. Será por esse amor que os outros vão saber que pertencemos a Jesus, João 13:35.
Ellen White disse que "precisamos ser canais através dos quais Deus possa enviar luz e graça ao mundo ... Torrentes de poder espiritual serão derramadas sobre aqueles que estão preparados para recebê-las" (Testemunhos para a Igreja, vol. 8, pág. 46). Vamos, então, permitir que o Espírito Santo faça a Sua obra em nós. Permitamos ser canais e rios cheios com o Seu perpétuo fluxo de “eterna água viva" que irá atingir as multidões de pessoas tão necessitados do Ágape de Cristo.

-Raul Diaz



O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lição 12 - Avaliando o Testemunho e o Evangelismo, por Paulo Penno

Para 23 a 30 de junho de 2012
(Postado no Blog http://agape-edicoes.blogspot.com em 28/6/2012)


Como avalia Deus o nosso testemunho e evangelismo? Depois de todos os reformadores e denominações protestantes, Deus levantou o segundo grande movimento do advento para ser um segundo Pentecostes no tempo. O primeiro Pentecostes foi a primeira chuva do Espírito Santo. Os discípulos e os primeiros cristãos estavam unidos porque eles apreciavam o que Cristo havia conquistado na cruz em favor dos pecadores. Seus corações estavam reconciliados com Deus e sua manifestação foi arrependimento. Este foi o resultado do ministério de Cristo no primeiro compartimento do santuário celestial (*o lugar santo), e Ele abençoou os fiéis com o derramamento do Espírito Santo, que iniciou o crescimento da igreja primitiva.
Por mil e oitocentos anos, o mundo foi abençoado pelo ministério de Cristo no lugar Santo. Mas nunca houve um reformador, igreja ou corpo de crentes, que foi totalmente maduro em sua reconciliação com Deus que eles pudessem ficar lado a lado com Cristo, como uma demonstração final da verdade de que o evangelho não só perdoa o pecado, mas remove completamente o pecado. Todos os crentes em Cristo antes de 1844 estavam preparados para morrer e ressuscitar na primeira ressurreição na Sua segunda vinda.
Em outras palavras, os crentes de antes de 1844 testemunharam e evangelizaram fazendo seu apelo com base no arrependimento individual pelo pecado. Arrependimento individual para o pecado é uma coisa boa se a pessoa está se preparando para morrer.
No entanto, desde 1844 estamos vivendo no (*grande) Dia cósmico da Expiação (Daniel 8:14). E o santuário celestial não pode ser purificado até que os corações do povo de Deus na Terra, sejam purificados e deixem de enviar os seus pecados para o céu em busca de perdão. Isto significa um trabalho especial de purificação da principal raiz do pecado — as motivações do Coração "para que sejam apagados os vossos pecados" (Atos 3:19).
A causa da origem do pecado é o eu do "velho homem". O que anteriormente foi tido como fé, como motivado pelo auto-interesse — um medo do inferno e uma esperança de recompensa — agora é transcendida por uma forte motivação. A justificação pela fé não é mais auto-centrada (arrependimento individual para que eu possa ir para o céu), mas é uma apreciação de coração cada vez mais profunda do que custou a Jesus morrer na cruz. Jesus revela a verdade da cruz em uma tal alta fidelidade que o coração é reconciliado com Deus. E se o coração é reconciliado com Deus, então, "fé opera por Ágape" (Gálatas 5:6), e é, inevitavelmente, reconciliada com a lei de Deus, incluindo o sábado do sétimo dia.
Isto implica necessariamente arrependimento corporativo. Meios corporativos do corpo. O corpo da humanidade tem um denominador comum e que é "a carne." Como descendentes do primeiro Adão nós herdamos de nossos pais através de uma "mente carnal" que "é inimizade contra Deus,” que “...não é sujeita à lei de Deus" e (*”os que estão na) carne não podem agradar a Deus" (Rom. 8:7, 8). O Espírito Santo é enviado por Jesus para revelar nosso inconsciente pecado corporativo, que é comum a toda a humanidade.
Assim, a justificação pela fé antes de 1844 era entendida apenas como um perdão legal para o pecado, pelo que os pecadores ao continuarem pecando não reconhecem a necessidade da purificação da raiz principal do pecado, que é o egoísmo. No entanto a compreensão pós 1844 da justificação pela fé não é apenas um perdão legal para o pecado, mas contempla a erradicação completa do pecado de sua fonte, que é a purificação do coração.
Satanás criou o seu falso ministério sumo sacerdotal para enganar o coração egocêntrico (*com a idéia de) que ele pode receber um perdão legal para o pecado e nunca ter um coração completamente purificado da principal raiz do pecado. Satanás quer que a evangelização e o testemunho sejam baseados neste tipo de compreensão da justificação pela fé, o arrependimento indivídual para o pecado.1
Deus levantou a Igreja Adventista do Sétimo Dia para proclamar a verdade do santuário, "o fundamento da nossa fé".2
O "evangelho eterno" em alta-fidelidade é o sacrifício do Cordeiro para o mundo o qual concilia corações alienados de Deus. Esta é a mensagem evangelística que produz a qualidade do fruto manifesto em obediência à lei de Deus.3
 
"Outro evangelho" move-se furtivamente no derivado do movimento popular evangélico de "crescimento de igrejas" patrocinado por organizações tais como: Seminário Teológico Fuller4 (*em Passadena, Califórnia); Bill Hybels5 (*na comunidadde do condado de  Orange County); Igreja de Willow Creek6 (*localizada na área suburbana de Chicago); Igreja Saddleback de Rick Warrenque7 culminou no livro que ele escreveu, The Purpose Driven Church (A Igreja com Propósitos). Ela é chamada de "Igreja com poder". Seu objetivo é: "Evangelismo é a única razão pela qual a igreja existe" Tudo é avaliado (*como diz a nossa lição) com base em "Como estamos indo neste ministério específico?"8. A lição nos diz que nós, como igreja, "existimos para conduzir pessoas para o reino9." Como o membro pode “se manter fiel à tarefa de maneira mais eficaz possível?" 10
Estas são questões do velho concerto que lembram como o antigo Israel se comprometeu com um "jugo de servidão" no Monte Sinai (Gálatas 5:1; 4:24).11 O quando eles prometeram: "Tudo o que o Senhor tem falado faremos" (Êxodo 19:8, e 24:7). A motivação egoísta da (*3ª pessoa do plural), nós “faremos,” está bem firmada no emprego desta estratégia evangelística.

Se o evangelismo e testemunho são a única razão para a existência da Igreja Adventista do Sétimo dia, então não somos diferentes do que qualquer outra igreja protestante ou evangélica. Além disso, (*colocar) o evangelismo e testemunho como a primeira prioridade (*da igreja adventista) seria invalidar o Movimento do Segundo Advento desde 1844 com base no entendimento dos pioneiros da verdade da purificação do santuário que eles acreditavam que era para ser proclamada ao mundo.

A declaração da nossa lição de que "Nós existimos para ganhar pessoas para o Reino" é biblicamente incorreta e princípio que mina e elimina a necessidade de Jesus ter uma noiva que está totalmente crescida no amor Ágape de Deus (*e que já estará preparada quando Ele regressar nas nuvens do Céu, Apoc. 19:7). Esta filosofia está em oposição direta à doutrina central adventista relacionada com a "purificação do santuário." Este ensinamento, em última análise nega a compreensão adventista que explica o "grande desapontamento" de 1844 e invalida o Movimento do Advento completamente.
A filosofia subjacente a todas as igrejas que estão envolvidas no movimento de Crescimento da Igreja e os (*respectivos membros) evangélicos é que eles existem para ganhar almas para o reino. É "outro evangelho" (Gál. 1:6).
Com base no critério de quantas almas são ganhas para o reino, isso determina quando o Senhor Jesus voltará? Existe um nível quântico de batismos que deve ser alcançado para disparar o comando de Deus para aquele "anjo" liberar Jesus, o Ceifeiro, para voltar? Em outras palavras, é com base em quão bem estamos fazendo no testemunho e evangelismo que determina a proximidade da vinda de Jesus? Se for esse o caso, então é salvação pelas obras ou ganhar almas. Se um bilhão de almas são conquistadas com base no arrependimento individual, a fim de salvar suas próprias almas egoísticas, isso vai antecipar a vinda de Cristo para mais perto?
Todos nós já ouvimos o velho ditado “colocar o carro na frente dos bois.” Em outras palavras, é o carro que puxa os bois ou é o contrário? Claro, são os bois que puxam o carro.
Da mesma forma, o que puxa ou impulsiona o "carro" do evangelismo e testemunho na igreja é "a verdade do evangelho." É a mensagem da cruz de Jesus que converte as almas e as fazem volver para Deus e Seus mandamentos. É a mensagem que produz o fruto. Mais precisamente: o mais claro que compreendermos o evangelho eterno em toda a sua alta fidelidade, o Espírito Santo pode efetivamente atingir o coração humano sem distorção ou interferência.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia existe como sua prioridade número um proclamar fielmente a verdade do santuário que é a mensagem de sacrifício inigualável de Jesus pelos pecados do mundo. Este é o critério sobre o qual Jesus avalia Laodicéia (Apoc. 3:14-21). Na medida em que ela for fiel em proclamar esta verdade, a maturidade das almas vai testificar quanto à qualidade de uma colheita verdadeiramente convertida por ocasião da vinda de Jesus.


—Paul E. Penno

Notas das citações do autor, com textos do Espírito de Profecia transcritos pelo tradutor; também as notas de nºs. 4 a 7 são pesquisas feitas pelo tradutor na intertnet. A nota de nº 11 também é do autor:
1)  “Vi o Pai erguer-Se do trono e num flamejante carro entrar no santo dos santos para dentro do véu, e assentar-Se. Então Jesus Se levantou do trono e a maior parte dos que estavam curvados ergueram-se com Ele. Não vi um raio de luz sequer passar de Jesus para a multidão descuidada depois que Ele Se levantou, e eles foram deixados em completas trevas. ... Ele entrou no carro e foi levado para o santíssimo, onde o Pai Se assentava. Então contemplei a Jesus, o grande Sumo Sacerdote, de pé perante o Pai. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Os que se levantaram com Jesus enviavam sua fé a Ele no santíssimo, e oravam:’Meu Pai, dá-nos o Teu Espírito.’ Então Jesus assoprava sobre eles o Espírito Santo. Neste sopro havia luz, poder e muito amor, alegria e paz. Voltei-me para ver o grupo que estava ainda curvado perante o trono; eles não sabiam que Jesus o havia deixado. Satanás parecia estar junto ao trono, procurando conduzir a obra de Deus. Vi-os erguer os olhos para o trono e orar: ‘Pai, dá-nos o Teu Espírito.’ Satanás inspirava-lhes uma influência má; nela havia luz e muito poder, mas não suave amor, alegria e paz. O objetivo de Satanás era mantê-los enganados e atrair de novo e enganar os filhos de Deus. (Primeiros Escritos, págs. 55, 56). 
2)  “A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé”... é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda a alma que vive sobre a Terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até o final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado. ... O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si e mostrando que a mão de Deus dirigira o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer a lume a posição e obra de Seu povo” (Evangelismo, pág. 221 e 222), ... Enquanto Cristo está purificando o santuário, devem os adoradores na Terra examinar cuidadosamente a própria vida, e comparar o caráter com a norma da justiça” (idem, pág. 224;  Review and Herald, de 8 de abril de 1890). ... “tal como no passado, alguns serão induzidos a forjar novas teorias e a negar as verdades sobre que o Espírito de Deus colocou a Sua aprovação” (ibidem;  Manuscrito 125, de 1907.) ... “O inimigo introduzirá doutrinas falsas, ... Este é um dos pontos em que alguns se apartarão da fé. Onde acharemos segurança, senão nas verdades que o Senhor tem estado a dar-nos nos últimos cinqüenta anos?” (ibidem, Review and Herald, 25 de maio de 1905.) “Satanás está lutando continuamente para sugerir suposições fantasiosas no tocante ao santuário, aviltando as maravilhosas exposições de Deus e do ministério de Cristo para a nossa salvação, a qualquer coisa que se ajuste à mente carnal. Tira do coração dos crentes o poder que ali domina e o substitui por teorias fantasiosas, inventadas para anular as verdades da expiação e para destruir-nos a confiança nas doutrinas que consideramos sagradas desde que pela primeira vez foi dada a tríplice mensagem. Pretende, assim, nos despojar da fé na própria mensagem que nos converteu num povo separado e que conferiu à nossa obra a sua dignidade e poder” (Idem, pág. 225; Special Testimonies, Série B, nº 7, pág. 17.)     
3) Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida.    O Salvador crucificado deve aparecer em Sua eficaz obra como o Cordeiro sacrificado, sentado no trono, para dispensar as inestimáveis bênçãos do concerto, os benefícios que Sua morte concederia a cada alma que nEle cresse. João não podia exprimir em palavras esse amor; era profundo e amplo demais; ele apela à família humana para que o contemple. Cristo intercede pela igreja nas cortes celestiais, lá em cima, rogando por aqueles por quem pagou o preço da redenção - Seu sangue. Os séculos, o tempo, nunca poderão diminuir a eficácia de Seu sacrifício expiatório. A mensagem do evangelho de Sua graça devia ser dada à igreja em linhas claras e distintas, para que não mais o mundo dissesse que os adventistas do sétimo dia falam na lei, na lei, mas não ensinam a Cristo nem nEle crêem. A eficácia do sangue de Cristo devia ser apresentada ao povo com vigor e poder, para que sua fé se pudesse apropriar de Seus méritos. Como o sumo sacerdote espargia o sangue quente sobe o propiciatório, enquanto a fragrante nuvem de incenso ascendia diante de Deus, [93] assim ao confessarmos os nossos pecados, e rogarmos a eficácia do sangue expiador de Cristo, devem as nossas orações ascender ao Céu com a fragrância dos méritos do caráter de nosso Salvador. Não obstante nosso demérito, devemos ter sempre em mente que há Um que pode tirar o pecado e salvar o pecador. Todo o pecado reconhecido diante de Deus com um coração contrito, Ele removerá. Tal fé é a vida da igreja. Como a serpente foi levantada no deserto por Moisés e a todos que foram picados pelas serpentes ardentes, foi ordenado olhar e viver, assim também deve o Filho do homem ser levantado, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 a 93). 

4) Para pesquisar sobre a igreja evangélica do pastor Fuller, veja:
5) Para pesquisar sobre a igreja evangélica do pastor Bill Hybels, veja:
6) Para pesquisar sobre a igreja evangélica de Willow Creek, veja:
7) Para pesquisar sobre a igreja evangélica Saddleback do pr. Rick Warren, veja:  http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/MovimentoCrescimentoIgrejas-Costella.htm.
Também o site: http://www.saddleback.com/aboutsaddleback/
8) Lição de domingo, 17 de junho de 2012. Na edição dos professores, pág. 147; e na edição do aluno, pág. 81;
9) Idem., Quinta-feira, 21 de junho, 1º § da pág. 151 na edição dos professores; e na edição do aluno, pág. 85;
10) Ibidem, 1ª frase da nota da pergunta de nº10.
11) O velho concerto — o do Monte Sinai — gera filhos para a servidão do pecado, Gálatas 4:24, e se revela na atitude de confiar em méritos próprios. É o concerto da justiça própria, das obras da lei; a tentativa de sermos justificado pela lei, Gálatas 5:4. Os israelitas, confiando em seus próprios méritos prometeram: “Tudo que o Senhor tem falado faremos” (Êxodo 19:8 e 24:7). Deus realizou este concerto com eles para que, ao fracassarem, entendessem que necessitavam do Messias para fazerem a vontade do Pai. Eles necessitavam crer no verdadeiro e único concerto exequível, o concerto eterno, o Novo Concerto, prometido em Gên.  3:15, e repetido aos patriarcas. Veja Patriarcas e Profetas, páginas 367 a 373. Veja também o artigo que postamos no Blog ágape-edicoes.blogspot.com, em 10 de julho de 2010, intitulado“A Lei e os Concertos, por Ellen G. White”. Entre as postagens de introspecções sobre as lições do 3º trimestre de 2010, você encontrará também os 47 capítulos de “O Concerto Eterno” de Ellet J. Waggoner.


Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99


Lição 12 - Avaliando o Testemunho e o Evangelismo, por Thomas Cusack

Para 23 a 30 de junho de 2012

          A avaliação dos nossos métodos de evangelismo é um princípio bíblico, pois devemos viver “de toda a palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4:4), e o que quer que façamos, devemos fazer “tudo para a glória de Deus" (1ª Coríntios 10 : 31). Há uma tentação de abaixar os nossos padrões ou de alguma outra forma tornar o caminho para Deus mais fácil para aqueles que estão procurando ganhar a Cristo, mas nós temos um conselho que não devemos "baixar os nossos padrões de modo algum para satisfazer o homem na sua condição caída." Portanto, os métodos e padrões que apresentamos ao mundo é tanto um ato de fé e obediência, como a própria mensagem.
Primeiro de tudo, fomos informados de que só o método de Cristo traz VERDADEIRO sucesso, como Ele Se misturou entre as pessoas, desejando o seu bem, ministrou às suas necessidades, ganhou sua confiança, e então as chamou para segui-Lo. Nossos métodos não podem ser apenas a transformação da informação, mas (*devem ser também) relacionais, espirituais, e um em que investir tempo de qualidade e esforço para garantir o relacionamento espiritual, crescimento, e discipulado eventual.
Em segundo lugar, somos instruídos a buscar “primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça" (Mateus 6:33). Isso é consistente com o conselho para "Pregar as três mensagens angélicas em sua ordem." As três Mensagens angélicas  começam com o Evangelho Eterno, em oposição a algum assunto profético. O Evangelho Eterno deve ser apresentado à luz do Amor de Deus, os "inigualáveis encantos ​​de Jesus Cristo"1 pois "só o amor despertada amor"2. Temos de apresentar uma mensagem que atraia, que seja baseada no perfeito amor de Deus, pois "o perfeito amor lança fora o temor."3 O Evangelho deve ser "boa nova" sobre o que Deus realizou e ofereçe a cada ser humano. Os apelos ao altar também devem basear-se na verdade de que com benignidade eterna Deus nos chamou a Ele, e para a cruz, Jeremias 31:3.
A Bíblia é também clara que "pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:20). Nosso objetivo não é (*sermos) membros de igreja, mas (*termos) um relacionamento crescente, profundamente espiritual com Jesus Cristo, e com a evidência de conversão vista através dos frutos do Espírito. João 17:3 é claro que a salvação é conhecer a Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou. Nossos métodos, esforços, e motivos devem ser o de assegurar que os conversos verdadeiramente "conheçam," de uma maneira íntima o caráter de Deus, bem como o plano de Deus para suas vidas.
O plano de salvação almeja mais do que membros na igreja, ou o perdão dos pecados. É uma boa nova maravilhosa que quando nos aproximamos de Deus como nós somos, confessando os nossos pecados, "estaremos diante de Deus como se não tivessemos pecado." Mas tem havido uma tendência para enfatizar a misericórdia de Deus, bem como o Seu amor, mas esquecer de ensinar também que Deus é santo, e que o chamado é para santidade. "Sem a qual ninguém verá o Senhor" (*Hebreus 12:14). O verso de 1ª João 3:7 é claro ao dizer que não devemos ser enganados sobre esse ponto. "Quem pratica justiça é justo, assim como Ele é justo." A beleza da mensagem de 1888 foi que ela ligou o Evangelho com a purificação do Santuário, preparando um povo para encontrar a Deus. A verdadeira fé opera por amor e purifica a alma, de modo que qualquer um que experimenta verdadeiramente justificação pela fé irá experimentar a santificação, pois tudo vem a nós através da eficácia da fé viva, motivada pelo amor. "E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro" (1ª João 3:3). Devemos apresentar uma mensagem que afasta (*as pessoas) do mundo, preparando um povo especial, leal a Cristo e aos princípios do Seu reino.
Os nossos métodos de evangelização também devem incluir o treinamento extenso de discípulos como uma continuação do evento da colheita. Somos chamados a ser testemunhas e embaixadores de Cristo, clamando ao mundo para ser reconciliado com Deus, 2ª Coríntios 5:18. Nossos dons espirituais devem ser todos utilizados para uma finalidade, que outros possam também aprender as verdades do Evangelho Eterno, o amor Ágape de Deus, as profundezas do amor demonstrado na cruz, e o ministério contínuo de nosso Sumo Sacerdote, não só para nos atrair a Ele, mas para "consumar a nossa fé" (Heb. 12:2).
       Em um mundo em que, como Timóteo 4:1 salienta, muitos nos últimos dias apostatarão da fé, na sequência da sedução de doutrinas de Satanás, levando a uma grande apostasia, devemos ter a coragem e a lealdade para pregar e ensinar a verdade, "ainda que caiam os céus"4, porque nós realmente amamos a Deus supremamente, e ao próximo como a nós mesmos. 1ª Coríntios 13 é claro que, se nós tivermos todo o conhecimento, e não tivermos amor, não temos nada. Nenhuma avaliação de evangelismo é completa, a menos que "examinemos a nós mesmos, para ver se estamos na fé." Será que realmente amamos a Deus completamente, amaros o nosso próximo o suficiente até mesmo para morrer por eles, temos nós mesmos "fome e sede de justiça", pois não podemos dar aos outros o que não temos de nós mesmos. Que possamos realmente colocar Deus em primeiro lugar, e a salvação das almas prioritariamente em nossas vidas. Jesus veio buscar e salvar o perdido.

- Thomas Cusack

        

O irmão Tomás Cusack é um dinâmico pastor da Associação Adventista da Pennsylvania, nos Estados Unidos da América, Ele viajou por diversos paises tais como Mongolia, Kenya, Belize, e alguns das América Central e do Sul, bem como da Europa, partilhando a mensagem de Justificação pela Fé que foi outorgada à igreja Adventista em 1888. Ao todo foram 13 séries de conferência fora dos Estados Unidos. Hoje ele é pastor da igreja adventista da cidade de Erie, no estado da Pennsylvania, localizada no endereço 190, Hunter Road, Erie, PA Cep.: 16509. O telefone dele, na igreja é (814) 864-8124, e o do primeiro ancião, irmão Lowell Freeman é (814) 739-2360.

Notas do tradutor:
1)                   Os "inigualáveis encantos ​​de Jesus Cristo," citação de Ellen G. White, encontrada na revista The Signs of Times, de 16 de setembro de 1889;
2)                   “Só o amor despertada amor," citação de Ellen G. White, encontrada no livro “O Desejado de Todas as Nações, pág. 22;
3)                   "O perfeito amor lança fora o temor," 1ª João 4:18;
4)                   Final do mui conhecido texto de Ellen G. White: “A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação pág. 57). 

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lição 11 – Levando Informação à Igreja, por Ellet J. Waggoner

Para 9 a 16 de junho de 2012

"Em quase todas as áreas da vida, a comunicação eficaz é a chave para a compreensão" (citado da lição de segunda-feira). No mundo de hoje, podemos experimentar a "sobrecarga" de comunicação através de relatórios que recebemos via e-mail, Facebook, Twitter, TV, revistas, boletins, jornais e Internet em geral. Nos dias em que há uma notícia de um grande evento, muitos relatórios são emitidos por muitas agências, por diversos indivíduos, que nos perguntamos: qual é verdadeiro.
Nossa amada Igreja Adventista do Sétimo Dia tem experimentado muitos eventos que têm sido dignos de "notícias", mas há um em particular que tem sido falado, escrito a respeito, e discutido por mais de um século. E, em vez de trazer a unidade à igreja, o que o Senhor pretendia, a divisão vem por causa daqueles que a rejeitam. Qual foi esse evento? A sessão da Conferência Geral de 1888.
Temos o nosso próprio "Muro das Lamentações"? Uma área de disacordia gira em torno da "chuva serôdia". Reflita sobre o fluxo interminável de apelos e chamados à oração que vêm com leituras de Semana de Oração anuais, sermões de reuniões campais, sessões da Conferência Geral e Consilhos anuais, apelando aos fiéis adventistas do sétimo dia para orarem para que o Senhor cumpra Sua promessa de que Ele abrirá as janelas do céu para derramar sobre o Seu povo os chuveiros refrescantes da chuva serôdia, que consistiria em um dom supremo do Espírito Santo para amadurecer o grão do evangelho para a "colheita" de almas. Esta chuva vai guiar ao alto clamor da mensagem do terceiro anjo — a iluminação final e gloriosa do mundo. Foi-nos dito em 1850 que "o tempo está quase terminado" (Primeiros Escritos, pág. 64). Na verdade, a honra do Deus dos pioneiros está envolvida (*nesta promessa). É Ele fiel? Está Ele ainda vivo?
Mas, como os judeus, nossos antepassados ​​(*pioneiros) não conseguiram reconhecer o dom celestial, assim como aqueles que rejeitaram o seu Messias há dois mil anos. Assim como uma rachadura fina na terra em Qumran escondia a presença de fabulosos e ricos manuscritos em uma caverna escondida, uma revelação despretensiosa na The Review and Herald de 22 de novembro de 1892, declarou:
"O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o início da luz do anjo cuja glória há de encher a Terra" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 362 e 363, grifamos).
Desde a Conferência de 1888, e nos anos que se seguiram, Ellen White parecia obcecada com o fato de que nós estavamos repetindo a tragédia dos judeus, e "falou" sobre este tema em palestras e em artigos da Review and Herald. Em 1890 ela se atreveu a levar a mensagem diretamente para o próprio povo:
"Nós não devemos ser encontrados procurando subterfúgios, e colocando ganchos para pendurar nossas dúvidas em relação à luz que Deus nos envia. Quando um ponto de doutrina que você não entende vem à sua atenção, vá a Deus de joelhos, para que você possa entender qual é verdade, e não ser encontrado, como fizeram os judeus, lutando contra Deus” (The Review and Herald, de 11 de março de 890).
Mas havia também uma boa nova em sua "exposição". Em um relatório de uma reunião campal, em Ottawa, no estado americano de Kansas, Ellen White escreveu: "Em todas as reuniões desde a Conferência Geral de 1888, as almas têm ansiosamente aceito a preciosa mensagem da justiça de Cristo.1 Agradecemos a Deus que existem almas que percebem que eles estão precisando de algo que não possuem — o ouro da fé e amor; as vestes brancas da justiça de Cristo, e o colírio do discernimento espiritual. Se você possui esses dons preciosos, o templo da alma humana não vai ser como um santuário profanado. Irmãos e irmãs, convido-vos, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, para trabalharem onde Deus trabalha. Agora é o dia da graciosa oportunidade e privilégio" (Idem, de 23 de julho de 1889).
Mais uma vez: "Aqueles que estavam em South Lancaster no inverno passado [para ouvirem Jones e Waggoner] sabem que a igreja e a escola foram movidos pelo Espírito de Deus .... A luz estava brilhando do trono de Deus, e para que? - É para que um povo possa ser preparado para estar em pé no dia de Deus" (ídem, de 4 de março de 1890).
Em 04 de fevereiro de 1890 Ellen White relatou aos irmãos reunidos em Battle Creek: "Eu considerei um privilégio estar ao lado de meus irmãos [Jones e Waggoner] e dar meu testemunho com a mensagem para este tempo .... Suponha que você apague o depoimento que vem sendo dado durante estes últimos dois anos proclamando a justiça de Cristo, a quem você pode apontar como trazendo luz especial para o povo? Esta mensagem, tal como foi apresentada, deve ir a qualquer igreja que afirma crer na verdade" (Idem, de 18 de março de 1890; Isto está também na Coleção de Materiais de  Ellen G. White sobre 1888, vol.2, pág. 545).
Robert J. Wieland uma vez relatou uma experiência de mudança de vida resultante de um relatório da missão:
"Como indigno servo do Senhor fui enviado por um conselho missionário da igreja para a África Oriental na era quase pré-histórica de 1945. Uma razão pela qual eu estava ansioso para ir: Um relatório da igreja estava informando, com entusiasmo, que a "chuva serôdia" do Espírito Santo estava caindo em Ruanda, evidenciada pelas grandes adesões de adeptos através de batismos. Havia fotografias de pessoas que cobriam encostas de colinas em 'reuniões campais’. Além disso, conversões em massa foram relatadas na área do Lago Vitória no Quênia. As pessoas, muitas delas, tinham vindo apenas recentemente do paganismo; eles tinham dificuldade em distinguir desenvolvimento econômico (o que eles naturalmente queriam) com o ser ‘Cristianizados’.
"Entretanto, fui nomeado para a vizinha Uganda onde havia uma rica história de martírios que remontavam à década de 1880. As pessoas eram alfabetizadas;. Eles tinham história de reinos que remontavam ao século 16, e um elevado nível de sofisticação. Os cristãos protestantes amavam a Bíblia e a consideravam como a única regra de fé. Nossa missão especial foi considerada como uma intrusa, e ‘conversões’ para a Igreja (*adventista) eram lentas.
"Quando eu aprendi a língua e cheguei a conhecer as pessoas, tornou-se dolorosamente evidente que as conversões em massa em Ruanda não eram a ‘chuva serôdia’ bíblica, apepsar das histórias de milagres. Elas eram a ‘chuva temporã’. O conhecimento do evangelho era superficial; ... as profecias de Daniel e Apocalipse, que Jesus ordenou a todos nós para 'entendermos’ (*Mat. 24:15), eram quase desconhecidas, mas as pessoas se aglomeravam em adesão à 'igreja'.
"Também desconcertante era a fome para compreender a justificação e justiça pela fé em Romanos, Gálatas, etc. O 'evangelho' devia produzir pureza de vida, pessoas transformadas, um povo levantado para encontrar Jesus Cristo quando Ele voltasse em Sua segunda vinda.
"Todos nós esperamos o final 'evangelho eterno' que vai 'iluminar a terra com a glória’ (*Apoc. 18:1). A 'chuva serôdia' irá preparar o seu caminho, mas vamos lembrar que quando o Senhor ‘derramar' o Espírito Santo, Seu primeiro trabalho será o de desmascarar e condenar o pecado (João 16:8), uma mensagem reconfortante, pois, afinal, nos reconciliará com Deus,. " (Tirado do Dial Daily Bread, o devocional diário de 22 de julho de 2007.
Ao "reportar" há um perigo em dar detalhes sobre o que "nós" fizemos ou estamos fazendo. Toda a glória deve ser dada a Deus. Como a nossa lição nos diz: "por meio de relatórios fiéis, Deus é glorificado" (Quinta-feira).
"Se acautele de uma crença doentia, mas, mais cauteloso ainda, em relatá-la"

(Ellet J. Waggoner, The Signs of the Times, de 25 de maio de 1888).
--Compiled by Carol A. Kawamoto

Nota do tradutor:

1)                 Estas reuniões a que ela se refere, foram realizadas por ela juntamente com os pastores Waggoner e Jones, por iniciativa pessoal deles, sem patrocínio oficial algum da Organização, após a rejeição da liderança à mensagem de 1888. Na verdade houve um certo desconforto por parte dos nossos líderes, e pouco tempo depois o trio foi dividido. Ellen White enviada à Austrália e um dos mensageiros para a Europa. Como você classificaria a declaração da Serva de Deus, ao embarcar dizendo: “—Deus não está nesta nossa partida para a Austrália, nós seriamos mais úteis na direção da obra em Battle Creek? Ela estava se declarando missionária voluntária? Ou exilada?

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