quinta-feira, 30 de maio de 2019

Lição 9—Perdas, por Paulo Penno



Para 25 de maio a 1º de junho de 2019

Há uma história trágica na Bíblia, também muito comum. Mas a maneira como termina é muito incomum. Podemos tomar um momento para considerar a perda de outra pessoa e não apenas a nossa?
Um homem se apaixona por uma garota atraente e ela corresponde ao seu amor. Eles vivem felizes até que um câncer espiritual começa a destruir o seu coração. Ela flerta com outros homens, mesmo na presença do marido. Em pouco tempo, torna-se um caso, que se transforma numa obsessão, e essa mulher leviana e frívola se torna uma prostituta.
Então o enredo se aprofunda e toma um rumo quase tão desconhecido na experiência humana. Ela é abandonada por seus amantes (que, no entanto, é normal) e acaba sendo vendida como escrava. Seu marido ouve que ela se senta abandonada no mercado de escravos, vestida de trapos e a re-reivindica.
Não é porque ele tem pena dela como um homem decente teria pena de uma criatura ferida, mas, maravilha das maravilhas, ele ainda a ama. Aquela pobre descabelada é apenas a casca vazia da linda garota pela qual ele se apaixonara; agora, não há beleza ou charme para atraí-lo. Ela é de fato repulsiva; mas o seu amor nunca morreu, apesar de sua infidelidade e insultos. Ele é cativo de um amor que não pode esquecer. Permaneceu solteiro—para ele, “o amor é eterno”.
Quando você realmente ama uma mulher que te ama e se compromete com você, e então ela o trai, o seu coração está partido. O sol se apaga e a escuridão é uma perda de amargura quase como o inferno.
Perder um ente querido na morte é doloroso, mas a rejeição no amor é mais cruel, (*é) como ter um membro arrancado do seu corpo. Os amigos podem simpatizar com a dor física ou material, mas a rejeição no amor é intensamente privada. Mil faces não podem substituir as do amado.
Pode Deus sentir tanta dor? Ele sente? Alguns respondem que Deus é impassível, impermeável à dor do coração que sentimos. Se Deus não pode sentir dor da perda, por que nos preocuparíamos com o sofrimento dos outros? Podia a Igreja Adventista do Sétimo Dia estar habitando naquela zona crepuscular da impassibilidade de Cristo? Podemos nos alegrar de que Ele “seja tocado com o sentimento de nossas enfermidades” (*Heb. 4:15) mas podemos ser tocados com o sentimento de Sua dor?
Como o amante em nossa história, o Marido celestial não pode esquecer aquela a quem ama e substituí-la. Ele é mantido numa escravidão imortal de devoção.
Deus permitiu que o infeliz Marido sofresse essa dor humana, porque, diz, “isso ilustrará a maneira como Meu povo tem-Me sido infiel”.1
Uma igreja é uma “mulher”, boa ou má, um corpo corporativo de crentes. Se o objeto do amor de Cristo lhe faz falso, pode ele simplesmente encolher os ombros e substituí-la por outra “objeto [de] ... Sua suprema consideração”?2 Oséias não poderia, e nem Cristo pode. As ramificações da Igreja Adventista do Sétimo Dia proliferam devido a uma falha em compreender este mistério divino do amor. Assumem que a indignação de Cristo em sua infidelidade leva-O a escolher outra para tomar o seu lugar. Mas isso nunca pode ser!
Pode ser-nos difícil imaginar um marido enlutado que não apenas ame a sua esposa infiel, mas, mais ainda, também tenha a sabedoria de “salvá-la”. Tal foi Oséias; e tal é Cristo. Não apenas um “marido” para ela, ele também é "o Salvador do corpo".3 A boa notícia é que Oseias realmente resgatou Gômer para uma nova vida de pureza e fidelidade, e temos o direito de vê-los saindo daquele ambiente de mãos dadas num amor que é confirmado, finalmente seguro na fidelidade de um pelo outro. Podemos ter certeza de que o Senhor não reteria de Oséias a vindicação de seu amor terreno que era tão profético de Seu amor divino que, finalmente, foi vindicado.
Em seus primeiros dias no "deserto", Israel foi dedicado ao Senhor; e nos primeiros dias da Igreja Adventista do Sétimo Dia havia também uma doce devoção de "nossa" parte ao Senhor que nos guiara através do "deserto" do Grande Desapontamento de 1844 e em anos posteriores a "nós" as provas do Seu amor eleito. Foi emocionante. A cura de nosso Grande Desapontamento foi deliciosa porque a comunhão com o Senhor se aprofundou em nossa compreensão da mensagem do santuário e da "bendita esperança" que nos dava. Então veio o Seu "Grande Desapontamento" - 1888. Ainda temos que apreciar a dor que Ele sentiu e sente. "O desapontamento de Cristo está além da descrição."4
A profecia implícita em Oséias deve ser boa notícia para uma Igreja remanescente que, um século depois, está enredada numa vasta letargia mundial, dilacerada pela dissensão, suspeita e ramificações. Tão certo quanto Gômer finalmente respondeu ao amor imortal de Oséias, assim certamente a Igreja corporativa responderá finalmente ao eterno ágape de Cristo. Cristo Se entregou na morte por essa Igreja; Seu sacrifício não pode revelar-se um fracasso; a humanidade arrependida não pode permanecer mais descrente para com Ele do que a heroína arrependida do Livro de Oséias por seu marido terreno; Deus tem fé em nós que não deve resultar fútil.
As razões para a esperança são estas: a doutrina adventista do sétimo dia dá uma nova dimensão a esta crise. Não aceitamos a doutrina pagã-papal da imortalidade natural. Cremos que os justos não vão para o céu na morte, mas esperam até a ressurreição. Mas isso não pode acontecer até que o próprio Cristo retorne em glória; e Ele não pode retornar até que o Seu povo esteja pronto, caso contrário seriam “destruídos” com o esplendor de Sua vinda”.5 A crise antitípica prevista em Oseias coloca tudo em suspense. O sucesso de todo o plano de salvação deve, portanto, depender de sua hora final—o arrependimento de Laodiceia. A alternativa? Aceitar a falsa doutrina da “Babilônia” que envia todos os “salvos” para o céu na morte.
O arrependimento de Gomer prenuncia Laodiceia. Cristo “verá o trabalho de Sua alma e ficará satisfeito”.6 “A igreja pode parecer prestes a cair, mas não cai. Permanece, enquanto os pecadores em Sião serão separados—a palha separada do trigo precioso. Esta é uma provação terrível, mas mesmo assim deve ocorrer. “Eles olharão para Mim quem eles trespassaram; irão chorar por Ele”. Haverá uma resposta da “casa de Davi e . . . dos habitantes de Jerusalém”.7 É um pecado para os adventistas desencorajados não acreditar nas Boas Novas em Oséias!

Falando através de Oséias, o Senhor assegura a Israel infiel de uma alegre reunião: “Eles retornarão ao Senhor seu Deus, e ao Messias, seu Rei, e virão tremendo, submissos ao Senhor e às suas bênçãos, no final.”8 Visto que o ágape é um amor que cria valor em seu objeto, não depende de suas boas qualidades, ele criará arrependimento dentro da Igreja onde o medo egocêntrico ou a esperança de recompensa falharam. Mas uma mudança de coração é possível e, à luz de Oséias, é certo. Uma graça muito mais abundante deve ser vista à luz da purificação do santuário. A boa notícia é que a vinda de Cristo depende desse arrependimento. “Sejamos alegres, regozijemo-nos e honremos a Ele; porque o casamento do Cordeiro está vindo e a esposa já se aprontou.”9

Paul E. Penno
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Notas finais:                                                     
1) Oseas 1:2 A Bíblia viva                                 

2) Cf. Ellen G. White, Testimonies to Ministers and Gospel Workers, p. 49.

3) Efésios 5:23                                                  

4) Ellen G. White, Review and Herald, de 15 de dez. de 1904.

5) 2ª Tessalonicenses 2:8; Hebreus 12;29       

6) Isaias 53:29                                                   

7) Ellen G. White, The Upward Look, pág. 356; Zacarias 12:10-13:1.

8) Oséias 3:5, A Bíblia Viva                               

9) Apocalípse 19:7                                             
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Notas:                                                                
No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir o pastor Paul Penno
https://www.youtube.com/watch?v=nQqVwigcBeI

"Sabbath School Today" is on the Internet at: http://1888message.org/sst.htmaa
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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terça-feira, 28 de maio de 2019

Lição 9—Perdas, por Paulo Penno


Lição 9—Perdas, por Paulo Penno
Para 25 de maio a 1º de junho de 2019

Há uma história trágica na Bíblia, também muito comum. Mas a maneira como termina é muito incomum. Podemos tomar um momento para considerar a perda de outra pessoa e não apenas a nossa?
Um homem se apaixona por uma garota atraente e ela corresponde ao seu amor. Eles vivem felizes até que um câncer espiritual começa a destruir o seu coração. Ela flerta com outros homens, mesmo na presença do marido. Em pouco tempo, torna-se um caso, que se transforma numa obsessão, e essa mulher leviana e frívola se torna uma prostituta.
Então o enredo se aprofunda e toma um rumo quase tão desconhecido na experiência humana. Ela é abandonada por seus amantes (que, no entanto, é normal) e acaba sendo vendida como escrava. Seu marido ouve que ela se senta abandonada no mercado de escravos, vestida de trapos e a re-reivindica.
Não é porque ele tem pena dela como um homem decente teria pena de uma criatura ferida, mas, maravilha das maravilhas, ele ainda a ama. Aquela pobre descabelada é apenas a casca vazia da linda garota pela qual ele se apaixonara; agora, não há beleza ou charme para atraí-lo. Ela é de fato repulsiva; mas o seu amor nunca morreu, apesar de sua infidelidade e insultos. Ele é cativo de um amor que não pode esquecer. Permaneceu solteiro—para ele, “o amor é eterno”.
Quando você realmente ama uma mulher que te ama e se compromete com você, e então ela o trai, o seu coração está partido. O sol se apaga e a escuridão é uma perda de amargura quase como o inferno.
Perder um ente querido na morte é doloroso, mas a rejeição no amor é mais cruel, (*é) como ter um membro arrancado do seu corpo. Os amigos podem simpatizar com a dor física ou material, mas a rejeição no amor é intensamente privada. Mil faces não podem substituir as do amado.
Pode Deus sentir tanta dor? Ele sente? Alguns respondem que Deus é impassível, impermeável à dor do coração que sentimos. Se Deus não pode sentir dor da perda, por que nos preocuparíamos com o sofrimento dos outros? Podia a Igreja Adventista do Sétimo Dia estar habitando naquela zona crepuscular da impassibilidade de Cristo? Podemos nos alegrar de que Ele “seja tocado com o sentimento de nossas enfermidades” (*Heb. 4:15) mas podemos ser tocados com o sentimento de Sua dor?
Como o amante em nossa história, o Marido celestial não pode esquecer aquela a quem ama e substituí-la. Ele é mantido numa escravidão imortal de devoção.
Deus permitiu que o infeliz Marido sofresse essa dor humana, porque, diz, “isso ilustrará a maneira como Meu povo tem-Me sido infiel”.1
Uma igreja é uma “mulher”, boa ou má, um corpo corporativo de crentes. Se o objeto do amor de Cristo lhe faz falso, pode ele simplesmente encolher os ombros e substituí-la por outra “objeto [de] ... Sua suprema consideração”?2 Oséias não poderia, e nem Cristo pode. As ramificações da Igreja Adventista do Sétimo Dia proliferam devido a uma falha em compreender este mistério divino do amor. Assumem que a indignação de Cristo em sua infidelidade leva-O a escolher outra para tomar o seu lugar. Mas isso nunca pode ser!
Pode ser-nos difícil imaginar um marido enlutado que não apenas ame a sua esposa infiel, mas, mais ainda, também tenha a sabedoria de “salvá-la”. Tal foi Oséias; e tal é Cristo. Não apenas um “marido” para ela, ele também é "o Salvador do corpo".3 A boa notícia é que Oseias realmente resgatou Gômer para uma nova vida de pureza e fidelidade, e temos o direito de vê-los saindo daquele ambiente de mãos dadas num amor que é confirmado, finalmente seguro na fidelidade de um pelo outro. Podemos ter certeza de que o Senhor não reteria de Oséias a vindicação de seu amor terreno que era tão profético de Seu amor divino que, finalmente, foi vindicado.
Em seus primeiros dias no "deserto", Israel foi dedicado ao Senhor; e nos primeiros dias da Igreja Adventista do Sétimo Dia havia também uma doce devoção de "nossa" parte ao Senhor que nos guiara através do "deserto" do Grande Desapontamento de 1844 e em anos posteriores a "nós" as provas do Seu amor eleito. Foi emocionante. A cura de nosso Grande Desapontamento foi deliciosa porque a comunhão com o Senhor se aprofundou em nossa compreensão da mensagem do santuário e da "bendita esperança" que nos dava. Então veio o Seu "Grande Desapontamento" - 1888. Ainda temos que apreciar a dor que Ele sentiu e sente. "O desapontamento de Cristo está além da descrição."4
A profecia implícita em Oséias deve ser boa notícia para uma Igreja remanescente que, um século depois, está enredada numa vasta letargia mundial, dilacerada pela dissensão, suspeita e ramificações. Tão certo quanto Gômer finalmente respondeu ao amor imortal de Oséias, assim certamente a Igreja corporativa responderá finalmente ao eterno ágape de Cristo. Cristo Se entregou na morte por essa Igreja; Seu sacrifício não pode revelar-se um fracasso; a humanidade arrependida não pode permanecer mais descrente para com Ele do que a heroína arrependida do Livro de Oséias por seu marido terreno; Deus tem fé em nós que não deve resultar fútil.
As razões para a esperança são estas: a doutrina adventista do sétimo dia dá uma nova dimensão a esta crise. Não aceitamos a doutrina pagã-papal da imortalidade natural. Cremos que os justos não vão para o céu na morte, mas esperam até a ressurreição. Mas isso não pode acontecer até que o próprio Cristo retorne em glória; e Ele não pode retornar até que o Seu povo esteja pronto, caso contrário seriam “destruídos” com o esplendor de Sua vinda”.5 A crise antitípica prevista em Oseias coloca tudo em suspense. O sucesso de todo o plano de salvação deve, portanto, depender de sua hora final—o arrependimento de Laodiceia. A alternativa? Aceitar a falsa doutrina da “Babilônia” que envia todos os “salvos” para o céu na morte.
O arrependimento de Gomer prenuncia Laodiceia. Cristo “verá o trabalho de Sua alma e ficará satisfeito”.6 “A igreja pode parecer prestes a cair, mas não cai. Permanece, enquanto os pecadores em Sião serão separados—a palha separada do trigo precioso. Esta é uma provação terrível, mas mesmo assim deve ocorrer. “Eles olharão para Mim quem eles trespassaram; irão chorar por Ele”. Haverá uma resposta da “casa de Davi e . . . dos habitantes de Jerusalém”.7 É um pecado para os adventistas desencorajados não acreditar nas Boas Novas em Oséias!
Falando através de Oséias, o Senhor assegura a Israel infiel de uma alegre reunião: “Eles retornarão ao Senhor seu Deus, e ao Messias, seu Rei, e virão tremendo, submissos ao Senhor e às suas bênçãos, no final.”8 Visto que o ágape é um amor que cria valor em seu objeto, não depende de suas boas qualidades, ele criará arrependimento dentro da Igreja onde o medo egocêntrico ou a esperança de recompensa falharam. Mas uma mudança de coração é possível e, à luz de Oséias, é certo. Uma graça muito mais abundante deve ser vista à luz da purificação do santuário. A boa notícia é que a vinda de Cristo depende desse arrependimento. “Sejamos alegres, regozijemo-nos e honremos a Ele; porque o casamento do Cordeiro está vindo e a esposa já se aprontou.”9

Paul E. Penno
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Notas finais:                                                      
1) Oseas 1:2 A Bíblia viva                                 

2) Cf. Ellen G. White, Testimonies to Ministers and Gospel Workers, p. 49.

3) Efésios 5:23                                                   

4) Ellen G. White, Review and Herald, de 15 de dez. de 1904.

5) 2ª Tessalonicenses 2:8; Hebreus 12;29       

6) Isaias 53:29                                                   

7) Ellen G. White, The Upward Look, pág. 356; Zacarias 12:10-13:1.

8) Oséias 3:5, A Bíblia Viva                               

9) Apocalípse 19:7                                              
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Notas:                                                                
No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir o pastor Paul Penno
https://www.youtube.com/watch?v=nQqVwigcBeI

"Sabbath School Today" is on the Internet at: http://1888message.org/sst.htmaa
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Lição 8—Paternidade e maternidade, por Paulo Penno



Para 11 a 18 de maio de 2019

Como a mensagem de 1888 pode ajudá-los como pais e avós? Se a mensagem de 1888 é alguma coisa, é a verdade prática do ministério do Sumo Sacerdócio de Cristo no santuário celestial. Jesus está dando aos pais sabedoria e orientação sobre como educar seus filhos, para que possam ter caracteres que os habilitem para a segunda vinda de Jesus, e desfrutarem de sua vida celestial. A mensagem da hora do juízo não é mais simples do que isso. Mas como podemos deixar que Ele faça isso através de nós como pais? E, mais importante, como é que Ele faz isso?
Em primeiro lugar, a má notícia tem nos deixado bastante parecidos com os pais sensacionalistas sobre a desgraça e a tristeza à frente, para nós e nossos filhos. Pesquisas indicam que os da geração milenial não querem ter filhos por medo do apocalipse, da catástrofe global ou do caos humano descontrolado.
O diabo é a fonte última de todas as más notícias. Quando se trata de salvação, as más notícias são na verdade uma mentira que o diabo se deleita em repetir. Dizem-nos que “ele é mentiroso e pai dela” (João 8:44). Ele quer que acreditemos em más notícias, como uma cobra perseguidora paralisa sua vítima hipnotizada e temerosa a ficar parada até que a serpente ataque. As más notícias paralisam a alma humana, de modo que não se pode fazer nada de construtivo para resolver o problema que parece tão insolúvel.
A verdade é invariavelmente uma boa notícia, pela razão de que não existe a verdade senão “em amor” (Efé. 4:15), e o amor é sempre uma boa notícia. A verdade vem de Deus. Ele nunca dá a uma pessoa uma mensagem de desespero sem esperança.
Querido pai/mãe, não importa quão má pessoa se sinta ou quão desesperada sua aparência possa parecer, o Senhor tem boas novas para você: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim” (João 14:1), “tudo quanto pedirdes em Meu nome, Eu o farei” (vs. 13, 14).
As crianças têm ficado fisicamente doentes como resultado de assistir a desenhos de TV. Há efeitos médicos que a televisão pode causar nos espectadores. A doença está ligada a uma cena em que luzes rítmicas, de cores diferentes, piscam cerca de um trigésimo de segundo. Deste modo, mensagens crípticas e subliminares são transmitidas, que o espectador absorve inconscientemente.
A tecnologia não é em si satânica; mas o diabo a usa. Apo. 16:14 diz que “os espíritos dos demônios, fazendo milagres, (...) saem . . . pelo mundo inteiro, para reunir [o mundo] à batalha daquele grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Apo. 16:14) . É assustador quando se pensa no poder de Satanás a ser manifestado nos últimos dias—que estão bem perto.
Mas aqui está a boa notícia: Quando o poder de Satanás é manifestado, o Espírito Santo de Deus manifestará um poder ainda maior para alcançar o coração de nossos filhos. Satanás não é mais forte do que Deus! É uma mensagem de Deus que demonstra onde o pecado abundou, a graça é muito mais abundante.
Um grande número de pessoas está descobrindo que o amor pelo puro Evangelho de Jesus pode abafar a sedução do vício em TV. A TV é escuridão, embora a tela se ilumine com cores extravagantes; mas a Luz do Céu é mais forte que essas trevas. A graça é mais forte do que o pecado. A graça é  mais forte que o pecado.
Os pais solteiros precisam de boas novas especiais? De acordo com um recente “estudo amplo e de longo alcance”, a resposta da mídia sugere que sim. O estudo científico de um milhão de crianças durante uma década mostra que os filhos de famílias monoparentais têm “duas vezes mais chances de desenvolver doenças psiquiátricas e vícios do que os filhos cujos pais permanecem juntos”. As meninas que moram com um dos pais —três vezes mais propensas a se tornarem dependentes de drogas, os meninos—quatro vezes. Esses filhos “têm duas vezes mais chances do que as outras de desenvolver . . . depressão severa ou esquizofrenia, ou tentar suicídio, ou desenvolver doenças relacionadas ao álcool”. Onze por um dos filhos-problema estavam em lares sem pai, em oposição àqueles sem mãe.
Soa como más notícias. Existe alguma boa notícia maior que a ruim? Sim, se o progenitor solteiro convidar o Senhor Deus, o Salvador do mundo, para funcionar como o pai/mãe ausente. Nem uma vez numa reunião de reavivamento emocional, mas diariamente, de hora em hora, continuamente, conscientemente sentindo a necessidade desesperada. O Senhor está disposto, mas Ele precisa ser tratado como um progrenitor solteiro trataria um pai/mãe fiel e cheio de amor.
Num casamento feliz, você nunca esquece seu cônjuge, nem mesmo por uma hora. Quando nosso Salvador diz “permaneça em Mim”, Ele obviamente quer dizer uma constante dependência consciente, não alimentada pelo medo, mas pela apreciação do coração.
O corpo pode funcionar apenas com um pulmão ou um rim; o órgão restante assumindo. Um progenitor solteiro unido pela fé com o Salvador cobre o que falta, capacitado pelo Espírito Santo a assumir papéis que ele ou ela nunca esperariam preencher. Aquele que nos criou, homem e mulher, sabe o que pode fazer por alguém que conhece e expressa sua necessidade em orações fervorosas e inteligentes.
Há mais boas novas. O Senhor usa agentes humanos. A irmandade eclesiástica funcionará corporativamente para preencher o papel de um pai/mãe ausente se o pai/mãe solteiro(a) se integrar plenamente em sua irmandade, e não apenas “comparecer de vez em quando”.
Jesus disse algo maravilhoso e terrível quando declarou a Seus discípulos: “Aqueles cujos pecados perdoardes lhes são perdoados; e aqueles a quem os retiverdes lhes são retidos (João 20:23). É declaração paralela à de Mateus: “Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado no céu”. (Mateus 16:19).
Como pais, podemos realmente abrir ou fechar os portões do céu para nossos filhos? Jesus diz que sim! Se numa condição temperamental um progenitor diz a uma criança: “Você é preguiçoso! Você nunca chegará a nada!” essa criança terá que carregar esse fardo durante toda a sua vida, a menos que, de alguma forma, encontre o verdadeiro evangelho que lhe dê alívio desse “fardo”.
Como pais, podemos fechar as portas do céu contra as crianças e os jovens. Podemos nos perguntar por que eles abandonam a “família” da Igreja quando chegam à adolescência, mas essa foi a razão. Num ataque de raiva, um marido ou esposa pode dizer palavras ao cônjuge que ferem para sempre: “Há falas que ferem como o corte de uma espada” (Pro. 12:18).
Mas há outra metade para esse versículo: "Mas a língua dos sábios é saúde". Não se esqueça do lado das boas novas ao que Jesus disse: podemos dizer boas novas às crianças e aos jovens, aos cônjuges, palavras que serão a abertura dos portões da Nova Jerusalém às suas almas.
Às vezes as palavras são tão dolorosas que são como uma farpa—dói mesmo atraí-las em arrependimento. Você é realmente uma figura de autoridade para o seu cônjuge e filhos!
Vamos agradecer a Deus por um novo “hoje”, em que podemos aplicar um bálsamo curativo às feridas que fizemos, e podemos contar a um membro da família algumas preciosas boas novas. Não há nada para agradecer mais a Deus do que por termos outro dia para receber o Seu precioso dom de arrependimento, com outra oportunidade de usar essas “chaves” da maneira certa.
Paul E. Penno

Notas:                                                       

No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir o pastor Paul Penno v=37AhoK6QktQ

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm

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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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