terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Lição 5 — O batismo e a plenitude do Espírito Santo




 Para 28 de janeiro a 4 de fevereiro de 2017

Paulo inspirou e treinou outros cooperadores. Nenhum tinha ciúmes dele e ele nunca mostra a menor inveja do sucesso deles. Pela primeira vez, na história de seus trabalhos em Éfeso, vemos uma clara demonstração do que o amor especial de Cristo, conhecido como Ágape, fez para um grupo de obreiros. Havia Apolo, "um homem eloquente e poderoso nas Escrituras," mas Paulo trabalhava com ele afavelmente e em amor (Atos 18:24). Havia Priscilla e Áquila que também estavam imbuídos com o mesmo espírito que motivou Paulo (Atos 18:26).
Apolo era de Alexandria, a segunda cidade mais importante do Império Romano. Altamente educado, um judeu convertido ao batismo de João Batista, ele era um pregador eloquente. Mas ele não sabia nada do batismo do Espírito Santo e ele precisava ser instruído no caminho de Jesus.
Então, os queridos irmãos Áquila e Priscilla, de uma maneira amável e cortês disseram-lhe o que ele precisava saber, e graças a Deus, Apolo ouviu! Às vezes, os ministros podem não ser deficientes da mesma maneira que Apolo, mas também há lacunas em seu conhecimento. O Senhor então envia alguém para nos corrigir e nos instruir e preencher as brechas. 
Mas estamos dolorosamente cientes de que, às vezes, nossos queridos irmãos ministros na era de 1888 não eram como Apolo: eles podem ter sido "poderosos nas escrituras" e poderiam argumentar, e como Apolo tinham lacunas em sua compreensão de (*modo) que o Senhor em Sua grande misericórdia enviou Seus (*dois) mensageiros, AT Jones e EJ Waggoner, para completar, mas aqueles ministros não eram como Apolo; Eles não estavam prontos para ouvir e aprender. Em grande medida, a história nos relata que, eles resistiram e até rejeitaram a luz que Deus queria que eles aceitassem. (*Testem. Para Ministros, págs. 91 em diante e Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235).
Agora nós "Laodiceanos" viemos coletivamente até o fim dos tempos, e onde "nós" fracassamos corporativamente no passado, agora devemos corrigir. O tempo está ficando curto. Jesus nos aconselha: "unjas os teus olhos com colírio, para que vejas" (Apocalipse 3:18). Agora, permitamos que o batismo do Espírito Santo nos alcance! 
Todas as promessas maravilhosas que Jesus fez antes de Sua morte devem e serão cumpridas. Mas há uma grande promessa que ainda não foi cumprida, e muitos cristãos pensam que nunca será. Eles estão errados! Cristo não falhará.
Essa grande promessa está em João 16:13: "Mas quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade". Normalmente pensamos no Espírito Santo como um sentimento de felicidade, ou grande poder em testemunhar e produzir batismos; Pensamos que a compreensão de "toda verdade" é de menor importância. Mas mais de 200 vezes a Bíblia fala da importância da verdade. Na vida ordinária, os tribunais, os júris, os juízes, procuram constantemente se inteirar da verdade. Jesus diz que isto é tão importante que "a verdade vos libertará" (João 8:32).
Em Sua mesma promessa de que o Espírito Santo nos guiará "em toda a verdade", Jesus prometeu: Ele “vos anunciará o que há de vir". A redação é muito semelhante à abertura do Livro de Apocalipse, "revelação ... coisas que brevemente devem acontecer" (Apocalipse 1: 1). O Livro do Apocalipse foi o cumprimento da promessa de Jesus! E, no entanto, os cristãos seguem caminhos diferentes na compreensão do que a Revelação está dizendo!
Da mesma forma, há confusão ao entender as profecias de Daniel; Mas Deus ordenou ao anjo: "Gabriel, dá a entender a este a visão" (Daniel 8:16); e mais tarde o anjo lhe disse: "E agora te declararei a verdade" (11: 2). Paulo falou de sua mensagem como "a verdade do evangelho" (Gálatas 2: 5). Há tanta divergência no entendimento, como há em compreender Daniel e Apocalipse!
O que pode trazer uma unidade e clareza de compreensão dessas verdades importantes? Certamente, quando esse grande quarto anjo de Apocalipse 18: 1-4 começar a "iluminar a terra com glória", a mensagem que chama cada pessoa sincera "de Babilônia" será uma mensagem de verdade pura e não adulterada. Oremos diariamente pelo batismo do Espírito Santo.
Um excelente lugar para começar a encontrar a resposta a essa oração é ouvir com honestidade, sinceridade e humildade a Bíblia para permitir que ela nos diga qual é a verdade em todas essas áreas contestadas. Jesus não prometeu: "O Espírito Santo tentará levá-lo a toda a verdade", ou "Ele deseja que Ele possa conduzi-lo a toda a verdade". Não, Ele disse que Ele fará isso. O Espírito Santo agora está "nos levando" à verdade que nos unirá em harmonia amorosa de crença. Vamos ouvi-Lo! 
Ellen White concorda com Jesus e as Escrituras. "Deus é a notável e poderosa agência na obra de transformação. Pelo Seu Espírito Ele escreve Sua lei no coração. Assim, a relação divina é renovada entre Deus e o homem. ... A religião de Cristo significa mais do que o perdão do pecado; Significa que o pecado é tirado e que o vácuo é preenchido com o Espírito. Significa que a mente está divinamente iluminada, que o coração está esvaziado de si mesmo e cheio com a presença de Cristo".1
Não é perigoso estar tão determinado a receber o poder do Espírito Santo, à parte de realmente analisar o nosso pecado denominacional de incredulidade e mornidão? Simplesmente o arrependimento de alguns pecados individuais entre nós como indivíduos conquanto seja uma boa atitude claramente não vai suficientemente longe para preparar o caminho para o derramamento do Espírito na verdadeira chuva serôdia.
Ellen White escreveu: "Cristo prometeu o dom do Espírito Santo a Sua igreja, e a promessa nos pertence a nós tanto quanto aos primeiros discípulos. Mas, como todas as outras promessas, ela é dada sob condições. Há muitos que creem e professam reclamar a promessa do Senhor; falam acerca de Cristo e acerca do Espírito Santo, e todavia não recebem benefício. Não entregam a alma para ser guiada e regida pelas forças divinas. Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós. Mediante o Espírito Deus opera em Seu povo "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13). Mas muitos não se submeterão a isto. Querem-se dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o celeste dom. Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à sua guia e graça, é concedido o Espírito. O poder de Deus aguarda que O peçam e O recebam. Essa prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos. É concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está pronto para suprir toda alma segundo sua capacidade para receber".2 
É a "demanda e recepção" de que ela fala apenas a nossa suposição determinada de que a temos? Mais uma vez, para ilustrar, nossa mornidão seria superada simplesmente assumindo através da "fé" que vencemos? O que é a fé que opera — pelo amor?
No Boletim da Conferência Geral de 1893, A. T. Jones citou uma revista espírita da seguinte maneira: "Que a quinta-feira seja seu dia para declarar sua fé. Diga: ‘Creio que Deus está agora trabalhando comigo e através de mim e por mim e para mim’, diga com certeza, pois é verdade". 
Qual seria a diferença entre essa doutrina e a doutrina de que temos o poder do Espírito Santo simplesmente porque acreditamos com certeza que o temos? 
Na Assembleia da Associação Geral de 1893, o Pastor William Warren Prescott pregou uma série de sermões sobre o Espírito Santo. Ele encerrou apelando aos irmãos para crerem que eles tinham o poder do alto clamor (considerando que a Irmã White tinha dito que este poder tinha começado em Minneapolis), e juntos sairam determinados a proclamar este poder. Se eles simplesmente cressem que tinham, assim seria. Todos concordaram, disseram: "Estamos prontos." Mas ... não veio, Por quê? Mais adiante, ele chegou a prever sem reservas que a partir daquele dia, nunca mais haveria outro hipócrita na igreja adventista, pois agora estavam determinados a sair dessa sessão com o poder do Espírito Santo no alto clamor. A história prova que aquela era uma falsa profecia. Não era sua doutrina de acreditar que eles tinham o Espírito Santo quando eles não O tinham, igualmente falsa? 
Se a recepção do Espírito Santo depende de um ato de nossas mentes em assumir que O temos, chamá-lo de "fé" se quisermos, não seria na verdade, em última análise, receber o Espírito pelas obras? Um ato de acreditar que temos o Espírito é uma obra. Paulo deixou claro (Gálatas 3: 2) que o verdadeiro Espírito Santo não é recebido dessa maneira.
Paulo, em grande fraqueza, proclamou aos gálatas esta boa nova do novo concerto, e tudo o que eles fizeram foi escutar com fé: "Ó insensatos gálatas, quem vos fascinou ... perante os olhos de quem Jesus Cristo foi evidenciado, crucificado em vós ... recebestes vós o Espírito pela ... pregação da fé?" (Gálatas 3: 1, 2). Isso foi uma vez na história quando a "fórmula" foi provada completamente verdadeira: "pregadas as boas novas ... os beneficiou, ... misturando-se com fé naqueles que a ouviram" (Heb 4: 2).
Outra ocasião na história, quando o mesmo "evangelho pregado" foi "misturado com a fé", foi a experiência de Abraão. Tudo o que Deus fez foi simplesmente proclamar a ele Suas maravilhosas promessas conhecidas como a nova aliança (*ou o novo concerto), nenhuma "maldição" ameaçada misturada em dor de desobediência. Abraão simplesmente "escutou com fé" a esta notícia quase incrível (o que Paulo disse aos gálatas era "a audição da fé"). Ele também, como os gálatas, "recebeu o Espírito". Sua fé lhe foi imputada como justiça, Gênesis 15: 6. 

Paul E. Penno

Endnotes:
1) Ellen G. White, “The Promise of the Spirit,” [A promessa do Espírito) The Review and Herald, de 10 de Junho de 1902.

2) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 672.

Notas:                                                                                                                                                     
Veja esta lição, em inglês claro e bem audível na internet no sitio https://youtu.be/hP7_Gm_c_Bs

O video do Pr. Paulo Penno, em inglês, pode ser recebido semanalmente. Solicite a inclusão do seu e-mail na lista do sitio: sabbathschooltoday@1888message.org
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Os textos bíblicos em português são da Edição Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original.
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 42 anos e foi jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Lição 4 — A personalidade do Espírito Santo, por Arlene Hill



Para 21 a 28 de janeiro de 2017

Num recente concurso televisivo americano, os concorrentes foram obrigados a identificar o termo pneuma hagios. Dois não tinham ideia do que significava, mas o terceiro acertou. Pneuma hagios é o termo grego para Espírito Santo (ver Mateus 1:18 e muitos outros). Era uma questão difícil, e provavelmente muitos cristãos talvez não soubessem a resposta. Ele aponta o quão pouco a população de um país que se chama cristão sabe sobre a Bíblia. A menos que compreendamos quem é o Espírito Santo e Seu papel no plano da salvação, nunca entenderemos o evangelho.
Uma das alegrias da mensagem de 1888 é a compreensão de que é fácil ser salvo e difícil de se perder ... mas há um "se". Tanto A. T. Jones quanto E. J. Waggoner entenderam o "se" de uma maneira única. Eles argumentaram que, uma vez que todas as propostas de Deus são habilitações, a afirmação acima é verdadeira se alguém entender e crer na verdade completa do evangelho.
A justiça é pela fé, totalmente, e não pelas obras. Então a "fé" é a nova "obra" que devemos desempenhar? "A verdade do evangelho" é uma frase encontrada duas vezes no livro de Gálatas. Ela está relacionada com "a fé de Jesus", que foi motivada pelo Seu amor. Portanto, é fácil ser salvo e difícil de se perder se compreendermos o que custou ao Filho de Deus morrer por você na cruel cruz. Ele morreu nossa segunda morte. Qualquer entendimento de "fé" menos do que isso se torna "obras".
O resultado é que não precisamos mais olhar para a lei de Deus como um conjunto de padrões impossíveis, que mais cedo ou mais tarde vamos quebrar, fazendo com que nos percamos. Muitas pessoas jovens (e mais velhas também) temem que tenham cometido o pecado imperdoável, então por que tentar ser bom. Eles acreditam que já estão perdidos.
Saber mais sobre a personalidade do Espírito Santo pode nos ajudar a compreender que Deus não desiste de nós, a menos que essa seja nossa decisão persistente, deliberada e definitiva. A maioria conhece o texto que nos diz: "Não entristeçais o Espírito Santo de Deus", mas não entende o significado do restante do mesmo texto que diz, "no [literalmente "em"] qual estais selados para o dia da redenção" (Efé. 4:30).
Isto dá uma tremenda visão sobre o trabalho do Espírito Santo, e como Ele se sente quando Seus esforços são rejeitados. Para aqueles que estão preocupados que Deus tenha desistido deles, precisam apenas olhar para a história de Israel para ter certeza de que Deus, por meio de Seu Espírito, é muito paciente e gracioso conosco durante toda a nossa vida. Com o Espírito Santo pessoalmente interessado em nossa salvação, podemos sempre saber que Deus nunca desiste enquanto O permitimos trabalhar conosco.
Em Deuteronômio, Moisés adverte a Israel que ele se afastará de Deus (ver Deuteronômio 32:15 e segs.), Mas Ele fornece a solução: "Porque o Senhor fará justiça (*vindicará) ao Seu povo, e se compadecerá de Seus servos; quando Ele vir que o poder deles se foi ...” (Deuteronômio 32:36). Em outras palavras, uma vez que eles percebam que todos os seus esforços para melhorar-se por sua própria força falharam, Ele pode enviar Seu Espírito.
Ao longo de sua turbulenta história, Israel continuou vagando, seguindo deuses pagãos porque ele achava que cumpririam todas as suas necessidades e desejos. Como indivíduos hoje, podemos fazer a mesma coisa. Suponhamos que Deus nos deixe cada vez que damos as costas a Ele. Nós pensamos que nós fomos tão maus, que mesmo Deus tem desistido de nós. Às vezes não reconhecemos Deus nos pensamentos calmos que vêm em nossas mentes. Nós nos lembramos de uma pessoa ou uma situação de há muito tempo que nos encoraja. É assim que o Espírito opera. Às vezes Deus traz adversidades para nos ensinar o erro de nossos caminhos. O que é importante é que Deus não nos deixou, mas está levando-nos suavemente mais perto dEle. Nosso Deus não desiste de nós facilmente, o que torna "difícil nos perdermos".
Quando o tabernáculo foi dedicado no deserto, Deus manifestou Sua aprovação e presença pela luz do Shekinah. Essa Presença estava lá continuamente até que o templo construído por Salomão foi destruído quando Israel foi levado cativo pelo exército babilônico. Isso aconteceu depois que Deus advertiu Israel repetidamente para se arrepender de seu pecado. Finalmente, Ele teve que enviá-los para o cativeiro para fazê-los parar de seguir deuses pagãos. Mesmo assim, Ezequiel recebeu uma visão do Shekinah da partida lenta e relutante do templo, e chamou-a de "a glória de Deus" (veja Ezequiel 10: 4,18,19, e 11: 22-23). Após a destruição do templo, o Shekinah nunca mais foi exibido a Israel sob a forma de luz. Mesmo com o cativeiro e os ciclos de apostasia após o retorno e reconstrução de Jerusalém, Deus ainda estava guiando Israel, tentando levá-los a ouvi-Lo. Apesar de Israel ter escolhido não crer, Deus estava enviando Seu Espírito Santo para tornar difícil para Seu povo escolher se perder.
Finalmente, Ele enviou o Seu Filho, esperando, como o proprietário da terra na parábola (veja Marcos 12: 1-12), que eles O ouvissem. Em vez de ouvirem, mataram o Seu Filho. Mesmo depois de pronunciar as sete desgraças (*ai de vós ...) sobre a liderança de Israel em Mateus 23: 13-27, Jesus sofreu por ter que desistir deles. Nos versos 37-38, clama: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não não quiseste. Eis que a vossa casa vai ficar desolada!”
Mesmo depois que Israel O rejeitou, Jesus relutou em desistir deles. Somente depois que Israel obstinadamente persistiu em pedir que Deus desistisse deles, Ele honrou sua escolha. Quando eles disseram, "não temos outro rei senão César", durante o julgamento de Jesus, eles corporativamente fizeram uma séria escolha. Mesmo assim, a destruição de Jerusalém demorou muitos anos. Foi depois que Estevão foi apedrejado que a decisão foi final. Todos nós podemos concordar que ao longo da história de Israel, o Espírito Santo estava trabalhando nos corações, tentando dificultar a escolha deles contra Deus.
O que aconteceu com Israel? Após o retorno do cativeiro, tornaram-se zelosos para proteger e observar a lei de Deus até que isto se transformou em um ídolo pior do que qualquer imagem esculpida. O que começou como um desejo de agradar a Deus por amor e prazer em Sua lei, foi transformado em legalismo sem vida. Eles chegaram a acreditar que o ato de trazer um sacrifício lhes valeu o favor de Deus, esquecendo-se do simbolismo apontando para o sacrifício final de Cristo.
Como a igreja em Éfeso, Israel perseverara na proteção da lei e não toleravam aqueles que não a respeitavam, mas perderam seu primeiro amor por ela. Nosso amor pela lei de Deus deriva de ver quão pecaminosos somos comparados à Sua lei de amor. Nós queremos guardar a lei porque percebemos que é um reflexo do caráter de Deus, e queremos ser como Ele. Mas muitas vezes confundimos a sequência. Não podemos mudar nossos corações pelo que pensamos que é "guardar" a lei. A verdadeira guarda da lei vem de um coração mudado pela operação do Espírito Santo.
Tanto a igreja de Éfeso como o antigo Israel eram zelosos por guardar e proteger a lei de Deus, mas tinham elevado a guarda da lei em vez de Jesus como seu salvador. A menos que retornassem ao seu primeiro amor pela lei como ilustração do Deus de amor, o candelabro dos efésios seria removido. Que triste coisa para um povo que realmente amou o caminho de Deus para a justiça que leva à genuína guarda da lei, mas que se desintegrou em um ritual formal. Os judeus ficaram tão cegos que se recusaram a ver que o seu castiçal tinha sido tirado. Nós também podemos estar em perigo de tornar-nos tão entusiasmados com a guarda da lei, que acreditamos que temos o direito de ser mesquinhos, dogmáticos e legalistas ao tratar aqueles que, na nossa opinião, não estão à altura.
Jesus inclui a todos nós em Sua exclamação: "Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura: 'rios de água viva correrão de seu ventre.' E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nEle cressem..." (João 7: 37-38). As pessoas não hesitam em dizer aos outros que estão com sede, mas nunca pensarão em admitir que anseiam pela vida de Deus. É por isso que poucos se tornam cheios de justiça. É mais fácil acreditar que podemos conseguir nossa própria água do que admitir a dependência de Jesus, a fonte de água viva.
"Jesus disse da água que Ele deu, que era o Espírito Santo, para que fosse em nós um poço de água que brota para a vida eterna, João 4:14; Compare com João 7: 37-39. Ou seja, a vida espiritual que agora vivemos na carne pelo Espírito é a garantia do corpo espiritual a ser concedido na ressurreição quando teremos a vida de Cristo manifestada em corpos imortais" (Ellet J. Waggoner, na sua obra Waggoner Em Romanos, página 8.131).
Nossa carne estará sempre em guerra com o Espírito, mas quando morremos diariamente para a carne pela força do Espírito, nós e o Espírito não seremos entristecidos, mas experimentaremos a maior alegria possível, estando com nosso Senhor Jesus.

Arlene Hill


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Notas:                                                                                                                                 
Veja, em inglês, esta lição 4 exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet no sitio https://youtu.be/BuAnSvR6LbU;

O video do Pr. Paulo Penno, em inglês, pode ser recebido semanalmente. Solicite a inclusão do seu e-mail na lista do sitio: sabbathschooltoday@1888message.org
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Os textos bíblicos em português são da Edição Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original.
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Biografia da autora, Arlene Hill:
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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