quinta-feira, 29 de março de 2012

Lição 13 - A Promessa de Sua Vinda, por Mark Duncan

Para 25 a 31 março de 2012

Para quem crê na mensagem de 1888, a doutrina da segundavinda de Cristo representa uma parte de um dilema. Nós não temos nenhuma dúvidasobre o fato de que Jesus voltará, literal, física, visível e pessoalmente aesta terra para receber seus filhos que O esperam. No entanto, o assuntotorna-se mais e mais difícil de se discutir a cada ano que passa. Por quê?Porque cremos que a mensagem de 1888 foi enviada para preparar um povo para atrasladação, que agora está com mais de um século de atraso. A própria mensagem1888 foi-nos outorgada provavelmente um pouco tarde, se levarmos em conta ocenário ideal apresentado no espírito de profecia.
Vamos rever o nosso passado; entenderonde estamos no fluxo da história recente, e enfrentar a esperança, a desilusãoe a perplexidade associadas a esta preciosa doutrina.
Em João capítulo 14, encontramos umapassagem favorita dos adventistas que torna clara a promessa de Jesus. "Não se turbe o vosso coração; credesem Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas, se não fosse assim, euvo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos prepararlugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiverestejais vós também" (João 14:1-3). Esta é a "bem-aventurada esperança" (Tito 2:13). É uma promessa preciosa, um destino irrevogável.Ansiamos por ver o cumprimento desta promessa. É o que nos permite compreendero mundo, e dá sentido à nossa existência, por vezes misteriosa neste planeta.
Quando olhamos para trás, em Gênesis,entendemos de onde viemos. Entendemos as perplexidades, os problemas, assituações terríveis que às vezes enfrentamos ou percebemos na vida dos outros.A vida não é sem sentido para um adventista do sétimo dia, porque sabemos que há uma grande controvérsiaacontecendo, e nós às vezes somos os objetos diretos da malícia de Satanás.Apesar de não compreender totalmente as razões para tudo o que somos chamados asuportar, no entanto, a vida tem sentido, e há sempre esperança. Algum dia,todos os mistérios serão explicados, todos os problemas serão resolvidos, cadadecepção fará sentido. Tudo vai, finalmente, fazer sentido ... quandoestivermos finalmente em casa. É aí que um pouco demistério e perplexidade, por vezes, intromete-se em nossas vidas.
Sabemos que este mundo está caminhandopara o retorno glorioso de nosso vitorioso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Esteevento é inevitável e dele não podemos escapar. Ele prometeu voltar — e dado o registro das muitas profecias cumpridasno passado, estamos certos de que esta também será cumprida em tempo. Tempo ...que é, por vezes, o desconcertante parâmetro da situação perante nós. QuandoJesus vai voltar? Se formos honestos, esta é a questão problemática queenfrentamos. Jesus não nos disse quando Ele vai voltar, mas Ele nos disse quedevemos saber quando o evento está “próximo, às portas" (Mateus 24:33);(*“perto, às portas,” Marcos 13:29).Além disso, Ele nos deu a Bíblia e o Espírito de Profecia que fornecem umavisão sobre este evento. A inspiração revela que Ele já poderia ter vindo e, naverdade, Ele já deveria ter vindo. Podeser útil rever algumas dessas declarações.
O Senhor projetou que as mensagens deadvertência e instrução dada pelo Espírito ao Seu povo devem ir a todo lugar.Mas, a influência que cresceu a partir da resistência à luz e verdade emMinneapolis, tendia tornar sem efeito a luz que Deus tinha dado ao Seu povoatravés dos Testemunhos. . . Se cada soldado de Cristo tivesse cumprido o seudever, se cada vigia nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo,o mundo já poderia ter ouvido a mensagem de advertência. Mas a obra está comanos de atraso” (Materiais de Ellen Whitesobre 1888, páginas 1129 e 1130, Ellen White, Boletim Diário da Conferência Geral de 1893, página 419).
"Se aqueles que afirmaram ter umaexperiência viva nas coisas de Deus houvessem feito a obra que lhe foideterminada, como o Senhor ordenou, o mundo inteiro já teria sido advertido, eo Senhor Jesus teria vindo em poder e grande glória" (Ellen White, Review and Herald, 10-6-96).
"Caso houvesse sido executado opropósito divino de transmitir ao mundo a mensagem de misericórdia, Cristo já teriavindo à terra, e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade deDeus" (Ellen White, Testemunhos paraa Igreja, vol. 6, página 450; inicialmente publicado na Ata da União Australiana, de 15 deoutubro de 1898).
"Houvesse a igreja de Cristo feitoa obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido,antes disso, advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grandeglória" (Ellen White, O Desejado deTodas as Nações, págs. 633-634 — escrito 1898).
"Irmãos e irmãs, a partir da luzque me foi dada, eu sei que se o povo de Deus tivesse preservado uma ligaçãoviva com Ele, se tivessem obedecido a Sua Palavra, eles estariam hoje na Canaãcelestial" (Ellen White, BoletimDiário da Conferência Geral de 1903, de 30 de março de 1903).
Em 1844, a serva do Senhorrecebeu uma visão, na qual ela viu Cristo entrar no lugar santíssimo dosantuário celestial. Como Ele estava prestes a fazer essa transição Ele foirepresentado como dizendo: "Esperai aqui; vou para Meu Pai para receber oreino; guardai os vossos vestidos sem mancha, e em breve voltarei das bodas evos receberei para Mim mesmo" (Ellen White, Primeiros Escritos, pág. 55). Por causa das declarações apresentadas acima, eoutras como elas, somos forçados a uma percepção de que, de fato, o casamentodeve estar em andamento. Mas até à presente data, a noiva de Cristo aindanão "se aprontou"(Apocalipse 19:7).
Jesus prometeu voltar. No entanto,entendemos que o tempo deste evento não é uma data fixa no calendário ou umtempo determinado em algum relógio celestial. O "tempo" apontado é otempo quando a noiva estiver pronta. Considerando que não há nada maisimportante para a noiva do que se preparar para o casamento, o atraso deve continuar. O Senhor é paciente conosco. O tempo não é uma verdadeira fonte de perplexidade paraCristo, pois "um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" (2ª Pedro 3:8). Ele é eterno, eos Seus anos não falham. Ele não está coagido pelo tempo da maneira como àsvezes nós somos pressionados. No entanto, o tempo é um problema, pelo menos eucreio que deveria ser, pois há umcusto real associado com atraso.
"Os que pensam no resultado deapressar o evangelho, ou impedi-lo, pensam isso em relação a si mesmos e aomundo. Poucos o tomam em consideração em relação a Deus. Poucos tomam emconsideração o sofrimento que o pecado causou ao nosso Criador. Todo o Céusofreu com a agonia de Cristo, mas esse sofrimento não começou nem terminou comSua manifestação na humanidade. A cruz é uma revelação aos nossos sentidosembotados, da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração deDeus. Cada desvio do que é justo, cada ação de crueldade, cada fracasso da naturezahumana para atingir o seu ideal, traz pesar a Deus" (Ellen White, Educação, página 263).
Não é tempo para a noiva começar aolhar para este atraso e "sua relação com Deus"? Não é tempo para a noivacomeçar a considerar o custo do atraso? Só então ela vai encontrar motivaçãosuficiente para aprontar-se.


- Mark Duncan


O irmãoMarcos Duncan é um engenheiro, que vive na cidade de Fort Wayne. Na igrejaadventista que frequenta, localizada no endereço: 228 W. Lexington Ave, Fort Wayne, Indiana, 46.807, USA. ele éancião, pianista, e professor da escola sabatina, mas também faz parte da mesaadministrativa da igreja, nas comissões audiovisual e tecnológica.




Lição 13: "A promessa de Sua Vinda, por Paul Penno

Para 24 a 31 de março de 2012

A última lição desta série, destacando a boa nova sobre o caráter de Deus, centra-se na promessa de Jesus: "Eu voltarei" (João 14:3). E isso levanta a questão: Existe uma diferença entre se prepar para morrer e ressuscitar na primeira ressurreição, e a preparação necessária para o encontro com Jesus na Sua segunda vinda? Alguns pastores e mestres da Bíblia dizem, não!!! “—Não é necessária nenhuma preparação especial para encontrar Jesus. Basta viver uma vida correta, pagar as suas dívidas, ir à igreja, e você está pronto para ir!”

No entanto outros têm reconhecido que, por mil e oitocentos anos, Jesus como Sumo Sacerdote estava envolvido em um ministério no primeiro compartimento no santuário celestial, preparando as pessoas para morrerem e resurgirem na primeira ressurreição. Se alguém vai morrer, ele deve olhar pela fé a Jesus para que seus pecados sejam perdoados. Mas, perguntamos, é um mero perdão legal para o pecado suficiente para o povo de Deus enfrentar o teste final da marca da besta e o tempo de angústia?

Jesus está agora envolvido em um ministério diferente depois de 1844 (Dan. 8:14), na preparação de um povo para estar vivo quando Ele retornar. É chamado de trasladação (1ª Tess. 4:17). Qual é a preparação especial necessária para ser trasladado de acordo com a mensagem de 1888?

Cristo vem com a glória de miríades de anjos, na sua própria glória e na glória do Pai (Mateus 24:27, 30, 31). Caso haja qualquer vestígio de pecado tanto conhecido como desconhecido, restantes na última geração, eles seriam devorados, pois "o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hebreus 12:29;. Isa. 33:14-16). Isto é exatamente o que acontece com os ímpios que "não conhecem a Deus, e que não obedecem ao evangelho". Eles “por castigo, padecerão eterna perdição ante a face do Senhor e a glória do Seu poder, quando vier (para ser glorificado ... naquele dia em todos os que creem”) (2ª Tess. 1:8-10).

Uma obra especial de purificação é necessária a fim de permanecer vivo na vinda de Jesus. "Quando Ele [Cristo] Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo como também Ele é puro." (1ª João 3:2, 3); Matt. 5:8 (*diz: “Bem aventurado os limpos de coração, porque eles verão a Deus”). Neste grande dia cósmico da Expiação, esta é precisamente a obra do grande Sumo Sacerdote. Não O resista. Deixe que Ele faça isso (*em sua vida)..

O que está envolvido nesta preparação especial? Primeiro, Jesus envia o Seu Espírito Santo a partir do santuário como o feixe de laser de alta intensidade, que faz brilhar a luz da verdade da Sua cruz em cada canto escuro do coração, revelando os segredos e pecados. "E eu derramarei sobre a casa de Davi [liderança da igreja], e sobre os habitantes de Jerusalém [os membros da igreja], o espírito de graça e de súplicas, e olharão para Mim a quem traspassaram; e pranteá-Lo-ão sobre Ele, como quem pranteia pelo filho unigênito, e chorarão amargamente por Ele, como se chora amargamente pelo primogênito. Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém .... " (Zacarias 12:10, 11). O Espírito Santo está dando o dom do arrependimento (“A benignidade de Deus te leva ao arrependimento”) Rom. 2:4).

Em seguida, vem a boa nova: "Haverá uma fonte aberta..." para a purificação (*”do pecado e da imundícia”) que fluirá em glória sem precedentes (Zacarias 13:1). A Graça vai abundar "muito mais", correspondente à "muito maior" convicção do pecado que o povo de Deus experimentará. A negativa final será compensada pela positiva final - um povo estará pronto!

Mas agora vem a pergunta: Será que o povo de Deus tem o poder de apressar ou retardar a segunda vinda de Cristo? Alguns respondem que não. Eles dizem que, em algum tipo de predestinação calvinista Deus predeterminou a hora exata no relógio celestial em que Cristo voltará. Ele irá forçar Sua vinda sobre os habitantes da terra quer eles estejam prontos ou não. Mas isso não leva em conta o tema do grande conflito do amor constrangedor de Deus que apela para o coração dos seres humanos pelo qual eles fazem uma escolha voluntária para acolher Cristo de volta à terra como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Outros perguntam: "Quando Jesus voltará? ... Não importa" [lição de sábado]. Eles dizem: "Em certo sentido, no que se refere à nossa própria experiência pessoal, a Segunda Vinda é tão "breve" quanto a nossa morte. Morremos, e independentemente de quanto tempo dormimos — dois anos, 200 anos, dois mil anos — fechamos os olhos, e a próxima coisa que percebemos ... Jesus voltou" [lição de quinta feira]. Este é um entendimento pré-1844 da preparação necessária para a segunda vinda. Os evangélicos, com base em sua doutrina da imortalidade da alma, ensinam que a morte é uma coisa boa porque é a porta para o céu. Mas, devem os adventistas ensinar que a nossa morte individual é o caminho mais rápida para o céu, em vista do fato de que Deus nos revelou "a verdade da purificação do santuário"? Focar "na bendita esperança" com base na morte individual não chega à raiz do problema do egocentrismo de Laodicéia ("Eu sou rico, e aumentado em bens, e não preciso de nada," Apoc. 3:17). Faz diferença para Jesus quanto tempo o atraso do Seu retorno continua. Ele vai estar contínuamente constrangido se o "remanescente" não responde às Suas propostas de amor para que Ele possa purificá-los do pecado.

Outros dizem que há algo que os cristãos podem fazer para apressar a vinda de Cristo (2 Pedro 3:12). Cristo está à espera de "Sua esposa" fazer-se pronta, "aprontar-se" (Ap 19:7). Jesus compara a sua preparação com a colheita de um fazendeiro, crescendo e amadurecendo até que esteja pronta para a ceifa (Marcos 4:26-29). O crescimento se torna possível para que Ele venha pela segunda vez para "ceifar" a "seara" madura (Apoc. 14:14, 15). Mas a "seara" não pode tornar-se madura até que a "chuva serôdia" do derramamento do Espírito Santo venha (Joel 2:23, 24). A "chuva temporã" caiu no Pentecostes, no início da dispensação cristã, mas a chuva serôdia irá fechar esta dispensação. Portanto, nada pode ser mais importante para a igreja do que buscar a bênção da chuva serôdia (Zacarias 10:1).

E onde está a boa nova? A chuva serôdia é uma mensagem de "graça muito mais abundante", uma visão mais clara do que o Salvador do mundo tem feito por nós, uma revelação de Seu amor (Ágape) que "constrange" cada alma de coração sincero para viver por Ele e não para si mesmo (2ª Coríntios. 5:14, 15), de modo que esta verdade possa "iluminar a Terra com a glória" (Ap 18:1-4).

- Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Lição 12 - Histórias de Amor, por Roberto Wieland

Para 17 a 24 de março de 2012

Oséias é cativo de um amor que ele não pode esquecer. Para ele o amor é eterno. Não é porque ele tenha piedade de Gomer, como um homem decente teria pena de uma criatura ferida, mas, maravilha das maravilhas, ele ainda a ama. Este naufrágio confuso de uma mulher é só um fato vazio da menina bonita pela qual ele uma vez se apaixonou, agora não há nenhuma beleza ou charme para atraí-lo. Ela é, de fato, repulsiva, mas o amor de Oséias nunca morreu, apesar da infidelidade e insultos dela.

O que o eterno amor de Oséias, finalmente, realizou? Há um final surpreendente, com lições que a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem de entender.

Quando você realmente ama uma mulher que te ama e ela se compromete com você, e então ela te trai, seu coração está quebrado. O sol desaparece, e as trevas são uma amargura quase como o inferno.

Perder um ente querido na morte é doloroso, mas a rejeição no amor é mais cruel, é como ter um membro arrancado de seu corpo. Os amigos podem se simpatizar com a dor física ou material, mas a rejeição no amor é intensamente misteriosa. Mil faces não podem substituir a amada.

A pergunta que fazemos é, pode Deus sentir tanta dor? E Ele realmente sente?

O hinduísmo, budismo, islamismo (*, e) — sim, o cristianismo em geral — há muito assumiu, que a resposta é Não. Deus é insensível, impenetrável à dor de coração que sentimos.

Podemos regozijar-nos de que Ele “Se compadece das nossas fraquezas” (ver Heb. 4:15) mas podemos nós ser tocados com o sentimento de Sua dor?

A mensagem de Cristo a Laodicéia nos deixa alertas. Aqui é um amante divino que sofre rejeição, baseado na cena vívida da menina que repele seu amante em Cantares de Salomão 5:2. Oséias (cerca de 785 a.C.) dá, o primeiro retrato na Escritura de um divino Marido que suporta rejeição contínua da parte da "mulher" por quem Ele está em cativeiro no Seu amor. Como Oséias, o Marido celestial não pode esquecer e substituir aquela que Ele ama.

Deus permitiu Oséias sofrer esta miserável dor ao coroação humano porque, Ele diz, "isso vai ilustrar a maneira como Meu povo tem sido infiel a mim."

Certamente Gomer foi cortejada e ganhou a afeição de Oseas e a evidência na história parece indicar que ela foi, inicialmente, sincera em seu amor para com Oséias, pois ele teve sempre, desde então, um coração cativo por seu amor por ela. A dor que ele sentiu depois foi a constatação de que ela tinha em um determinado momento amado a Oseias verdadeiramente; não se sente dor quando um braço é arrancado alguém — você sente quando o seu o é. Oséias e Gomer haviam sido casados e tinham se tornado "uma só carne" no amor. E então ela se tornou desleal. É por isso que Oséias sentiu tanta dor.

Deus, em Sua presciência, viu o que Oséias não podia ver no seu namoro — a futura prostituta escondida dentro do coração da cativante e atraente menina, ele foi condenado a apaixonar-se por ela. Provavelmente ela mesma (*aquela menina) não entendeu o potencial para o pecado que estava dentro dela — a semente da luxúria ainda escondida dos olhos dos outros (talvez dos nossos próprios também) até que seja "concebível" e "esteja madura".

Vemos Oséias amando e casando com uma bela garota, apenas para sofrer angústia ao ele ver que ela tornara-se dura de coração e infiel; é como assistir alguém a quem amamos, adoecer e morrer. Mesmo em sua presença, ela flertou com seus amantes. Que dor! Mas ele não podia encontrar um novo "amor". Ele nem mesmo queria outra. Ele a amava com um amor humano, que refletia o amor divino de Deus por Israel — e por nós.

Ele a procurou novamente no mercado de escravos. Vendo a figura desgrenhada, sentada, com os olhos baixos, ele sentiu algo mais do que a simples piedade humana: ele descobriu que ele ainda a amava com o amor que primeiro o levou a ela.

Oséias não nos força a acreditar em uma impossível felicidade matrimonial ser restaurada de repente. "Você tem que viver sozinha por muito tempo", seu marido lhe disse, não porque ela devesse expiar seus pecados, mas simplesmente porque a cura da ferida do coração leva tempo. "Eu vou esperar por você", diz ele.

A Boa Nova implícita na história inspirada é que o sucesso veio, houve cura. "O amor é forte como a morte ... As muitas águas não podem apagar este amor" (*Cantares 8:7)

É Cristo um cativo do Seu amor pela Sua igreja remanescente?

A igreja é uma "mulher", boa ou má, um corpo coletivo de crentes. Se o objeto do amor de Cristo se mostra falso para com Ele, Ele pode simplesmente desistir dela e substituí-la por outro "objeto [de] ... Sua suprema atenção" (Ellen White, Atos dos Apóstolos, página 12)

Oséias não podia, e nem Cristo. Ramificações da Igreja Adventista do Sétimo Dia se proliferam por causa de uma incapacidade de se compreender este mistério do amor divino. Eles pressupõem que a indignação de Cristo, na infidelidade dela, pede-Lhe para escolher uma outra (*igreja) para tomar seu lugar. Mas isso nunca pode acontecer!

Pode ser difícil para nós imaginarmos um marido inconsolável que não só ama a sua esposa infiel, mas, ainda maior, também tem a sabedoria para "salvá-la". Tal era Oséias, e tal é Cristo. Não é só um "marido" para ela, ele é também "o Salvador do corpo" (Efésios 5:23). A alegre nova é que Oséias realmente redimiu Gomer para uma nova vida de pureza e fidelidade. Vemo-los andando fora do palco de mãos dadas em um amor que se realiza, finalmente seguro da fidelidade de cada um. Este amor é profético do amor divino finalmente vindicado.

Gomer voltou a Oséias "tremendo, submissa," arrependida, e alegrando o coração de quem a amara todo o tempo, tão certo como Israel deveria voltar finalmente para o Senhor. Quem pode duvidar que o amor de um marido pode vencer a infidelidade da esposa!

Jeremias dá uma visão aqui: "Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando você me seguia no deserto .... então Israel, era santidade para o Senhor" (Jeremias 2:2). Ela “ali cantará, como nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito" (Oséias 2:15).

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O "grande desapontamento" DE CRISTO — 1888.

Em seus primeiros dias no "deserto", Israel foi dedicado ao Senhor; e nos primeiros dias da Igreja Adventista do Sétimo dia, houve também uma doce devoção da "nossa" parte para com o Senhor que "nos" levou através do "deserto" da grande decepção de 1844 e em anos posteriores outorgou a "nós" as provas de Seu amor eletivo. Foi emocionante. A cura do nosso grande desapontamento foi deliciosa, porque a comunhão com o Senhor cresceu mais profundamente na nossa compreensão da mensagem do santuário e "a bendita esperança" que nos deu.

Depois veio o Seu "grande desapontamento" — 1888. Temos ainda a apreciar a dor que Ele sentia, e ainda sente. "O desapontamento de Cristo está além de descrição" (Ellen White, Review and Herald, 15 de dezembro de 1904).

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Suporte A cansados, perplexos adventistas do sétimo dia

A profecia implícita em Oséias tem que ser Boa Nova para uma igreja remanescente que um século mais tarde, está envolvida em uma letargia imensa em todo o mundo, dilacerada por dissensões, desconfiança, e ramificações. Tão certo como Gomer finalmente respondeu ao eterno amor de Oséias, assim certamente a igreja corporativa responde finalmente ao Ágape eterno de Cristo. Cristo deu-Se a Si mesmo em morte por esta igreja, o Seu sacrifício não pode ser um fracasso, uma humanidade arrependida não pode ficar sem fé nEle mais do que era a heroína arrependida do Livro de Oséias ao seu marido terrestre, Deus tem fé em nós que não deve revelar-se inútil .

O sucesso de todo o plano da salvação depende da sua hora final — o arrependimento de Laodicéia. O arrependimento de Gomer prediz o arrependimento de Laodicéia. Cristo "verá o fruto do trabalho da Sua alma e ficará satisfeito" (Isaías 53:11). "A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá. Permanecerá, enquanto os pecadores de Sião serão peneirados — a palha separada do precioso trigo. Esta é uma provação terrível, mas, no entanto, deve ter lugar" " Eles olharão para Mim a quem traspassaram; eles vão chorar por Ele.". Haverá uma resposta "da casa de Davi, e ... dos habitantes de Jerusalém" (Ellen White, Olhando para o Alto, Med. Matinal de 1983, pág. 356; Zacarias 12:10-13:01). É um pecado para os adventistas desencorajados não acreditarem nas Boas Novas em Oséias!

Falando através de Oséias, o Senhor assegura ao infiel Israel de um reencontro feliz:

"Tornarão os filhos de Israel, e buscarão ao Senhor seu Deus, e a Davi, seu Rei; e temerão ao Senhor, e à sua bondade, no fim dos dias” (Oséias 3:5). Desde que Ágape é um amor que cria valor no seu objeto, não depende de suas boas qualidades, ele irá criar arrependimento dentro da igreja onde o auto-centrado medo (*do inferno) ou à esperança de recompensa (*da Nova Terra) falharam.

Embora a infidelidade de Israel tenha sido atroz, a graça de Deus para com ela for maior:

"O Senhor entrou com uma ação contra você .... Não aponte seu dedo para alguém, e tente passar a culpa para ele! Olhe, sacerdote, eu estou apontando meu dedo para você .... Meu povo está sendo destruído porque não me conhece, e é tudo culpa sua, você sacerdotes .... ó Efraim e Judá, o que devo fazer com você? Por seu amor [conjugal] desaparece como as nuvens da manhã, e desaparece como o orvalho .... Eu não quero seus sacrifícios — Eu quero seu amor, Eu não quero as suas ofertas — Eu quero que você Me conheça .... Você recusou Meu amor [de esposo].... Eu curarei a sua idolatria a sua infidelidade" (Oséias 1-6; 14:4, LB).

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Gomer representa a igreja remanescente.

Gomer, sentanda no mercado de escravos, "miserável, pobre, cega e nua", deve ter sido a mais patética de todas as mulheres do antigo Israel. Dicas da Escritura (*nos levam a crer) que Oséias tinha vindo de uma família "principesca". Se assim foi, ele deve ter dado a ela "linho fino, e a cobriu com seda", como o Senhor cuidou de Israel, (*”e o fez subir do Egito, e por um profeta foi ele guardado), e “te enfeitei com adornos e te pus braceletes nas mãos, e um colar ao redor do teu pescoço" (Ezequiel 16:10 - 12; Oséias 2:13). No entanto, agora ela se senta no centro do palco (*do mercado de escravos) em trapos. Não sobrou nem um brinco.

Mais uma vez, o livro de Oséias é profético da pobreza de Laodicéia.

Era a intenção do Senhor que a mensagem adventista do sétimo dia, "a mensagem do terceiro anjo em verdade", (*Repentance the Gift of God, [Arrependimento, Um Dom de Deus] The Review and Herald, 1º de April de 1890), devesse ter iluminado a terra com a glória das Boas Novas do evangelho eterno, a magnífica realização final dos sonhos de todos os antigos profetas. Na mensagem de 1888 da justiça de Cristo eram aquelas "roupas finas" e "ornamentos" da verdade que teriam brilhado no evangelho de "glória" (ver Ellen White, Testemunhos para Ministros, página 63-69). Mas a mui preciosa mensagem foi resistida “e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida conservada afastada do mundo", como Gomer desprezara os dons que seu marido lhe deu (ver Ellen White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235).

Não somente sofremos uma perda trágica, nós entristecemos o coração de Cristo.

Oséias abre a cortina para revelar o que foi escondido de nós — a dor de Deus. Nós O tratamos maliciosamente como os judeus O trataram, como Gomer (em tipo) tratou Oséias. Nós "insultamos" o Espírito Santo. "O caminho seguido em Mineappolis foi crueldade para com o Espírito de Deus" (Ellen White, Testemunhos para Ministros, pág. 393; Manuscrito 13, 1889). E Jesus, sendo ainda humano, bem como divino, intensamente sente aquela "crueldade". Entretanto Ele está para se tornar o marido casado com Sua corporativa igreja!

Oséias introduziu uma nova nota à consciência profética.

O pecado de Israel era mais do que desobediência à lei. Foi o profundo pecado de um coração alienado — adultério espiritual. Houve um abandono misterioso do próprio amor, uma crueldade de coração duro para com o Esposo divino, uma despreocupação irreverente por sua dor, a incenssível quebra do Seu coração. Essa é também a cor escura do pecado de Laodicéia, uma insignificante com Sua total devoção de coração, que O levou à sua cruz. Nos dias de Oséias, o seu pecado era a adoração de Baal; em nossos, diz Ellen White, "Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum estão mortos,.... Baal, Baal, é a escolha. A religião de muitos entre nós será a religião do Israel apostatado" (Oséias 2:8, 13, 17; Ellen White, Testemunhos Para Ministros, págs. 467, 468). A adoração de Baal é a adoração de si mesmo, disfarçado como a adoração de Cristo. Esta infidelidade sutil e mortal é generalizada no corpo da igreja.

Até agora, 150 anos se passaram desde a doce "adoção" da nossa infância denominacional. Sim, havia amor por Jesus! A alegria daquele tempo de amor é claro em Primeiros Escritos, e no primeiro volume da série Testemunhos para a Igreja. Mas temos repetido a alienação de Israel. Nós não podemos entender a crueldade de sua adoração de ídolos, mas espelha a nossa própria auto-devoção mundana, uma incapacidade para sentir a dor que Cristo sente. Gomer pode flertar com seus amantes enquanto o angustiado marido assiste impotente. Ela não tem nenhum sentimento por ele, não há sentimento íntimo ou horror no que ela está fazendo.

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O que pode causar essa infidelidade?

Ela foi casada com o único homem que a tinha realmente amado, e que já tinha despertado em seu coração uma resposta de amor verdadeiro. Para virar as costas para o verdadeiro amor de um amante fiel a quem uma vez amou, envolve uma pungência trágica. Em 6000 anos, o Senhor não teve nenhum problema tão sério quanto o problema com Laodicéia hoje.

Mas uma mudança de coração é possível, e à luz de Oséias, é certo. Uma graça muito mais abundante deve ser vista à luz da purificação do santuário. A boa nova é que a vinda de Cristo está dependente de profundo arrependimento de Laodicéia, arrependimento sentido do fundo do coração. "Vamos ser feliz e se alegrar e dar-Lhe glória, para o casamento do Cordeiro chegou, e sua esposa se aprontou" (Apocalipse 19:7).

Alguns concluíram a partir dos fatos dolorosos de nossa história passada e atual que o Senhor lançou fora esta denominada, igreja organizado.

Mas eles esquecem (ou nunca entenderam?) O tipo de amor retratado no livro de Oséias

—Roberto J. Wieland

O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho último, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.

Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:

1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e

2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.

38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, a despeito de inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles.

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Lição 12 - Histórias de Amor 2, por Robert J. Wieland

Para 17 a 24 de março de 2012

O pensamento-chave da nossa lição da Escola Sabatina pergunta: "Como devemos entender o lado amoroso de Deus?" Talvez os exemplos mais óbvios, como a lição aponta, são casamentos memoráveis ​​na Bíblia. Estes casamentos começam com Adão e Eva, e terminam com o evento do casamento mais glorioso na história do universo: o casamento do Cordeiro e Sua noiva.

Adão e Eva: Em cada um desses casamentos memoráveis ​​(ou "romances," como nosso trimestral os coloca) há um princípio fundamental que, se vamos recebê-lo, traz a cura e estabilidade para cada casamento. A partir de Gênesis, lemos que: "o Senhor ... trouxe-a [Eva] a Adão" (*2;22). Isto não está sugerindo que se deva ir dormir e, em seguida, o Senhor irá — prontamente— lhe trazer um cônjuge maravilhoso todo pronto para ser seu. A idéia do senso comum é que você pede, confia, espera, aguarda que o Senhor guie vocês dois juntos. A lição de Adão e Eva é que o Senhor Deus toma um ativo interesse pessoal em sua vida. Deixe que Ele lidere, e a união de vocês será duradoura.

Crer que Deus os ama é um importante primeiro passo. Você não pode viver se você acha que Ele é mau ou injusto ou cruel; acreditando na mentira de Satanás sobre Ele é o caminho certo para a tristeza eterna. Jesus comentou sobre o casamento deles, quando disse: "O que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mat. 19:6). O “elo” que irá manter um casal unido é a sua convicção, a fé, que "Deus ajuntou” [-os]. Deus é um Pai Celestial amoroso que acima de tudo, tem em mente a sua verdadeira felicidade, e em Sua infinita sabedoria, Ele vê e sabe que essa felicidade se encontra em você ser fiel à "mulher [ao marido] da tua mocidade" (Malaquias 2: 14).

A história da Bíblia sobre o casamento desde o início é amor; Deus nos criou para amar e ser amado em devoção que dura para sempre. Então, obrigado, Adão e Eva, por esta lição de felicidade.

Abraão e Sara: O casamento era para resultar em sete grandes bênçãos para o mundo, e, acima de tudo, que "em ti serão benditas [tornadas felizes] todas as famílias [casas, casamentos] da terra" (Gên. 12: 2 e 3). Abraão e Sara foram chamados para serem os mais compreensivos sogro e sogra do mundo! Mas a própria felicidade deles iria levar um longo tempo para chegar. Nós todos lemos a história, mas quando a bênção finalmente veio, com o nascimento de Isaac, foi apenas a tempo de salvá-los da amargura que na velhice a solidão do casamento sem filhos pode trazer.

Abraão humildemente se arrependeu de seu pecado com a formosa jovem mulher, Agar, que era mais do que apenas paixão, mas o mais escuro pecado de profunda incredulidade do coração na promessa de Deus de que ele e Sara deveriam ter um filho. Sara se arrependeu de sua raiva contra Deus. Sabemos disso porque Hebreus 11:11 nos é dito que ela ("teve por fiel aquele que lho tinha prometido") A verdade neste casamento é: creia na promessa que Deus lhe deu de felicidade em seu casamento; que, crendo, vai dar a você felicidade e serena resistência e uma rica recompensa que o prazer, com um terceiro na relação, nunca poderia lhe trazer.

Isaque e Rebeca: Nossa lição também menciona este casal, o casamento mais feliz de que lemos na Bíblia, que culmina com uma pequena amostra do seu amor duradouro, quando lemos, "e ele [Isaac] amou-a" (Gên. 24:67 ).

Jesus Cristo e Sua futura noiva: Há uma história de amor escondida na mensagem a Laodicéia que poucos parecem nunca ter percebido. De alguma forma ela iludiu os nossos pioneiros, e nossos olhos têm sido muito resistentes desde então para vê-la.

A senhora em Cantares de Salomão 5:2-7 que tinha ido para a cama cedo e ficou irritada por seu amante bater em sua porta, representa a igreja remanescente, que se ressentiu (em nossa história) aos apelos urgentes de nosso Senhor para entregar-se a Ele, como uma amada se entrega finalmente ao seu futuro marido.

O grego de Apocalipse 3:20 diz algo como isto: "Eis que Eu tomei Minha posição junto à porta e estou batendo, batendo, Se uma determinada pessoa ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e terei íntima comunhão com ele." Esta é uma clara alusão à história em Cantares de Salomão, onde no versículo 5:2 (*na Septuaginta) Salomão diz: "Eu durmo, mas meu coração está acordado: a voz do meu Amado batendo, batendo à porta ..." Embora alguns digam que o Cântico dos Cânticos não é citado em nenhum lugar no Novo Testamento, aqui está na mensagem de Laodicéia por nosso Senhor!

(*Pelo princípio de interpretação bíblica, que chamamos de paralelismo, é evidente, pela enfática repetição, que estes dois textos são paralelos, se completam e se explicam)

Foi na história de 1888 que o nosso Senhor "bateu", como um Amante Divino, buscando entrada à porta de sua futura noiva. Podemos nós não sentir como Cristo "o Amado" esperava contra a esperança de que ela responderia? Mas Ellen White disse depois, "A decepção de Cristo está além da descrição" (Review and Herald, 15 de dezembro de 1904).

O que é característico sobre o Cristo, a quem devemos amar e proclamar ao mundo? Ellen White, falando da mensagem de 1888, diz:

"Na tarde de sábado, muitos corações foram tocados, e muitas almas foram alimentadas com o pão que desce do céu .... Nós [ela, Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner] sentimos a necessidade de apresentar Cristo como um Salvador que não está longe, mas ao alcance da mão" (idem, de 5 de março de 1889, grifo nosso).

É evidente que esta é uma alusão à cristologia que Jones e Waggoner apresentaram que O mostrou como estando "perto", que o trouxe realmente perto como o nosso "parente" que veio "em semelhança da carne do pecado", "tentado em todos os pontos como nós somos, mas sem pecado."

Note como Ellen White claramente liga Cantares de Salomão com os resultados da mensagem de 1888:

"A vida cristã, que antes parecia a eles [os jovens] indesejável e cheia de inconsistências, agora apareceu em sua verdadeira luz, em notável simetria e beleza. Ele que tinha sido para eles como uma raiz de uma terra seca, sem formosura e beleza, Se tornou o primeiro entre dez mil [Cantares 5:10 e 16], e alguém totalmente desejável" (idem, de 12 de fevereiro de 1889).

É verdadeiramente uma história de amor — a mais pungente jamais escrita. Ela respira a mesma esperança de final reconciliação e reunião assim como a mensagem de Laodicéia. Por essa esperança vale a pena morrer, e vale a pena viver. Se as nossas próprias pobres pequenas almas forem finalmente salvas e chegarmos ao céu para desfrutarmos nossas recompensas — isso não é de todo importante. O que importa é que o profundamente decepcionado Amado e Esposo recém casado receba a Sua recompensa, que Ele finalmente receba como Sua Noiva uma igreja que é capaz de uma verdadeira apreciação do coração dEle.

"Tudo na história sagrada proclama que houve um terrível atraso no segundo advento. Tudo o que a mente humana pode compreender, em uma união de amor verdadeiro entre um homem e uma mulher foi frustrado na experiência de Jesus. Se houvesse qualquer outra coisa que Ele pudesse fazer para ganhar Sua amada, Ele teria feito. E assim o atraso continua ... até que a noiva ouça as batidas na porta e se arrependa de sua prostituição. Mas, com toda essa tragédia, ela vai se arrepender e estará pronta para o casamento do Cordeiro. Este casamento não precisa ser mais adiado. Ele deve vir pois o profeta disse: 'Estas são as verdadeiras palavras de Deus . ... Certamente cedo venho. Amem. Ora vem, Senhor Jesus’ (Apoc. 19:9, 22:20)." (Donald K. Short, no documento: Really — Is There No Delay? Sério, Será que Não Há Atraso?, escrito em 1997).

- Compilado dos escritos de Robert J. Wieland

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Lição 12 - A Maior de Todas as Histórias de Amor, por Roberto Wieland

Para 17 a 24 de março de 2012
Amor [Ágape] A Palavra que Alvoroçou o Mundo

Como pôde uma palavra transformar milhões de pessoas no mundo, em elementos desejosos de morrer por suas convicções, e, ao mesmo tempo, mudar outros milhões de indivíduos em sanguinários perseguidores, ansiosos por erradicar aqueles que creram no poder desta palavra?

“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver Ágape, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
“Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé a ponto de transportar montes, se não tiver Ágape, nada serei.
“E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver ágape, nada disso me aproveitará” (I Cor. 13: 1-3).
“Amados, ...Ágape vem de Deus. Todo aquele que ama (com Ágape) é um filho de Deus e conhece a Deus, porque Deus é Ágape. E Deus mostrou Seu Ágape para conosco enviando Seu único Filho ao mundo, para que tenhamos vida por meio dEle. Isto é o que Ágape é: não é que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele amou-nos e enviou Seu Filho para ser o meio pelo qual nossos pecados são perdoados...
“Deus é Ágape, e aquele que permanece em Ágape vive em união com Deus e Deus vive em união com ele. Ágape é aperfeiçoado em nós a fim de que nós tenhamos confiança no dia do julgamento... Não há medo no Ágape; antes o perfeito Ágape lança fora o medo. Assim, portanto, Ágape não é aperfeiçoado em ninguém que tenha medo, porque o medo está relacionado com punição.
“Nós amamos (com Ágape) porque Ele nos amou primeiro” (I João 4:7-19).
“Oro para que vocês possam estar alicerçados e fundados em Ágape.... Sim, possam vocês vir a conhecer o Seu Ágape, – embora ele não possa ser completamente conhecido – e ser completamente cheio da própria natureza de Deus” (Efésios 3: 17-19).
A Palavra que Alvoroçou o Mundo1
O mundo foi uma vez poderosamente sacudido por um grupo de homens da Palestina, que traziam notícias corporificadas em uma, talvez, obscura palavra. Seus aterrorizados inimigos em Tessalônica (uma cidade hoje localizada na atual Grécia) confessaram o impacto desta pregação: “Estes homens que têm alvoroçado o mundo chegaram também aqui” (Atos 17:6). Os inflamados mensageiros: Apóstolos de Cristo, especialmente Paulo e seu colega João.
A palavra que provocou esta grande façanha era pouco conhecida no mundo greco-romano—o termo grego Ágape. Significava “amor”; mas trouxe um forte impacto espiritual que subjugou a mente de multidões, polarizando a humanidade em dois campos, um a favor e outro contra a idea. Aqueles que eram a favor foram transformados, da noite para o dia, em precipitados alegres seguidores de Jesus, prontos a perder propriedades, ir presos, ou mesmo morrerem torturados por causa dEle. Aqueles catalizados contra ela (idea), com a mesma velocidade tornaram-se cruéis, sequiosos e sanguinários perseguidores daqueles que viam luz no novo conceito de amor. Ninguém que ouviu as novas sobre Ágape podia ficar neutro.
O misterioso explosivo nesta bomba espiritual foi uma radicalmente diferente idea de amor, daquela que foi sonhada pelos filósofos e professores de ética do mundo, uma nova invenção que pegou de surpresa amigos e inimigos. Não é que os antigos não tivessem nenhuma idea da palavra amor. Eles falavam dela plenamente. Em verdade, os gregos tinham quatro palavras2 para amor (nossas línguas modernas geralmente têm somente uma). Mas o tipo de amor que veio a ser expressado pela palavra Ágape impiedosamente expôs todas as outras ideas de amor como negação do amor, ou como o oposto do amor.
De repente a humanidade deu-se conta de que o que eles estavam chamando de amor, era, na verdade, egoística adoração. A psicologia humana foi despida pela nova revelação. Se você acolheu alegremente a revolução espiritual, você revestiu-se com Ágape, mas se ela o fez enraivecer, despindo-o da sua capa de piedade, tornou-o um irado contra a nova fé. E ninguém podia voltar o relógio atrás, porque Ágape era uma idea para a qual a plenitude do tempo chegara.
Quando João pegou a sua pena para escrever a famosa equação “Deus é amor” (I João 4:8), ele teve que escolher entre as diversas palavras gregas que descreviam amor. A comum, diariamente usada —eros— foi violentamente rechaçada por si mesma. Algo misterioso e poderoso, eros era a fonte de toda a vida. Foi levada como que pela enxurrada de uma represa estourada, sobre todos os obstáculos dos desejos e sabedoria humanos, uma onda de emoção comum a toda a humanidade. Se uma mãe amava seu filho, seu amor era eros, nobre e puro. Igualmente, também, o amor dependente de uma criança por seus pais e o mutuo amor de amigos entre si. Posteriormente, o mútuo amor de um homem e uma mulher foi um profundo mistério para se entender.
É Deus eros? Perguntavam os antigos pagãos. Sim, responderam os filósofos, incluído o grande Platão, porque eros é mais forte do que a vontade humana. Produz o milagre de bebês. Faz famílias e amizades. E existe, naturalmente em todos. Portanto deve ser a centelha da divindade.
Para os antigos, amor era quase o mesmo que é para nós hoje: “o doce mistério da vida”, o elixir que torna possível suportar uma existência de outro modo intolerável. Platão esperou transformar o mundo com uma espécie de amor que ele considerava “divino eros”. Palavras derivadas de eros hoje têm um exclusivo significado sexual, mas Platão tentou tirar o mundo para fora desta armadilha através de uma idea espiritualmente enlevante, algo nobre e inspirador. Era baseado em elevar-se mais alto, saindo do lamaçal da mera sensualidade física, sendo atraído para um bem melhor para a alma.
Mas João não poderia deixar-se levar pela idea de escrever que Deus é eros. Ele deixou perplexos os pensadores de seus dias ao dizer que Deus é Ágape. E entre estas duas ideas de amor estende-se um grande abismo, maior do que a distância entre o leste e o oeste.
A idea do apóstolo era revolucionária em, pelo menos, três modos:
1º) Se alguém ama com Ágape, ele tem “confiança no dia do juízo” (1ª João 4:17). Sem ele alguém mergulha em terror quando confrontado com o julgamento final; com Ágape, ele caminha sem temor, na presença de Deus passando por todos os Seus santos anjos, completamente franco e confiante.
2º) No amor (Ágape) não há temor, antes o perfeito amor (Ágape) lança fora o temor; porque o temor está relacionado com punição, e o que teme não é perfeito em amor (Ágape).” (v.18). Medo com sua acessória ansiedade é a essência da existência humana em todas as eras. Medo muito profundo para se entender pode tornar-nos doentes, corroendo a essência da alma, até que os órgãos físicos enfraqueçam na sua resistência à doença. Anos podem passar antes que possamos ver ou sentir a doença, mas afinal o órgão mais fraco do corpo cede, e médicos entram em ação para tentar concertar o que Ágape teria prevenido.
3º) Cada sublime alvo, ético e moral da humanidade, nada é sem Ágape, diz Paulo no seu famoso capítulo 13 de I Coríntios (RSV). Alguém pode “falar as línguas dos homens e dos anjos”, “ter poderes proféticos, e conhecer todos os mistérios e toda a ciência”, ter “fé a ponto de remover montanhas”, “distribuir tudo o que tenho, e ... entregar o corpo para ser queimado” e ainda não ter o mais importante ingrediente: Ágape. Ele termina “nada sendo”. E Ágape tem uma qualidade fenomenal de suportar “todas as coisas” pois “Ágape nunca acaba”.
Como Ágape se diferenciou tanto da idea comum de amor? Como a idea dos apóstolos poderia ser uma ameaça para o nobre conceito de Platão? A resposta é encontrada em vários nítidos contrastes entre as duas ideas:
A) O amor humano normal é dependente da beleza e bondade do seu objeto.
Nós naturalmente escolhemos aqueles que são bons para nós, que nos agradam. Nos apaixonamos com o nosso oposto sexual que seja bonito, feliz, inteligente e atrativo, e nos afastamos do feio, vil, ignorante, ou ofensivo.
Em contraste, Ágape não é despertado por beleza e bondade do seu objeto. Mantêm-se em pé sozinho, soberano, independente. Os antigos tinham uma lenda que ilustrava o mais sublime conceito de amor que possuíam. Admeto era um jovem rei, bonito, com todas as qualidades pessoais de excelência. Ele contraiu uma doença, que o oráculo dos deuses pronunciou seria fatal, a menos que alguém pudesse ser encontrado que morresse em seu lugar. Seus amigos foram de um a outro, inquirindo, “estaria você desejoso de morrer por Admeto?” Todos concordaram que ele era um maravilhoso jovem, mas, “desculpem, nós não poderíamos morrer por ele.” A seus pais foi perguntado e eles disseram, “Oh, nós amamos nosso filho, mas desculpem, nós não poderíamos morrer por ele.” Finalmente os seus amigos perguntaram à linda jovem, que o amara, Alceste, “Sim,” ela disse, “porque ele é um homem tão bom, e porque o mundo necessita tanto dele, estou pronta a morrer por ele!”
Gritaram os filósofos: “Isto é amor – pronto a morrer por um bom homem!” Imagine o choque que eles levaram quando os apóstolos vieram e disseram que aquilo não era amor de maneira alguma. Alguém com dificuldade morrerá por um homem justo – mas talvez, por um bom homem alguém ousará até mesmo morrer. Mas Deus mostra seu amor (Ágape) por nós, em que, quando nós éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós, “enquanto nós éramos inimigos” (Rom. 5: 7-10).
Uma mensagem como esta ou torna a sua alma cativa, ou lhe torna num implacável inimigo!
<!--[if !supportLists]-->B) <!--[endif]-->O natural amor humano baseia-se no senso de necessidade.3
Sente-se, pobre e vazio em si mesmo e necessita de um objeto para enriquecer a própria vida. Um esposo ama sua esposa porque necessita dela, e a esposa ama seu esposo pela mesma razão. Dois amigos amam um ao outro porque necessitam um do outro. Cada um sente-se vazio e sozinho sem seu companheiro.
Infinitamente rico em si mesmo, Ágape de nada necessita. Os apóstolos disseram que a razão pela qual Deus nos ama, não é porque ele precisa de nós, mas porque, – bem, Ele é Ágape, “você conhece a graça do nosso senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que por sua pobreza vós tornásseis ricos”. (II Cor. 8: 9, RSV). Até hoje estamos confusos com a idea de um amor que “não busca os seus interesses” (I Cor. 13: 5). Até mesmo igrejas parecem atraídas, quase irresistivelmente, para representar o amor de Deus como buscando interesses próprios, uma motivação inspirada por um instinto de aquisição divina. Supõe-se que Deus viu um valor oculto em nós, e Ele estava simplesmente fazendo um bom negócio quando nos comprou.
Nos assemelhamos ao que adoramos, portanto multidões professam adorar tal Deus porque eles também estão à busca de um bom negócio. A religião deles é a alma da ganância—o que eles querem adquirir é o céu e as suas recompensas—e um motivo centralizado em si mesmos é o que os mantém avançando. Quando Ágape penetra neste ambiente a reação é quase igual à que aconteceu quando adentrou no mundo antigo.
<!--[if !supportLists]-->C) <!--[endif]-->O amor natural humano baseia-se em um sentido de valor.
Muitos africanos continuam seguindo o antigo sistema de noiva-preço, o qual, sinceramente, reflete as mais sutis bases de todas as nossas outras culturas também. O total do preço da noiva a ser pago é proporcional à despesa de educação que os pais da jovem investiram nela. Umas poucas vacas são suficientes para uma jovem que apenas sabe rabiscar o seu nome; elevadíssimos dotes são exigidos por jovens que freqüentaram as Universidades de Oxford ou Cambridge. Nós, também avaliamos uns aos outros. Poucos tratam o lixeiro cortes e atenciosamente, como tratamos uma elevada autoridade. Se, como a água que procura o seu próprio nível, “amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais?” Jesus pergunta. (Mat. 5: 46, 47). “Os homens te louvarão quando fizeres o bem a ti mesmo.” (Salmo 49: 18).
Em contraste, Ágape é agradavelmente diferente. Ao invés de ser dependente do valor do Seu objeto, Ele cria valores no Seu objeto.
Suponhamos que eu tenha uma pedra bruta em minha mão. Eu a peguei num campo. Se eu tentar vendê-la ninguém me daria nem mesmo um centavo por ela. Isto não é porque a pedra é em si mesma ruim, mas porque ela é tão comum que não tem valor.
Mas, suponhamos que enquanto eu seguro esta pedra bruta em meus braços, eu pudesse amá-la como uma mãe ama o seu bebê. E suponha que meu amor pudesse funcionar como alquimia e transformá-la em uma peça de ouro puro. Eu estaria rico.
Isto é uma ilustração do que Ágape faz por nós. De nós mesmos não valemos nada mais do que o duvidoso valor químico dos ingredientes de nosso corpo. Mas o amor de Deus nos transforma em um valor equivalente ao do Seu próprio Filho: “Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir” (Isa. 13: 12).
Você conhece exemplos de trapos humanos que foram transformados em pessoas de infinito valor. João Newton (1725 – 1807) foi um. Ele era um marinheiro que negociava com o tráfico de escravos africanos. Tornou-se um bêbado miserável, que caiu vítima do povo que ele tentou escravizar. Com o tempo Ágape tocou seu coração. Largou seu vil negócio, e transformou-se em um honroso mensageiro de boas novas.
Milhões lembram-se dele pelo seu hino que mostra o “fino ouro” em que ele se transformou
“Oh, graça excelsa de Jesus!
Perdido, me encontrou!
Estando cego me fez ver
Da morte me livrou

A graça libertou-me assim,
E meu temor levou.
Oh! Quão preciosa é para mim
A hora em que me achou
(Hinário Adventista, hino n.º 208)
<!--[if !supportLists]-->D) <!--[endif]-->O amor natural humano vai em busca de Deus.
Todas as religiões pagãs são baseadas na idea de Deus como sendo tão impalpável como a cura para o câncer. As pessoas imaginam que Deus está brincando de esconde-esconde e ocultou-Se dos seres humanos. Apenas alguns são suficientemente sábios e inteligentes para descobrir onde Ele Se escondeu. Milhares vão em longas caminhadas para Meca, Roma, Jerusalém, ou outros santuários, em busca dEle. Os antigos gregos sobrepujaram a todos nós na construção de magnificentes templos de mármore nos quais eles achavam que deveriam procurar a Deus.
Outra vez, Ágape demonstra ser o oposto. Não são humanos procurando Deus, mas Deus procurando o homem: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Luc. 19: 10). O pastor deixou as 99 ovelhas que estavam seguras e arriscou sua vida para achar a que estava perdida; a mulher ascende uma candeia e procura em sua casa até achar a moeda perdida; o Espírito de Deus procura pelo coração do filho pródigo e o traz de volta à casa. Não há, em toda a bíblia, nenhuma história de uma ovelha perdida, da qual se exige que vá em busca do pastor.
Paulo estava obcecado com esta grande idea: “Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo.) Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo.) Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos” (Rom. 10: 6-8).
A “palavra da fé” é tão intimamente relacionada com Ágape como a face do tipo gráfico é à matriz de fundição. Fé é a resposta de um coração humano contrito a esta tremenda revelação de Ágape; e a ênfase de Paulo é que esta tremenda “palavra está perto de você.” É a evidência de que Deus já lhe procurou aonde você se escondeu. O Bom Pastor está sempre em safári nos “caçando”.
<!--[if !supportLists]-->E) <!--[endif]-->Nosso amor humano está sempre procurando subir cada vez mais alto.
Cada aluno do 1º ano quer passar para o 2º; um menino de onze anos diz que em breve terá doze. Ninguém que procure emprego quer demissão ao invés de promoção. O político estadual sonha em ser federal, e, possivelmente, cada senador, alguma vez, sonhou com a idea de chegar à presidência.
Quem alguma vez ouviu de um Presidente voluntariamente renunciar a fim de se tornar um cidadão comum? A Idéia de Platão sobre o amor nunca poderia imaginar tal coisa. Nem mesmo nós o poderíamos.
O que tornou sóbrio o mundo antigo estava à vista de Alguém mais importante do que um presidente descendo cada vez mais baixo, até que Ele, voluntariamente submeteu-Se à torturante e lacerante morte de um criminoso. No que é, provavelmente, um resumo da passagem favorita de Paulo, Fil. 2: 5-8; podemos rastrear sete distintos passos descendentes que Cristo tomou mostrando-nos o que é Ágape:
1º) Embora “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação o ser igual a Deus”. Quando nós atingimos altas posições em política, negócios, ou até mesmo na igreja, é da nossa natureza preocuparmo-nos em não cair. “Preocupada torna-se a cabeça que tem uma coroa”. Mas o Filho de Deus abdicou de Sua coroa, voluntariamente, motivado por Ágape.
2º) Ele “esvaziou-Se”, ou “Se fez sem reputação”. Nós humanos lutaremos até à morte para manter nossa honra ou nossa reputação. E destemidos feitos de valor nem sempre são o mesmo que “esvaziar-se” como Cristo fez, pois alguém pode dar seu “corpo para ser queimado”, e ainda não ter Ágape. Quando Paulo disse que Cristo “esvaziou-Se”, ele estava falando a respeito de uma voluntária entrega de Si mesmo pela eternidade de tudo que tinha valor para Si, algo completamente impossível fora de Ágape.
3º) Ele tomou “a forma de Servo [escravo]”. Pode você imaginar uma mais desanimadora vida, do que sempre ser forçado a trabalhar sem salários e agradecimentos? Anjos são chamados de servos, “espíritos ministradores” enviados para nos servir (Heb. 1: 14); Se o filho de Deus Se tornasse como um deles, isto teria sido uma grande condescendência da Sua parte, porque Ele era o Comandante deles. Mas Ele desceu ainda mais baixo;
4º) Ele “nasceu semelhante aos homens”, “inferior aos anjos” (veja Sal. 8: 5). Não o coroado sol, com esplendor majestoso com que Gênesis diz ter Adão sido criado, mas no nível degradante do homem caído, na degradação do abismo humano, comum ao mundo greco-romano. Nenhum ser humano caiu jamais tão baixo, mas o Filho de Deus veio à profundidade suficiente para alcançá-lo. E uma vez que permitamos este Ágape achar guarida em nossos corações, todos hesitantes traços de espírito que fazem nos considerarmos mais santos do que os outros se dissolvem na presença dEle, e nós também descobrimos ser possível atingir os corações de outros.
5º) “E achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo”. Em outras palavras, Ele não nasceu em berço de ouro, quer no palácio de César ou de Herodes. Ele nasceu em um mal cheiroso abrigo de gado, e Sua mãe foi forçada a enrolar seu pequenino em trapos e a deitá-Lo em uma manjedoura. Sua vida tornou-se a de um camponês fatigante. Mas isto não foi suficiente:
6º) “Sendo obediente até à morte”. Esta marcante frase significa algo diferente do que o pulo suicida de um louco no escuro. Nenhum suicida é, jamais, “obediente até à morte”. Se ele fosse, ele ou ela iria aguardar e encarar a realidade. O suicida é desobediente. O tipo de morte à qual Cristo foi “obediente”, não foi uma fuga da responsabilidade. Não foi como Sócrates bebendo a sua cicuta. Foi uma jornada para o inferno: a viva condenação da consciência de cada célula de um ser, tudo sob o presumido ou compreendido olhar de Deus. O sétimo condescendente degrau que Ele tomou torna isto mais claro;
7º) “E morte de cruz”. Nos dias de Jesus, a morte de cruz era a mais humilhante e desesperante possível. Não somente era ela a mais cruel jamais inventada, não unicamente a mais vergonhosa — sendo amarrado despido ante à escarnecedora turba que olhava sua agonia com alegria. morte na cruz carregava um intrínseco horror mais profundo. Significava que o céu te amaldiçoou.
O respeitável escritor antigo, Moisés, tinha declarado que qualquer um que morre “no madeiro é maldito de Deus” (Deut. 21: 23). E todo mundo cria nisto, sem dúvida. Se um criminoso condenado fosse sentenciado para ser morto com uma espada ou mesmo queimado vivo, ele poderia, ainda assim, orar e confiar que Deus o perdoaria, e olharia para ele amavelmente. Ele podia sentir algum suporte em sua morte. Mas se o juiz dissesse, “você tem que morrer no madeiro”, toda esperança se esvaia.
Todos achavam que Deus tivesse voltado Suas costas ao desgraçado para sempre. Eis porque Paulo diz que Cristo foi feito “maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gal. 3: 13). O tipo de morte que Jesus morreu era aquela do perdido que deveria finalmente morrer em desespero e sem esperança, o que Apocalipse chama de “a segunda morte.” Sem dúvida foi um milhão de vezes pior para Cristo suportar do que será para eles, porque Sua sensibilidade para com o sofredor foi infinitamente maior do que para cada um de nós.
Imagine um homem crucificado numa cruz... Multidões vêm para escarnecer dele, como nós hoje nós reunimos para um jogo de futebol. Como um velho carro danificado que crianças o apedrejam, ele é um humano descartado, abandonado para ser zombado, abusado em horror inexprimível. Você não deve sentir ou expressar simpatia por ele, porque se você o fizer estará em desacordo com o julgamento de Deus a respeito dele. Você está ao lado de Deus se lhe atirar ovos e tomates estragados. Assim o povo pensava.
Esta foi a morte a que Jesus tornou-Se “obediente”. No Seu desespero Ele clamou, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mat. 27: 46). Fique parado e reverente enquanto você pensa nisto. Você e eu somos os que teríamos que passar por aquilo se Ele não tivesse tomado o nosso lugar.
A idea de Ágape tem sido apagada entre muitos professos seguidores de Cristo devido a uma noção pagã que se infiltrou na mente deles. Eu me refiro à doutrina da imortalidade natural da alma. Se não há tal coisa como a morte real, então Cristo não morreu realmente. Se Ele foi para o Paraíso o dia em que Ele esteve na cruz (como muitos erroneamente creem ao lerem uma mal colocada vírgula em Luc. 23: 43), então não houve um verdadeiro esvaziamento de Si mesmo, uma morte verdadeira na cruz, o morrer equivalente da segunda morte, a qual é a grande realidade.
A doutrina da imortalidade natural da alma transforma o sacrifício de Cristo em uma fraude, um drama fingido de tolerar a ira de Deus por pecadores, quando de fato Ele era sustentado, do começo ao fim, por confiança da recompensa.
Mas quando a escuridão O surpreendeu no Calvário, a luz da face de Seu Pai foi, em realidade, completamente ocultada. Seu clamor: “por que Me desamparaste?” (*Mat. 27:46; Mar. 15:34), não foi uma lamuria teatral. Isaías estava certo: “Ele derramou a Sua alma na morte” (Isaías 52:12), a saber, “a segunda morte” (Apoc. 2:11).
A infiltração desta falsa idea do antigo paganismo começou cedo depois do tempo do apóstolos, pois Jesus adverte a primeira das sete simbólicas igrejas de Apocalipse: “deixaste o teu primeiro amor [Ágape]” (vs. 4). Quando o inimigo de Deus viu o poder contido na idea de amor, ele levou a primitiva igreja à apostasia neste ponto essencial. Nós podemos documentar, passo a passo, o progressivo abandono da idea de Ágape pelos pais da igreja. Agostinho elaborou uma síntese de Ágape e (*um) amor centralizado em si mesmo que tornou-se o fundamento do catolicismo medieval. Lutero tentou restaurar Ágape ao seu lugar certo, mas, é triste dizer, seus seguidores retornaram à doutrina da imortalidade natural, e, outra vez, Ágape quase se apagou. O mundo agora está maduro para Sua chegada.
A esta altura nós podemos, possivelmente, começar a sentir o abismo que separa o amor humano de Ágape. A menos que enriquecido com Ágape, o amor humano é, realmente, egoísmo disfarçado. Mesmo o amor paternal pode ser uma mera busca do que nos interessa.
Nossa presente epidemia de infidelidade conjugal é evidência suficiente do aspecto egocêntrico do amor sexual. Freqüentemente o amor de amigos, um pelo outro, é baseado em motivações egocêntricas. Em contraste, Ágapenão busca os seus interesses” e “nunca falha” (I Cor. 13:5, 8).
Tendo dito tudo isto, resta ainda um contraste adicional entre o amor humano e o amor de Deus
F) O natural amor humano deseja a recompensa da imortalidade: Ágape ousa renunciá-la.
Isto foi o que revolucionou todos os antigos sistemas de valores.
Deus não escreveu um artigo de enciclopédia para nós com a exposição sistemática de Ágape. Ele entretanto enviou Seu Filho para morrer numa cruz para que possamos ver este amor. O verdadeiro sentido deste sacrifício é que ele é infinito, completo e eterno. Cristo foi ao túmulo por nós, não porque Ele o merecia, mas porque nós o merecíamos. Naquelas últimas poucas horas ao Ele estar pendurado lá nas trevas, Cristo sorveu as derradeiras fezes da taça da miséria humana3. A brilhante luz do sol na qual Ele andou quando esteve na terra se foi. Todo pensamento de recompensa fugiu de Sua mente. Deus é Ágape, e Cristo é Deus, e lá está Ele—padecendo a morte que nós merecemos. (O fato de que o Pai O chamou de volta à vida ao terceiro dia de modo algum diminui a realidade de Seu cometimento na cruz em nosso favor).
Agora chegamos a algo perturbador. Não é suficiente para nós dizer, “—Ótimo, estou feliz por Ele ter passado por isto; mas está você dizendo que eu tenho que aprender a amar com Ágape? Impossível!”
Nós pecadores, mortais centralizados em nós mesmos, podemos aprender a amar com Ágape, pois João diz: “o amor [Ágape] é de Deus; e qualquer que ama [com Ágape] é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama [com Ágape] não conhece a Deus; porque Deus é amor [Ágape](I João 4: 7 e 8).
Moisés é um primordial exemplo de alguém que aprendeu isto.
Um dia o Senhor deu a ele um teste. Israel quebrara o concerto ao adorar o bezerro de ouro, e Ele propôs a Moisés que Ele os exterminaria com uma “bomba-H” divina, e começaria de novo com um novo povo—os descendentes de Moisés. Moisés teve a idea de que o pecado de Israel era tão grande desta vez para ser perdoado. A tentação de tomar o lugar de Abraão, Isaque, Jacó era muito real. Ele viu-se como em face de um Deus irado que gostava dele, mas que já estava saturado com Israel. Pareceu ser vão para Moisés implorar o perdão para Israel. Assim o que ele fez? Aceitaria a honrosa oferta e deixaria Israel perecer?
Moisés estava profundamente deprimido. Ele nunca chorou tanto em sua vida. Ouça, ao, em quebrados soluços, este mortal como nós, tenta mudar a mente de Deus:
“Ora, este povo cometeu grande pecado fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado—” Aqui Moisés para; ele não pode finalizar a sentença (Este é o único travessão em toda a versão King James!) Ele vislumbra o horror de um eterno inferno (*ou, de uma morte eterna) se ele partilha a sorte de Israel. Mas ele está decidido. Ele escolhe estar perdido com eles: “... e se não, risca-me, peço-Te, do Teu livro, que tens escrito” (Êxodo 32:31 e 32).
Moisés passara no teste. Eu posso imaginar o Senhor lançando seus braços de amor em volta de Seu pesaroso servo—Ele havia achado um homem de acordo com o Seu coração.
Paulo encontrou o mesmo Ágape em Seu coração, pois ele também desejou ser amaldiçoado de Cristo por causa de seu perdido povo (Rom. 9:1-3).
Cada qual que ver a cruz como ela verdadeiramente é, e crê, encontra o milagre de Ágape reproduzido em seu próprio coração. Assim é como o mundo vai ser alvoroçado novamente, Porque o amor [Ágape] de Cristo nos constrange,” que nós “não mais vivamos para [nós mesmos] mas para Aquele que morreu e ressuscitou [por nós]” (II Cor.5:14 e 15).
Nós perdemos a essência do Novo Testamento se nós não enxergarmos Ágape nele. Nós também permanecemos nas trevas sobre o que fé é, pois a fé no Novo Testamento é uma apreciação humana de coração da “largura, e comprimento, e altura, e profundidade do Ágape de Cristo” (Ef. 3:18 e 19). Não pode haver Justificação pela fé sem uma verdadeira apreciação de coração de Ágape!
Ao os apóstolos se inflamarem contando a história, a cruz se tornou o momento da verdade do mundo. Naquele luminoso fleche de revelação, cada homem viu-se julgado. A cruz tornou-se a definição final de amor; e eis aí porque a palavra Ágape alvoroçou o mundo. Deixe que ela transforme a sua vida também.
Robert J. Wieland4
Colhido da revista These Times [Estes Tempos], de Setembro de 1982.
Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.
Notas do tradutor:
1) Título do original em ingles: The Word That Turned The World Upside Down. (A Palavra que Virou o Mundo de Ponta Cabeça), expressão de Atos 17:6 na Versão King James).
<!--[if !supportLists]-->2) <!--[endif]-->Em português temos apenas uma palavra para amor.
Mas quatro são as palavras gregas: Eros , philos, ágape e storge.
O érōs de eros (ρως), é atração física, amor apaixonado, com desejo e apetite sensual. Eros é a forma nominal, ou seja, o substantivo, o verbo, é ereo. A palavra grega moderna “erotas ” significa “o amor (romântico)”. Eros não é encontrado no Novo Testamento. O Eros pode ser interpretado como um amor por alguém que você ama mais do que o amor de Philos da amizade.
A philos de philia (φιλία), amizade no grego moderno, um amor virtuoso desapaixonado, era um conceito desenvolvido por Aristóteles. Inclui a lealdade aos amigos, à família, e à comunidade, e requer a virtude, a igualdade e a familiaridade. Ela é a que mais se aproxima do uso atual que fazemos da palavra amor, inclusive em termos compostos, como filantropia, amor pela humanidade, e filosofia, amor pela sabedoria. Em textos antigos, a philia denota um tipo de amor global, usado como amor entre a família, entre amigos, um desejo ou a apreciação de uma atividade, bem como entre amantes. Ágape e philia são as únicas palavras para “amor” usadas nos textos antigos do Novo Testamento,
O agápē de ágape (γάπη) significa o “amor” no grego moderno atual. O s'agapo do termo significa “eu te amo” em grego. A palavra “agapo “ vem do verbo “amor”. Antes de o Novo Testamento ser escrito esta palavra não é encontrada em nenhuma literatura secular..Na literatura biblica, seus significados são ilustrados como auto-sacrifício, dando o amor a todos—amigo e inimigo. A forma nominal é usada quase 120 vezes, e a verbal agapao mais de 130. Em Mateus 22:39, “ame seu próximo como a si mesmo,” e em João 15:12, “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” e em João 4:8, “Deus é amor.” Em II Timóteo 4:10 a palavra é usada no sentido negativo. “Demas me abandonou, por amor (agapo) das coisas do presente século ….” Ágape é um substantivo e não adjetivo como muitas vezes se vê na literatura cristã. É redundância dizer-se amor ágape, significaria “amor amor.” De autor desconhecido temos a definição: “Ágape é o amor por outro ser que se caracteriza pelo desejo de fazer o que é melhor para o ser amado.”
Storge (στοργή) era usado para a lealdade a um governante ou a uma nação ou até a um ídolo doméstico pagão. É o nome da divindade grega da amizade. Um excelente exemplo desse tipo de lealdade encontra-se em 2 Samuel 21:10 e 11, onde Rispa montou guarda ao lado dos corpos de seus dois filhos e outros parentes, espantando dali aves de dia e animais do campo à noite. Em duas ocorrências no Novo Testamento aparece com um prefixo negativo (a + storge) e é traduzida por “sem afeição natural” (Romanos 1:31) e “desafeiçoados” (2 Timóteo 3:3). Há uma ocorrência no sentido positivo, num composto que combina a forma verbal com filia. Essa combinação é traduzida por “amar cordialmente”: “Amai-vos cordialmente uns aos outros” (Romanos 12:10).
3) Ver O Desejado de Todas as Nações, pág. 756 (757 no original).
4) O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho último, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4.
Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo atendido.
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