sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Lição 9 - A Integridade do Dom Profético

Os 66 livros da Bíblia são todos inspirados por Deus e são a única regra de fé e prática. "Toda a escritura é divinamente inspirada por Deus, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (2a Tim. 3:16). Todos os outros escritos devem ser conferidos este padrão. A menos que façamos isto veremos uma erosão da fé e prática. Aliás isto aconteceu nos últimos 2000 anos e necessita ser revisado e retifícado. Com este propósito Deus levantou outros nestes últimos dias para apontar ao padrão bíblico e dizer, vamos examinar novamente o assunto.

Há um número de "profetas" modernos, assim considerados por muitos. São todos corretos? É possível que alguns possam ser falsos profetas? Se assim for, como podemos dizer que "profetas" são verdadeiros e quais são falsos. Felizmente, nós não somos deixados ao nosso próprio discernimento pois temos auxílio. A Bíblia apresenta claras provas a serem aplicadas a um professo profeta:

1. "À lei e ao testemunho: se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles" (Isa. 8:20, Alm. Fiel e KJV).
2. "Portanto, pêlos seus frutos os conhecereis" (Mat. 7:20).
3. "O profeta que profetizar de paz, quando se cumprir a palavra desse profeta, será conhecido como aquele a quem o Senhor na verdade enviou" (Jer. 28:9).
4. "Nisto conhecereis o espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus" (l João 4:2).

Estas quatro provas podem ser aumentadas verificando-se alguns indicadores: (1°) manifestações físicas de um elemento sobrenatural documentado por testemunhas oculares; (2°) oportunidade em dar as mensagens apresentadas; (3°) certeza nas predições (com 100% de exatidão); (4°) elevado plano da vida espiritual do profeta e das mensagens que transmite, e (5°) natureza prática das mensagens e testemunhos. Todas as provas devem ser aplicadas a um profeta, talvez mesmo por um longo período de tempo se necessário, fazendo-se cuidadosas anotações de toda a evidência sobre a vida e carreira do indivíduo em questão.

Ellen G. White preenche os critérios para um profeta verdadeiro em cada sentido da palavra:

1. Teve visões sobrenaturais que durante o processo de receber tais visões foram testemunhadas e os resultados documentados.
2. Cada predição profética realizou-se como anunciada. E muitas mensagens às vezes foram enviadas ao outro lado do mundo, numa viagem de semanas ou meses, exatamente para chegar no momento preciso quando o testemunho era mais necessário.
3. Todos seus escritos suportaram a prova do padrão da Bíblia. Ela sempre disse que ela não era o padrão, só apontava a ele, chamando atenção a conceitos que nós pudéssemos ter esquecido, tendo sido perdidos nos anais do tempo.

A própria Ellen White afirma que nem todos seus escritos foram "inspirados" no sentido mais estrito da palavra, particularmente cartas pessoais à família, por exemplo. No entanto, em outros documentos, mesmo cartas pessoais, isto pode tornar-se um pouco obscuro a nós que vivemos depois da sua morte e não podemos mais pedir esclarecimentos específicos. Quando ela diz, "foi-me mostrado...", por exemplo, é fácil supor que o que se segue é especifica e divinamente inspirado. Outras situações não são tão fáceis, o que nos deixa supor que todos seus escritos devem ser considerados inspirados a menos que provados contrariamente pela Bíblia. Nós não devemos supor que, porque nós não podemos entender, nem porque nós não gostamos de algo, que o que o profeta diz não foi inspirado quando foi escrito. Não obstante, tudo que Ellen White escreveu deve ser confrontado com a Bíblia.

Há outros autores e/ou seus trabalhos que são endossados por declarações proféticas autorizadas. Um exemplo seria as declarações alistando vários profetas em 1° Crónicas 29:29; 2° Crónicas 9:29 , e 12:15. Estes escritos devem ser tomados seriamente, estudados, e comparados com a Bíblia. Ellen White endossou vários escritores e, em alguns casos, livros específicos. Os escritores que foram endossados incluem E. J. Waggoner, A. T. Jones, e W. W. Prescott. Os livros que ela endossou incluem Daniel e a Apocalipse, por Uriah Smith, e dois livros do (*pastor) S. N. Haskell: A História de Daniel o Profeta, e A História do Vidente de Patmos. Estes escritos devem ser comparados com ambos a Bíblia e aos trabalhos de quem os endossou. No que estão acordes (*com a Bíblia), devemos toma-los seriamente e recebe seu benefício.

Às vezes em seu trabalho, autores usarão o trabalho de outros escritores porque não é concebívelmelhorar a linguagem usada. Os escritores de Bíblia citaram um do outro extensamente, muitas vezes semmesmo dar referências, ou no melhor dos casos as referências são bastante incompletas, sendo esperadoque o leitor reconheça a citação. Aliás seções inteiras são, reproduzidas em alguns casos!Por exemplo, 1° Reis 22 e 2° Crónicas 18(1).

No entanto, o engano profético maior está ainda no futuro: "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" (2a Cor. 11:14). "E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. Porque são espíritos de demónios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso. Eis que venho como um ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não vejam as suas vergonhas" (Apõe. 16:13-15).

O próprio Satanás se apresentará como um anjo de luz. Não faria sentido que se Cristo estava para vir e o mundo estava para acabar, que Satanás quereria aparecer como o próprio Cristo e falar a todos que quisessem escutar que a Bíblia é obsoleta e não mais uma regra de fé? Esta é a obra do falso profeta. Isso seria o último esforço final de Satanás. Não seja enganado! Almeje o branco manto da justiça de Cristo, creia na integridade dos profetas, e não deixe falsas profecias enganá-lo. Deus o segurará com uma mão que nunca lhe soltará. Conte com o Seu poder.

-Craig Barnes

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira
Notas do tradutor:
l) Os livros de Reis e Crónicas são de autores desconhecidos e os capítulos 1° Reis 22 e T Crónicas 18 foram escritos por volta de 897 a.C. Ao você comparar os dois capítulos verá uma quase igualdade nos dois relatos.

Integridade da "Mui Preciosa Mensagem"... e seus efeitos.

Muros protegiam a cidade. Salvavam seus moradores de invasões. É símbolo de salvação nas Escrituras: "Deus lhe põe a salvação por muros e antemuros " (Isaías 26: l). "Aos teus muros chamarás Salvação " (Isaías 60:18).

O Senhor edificou um muro protegendo o Seu povo, com padrões eternos, com , mas há os que "o rebocam de argamassa fraca" (Ezequiel 13:10,). "Um edifica a parede e eis outros a rebocam de barro sem palha" (vs. 15, versão do Pé. António de Figueiredo, a Almeida antiga diz: "de cal não adubada").

Mas, como somos salvos? Bem, a isso os teólogos chamam de os elementos vitais da soteriologia - a ciência de ser salvo, gr. soterion (salvação) + logos (ciência) + ia. Isto lhe parece complicado? Esqueça! vejaMat. 1:21 Jesus "salvará o Seu povo dos seus pecados".
Indiretamente está dizendo que sem a lei de Deus não há esperança para nós no plano da salvação, porque nunca veremos nossa condição de perdidos e não sentiremos necessidade de um salvador.

Consideremos agora Isaías 28:17: "Farei do juízo a regra, e da justiça o prumo ". Aqui o Senhor declara que Ele fará julgamento pela norma, e Seu julgamento terá por base um padrão. Os muros da salvação são estabelecidos seguindo esse marco. Agora, que padrão é esse a que Ele se refere?
Isaías 8:20 diz: "A lei e ao testemunho, se eles não falarem segundo essas palavras, jamais verão a alva ". A Almeida Fiel e a KJV dizem: "É porque não há luz neles ". Claramente o que temos aqui é um prumo, um instrumento geralmente usado pêlos pedreiros para erigirem paredes em perpendicular, pelo qual os muros são medidos e o julgamento estabelecido. Isso significa para nós que salvação do pecado depende de sermos medidos segundo o padrão da Santa Lei de Deus. "Mostrou-me também isto: eis que o senhor estava sobre um muro levantado a prumo; e tinha um prumo na Sua mão. ... Eis que Eu porei o prumo no meio do meu povo de Israel (Amos 7: 7 e 8).

Agora, não há meio pelo qual nós, que somos formados em pecado, tornarmo-nos justos e observarmos a lei de Deus por nossas próprias forças. Mas Deus encontrou o caminho da cruz, pelo qual todo ser humano pode chegar a uma posição em que volva-se de seus pecados, seja salvo deles, Mateus l :21, e assim encontre a sua vida medida segundo o padrão da Santa lei de Deus.

Para fazer isto Deus enviou mensageiros com verdades presentes para cada tempo.
A Amos disse: "... vai e profetiza ao meu povo de Israel" (7:15).

Ao povo do advento: "Ê necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis" (Apocalipse 10:11). Observe o tempo verbal imperativo: "é necessário", "importa" (Alm. Contemp.), "must" (KJV) e "é uma enfática colocação no grego" (SDABC, vol. 7, pág. 800.) Na verdade descreve o inicio do adventismo, com o desapontamento , vs. 9 e 10, que sobreveio aos mileritas, os precursores dos adventistas do sétimo dia. Quando eles pensavam que a sua mensagem toda havia resultado em nada, e que tinham desperdiçado o seu tempo, vítimas de um terrível engano, não sabendo a quem culpar por isso, então estudaram Apocalipse, e entenderam: Deviam profetizar novamente a muitos povos, nações, línguas e reinos.

O verso seguinte, 11: l, manda "medir o templo de Deus" isto "tinha uma particular aplicação ao completo entendimento do significado do ministério de Cristo no santuário celestial que se iniciou em 1844" (ibidem).

Eles pensavam que com o desapontamento a obra estava encerrada, mas não estava. Havia uma mensagem descrita em Apõe. 14: 9-12 para ser dada a todos os povos, nações e reinos, e esta mensagem eles ainda tinham que dar. Era obrigação deles, pois seu trabalho não estava terminado.

Esta foi a obra desempenhada pêlos pioneiros adventistas, e pela profetiza Ellen G. White.

Qual foi o prumo que Deus usou para edificar Israel? Sua santa lei e a atividade redentora, Deut. 4: 7-9. Notem a ênfase sobre as leis justas de Deus, este é o padrão derradeiro. Com isto Deus criou um povo distinto e ordenou: "Sede santos porque Eu, o Senhor vosso Deus, Sou Santo" (Lev. 19:2".

A mensagem da Justiça de Cristo, abrangendo a doutrina do santuário, que leva o crente a esta santidade, vivida por Cristo nele, foi dada com INTEGRIDADE ao povo do advento pelo dois mensageiros de 1888, com total endosso de Ellen G. White1. Entretanto "aquela mui preciosa mensagem" não foi totalmente abraçada pela liderança da igreja (Veja TM, pág. 91 em diante), e como se isto não bastasse, na década de 1950 a 1960 dois ou três elementos da nossa
Organização, a fim de não sermos taxados de "seita", fizeram um acordo com os evangélicos destruindo a base desta mensagem. Foi uma guinada de 180 graus na natureza humana que Cristo assumiu na encarnação. Ellen G. White diz que "A natureza humana de Cristo é tudo para nós."

Similar mudança havia ocorrido no catolicismo romano com a adoção da doutrina da imaculada concepção da virgem Maria, seguindo o princípio babilónico dos "deuses cuja morada não é com os homens ", Dan. 2:11. A "mui preciosa mensagem" fala de um "Deus conosco ", isto é, tendo a nossa natureza caída, entretanto sem pecado.

Uns edificaram com INTEGRIDADE o "muro de salvação", mas outros o rebocaram com argamassa fraca.

"Nos profetas de Somaria bem vi Eu loucura: profetizavam da parte de Baal, e faziam errar o Meu povo Israel" (Jeremias 23: 13).

Quem fez os filhos de Israel errarem? - Os profetas,. Claramente há aqui uma condenação àqueles que deveriam ter sido mensageiros do Senhor, mas ao invés disto estavam liderando o povo de Deus pêlos caminhos do erro.

Notem o vs. 26: "Até quando se sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? "; e o verso 32: "Eis que Eu sou contra os que profetizam ...e com ... mentiras e leviandades fazem errar o Meu povo; pois Eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o Senhor ".
Há uma condenação semelhante em Jeremias 14:14: "Disse o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa e adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo é o que eles vos profetizam ". Há nisso tudo uma terrível condenação e denúncia daqueles que estão em uma posição de responsabilidade entre o povo de Deus, os que ocupam posição como líderes, e isso abrange amplamente também a nós que somos líderes leigos.

Notem o que Jeremias diz no capítulo 9:16: "Espalhá-los-ei entre nações, que nem eles nem seus pais conheceram; e enviarei a espada após eles até que Eu venha a consumi-los ".
A destruição de tantos entre o povo de Deus é acarretada pela irresponsabilidade dos que deveriam ser líderes em Israel e, no entanto se transformaram em instrumento de engano.
Agora, muitos podem estar inclinados a perguntar: "É isso realmente justo? Deve o povo de Deus perder-se e finalmente ser destruído sem ser isto sua própria falta, mas em vista de terem sido desviados por líderes entre o povo de Deus?"

Aqui devemos observar uma conexão extremamente importante. Trata-se de Jeremias 5:31: "os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o Meu povo". A KJV diz: "mas o Meu povo ama que seja assim".
Que texto este!!! Não só o povo de Deus tem sido desviado, levado ao erro pelos profetas falsos, os falsos ensidnos, por aqueles que estão em posição de liderança, mas o povo, "o Meu povo gosta que seja assim".

Como vêem, implícita está aí à ideia de que Deus não deixa os sinceros dentre o Seu povo à mercê daqueles que o conduzem a um caminho falso. Eles não têm que ser enganados, Deus protegerá este Seu povo. Ele permitirá que a verdade e entendimento lhes venham de modo que reconheçam os falsos líderes e os falsos ensinadores (1a João 4:3, por exemplo), mas o problema é que quando as pessoas apreciam ouvir os ensinos desses falsos profetas e falsos líderes, Deus acha difícil, senão impossível, ajudá-los. Porque, vejam, Deus não viola o livre arbítrio de nenhum dos Seus racionais seres criados. A consciência de cada um de nós é um templo sagrado que Deus jamais violará. Temos de fazer nossas próprias escolhas.

Quando as pessoas buscam ansiosamente o Senhor por direção, quando mediante o Seu Espírito se impressionam com o fato de que estão sendo levadas na direção errada, então elas podem volver-se ao Senhor e Ele as ajudará e as guardará de prosseguirem nos caminhos da destruição. Mas quando elas amam que seja assim, que sejam conduzidas nesses falsos caminhos, então, o que mais pode Deus fazer?

O final do verso diz: "Mas o que fareis quando chegar o fim? "
Certamente o Senhor um dia exercerá uma terrível retribuição sobre aqueles que de algum modo levaram outros a perder o rumo e a seguirem caminhos errados quando imaginavam estar no rumo do reino dos céus. Sim, pastores, nós somos aqueles que terão um dia de prestar terrível conta por nossas ações. Mas, como mencionamos, não são somente os líderes e pastores, o povo deve assumir grande porção de responsabilidade quando se alegra em só seguir o que está acontecendo, batendo palmas a tudo que nós, os líderes, lhes dizemos, sem conferirem, como os bereanos faziam, "se a coisas eram de fato assim. "

Oh, o que irão eles dizer um dia quando o Senhor declarar: "—Ouvi as vossas orações e agora tenho que fazer que deixe de estar o Santo de Israel perante vos, portanto agora, estais perdidos para toda eternidade e nada há mais que Eu possa fazer por vocês. Eu atendi as vossas próprias escolhas".

Isso, podem ver, traz consigo o pensamento do fim do tempo de graça.

Após repetidas mensagens e muitas oportunidades para o arrependimento, o juízo finalmente será realizado, e então virá a sentença que encerra o tempo de graça: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo, o justo continue na prática de justiça e o santo continue a santificar-se " Apocalipse 22:11.

A maioria terá feito a decisão errada, mas as boas novas é que muitos terão feito as escolhas correias que serão confirmadas pelo próprio Deus. Em certo sentido a ideia de "uma vez salvo sempre salvo" tornar-se-á então verdade para estes. Uma vez se encerre o tempo de graça e tenhamos feito nossas escolhas por Cristo, não mais poderemos perder-nos. Sim, estas são boas novas tornadas ainda melhores.

Deus nos concedeu liberdade de escolha entre vida eterna ou morte eterna. Se escolhermos nossos próprios caminhos seremos sentenciados com morte eterna, mas ao escolhermos o caminho de Deus viveremos com Ele por toda eternidade. Amém

—João Soares da Silveira.

Nota:
1) Veja neste blog o artigo "Justificação e Justiça pela Fé", do pr. Roberto Wieland, uma comparação das três posições contrastantes: A dos evangélicos; a da igreja Adventista hoje, e a de 1888 de E. J. Waggoner e A..T. Jones, com total endosso de Ellen G. White, postado junto com a lição 2 deste trimestre. Na coluna à direita deste blog clique em 2009 /janeiro / e no referido artigo.
Mas Cuidado: Declarações que ouvimos aqui e acolá nas publicações da nossa denominação e sermões, que parecem que contradizem a tríplice tabela acima referida, têm que ser testadas pela Bíblia e pelo conjunto total da "mui preciosa mensagem". Ouvi um pastor citar em minha igreja, em Belo Horizonte, a afirmação da pena inspirada de que ao Cristo se encarnar Ele assumiu a natureza humana com "risco de perda eterna." Eu achei isto maravilhoso. Na mensagem de 1888 isto é o mesmo que dizer que Ele adotou , ou, tomou a nossa natureza caída, para ser "Deus conosco", não "Deus lá com Deus, não longe de nós nem mesmo a sombra de um único grau. Assim, resta saber a opinião do pastor que citou esta declaração inspirada. É ela INEGRALMENTE dentro da mensagem de 1888, o que vale dizer, de acordo com a Bíblia?.
Em 1950 dois jovens pastores da nossa igreja, missionários por toda a vida na África, fizeram dois apelos à Conferência Geral, para que cada membro pudesse apreciar por si mesmo, aquela mensagem:
1°) Que fosse publicado tudo o que E.G. White havia escrito sobre 1888, e que não tinha ainda sido publicado. Este apelo foi atendido 38 anos depois, em 1988, no centenário da secão daquela assembleia, o que resultou em 1821 páginas A4, xerocopiadas, para que não pairasse dúvidas quanto à autenticidade.
2°) Que fosse publicada uma Antologia de todos os escritos dos dois mensageiros acima citados, E. J. Waggoner e A..T. Jones. Até hoje este pedido continua inatendido; mas pior estamos no Brasil. Entretanto surgem, em profusão, livros e artigos sobre o assunto, e o que aconteceu naquela assembleia. E o que era a mensagem, naturalmente que na opinião dos diferentes autores.
Que tragédia haveria de ser se a Bíblia fosse negada à cristandade, e apenas tivéssemos comentários e mais explicações sobre ela, sem o texto seco das Escrituras? Seria lamentável. Assim é mesmo frustrante que não nos é dado, a nós brasileiros, o direito de ter estes livros na nossa língua materna. Nisto o adventismo no Brasil está mais retrogrado atrasado do que nos EUA, onde a organização, embora haja opiniões contrarias, respeita o livre arbítrio dos membros de examinarem por si mesmos a mensagem. Ali nossas editoras publicam tais obras.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Lição 8 – A Autoridade dos Profetas

Como um "povo remanescente” nós freqüentemente dizemos e o ouvimos dizer que, "temos a verdade"!

(*No original em inglês, do nosso guia de estudos, junto com os dois textos da 3ª pergunta,) na parte de terça-feira nós lemos: "Embora nós talvez não ajamos tão dramaticamente como os personagens (*Jeoiaquim e Josias) fizeram aqui, como estes incidentes representam as respostas básicas à palavra escrita de Deus"? Bem, nós somos mornos e mal acreditamos em algo como é — como poderíamos reagir dramaticamente?

Os judeus, povo remanescente de Deus na terra, estavam espantados e surpresos, e criam que Jesus tinha uma nova doutrina!

"No Sábado entrando Ele na sinagoga começou a ensinar. E maravilharam-se da Sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas. ... E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com a autoridade ordena os espíritos imundos, e eles Lhe obedecem!" (Marcos 1:21, 22 e 27).

Por que estavam eles espantados e surpresos? Não criam que tinham a verdade? Por que seus professores e líderes não tinham este mesmo efeito sobre eles? Porque seus mestres tinham sido falsos guias, apontando na direção errada . A presunção remove a Autoridade; e a crença de que "temos a verdade" preveni mais luz de entrar.

Quando (*uma) verdade é rejeitada, é repelida com "comando" para silenciar os mensageiros e esconder, mentir sobre, ou destruir a evidência.

Jeremias registra esta rejeição da palavra de Deus e Seus mensageiros em Jr. 36:22-31. O rei tomou uma faca e cortou o rolo e então queimou-o (vs. 23) e "não lhes deu ouvidos" (vs. 25), mandou que Baruque e Jeremias fossem presos (vs. 26).

Mas Josias agiu bem; leia 2º Reis 22-25, especialmente 22:10-13. Quando na idade de 26 anos1 ouviu as palavras do Livro do Concerto (da Lei), "rasgou as suas vestes”. Ele então enviou a um profeta para indagar do Senhor por causa "do furor do Senhor, que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro".

A prova desta Igreja e deste povo está na recepção ou rejeição da mensagem de 1888. Ellen White declara que o próprio Deus deu esta mensagem a Seu povo.

Dizemos que somos o remanescente, entretanto estamos rejeitando a "mensagem do remanescente"? Somos o povo que diz que têm o Espírito de Profecia, mas parecemos ignorar as porções que nos desagradam. A adoração de lábios é diferente de rendição; e conversão diverge de aparência exterior.

Escrevendo sobre 1888, Ellen G. White diz, "Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor uma mui preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones" (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos [TM], pág. 91).

"Quero falar advertindo aos que por anos têm resistindo à luz e alimentado o espírito de oposição. Por quanto tempo odiareis e desprezareis os mensageiros da justiça de Deus? Deus lhes deu Sua mensagem. Eles têm a palavra do Senhor. ... Há aqui evidência que todos aqueles que o Senhor reconhece como Seus servos podem discernir. Mas há os que desprezaram os homens e a mensagem que eles levaram. Têm escarnecido deles como fanáticos, extremistas, e entusiastas. Permiti-me profetizar-vos: A não ser que imediatamente humilheis o coração diante de Deus, e confesseis vossos pecados, que são muitos, tarde demais vereis que tendes estado lutando contra Deus. ... Continuai um pouco mais como tendes seguido, na rejeição da luz de Céu, e estareis perdidos.

"Não tenho uma mensagem suave a dar aos que por tanto tempo têm sido como que falsos sinalizadores, apontando na direção errada. Se rejeitardes os mensageiros delegados por Cristo, rejeitais a Cristo. ... Suplico-vos, agora, que vos humilheis e deixeis a vossa obstinada resistência à luz e à evidência. Dizei ao Senhor: 'Minhas iniquidades têm feito separação entre mim e o meu Deus. Ó, Senhor, perdoa as minhas transgressões. Apaga os meus pecados do livro de Tuas memórias'" (TM 96 a 98).

O Pr. Jones, no 9º sermão dos 24 que pregou na Assembléia da Conf. Geral de 1893, pergunta:
"Agora irmãos, quando esta mensagem da justiça de Cristo, começou conosco como um povo? [um ou dois da congregação: 'Há três ou quatro anos'.] Quanto, três ou quatro? [a congregação: "Quatro".] Sim, quatro. Onde foi? [a congregação: 'Em Minneapolis'.] O que então os irmãos rejeitaram em Minneapolis? [alguém na Congregação: 'O alto clamor'.] O que é essa mensagem de justiça? O Testemunho nos disse o que é; o alto clamor — a última chuva (*a chuva serôdia). Então o que os irmãos naquela temerosa posição em que eles estavam, rejeitam em Minneapolis? Rejeitaram a chuva serôdia – a mensagem do alto clamor do terceiro anjo " (A. T. Jones, A Terceira Mensagem Angélica, Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 183)2.

"O furor do Senhor, que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2 Reis 22:13). Não havia nenhuma honra em Josias seguir as tradições de Manasses, nem há qualquer honra para nós cegamente seguirmos as tradições na continua rejeição da mensagem de 1888 e seus mensageiros. Agradeça a Deus, nós não temos que rejeitar luz que o Senhor nos envia; e agradeça a Deus que ao redor do mundo há alguns começando a despertar para apreciar a luz que o Senhor nos enviou há 120 anos.
--Daniel Peters


Tradução e acréscimos, marcados com asterisco, de João Soares da Silveira.

NOTAS
1) Josias começou a reinar com 8 anos de idade,
2º Reis 22:1 . No 18º ano do seu reinado o livro do Concerto (Lei) foi achado, vs. 3. Leia também o vs. 8. (Assim: 8 anos + 18 anos = 26 anos).

2) Como matéria suplementar para o estudo da lição desta semana, leia em Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos as páginas 89 a 98, Rejeitando a Luz, escritas em 1896, referente a 1888.


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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Um Protetor Legal do Espírito de Profecia.

A lição de hoje, domingo, 15 de fevereiro de 2009, nos indaga “o que podemos aprender da maneira de Deus se comunicar com Seus profetas”, e nos dá o texto de Êxodo 4:10-16, um diálogo ente Deus e Moisés:

“Eu nunca fui eloqüente” (vs. 10). Ora , Estevão disse que Moisés era “poderoso em palavras e obras” (Atos 7:22), Assim a desculpa de Moisés parece injustificável, uma vez que Deus seria com a sua boca, verso 12.
O paralelo com Ellen Harmon (nome de solteira da irmã Ellen White) está bem posto no meio da nota da lição de hoje, “Foi-me mostrado que ... a graça de Deus seria suficiente para me suster em tudo.”

“Ah! Senhor! Envia a quem hás de enviar” (vs. 13). Foi uma resposta curta, quase rude, mas que é mais enfática na língua hebraica.
O cotejo com Ellen Harmon está no penúltimo § da lição de hoje: “Por vários dias, e até altas horas da noite, orei para que esse fardo me fosse removido e colocado sobre alguém mais capaz de levá-lo.”
“Então se acendeu a ira do Senhor contra Moisés” (vs.14). Esta foi uma declaração forte, mas parece que significa somente que Deus Se desagradou, ou, quando muito, Se ofendeu, pois Deus não o puniu, somente dividiu as responsabilidades com o irmão, Arão.
“Ele falará por ti ao povo, e te será por boca” (vs. 16). Arão seria assim um porta-voz ou protetor de Moisés, ou, como que, o “profeta” de Moisés, Êxodo 7; 1 e 2.

A lição não apresentou um paralelo deste aspecto com o caso da jovem Ellen Harmon, mas nós temos, em diferentes escritos, base para estabelecermos esta analogia, e vamos colhê-los do panfleto The Revival of the True Spirit of Prophecy Writings1 (A Restauração dos Verdadeiros Escritos do Espírito de Profecia), págs. 7 e 8 onde temos isto:

Do livro Esboços da vida de James White e Ellen G. White, escrito pelo próprio pastor Tiago White, o irmão Verne Bates transcreveu de duas páginas, 126 e 238, da edição de 1888:

“Nós dois víamos a vinda de Cristo como próxima, mesmo às portas, e quando primeiro nos conhecemos, não tínhamos idéia alguma de nos casarmos em nenhum tempo no futuro. Mas Deus tinha um trabalho no futuro para ambos fazermos, e Ele viu que poderíamos assistir grandemente um ao outro naquele trabalho. Ao ela ter que aparecer perante o público, precisava de um protetor legal; e Deus a tendo escolhido como um canal de luz e verdade para o povo, em um sentido especial, ela poderia ser de grande ajuda para mim ...
“Ela era muito frágil. Parecia como alguém rapidamente indo para a tumba por esgotamento. Seu peso era somente 36 quilos. Ao ela viajar em barcos a vapor e em carros, ela frequentemente desmaiava e ficava sem ar diversos minutos. Nesta condição era necessário que ela devesse ter uma ou mais atendentes. Ou sua irmã Sara, ou a irmã Foss viajavam com ela. E como nem seu idoso pai nem seu irmão doente fossem pessoas adequadas para viajar com alguém tão doente, e introduzi-la e sua missão ao povo, o escritor, plenamente entendendo que a maravilhosa experiência dela e seu trabalho fossem de Deus, ficou satisfeito de que era sua missão acompanhá-la. E ao nossas viagens sujeitar-nos à reprovação dos inimigos do Senhor e Sua verdade, o dever pareceu claro que uma pessoa que tinha tão importante mensagem para o mundo deveria ter um protetor legal, e que nós deveríamos unir nossos labores” (grifamos).

No Testimony for the Church de nº 23, vol. III, pág. 261 lemos:
“Ao meu esposo se postar ao meu lado para me sustentar em meu trabalho, e ao ele ter tido um pleno testemunho para suportar em união com o trabalho do Espírito de Deus, muitos acharam que era meu esposo que os estava prejudicando pessoalmente, quando era o Senhor que pusera sobre ele o fardo, através de Sua serva, repreendendo-os, para trazê-los ao arrependimento de seus erros, e terem o favor de Deus."

E da página 315:
“Deus entendeu por confiar-me posições às quais Ele não colocou em ninguém mais em nossas fileiras. Meu esposo tem estado ao meu lado para amparar os testemunhos, e dar sua voz em união com o testemunho de reprovação. Ele tem sido compelido a tomar uma decidida posição contra a descrença e a rebelião, que tem sido ousada e desafiante, e que quebraria qualquer testemunho que eu tenha que dar, porque os repreendidos eram censurados, e sentiam profundamente a reprovação dada” (1873).

Em Pamphlets in the Concordance, vol. 1, pág. 478, ela escreveu:— “Foi-me mostrado que Deus qualificou meu esposo para um trabalho específico, e na Sua providência nos uniu para levar avante este trabalho. Embora os testemunhos do Seu Espírito tenha desvendado a ele grande luz, ele tem avisado, advertido, reprovado, e encorajado; e é devido ao poder de Sua graça que nós temos sido habilitados a suportar uma parte na obra desde o princípio” (“O Julgamento”, pág. 8, baseado em uma visão dada e 23 de outubro de 1879. NOTA: — Isto não foi incluído na presente edição da série “Testimony”, vol.. 4, págs. 384-387).

No Testimony for the Church, vol. III, pág. 105 lemos:
"O escolhido protetor da minha mocidade, o companheiro da minha vida, o partilhador dos labores e aflições, foi tirado de meu lado, e eu fui deixada a finalisar a obra e a lutar a batalha sozinha."

Estas declarações documentam completamente o papel do Pastor Tiago White em relação a ser um protetor em volta do Espírito de Profecia. Também, tendo sido um professor de colégio, o pastor Tiago White tinha as necessárias qualificações para ajudar a irmã Ellen White a corrigir gramaticalmente os “Testemunhos”, ao ela inicialmente escrevê-los para publicação. Um exemplo que temos disto, é em relação à preparação do volume 3 da série “Espírito de Profecia”, que foi publicada em 1878.

Da série encadernada Review & Herald, vol. 1, pág.188:— “Meu esposo tem trabalhado incessantemente para avançar os interesses da causa de Deus nos vários departamentos da obra centralizada em Battle Creek. Seus amigos ficaram estarrecidos pela quantidade de trabalho que ele estava desenvolvendo. Sábado de manhã, 18 de agosto, ele falou à igreja. De tarde sua mente foi íntima e secretamente exercitada por quatro horas consecutivas, enquanto ele escutou a leitura do manuscrito do volume três da série Espírito de Profecia. A matéria era intensamente interessante, e calculada para emocionar a alma até a sua profundeza, sendo uma relação da provação, crucificação, ressurreição e ascensão de Cristo” (1877).

NOTA: — Enquanto o pastor Tiago White era vivo para proteger os escritos do Espírito de Profecia, as mensagens originais eram essencialmente incorruptas e puras.
Ainda do panfleto dos irmãos Verne Bates e Anna Bates, pág. 11, colhemos o que se segue:

Em 1881 o Protetor em volta do Espírito de Profecia morreu. Com a partida do pastor Tiago White os “irmãos” começaram a mudar os escritos de Ellen White.
Por exemplo: Em 1882, “Primeiros Escritos” era uma compilação de várias visões dos escritos de Ellen White, DEPOIS do material ter sido mudado de suas originais fontes. Uma grande parte de “Primeiros Escritos” veio de “Spritual Gifts” (Dons Espirituais), vol. I, que era o “Grande Conflito” inicial, publicado por Tiago White em 1858.

Tinha a irmã White qualquer idéia de que seus escritos seriam corrompidos, e que ela seria traída pelos seus chamados “irmãos”? Sim!
Da série encadernada Review & Herald, vol. 1, pág. 372:— “Eu não vou evitar declarar o inteiro conselho de Deus. Desagradável como possa ser, eu tenho que advertir, reprovar, repreender, como Deus me pede, que o coração carnal aceitará ou rejeitará as palavras de advertência. Por quarenta anos, Satanás fez os mais determinados esforços para eliminar os testemunhos da igreja; mas continuam ano após ano a advertir aos errantes, desmascarar os enganadores, a encorajar os desalentados. Minha confiança está em Deus. Aprendi a não ficar surpresa ante oposição de qualquer forma ou de qualquer origem. Eu espero ser traída, como foi meu Mestre, por amigos professos” (16 de outubro de 1883).

Esta última declaração da pena de Ellen White, saiu aproximadamente seis semanas antes da Assembléia da Conferência Geral de 1883, que passou a resolução, que transcrevemos a seguir , para que uma comissão fosse formada de cinco elementos, para mudar os Testemunhos do Espírito de Profecia.

Nesta Assembléia da Conferência Geral de 1883, foi nomeada tal comissão de cinco elementos para modificarem os ‘Testemunhos para a Igreja’ de tal forma a tornar os quatro volumes de setecentas a oitocentas páginas cada. Review & Herald, de 27/11/1883, e Ellen White - Messenger to the Remant (Elllen White, Mensageira do Remanescente) de A.I. White, pág. 65.

Parece que a intenção era torná-los volumosos para serem vendáveis ao público em geral pelos colportores, como passou-se a fazer logo em seguida.

Infelizmente um dos cinco elementos nomeados pelos irmãos naquela ocasião foi o pastor Uriah Smith, que, no ano anterior, foi severamente repreendido pela irmã White por ter rejeitado os testemunhos. Ele omitiu nas publicações todas as repreensões contra ele mesmo e para aumentar os escritos incluiu a parte histórica encontrada nos livros de Daniel e Apocalipse dele mesmo, pastor Uriah Smith, §§ e caps. inteiros idênticos, como se a irmã White tivesse colhido os fatos históricos diretamente dos referidos historiadores.
Entretanto o nome de Ellen G. White continuou a ser posto na capa da obra como autora de todo o conteúdo.

Hoje, como bons adventistas, podemos, com estes fatos, nos livrar, das acusações de plágio que é feito à profetisa da igreja remanescente, pelo menos para intimamente não termos nossa fé abalada pelo plágio de que nossa profetiza é acusada.


Notas:
1) Você pode adquirir o panfleto The Revival of the True Spirit of Prophecy Writings (A Restauração dos Verdadeiros Escritos do Espírito de Profecia), em inglês, do irmão Verne Bates e Anna Bates, publicado por ECHOES FROM THE PAST (Ecos do passado), escrevendo para:
ECHOES FROM THE PAST
890 Hitching Post Road,
Grants Pass, OR 97526, USA.;
ou pelo sítio WWW.vbates.com; ou ainda pelo telefone (541) 479-2000, fax: (541) 955-0926.

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Tem Ellen White Autoridade Doutrinária?

É verdade que Ellen White é autorizada em níveis devocionais e de aconselhamento, mas, não no nível doutrinário?

Temos que clarear as nossas mentes a respeito dos primórdios da história adventista, quando os pioneiros, nos estudos doutrinários que faziam, esgotavam todas as possibilidades de uma conclusão quanto a uma doutrina ou um determinado aspecto particular dela:

“Quando eles chegavam a um ponto em seus estudos em que diziam: nada mais temos a pesquisar, o Espírito do Senhor descia sobre mim; eu era tomada em visão e uma clara explanação das passagens que estudáramos me era dada, com instruções a como devíamos lidar com elas, e efetivamente as ensinar. Assim, luz era dada que nos ajudava a entender as Escrituras com relação a Cristo, Sua missão e Seu ministério. Uma luz de verdade daquele momento no tempo, até o em que deveremos entrar na cidade de Deus, me fora feita clara, e eu dava aos outros a instrução que o Senhor me havia dado”. (Mensagens Escolhidas, vol., 1 pág. 206 e 207).

“Naquele tempo, erro após erro procurava forçar entrada entre nós; ministros e doutores introduziram novas doutrinas; nós investigávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes, noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se para esse fim, grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro. Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento, aceitávamos a verdade ponto por ponto, sobre a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão e eram-me feitas explanações; foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais e do santuário de modo que fomos colocados em posição onde a luz sobre nós resplandecia em raios claros e distintos”. (Obreiros Evangélicos, pág. 302).

Uma vez mais ela estava definindo verdade e erro em pontos de doutrina, por via das mensagens dadas a ela em visão.

“Os fundamentos de nossa fé, foram lançados no começo de nosso trabalho, por estudo da palavra, com oração e por revelação”. (Idem pág. 307).

E, em Mensagens Escolhidas, volume 3, pág. 52:
“Há uma corrente de verdade retilínea sem uma só frase herética naquilo que escrevi”.

E ainda mais, na pág., 84 ela diz:
“Todos os que creem que o Senhor tem falado por intermédio da irmã White, e lhe tem dado uma mensagem estarão livres de enganos que aparecerão nestes últimos dias”.

Prezados irmãos; esta é uma magnífica e grandiosa promessa; as mensagens dela podem ser uma tremenda bênção se nós as aceitarmos, crermos nelas, e não tentarmos escapar ao completo impacto delas em nossas vidas.

Deus escolheu falar clara e autorizadamente ao Seu povo nestes dias finais da história da terra.
Louvado seja o Seu nome.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lição 7 -- O Trabalho dos Profetas

Nossa lição desta semana mostra como dos profetas, incluindo Ellen White, são exigidos por Deus fazer coisas que eles prefeririam não fazer. Isto é especialmente verdadeiro quando são chamados a dar instrução e reprovação a indivíduos. Invariavelmente, o profeta é criticado embora a mensagem realmente venha de Deus.

Geralmente, o trabalho de um profeta é pregar o Evangelho: Jesus Cristo e Este crucificado. Se isso é verdadeiro, por que Deus pede que profetas entreguem mensagens impopulares de reprovação a indivíduos e grupos? É possível que necessitemos individualmente ser advertidos quando temos “filtros” pessoais que interferem ou nos previnem de ouvir o Evangelho?

Uma mensagem que põe a glória da humanidade no pó é exatamente tal mensagem:

O escândalo da cruz é que a cruz é uma confissão da fragilidade e pecado humanos e da incapacidade de fazer qualquer coisa boa. Tomar a cruz de Cristo significa depender unicamente dEle para tudo, e esta é a humilhação de todo orgulho humano. Os homens gostam de sentir-se independentes. Mas ao a cruz ser pregada, e tornar-se conhecido que não há no homem nenhuma coisa boa, e que tudo deve ser recebido como um dom, imediatamente alguém é ofendido” (E. J. Waggoner, Boas Novas, pág. 113).

Quando a mensagem especial de Cristo nossa Justiça primeiro foi dada à nossa igreja nos anos das décadas de 1880 e 1890, a profetisa de nossa igreja conectou a recepção dela com a do Israel antigo:

“Agora, quero que você seja cuidadoso, cada um de vocês, que posição você toma,... ao ver imperfeições;... e os julga [Jones e Waggoner] por isso. ... Você deve ver se Deus está operando por meio deles, e então deve reconhecer o Espírito de Deus que é revelado neles. E se você escolher resisti-lo você estará agindo como os judeus agiram” (Manuscrito 2, 1890; Sermão de E.G.W, pregado em 9 de março de 1890; Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol.. 2, págs. 608, 609, grifamos).

Freqüentemente, Israel atacou seus mensageiros ou com ameaças ou perseguição física real. Para evitar isto, eles foram forçados a fugir. O paralelo com 1888 é que Ellen White foi enviada à Austrália, e Waggoner à Inglaterra. Ela escreveu:

“O Senhor não estava em nossa saída da América. ... Os que estavam cansados dos testemunhos dados foram deixados sem as pessoas que os entediavam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens seguirem o próprio caminho e vontade, ...” (Carta 0-127-1896, escrita ao Pr. O. A. Olsen1, em 1º de dezembro de 1896, de Sunnyside, Austrália, e que você pode encontra-la na série Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol.. 4, pág. 1622).

O profeta Micaias tinha estado quase esquecido quando Josafá perguntou a Acabe se havia ainda outro profeta que pudesse revelar-lhes a vontade do Senhor. Acabe lembrou-se de Micaias, mas acrescentou: “eu o odeio, porque nunca profetiza o bem a meu respeito, mas somente o mal” (1º Reis 22:8).

O paralelo de 1888 foi registrado:

“Alguns vêm cultivando ódio contra os homens a quem Deus comissionou para dar uma mensagem especial ao mundo. Eles começaram essa satânica obra em Minneapolis. Mais tarde, ao verem e sentirem a demonstração do Espírito Santo, que testificava que a mensagem era de Deus, odiaram-na ainda mais, pois eram um testemunho contra eles” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 79, 80).

Ellen White ligou a experiência de Israel à da igreja da adventista, associando nossa experiência com uma demora do Segundo Advento:

“A história do antigo Israel é uma surpreendente ilustração da experiência passada do adventismo. Deus dirigiu Seu povo no movimento do advento, exatamente como dirigiu os filhos de Israel ao sair do Egito. Na grande decepção sua fé foi testada como o foi a dos hebreus no Mar Vermelho. Se eles ainda confiassem na mão que os guiara, que tinha estado com eles em sua experiência passada, eles veriam a salvação de Deus. Se todos que tinha trabalhado unidamente na obra em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo e a proclamou no poder do Espírito Santo, o Senhor teria operado poderosamente com seus esforços. Uma inundação de luz teria brilhado sobre o mundo. Anos atrás os habitantes da terra teriam sido advertidos, o trabalho final completado, e Cristo teria vindo para a redenção do Seu povo” (Da série The Spirit of Prophecy (O Espírito de Profecia), vol. 4, pág. 291; ênfase adicionada). “

A mensagem de Cristo Justiça Nossa foi dada à nossa igreja para fortalecer-lhe a fé como um grupo corporativo, que estaria pronto para ficar de pé nos principais acontecimentos até o advento final de Cristo. As vezes quando Deus teve que executar julgamento são sempre notáveis pela necessidade de nada mais que fé. Os que confiaram no que pensavam ser fé mais seu bom desempenho, não acharão nenhuma garantia para estarem firmes durante a provação. Como cinco das virgens eles compreenderão seu erro, mas não haverá nenhum tempo de aprender e de receber o dom da fé. Nada há que a natureza humana possa fazer que os apoiará neste tempo terrível.

Desde que foi dado pela profetisa e pelos mensageiros “credenciados do Céu”, a própria mensagem tem sido analisada, dissecada, dissolvida, criticada, ignorada, descaracterizada, e, por alguns poucos, aceita. Em alguns casos, foi mesmo difícil achar a mensagem porque suspeita e equívoco mantiveram a informação e livros em cofres ou em prateleiras das livrarias fora do alcance das pessoas.

Nós, como uma igreja não necessitamos do trabalho de outro profeta para nos dar alguma nova mensagem. Não faz sentido os irmãos leigos sentarem-se esperando para este ou aquele líder aceitar e ensinar esta mensagem. Os que dentre nós fomos privilegiados por Deus em tomar conhecimento desta “mui preciosa mensagem” não devemos mantê-la escondida, como se fosse para beneficiar somente a nós. Somos responsáveis a continuar o trabalho dos mensageiros. Necessitamos retornar à original mensagem simples, e estudar para entendê-la de tal modo que nós a possamos aceitar e ensiná-la ao nosso povo.

Como os antigos profetas e a história mais recente, todos crentes são comissionados a pregar o verdadeiro Evangelho sem ter em conta sua recepção. Em assim fazendo, Deus nos envolve no aspecto mais importante do trabalho de um profeta: compartilhar a Boa Nova
—Arlene Hill

Tradução de João Soares da Silveira

Nota: 1º) Leia o artigo: “Carta de Ellen White ao Presidente da Associação Geral”

Carta de Ellen White Ao Presidente da Associação Geral

O pastor Ole Andres Olsen (1845-1915) foi presidente da Conferência geral por nove anos, tendo sido eleito na assembléia realizada em Minneapolis em 1888 (Veja a Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, pág. 1028).

A Irmã White enviou a ele uma carta (O-127-1896) que é um vívido testemunho do “TRABALHO DO PROFETA”, descendo direta, sem rodeios, e profundamente à repreensão, dizendo o que tem de ser dito, ainda que pudesse aumentar por parte da liderança da igreja de Deus o recrudescimento do relacionamento das partes.

A gama de atuações de um profeta vê-se nos muitos exemplos de profetas tais como JEREMIAS: profetizou durante os reinados de Josias, Joaquim e Zedequias (1:2 e 3) eles foram os líderes do povo de Deus de então; foi ameaçado de morte (11:21; 26:8; 38:4); amaldiçoou a seu nascimento (20:7-18); aconselhou a Zedequias (21:3-7; 34:1-7; 38:14-28); foi lançado na prisão (32:2; 37:16-21); salvo da masmorra (29:8-10); favorecido por, um gentio, Nabucodonosor (39:11-14); posto em liberdade em Ramá (40:1-6) e LEVADO para o Egito (43:1-7); EZEQUIEL: teve que escrever para o líder do povo e “seus companheiros” coisas ruins e boas; intercedeu por Israel; foi exilado para Tel-Abibe, etc... etc...

Esta carta (O-127-1896) você pode encontrá-la na série xerocopiada Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol.. 4, págs. 1621 - 1627):

Veja quão franca e diretamente Ellen G. White escreve a carta ao seu lider: “Prezado irmão Olsen:-- É teu privilégio aproximar-se bem perto de Deus, e colocar sua inteira confiança nEle. Ele entende tudo a respeito dos erros do passado, e como há de ajudá-lo. Mas onde quer que você esteja, nunca, nunca palmilhe pelo mesmo terreno. ... Você fez um triste trabalho, mas não o repita, Seja decisivo, firme. ... tome um caminho não dividido, neutro ... a despeito das conseqüências imaginárias. ... Se você tivesse se colocado sob o julgo de Cristo, você não estaria na situação em que você tem estado por anos. A sua prontidão em ouvir e aceitar as proposições de homens não santificados, e em se por em jugo com eles, revelou uma grande falta de percepção moral. Exatamente o primeiro passo na direção de desviar o teu pescoço do jugo de Cristo foi revelado na sua posição dividida”

“Quando o fardo estava pressionando tão pesadamente sobre mim em Battle Creek, eu posso dizer que não havia ninguém que entendesse a posição na qual eu fui posta. ... Havia muita pechincha sobre negócios diversos. ... Isto tem acontecido a um tremendo custo para mim financeiramente e em muitos outros aspectos. Acho que eu não revelei o completo trabalho que me sobreveio aqui na Austrália. Talvez você nunca compreenderá completamente a matéria”

A seguir, o que está sublinhado pelo tradutor, foi citado pela irmã Arlene Hill, no comentário desta lição: “O Senhor não estava em nossa saída da América. Ele não revelou que era Seu desejo que eu devesse deixar Battle Creek. O Senhor não planejou isto mas Ele permitiu que todos vocês agissem de acordo com sua própria imaginação. O Senhor queria que William (*Guilherme) C. White, sua mãe, e seus auxiliares permanecessem na América. Nós éramos necessários no coração da obra, e se sua percepção espiritual tivesse discernido a real situação, você nunca teria consentido com as manobras feitas. Mas o Senhor lê os corações de todos. Havia um tão grande desejo de que nós partíssemos, que o senhor permitiu que isto acontecesse. Os que estavam cansados dos testemunhos dados foram deixados sem as pessoas que os entediavam. Nossa separação de Battle Creek foi para deixar os homens seguirem o próprio caminho e vontade, que eles achavam ser superior ao caminho do Senhor”

“O Senhor teria obrado pela Austália por outros meios, e uma forte influência teria atuado em Battle Creek, o grande coração da obra. Lá nós teríamos estado ombro a ombro, criando uma saudável atmosfera para ser sentida em nossas Associações (*Geral e regionais). ... Quando nós partimos, alívio foi sentido por muitos, mas nem tanto por você mesmo, e o Senhor foi desagradado (*ou, ficou ofendido); porque Ele nos estabeleceu para ficarmos ao volante da obra em Battle Creek..

Esta é a razão pela qual eu escrevi para você. O Irmão Olsen não teve a percepção, a coragem, a força para conduzir as responsabilidades; nem havia nenhum outro homem preparado para fazer o trabalho que o Senhor tinha proposto que fizéssemos. Eu lhe escrevi, irmão Olsen, lhe falando que era o designo de Deus que nós devêssemos estar de pé, lado a lado, com você, para aconselhá-lo, para informá-lo, para trabalhar com você. Se pelo menos você tivesse discernido isto e dito, eu preciso de você, ou, eu não posso ousar ficar nesta posição, eu teria respondido ao chamado. Se você tivesse dito, eu não posso suportar esta responsabilidade sozinho, nós teríamos respondido, e retornado. Mas o Senhor viu as intrínsecas influências do assunto, e Ele permitiu que você discernisse que sua própria força não era suficiente. ... você estava desejoso de ter forte experiência e conhecimento que ... os caminhos do Senhor foram calculados erroneamente e esquecidos”

“Isto está no passado, mas eu escrevi para você explicando a carta que lhe escrevi quando eu estava em Granville em 18941...Que o povo de Battle Creek devesse sentir que eles queriam que nós partíssemos, como ocorreu, foi o resultado de invenção do homem e não do Senhor. A suma da questão está provada, e as cifras estão perante você. Nós estamos aqui. As coisas de Battle Creek me foram mostradas nesta grande distância, e a carga que eu carreguei tem sido muito pesada de suportar.”

“Formalidade e hipocrisia e egoísmo estão entrelaçados com interesses santos e sagrados, com conexões com os vários ramos da obra.. ... Falso arrependimento produz somente uma reforma exterior. O verdadeiro arrependimento trará uma mudança de coração, e total volta de cada pecado constantemente perturbador para Deus. ... Falso arrependimento por rumo errado é a base para ceder-se a persuasões e temor. Verdadeiro arrependimento em direção a Deus revela uma mente humilde que está cheia de audácia e coragem santificadas para suster o direito. Estes ouvirão a voz de Deus. Eles obedecerão o chamado e advertências que recebem. ...Muitos ... falharão. Por que? Porque eles amam o louvor dos homens mais do que a aprovação de Deus.”

“Um ciúme divino é essencial para todos nós. Se a Palavra de Deus fosse comida como alimento para a alma; se fosse tratada com deferência e respeito, não haveria necessidade para os muitos e repetidos testemunhos que são produzidos. As simples declarações das Escrituras seriam recebidas e agiriam. . ... Exatamente como o sangue deve estar nas veias do corpo, e circular ali com seu poder vitalizador, assim Cristo deve habitar no coração. ... Nossas convicções necessitam, diariamente, ser reinforçadas por humilde, sincera oração e leitura da Palavra.

Desta carta vemos o trabalho do profeta. Quão pesado e penoso era. Das entrelinhas da carta sente-se que parece que o presidente da Associação Geral estava grandemente arrependido dos erros que cometera.

Tenha um feliz sábado
João Soares da Silveira.

Notas:
1) Temos três cartas dela de 1894, para o pr. Olsen, no 3º volume da série xerocopiada Materiais de Ellen G. White sobre 1888, enviadas de Granville, New South Wales: carta 57, págs. 1256-1267; 55, págs. 1280-1285, e 58, págs. 1316-1321)

Resultados Práticos do TRABALHO DOS PROFETAS

A expressão “comer a Palavra de Deus” nos vem com freqüência.

Na profecia de Apocalipse 10, por exemplo – o livrinho que o profeta recebeu ordens de comer – o comer implica assimilação total. Refere-se, em Apocalipse 10, ao livro de Daniel que foi selado e fechado até o tempo do fim. É então que alguns se dedicariam a estudar essa Palavra e encontrar a bela e doce mensagem. Foi-lhe dito para comer essa Palavra e digeri-la completamente.
Comer implica, total assimilação, e é por isso que essa expressão, “comer”, aparece tão frequentemente quando se aplica a esta questão da Palavra de Deus.

EIlen G. White, na “Review and Herald” de 23 de novembro de 1897, portanto por volta de 10 anos após a época da Assembléia da Assoc. Geral de 1888, realizada em Minneápolis, Minnesota, nos trouxe uma mensagem que contém tremenda significação quando consideramos a grande ênfase da mensagem de 1888, a qual foi “justificação pela fé”. Ouça estas palavras:
“O recebimento da Palavra, o pão do céu, é declarado ser o recebimento do próprio Cristo. Ao ser recebida na alma a Palavra de Deus, participamos da carne e sangue do Filho de Deus, pois ilumina a mente, e o coração é aberto ainda mais para receber a Palavra enxertada, para que, por ela, possamos crescer. O homem é instado a comer e mastigar a Palavra, mas a menos que o seu coração esteja aberto à entrada dessa Palavra, a menos que se abebere da Palavra, a menos que seja ensinado por Deus, haverá uma concepção e aplicação e interpretação erradas dessa Palavra. Tal como o sangue é formado no organismo pelo alimento ingerido, Cristo é formado interiormente por comer-se a Palavra de Deus, que é a Sua carne e sangue”.

“Aquele que se alimenta da Palavra, tem Cristo formado dentro dele, a esperança de glória. A Palavra escrita introduz ao pesquisador a carne e sangue do Filho de Deus e mediante a obediência a essa Palavra ele se torna um participante da natureza divina. Tal como a necessidade de alimento temporal não pode ser suprida pela participação dele por alguém, também a Palavra de Deus precisa ser diariamente comida para suprir a necessidade espiritual. Tal como a vida do corpo é achada no sangue, a vida espiritual é mantida mediante a fé no sangue de Cristo. Ele é a nossa vida plena, tal como no corpo a vida está no sangue. Ele é tornado para nós sabedoria, e justificação, e santificação e redenção. Tal como os ossos, nervos e músculos são nutridos e o homem completo formado pela circulação do sangue pelo organismo, em conexão vital com Cristo, em contato pessoal com ele, é encontrada saúde para a alma. É a eficácia do sangue de Cristo que nos supre toda necessidade e nos mantém em condição saudável. Em razão de eliminação e perda, o corpo precisa ser renovado com sangue pelo suprimento do alimento diário. Assim, há necessidade de constantemente alimentar-nos da Palavra, o conhecimento da qual é vida eterna”.

Esse processo de comer, essa assimilação total do pão do céu, deve ser um processo contínuo. Deve prosseguir dia a dia, constantemente o que foi perdido precisa ser reposto a fim de suster a vida espiritual de todo indivíduo.

É-nos, pois, dito que há necessidade de constante nutrimento da Palavra, cujo conhecimento é vida eterna. Essa Palavra deve ser nosso alimento e bebida. Nisso somente a alma encontrará o seu nutrimento e vitalidade. Precisamos banquetear-nos com suas preciosas instruções para que possamos ser renovados no espírito de nossa mente, e crescer em Cristo, nosso Cabeça. Quando a Palavra está gravada na alma vivente, há unidade com Cristo. Haverá uma comunhão viva com Ele. Há na alma um amor permanente que será evidência segura de nosso ilimitado privilégio.
Uma alma sem Cristo é como um corpo sem sangue. Está morto. Pode ter a aparência da vida espiritual e pode realizar algumas cerimônias em questões religiosas, como uma máquina, mas não tem vida espiritual. Assim, ouvir a Palavra de Deus não é suficiente. A menos que sejamos ensinados por Deus, não aceitaremos a verdade para a salvação de nossas almas.

Precisa ser trazido à vida prática: Quando a alma recebe a Cristo, recebe a Sua justiça. E eu não posso deixar que passe isto sem repetir. Observe: “Quando uma alma recebe a Cristo, recebe a Sua justiça”.

Justiça é algo que se mede pelo padrão da santa lei de Deus dos Dez Mandamentos. Antes da queda justiça era algo que deveria ser desenvolvido por Adão e Eva no Jardim do Éden. De fato, há uma interessante passagem em “Caminho a Cristo”, pág. 62, onde nos é dito que:
“Era possível a Adão, antes da queda, formar um caráter justo pela obediência à lei de Deus. Mas deixou de o fazer e, devido ao seu pecado, nossa natureza se acha decaída, e não podemos tornar-nos justos. Visto como somos pecaminosos, profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa. Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na Terra em meio de provas e tentações como as que nos sobrevêm a nós. Viveu uma vida sem pecado. Morreu por nós, e agora Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça. Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado. “

Que parágrafo e tanto! A justiça é medida pelo padrão da Lei de Deus que o homem em sua condição perdida é incapaz de obedecer, mas Cristo toma o seu lugar, e torna possível que a Sua vida perfeita, Sua perfeita obediência à Lei de Deus, se torne a nossa justiça.

Como você vê, se Adão não tivesse pecado, se nossos primeiros pais não tivessem caído presas à tentação do inimigo, então poderiam ter sido capazes de desenvolver caracteres justos pela obediência da lei de Deus numa natureza não caída. Mas o pecado operou uma mudança nesse aspecto do problema todo.

Agora, devido ao pecado, a justiça deve ser medida pela obediência à Lei de Deus numa natureza caída. O homem é incapaz de consegui-lo, mas Cristo foi capaz de fazê-lo porque Ele veio e tomou a nossa natureza caída e pecaminosa, e a despeito disso Ele foi capaz de viver uma vida sem pecado.

Note como isso nos é descrito no livro “Parábolas de Jesus”, pág. 311, falando a respeito da cobertura que Cristo nos ensejou para podermos comparecer perante a presença de Deus:
“Este vestido fiado nos teares do céu não tem um fio de origem humana. Em Sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece comunicar-nos esse caráter”.

Esta é a maneira como está no original: Este seu caráter Ele oferece comunicar-nos.
Que coisa maravilhosa! Isso é feito para que possamos obter uma justiça que constitui completa obediência à lei de Deus, mas somente em Cristo. É a Sua justiça que se torna nossa. Quando isso é feito, não significa que continuamos em pecado e oculto, de algum modo, por trás do fato de que Deus nos concede essa veste de justiça e... “— na medida em que a temos podemos pecar —”.

Este não é o modo como funciona “é-nos dito que Cristo por Sua obediência preencheu os requisitos da lei”. Ele mesmo disse, “Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração” (Sal. 40:8). E enquanto sobre a terra Ele disse: “Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor” (João 15:10).

“Por Sua obediência perfeita, tornou possível a todo homem obedecer aos mandamentos de Deus. Ao nos sujeitarmos a Cristo nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nosso espírito torna-se um com o Seu Espírito, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele, vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com a veste de Sua Justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá, não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de Justiça, que são a obediência perfeita à lei de Jeová”.

Assim, a nossa vida se torna assimilada na vida de Cristo. O apóstolo Paulo fala sobre isso belamente em Gál. 2:20, onde declara: “Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual Me amou e Se entregou a Si mesmo por mim”.

Tudo se harmoniza tão belamente, e nos mostra maneiras maravilhosas como opera a inspiração. Se agora chegou àquele lugar em que a vida de Cristo se torna nossa, caminhamos em harmonia com os mandamentos de Deus e podemos, em conseqüência, achar-nos experimentando em nossa vida essa justiça que é perfeita obediência à lei de Jeová.

Uma das maiores evidências, se não a maior, da ação do TRABALHO DOS PROFETAS, é o testemunho de uma vida transformada à imagem de Deus.

As palavras dos profetas (Canônicos e não canônicos) nos foram transmitidas de tal modo que nos trazem o conhecimento do plano de Salvação de Deus e a Sua instrução de como viver a vida abundante e dar-Lhe glória”. É assim que a inspiração funciona na aplicação prática dessa inspiração para a nossa vida e guia.

Aqui gostaria de trazer alguns pensamentos que nos advém de várias admoestações do Espírito de Profecia e declarações que nos dão direção e entendimento.

Primeiramente, de “O Desejado de Todas as Nações”, pág. 391:
“À medida que a fé assim recebe e assimila os princípios da verdade, tornam-se eles parte do próprio ser, e a força motriz da vida. A Palavra de Deus, recebida na alma, molda os pensamentos, e entra no desenvolvimento do caráter”.

Veja, entra no desenvolvimento do caráter.

“Ao alimentarem-se de Sua palavra, acharão que ela é espírito e vida. A palavra destrói a natureza carnal, terrena, e comunica nova vida em Cristo Jesus. O Espírito Santo vem ter com a alma como Consolador. Pela transformadora influência de Sua graça, a imagem de Deus se reproduz no discípulo; torna-se uma nova criatura. O amor toma o lugar do ódio, e o coração adquire a semelhança divina. E isto é que significa viver "de toda a palavra que sai da boca de Deus". Isto é comer o Pão que desce do Céu.”

Se a palavra dos Profetas não produzir isto, não há nada na mensagem deles. Suas mensagens nos foram dadas para o propósito de transformar-nos à semelhança de nosso Criador.

O plano de Redenção completo foi dado a fim de restaurar uma raça perdida para aquele Reino do qual foram tirados.

Foi João Milton que disse aquela passagem que são as palavras de abertura de seu “Paraíso Perdido”:

“—Da primeira desobediência do homem e o fruto daquela árvore proibida, cujo gosto letal trouxe morte ao mundo, e todas as nossas dores com a perda do Éden, até aquele Homem maior nos restaurar e reconquistar-nos aquele bendito lugar—cantai divina musa”.
O que é belo nisto tudo é a idéia de que Deus não deixa a raça humana perdida no pecado para perecer sem fazer algo a respeito. O que Ele fez foi demonstrar o incrível amor que tem por Suas criaturas. A cruz do Calvário sempre permanecerá como um testemunho vivo não só para as pessoas desta Terra, mas para todas as criaturas de Deus por todo o Seu vasto universo. Sempre permanecerá como o exemplo derradeiro do amor de Deus por Suas criaturas. É por isso que, enquanto há essa visão do Calvário nas mentes daqueles que continuarem a viver no Reino de Deus pela eternidade, nunca haverá uma oportunidade para a aflição se levantar uma segunda vez. Nunca mais o problema do pecado ameaçará a estabilidade, harmonia e gozo do universo.

Examinemos novamente o “O Desejado de Todas as Nações”, pág. 173:

“Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz, tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu.”
Aqui está a inspiração em operação. O resultado prático do o trabalho dos profetas realiza.
Note:
“Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder, que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus. “

Lembre-se por um momento daquela mui bela passagem de S. João 3:16, lindo texto que parece superar em brilho todos os demais. Mas à medida que Jesus falava com Nicodemos, Ele disse,:

“Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, é carne, o que é nascido do Espírito é espírito.

Não te maravilhes de te ter dito: necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai, assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (vs. 5 em diante).

Em outras palavras, respaldando o que acabamos de ouvir,
“Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a alma se entrega a Deus. Então, aquele poder, que olho algum pode discernir, cria um novo ser à imagem de Deus.”

Maravilhosamente além do entendimento são os modos pelos quais Deus, através da inspiração fez com que forças profusamente fossem derramadas sobre a terra, que podem transformar seres humanos à sua semelhança outra vez, e redimi-los, completamente, do estado perdido, do pantanal do pecado em que caíram.

Consideremos agora o que diz “Ciência do Bom Viver”, pág. 136:
“Justamente na medida em que a Palavra de Deus é recebida e observada, impressionará ela com sua potência e tocará com sua vida toda fonte de ação, toda face do caráter. Purificará todo pensamento, regulará todo desejo. Aqueles que fazem da Palavra de Deus sua confiança, portar-se-ão como homens, e serão fortes. Erguer-se-ão acima de tudo quanto é baixo, a uma atmosfera isenta de contaminação. “

Notem agora como este pensamento vem em alguns parágrafos de “O Desejado de Todas as Nações”, pág. 661:

“Contemplando o crucificado Redentor, compreendemos mais plenamente a magnitude e significação do sacrifício feito pela Majestade do Céu. O plano da salvação glorifica-se aos nossos olhos, e a idéia do Calvário desperta vivas e sagradas emoções em nossa alma. No coração e nos lábios achar-se-ão louvores a Deus e ao Cordeiro; pois o orgulho e o culto de si mesmo não podem medrar na alma que conserva sempre vivas na memória as cenas do Calvário.”

Quão belamente isso é apresentado neste parágrafo. E notem agora este pensamento:

“Aquele que contempla o incomparável amor do Salvador será elevado no pensamento, purificado no coração, transformado no caráter. Sairá para servir de luz ao mundo, para refletir, em certa medida, este misterioso amor. Quanto mais contemplarmos a cruz de Cristo, tanto mais adotaremos a linguagem do apóstolo quando disse: ‘Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo’, Gál. 6:14”.

Vemos aqui a aplicação prática da inspiração em ação. É desse modo que funciona para nos restaurar e transformar seres humanos caídos, à imagem de Deus

Lembro-me da história que nos foi contada muitos anos atrás pelo Pr. Anderson(1), um veterano missionário na África. Um homem de estatura diminuta, mas, era um gigante espiritual.

Lembro-me quando eu o ouvia lá (não sei se colocavam um caixote atrás do púlpito para que quando falasse pudesse ser visto, mas parece que seria uma boa idéia).

Ele nos contou de sua experiência quando encontrou uma aldeia de pessoas da fé muçulmana. Ao falar com o chefe sobre coisas diferentes, o chefe lhe perguntou por que julgava que tinha de lhes levar aquela mensagem. “É, você tem um livro que nos fala muitas coisas boas. Nós temos um livro que nos fala também muitas coisas boas, talvez mais. E não se esqueça, gostamos sempre de ressaltar isto, não se esqueça, ele disse, que esse livro veio muito depois do seu livro, assim é o livro que devemos crer e seguir”.

Ele logicamente falava do Alcorão – livro sagrado do islamismo, e que é um código civil, moral e religioso dos mulçumanos. O Pr. Anderson respondeu de modo muito interessante: “é verdade que o seu livro nos fala de coisas que encontramos na Bíblia: como viver; coisas que devemos fazer e que não devemos fazer, etc. mas, noto algumas coisas. Por exemplo, o seu livro proíbe comer carnes e alimentos impuros e, contudo, quando um elefante foi morto nas redondezas, a sua aldeia em peso estava lá, cada qual querendo garantir a sua fatia da carne do elefante. E esse é um animal impuro, não deve ser comido”, e mais, “Há outras instruções, em seu livro sobre o modo em que devem tratar o seu corpo, mas, não pude deixar de observar ao chegar que havia um pé de maconha bem fora de sua tenda (a maconha é empregada por muitos africanos em grau bastante elevado, às vezes).

Assim, o Pr. Anderson revelou as muitas formas diferentes em que o Alcorão ordenava coisas, mas o povo desobedecia essas ordens.

O chefe ouviu com bastante atenção, e daí declarou: “Sr. Anderson, eu notei que quando, por exemplo, nossos representantes aqui, alguns dos aldeães, é, lhe ofereceram e aos seus companheiros carne de elefante, eles não aceitaram. Nós oferecemos nossas mulheres para passarem a noite com eles, mas também não aceitaram. E não quiseram tomar parte em fumar maconha. Está querendo dizer-me, Sr. Anderson, que o seu livro traz consigo um poder que o meu não possui?”.

E o Pr. Anderson disse: “Sim, isto é exatamente o que estou tentando lhe dizer. Quando o meu livro sugere que não coma carne imunda, há garantido junto com isto poder do céu que tornará possível aos indivíduos obedecerem esse mandamento. Não deixa a cargo do indivíduo, que é fraco, viver à altura desse mandamento por si mesmo”.

O Pr. Anderson conta que houve maravilhosas conversões em resultado de sua reunião com esse vilarejo muçulmano.

Isto para mim é uma tremenda evidência da inspiração, o fato de que há poder para transformar vidas. Nenhum outro livro o faz.

Há muitos bons livros no mundo, e alguns deles contêm gemas filosóficas e elevados padrões de conduta, mas não há poder que os acompanha, para capacitar as pessoas a viverem por tais padrões. Somente a palavra de Deus leva consigo esta garantia, este tipo de poder para vencer e ser transformados à semelhança de nosso Criador.

Notem esta sentença que ouvimos há pouco, de “O Desejado de Todas as Nações”, pág. 661:
“Aquele que contempla o incomparável amor do Salvador, será elevado no pensamento, purificado no coração, transformado em caráter”.
. Pr. Alexandre Snyman (2)

Nota:
1) William Harrison Anderson (1870-1950), Ao estudar no Colégio Adventista de Battle Creek, estado de Michigan, aonde se converteu, tomou parte importante na formação da primeira equipe missão estudantil estrangeira, e desde a juventude sentiu um forte impulso para os campos estrangeiros. ...Ele e sua esposa, Nora Haysmer, serviram ao Senhor por 50 anos na África” (SDABC, vol. 10, pág. 42)

2)A maior parte deste artigo extraí de algumas porções do comentário da lição 4 do 1º trimestre de 1999, "Como a Inspiração Funciona", e era gravada pelo pastor Alexandre Snyman em inglês. À época reproduziamos a gravação em português o mesmo comentário em fitas K7 e em CD, que tinham a duração de 40 minutos, tres vezes o tamanho do acima transcrito.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Lição 6 – Provando os Profetas

O Senhor nunca que quer aceitemos a mensagem de um profeta cegamente. Intrínseco a Seu relacionamento conosco, Suas criaturas, é Seu desejo que nós aprendamos a pensar por nós mesmos.

Ele não Se sentiria honrado com uma raça de seres no Seu reino eterno que não fossem inteligentemente pensantes por si mesmos. Alguém quase que poderia querer dizer que não haverá ninguém no Seu reino eterno que não seja inteligentemente pensativo e indagador; ainda que discutamos o caso de bebês que morrem na infância, eles "crescerão" como seres inteligentes no Seu reino. Com certeza, nós sabemos que agora Ele quer que recebamos as mensagens dos Seus profetas inspirados com o uso da própria inteligência.

Portanto o pensamento de "provar" os profetas inspirados do Senhor é apropriado. O Senhor é sempre bondoso e misericordioso para com os "céticos".

Na Sua encarnação, Ele estava preocupado com as pessoas que lutavam pessoalmente com a idéia de que Aquele que parecia ser só um carpinteiro humilde da aldeia de Nazaré, era o divino Filho de Deus encarnado. Ele encontraria as pessoas na calçada ao carregar tábuas para Seu trabalho de carpinteiro; eles podiam agora conhece-lO por qualquer beleza do semblante, porque Isaias tinha dito que Ele era "uma raiz de uma terra seca": sem "beleza nem formosura,... para que nós O desejássemos" (53:2).

Ele era especialmente preocupado com aqueles que queriam reconhecê-lO como o divino Filho de Deus em carne humana, quando eles O viam submeter-Se à humilhação mais terrivelmente possível—morte numa cruz como se fosse meramente um criminoso romano.

A história dos dois discípulos andando para Emaús é pungente: o crucificado Filho de Deus não era por demais alto e grandioso para sentir um interesse por eles; Ele uniu-se a eles como um desconhecido companheiro de viagem, discutindo história atual de Jerusalém (Lucas 24:13-31). Se Jesus inicialmente tivesse balbuciado que Jesus de Nazaré é o Messias, Ele provavelmente os teria perdido; mas Ele pacientemente, e numa maneira humilde, recordou as declarações familiares da Escritura —dando-nos esta pequena história inexprimivelmente preciosa. Ele deixou que estes dois discípulos pesassem a evidência por si mesmos—o que Ele sempre faz por nós, também. "Pesar" ou "testar os profetas” é sempre uma parte do Seu plano para nós.

O Senhor Se preocupa se você nasceu um "cético". Teste-O, teste Seu Livro, a Bíblia. O Senhor recebe bem suas inquirições, mesmo suas dúvidas honestas. Eis aqui o que você deve fazer:

(A) Mostre-Lhe o respeito que você mostraria a qualquer um que é uma pessoa importante.

(B) Ajoelhe-se perante Ele com a Bíblia aberta.

(C) Pergunte-Lhe diretamente, "é este Livro Sua palavra inspirada à humanidade"?

(D) Então espera,... perante Ele pacientemente (não havia nenhuma palavra hebraica antigamente para "pacientemente" —era somente "espera, e espera, e espera ..."). Teste o Senhor Soberano, e espera...

(E) Você experimentará uma confiança que depois nada jamais poderá abalar outra vez.

Robert J. Wieland

Tradução de João Soares da Silveira.

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QUÃO INSPIRADA FOI ELLEN WHITE.

Muitas indagações têm sido levantadas nos recentes anos em relação à exata função dos escritos de Ellen White. É crucial que entendamos o apropriado lugar do ministério de Ellen White na IASD. Veremos que Deus deu divina inspiração a ela; não estamos falando de declarações proféticas ocasionais, mas queremos dizer que sua inteira vida, foi guiada pela inspiração.

Agora, uma pessoa que alega ser um profeta, ou receber mensagens proféticas e visões, deve ser julgada por um diferente padrão do que aquele aplicado ao cristão individual que tenta interpretar as Escrituras. Temos que avaliar por esse especial critério toda e qualquer reivindicação a um ofício profético.

Se uma pessoa diz que recebe visões, ou guia direta de Deus, de duas uma, ou ela está ou não está sob inspiração. Não podemos permitir nenhuma área cinzenta como admitimos em relação a outros porta-vozes. Como um pseudoprofeta que mente, ou que é mal orientado, ou perverte uma nação ou igreja.

Deus não permite verdade e erro vir através do mesmo mensageiro. Se Ele o fizesse, não teríamos meio de saber quais partes da mensagem são divinas e quais são as idéias próprias do profeta.

Eu creio que Deus mantém rígido controle sobre o que Ele revela a Seus mensageiros; ou tudo o que eles falam é real palavra vinda do céu, ou o profeta é impelido por satanás, e suas próprias idéias, e, então, suas mensagens não são verdades.

No caso de Ellen White, a última opção, que ela foi impelida por suas próprias idéias, é descartada pelos fenômenos físicos que acompanharam suas visões e não tinham como ser auto-induzidos; assim, suas visões tinham que vir de Deus ou de satanás; ou são genuínas, ou uma obra prima de decepção e engano e devem então ser evitadas como vindas do inimigo.

Nenhuma outra opção é disponível para alguém que sustenta ter o dom profético e experimentou os fenômenos físicos que Ellen White teve.

De fato ela mesma declarou que suas visões vêm de Deus ou de satanás. Assim, nós devemos aceitar ou rejeitar esta mensageira como um todo; nós não devemos arranjar nossos próprios argumentos em favor do trabalho de um profeta; mas, devemos avaliar as próprias afirmações do profeta.

O que exatamente Ellen White alegava de si mesma?

“Eu falo daquilo que vi, e que sei ser verdadeiro”. (Carta 4 de 1896).

Em um artigo na Revista Adventista Review and Herald de 20 de janeiro de 1903, apareceu o seguinte artigo que está no livro O Ministério da Colportagem, pág. 125:

“Eu não sou a originadora destes livros, eles contém a preciosa luz confortadora que Deus graciosamente deu a Seus servos para ser dada ao mundo”.

E em Testemunhos Para a Igreja, vol., 5, pág. 67, ela escreve a alguém:

“Fraca e tremendo, eu levantei-me às 3 horas da manhã para escrever a você. Deus estava falando através do barro; você talvez diga que esta comunicação é apenas uma carta. Sim, realmente, mas, induzida pelo Espírito de Deus, para trazer perante a vossa mente, as coisas que me foram reveladas. Nas cartas que escrevo, e em testemunhos que trago, eu apresento aquilo que o Senhor me tem mostrado”.

Assim, concluímos que ela não alega ser a fonte dos artigos e cartas que escreve; isso não significa que ela não possa ter usado materiais de outros autores ao escrever as mensagens que Deus deu a ela. Estamos aqui preocupados é a respeito da fonte, o ponto originador das mensagens, vinham elas de Deus ou eram suas próprias opiniões, ou eram idéias de outros?

Ela expressamente diz que suas mensagens vinham de Deus, e o originador delas era o próprio Deus. Assim, vamos lembrar que a reivindicação dela é que as mensagens que ela escreve são de Deus e não dela. A sustentação dela torna-se clara e específica em: Testemunhos Para a Igreja, vol., 4, pág. 230:

“Deus está ensinando Sua igreja, reprovando os erros e fortalecendo a fé, ou não está, essa obra é de Deus ou não é. Ele nada faz em parceria com satanás. Meus escritos trazem a aprovação de Deus ou do inimigo. Não há meio termo, neste assunto os Testemunhos são do Espírito de Deus ou do demônio”.

Eu estou muito agradecido de que ela tenha sido assim honesta conosco. Ela está dizendo que nós temos que tomar partido por nós mesmos a respeito da origem de seus escritos.

Ela apresenta um princípio específico para guiar nossa decisão aqui; ela diz que este trabalho é de Deus ou de satanás.

Porque se satanás estivesse operando no profeta Deus cessaria de falar. Deus nada faz em parceria com satanás; este é o princípio. Isto significa que seus escritos ou devem vir de Deus ou de satanás. Eles não podem vir uma parte de Deus e outra de satanás, ou mesmo parte de opiniões próprias dela. Ela é controlada por Deus ou por satanás.

Tenhamos certeza que estamos avaliando suas próprias reivindicações, não devemos pôr outra alegação no lugar daquela que ela própria fez. Ela nos pede que avaliemos seu trabalho e então atribuí-lo a Deus ou a satanás, e eu creio que devemos aceitar esse desafio.

Agora, ouçam isto do manuscrito 16 de 1889:

“Muitas vezes em minha experiência eu tenho sido chamada para defrontar a atitude de uma certa classe de pessoas que admitem que os Testemunhos são de Deus, mas que tomam a posição de que esta ou aquela matéria são a opinião e julgamento meus próprios! Isto permite àqueles que não amam a reprovação e correção terem a oportunidade de fazerem a diferença entre o que acham que é inspirado e o que é humano”.

Ouçamos de Testemunhos para Ministros, vol., 5, pág. 67:

“Se as opiniões ou idéias particulares de alguém são objetadas, em sendo reprovadas pelos Testemunhos, eles têm imediatamente um argumento para discriminando entre os testemunhos, definindo o que é julgamento humano da irmã White e o que é a Palavra do Senhor. Tudo que suporta as suas acariciadas idéias é divino, e os testemunhos para corrigir seus erros é humano, opinião da irmã White”.

Esta crucial declaração expressa outra vez o princípio que ela nos pede para levar seriamente em consideração. Se dissermos que as mensagens dela veem de Deus, mas misturadas com elas estão as opiniões próprias dela, Ellen White, isto significa que nós tornamos os finais árbitros do que é inspirado e do que não é, nos seus escritos. Nós definimos o que é julgamento humano dela, e o que é a Palavra do Senhor; em assim fazendo, quer decidamos em bases emocional ou intelectual, nós estamos determinando que partes dos escritos de Ellen White são plenamente confiáveis, porque são mensagens de Deus, e quais não o são, por serem simplesmente opiniões próprias dela.

Após Ellen White dizer que alguns fazem a própria decisão deles a respeito do que é o julgamento humano dela, e o que é a Palavra do Senhor, ela conclui a declaração com esta crucial sentença:

“Os que fazem tal distinção, tornam de nenhum valor o conselho de Deus, pela tradição deles”.

E lembrem-se, estes são aqueles que admitem que os testemunhos são de Deus; eles dizem: “Oh! Sim, Ellen White é uma mensageira de Deus, eu creio na inspiração dela”. Mas, quando defrontam um ponto específico que Ellen White traz uma mensagem definida eles dizem: “Bem, isto é somente uma opinião dela, idéia própria”.

Ellen White diz que esta atitude torna o conselho de Deus de nenhum valor.

Vocês se lembram que ela também diz em Mensagens Escolhidas, vol.,1, pág. 48, que:

“O derradeiro engano de satanás será anular o testemunho do Espírito de Deus”.

Não negar, por favor, note isto, mas, tornar nulo (To make of non effect, no original em inglês). Talvez o maior perigo que nós defrontamos, não é daqueles que negam a inspiração do Espírito de profecia, mas daqueles que professam crer na inspiração de Ellen White .

Quando defrontam um ponto específico, eles, relutantemente, declaram que o mesmo era julgamento e opinião dela. Este é o último engano de satanás, anular o testemunho de Deus, por atribuir partes dele à opiniões dela, e aceitar somente aquelas porções que se enquadram nas suas próprias opiniões.

Uma vez mais ela nos adverte:

“Não tire a força, todo objetivo e poder dos testemunhos através de seu criticismo; não pense que você pode dissecá-los para se enquadrar em suas próprias idéias, reivindicando que Deus lhe deu habilidades para discernir o que é luz do céu e o que é expressão de mera sabedoria humana. Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeite-os, Cristo e belial, não podem estar unidos”. (Testemunhos para a Igreja, vol., 5, p.691- e Testemunhos Seletos, vol., 2 pág. 302).

Não devemos atrever-nos a fazer distinção entre mensagem do céu e as próprias opiniões dela. Se realmente as opiniões dela estão misturadas nestes escritos, se ela de fato apresenta suas próprias idéias como palavra de Deus, então seu próprio conselho para nós é muito claro, e devemos rejeitar os testemunhos por inteiro, não somente aquelas partes que nós achamos que são opiniões próprias dela, mas todos os testemunhos, porque nenhuma relação há entre Cristo e belial.

Como um mensageiro, falando por Deus, um profeta reivindica ter uma mais alta autoridade do que um intérprete tentando entender a Palavra de Deus.

Um profeta alega ter direta revelação de Deus, direta comunicação dEle com relação à vontade de Deus para nossas vidas. Assim, só resta uma saída, devemos decidir se os escritos de um profeta vêm de Deus ou de satanás, não podemos creditar partes dos escritos a Deus e parte à opinião humana.

“Nos testemunhos enviados ao irmão Y, eu transmiti a ele a luz que Deus me deu; em hipótese alguma dei eu meu próprio julgamento ou opinião. Eu tenho suficiente para escrever do que me foi mostrado, sem precisar valer-me das minhas próprias opiniões”.

E por favor, note isto:

“Em caso algum eu dei minha opinião e julgamento”. (Testemunhos para a Igreja de Battle Creek, em 1882, pág. 15).

“Permita-me expressar minha mente e, entretanto, não minha mente”. (Conselhos a Escritores e Editores, pág. 112).

Isto significa que parte da responsabilidade do profeta é não falar quando o Senhor nada diz.

Em uma instância Ellen White assim se expressou falando dos 144.000:

“Eu não tenho luz no assunto, por favor fale a meus irmãos que nada me foi apresentado concernente a circunstâncias que eles me escrevem, e eu posso colocar perante eles apenas aquilo que me foi revelado”.

Isto foi citado em uma carta de Clarence Chrisler, escrita em 8 de dezembro de 1914 a Elmer Andras. Esta é a principal responsabilidade do profeta; o profeta não pode dar sua própria opinião; um profeta não pode sugerir o que ele acha ser verdade, porque seus ouvintes teriam a tendência de achar que a opinião dele, profeta, é a palavra de Deus naquele assunto; assim, se o Senhor não falou, o profeta não deve e não pode falar.

Escrevendo a um indivíduo, que queria conselho, ela disse:

“Eu não estou livre para escrever ao nosso irmão com relação ao seu trabalho futuro. Não recebi instrução alguma com relação ao lugar onde você deve se estabelecer, se o Senhor me der instruções definidas com relação a você, eu lhas transmitirei; mas eu não posso tomar sobre mim mesma responsabilidade que o Senhor não me der”. (Carta 96 de 1909).

A linha básica desta discussão é que nós não podemos pegar e escolher o que nós achamos que é inspirado de seus escritos e deixar de lado o restante. Este mesmo princípio se aplica a ela como aos autores bíblicos.

Se João e Paulo foram inspirados, então seus escritos são totalmente inspirados e eles nos trouxeram mensagens diretamente de Deus.

Não há graus de inspiração ou de revelação. Se Ellen White é inspirada, então seus escritos são totalmente inspirados, e suas mensagens vieram diretamente de Deus; mas, se Ellen White inclui suas próprias mensagens entre as divinas e, assim, confunde o povo de Deus quanto a quando Ele está falando e quando não, então o movimento que ela guiou, a greja Adventista do Sétimo Dia, é também suspeito devido ao tremendo impacto que ela teve sobre o adventismo. Neste caso, este movimento não pode ser a igreja remanescente de modo algum.

Se você encontrar qualquer coisa em seus escritos que contradiga a Bíblia é sua responsabilidade rejeitá-la como mensageira de Deus. À luz de suas dramáticas reivindicações é impossível aceitá-la como profetiza, enquanto crendo que certas coisas que ela escreveu são contrárias aos ensinos da Bíblia.

Recentemente me deparei com a opinião de que Ellen White poderia ser uma profetisa e ainda estar errada com relação a determinados pontos doutrinários de alguma conseqüência. Se esta opinião for correta, então como decidiríamos o que é errado e o que é verdadeiro?

Se nós determinamos que Ellen White, ou qualquer outra pessoa, que se diz possuidora do dom profético está ensinando erros em qualquer doutrina bíblica significativa, então devemos seguir o conselho de que não há luz nesta mensagem.

Ellen White deve manter-se de pé ou cair na base de sua concordância com as Escrituras, o que significa total harmonia com as revelações prévias. Se ela está em erro em uma doutrina bíblica, então é inaceitável seguí-la em qualquer doutrina.

Se as mensagens dela não são de Deus, então temos que rejeitar seu trabalho, e é imperativo que façamos um segundo exame no movimento que ela foi tão proeminente em guiar. Entretanto, se suas mensagens são de Deus, então é extremamente perigoso rejeitar seu trabalho.

“Não fica bem a pessoa alguma, soltar uma palavra de dúvida, aqui e ali, a qual opere como veneno em outros espíritos abalando-lhes a confiança nas mensagens que Deus tem dado, as quais tem ajudado a por o fundamento desta obra e a tem assistido até o presente com reprovações, advertências, correções e encorajamento. A todos quantos se têm colocado no caminho dos testemunhos eu quero dizer: Deus deu uma mensagem a Seu povo, e Sua voz será ouvida, quer ouçais, quer não. Vossa posição não me tem causado dano, vós porém tendes de prestar contas ao Deus do céu que tem enviado estas advertências e instruções para guardar Seu povo no caminho certo. Tereis de responder a Ele por vossa cegueira, por serdes uma pedra de tropeço no caminho dos pecadores”. (Mensagens Escolhidas, vol., 1, pág. 43).

“Vi o estado de alguns que estavam na verdade presente, mas, menosprezavam as visões, o meio escolhido por Deus para ensinar, em alguns casos, os que se desviaram da verdade bíblica. Vi que batendo contra as visões eles não batiam contra o verme, o débil instrumento pelo qual Deus falava, mas contra o Espírito Santo. Vi que era pequena coisa falar contra o instrumento, mas, que era perigoso menosprezar as palavras de Deus. Vi que se eles estavam em erro e Deus preferia mostrar-lhes seus erros mediante visões, e eles desconsideravam os ensinos de Deus, por intermédio delas, seriam deixados a seguir sua própria direção e correr no caminho do erro e pensar que estavam direitos até que o verificassem quando fosse tarde demais”. (Mensagens Escolhidas, vol., 1, pág. 40).

Se Deus está falando e nós desprezamos as palavras dEle, nós não estamos em verdade rejeitando o profeta, mas, sim a Deus.

“Que reserva de poder tem o Senhor para alcançar os que puseram de lado as suas advertências e reprovações e acreditam que os testemunhos do Espírito de Deus não provêm de fonte mais elevada que a sabedoria humana? No juízo, que podeis vós, que isto fazeis, apresentar a Deus como desculpa por vos terdes desviado das evidências que Ele vos tem dado de que Deus estava na obra?” (Testemunhos Para Ministros, pág. 466).

Creio que devemos tomar seriamente o desafio de Ellen G. White. Se a mensagem dela não vem de Deus Então devemos rejeitar sua reivindicação de ser a mensageira d’Ele, mas, se as mensagens que ela nos transmitiu são de Deus, então devemos ouvir muito, muito cuidadosamente o que Deus diz, porque rejeitar a mensagem dela é rejeitar a mensagem de Deus.

—Pr. Dennis E. Priebe

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