quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lição 9: Rispa: A Influência da Fidelidade, por Paul E. Penno

Para a semana de 21-27 de novembro de 2010

À primeira vista, aqui está uma clássica história das escrituras hebraicas de sangue e coragem que deve ser deixada onde está, reservada para o pouco obscuro capítulo de 2ª Samuel 21, em que foi inserida. Ela parece retratar Deus como enviando fome sobre a terra, por causa das violações de Saul do tratado com os gibeonitas, e, sedentos de sangue, necessitando de sacrifícios humanos para aplacar sua ira.

Será que Deus é como o deus pagão gibeonita — Baal — que precisa do sacrifício do (*deus) Mot1 (pela deusa Anat (*irmã de Baal), a fim de restaurar a fertilidade da terra? Se assim for, põe em dúvida toda a questão de como a expiação do pecado é realizada — se por sacrifício humano ou pelo sacrifício (*do Filho) de Deus? A fé de Rispa fornece a resposta.

Fomes frequentes eram uma parte da vida agrária antiga. Quando uma seca, particularmente severa, de três anos, assolou Israel, Davi consultou o Senhor sobre qual era a causa. Foi-lhe dito: "É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas" (2º Sam. 21:1). Saul violou um tratado que os gibeonitas enganosamente fizeram com Josué (Josué 9:15, 16).

Ao invés de consultar o Senhor para o remédio, David foi aos gibeonitas em busca de uma resposta para o dilema. "Que quereis que eu vos faça? E que satisfação vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?” (2º Sam. 21:3). O acomodamento de Davi para os gibeonitas, a fim de encontrar um meio de expiar a Deus é impressionante. A assimilação das idéias religiosas indica uma falta de discernimento de sua parte.

A resposta gibeonita é que não era uma questão de dinheiro, “nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel” (*vs. 4), pois só o rei tem esse direito sobre os seus súditos. Davi pergunta: “que é, pois, que quereis que vos faça?” E eles respondem: (*Dê-nos) "Sete filhos de Saul." Davi concede seu pedido: dois filhos de Rispa e cinco filhos de Merabe, irmã mais velha de Mical (*KJV, margem) concubina de Saul.

Os gibeonitas levaram os sete para um lugar alto e, ritualmente, os sacrificaram por desmembramento "e expuseram seus corpos em um monte perante o Senhor" (2ª Sam. 21:9, NVI). De acordo com o rito pagão de fertilidade , esse sacrifício servia para restaurar Baal à vida; fazer com que as correntes de água fluíssem; para que chovesse gordura, e para pôr fim à seca que reinou na ausência de Baal. Será que isto cumpriu a sua finalidade? Nenhuma chuva veio. A única consequência deste tipo de violência, que se poderia esperar, era uma espiral em mais assassinatos de vingança por parte dos descendentes de Saul contra os gibeonitas ou mesmo contra os domésticos da casa de Davi.

No entanto, Rispa aparece de repente na cena da execução, quando as partes do corpo foram deixados expostos à desonra e indignidade. Ela retribui amor e paz, por vingança e violência. Ela estabelece uma vigília de seis meses em honra dos mortos defendendo-os de predadores e abutres. Seu luto e arrependimento solitário salvou o rei e a nação da ladeira escorregadia que absorve o conceito pagão de expiação.

Os gibeonitas acreditavam que eles deviam oferecer um sacrifício humano no lugar alto, a fim de apaziguar o irritado Baal, que desapareceu. Só isso vai trazer de volta as chuvas, (*diziam os gibeonitas).

A idéia de oferecer um sacrifício expiatório a uma divindade ofendida foi incorporado pelo cristianismo popular. A visão comum da expiação é que, desde que Deus está irado com os pecadores e Sua justiça foi ofendida, Jesus substitui vicariamente2 os pecadores, e a ira de Deus é apaziguada. A mais aproximada visão protestante é que Deus está zangado com os pecadores, mas porque Ele os ama Ele não derrama a Sua ira sobre eles, mas sobre Seu Filho. Em resumo, Deus que está zangado com os pecadores e precisa de um alvo.

Quando Deus deu o concerto a Abraão (Gên. 15:9-21), a antiga prática de caminhar entre as partes do animal solenizou a promessa de Deus. Abraão "reverentemente passou entre as partes do sacrifício, fazendo a Deus um voto solene de perpétua obediência" (Patriarcas e Profetas, pág. 137). Deus foi representado como um "forno de fumaça e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades" (v. 17), até "consumi-las totalmente," "as vítimas decepadas," apontando para Cristo (ibidem).

Antes do passar de Deus pelas vítimas, simbolizado pelo "forno de fumaça" e "tocha de fogo," Abraão passou entre as vítimas , "fazendo a Deus um voto solene de perpétua obediência " (ibidem). Ellen White escreve: "Vossas promessas e resoluções são como palavras escritas na areia" (Caminho a Cristo, pág. 47, grifamos). Deus não pede promessas de nós, a fim de entrarmos em um concerto com Ele. Deus encontrou "falha nelas" (Heb. 8:8), porque Israel prometera, "tudo o que o Senhor tem falado faremos" (Êxodo 19:8) — fé egocentricamente motivada. O amor de Deus nos leva a crer em Seu concerto "confirmado em melhores promessas" (Heb. 8:6) Suas próprias "melhores promessas".

Quando Abraão passou por entre as vítimas ele representou a Cristo, a verdadeira Semente, através de Quem a promessa de Deus seria cumprida (Gal. 3:16). "E se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão" (Gal. 3:29). Abraão fez um "voto de perpétua obediência a Deus" como o representante da Semente. "Porque todas quantas promessas há de Deus, são nEle sim, e por Ele o Amém" (2ª Coríntios. 1:20). As únicas promessas do concerto eterno em que vale a pena crer, são as mútuas promessas do Pai e do Filho.

Ellen White escreve: "O Senhor condescendeu em fazer um concerto com Seu servo, empregando as mesmas formas que eram usuais entre os homens para a ratificação de um contrato solene" (Patriarcas e Profetas, pág. 137). O costume pagão pela violação de mútuas promessas celebradas era a vítima ser desmembrada ou, ritualmente sacrificada em humilhação. No entanto, o concerto de Deus prometido a Abraão, era uma promessa de terra concedida unilateralmente. Deus divinamente transformou o ritual de desmembramento das vítimas por "totalmente consumi-las." Assim, as vítimas apontavam para Cristo, que carregou a "maldição" de abandonado por Deus na cruz, morrendo nossa segunda morte (Gálatas 3:13).

Cristo fez a escolha de morrer aparentemente amaldiçoado por Deus e totalmente esquecido — a segunda morte. A última tentação de Cristo foi descer da Sua cruz e estar com Seu Pai. Os escarnecedores disseram: "Se és o Filho de Deus, desce da cruz" (Mat. 27:40).

O Pai não abandonou o Seu Filho em Sua hora de maior necessidade. Ele estava lá com Ele. No entanto, o grande conflito com Satanás não permitiria que Ele visivelmente apoiasse Seu Filho, pois Cristo devia suportar a completa ira pelo pecado que assola por dentro, e vence pela fé somente. Como o Portador dos pecados do mundo, Ele sentiu a condenação que todo pecador sentirá quando, finalmente, se sentir abandonado por Deus por causa de sua própria escolha em se isolar dEle (*em O rejeitar).

Cristo orou: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" (Mat. 27:46). Sua oração foi ouvida. "Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dEle o Seu rosto, antes quando Ele clamou, O ouviu" (Salmo 22:24). Morreu vitorioso a despeito todas as evidências externas de derrota. Ele morreu vitorioso sobre as tentações que Lhe vinham do Seu interior para preservar, a todo o custo, o “eu” por rejeitar a vontade de Seu Pai — a cruz. Ele manteve a Sua promessa de ser o Fiador da raça humana. No último momento sua fé, declarou: "Está consumado" (João 19:30).

Ah, que preço pagou Ágape (Amor) pelos pecadores! O Pai e o Filho pagaram o preço por você. Foi com o objetivo de ganhar corações inimigos para Deus.

O que motivou Rispa? Ela entendeu a promessa do concerto eterno de Deus colocar-Se a Si mesmo como sacrifício expiatório dos pecados da nação. Ela escolheu responder pela fé ao grande amor de Deus. Ela nunca falou uma palavra, mas a sua vida e exemplo de arrependimento em uma montanha solitária na identificação com o rei e a nação que se desviavam para o paganismo, chamou a atenção de um mensageiro que relatou isto a Davi.

Em resposta ao "sermão" de Rispa o rei se arrependeu. Ele demonstrou por suas ações que ele estava verdadeiramente triste. Aos cadáveres negligenciados de Saul e Jônatas, e aos dos desmembrados filhos de Saul, foi dado um enterro digno, e a nação os pranteou. Apóso arrependimento corporativo de Rispa "água do céu caiu sobre eles" (2º Sam. 21:10).

Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior.

Nota do tradutor:

1) Mot era o deus da morte na natureza. Ele era o calor do verão que matava toda a vegetação, uma parte do ciclo da vida, matando assim os humanos, especialmente os fracos e doentes. Sua imagem era um leão, pronto a estraçalhar a humanidade. Ele era impostor (se fazia passar por Baal). Seu sacrifício era para ser executado pela deusa Anat, irmã de Baal. Ela era amável com os da família, mas terrível contra os inimgos de Baal.

2) A palavra “vicário” não aparece em nenhum lugar na Bíblia, nem Ellen White a usou em nenhum de seus livros. A Bíblia não ensina uma substituição vicária, mas uma substituição partilhada. Há uma grande diferença! A primeira é a idéia evangélica popular, e a última é a idéia da mensagem de 1888. Tem havido muita confusão e mesmo má interpretação da parte de pessoas sinceras.

Por identificar-Se corporativamente em cada sentido com nossa humanidade caída, Cristo Se qualificou para ser o segundo Adão; Ele foi assim legalmente qualificado para ser nosso substituto em Sua missão salvadora.

De acordo com esta visão, Cristo não simplesmente viveu uma vida perfeita em nosso lugar, Ele não simplesmente morreu em vez de nós. Ao contrário, Sua obra e Seu falecimento, Sua perfeita vida e morte sacrifical, em verdade mudaram a história da raça humana. Toda a humanidade foi legalmente justificada na cruz porque toda a humanidade estava em Cristo. Quando Ele viveu uma vida perfeita, toda a humanidade viveu uma vida perfeita nEle.Quando Ele morreu, toda a humanidade morreu nEle. Isto é bem diferente do que definir o evangelho como simplesmente uma salvação provisional, como o fazem aqueles que ensinam a visão vicária da substituição.

O conceito de expiação substitucionária presentemente ensinado pelo cristianismo evangélico, e mesmo por alguns adventistas, não nos leva a um completo entendimento da profunda verdade da expiação, especialmente como ensinada pelo apóstolo Paulo. Substituição, geralmente entendida, é uma troca de experiência.

Cristo não morreu de tal modo que nós, em troca possamos viver; mas Ele morreu e ressuscitou sendo nós, a fim de que nós possamos, pela fé, participar em Sua morte e ressurreição. Ao assumir nossa corpórea humanidade pecaminosa e condenada, que necessitava ser redimida, Cristo foi feito pecado, o que nós somos, a fim de que nós possamos ser feitos justiça de Deus nEle (veja 2ª Cor. 5:21). Como o segundo Adão (humanidade) Cristo tomou nosso lugar e morreu nossa morte a fim de que nós possamos ser identificados com Ele, tanto na Sua morte como na Sua ressurreição. Isto é o que o nosso batismo significa (veja Romanos 6:3-11).

Em verdade a palavra “Adão’, em hebraico, caldeu, siríaco, etíope e árabe, significa, primeiramente, o nome da espécie humana, principalmente na Bíblia. (Dicionário Webster, 2ª edição, “The Publishers Guild, inc”, Nova Yorque, 1957).

Aqui é onde a substituição vicária e a real substituição divergem. A primeira ensina uma troca de experiência; enquanto a última ensina uma experiência compartilhada. Somente quando nós, pela fé, nos identificarmos com a cruz de Cristo o evangelho se torna o poder de Deus para a salvação em nossas vidas (veja Gálatas 2:20 e 6:14). Este é o verdadeiro significado do batismo por imersão, que salva (veja Marcos 16:15 e 16).

Lição 9, Rispa, A Influência da Fidelidade, por Andi Hunsaker

Para a semana de 21-27 de novembro de 2010

A história de Rispa é contada em duas passagens em 2º Samuel. No capítulo 3, versículo 7, somos informados, "E tinha Saul uma concubina, cujo nome era Rispa, filha de Aiá ..." Neste texto é dito ainda que ela estava envolvida em uma relação ilícita com Abner, general de Saul. Abner negou, veementemente, qualquer envolvimento.

Nós não ouvimos nada mais de Rispa até 2º Samuel 21:1-14. Aqui tomamos conhecimento de que ela era a mãe de dois meninos, Armoni e Mefibosete, por Saul. Como tal, ela foi considerada como mulher de Saul. Esta passagem ilustra mais claramente quem Rispa realmente era. 2º Samuel 21:1, diz: "E, houve, nos dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos ..."
Como poderia haver uma grande fome em uma terra fértil, sob o reinado de quem era "um homem segundo o coração de Deus?" Davi consultou o Senhor em 2º Samuel 21:1 para fazer esta pergunta, e Deus respondeu: "É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque matou os gibeonitas."

O incidente ao qual Deus Se refere é relatado em Josué 9. Os gibeonitas, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e Ai, "usaram de astúcia, e foram e se fingiram embaixadores" (Josué 9:4), a fim de evitar ser mortos pelos israelitas. Eles abertamente mentiram, dizendo a Josué: "Teus servos vieram de uma terra mui distante, por causa do nome do Senhor, teu Deus, porquanto ouvimos a Sua fama, e tudo quanto fez no Egito" (Josué 9:9). Trazendo presentes, pediram-lhe para fazer um pacto com eles que não seriam destruídos. No versículo 15, Josué e toda a congregação fizeram um juramento de proteção com os gibeonitas. Mas, 2º Samuel 21:2 diz: "Saul, no seu zelo à causa dos filhos de Israel e de Judá, procurou feri-los."

Davi perguntou aos gibeonitas como este mal ato feito a eles poderia ser expiado. Eles pediram sete descendentes da casa de Saul para serem entregue a eles para que eles pudessem ser enforcados diante do Senhor. Os sete, incluídos os dois filhos de Rispa, e os cinco filhos de Merabe, filha de Saul. A execução de seus dois filhos deixou Rispa de luto em uma maneira muito dramática desde o início da colheita até que a chuva veio.

Dois pontos importantes vêm à mente nessa história: O primeiro é o significado de um juramento, e o segundo é o poder de um testemunho.

Um juramento, segundo as Escrituras, era muito sério e deveria ser mantido a todo custo (ver Juízes 11:30-39, 1º Samuel 14:24-28,43,44). A quebra de um juramento significava morte certa. A história de juízes é preocupante. Jefté, muito perturbado, declarou: "Porque eu abri a minha boca ao Senhor e não tornareir atrás." Sua filha foi condenada à morte como resultado de seu juramento impensado. Mesmo Jonatas certamente teria morrido na mão de seu pai por comer um pouco de mel se não tivesse o povo intervindo por ele e impedido o cumprimento do juramento do rei.

Tudo isso deveria nos lembrar de um outro juramento. É um juramento de significado eterno, ao qual devemos a nossa vida. Em Gênesis 22:16, Deus disse a Abraão: "Por Mim mesmo jurei, diz o Senhor." O que Ele jurou? O versículo 18 continua: "Em tua descendência serão benditas todas as nações da terra..." Deus garantiu com um juramento que Jesus, que na época era pré-encarnado, viria à Terra como um homem, deixaria de lado as Suas prerrogativas divinas e tornar-Se-ia obediente até a morte de cruz.

Mas por que Deus iria usar um juramento? Hebreus 6:17 diz: "Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente imutabilidade do Seu conselho aos herdeiros da promessa, Se interpôs com juramento." O juramento foi em nosso benefício.

Ellet J. Waggoner, em Present Truth, de 9 de julho de 1896, coloca isto desta forma: "Pense nisso, Deus jurou por Ele mesmo! Isto é, Ele comprometeu-Se a Si mesmo, pela Sua própria existência, para a nossa salvação em Jesus Cristo. Ele colocou-Se em penhor, a Sua vida pela nossa ... Ele hipotecou a sua própria existência para o cumprimento da Sua palavra. Se a Sua palavra devesse ser quebrada, até mesmo pela mais humilde alma do mundo, Ele próprio seria humilhado, desonrado e destronado".

O caráter de Deus estava em jogo. Seria Ele um ser egoísta, ou era, de fato, um Deus de amor (*Ágape) abnegado? Hebreus 6:16 diz que, o juramento, era visto como uma maneira de acabar com todos os litígios. Porque Deus quis tornar a Sua declaração o mais forte possível, de Sua promessa de salvar o homem, a qualquer custo para Si mesmo, e para demonstrar Seu caráter de Ágape, Ele não poderia simplesmente declará-la como um fato. Ele deveria demonstrá-la. Parte dessa demonstração incluiu condescender com o uso de um juramento, não para o Seu benefício, mas para o nosso, e também para o benefício do universo expectante.

Isso nos leva ao nosso segundo ponto. Rispa fielmente guardou os corpos de seus filhos. Ela não permitiu "as aves do céu pousar sobre eles de dia nem os animais do campo de noite" (2º Samuel 21:10). David estava assistindo, e seu coração foi tocado, ao ver como esta mãe montou um acampamento e vigiou os restantes membros da sua família por um tempo muito longo, até o início da chuvas. O rei foi comovido para trazer de volta os corpos de Saul e Jônatas, e "fez subir os ossos daqueles que tinham sido enforcados" com a finalidade de lhes dar um enterro digno.

A Bíblia diz: "E depois que Deus atendeu a oração pela terra," "a água caiu do céu sobre eles" (2º Samuel 21:10).

Um testemunho é uma coisa poderosa. Deus diz em Isaías 43:12 "... pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, que Eu Sou Deus." Provérbios 27:11 nos diz por que isso é crucial. Ela diz: "Sê sábio, filho Meu, e alegra o meu coração, para que tenha alguma coisa que responder àquele que me desprezar." O apóstolo Paulo também entendeu isso e proclamada em 1ª Coríntios 4: 9 "Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs, por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens."

Tal como aconteceu com Rispa, o mundo está nos observando. Que tipo de testemunhas somos nós?

- Hunsaker Andi

O irmão Bob Hunsaker já é adventista por muitos anos; médico, e diretor do ministério pessoal de sua Igreja Adventista do Sétimo Dia, na área de Boston, MA., U.S.A., e também professor de sua unidade evangelizadora. Ele tem, também, um programa semanal na rádio (AM WEZE 590) aos domingos à noite, às 19:30 horas, em parceria com o Pr. Bill Brace, intitulado Portraits of God (Quadros de Deus).

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lição 8 — Joabe o Fraco Valente de Davi, por Craig Barnes

para a lição de 14 a 20 de Novembro de 2010

O início da fé é crer na verdade de que "a palavra de Deus" tem, inerente nela, o poder de criar o que ela diz. É o chamado o "começo" da fé, porque, alguém pode crer, e ainda assim não agir dessa forma. Pode-se crer que "Deus existe lá fora, em algum lugar," que Ele é todo-poderoso, que Ele sabe todas as coisas — até mesmo o número de fios de cabelo na nossa cabeça — e ainda agirmos como se Deus fosse apenas uma força impessoal do universo, que trouxe todos os elementos em conjunto para criar o planeta e colocá-lo em movimento (por todos os meios que alguém escolhe crer). Assim, cabe, agora, ao gênero humano determinar o que vai acontecer com o mundo — portanto restringimos, o conceito de "palavra de Deus." No entanto, crer que Deus existe e que a Sua palavra tem, inerente nela, o poder de criar o que diz, é o primeiro passo na direção certa.

Esse é o começo da fé. Mas não queremos parar aqui neste bom conceito. Vamos dar um passo adiante, ou seja, esperar que a palavra de Deus faça o que ela diz. Nós não vamos estar preocupados com as consequências se não esperarmos que aconteça algo sobre as nossas decisões, mas quando cremos nas promessas de Deus a nós, Ele pode, então, trazer a Sua justiça em nossa experiência cotidiana. Portanto, se cremos que a palavra de Deus, tem, inerente em si, o poder de criar o que ela diz, para obter o benefício integral da palavra, podemos, pelo menos, esperar que o predito ocorra — que Deus vai realmente fazer alguma coisa, mesmo que seja apenas para outra pessoa. Entretanto, isso ainda não é suficiente para nos levar a fazer o que é certo. Precisamos de algo mais, pois não somos capazes de, sozinhos, fazer sempre escolhas corretas, e não somos capazes (por nós mesmos) de fazer a vontade de Deus. "Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um" (Salmo 14:3): "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças são como trapo de imundícia, e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam" (Isaías 64:6).

Deve haver algo que vai permitir Deus trazer nossas vidas em harmonia com a Sua vontade.

Nós podemos aprender uma lição com o centurião de Mateus 8, que disse a Jesus que Ele não precisava ir à sua casa, que, de fato, ele não era dígno de tal majestosa honra do próprio Filho de Deus. Se Jesus simplesmente falasse uma palavra apenas, seu servo seria curado. Ouça a excitante resposta de Jesus a essa aborodagem: “E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que O seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. Mas Eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e sentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus. Mas os [imaturos e egoístas] filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; alí haverá pranto e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: ‘Vai, e como creste te seja feito.’ E naquela mesma hora o seu criado sarou” (Mateus 8: 10 a 13).

Então, o que o centurião fez? Ofereceu ele presentes caros a Jesus? Pediu ele “ajuda” a Jesus? (Colocar a questão desta forma implicaria em que o centurião podia curar o servo por si mesmo, que só precisava de um pequeno "empurrão" para "alcançar o almejado.") Será que ele insistiu em algum tipo de emoção excitante, com a imprensa disponível para registrar tudo e espalhar a notícia em todos os lugares? Será que ele tentou manipular Jesus através de intriga ou forçá-Lo contra a sua vontade? Não, nada disso. Ele nem sequer pensou que era necessário que Jesus entrasse em sua casa! Bastava falar a palavra apenas. Isso era tudo. O centurião não fez nada, exceto seu simples pedido.

Ele dependia da palavra de Deus apenas para fazer o que ela dizia.

Agora isto se torna pessoal. Por exemplo, depender de nossos próprios planos para nos mantermos de pé, envolve um risco, pois isso implica que existe um "plano B" (o nosso plano) se o "plano A" (o plano de Deus) vier a falhar (em nossa própria percepção). Eu vi um cartaz, outro dia que dizia que a vida se resume em como você lida com o "plano B", e isso é bom de um modo geral, porque nem tudo corre da maneira que almejamos ou esperamos. Mas quando se trata da promessa da justiça de Deus, não há "plano B", o que significa que haverá ocasiões em que não vemos nenhuma solução humana. É Deus e Sua palavra somente que irá sustê-lo e conduzí-lo — vai parecer que você vai cair, mas você não cairá.

A única resposta adequada é dizer "obrigado", como Abraão fez em relação à mesma promessa de Deus em Gênesis 17, caindo sobre seu rosto, e também em Gênesis 22 quando ele creu na palavra de Deus, mesmo contra a própria palavra de Deus em si, esperando que Deus ressucitaria Isaque dos mortos, Heb. 11:17-19);. Daily Good News, vol 2, n º 158). Estas são expressões de um coração que sente apreciação pelo dom (*da vida) e seu custo para Deus, pois custou a Jesus a esperança da Sua própria vida eterna. A resposta imatura e egoísta de Israel, em Êxodo 19, à promessa de Deus (isto é, Sua palavra somente), foi "Tudo o que o Senhor tem falado, faremos." E Deus teve que trazer todo o santuário terrestre e o serviço sacerdotal para lembrar ao homem, cada vez que ele pecasse, que era inevitável com a promessa do homem, (*guardar a lei), que é só através do sacrifício de Deus que o homem pode fazer a Sua vontade.1

Quando Jesus estava pendurado na cruz, Ele dependia da palavra de Deus somente, João 5:19, 30, para sustê-Lo, quando todas as evidências indicavam que Ele estava eternamente separado de Seu Pai — ao Ele experimentar a segunda morte por nós. Ele não podia ver através dos portais do túmulo, e não havia nenhum "plano B" para a vitória. Ele pensou que estaria perdido, exceto pela Sua fé, que só dependia do Pai para sustê-Lo. Seu grito triunfante: "Está consumado", "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito"2, ganhou a vitória para você e para mim e trouxe toda a raça humana ao Pai. Não precisamos nos preocupar em como tudo isso vai sair no final, como fez Joabe, ou tentar forçar a vontade de Deus, como Joabe parecia estar fazendo, pois já estamos no time vencedor. Não faça um contrato com alguém ou alguma coisa, nem consigo mesmo ou com Deus, mas se apegue pela fé à promessa de Deus e à Sua promessa somente.


-Craig Barnes

O irmão Craig Barnes tem ministrado séries de palestras sobre Justiça pela Fé em nossas igrejas, em Nashville, estado de Tennessee, EUA. Ele é capelão e co-regente, juntamente com sua esposa Joyce Barnes, do LAR REFÚGIO PRIMAVERIL na SUA cidade. Este lar é para pessoas com disfunções mentais, mas o irmão Barnes tem pregado o evangelho a eles, e se regozija na simplicidade das verdades do evangelho que torna possível aos internos, assim como às crianças, captarem as boas novas. No dia 13 de novembro de 2010 ele foi o orador sobre “O Livro de Hebreus, no mesmo lar de deficientes.

Notas do autor:
[1] Note a ratificação da promessa de Israel a Deus, quebrada por eles em Êxodo 24:3, e que precede os serviços terrestres introduzidos no capítulo 25.
[2] João 19:30; Lucas 23:46.

Lição 8 — Joabe o Fraco Valente de Davi, por Jerry Finneman

para a lição de 14 a 20 de Novembro de 2010

Forte em poderio militar, Joabe tornou-se moralmente fraco. Uma lição que aprendemos com a sua vida é que o mal persegue os pecadores impenitentes (*que não se arrependem) e vai surpreendê-los afinal.

Joabe, cujo nome significa "Jeová é pai", era o filho da irmã de Davi, Zeruia (1º Crônicas 2:15-16). Em seus dias, os pais geralmente escolhiam o nome de uma criança com esperança de que ela seria o que o nome significava. Os pais de Joabe desejaram que ele fosse um filho de Deus pela fé. Em seus primeiros dias Joabe pode ter tido uma experiência de conversão. Mais tarde em sua vida, ele falava sobre Deus, mas suas ações mostravam que ele não tinha nenhuma conexão salvífica com Deus.

Depois que se tornou rei, Davi partiu para a conquista de Jebus, cidade dos jebuseus, para fazer dela sua capital. David realizou a captura da cidade, desafiando uma maldição e superando um obstáculo aparentemente intransponível natural. Antes da batalha começar, David declarou: "Qualquer que primeiro ferir os jebuseus será chefe e capitão [do Exército]. Então Joabe, filho de Zeruia, subiu primeiro a ela, pelo que foi feito chefe" (1º Crônicas 11:6), se tornando o segundo em comando na administração de Davi.

2º Samuel 10 registra outra situação aparentemente impossível, sem nenhum escape óbvio para o exército de Davi. “Vendo, pois, Joabe que a batalha estava preparada contra ele pela frente e pela retaguarda” (*2º Sam. 10:9), Então, ele e seu irmão, Abisai, formaram duas frentes de ataque e deixaram os resultados nas mãos de Deus. Joabe, então animou Abisai, com estas palavras:

“Se os sírios forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e se os filhos de Amon forem mais fortes do que tu, irei a socorrer-te. Esforça-te, pois, e esforce-mo-nos pelo nosso povo, e pelas cidades do nosso Deus; e faça o Senhor o que bem parecer aos Seus olhos” (2º Samuel 10:9, 11-12).

Com o passar do tempo, Joabe endureceu o coração. Ele se tornou um assassino de sangue frio. Ele esteve envolvido no assassinato de Urias, o hitita, premeditado por Davi. Cada vez mais, Joabe se mostrou um homem ciumento, que fazia tudo para agradar a si mesmo. Quando suas opiniões pessoais entraram em conflito com as decisões do rei, Joabe sentiu-se livre para traçar seu próprio caminho, mesmo com o assassinato cometido por vingança pessoal, como no caso de Abner.

Durante um tempo de paz, Joabe utilizou fraude para matar Abner, hóspede do rei, para vingar a morte de seu irmão Asael, que Abner matara durante a guerra (*em Gibeão). Joab, como todos os homens falsos, presumiram que Abner e todos os outros homens eram tão falsos quanto ele. Davi entendeu isso e se distanciou de Joabe. Ele lamentou a morte de Abner, e pronunciou uma ampla maldição sobre Joabe e seus descendentes (2ª Samuel 3:28-31). No entanto, Joabe manteve sua posição.

Mais tarde, quando Absalão se rebelou contra Davi, Joabe foi então contra a ordem direta do rei, para poupar a vida de Absalão. Esta indignidade, finalmente, levou David para depor Joabe, da posição de comandante-em-chefe do exército. Amasa foi colocado no lugar de Joabe (2º Samuel 19:13). Joabe ficou enfurecido, com ciúme, e decidiu matar Amasa.

Novamente a falsidade de Joabe é revelada. Ele escondeu o seu ódio e cumprimentou Amasa, tomando-o pela barba e beijando-o. Amasa confiou no aparente gesto de reconciliação de Joabe, mas essa confiança foi traída e Joab aproveitou a oportunidade para matar o seu rival (2ª Samuel 20:7-10). David novamente poupou Joabe da punição. Ele continuou a ser o comandante-em-chefe. A despeito de seus defeitos, ele era o homem mais capaz para o cargo, e David ainda presumiu, erroneamente, que Joabe seria leal a ele. Somente após Davi transferir o reino para Salomão que Joabe foi devidamente punido.

Na velhice, o declínio da força de Davi levou Adonias a tentar um golpe. Como filho mais velho sobrevivente de Davi, Adonias, sentiu que deveria ser o próximo rei. Vários altos funcionários concordaram com ele. Joabe, sabendo muito bem que ele estava indo contra a vontade de Davi, juntou-se com Abiatar, o sumo sacerdote, nessa tentativa descarada e traidora contra o trono. Por outro lado, o profeta Natã e Bate-Seba, com outro sacerdote de nome Zadoque, pôs em marcha um contra complô, que frustrou a tentativa de Adonias. Davi informou que Salomão seria ungido rei segundo a palavra do Senhor.

O tempo havia finalmente chegado para Joabe colher o que tinha semeado. Para sermos corretos, notamos que este homem tinha realizado muitos grandes feitos de bravura, como a captura de Jebus e de Amã, capital de Amon, e também ele protegeu David durante a revolta de Absalão.

Mas o serviço de Joabe, estava condicionado à sua concordância pessoal com as decisões do rei. Quando lhe conveio ele matou, sem levar em conta princípios ou os desejos do rei. Ele tirou a vida de Abner, Amasa e Absalão, filho do próprio rei, causando muitos danos pessoais e administrativos a David. Por muitos anos Joabe, efetivamente, sequestrou o rei por causa da situação de instabilidade política e militar e influência pessoal do próprio Joabe sobre o exército. No final, David passou por muitos dos atos de traição do seu general. Sua única acusação registrada contra Joabe foi sobre o assassinato de Abner e Amasa. David disse a Salomão para não deixar Joabe morrer de morte natural, pois sabia que Joabe não estava arrependido. Ele sabia que Joabe faria ainda mais danos para o reino sob o reinado de Salomão.

Joabe, compreendendo o perigo, correu para a tenda das congregação e agarrou as pontas do altar do sacrifício, reivindicando a proteção de Deus (1º Reis 2:28). Nesta ação, Joabe mostrou seu desrespeito final, não só para com Davi como seu rei, mas também para com Deus. O ato sagrado de agarrar as pontas do altar, como um pedido de proteção, era somente para aqueles que tinham matado alguém acidentalmente. Em Êxodo 21:12-14, está escrito: "Quem ferir alguém, de modo que este morra, certamente será morto. Porém, se lhe não armou cilada, mas Deus lho entregou nas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde fugirá. Mas se alguém agir premeditadamente contra o seu próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás do Meu altar, para que morra.”

De acordo com o comando do David e em harmonia com a Palavra de Deus, Salomão enviou Benaia, comandante das suas forças armadas para tirar Joabe do altar, e trazê-lo para o tribunal, onde ele poderia fazer sua defesa. No entanto, Joabe disse que não iria deixar o altar, mas ele morreria ali e não em outro lugar,1º Reis 2:28-34.

Se Joabe tivesse se arrependido verdadeiramente, sua vida poderia ter sido poupada. Pelo menos, Deus em Sua misericórdia teria dado a Joabe a vida eterna, desde que o seu arrependimento fosse de um coração sincero. Mas ele persistiu na vontade própria e rebelião proposital, até que foi tão corrompido que não havia uma característica salvadora nele. Sua consciência estava cauterizada além de possibilidade de reparo.

Então, o que devemos aprender disto? A paciência de David e longanimidade para com Joabe parece quase inacreditável. No entanto, apenas fracamente reflete o amor de Deus. Deus não quer que ninguém seja abandonado para morrer, 2ª Pedro 3:9. Não importa quão monstruosamente uma pessoa traiu o Senhor, ele pode fugir para Cristo, a quem seus pecados feriram. Jesus é tanto o altar como o sacrifício. Se nós segurarmos as pontas do altar em verdadeira contrição — dispostos a ser transformados em submissos e obedientes filhos de Deus, Ele dará de volta a nós a alegria da salvação, e graça diante de Deus.

E, no entanto, a justiça infinita de Deus, que inclui em seu escopo toda a profundidade da misericórdia, coloca um limite para a paciência até mesmo de Deus. Aqueles que reivindicam Sua proteção enquanto se recusam a prestar-Lhe serviço, acabarão por colher tudo o que tiverem semeado. Os servos do Rei dos Reis podem fazer muitas coisas "boas" em nome de Cristo, pensando mais do Seu Reino. Mas se eles operam fora da Sua direção, eles só trazem problemas.

Um exemplo recente destes princípios vem a nós na história da mensagem da justificação pela fé que nos foi enviada no final da década de 1800. Podemos ver nos maus-tratos a Jones, Waggoner e Ellen White, após 1888, que homens e mulheres que se exaltam contra Deus ainda estão abandonados a si mesmos até que sejam corrigidos com um flagelo, não de sua própria escolha, mas de sua própria criação. Oro para que o povo de Deus hoje possa por de lado as preferências pessoais e una-se plenamente com o Rei dos Reis, para que a obra de Deus possa ser terminada rapidamente na Terra.

--Jerry Finneman

O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de 1888 de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele mas me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lição 7 — O Sacerdote Abiatar—por Dmitry Dolgozhitel

Para a semana de 6 a 13 de novembro de 2010

O personagem principal desta semana é um sacerdote que ministrava perante a arca da aliança, e que orava a Deus e recebia respostas diretas das suas orações. E, no entanto, após uma vida de serviço fiel, ele não permaneceu fiel até ao fim. Se um homem de tão alta patente caiu, que esperança há para nós? É possível ter certeza de que ainda estaremos com o Senhor até o fim?

Vejamos um breve resumo da história. O rei no trono era Saul. O povo de Deus tinha implorado por um rei, a fim de "ser como as outras nações." Um rei não fazia parte do plano de Deus para o governo de Israel. Deus sabia que estabelecer um soberano humano traria discórdia ao Seu povo. O rei Saul logo provou que as preocupações de Deus eram justificadas. Quando através de seu sacerdote Deus apontou que Ele tinha "um outro homem ungido para ser rei no lugar de Saul," este ignorou a vontade de Deus e resistiu vigorosamente. No final, Saul matou todos os sacerdotes, porque um deles tinha ajudado a David. O rei, enlouquecido, também matou as famílias dos sacerdotes, e até mesmo o gado na cidade de Nobe, onde a Arca da Aliança estava naquela época. Quando os servos de Saul se recusaram a colocar as mãos sobre os sacerdotes ungidos de Deus, a tarefa foi dada a Doegue, um estrangeiro. Esse homem perverso matou oitenta e cinco sacerdotes.

Abiatar, o único sobrevivente, se refugiou com Davi. Com um profundo sentimento de culpa pelas almas inocentes que tinham morrido, Davi trouxe Abiatar em estreita associação com ele. Foi Abiatar a quem o rei e o povo vieram quando eles precisaram de alguém para falar com Deus por eles. Abiatar sofreu muito com o rei. Quando Absalão, filho de Davi, se revoltou, o sacerdote permaneceu fiel ao rei.

Mas quando chegou a hora de escolher o sucessor de Davi, Abiatar, apoiou o filho mais velho vivo de Davi, Adonias. Certamente ele sabia que Salomão era o escolhido de Deus, e que David planejara que o filho de Bate-Seba ocupasse o trono depois que ele morresse. No entanto, Abiatar colocou sua influência e apoio em um homem a quem a tradição teria feito rei. Desse momento em diante, Abiatar teve problemas. Todo mundo que apoiou Adonias, foi condenado à morte. Salomão disse que Abiatar também merecia morrer, mas tendo em consideração o fato de que ele tinha carregado "a arca da aliança" no tempo de Davi, ele foi autorizado a viver. Mesmo assim, ele foi afastado do sacerdócio e colocado sob prisão domiciliar.

Qual foi o erro de Abiatar? Ele era um político ruim que não pôde prever qual dos filhos de Davi estaria no trono? Certamente, Deus não deixou Abiatar na ignorância sobre este assunto tão importante. Pelo contrário, o Senhor abençoou a coroação de Salomão. Abiatar foi culpado diante de Deus. Mas qual foi o seu primeiro erro? É importante para nós obtermos a resposta a essa pergunta porque se relaciona com nossas próprias vidas.

1ª Pedro 2:9 diz: "Mas vós sois ... um sacerdócio real." Supõe-se que cada crente é, em certo sentido, um sacerdote. Esta é uma responsabilidade grande e tem um enorme significado. Mas o que deve fazer o sacerdote moderno? A resposta mais comum é: "Ele deve falar acerca de Deus." Isto é verdade e, mesmo importante. No entanto, há algo mais.

"E tudo isto provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus" (2ª Coríntios 5:18-20).

Desde a queda de Adão, um sacerdote foi chamado para fazer esse trabalho específico. Não é para aplacar um Deus enfurecido. Não é para perdoar pecados. O trabalho do sacerdote sempre foi reconciliar o homem com Deus. Isto continua a ser a atribuição do sacerdote moderno — o ministério da reconciliação. Toda cerimônia, ensino e doutrina deve levar a uma coisa — a oportunidade de um homem se tornar um bom amigo com Deus. Para se tornar amigos, é necessário o homem experimentar o perdão, para banir o medo e se entenderem. O Filho de Deus veio à Terra para cumprir essa missão.

Há dois mil anos, em Israel, uma nação inteira não aceitou o seu Salvador. Por quê? As pessoas tinham as Escrituras. Eles viram os milagres. A única resposta é que a tradição tornou-se o substituto para uma relação viva com o Senhor. Tudo o que minou o padrão habitual de Israel de vida religiosa foi interpretado como uma ameaça. O próprio Filho de Deus tornou-Se tal "ameaça". Conformidade com ritos e tradições sempre foi uma maneira de criar um deus substituto. Esse culto priva as pessoas de uma oportunidade de conhecer e amar o caráter de Deus, e, então, a os impede de habitar no centro da vontade de Deus.

A mesma tendência é vista na história de Abiatar. Algo em sua vida levou ao formalismo. Será que ele começou a tomar os ritos e cerimônias do sacerdócio como algo certo e suficiente para a salvação? Será que ele caiu em um formalismo sem sentido? Nós não sabemos. Mas, nós vemos que ele escolheu a tradição ao decidir a quem apoiar como sucessor no trono. Segundo o costume de longo tempo aceito, o sucessor direto seria Adonias. Abiatar parece ter esquecido que a vontade de Deus é mais importante do que a tradição.

Deus disse a Davi: "Eis que um filho que te nascer será homem de repouso, porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor; porquanto Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias. Ele edificará uma casa ao meu nome, e Me será por filho, e Eu Lhe serei por pai, e confirmarei o trono do seu reino sobre Israel para sempre" (1ª Crônicas 22:9-10). É claro que o sacerdote Abiatar não só rejeitou o plano de Davi, ele se opôs a vontade revelada de Deus. Da mesma forma que os judeus se opuseram ao Filho de Deus.

Existem paralelos entre esta história e o nosso tempo? Qual é o nosso ministério? Existe o perigo de que podemos ser seguidores da tradição, em vez de seguidores do Deus vivo, que revelou claramente a Sua vontade?

Por causa da malignidade do homem, este é tentado a colocar cerimônias no lugar de um relacionamento pessoal com Deus. Cerimônias, no decorrer do tempo, tornam-se "tradições sagradas." Simplificando, nós gostamos de manter as "habituais" regras, e presumir que estamos desfrutando de uma sensação de salvação pessoal.

Deus levantou o grande movimento do advento para um propósito. Muitas verdades foram abertas para a compreensão daqueles que estavam em busca da Bíblia. Depois disso, veio o perigo de superioridade arrogante e exclusivismo.1 O mundo, atolado no pecado, não consegue perceber a substituição do "dia de descanso" (o sábado). Poucas pessoas reconhecem o início do "juízo investigativo". Nos esforçamos para provar ao mundo que suas formas de culto são sem sentido, falhas e cegas. Nós pensamos que ao fazer isso nós estamos difundindo o evangelho. Mas, muitos de nós, nos esquecemos de que o que Deus nos confiou como o "povo do juízo" foi o ministério da reconciliação. Este ministério é, de fato, o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Nós, o povo de Deus, nos tornamos acostumados com a nossa exclusividade. Mantivemos a nossa "santa tradição" e não sentimos as impressões mais tranquilas do Espírito Santo. O plano de Deus não foi cumprido pela maioria do seu povo em 1888.

Deus enviou Sua “mui preciosa mensagem” (*T.M., p. 91) de reconciliação através de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, com o endosso de Ellen White. Foi uma mensagem bonita e inspiradora, incentivando as pessoas a se reconciliarem com Deus. Esta é a mensagem que temos perdido de vista. "Mas o justo viverá pela fé" (*Habacuque 2:4; Romanos 1:17; Gal 3:11; Hebreus 10:38). Nem o conhecimento do juízo investigativo, nem rigorosa observância do sábado, nem conformidade com outras disposições regulamentares, pode nos dar a salvação. Somente Deus é capaz de nos salvar, e Ele já fez isto. Nossa obra é crer neste fato maravilhoso. "Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta, que creiais naquele que Ele enviou" (João 6:29).

Como podemos ter certeza de que não vamos nos encontrar na mesma situação que Abiatar? Como você pode ter certeza que ainda está com o Senhor? Depende do que você irá escolher seguir: a "santa tradição" ou render-se livremente ao ministério de reconciliação de Deus.

—Dmitry Dolgozhitel

O irmão Dmitry Dolgozhitel vive na Ucrânia, é casado e tem três filhos, e é membro da Igreja Adventista desde 1992. Ele ajuda a organizar e apoiar novos pequenos grupos. Traduz do inglês para a língua russa e publica no site “Crer somente,” na internet, estes mesmos comentários das lições da Escola Sabatina, como neste nosso blog fazemos aqui no Brasil. No mesmo site Ele está disponibilizando, em língua russa, os Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Que obra fenomenal!!! São 4 volumes, 1821 páginas.

Nota do tradutor:

1) O dicionário Caldas Aulete assim define exclusivismo, Sistema de exclusão: Exclusivismo de opiniões, de princípios. E cita Eça de Queirós: “Põem um orgulho ... insolente em se diferenciar do resto da nação em tudo ...Naturalmente, um exclusivismo tão acentuado é interpretado como hostilidade.” Cartas da Inglaterra, pág. 77, ed. De 1916.

Lição 7 — O Sacerdote Abiatar — por Arlene-Hill

Para a semana de 6 a 13 de novembro de 2010

No sistema do santuário judaico, o sacerdote era designado intercessor entre Deus e o homem. Um dos mais claros modos de Deus manifestar a Sua orientação para Israel, através do sumo sacerdote, era pelo aparecimento de luz ou nuvem sobre uma das duas pedras no peitoral do sacerdote, geralmente chamado "éfode." Essas pedras eram chamadas Urim e Tumim. Abiatar, filho de Aimeleque foi um sacerdote durante a maior parte da vida de Davi, tanto antes como depois de se tornar rei. Ele era o sacerdote em exercício quando Davi e seus homens entraram no tabernáculo, e comeram os pães da proposição. Jesus o mencionou no Novo Testamento, quando Ele usou esse caso como um exemplo de um ato aparentemente ilegal, permitido por causa das circunstâncias extremas (Marcos 2:26).

Quando Saul foi ungido rei, Deus lhe deu orientações por intermédio do profeta Samuel e os sacerdotes do templo. A personalidade de Saul se deteriorou durante o seu reinado. Insano, com ciúmes, ele sentiu pena de si mesmo imaginando que David era seu inimigo, e que todo mundo estava envolvido na conspiração. Quando Aimeleque prestou auxílio a Davi, Saul ordenou a morte dele e de 85 sacerdotes (1ª Sam. 22:13-19). Abiatar, demonstrou sua lealdade a Davi, arriscando a sua vida para avisar-lhe do massacre. Mais tarde, Abiatar (1ª Sam. 23:6-12) trouxe o éfode a Davi que o usou para buscar orientação de Deus, depois que Saul soube da localização de Davi, e planejou atacá-lo e matá-lo.

Pelo cruel ato de Saul, matando os sacerdotes e suas famílias, ele privou-se, e a sua nação, da orientação de Deus através destes profetas e sacerdotes que a administravam. Deus usou Abiatar para salvar o éfode e se tornar um sacerdote que se simpatizou com David durante a maior parte de seu reinado.

A intriga e a traição das façanhas de Davi torna a leitura interessante, mas serão apenas meras histórias antigas, se não as aplicarmos às nossas vidas hoje. Deus não usa mais sacerdotes e Urim e Tumim para se comunicar com a Sua Igreja, porque Ele nos deu a Sua palavra escrita. No final de 1800 Deus selecionou dois jovens, Alonzo. T. Jones e Ellet J. Waggoner, que Ellen G. White descreveu como tendo "credenciais celestes." * Mais de 350 vezes, essa profetiza moderna endossou a mensagem que Deus lhes deu, mas ela e eles enfrentaram oposição onde quer que foram. Embora suas batalhas não fossem físicas como foram as de Davi, a intriga e a distorção da verdade encontram algum paralelo com a história de Davi.

Deus escolheu Jones e Waggoner para apresentar a mensagem real, mas, como Abiatar, Ele usou Ellen White para prestar apoio. Frequentemente, o apoio dela veio em forma de revelação autêntica, resolvendo questões diversas. Um caso em destaque foi a sua declaração sobre a questão de se saber se a lei, descrita como o professor (*aio), em Gálatas, é a lei cerimonial ou a moral (Gal. 3:24). "Eu fui indagada sobre a lei em Gálatas. Qual lei é o mestre para nos trazer a Cristo? Eu respondo: Tanto a cerimonial bem como o código moral dos dez mandamentos "(Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 4, pág. 1725). Significativamente, esta carta foi escrita em 1900, após os irmãos se esforçarem para estudar o assunto.

Outro exemplo da sua clarificação da mensagem de 1888: "Vários me escreveram indagando se a mensagem de justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e eu respondi: 'É a terceira mensagem angélica em verdade" (Review and Herald , de 1º de abril de 1890). A mensagem do terceiro anjo é a verdade do santuário. Assim, a mensagem de 1888 é uma compreensão da justificação pela fé, que é paralela a, e consistente com, a purificação do santuário celestial.

Se deixarmos de usar a vantagem que temos pelos ensinamentos do profeta, estamos em perigo de repetir os erros de Saul? Ao retermos seus endossos à mensagem da justificação pela fé, estamos em verdade "matando" a mensagem do profeta?

Nos anos dedeclínio de Davi, por causa de oportunismo político, Abiatar mudou sua lealdade ao seu rei para apoiar a candidatura de Adonias ao trono de seu pai. Abiatar sabia que Deus tinha tornado a Sua vontade clara de que Salomão deveria ser rei; mas, de alguma forma, ele se juntou à conspiração contra Salomão. Que tipo de distorção Abiatar inventou para aplacar a sua consciência e as consciências dos seus co-conspiradores, de que Deus tinha cometido um erro na seleção de Salomão? Ao distorcer tanto a mensagem real como os endossos (*da profetisa), vamos nos juntar àqueles que, inicialmente, se opuseram aos mensageiros divinamente credenciados e à profetisa? Não estaremos perpetuando a "conspiração"?

Um exemplo de distorcer a mensagem de 1888 é dizer que a Igreja aceitou a justificação pela fé e a está ensinando, quando, na verdade, está ensinando o conceito evangélico arminiano de justiça pela fé. Ellen White afirma que a mensagem não foi aceita (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234, 235). Insistir que a Igreja aceitou a justificação pela fé, contrário ao seu relato ocular, é participar de uma falsificação da nossa história.

A verdade nunca padece de estudo e análise por investigadores honestos e humildes. Nosso dever de lealdade para com a igreja deve ser igual ao de Cristo (João 12:20-25), mas mesmo Cristo falou da indiferença da igreja a seu Esposo em Cantares de Salomão 5:1-3. Porque Ele repreende e castiga aqueles que ama, Ele alertou Laodicéia de sua apatia no Apocalipse.

Nós podemos com confiança, analisar não só a mensagem, mas, também, a recepção da mesma na nossa história. Se devemos aprender com os erros do antigo Israel, não faz sentido que Deus também queira que a gente aprenda com as escolhas feitas pelos nossos irmãos e irmãs de um passado relativamente recente da igreja? Ao fazer isso, nunca devemos ser dirigidos por um espírito de crítica ou polêmica, mas a nossa motivação deve ser sempre o Espírito da Verdade.

Ao falhar em investigar o passado, corremos o risco de perpetuar os erros do passado. Deus tem preservado o suficiente do registro para fazer uma análise a mais aprofunda possível. Nenhuma explicação é necessária, eis que as fontes originais falam conosco a partir da pena de quem as escreveu. Quando estudarmos a fim de compreendermos, nos submetendo à orientação do Espírito Santo, não há nada a temer.

Arlene Hill

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou em maio de 2010, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone 001 XX (775) 327-4545.

Nota do tradutor:

1) Escrevendo sobre a oposição que se levantou contra Waggoner e Jones a serva do Senhor escreveu:

“Pastores, não desonreis ao vosso Deus nem ofendais ao Seu Santo Espírito, fazendo comentários sobre os caminhos e as maneiras dos homens que Ele quis escolher. Deus conhece o caráter. Vê o temperamento dos homens que Ele escolheu. Ele sabe que ninguém a não ser homens sinceros, firmes, determinados, de sentimentos fortes, verão nesta obra sua vital importância, e darão tal firmeza e decisão a seus testemunhos que estes abrirão brecha nas barreiras de Satanás.

“É para o seu bem que Deus dá aos homens conselhos e reprovações. Envia Sua mensagem, dizendo-lhes o que é necessário para a época - 1897. Aceitastes a mensagem? Atendestes ao apelo? Ele vos deu a oportunidade de vir armados e equipados em auxílio do Senhor. E havendo feito tudo, disse-vos Ele que ficásseis firmes. Mas vós vos preparastes? Dissestes: "Eis-me aqui, envia-me a mim"? Isa. 6:8. Sentastes-vos quietos e nada fizestes. Deixastes que a Palavra do Senhor caísse desatendida por terra; e agora o Senhor tomou homens que eram meninos quando vós estáveis na parte mais avançada da frente da batalha, e lhes dá a mensagem e a obra que não tomastes sobre vós. Sereis para eles pedras de tropeço? Criticareis? Direis: "Estão saindo do seu lugar"? No entanto não preenchestes o lugar que eles agora são chamados a ocupar” (Testemunho para Ministros, págs. 412 e 413).