quinta-feira, 27 de junho de 2013

Lição 13 – Para que não nos Esqueçamos (Malaquias), por Paul E. Penno



Para 22 a 29 de junho de 2013


Algumas pessoas pensam que o "testemunho direto" — a mensagem de 1888 — da "testemunha fiel e verdadeira" ao "anjo da igreja de Laodicéia" 1 é muito negativo para a Igreja Adventista do Sétimo Dia e deve ser atenuado ou eliminado porque é muito crítico da liderança e leigos (Apoc. 3:14). Acredita-se que a mensagem chama ao arrependimento sendo que não é necessário, pois a Igreja está proclamando a mensagem evangelística da justificação pela fé.
Cada um dos profetas menores tem uma mensagem para a igreja de Laodicéia abordar sua apatia e indiferença.2 Malaquias não é exceção.3 O estado da igreja é tão grave por causa de uma liderança comprometida que Deus não poupa dores ao Ele colocar um "fardo da palavra ... para Israel" sobre Malaquias (Malaquias 1:1).
Depois do retorno de Israel de Babilônia o Senhor enviou-lhes líderes e profetas que motivaram as pessoas a restaurar os serviços do templo e adoração. O Senhor deu-lhes segurança e prosperidade. Eles foram curados da adoração de ídolos. Eles fizeram a Deus constantes vãs promessas para obedecer Suas leis (mas não as cumpriram). Eles até tiveram o maior movimento de reforma, sob a liderança de Neemias, que (*não) tinha sido visto desde os dias do rei Josias.4 E, no entanto, eles não conseguiram o propósito de Deus para que eles compartilhassem as gloriosas boas novas de salvação para o mundo e egoística introspecção.
Malaquias ensinou que as lições do passado não deveriam ser esquecidas, e que eles deveriam crer no concerto feito por Jeová com a casa de Israel.5 Apenas por sincero arrependimento poderia a bênção de Deus ser cumprida. "O concerto de ‘vida e paz’ que Deus tinha feito com os filhos de Levi — o concerto que, se mantido, teria trazido incontáveis bênçãos — o Senhor agora o oferecia ... aqueles que uma vez tinham sido líderes espirituais ... "6
É evidente que Israel não tinha entendido o seu problema, e, mais especificamente, o novo dom da aliança de Deus de um novo coração e uma vida de justiça pela fé nEle. Esta foi uma triste repetição de sua história desde que o padrão foi criado no Monte Sinai quando seus pais se comprometem a fazer “tudo que o Senhor tinha ordenado” (Êxo. 19:8), (*e “Tudo que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos,” 24:7). A conseqüência foi que ao longo da sua história a montanha-russa de Israel foi para cima e para baixo. Quando eles caíam em desastre seguiriam-se reformas com base em suas promessas do velho concerto. Suas reformas nunca eram duradouras e o ciclo repetia-se de uma geração para a seguinte. Agora, 400 anos antes da primeira vinda de Cristo, eles não estavam mais preparados para receber o Messias do que à época do evento ocorrido no Monte Sinai 7
Deus levanta seis disputas com o povo às quais eles respondem a Ele de uma maneira muito grosseira de auto-satisfação. “Eu vos tenho amado", mas eles não enxergam isto. "Em que nos tens amado?" (Mal. 1:2). Ainda temos que começar a compreender "a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade," ... "do amor de Cristo" (Efésios 3:18 e 19) Esta é a grande dinâmica da "mui preciosa" verdade do santuário. Portanto, temos uma queda moral de ter "deixado o teu primeiro amor" (Apocalipse 2:4).
Na segunda disputa do Senhor, Ele diz: "onde está a minha honra?" (Mal. 1:6). O problema é que os sacerdotes, os líderes espirituais, que "desprezam o Meu nome." E eles respondem vagamente: "Em que nós temos desprezado o Teu nome?" (*ú. p. do verso 6). Eles estão oferecendo animais doentes e com defeito para o sacrifício. O que era para representar o puro, sem pecado, Cordeiro de Deus, foi poluído por seus substitutos baratos, coxos, a fim de economizar dinheiro. É como houvesse muitas cruzes em suas igrejas que proclamam a sua profissão de cristianismo, mas pouca compreensão do significado da cruz.
O propósito de Deus para o Seu povo é que eles pudessem apreciar o que custou ao Filho amado de Deus morrer por eles na cruz cruel. Tal entendimento da cruz leva a um profundo arrependimento para que eles possam elevar a cruz e, assim, o caráter do amor de Deus perante o mundo.8 Deus declara: "desde o nascente do sol até o poente é grande entre os gentios O Meu nome" ... "porque o meu nome é grande entre os gentios" (Malaquias 1:11, cf. Rev. 18:1-2). Este é o destino de Deus para o Seu povo.
Deus declara que a solução para o problema do pecado se encontra na verdade da purificação do santuário: "Eis que Eu envio o Meu Mensageiro, que preparará o caminho diante de Mim; e de repente virá ao Seu templo o Senhor, a quem vós buscais, e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que Ele vem, diz o Senhor dos Exércitos" (Mal. 3:1). Aqui a verdade do santuário e o concerto eterno de Deus são combinados. O Mensageiro da Aliança é o próprio Senhor Jesus que vem "de repente virá ao Seu templo." Igualmente importante é que Ele venha ao nosso templo da alma através do Espírito Santo.
Em 1844, as pessoas não estavam esperando seu Sumo Sacerdote para entrar no Santo dos Santos do santuário celestial. ... "Esta vinda é também predita ... pelo profeta Malaquias." ... "A vinda do Senhor a Seu templo foi súbita, inesperada, para Seu povo. Eles não O buscaram ali. Eles esperavam que ele viesse à terra." ... "Cristo aparecera, não à terra, como esperavam, mas, conforme prefigurado tipicamente, ao lugar santíssimo do templo de Deus no céu."9
Deus enviou o Seu "mensageiro," "Elias, o profeta," para preparar o caminho para a vinda do "Mensageiro do concerto" no santuário para o juízo investigativo. "Vou mandar o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de Mim" (Malaquias 3:1). "Eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor" (Malaquias 4:5).
Em antecipação à Conferência Geral de Minneapolis, em 1888, Ellen White publicou seu livro O Grande Conflito no mesmo ano em que ela o escreveu: "Ser-lhes-ia proporcionada luz, dirigindo-lhes a mente ao templo de Deus, no Céu; e, ao seguirem eles, pela fé, ao Sumo Sacerdote em Seu ministério ali, novos deveres seriam revelados. Outra mensagem de advertência e instrução deveria dar-se à igreja.”10 Aqui, ela se refere à mensagem de Elias. Esta é a prometida chuva serôdia do Espírito Santo, trazendo "o testemunho direto" enviado por Jesus do santuário. "O tempo de prova está exatamente diante nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o princípio da luz do anjo cuja glória há de encher a Terra. Pois é a obra de cada um a quem veio a mensagem de advertência, para exaltar a Jesus "11
Como pode você reconhecer "Elias", quando "ele" vier? Conhecendo a Jesus como O conhecemos, deve ser uma mui preciosa mensagem. A mensagem de Elias será uma reconciliação (Mal. 4:6). A mensagem de Elias "transforma" e muda os corações, cura corações alienados, derrete corações duros. Isso é possível quando as pessoas se ajoelham junto à cruz.
A mensagem de Elias prepara os corações de todo o povo de Deus para o momento em que o Seu Espírito Santo será retirado da Terra — as sete últimas pragas derramadas (Apoc. 16). "A mensagem de Elias" irá direcionar nossa atenção para Cristo como nosso Sumo Sacerdote "enviar" uma mensagem final especial do coração união com Ele.
- Paul E. Penno

Notas:
[1] "A mensagem que nos foi dada por Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner é a mensagem de Deus para a igreja de Laodicéia, e ai de quem professa crer na verdade e ainda não reflete a outros os raios dados por Deus" (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol.3, pág. 1.052).
 [2] Nosso guia de estudos deste trimestre, "Lições dos Profetas Menores," não faz conexão dos profetas com a mensagem de Laodicéia. Em 1983, Leo R. Van Dolson escreveu:. "Não pode haver nenhuma dúvida a respeito do significado deste livro [Malaquias] para o remanescente da igreja de Laodicéia. Esses termos, Laodicéia e remanescente, soam como uma contradição ... mas essa é a situação que enfrentamos na igreja nestes últimos dias" (Boost Your Prophets [Valorize os seus Profetas], 1983, pág. 153).
 [3] Observe como estranhamente paralelo são alguns dos temas que Ellen White esboça sobre a igreja de Laodicéia, imediatamente após a Conferência de 1888, com os temas do livro de Malaquias: O grande conflito; a tentação de liderança por Satanás para corromper; infidelidade no devolver a Deus Seus dízimos e ofertas; a necessidade de arrependimento (Ellen G. White, "os nossos deveres e obrigações," Advent Review and Herald, 18 de dezembro de 1888, págs. 794-795).
[4] "Sob a liderança de Zorobabel, de Esdras e de Neemias eles repetidamente prometeram guardar todos os mandamentos e preceitos do Senhor. As temporadas de prosperidade que se seguiram deram ampla prova da vontade de Deus para aceitar e perdoar, e ainda com fatal miopia eles voltaram de novo e novamente a partir de seu destino glorioso e egoisticamente apropriaram-se do que teria trazido cura e vida espiritual .... " (Ellen G. White, Profetas e Reis, 1917, pág. 705).
 [5] "Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que nos esqueçamos a maneira como o Senhor nos, guiou e Seu ensino em nossa história passada" (Ellen G. White, Life's Sketches, pág. 196).
 [6] Ibidem;
 [7] "Satanás tinha conseguido preparar os corações das pessoas para rejeitar o Salvador quando Ele deveria aparecer. Seu próprio orgulho de coração, e suas falsas concepções de Seu caráter e missão, os impediria de pesar honestamente as evidências de Sua messianidade "(idem, págs. 709-710).
 [8] "A última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor" (Parábolas de Jesus, pág. 415);
 [9] O Grande Conflito, p. 424;
 [10] O Grande Conflito (1888), págs.424 e 425;
 [11] Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 363 (escrito em 22 de novembro de 1892),.  Mas veja também Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 91)."Em Sua grande misericórdia enviou o Senhor uma mui preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador .... Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica, que deve ser proclamada com alto clamor, e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida."

--Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Lição 12 - O melhor presente do Céu (Zacarias), por Arlene Hill



Para 15 a 22 de junho de 2013

A última metade do livro de Zacarias trata dos conceitos de guerra e paz nesta terra e Quem é que vai acabar com a guerra e introduzir a paz. Quando Cristo morreu e ressuscitou, Ele venceu a guerra com Satanás em que Ele conheceu as exigências da lei que a “alma que pecar, essa morrerá” (*Eze.18:4). Mas ele fez mais do que isso, vivendo uma vida sem pecado na carne do pecado, Ele obteve uma justiça que Ele nos dá, se o consentirmos. Isto é o que nos dá a paz, mesmo que o mundo continue a ser um caos.
Os exilados idosos que se lembravam da glória do templo de Salomão se queixaram de que o novo, que estava sendo construído, não seria tão maravilhoso. Deus deu a Zacarias uma nova definição de glória. O novo templo veria o verdadeiro Emanuel. Deus encarnado em carne humana andaria pelos átrios desta estrutura. Isso deve ter emocionado os exilados que (if they = se eles) entenderam as implicações.
A verdadeira paz vem de Deus e só pode ser estabelecida nos corações que estão em harmonia com Deus. Harmonia com Deus só é alcançada quando os corações humanos não estão em inimizade com Deus e Sua lei. No poder humano, isso é impossível, mas quando rendemos nossos corações a Ele, Ele prometeu que, se não resistirmos, nossas vidas se tornarão vidas de contínua obediência como se realizássemos os nossos próprios impulsos.1 Por que Cristo teve que vir "em semelhança da carne do pecado"? Por que não podia simplesmente ter operado um milagre para resolver tudo? Ao assumir a nossa natureza caída e pecadora, levou-nos nEle à cruz e, assim, toda a raça humana obteve um veredicto de absolvição. Mas isso não foi o suficiente. Cristo viveu uma vida sem pecado que produziu uma justiça em carne pecaminosa que Ele está pronto a dar-nos se estivermos dispostos (*grifamos). Não admira que Ellen White disse: "A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo."2
Até a década de 1940 os estudiosos adventistas do sétimo dia e os líderes estavam unidos a respeito da natureza de Cristo. No prefácio do livro de Jean Zurcher, Tocado Por Nossos Sentimentos (Uma Pesquisa Histórica do Pensamento Adventista Sobre a Natureza Humana de Cristo), Kenneth H. Wood escreveu em 1996:
"Porque os adventistas, desde o início, sustentam que Jesus tomou a natureza humana como Ele a encontrou depois de mais de 4.000 anos de pecado, ministros e teólogos de outras igrejas têm distorcido essa crença e a usado para desviar o povo da verdade do sábado e das três mensagens angélicas. ... No princípio dos anos de 1930 um artigo desafiando três ensinos adventistas, inclusive a natureza de Cristo, apareceu em The Moody Monthly (O Mensário Moody). Francis D. Nichol, editor da Review and Herald (hoje Revista Adventista), respondeu às acusações escrevendo uma carta ao editor do Moody. Com referência ao ensino de que Cristo “herdou uma natureza pecaminosa e decaída", ele disse: "A crença dos adventistas do sétimo dia sobre esse assunto está claramente fundamentada em Hebreus 2:14-18. Na medida em que tal passagem bíblica ensina a real participação de Cristo na nossa natureza, assim nós pregamos."
"A posição colocada pelo Pr. Nichol era precisamente a crença que a Igreja, bem como muitos respeitáveis estudiosos da Bíblia não-adventistas, mantiveram através de décadas. Esse era o ponto de vista sustentado por Ellen White. Ela escreveu:."Tomando sobre Si a natureza humana em seu estado decaído, Cristo não participou, no mínimo que fosse, do seu pecado. ... Ele foi tocado com o sentimento de nossas fraquezas, e em tudo foi tentado como nós somos. E, todavia, não conheceu pecado. ... Não devemos ter dúvidas acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo" (Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 256)"3
O Pr. Kenneth H. Wood chegou a dizer que na década de 1950, quando ele era editor da Revista ouviu “alguns líderes da igreja dizerem que esse não era o ponto de vista correto — que essa era apenas a visão de uma ala 'lunática' na igreja"4
Em 1872, a igreja produziu 25 artigos de fé na Declaração dos Princípios Fundamentais Ensinados e Praticados Pelos Adventistas do Sétimo Dia, que declara: "que há um Senhor, Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, Aquele por quem Deus criou todas as coisas, e por quem elas subsistem, que Ele tomou sobre Si a natureza da semente de Abraão, para a redenção de nossa caída raça; que Ele habitou entre os homens cheio de graça e de verdade."5
Quando Ellet J. Waggoner foi nomeado editor-assistente da Signs of the Times, seu primeiro artigo publicado em 1884, afirmou: "Cristo era sem pecado; a lei estava em Seu coração. Como o Filho de Deus Sua vida era mais excelente do que as de todos os seres criados, quer no céu ou na terra."6
Alonzo T. Jones (o outro "mensageiro” de 1888) concordou com a cristologia de Waggoner: "A figura é ... "Este vestido fiado nos teares do céu, não tem um fio de origem humana. Irmãos, aquela roupa foi tecida em um corpo humano. O corpo humano — a carne de Cristo — foi o tear, não foi? Aquela veste foi tecida em Jesus; na mesma carne que você e eu temos, pois Ele tomou parte da mesma carne e sangue que temos. Aquela carne que é sua e minha, que Cristo suportou neste mundo — foi o tear no qual Deus teceu aquela roupa para você e para mim usarmos na carne, e Ele quer que nós a usemos agora, assim como quando a carne é feita imortal no final!"7
Isto dá algum pano de fundo não só sobre os pontos de vista defendidos pelos nossos pioneiros, mas também enfatiza a importância de uma compreensão consciente do motivo pelo qual a natureza de Cristo é tão importante para os pecadores. Não havia necessidade de Cristo elaborar, à força de trabalho, um caráter perfeito para Adão antes da queda, assim Cristo tomou a natureza do Adão caído, que somente então precisava de resgate.
Zacarias usa a metáfora de ovelhas, tanto a ovelha perdida, por causa de inúteis, indiferentes pastores, e ovelhas protegidas, e cuidadas pelo Bom Pastor, quando as ovelhas valorizam a proteção. Então, em Zacarias capítulo 12 a mente do leitor é direcionada para a frente "naquele dia". ... Eu derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas; para que quando eles olharem para Mim a Quem traspassaram, Me pranteiem. ... (Vs. 10-11).
Há muita esperança para nós nesses versículos. O Bom Pastor vai reunir tanto a liderança de Israel bem como os membros do povo de Israel moderno juntos no fim dos tempos. Um espírito de compaixão é derramado de Ágape, de Deus, e um espírito de súplica que ilumina a Terra com uma manifestação da glória de Deus e ela muda as pessoas. Por causa da compaixão que lhes foi dada, a mensagem de súplica é dada. Qual é a súplica? É nada menos que a mensagem final de Elias que pede à humanidade para tomar sua decisão. Será que eles querem permanecer na proteção do Bom Pastor, ou eles vão resistir?
Por que essa demonstração do tempo do fim depende de uma compreensão adequada da natureza de Cristo? A pré-caída natureza de que Adão desfrutava antes do pecado entrar, foi definida por uma linha clara: No dia em que dele comerdes (da árvore), vocês certamente morrerão. Enquanto eles não "comessem dele" obediência viria naturalmente. Mas aquela natureza, se não mudasse, não precisava de redentor. Jesus tinha colocado as prerrogativas da divindade de lado, então Ele não poderia determinar a cada dia que Ele viveu uma vida pura. Mas pelo poder do Espírito Santo, Ele resistiu às mais severas tentações, tanto no Getsêmani como na cruz em nossa natureza caída e pecaminosa. Esta é a fé de Jesus. Ele não estava usando Sua natureza divina para ajudar a Si mesmo, por isso Ele demonstrou ao universo que Satanás estava errado. É possível para Deus, através do Seu Espírito, produzir um caráter sem pecado em carne pecaminosa. Ele dá essa justiça vitoriosa para aqueles que estejam dispostos a aceitar e começa a mudar os caracteres, mesmo antes que Ele venha.
"Antes que o fim venha, e ao tempo da vinda de Cristo, precisa haver no mundo um povo, não necessariamente grande em proporção ao número de habitantes da Terra, mas grande o suficiente para ser conhecido em todo o planeta, e em quem 'toda a plenitude de Deus’ seja manifesta, assim como o foi em Jesus de Nazaré. Deus demonstrará ao mundo que o que Ele fez com Jesus de Nazaré, fá-lo-á com qualquer um que se renda a Ele."8
Esta demonstração vai finalmente acabar com a guerra entre Cristo e Satanás, que se opôs o plano de Cristo para salvar a humanidade, afirmando que era impossível guardar a lei de Deus. Ao nossos caráteres tornarem-se mais semelhantes ao de Cristo, através do fogo do sofrimento, encontramos paz em confiar que Deus fará o que Ele diz que vai fazer, que é terminar a obra que Ele começou em nós até o dia de Cristo Jesus (Fil. 1:6 ).

- Arlene Hill


Notas (a 4ª e a 6ª são do tradutor):

[1] cf. O Desejado de Todas as Nações, pág. 668.Toda a verdadeira obediência vem do coração, donde procedia também a de Cristo. E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais, dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível.”
Atenção, li rapidamente as páginas 26 a 28 de CAMINHO a CRISTO, se alguém detectar a conexão com a idéia da autora, favor no-la indicar.

[2] Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 244. “Devemos aproximar-nos deste estudo com a humildade de um discípulo, de coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará o pesquisador que cave fundo em busca de verdades ocultas” (ibidem).

[3] Jean Zurcher, Tocado por Nossos Sentimentos, págs. 16 e17. (Na tradução de Cesar L. Pagani, IEST Publicações, está no meio da pág. 13). Considerando a clara posição do Espírito de Profecia apontada pelo Pr. Nichol a respeito do assunto, isto equivale dizer que aqueles líderes afirmaram que Ellen G. White é da “ala lunática” ('lunatic fringe') na igreja.

4) Ídem, págs. 17 e 18 (Na tradução de Cesar L. Pagani, IEST Publicações, está no último parágrafo da pág. 13).

[5] Ídem, pág. 47. (Na tradução de Cesar L. Pagani, IEST Publicações, está às págs. 43 e 44). Citando Review and Herald, 2 de janeiro de 1872 (itálicos supridos).

6) Idem, pág.68 (Na tradução de Cesar L. Pagani, IEST Publicações, está ao final da pág. 62).

[7] Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 207.

[8]
Ellet J. Waggoner, como citado em Zurcher, à pág. 73. (Na tradução de Cesar L. Pagani, IEST Publicações, está no meio da pág. 68). The Everlasting Covenant (O Concerto Eterno), pág. 366.
Arthur G. Daniels, o homem que mais tempo presidiu a Conferência Geral, (1901-1922) recomendou esse livro de Waggoner a Wiliam C. White, (filho da irmã White) numa carta datada de 12 de maio de 1902: “Estou profundamente convencido de que algo deve ser feito para colocar um dilúvio de luz nos lares de nosso povo. Não conheço um livro melhor para fazer isso, além da Bíblia, do que o do irmão Waggoner” (citado em Albert V. Olson, Through Crisis to Victory, Da Crise à Vitória, pág. 231).
Este livro você o tem, gratuitamente, em nosso Blog agape-edicoes.blogspot.com no ano de 2010, meses de julho, agosto e setembro, quando então estudamos o tema “A Redenção em Romanos”.
Naquele mesmo trimestre disponibilizamos também de Waggoner o livro “Carta aos Romanos,” no mês de julho de 2010. 

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.
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