domingo, 28 de abril de 2013

Lição 5, “Busque ao Senhor e Viva, compilação de João Silveira



Para 27 de abril a 4 de maio de 2013

Sub-título: A Emocionante Beleza da Mensagem da Justiça de Cristo” .
Em resumidas palavras a justificação pela fé adventista, de acordo com a “mui preciosa mensagem” é “JUSTIFICAÇÃO POR CONTEMPLAÇÃO
“Contemplando o crucificado Redentor, compreendemos mais plenamente a magnitude e significação do sacrifício feito pela Majestade do Céu. O plano da salvação glorifica-se aos nossos olhos, e a idéia do Calvário desperta vivas e sagradas emoções em nossa alma. No coração e nos lábios achar-se-ão louvores a Deus e ao Cordeiro; pois o orgulho e o culto de si mesmo não podem crescer na alma que conserva sempre vivas na memória as cenas do Calvário.
    “Aquele que contempla o incomparável amor do Salvador, será elevado no pensamento, purificado no coração, transformado no caráter. Sairá para servir de luz ao mundo, para refletir, em certa medida, este misterioso amor. Quanto mais contemplarmos a cruz de Cristo, tanto mais adotaremos a linguagem do apóstolo quando disse: "Mas longe esteja de mim gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gál. 6:14. (O Desejado de Todas as Nações, pág. 661).
Paulo, olhando para a segunda fase do ministério Sumo-Sacerdotal de Cristo nos exorta: “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé...” (Heb. 12: 2). Ora, se temos de olhar para Jesus, para onde temos que dirigir os nossos olhos desde 1844? Para o santíssimo do santuário celestial, pois ali Ele intercede por nós.
A justificação pela fé adventista é paralela a, e consistente com, o ministério de Cristo no santíssimo do santuário celestial.
Muitos ao lerem Amós 5:4:  “Buscai-me e vivei” e “Buscai ao Senhor” Isaías 55:6, bem como muitas outras similares expressões entendem que elas contrariam a mensagem da justiça de Cristo de justificação pela fé em Cristo Jesus, como representada pela mensagem de 1888. Temos realmente que fazer algo para nos salvarmos? Temos mesmo que “Buscar ao Senhor”?
Mas, afinal, o que é necessário fazermos para nos salvarmos.
É chocante para alguns cristãos compreenderem que Jesus disse que há somente um pré-requisito para salvação; Ele disse em João 3:16 última parte:
 “Para que todo aquele que nEle crê não pereça mas, tenha a vida eterna”.
 Pode isto ser verdade ou precisamos tentar adicionar alguma coisa a mais ao que Ele disse? De acordo com Ele nossa parte é crer. A palavra grega para crer e para fé é a mesma. Portanto Ele ensinou claramente que salvação é pela fé, e desde que não adicionou nada mais, quis dizer que salvação é através da fé somente.
Ufa! Isso nos dá alívio, e nos faz dar uma respirada profunda.
Para ganharmos a salvação é necessário guardar os mandamentos, devolver dízimo, dar oferta, observar o sábado, fazer boas obras, etc. e etc.? Não!!! Isso será resultado de O amarmos. (João 14:15).
Sim, mas, não temos o direito de adicionar a João 3:16 palavras que Jesus não proferiu. Ensinou então Jesus a heresia de crer somente? Que embala tantas pessoas na decepção da tese: “Não faça nada e ame o mundo?”
Não. Ele ensinou o tipo de fé que opera a qual em si mesma produz obediência a todos os mandamentos de Deus e faz o crente zeloso de boas obras. Cristo “Se deu a Si mesmo por todos nós, para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para Si um povo especial, zeloso de boas obras” (Tito 2:14).
Como esta dinâmica fé, a qual Jesus disse ser a de que necessitamos para a salvação, pode ser obtida?
 Gálatas 5:6 diz: “Porque em Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”. E João 3:16, primeira parte, diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito”.
 Esse texto fala que Deus já amou e já deu. – Fé vem pelo ouvir estas boas novas. (Romanos 10:17); e esta fé responderá ao que Deus fez com amor, gratidão e apreciação (João 14:15).
Qual foi a medida de Seu amor? Ele deu o Seu Filho unigênito. Preste bem atenção neste verbo cuidadosamente; Ele não o emprestou meramente. Em nosso julgamento humano assumimos que Ele foi concedido temporariamente a nós como um missionário ou um diplomata estrangeiro, que passou 33 anos em exílio neste planeta, e depois voltou para Sua segura e luxuosa terra natal.
Oh! Claro que sabemos que Ele sofreu a agonia da cruz, mas pensamos que esta apenas teve algumas horas de duração e o inteiro episódio de Sua vida na terra parece ser comparativamente breve, em termos de serviço.
O Pai, não O emprestou a nós, mas O deu a nós.
Ó é verdade, nós pregamos e cantamos sobre Seu amor e Sua cruz, mas a consternadora realidade desse sacrifício significa infinitamente mais do que quase todos os cristãos imaginam. O pastor Alonzo T. Jones, um dos dois mensageiros de 1888, referidos na página 382 do Boletim da Assembléia da Conferência Geral da IASD de 1895, num dos inúmeros sermões que pregou, disse:
“Agora irmãos, uma pergunta: Foi esta oferta de Si mesmo um presente de apenas 33 anos, ou uma dádiva eterna? A resposta é que se constituiu em um sacrifício por todas as eras infindas. Ele deu-Se a Si mesmo por nós. Ele tomou nossa natureza para sempre. Este desprendimento de Ágape, este amor abnegado, que só pensa no bem e felicidade do objeto de Seu amor, que somos nós, é que conquista os corações humanos. Este é o amor de Deus”.
“Quer o homem acredite ou não há um poder dominador neste sacrifício e o coração fica em silêncio na presença desse tremendo fato. Considerando que este é o holocausto de Si mesmo, do Filho de Deus, é eterno e veio a mim, e totalmente para mim — dizia o pastor Alonzo T. Jones — esta palavra tem estado em minha mente quase toda hora. Irei tranquilamente diante do Senhor, todos os meus dias”.
 Lindo testemunho de um dos mensageiros de 1888.
Crer, portanto, irmãos, é apreciar e agradecer este fantástico amor. Isto significa em reverência e admiração por este amor, deixar que seu coração humano, seja movido por Ele, a ponto de esquecer-se de si mesmo e de seus pobres desejos e ambições e temores e deixar que este amor o mova a uma devoção que você nunca imaginou ser possível sentir.
Salvação, não é por fé e obra, mas por uma fé que opera. Mas, temos um problema: Como podemos aprender a apreciar este amor, a fim de que esta fé poderosa comece a trabalhar em nós?
Meditando e contemplando Seu amor abnegado na cruz em nosso lugar. Mas, o que há de tão especial em Jesus, em morrer por nós? Muitas pessoas já morreram por nobres causas e muitos já deram a vida por outros, e muitos já sofreram agonia física por longos períodos de tempo.
Sim é verdade, mas medite em Filipenses 2:5-8:
“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus não teve por usurpação o ser igual a Deus antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e reconhecido em figura humana a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz”.
Depois leia Gálatas 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar , porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro”.
Ao Jesus vir já sabia de antemão que sua morte seria tida em conta de maldição da parte do Pai. Deuteronômio 21:23 diz:
 “O que for pendurado no madeiro será maldito de Deus”.
A Bíblia fala de dois diferentes tipos de morte, e não podemos interpretar mal, qual delas Cristo padeceu. O que chamamos morte, a Bíblia chama de sono; mas a morte real é chamada de segunda morte. (Apocalipse 2:11 e 20:14).
Esta é a morte na qual o sofredor não se sente nem sequer um raio de esperança porque se vê completamente abandonado por parte de Deus, mais do que isto, esta é a morte na qual o indivíduo sente o peso total da culpa do pecado, reconhece a justiça de sua condenação, é torturado por total aversão de si mesmo e ante a presença do Deus Santo, em angústia vê queimar cada célula de seu ser. Tal morte contém a maldição de Deus que Moisés mencionou em Deuteronômio 21:22 e 23.
Desde que o mundo começou, nenhuma alma humana já morreu esta morte ou se sentiu completamente abandonado por Deus, com exceção de Jesus, Ele foi feito maldição em nosso lugar (Gálatas 3:13).
Ninguém mais foi física ou espiritualmente capaz de sentir o peso total da culpa do pecado, nenhum ser humano perdido pode sentir esta carga enquanto o Sumo Sacerdote celeste continua a servir como substituto da raça humana, pois Ele é a propiciação pelos pecados; e não somente pelos nossos próprios, mas pelos pecados do mundo inteiro. (I João 2:2).
O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando a misericórdia não mais interceder pela raça culpada”. (O Desejado de Todas as Nações, pág. 753).
Leia Efésios 3:14-19, e veja algumas das dimensões do amor revelado na cruz:
“Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família tanto nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder mediante o Seu Espírito no homem interior, e assim habite Cristo nos vossos corações pela fé; a fim de, estando vós arraigados e alicerçados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda plenitude de Deus”.
 Veja cinco verdades maravilhosas aqui:
1.      A preocupação de Paulo é que possamos compreender a verdade. Ele sabe que se entendermos o que a cruz realmente significa, uma nova motivação tomará posse de nossos corações, e todas as boas obras certamente ocorrerão.
2.      A habitação de Cristo em nosso coração pela fé, requer que estejamos arraigados e alicerçados no verdadeiro amor, Ágape no original em grego. (verso 17 última parte). Esta é uma outra forma de definir fé, como uma profunda apreciação deste amor.
3.      As dimensões deste amor, (Verso 18), são tão altas quanto o céu; tão profundas quanto o inferno; tão compridas quanto o infinito; tão largas quanto o seu coração necessite.
4.      É possível que conheçamos pela fé aquilo que excede todo o entendimento, (Verso 19), mas não espere até a eternidade para aprender a conhecer e a apreciar a cruz de Cristo, se não ampliar sua mente para conhecê-lo agora poderá ser que você não entre na vida eterna. Nosso coração moderno é pequeno, ele precisa ser ampliado, aumentado.
5.      Alguém muito importante; o apostolo Paulo, orou por você para que possa compartilhar com todos os santos (verso 18), da compreensão dessa preciosa verdade da justiça de Cristo. Pessoas ao redor do mundo estão aprendendo a apreciá-la, dezenas e centenas de pastores e membros de nossa igreja a estão pregando por todas as partes da terra. Não perca esta oportunidade.
Porque esta grande verdade não tem sido entendida como merece?
É que satanás sabe que se os seres humanos começarem a apreciar as dimensões do amor revelado na cruz eles serão tomados de toda plenitude de Deus. Daí ele quer eclipsar e encobrir a verdade da cruz. Este tem sido o principal trabalho de um poder que Apocalipse chama de besta e Daniel de chifre ou ponta pequena. Leia alguns textos: Primeiramente
Daniel 8:9-13; 7:25; e, por fim, Apocalipse 13:1-8
Talvez o erro desse poder mais bem aceito tenha sido a doutrina da imortalidade natural da alma humana. Se a alma é naturalmente imortal, Cristo não poderia ter morrido o equivalente a segunda morte. O seu sacrifício é automaticamente reduzido a umas poucas horas de sofrimento mental e físico, confortado pela esperança. Esta doutrina papal, colhida do paganismo, tolhe a largura, o comprimento, a altura, e a profundidade do amor de Cristo, e reduz o Ágape ao nível do amor humano, o qual é motivado por uma preocupação consigo mesmo e pela esperança de recompensa.
O resultado é o enfraquecimento da fé. Quase todas as igrejas cristãs, aceitam a doutrina pagã da imortalidade da alma. Enquanto a mente deles é assim cegada, não podem apreciar as dimensões do amor revelado na cruz e, em consequência, é impossível que entendam a verdadeira justificação pela fé do Novo Testamento.
A igreja Adventista oficialmente rejeita a doutrina papal pagã da imortalidade da alma. Todavia, por muitas décadas, temos ido às mesmas igrejas populares em busca de ajuda para entender a justificação pela fé; não compreendendo que esta doutrina pagã permeia o entendimento deles de justificação pela fé.
Nossa compreensão tem sido adulterada pela deles e o resultado é a nossa difundida mornidão.
Lutero entendeu esta verdade, o melhor que pôde em seu tempo, mas ainda estava longe de uma adequada compreensão de suas totais dimensões, porque não era para seu tempo uma verdade presente. Depois de sua morte seus seguidores, logo abandonaram esta doutrina.
A genuína mensagem da justificação pela fé em Cristo Jesus, como veio à igreja adventista em 1888, e nos anos que se seguiram, começou a redescobrir a total verdade cortando os laços que nos prendiam ao destituído ponto de vista protestante e redescobrindo o que Paulo e os apóstolos entenderam.
Como a mensagem da justiça de Cristo foi boas novas tão extraordinárias?
Muitos entenderam que quando Cristo morreu na cruz, Ele fez uma mera provisão através da qual algo poderia ser feito para nós, se primeiro fizéssemos nossa parte; mas isto não é o que a palavra de Deus diz. Ele realmente fez algo por todo homem.
Romanos 3:23 e 24 diz: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”.
Vejam também II Coríntios 5:19: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”.
Depois Hebreus 2:9 última parte: “Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de floria, e de honra, para que pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem”.
A idéia comum é de que o sacrifício de Cristo é somente provisional, isto é: Ele não faz nada para alguém, a não ser que primeiro essa pessoa aceite Cristo. Em outras palavras, salvação é um processo celeste inativo até que nós tomemos a iniciativa. É como essas máquinas cassa níquel, que nada fazem por você, sem que primeiro coloque a ficha, ou o dinheiro ou então você pode comparar a salvação com um telefone público, se você não introduzir a ficha ou o cartão telefônico a chamada não é completada.
Em contraste, a mensagem da justificação pela fé em Cristo, reconhece que Ele realmente fez algo por todos os homens.
Os textos que acabamos de ler nos dizem:
1.      Que Cristo provou a morte por todo homem (Hebreus 2:9 última parte).
2.      Assim como todos pecaram (Romanos 3:23) serão todos justificados gratuitamente por Sua graça (verso 24), esta é a justificação legal ou forense, como veremos em alguns minutos.
3.      Em virtude do sacrifício de Cristo, Deus não imputará pecado ao mundo, à humanidade; ao invés Ele os imputou a Cristo (2ª Coríntios 5:18 e 19). Esta è a razão pela qual nenhuma pessoa perdida pode sofrer a segunda morte, antes do julgamento final. (Apocalipse 20:4 p.p. e 11 e 12). Este julgamento ocorrerá durante o milênio, veja o capítulo 20.
“Mesmo esta vida terrestre devemos à morte de Cristo. O pão que comemos, é o preço de Seu corpo quebrantado; a água que bebemos é comprada com Seu sangue derramado. Nunca alguém, seja santo ou pecador, toma seu alimento diário, que não seja nutrido pelo corpo e sangue de Cristo. A cruz do Calvário acha-se estampada em cada pão. Reflete-se em toda fonte de água”. (O Desejado de Todas as Nações, pág. 660).
Quando o pecador vê a verdade e crê, ele é justificado pela fé. Justificação pela fé é portanto, muito mais do que uma mera e simples declaração legal de absolvição que foi feita na cruz por todos os homens. Ela inclui uma mudança de coração; o crente, o que exercita a fé, é feito interior e exteriormente obediente a todos os mandamentos de Deus. Tal fé, se não for obstruída e adulterada com os erros de Babilônia, crescerá e atingirá tal maturidade que preparará um povo para a volta de Cristo.
Mas, alguém perguntará: Então porque nem todos os homens serão salvos?
 A razão é mais profunda. Não é que eles não foram suficientemente inteligentes e prontos para agarrarem a iniciativa; todos os que se perderão, finalmente terão resistido e rejeitado a salvação já gratuitamente concedida a eles em Cristo. Deus tomou a iniciativa para salvar todos os homens, mas, nós temos o poder e a liberdade de escolha para nos opormos a ela e vetar-nos o que Cristo já efetuou por nós e colocou em nossas mãos. Podemos com nossas atitudes alimentar nossa alienação e ódio a Deus, até que fechemos os portões do céu contra nós mesmos.
De acordo com Jesus, qual é o único pecado pelo qual alguém pode se perder?
João 3:17-19 diz: “Deus enviou Seu Filho ao mundo, não para que o julgasse, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem n’Ele crê, não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”.
Como você vê, é a rejeição que nos leva à condenação. Como pode ser que a cruz esteja estampada em cada pão e até mesmo pecadores descrentes desfrutam a vida por causa do sacrifício de Cristo!??? Vimos isto de Ellen G. White em (O Desejado de Todas as Nações, pág. 660).
Agora vejamos os textos bíblicos:
Romanos 5:18 diz: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação que dá vida”.
Depois 2ª Timóteo 1:10 – “E manifestada agora pelo aparecimento de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual não só destruiu a morte, como trouxe a luz a vida e a imortalidade mediante o evangelho”.
Estes textos nos ensinam que Cristo literalmente salvou o mundo de uma morte suicida. Na qualidade de Cordeiro morto, desde a fundação do mundo. Apocalipse 13:8, Ele trouxe vida, a luz através do evangelho.
A raça humana estava tão degradada e pervertida no tempo de Roma, que o homem teria eventualmente cometido um suicídio em massa, se Cristo não tivesse vindo quando da plenitude dos tempos (Gálatas 4:4).
Até mesmo o perverso respira por causa da cruz de Cristo; Ele trouxe vida para todos os homens, para aqueles que crêem e apreciam Sua cruz Ele também trouxe imortalidade (2ª Timóteo 1:10; João 3:16; Romanos 5:18).
Vamos ler este texto novamente:

“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens, para a justificação que dá vida. (“que concede vida” – Almeida antiga; a versão King James diz: “para justificação de vida”). (Rom. 5:18).

Existem quatro maneiras em que O CRISTIANISMO tem interpretado este texto:
1.      A visão calvinista fala que Paulo não disse isto corretamente, a graça para justificação que dá vida, veio apenas para os eleitos, não para todos os homens.
2.      A visão Universalista, diz que todos os homens serão salvos, mas isto também é errado.
3.      A visão Adventista comum, embora não afirme, abertamente implica em que Paulo não se expressa corretamente; a graça para justificação que dá vida, realmente não veio para todos os homens, Cristo fez apenas uma provisão para que isto acontecesse, se e não até que eles aceitem a Cristo. *Ouvi-se isto, ao vivo, a semana passada (17 a 24/11/2012) de um grande pregador nosso, no início, no meio e no apelo dos sermões.
4.      A visão da “MUI PRECIOSA MENSAGEM,” também chamada de “a mensagem da justiça de Cristo”, ou “a mensagem da justificação pela fé em Cristo”, ou “a mensagem de 1888”, ou a terceira mensagem angélica em verdade” (Testemunhos para Ministros págs. 91 e 92). como você queira designá-la, entende que Paulo disse isso corretamente; todos os homens foram legalmente justificados na cruz, mas o pecador pode bloquear esta bênção, se ele insistentemente resistir e continuar não crendo; então ele condena-se a si mesmo diante do universo e se desqualifica para a vida eterna, Ele tranca a si mesmo fora do céu.
         *Porque “Deus é um caçador que está sempre em safári nos procurando,” mas Ele não viola a nossa consciência, e “o livre arbítrio é um templo sagrado que Deus jamais violará” (frases de autores desconhecidos). Deus concedeu liberdade ao ser humano. Mas Ele faz de tudo para alcançar-nos a todos. Entretanto Ele fica limitado pelas escolhas que fazemos. Ele nunca desrespeitará a liberdade individual de escolha. Ele influencia, mas nunca coage; convence, mas nunca força.
Como são essas boas novas melhores do que fomos levados a pensar?: Preste bastante atenção nesta sequência de raciocínio. Muitos dos ensinos que professam ser justificação pela fé são, em realidade, um sutil programa de obras. Eles alimentam mornidão, produzem falso senso de segurança que pode ser fatal. “—Está tudo bem comigo, com você também”. Ou um senso de desencorajamento: “—É, eu contínuo falhando, não consigo ter um relacionamento correto com Jesus”.
Peritos modernos não podem inventar uma justificação pela fé melhor do que aquela que Ellen White descreveu como “mui preciosa mensagem”.
 “Esta é chamada a terceira mensagem angélica em verdade”. A qual o Senhor nos enviou em sua grande misericórdia em 1888. (Testemunhos para Ministros págs. 91 e 92, sic).
Esta mensagem é também chamada de A mensagem de 1888 ou A Mensagem da Justiça de Cristo, ou da Justificação pela Fé em Cristo.
A Bíblia ensina que não é nosso trabalho começar um relacionamento com Cristo, isto é iniciativa d’Ele. Medite em algumas parábolas de Cristo: A da Ovelha Perdida (Lucas 15:3-7), Cristo não é um pastor que espera a ovelha perdida encontrar seu caminho de volta, Ele é que vai em busca dela. Depois a parábola da moeda perdida – versos 8-10: a mulher não esperou que sua moeda de prata pulasse de onde estava para suas mãos, mas procurou por ela, até que a encontrou.
Também não é verdade dizer que nossa salvação depende de mantermos esse relacionamento; Jesus disse que o bom pastor continua procurando sua ovelha perdida, até encontrá-la. (Verso 4, ú.p.). Em outras palavras, Ele quer que você seja salvo mais do que você o deseja ser.
Lucas 19:10 nos diz: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido”.
Sua salvação não depende de você manter um relacionamento correto com Ele. Ela depende de você crer que Ele o ama tanto que Ele mantém esse relacionamento com você. Em outras palavras, sua salvação depende da fé e você não tem de se esforçar para ter essa fé, porque ela é um dom de Deus.
Ouça o que Paulo diz em Efésios 2:8 e 9:
Porque pela graça sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus: Não vem das obras para que ninguém se glorie”.
Também não tente obtê-la por qualquer expediente, como subir ao céu ou descer até o inferno procurando por Jesus como se Ele tivesse se escondido de você, mas a sua salvação depende de você se dar conta de que Ele já o encontrou através da palavra da fé que pregamos.
É o que diz Paulo em Romanos 10:6-8: “Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu? Isto é para trazer do alto a Cristo, ou: Quem descerá ao abismo? Isto é, para levantar a Cristo dentre os mortos? Porém diz: A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: isto é a palavra da fé que pregamos”. (Versos 10 – 13): Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação, porquanto a escritura diz: Todo aquele que n’Ele crê não será confundido. Pois, não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
O que é importante não é você segurar as mãos de Deus, mas crer que Ele está segurando suas mãos.
Você tem que ter um coração muito duro para não dizer: “—Obrigado Senhor,” quando compreende que o bom pastor já o encontrou e já o salvou do horror do inferno aqui e agora, e, finalmente, da segunda morte.
Mas, ainda assim, muitas pessoas têm problemas com as boas novas, há uma conexão com o tema: Buscai-me e vivei (Amós 5:4).
Eles dizem: Não ensina a Bíblia que é nossa obra procurar o Senhor? Isso não soa como que o pastor esteja Se escondendo em Seu escritório até que O procuremos e O encontremos?
O texto: Buscai ao Senhor e o apelo Buscai-me e vivei, não contradizem a parábola do Bom Pastor, proferida por Jesus?
Bem,
É um grande erro distorcer textos do Velho Testamento em contradição com a clara palavra de Jesus no Novo Testamento. Este foi um dos erros e pecados dos antigos judeus. Por exemplo: O Velho Testamento diz: “Olho por olho, dente por dente” (Êxodo 21:24), mas Jesus veio revelando que: A graça excede a isto (Romanos 5:20). Precisamos entender esse princípio do Novo Testamento, ou nos afundaremos em uma sutil forma de legalismo e permaneceremos surdos e mornos, paralisando nossa mensagem ao mundo.
Não há nada no Novo Testamento que implique, mesmo remotamente, que o Salvador espera indiferentemente, até que a ovelha perdida, de alguma forma, procure seu caminho de volta; se isto fosse verdade, não teria a ovelha algo em que se vangloriar?
Até mesmo textos do Velho Testamento que aparentam dar essa impressão, são esclarecidos quando estudados no contexto. Por exemplo: A palavra hebraica traduzida por buscar, em Isaías 55:6 – “Darceh”,  não significa realmente buscar mas prestar atenção; informar-se; investigar. Confira seu uso em 1º Samuel 28:7. Isaias enfatiza a proximidade do Senhor, não sua distância, Ele diz, preste atenção:
“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, Invocai-O enquanto está perto”.
Que motivação maravilhosa nos dá o verdadeiro evangelho para servir a Cristo?
Vejamos 2ª Coríntios 5:14 e 15, que diz: “Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou”.
Os apóstolos pregaram uma mensagem muito diferente do que normalmente vemos hoje, seu apelo primário não era a esperança de recompensa no céu, ou incitando nas pessoas o medo de se perderem e irem para o inferno. Toda motivação egocêntrica foi sobrepujada pela mensagem de justificação pela fé. A mensagem deles proclamava a cruz de uma maneira tão vívida e poderosa que seus ouvintes eram motivados dali em diante sem nenhum pensamento de interesse próprio a dedicarem tudo o que eles possuíam a Jesus que havia morrido por eles. Isto era fé, e fé que operava.
“Não é o temor do castigo ou a esperança da recompensa eterna, que leva os discípulos de Cristo a segui-Lo. Contemplam o incomparável amor do Salvador, revelado em Sua peregrinação na terra; da manjedoura de Belém à cruz do calvário, e essa visão dEle atrai, abranda e subjuga o coração.” (Desejado de Todas as Nações, pág. 480).
Essa verdadeira motivação cumpre a preciosa promessa de Hebreus 2:15 de que “Cristo veio para que livrasse a todos que, pelo medo e pavor da morte, estavam sujeitos a escravidão por toda a vida”.
O evangelho puro, reativado na mensagem da justiça de Cristo, promove uma profunda paz, essa paz pode crescer somente em um coração que foi libertado do subconsciente temor que assombra os homens do berço até a morte.

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Alonzo T. Jones cria que o único elemento de que o povo de Deus precisa, a fim de se preparar para a segunda vinda, é a fé genuína. A mensagem que o mundo precisa ouvir é a verdade da justificação pela fé, à luz da purificação do santuário — "a Mensagem do terceiro anjo em verdade." A fé deve ser entendida no seu verdadeiro sentido bíblico — “uma apreciação de coração do Ágape de Cristo". (Waggoner, está em plena harmonia com Jones).

Oremos:
Pai bondoso de amor, vem habitar em nós, para que as Tuas promessas se cumpram em nossas vidas, através de Teu viver nelas. Que possamos oh Pai, sentir a alegria desta liberdade e da paz que a Tua salvação nos provê, e nos concede em cada dia de nossa vida. Te pedimos em nome de Teu santo e amado Filho Jesus.
Amém!

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Lição 4 - Senhor das Nações (Amós), por Paulo Penno.



Para 20 a 27 de abril de 2013



Em muitos aspectos, Amós é um livro triste de se ler. A realidade da antiga adoração de Baal e a adoração de ídolos era o culto do sexo. "Qualquer um e seu irmão dormem com a ‘prostituta sagrada’ — um sacrilégio contra o Meu santo nome" (Amós 2:7, Peterson1). Foi paganismo obsceno importado para a cultura sagrada de Israel, o verdadeiro povo de Deus na Terra. Tornou-se tão difundida que, eventualmente, a nação (*de Israel) foi engolida por nações pagãs e deixou de existir.
Por que estudar Amós? Porque o amor de Deus o inspirou a deixar sua casa no Reino do Sul e ir até Israel como um missionário para tentar trazê-los de volta à adoração do verdadeiro Deus (mas só algumas pessoas responderam ao seu apelo sincero para arrependerem-se). A história do antigo Israel é estranhamente semelhante à cultura religiosa professada por todos que vivemos hoje. Enquanto você lê Amós, você terá a estranha sensação de que ele é o mensageiro de Deus para o nosso tempo.
Por que, oh! por que, o verdadeiro povo de Deus foi, tão sem amor, tão mundano, tão apóstata nos dias de Amós? Por que tantas vezes caíram na sedutora imoralidade sexual dos pagãos? Através de Amós Deus disse a Israel, amorosamente, que Ele os tinha afligido repetidas vezes, mas "não vos convertestes a Mim, disse o Senhor" (Amós 4, u.p. dos versos 8, 9, 10 e 11).  Sua disciplina foi praticamente inútil.
Esta dolorosamente triste história foi o fruto direto do padrão do velho concerto de pensar sobre Deus. Tudo começou no Monte Sinai quando o próprio povo rejeitou o novo concerto de Deus e abraçou a "escravidão" do velho concerto, Êxodo 19:4-8; Gál. 4:24. Amós é "verdade presente". Aquelas "dez tribos" perderam-se na história; é saudável para "nós" considerarmos e tremermos diante de Deus! Não é este o momento para aprendermos a lição?
A igreja de Laodicéia é "morna", inconsciente de uma grande pobreza de espírito nesta hora de crise (Apoc. 3:14-21). Será que não devemos aprender as lições da história?
O profeta Amós implorou ao rei e ao povo a se arrependerem de sua flagrante injustiça, luxo, extravagância e enorme licenciosidade — corrupção moral ostentada diante de Deus, enquanto a nação estava à beira de um desastre irremediável. Amós disse, "Eles odeiam na porta ao que repreende, e abominam ao que fala a verdade" (Amós 5:10). Os sacerdotes tentaram expulsar Amós do país, 7:10. Mas ele ficou firme e disse-lhes: "Eu vou destruir o palácio de inverno, esmagar o palácio de verão — Todos os seus edifícios de fantasia. As luxuosas casas serão demolidas, todas as casas pomposas" (3:15, Peterson). "Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra" (7:17). "Acabou o tempo, ó Israel! Prepara-te para conhecer o seu Deus" (4:12, Peterson). Essa é a prometida mensagem de Elias.2
Assim como no cumprimento por João Batista da mensagem de Elias, também a mensagem que vem "antes do grande e terrível dia do Senhor" vai "preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lucas 1:17). Parece que "a mensagem do terceiro anjo, em verdade" (*E. G. White, Review and Herald, 1º de abril de 1890), Apocalipse 14:1-12, e a "mensagem de Elias," (*ambas) são (*uma e) a mesma (*coisa): arrependimento permeando o "corpo de Cristo" (*a igreja).
A grande reforma protestante de justificação pela fé tem preparado um número incontável de almas preciosas para reviverem na "primeira ressurreição" (Apocalipse 20:6). Eles podem ser felizes no reino de Deus para sempre. Agora chegamos ao momento em que o Espírito Santo irá revelar uma compreensão mais clara da verdade que prepara as pessoas para a trasladação na segunda vinda de Jesus (cf. 1ª Tessalonicenses 4: 16 e 17) — algo a ver com a "mensagem de Elias". Ou melhor, entendimentos mais profundos e claros de justificação e justiça pela fé.
Tal "transformação de corações" é o que a palavra "expiação" significa; aqui está a profecia de Deus do maior ministério de reconciliação de coração que o mundo já conheceu desde os tempos de Jesus. A mensagem de Elias é o apelo solene do grande Dia antitípico da Expiação que encerra a obra de Cristo como Sumo Sacerdote do mundo. É o "Alto Clamor" do anjo de Apocalipse 18.
Mas o coração que mais precisa de "reviravolta" é o da heroína no drama do Apocalipse 19:7 e 8 — a alienada futura noiva do Cordeiro, cujo "casamento" tem sido adiado devido a seu coração frio em relação a Ele. É uma igreja mundial que ainda não aprendeu a reconhecer sua própria identidade, para ver a si mesma como ela aparece pateticamente no palco do universo.
Os estudiosos e líderes de tal igreja mundial têm debatido por muito tempo como o coração de uma tal massa de um "corpo" unificado possa ser "transformado" e derretido em contrição pessoal, mas também contrição corporativa. Não sejamos descrentes; descrença torna-se aqui o pecado de todos os tempos. "Elias" vai fazer o que parece ser impossível.
Tudo vem junto: a "mensagem de Elias" é aquela do grande "outro anjo" de Apocalipse 18:1 a 4, é a mensagem final do "evangelho eterno" de 14:6 a 15; é a poderosa repetição da "queda de Babilônia" do versículo 8; é a "testemunha" do Senhor Jesus [a mensagem de 1888]3 “ao anjo da igreja em Laodicéia", a última das sete igrejas da história (3:14-21); é o chamado: "sê pois zeloso e arrepende-te"; é o apelo do Amante Decepcionado em o Cântico dos Cânticos (5:2) à Sua noiva para consumar a "bodas do Cordeiro" longamente adiada (19:07, 8) e Elias concilia o coração dela a Ele! E é isso que significa "expiação" - o Dia cósmico do ministério da Expiação centrada no Santíssimo do santuário celestial. (*Grifamos)
Elias não tinha paciência com os "profetas de Baal", mas ele tinha uma enorme perseverança e ternura para com o povo. As pessoas eram ovelhas que tinham sido enganadas por seus pastores que tinham sido apoiados pelo tesouro nacional. (Qualquer pessoa que ganha o seu sustento administrado com o dízimo sagrado deve tremer diante de Deus.) (*Grifamos). A indignação de Elias foi inspirada pelo Espírito Santo. Foi a "honorável indignação" de Deus expressa em Jeremias 23 e Ezequiel 22 e 34, onde Ele diz: "Ai dos pastores", "pastores", que são "profanos", "que se alimentam a si mesmos." Veneração egoísta disfarçada como adoração, como ministério, de Cristo! Essa é a essência do culto a Baal. Deus odeia isto. "O leão rugiu — quem não tem medo? Deus tem falado — o profeta pode ficar quieto?" "O fato é que Deus, o Mestre, não faz nada, sem antes dizer aos Seus profetas toda a história" (Amós 3: 8 e 7, Peterson).
Mas Seu coração anseia pelas pessoas que são desviadas, especialmente os jovens e as crianças. A mensagem "de Elias" vai curar corações alienados. A dureza será derretida. Através da "graça de Deus", e não através do severo legalismo, raízes de amargura" enterradas serão expostas por aquilo que são, e um povo vai compor uma unidade preciosa com Jesus (Zac. 13: 1; Hebreus 12:15). E, é claro, portanto, uma unidade preciosa um com o outro! A mensagem "de Elias" vai fazer pelo povo de Deus o que fez por ele — o preparou para a trasladação. Não se engane: Satanás vai se opor à mensagem de condenados ao inferno. Mas, "a graça de Deus", será muito mais abundante. O povo de Deus vai responder ao seu Sumo Sacerdote.


- Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

Notas:
1) Amós 2:7 na versão “A Mensagem — A Bíblia em linguagem contemporânea,” do pastor presbiteriano Eugene H. Peterson. A Almeida Fiel diz: “Um homem e seu pai entram à mesma moça, para profanarem o Meu santo nome.”
[2] "Nesta época, pouco antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, Deus chama homens que preparem um povo que subsista no grande dia do Senhor .... Nestes últimos dias o Senhor está dando mensagens ao Seu povo, através dos instrumentos que Ele escolheu, e todos teriam atenção as advertências e avisos que Ele envia. A mensagem que precedeu o ministério público de Cristo era: Arrependei-vos ... A nossa mensagem não é para ser uma mensagem de paz e segurança. Como pessoas que acreditam no breve aparecimento de Cristo, temos uma mensagem definida para  transmitir, ‘Prepara-te para te encontrares com o teu Deus" (Amós 4:12). (Ellen G. White, "No Espírito e Poder de Elias," The Southern Watchman, edição de 21 de março, 1905).
 [3] "A mensagem que nos foi dada por A. T. Jones e E. J. Waggoner é a mensagem de Deus para a igreja de Laodicéia, e ai de quem professa crer na verdade e ainda não reflete a outros os raios dados por Deus" (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 3, pág. 1.052).
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Lição 4 - Senhor das Nações (Amós e Obadias), por Tod Goutrier



Para 20 a 27 de abril de 2013

Porque muitos virão em Meu nome, dizendo: ‘Eu sou o Cristo', e enganarão a muitos .... se levantará nação contra nação, e reino contra reino .... E então muitos serão escandalizados, e trairão um ao outro, e se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mat. 24:5-14).
 “Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” (Apoc. 3;18).
Não há nenhuma dúvida sobre isso — estamos vivendo numa época em que a profecia de Cristo em Mateus 24 está encontrando cumprimento. Ofensa, traição, ódio e injustiça são coexistentes com reivindicações de uma nova era emergente, em que "deus" está em todos, apenas esperando para se expressar. No entanto, o deus deste mundo não tem vontade de resolver o problema do pecado. 
Nós servimos a um Deus pessoal, soberano que ama a justiça e a misericórdia, e que promete corrigir os erros rebeldes da humanidade. Como Judá e Israel antigamente, podemos ser felizes ao ouvirmos a voz de Amós proclamando a justiça de Deus contra a iniquidade e a opressão do mundo.
Mas também podemos tremer ao lermos a lista de pecados que nos assediam, nos capítulos 2 e 3, que seria aplicável por paralelo a nós mesmos como Israel espiritual de hoje:
• Desprezar a lei e quebrar os mandamentos
• Seguindo mentiras sobre Deus e Sua vontade
• Praticando ganância e avareza
• Pervertendo o caminho do humilde
• Cortejando a imoralidade sexual
• Fechando nossos ouvidos ao profeta
• Promovendo estilos de vida não saudáveis
No entanto, como o chamado remanescente no final do tempo, temos a responsabilidade de ministrar às necessidades espirituais e físicas de toda a humanidade, a despeito de nós mesmos. Isaías 58 nos dá uma definição mais ampla do que significa ser observadores do sábado no final dos tempos.
É evidente que não podemos realizar a obra do Senhor para o mundo neste tempo sem a purificação, o amor duradouro vindo de um coração que valoriza o evangelho. Quando podemos deixar a "iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo" (*2ª Cor. 4:6) brilhar dentro e através de nós, então nossa luz pode "romper como a alva" (*Isa. 58:8), trazendo uma justiça de cura para nós mesmos e o mundo. Precisamos, desesperadamente, o que o Mensageiro de Laodicéia prescreve!
Poderíamos nos perguntar individualmente — Quanto estou colaborando para levantar a opressão daqueles sobrecarregados com o pecado? Eu tenho um cristianismo prático que é para mim a extensão do amor de Deus? Estou levantando os outros com as bênçãos que tenho recebido?
Temos sido abençoados ricamente com uma imagem do amor de Deus, sem precedentes na história humana. A Misericórdia e a Justiça se beijaram na cruz (*ver, Sal. 85:10). Como podemos ficar em silêncio e passivos à luz desse amor? Devemos nos preparar para encontrarmos o nosso Deus, e não virmos de mãos vazias, mas com amigos e entes queridos para intesificar o coro: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos!" (Apoc. 15:3).
Ao invés de assumirmos uma mentalidade de fortaleza, como os edomitas (a terra de Esaú, *Gên 36:8), regozijando-nos de que não estamos no cativeiro de outros, enquanto olhamos para as suas aflições à distância, devemos nos aproximar deles e ajudar neste trabalho.
Ó Senhor, salva-nos do orgulho e da inatividade, e cumpra a Sua palavra em nós!
 “Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades. A casa de Jacó será fogo, e a casa de José uma chama, e a casa de Esaú palha; e se acenderão contra eles, e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o falou” (Obadias 1:17 e 18).
Todas essas profecias, e a história de Israel, são colocadas na Bíblia para admoestação das pessoas que vivem nos últimos dias da história desse mundo E a instrução de Deus está lá para o povo nos últimos dias para se voltarem para Deus para que possam ser salvos da autêntica ruína. É por isso que essas coisas estão colocadas lá. De modo que Amós e Oséias são tão a verdade presente hoje, para você e para mim, e para todos no mundo, como elas foram para o povo das dez tribos no dia em que eles escreveram. (Alonzo T. Jones, no Boletim Diário da Conferencia Geral de 1897, em 14 de março de 1897)
 “A situação agora é a mesma que era nos dias de Amós. Há juízos à espera de serem derramados, e não em cima de uma única nação, mas sobre todas as nações. Os homens propõem que o dia mau está longe e, há muitos à vontade em Sião. ‘Pois quando disserem: há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição ... e de modo nenhum escaparão’ (1ª Tess. 5: 3). Alguns estão zombando da promessa da Sua vinda, e ‘assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem’ (Mat. 24. 38 e 39). Os servos de Deus devem agora proclamar a Sua Palavra, fazendo aos homens o convite: ‘temei a Deus, e dar-Lhe glória; porque é vinda a hora do Seu juízo’ (Apoc. 14:7) para reconhecer a Deus em Suas obras e receber a vida e a justiça em Suas mãos, para que a profecia de Amós possa ser cumprida para eles: ‘E plantá-los-ei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus’ (*Amós 9:15). (Elett J. Waggoner, em A Verdade Presente, edição inglesa, de 1º de setembro de 1898)
 “Deus é soberano sobre todas as coisas, e as profecias são apenas as declarações de Seus propósitos. Todo grande propósito de Deus em Suas obras para a salvação dos homens foi dado a conhecer antes do tempo para Suas realizações. ‘Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas’ (Amós 3: 7). Ele os revela para a instrução dos homens, para que eles possam ser sábios e possam saber o que fazer quando o tempo para a ação chegar. O grande plano de Deus para a redenção dos homens nunca, desde o primeiro momento da sua inauguração, foi interrompido. Tem se movido constantemente para a frente, e está avançando ainda hoje. Satanás a cada passo tem se oposto ao trabalho, e quando essas forças opostas se encontrarem, a crise será o resultado. Então, aqueles que foram zelosos para a glória de Deus, e cujo zelo foi de acordo com o conhecimento, aproveitaram a oportunidade de fazer um trabalho importante para Deus, e fizeram seus nomes em destaque entre os que foram contados como Seus servos. Mas aqueles que não foram ‘destros na ciência dos tempos, para saberem o que Israel devia fazer’ (*1º Crôn. 12:32), têm, assim, falhado em relacionar-se apropriadamente ao serviço de Deus, ou estiveram em oposição a ele, e suas vidas foram fracassos sombrios; pois os grandes propósitos da Onipotência devem avançar para a sua conclusão, e se um homem não vai preencher o lugar na obra que Deus planejou para ele, a perda é dele, e a honra que poderia ter sido sua é dada a outrem” (Idem, de 5 de outubro de 1893)
Quem vai falar sobre o maravilhoso amor e o poder de Deus? Haverá alguem especial de Seus seguidores que tem o privilégio de contar de Sua bondade, enquanto outros mantêm o silêncio? Ouça o que está escrito: "Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?" (Amos 3: 8). Evidentemente, ninguém pode deixar de falar a Sua palavra, exceto aqueles que ainda não a ouviram. Jeremias, uma vez, por causa das críticas dos homens, pensou que ele não iria mais fazer menção do Senhor, mas ele disse: "Sua palavra foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou fatigado de sofrer, e eu não posso mais" (Jer. 20: 9). E assim, quando os apóstolos foram ordenados a não falar mais em nome de Jesus, eles disseram: "Não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido" (Atos 4: 20). E assim sempre será, ninguém vai manter silêncio, exceto aqueles que não conhecem a voz de Deus falando com eles.
"Deixe aqueles se recusarem a cantar,
Que nunca conheceram o nosso Deus;
Mas os servos do Rei Celestial
Podem falar de suas alegrias largamente.
"
(Idem, de 28 de dezembro de 1893).

Tod Goutrier

O irmão Todd Guthrie, é um médico adventista, membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países. Ele e sua família sempre aparecem no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental.
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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Lição 3 - Um Deus Santo e Justo (Joel), por Roberto Wieland,



Para 13 a 20 de abril de 2013

A nossa Igreja Adventista do Sétimo Dia a nível mundial está passando por um "reavivamento e uma reforma" na busca de uma preparação de coração para o fim do mundo e a segunda vinda de Jesus Cristo. Pessoas sinceras estão enviando insistentemente suas orações ao "trono da graça" de Deus (Heb. 4:16). É cada vez mais reconhecido que os desenvolvimentos dos últimos dias estão ocorrendo diante de nossos olhos.
Há uma promessa no pequeno livro de Joel que está em vigor desde quase o início do tempo: "E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo [livrado]." O Senhor continua a prometer que o "livramento" será "entre os sobreviventes que o Senhor chamar" (Joel 2:32). Esse é o convite do evangelho, falando desses últimos dias perigosos quando os corações das pessoas estão "desmaiando de terror" (*Lucas 21:26).
Ao abrir-se o livro de Joel, o profeta, transmitindo "a palavra do Senhor" que foi dirigida a ele, adverte de terríveis juízos, e tenta despertar o povo (1:5). Seu chamado aos "sacerdotes" e "ministros" é "Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor" (1:14).
Por que o jejum? Você anseia a muito tempo entender o que Deus está tentando dizer-lhe. Então você ora, mas é isto suficiente? Joel ajuda a entender a razão para o jejum. Em Joel 2:12 Deus diz: "Convertei-vos ... a Mim de todo o vosso coração, e isso com o jejum." Em outras palavras, a sinceridade do fundo do coração é o que o Senhor quer ver, e você não pode culpá-Lo. Você mesmo fica revoltado quando as pessoas falam a você sem sinceridade. Quando você ora, o Senhor tem o direito de perguntar: "Você realmente está falando sério ou você está apenas brincando?" Será que faz sentido para Ele perguntar: "Você é honesto o bastante para ir para a próxima fase, o “jejum”?
Foi em tempos de grande crise que Israel não só orava, mas “jejuava.” Em nossa era moderna, não devemos esquecer que estamos vivendo no grande antitípico cósmico Dia da Expiação, antigamente, o único dia no ano em que Deus pedia a Israel que jejuasse (Lev. 23:27). Não podemos jejuar o tempo todo, é claro, mas podemos viver humildemente na presença do Senhor, negando o próprio eu, e não festejar, enquanto outros seres humanos, queridos em Cristo como nós, morrem de fome.
Um dos versos mais belos em Joel para nós, como adventistas do sétimo dia, está no capítulo 2: "Regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, ... Ele fará descer a chuva, a chuva serôdia" (v. 23). Mas algumas pessoas estão perplexas: o que é exatamente a "chuva serôdia"?
A história da "chuva temporã" (ver Joel 2:23) ajudará a explicar o que é a "chuva serôdia". Foi no Pentecostes que o verdadeiro povo de Deus (aqueles que criam em Cristo) recebeu o derramamento do verdadeiro Espírito Santo provindo de Deus. Agora, depois de dois milênios, esperamos que o dom do Espírito Santo seja dado novamente como complemento da “primeira” bênção.
A “chuva temporã" foi a luz da verdade que foi dada como um presente — foi a percepção da verdade que o professo povo de Deus tinha rejeitado, assassinado e crucificado o Senhor da glória. Aquela bênção não foi um grande barulho tanto quanto foi luz que a fez brilhar: Pedro proclamou que aquelas pessoas ali presentes tinham crucificado o Messias, o Filho de Deus. "E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração" (Atos 2:36, 37).
A "chuva serôdia" é o derramamento final do Espírito Santo. Ela irá capacitar o povo de Deus para ser Suas testemunhas no último conflito de todos os tempos. Embora a "chuva temporã" no Pentecostes tenha sido gloriosa, somos informados de que o derramamento final será muito maior em todos os aspectos. Ellen G. White identificou a mensagem de (*Justificação pela fé, outorgada à igreja remanescente na cidade de Mineápolis em) 1888 como "aguaceiros da chuva serôdia do céu" (*grifamos). (Testemunhos Especiais, Série A, n º 6, pág. 19). Esta é a mensagem que "O Senhor, em Sua grande misericórdia, enviou" como "o começo" da mensagem do alto clamor de Apocalipse 18:1-4 (Testemunhos para Ministros, págs. 91-93).
Era o plano de Deus que a mensagem da justiça de Cristo devesse ir tanto para a igreja como para o mundo (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234 e 235). Reavivamento, reforma e arrependimento são essenciais para a igreja antes que a luz daquele “outro anjo” (*veja Apoc. 18) possa brilhar claramente para o mundo em geral. Portanto, uma mensagem de graça muito mais abundante, a qual Ellen White declarou ser o "começo" da chuva serôdia, e deve, na providência de Deus, ser trazida para a igreja primeiro (*antes que possa ser dada ao mundo). Tal obra é o mais puro evangelismo ganhador de almas.
Ao invés de uma mensagem do antigo concerto, (*ou antiga aliança) que é centrada no ego1, a mensagem de 1888 (da Justiça de Cristo) revelou uma nova e superior motivação — uma preocupação com a honra e vindicação de Cristo, como uma noiva sente por seu marido. Transcende os próprios desejos egoístas dela. Fé é revelada como uma apreciação de coração pelo grande amor revelado na cruz, independentemente do nosso desejo de recompensa (*em ganhar a vida eterna) ou medo do inferno. Toda a motivação egoísta é transcendida. Nenhuma outra motivação pode levar Seu povo a superar o egoísmo e o pecado, exceto uma preocupação pela honra e a integridade de Seu trono. Mas essa motivação é todo poderosa. É a fé do Novo Testamento!
A chuva serôdia será, portanto, um dom do Espírito Santo que vai trazer a verdadeira e final convicção do pecado que somente Ele pode trazer aos corações humanos: a culpa da crucificação de Cristo é o nosso pecado. Mas isso é uma verdade que não compreendemos claramente ainda. De acordo com Zacarias 12:10-13:01, quando o povo de Deus compreender a realidade, virá o maior arrependimento de todos os tempos. Vai tornar-se a experiência "final" de reconciliação com Cristo. Isso tornará possível um movimento, um segundo "Pentecostes", uma mensagem será proclamada em todo o mundo que vai "iluminar a terra com Sua glória" (Apoc. 18:1), e que vai preparar um povo para a volta de Cristo.
A chuva serôdia será uma revelação mais clara do evangelho da justificação pela fé que nós já discernimos. O significado da frase em hebraico em Joel 2:23 ["a chuva temporã em justa medida"] – “moderadamente na KJV] é "um mestre da justiça", ligando a chuva serôdia à mensagem da justificação pela fé.
A justiça que nosso Sumo Sacerdote ministra para nós a partir do segundo compartimento do santuário celeste (*o Santíssimo) vai além de um (*simples) perdão legal para os nossos pecados. Se fosse meramente uma questão de ajustar nosso registro de pecados nos livros do Céu, então não teríamos avançado além do ministério no lugar Santo e seguido a Cristo ao Santíssimo, e isso nos colocará séculos atrás com os evangélicos que têm o "evangelho da reforma".
Em vez disso, a justificação pela fé desde 1844 a partir do segundo compartimento (*o Santíssimo) está vendo o perdão de Deus ao pecador realizada na cruz, e, em seguida, "sendo justificados pela fé" (Rom. 5:1). "Pelo qual agora alcançamos a reconciliação" (vs.11). É um coração que foi cativado pelo divino Ágape de Deus que agora motiva uma fé que é obediente a todos os mandamentos de Deus.
Aqui está a verdade fundamental que é quase totalmente ignorada hoje — as águas iniciais da chuva serôdia foram manifestadas na "mui (sic.) preciosa mensagem" (*Testemunhos para Ministros, págs. 91 e 92) da justificação pela fé, que o Senhor enviou a este povo em 1888. Outros aguaceiros da chuva serôdia devem necessariamente incluir uma recuperação dessa mensagem, porque a intenção do Céu nunca pode ser derrotada.
A segunda vinda de Cristo é a validação final da mensagem adventista do sétimo dia. Nosso próprio nome exprime a nossa confiança em Sua breve volta. Se Cristo nunca devesse retornar, não temos tido nenhuma razão de existir como povo, e somando nossos 150 anos de história, são uma desilusão. Como diz Paulo, que seriamos, então, "os mais miseráveis de todos os homens" (1ª Coríntios 15:19). E mesmo que Sua vinda seja certa, mas deva ser adiada por muitas décadas ou até mesmo séculos, nós ainda não temos razão de existir, pois temos dito repetidamente que Sua vinda está próxima, porque Ele disse isso. Não é a nossa honra, mas é a dEle que está em jogo.


 Compilado dos escritos de Roberto J. Wieland
 Por Carol Kawamoto


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888.
Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido

A irmã Carol Kawamoto vive no sopé da bela Serra da Califórnia. Ela freqüenta uma pequena igreja adventista onde foi batizada há muitos anos. Pouco depois do batismo ela conheceu Helen Cate, então editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888 (que também era um membro da mesma igreja) e o pastor Robert J. Wieland, que pregava as verdades da Boa Nova da mensagem de 1888. Ela começou a trabalhar com Helen, que fundou a revista “1888 Message Newsletter”  (Noticiário da Mensagem de 1888). Após a morte de Helen, Carol foi eleita editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888, onde teve o privilégio de trabalhar diretamente com o pastor Wieland, redigindo o boletim de notícias para aquela revista, e publicando os numerosos livros dele. Ela continua com o seu amor em partilhar a "mui preciosa mensagem" (TM, pág. 91), através da edição de diversos artigos, de diferentes autores, que publicamos neste blog. Ela tem também outros projetos. Ela envia suas saudações a todos os leitores deste blog, tanto no Brasil como em outros países de fala portuguesa.

Nota do tradutor:
1)                       Este concerto foi a promessa dos israelitas de que “tudo o que o Senhor tem falado, faremos” (Êxo. 19: 8). E mais tarde a esta frase ainda acrescentaram a expressão “obedeceremos” (Êxo. 24:7). Eles prometeram o que não podiam cumprir. E não o podiam porque confiavam si mesmos. Semanas depois estavam adorando um bezerro de ouro. Deus fez este concerto com eles para que quando falhasse vissem que, sem o poder do Espírito Santo, atuando neles, não conseguiriam obedecer, e veriam que necessitavam do Messias vindouro, Cristo, o Salvador, que lhes transmitisse poder para uma perfeita obediência.

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