quinta-feira, 26 de junho de 2008

Lição 13 - Sua Volta Como Rei e Amigo

Ao revisamos as treze lições sobre Jesus, uma verdade magnífica sobre Ele emerge como importantíssima:

Ele Se deu a Si mesmo por nós. Deu-Se a Si mesmo completamente—esvaziou-Se, como lemos aqui: “Cristo Jesus sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, (um homem e uma mulher lutarão até à morte para preservar a reputação!), e

“Tomou sobre Si a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Fil.2:5-8

Este autor, que escreve esta INTROSPECÇÃO, nasceu num lar luterano e cedo aprendeu amar a história de Martinho Lutero; ele tornou-se meu herói.

Então nos mudamos para um povoado onde não havia nenhuma igreja luterana, e tornamo-nos metodistas; e depois mudamos outra vez, e outra vez não havia nenhuma igreja luterana então tornamo-nos presbiterianos.

A igreja presbiteriana era a mais bonita no povoado, completa, com um órgão de tubos, que eu amei como criança. Eu nunca me esquecerei das paredes que tremiam com as notas grandiosas do baixo, ao cantamos, hinos como "Amor Divino” (*Love Divine, 107 do hinário adv. brasileiro).

Descobri a verdade do Sábado na Escola Dominical daquela igreja presbiteriana; o amoroso Senhor me deu a graça de recebê-la e acreditar nela porque era uma verdade tão obvia na Bíblia. Não foi nenhum mérito próprio meu; o Senhor deu-me a graça de crer.

Quando nós deixamos (*a igreja presbiteriana) e fomos à pequena igreja adventista do sétimo dia, eles não tinham bancos (*confortáveis), mas de madeira para nos sentarmos, e nem sequer um piano—tinham um velho órgão de respiração asmática—daqueles que você bombeia com os pés.

Mas eu sabia que a verdade do Sábado é bíblica, e o Senhor na Sua grande misericórdia me deu da Sua mui abundante graça, para abrir o meu coração e receber a verdade. Significou eu dizer adeus à amável menininha de quem eu gostava, que me acompanhou ao piano quando toquei Thaïs de Massenet,1 e outras músicas, ao violino.

O pastor presbiteriano, o Dr. Campbell, ofereceu financiar meus estudos até a faculdade se eu abandonasse este louca "coisa de sábado do 7º dia”.

Andar pelo centro da cidade, no sábado de manhã, vestido de terno e gravata, a caminho da igreja adventista do 7º dia, através do povoado, parecia um pouco doloroso; companheiros de classe pensavam que eu era louco, incluindo a amável menina que tocou piano para mim; mas a convicção da verdade me sustentou.

Hoje agradeço ao Senhor do fundo do meu coração, pela Sua mui abundante graça, que me permitiu eu ter esta prova de fé.

Se eu tivesse permanecido na querida igreja presbiteriana (que era onde o presidente do banco da cidade freqüentava), eu nunca teria aprendido esta mui surpreendente verdade que nós aprendemos nestas treze semanas de estudos sobre o "Maravilhoso Jesus":

A morte que Jesus morreu por nós foi "a segunda morte" que é mencionada duas vezes no livro de Apocalipse (2:11 e 20:12-14). Esta é a medida da “largura, e comprimento, e profundidade, e altura" do amor (Ágape) de Cristo. Só quando essas grandiosas dimensões do Seu amor (Ágape) são claramente entendidos, você e eu perceberemos a "constrangimento" desse amor (Ágape) motivando-nos a total consagração ao serviço de Jesus: "Porque o amor [Ágape] de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram, ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Cor. 5:14, 15). Aliás, o que Paulo disse foi que "doravante" você achará impossível viver para si, não importa quanto ao mundo o tentar, se você deixa esse amor (Ágape) prendê-lo.

Mas pense nela, na verdade da “segunda morte”, embora ela não tenha sido mencionada com ênfase em nosso guia de estudos deste trimestre! (*grifos nossos).

Mas um dia, e nós confiamos que será em breve, esta verdade gloriosa de "Ágape" tomará o centro da pregação na Igreja de Adventista do Sétimo-Dia, e então iluminará a terra com a glória da mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18:1-4.

O Senhor fez Seu melhor ao enviar essa mensagem a nós em 1888; mas que "em grande medida" foi mantida longe do nosso povo, e longe do mundo (cf. Mensagens Escolhidas, livro 1, pp. 234, 235).

Agradeça o Senhor pela boa nova gloriosa ainda perante nós!
—Robert J. Wieland

O pastor Roberto J. Wieland serviu à nossa igreja como pastor, missionário, administrador, e redator da nossa casa editora na África, onde despendeu a maior parte de sua vida ministerial. Jubilado, ele atualmente é ancião na sua igreja em Meadow Vista , Califórnia, EUA, onde prega no 5º sábado de cada mês. Ele continua a dar seminários, e a escrever artigos e livros, como seu último livro, “1888” for Almost Dummies.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

______________________¬¬¬¬¬___________

Notas do tradutor:

1)Jules Émile Frédéric Massenet (1842 – 1912), compositor francês, especialmente conhecido por suas mui populares óperas no final do século XIX e início do século XX, e desta época ainda permanece como um dos representantes mais típicos. Julio Massenet compôs Thaïs estreada com enorme sucesso (em 1894), tendo sido seu maior sucesso público sentimentalista. Carlos de Mesquita, compositor, pianista, organista e regente brasileiro, foi seu aluno.

_________________________

Cristo Já Poderia Ter Voltado a esta terra.
(Esta matéria extraímos da lição 7 da série A Esperança do Advento, referida na coluna ao lado)
Aquela lição diz: “A esperança não deve ser nem exagerada nem insuficiente.
Mas cuidado, com o passar do tempo, parece que diminui, e já não temos suficiente esperança.
A Bíblia aponta ao equilíbrio. “Para não ver a esperança frustrada não tenhas inveja dos pecadores, mas, no temor do Senhor, perseverarás todo dia” (Prov. 23: 17 e 18).
O Pe. Antonio Pereira de Figueiredo assim traduz Prov. 17:8: “A expectação de quem aguarda, é uma pérola belíssima. Para qualquer parte que ele se volta, obra com prudência.” E mais: “Quando achares a sabedoria, terás esperança duradoura na hora da morte” (Cap. 24:14).
11:7: “Morto o homem ímpio, não restará mais esperança alguma!”
Cícero dizia, “enquanto há vida há esperança”.
Diz aquela lição (7 do 4º trim. de 2002), que Paulo adverte contra o excesso de expectativa.
Como evitaremos que nosso primeiro amor se esfrie? Essa é a grande pergunta.
II Tess. 2:3, diz: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,”
A lição de 2002 dizia: “A Esperança é algo maravilhoso, mas, podemos ter demasiado dela? Bem, isto, para alguns, é como aquela lógica: ‘—se um pouco de sal é bom para você, muito deve ser melhor’. Pode o mesmo dar-se com a esperança? Pode muita esperança ser algo mal para nós?
Leiamos dos vs. 1-4: “Ora, irmãos, rogamo-nos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.”
Mesmo nos primitivos dias da igreja cristã, havia aqueles que deviam ser aconselhados quanto a abrigar esperança em demasia.
Podemos saber que quanto mais aguardamos, cada dia estamos mais próximos daquele grande dia. Assim a demora deve tornar-nos mais emocionados com a esperança do advento, não menos.
Quanto a esta aparente demora vejamos de Parábolas de Jesus, pág. 69: “É privilégio de todo cristão, não só esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também apressá-la (II Ped. 3:12). Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão.” Também está em Evangelismo p. 696,
A intenção de nosso Senhor era retornar a este mundo não muito depois da apresentação da mensagem de 1888, mais precisamente uns 4 ou 5 anos depois.
Ouçam as declarações que nos demonstram que o atraso não foi falta do próprio Senhor:
De Parábolas de Jesus, p. 69:
"Quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa (Mar. 4:29). Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus.
“Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo Israel vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade" (Mat. 13:58). Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles.
“Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos.” Manuscrito 4, 1883.
Não devemos responsabilizar a Deus
“Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela conseqüência de seu procedimento errado.” Carta 184, 1901.
Podemos apressar o Dia
“Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 633.
E de Testimonies vol. 8 p. 22, e Testemunhos Seletos, vol. 3 pág. 213 temos isto:
“Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão”.
Manuscrito 4, 1883: e está também em Evangelismo, pág. 695:
“Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus, Ele lhes abriria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo, proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes desta data para receber Seu povo para dar-lhe o Seu galardão”.
Assim não teria havido a mensagem de 1888.
Escrito em 1884 da série “Espírito de Profecia”, Volume 4 p.291:
“Se todos que trabalharam unidamente na obra em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo e a proclamado no poder do Espírito Santo, o Senhor teria operado poderosamente com seus esforços”.
“Um dilúvio de luz teria sido derramado sobre o mundo; anos antes os habitantes da terra teriam sido advertidos, o encerramento da obra completado e Cristo teria vindo para redenção de Seu povo”.
Testemunhos vol. 9 p. 29, extraído do Boletim da Associação Geral de 1893, p 419, a importância desta data é ter sido poucos anos depois que a mensagem de 1888 foi dada.
“O Senhor planejou que a mensagem de advertência e instrução dada mediante o Espírito ao seu povo fosse à toda parte, mas a influência que se desenvolveu com a resistência à luz da verdade em Mineápolis tendeu a tornar de nenhum efeito a luz que Deus havia dado a Seu povo mediante os testemunhos.
“Se todo soldado de Cristo tivesse cumprido seu dever, se todo atalaia nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo, o mundo poderia, muito antes disso, ter ouvido a mensagem de advertência, mas a obra está atrasada em anos”.
Vejam que em quatro anos a obra estaria concluída.
Agora da Review and Herald, de 6/10/1896:
“Se aqueles que reivindicam terem uma experiência rica nas coisas de Deus tivessem realizado sua obra designada pelo Senhor, o mundo inteiro teria sido advertido muito antes disso”
Isto é, antes de 1896 Jesus teria retornado em poder e grande glória..
E de Testemunhos vol. 6 p. 450, publicado em 1900, e que apareceu primeiro nos Anais da União Australiana de 15 de outubro de 1898, e que encontra-se também no 3° vol. de Testemunhos Seletos p.72 de onde eu o copiei:
“Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teia vindo à terra e os santos teriam recebido as boas vindas na cidade de Deus”.
A declaração que se segue é atribuída à Irmã White, mas é corroborada por uma carta de seu filho W. C. White ao pastor Taylor G. Bunch.
“Se o povo de Deus tivesse se dedicado ao trabalho como deveria, logo após a reunião de Mineápolis de 1888, o mundo inteiro teria sido advertido em poucos anos e o Senhor teria vindo”.
E escrito em 1898, está em Desejado de Todas as Nações, p. 633-634 o seguinte:
“Se a igreja de Cristo tivesse realizado sua obra como o Senhor ordenou, o mundo inteiro teria antes disso sido advertido e o Senhor Jesus teria vindo à terra em poder e grande glória”.
Do Boletim da Associação Geral de 13 de março de 1893:
“Irmãos e irmãs, pela luz que me foi dada, eu sei, que se o povo de Deus tivesse preservado uma viva ligação com Ele, se tivesse obedecido a Sua Palavra, poderia hoje estar na Canaã Celestial”
E de E Recebereis Poder (MM de 1999), pág. 171, (Extraído de Home Missionary, publicado em 1º de Agosto de 1896) temos isto:
“Se os que afirmam ter viva experiência nas coisas de Deus houvessem cumprido o dever que lhes foi designado da mesma maneira ordenada por Deus, o mundo inteiro teria sido advertido e o Senhor Jesus teria vindo a nosso mundo com poder e grande glória.”
Quando falamos isto alguns se chegam a nós e dizem: “—Ó certamente estou contente por Ele não ter vindo então, pois neste caso eu não estaria incluído no quadro. Bem, esta declaração devemos desencorajar alguém de a empregar. É uma manifestação puramente egoística. Lembre-se que nossa preocupação não deve estar na salvação de nossas próprias pequenas almas, mas o nosso cuidado e zelo deve ser para com a honra, glória e defesa de nosso Senhor Jesus Cristo, pela vindicação do Seu nome e do nome de Seu Pai. Isto é o que importa, e quanto mais cedo isto ocorrer, melhor será. Se nunca tivéssemos nascido neste mundo não faria diferença alguma. Este mundo correu por 6.000 anos sem nós. Contudo, agora, que aqui estamos, agora que estamos de fato vivendo neste mundo, tornamo-nos importantes à vista de Deus, pois Ele morreu para salvar a todos. E Ele conta conosco na divulgação de Sua mensagem.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Lição 12 - A Eficácia de Seu Ministério Sacerdotal

Ellen White ficou extremamente feliz quando ouviu a mensagem de justificação pela fé dos lábios de A. T. Jones e E. J. Waggoner. Para ela este claro ensino estava de acordo com a mensagem dos três anjos. "Vinda é a hora do Seu juízo” (*Apoc. 14:7) e nosso Sacerdote está purificando o santuário celestial. Que conexão há entre justificação pela fé e a purificação do santuário celestial por Jesus nosso Sumo Sacerdote?

A resposta é que, desde 1844 Jesus está desempenhando o (*Seu) ministério do Dia da Expiação. Ele está empenhado no final apagar dos pecados. Mas antes que o santuário pussa ser purificado no céu, o templo (*da alma) de Seu povo na terra deve ser purificado. A fonte de contaminação do pecado deve ser estancada em Seu povo. A honra de Deus e a integridade do Seu concerto estão em jogo. Deus tem a solução ao problema de pecado. O evangelho de Jesus Cristo pode perdoar pecados e Sua justiça tem o poder, pela virtude do Espírito Santo, para limpar o templo da alma. Deus prometeu no Seu concerto eterno.1

Então, quando Ellen White ouviu esta mensagem, reconheceu nela o poder e a força do evangelho que prepararia o povo de Deus para ficar de pé com um caráter puro no dia da segunda vinda de Cristo. Eles seriam testemunhas vivas de Deus nas horas de crise. Seriam parte dos 144.000 e trasladados sem ver a morte no Seu retorno. Seriam testemunhas vivas do poder de Deus para salvação do pecado. Vivendo em carne pecaminosa, tentados, provados e afligidos, o mistério da piedade seria revelado neles—"Cristo em você a esperança de glória" (*Col.1:27).

Como o ecoar de um tambor sobre o curso de vários semanas a senhora White escreveu nas colunas da Review and Herald em 1890 daquele seu entusiasmo. A importância deste período de tempo, de janeiro a março de 1890 e o que acontecia no Instituto Bíblico dos ministros em Battle Creek (*a então sede da Organização) é de grande importância.

Note suas declarações (*em diferentes artigos, em seqüência, naquele periódico, lemos): "Estamos no dia de expiação, e temos que proceder em harmonia com a obra de Cristo de purificação do santuário dos pecados do povo. Que nenhum homem que deseje achar-se trajado com as vestes nupciais, resista ao nosso Senhor em Sua função. Como Ele é, assim serão Seus seguidores neste mundo. Nós devemos agora pôr perante o povo o trabalho que, pela fé, nós vemos nosso grande Sumo Sacerdote realizar no santuário celestial".2

"Cristo está no santuário celestial, e Ele ali está para fazer uma expiação por Seu povo. ... Ele está purificando o santuário dos pecados do povo. O que nos compete fazer? —é nossa obra estarmos em harmonia com o trabalho de Cristo. Pela fé temos que cooperar com Ele, estar na união com Ele. ... Um povo deve ser preparado para o dia grande de Deus" 3, A

"Cristo está purificando o templo no céu dos pecados do povo, e nós devemos trabalhar em harmonia com Ele aqui na terra, limpando o templo da alma de sua corrupção moral". 4, B

"O povo não entrou no lugar santíssimo, onde Jesus foi fazer uma expiação por Seus filhos. Necessitamos do Espírito Santo para entender as verdades para este tempo; mas há sequidão espiritual nas igrejas”.5, C Note aqui que entrar no santuário com Jesus pela fé, no dia da expiação, significa progredir com a luz que Jesus deu na terra a Seu povo. A verdade de justificação pela fé que Jones e Waggoner traziam ao povo de Deus era para ser entendida em relação ao ministério do dia expiação por Jesus no santuário.

"Luz está brilhando do trono de Deus, e com que propósito? —é para que um povo possa ser preparado para ficar em pé no dia de Deus".6, D, E

"Se todos nossos irmãos trabalhassem juntos com Deus, não duvidariam que a mensagem que Ele enviou a nós durante estes dois últimos anos é do céu. ... Suponha que você apague o testemunho que tem-nos vindo durante estes dois últimos anos, proclamando a justiça de Cristo, quem você poderia apontar para trazer luz especial para o povo?” 7, F A mensagem presente de justificação pela fé era a mensagem do terceiro anjo em verdade, dando poder e força à purificação do santuário. Isto é o que ela quis dizer por "em verdade”.G, H

As igrejas guardadoras do domingo não seguiram a Jesus, pela fé, no Seu trabalho no Santíssimo em 1844. Destarte passaram a adorar um deus da sua própria criação— Satanás se você preferir. 8 Até hoje, na maioria, eles vêem a mensagem de santuário da Igreja Adventista do Sétimo Dia como um erro colossal. Foi denominado o maior artifício para salvar as aparências para justificar uma equivocada interpretação da Escritura—Daniel 8:14.

Mas ao povo de Deus foi dado um entendimento raro de justificação pela fé em relação à purificação do santuário que é (*uma mensagem para) preparar um povo para a vinda do Senhor. Eis porque o Senhor a deu (*aquela mensagem) a Seu povo para ser proclamada às igrejas cristãs nominais do mundo. Eles inicialmente a tinham rejeitado em 1844.

Cristo agora está no santuário celestial e Ele ministra em nosso favor os méritos da Sua morte expiatória. E só o Seu sangue pode expiar o pecado. Essa não é meramente uma expiação legal. Tem que advir dela uma completa obra prática desta expiação nos corações e vida do povo de Deus ou o grande conflito nunca pode ser acabado. E não pode ir indefinidamente para todo o sempre.

Conquanto gerações passadas de adventistas possam ter visto o juízo investigação como um tempo de preparação e completa reforma, há uma ênfase diferente hoje. O evangelho, a transformação de nossos caráteres de dentro para fora é o que é importante.I Devemos estar vestidos de um manto nupcial a fim de entrarmos nas bodas.

A questão importante aparecendo no fundo é esse casamento—as bodas do Cordeiro—que foi adiada tão longamente. O tempo deve vir, e virá pela graça de Deus, pelo Seu povo despertando e percebendo quão importante é. O tempo deve vir quando a esposa deve fazer-se pronta para o casamento. (*”Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua esposa se aprontouApoc. 19:7).

—Paul E. Penno

O irmão Paulo E. Penno Junior é um pastor adventista, completando, em 2008, trinta e seis anos de ordenação. Atualmente ele é pastor da igreja de Hayward, na cidade de Hayward, na Califórnia. Um Distrito da Associação Norte Californiana da Igreja Adventista do 7º Dia.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.

Das notas que se seguem, as numeradas são do autor, e as marcadas com letras do tradutor:

1) "Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados" (Jeremias 31:33, 34).

2) Ellen G. White, "A Necessidade de Consagração Completa," (Review and Herald, 21 de janeiro de 1890, p. 33).

3) Ellen G. White, "O Senhor Deve Ser Nossa Luz," Review and Herald, 28 de janeiro de 1890, p. 49).

A) Continuando esta seqüência de artigos, no dia 4 de fevereiro de 1890 ela escreveu: “A obra mediadora de Cristo, os grandes e sagrados mistérios da redenção, não são estudados e compreendidos pelo povo que reivindica ter luz que nenhum outro povo na face da terra tem”.

4) Ellen G. White, "O Perigo do Falar Dúbio," Review and Herald, 11 fevereiro de 1890, p. 81).

B) Em 18 de Fevereiro ela escreveu no mesmo periódico: “Muitos há entre nós que têm preconceito contra a doutrina do santuário, que estamos estudando nessas reuniões, e não virão ouvi-las”.

5) Ellen G. White, "Necessidade de Zelo na Causa de Deus," Review and Herald, 25 de fevereiro de 1890, p. 113).

C) Este mesmo texto, mais ampliada, foi assim traduzido por nós em outra ocasião: “A adormecida igreja deve ser despertada, o povo não entrou no lugar santíssimo, há aridez espiritual nas igrejas, eles se opõem sem saber ao quê”.

6) Ellen G. White, "Aproxime-se de Deus," Review and Herald, 4 de março de 1890, p. 129).

D) Neste mesmo artigo ela diz mais: “Deveremos defrontar incredulidade em cada forma no mundo, mas é quando encontramos descrença naqueles que devem ser líderes do povo que nossas almas são feridas”.

E) No dia 11 de março ela escreveu: “Por aproximadamente 2 anos, temos insistido com o povo para vir e aceitar a luz e a verdade referente à justiça de Cristo. E eles não sabem se devem vir e se apossar dessa verdade ou não”.

7) Ellen G. White, "A Mensagem Presente," Review and Herald, 18 de março de 1890, p. 161).

F) Ainda nesta mesma edição de 18 de marco de 1890 ela escreveu: “Vocês têm tido a luz do céu ... estes que tem se recusado a receber a verdade, se interpõem entre o povo e a luz. Por quanto tempo irão aqueles que estão no comando da obra manter-se indiferentes à mensagem de Deus”?

G) “Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e respondi-lhes: ‘—É verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo." Review and Herald, 1º de abril de 1890. Educação pág. 190; Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 372; Eventos Finais, pág. 200.

H) No dia 28 de março de 1890, ainda na Review and Herald, ela escreveu: “Nossas igrejas estão morrendo por falta de serem instruídas quanto à justiça de Cristo”.

Parece que ninguém em Batle Creek captou o que ela estava falando. Qual foi a recompensa por esses artigos na nossa revista adventista americana? Ellen White foi enviada para a Austrália, no ano que se seguiu, contra a sua própria vontade. Ao partir, em outras palavras, ela disse: O Senhor não tinha aprovado nossa ida para a Autrália. Nós éramos mais úteis junto à direção da igreja em Battle Creck. Entretanto ela obedeceu por respeito à liderança da igreja. Waggoner um pouco depois foi enviado para a Inglaterra, A. T. Jones, permaneceu nos EUA. Assim foi desfeito o trio que desde 1888 tentou dar à igreja a mensagem que iria concluir a obra. (Veja Testemunhos para Ministros, págs 91 em diante).

8) "Vi que, como os judeus crucificaram a Jesus, assim as igrejas nominais tinham crucificado estas mensagens, e portanto elas não têm nenhum conhecimento do caminho para o Santíssimo, e não podem ser beneficiadas pela intercessão de Jesus ali. Como os judeus, que ofereciam seus sacrifícios inúteis, eles oferecem suas orações inúteis (*direcionadas) ao apartamento (*o lugar Santo) que Jesus deixou; e Satanás, contente com o engano, assume um caráter religioso, e dirige as mentes destes cristãos professos a si mesmo. ... Ele também vem como um anjo de luz, espalhando sua influência sobre a terra por meio de falsas reformas. As igrejas são exaltadas, e consideram que Deus trabalha maravilhosamente para elas, quando é o trabalho de outro espírito" (Primeiros Escritos, 1882, p. 261).

I) A idéia de 1888, da purificação do santuário, não é a de que o povo de Deus vá realizar esta obra, em absoluto; o Sumo Sacerdote é que o faz, e Seu povo simplesmente para de resisti-Lo, no trabalho de sua função, para emprestar uma expressão de Ellen G. White em “O Caminho a Cristo”, pág. 27 edição de 1892. Mas, atenção, edições posteriores em Inglês, e hoje em português, na 5a página do capítulo “Arrependimento ou Mudança de Rumo”, não mais trazem esta expressão.

Mas irmão, o povo de Deus agora deve permitir que Ele os purifique, e devem retirar as pedras do caminho dEle. A Bíblia nunca disse que o antigo Israel tinha que limpar o santuário sempre foi o Sumo Sacerdote que o fez. Proeminente, na mensagem de 1888, é a idéia de cessar de lutar contra o Senhor. Somente na Conferência Geral de 1888, é que Ellen G. White falou tão claramente:

“Poderá o pecador resistir a esse amor poderá recusar-se a ser atraído para Cristo, porém, se não se opuser, será levado para Ele, em arrependimento de seus pecados”.

Em “Caminho a Cristo”, página 27, novamente, edição de 1892. Parar de resistir a Jesus é a essência desta idéia da purificação do santuário. Aparentemente Ellen G. White pegou esta idéia de Jones e Waggoner.

As Boas Novas são melhores que muitos adventistas sempre pensaram ser.

Tenha um, feliz sábado na companhia do nosso Maravilhoso Deus.

Lhe deseja o irmão em Cristo

João Soares da Silveira

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Lição 11 - O Poder de Sua Ressurreição

A palavra grega anastasis (ressurreição) literalmente significa "levantar-se outra vez". Satanás derrotou a raça humana pelo pecado, e na árvore do Conhecimento (*do bem e do mal) ele subjugou suas conquistadas vítimas declarando que era mais forte que Deus. Ali, Adão pecou e devia morrer eternamente, Entretanto Cristo postou-Se entre o morto (Adão) e o (Deus) vivo, assim colocando a raça humana inteira numa alongada provação1 (veja Review and Herald, de 12 de março de 1901; Carta 22, de 13 de Fev. de 1900; O Comentário Bíblico Adventista, vol. 7A, pp. 16-17). O poder prometido da ressurreição de Cristo foi visto nesse primeiro exemplo de justificação no Jardim do Éden. "O pecado não terá domínio sobre vós" (Rom. 6:14).

Jesus "foi entregue por causa de nossas transgressões, e ressuscitado para nossa justificação" (Rom. 4:25). "E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados”2 (I Cor. 15:17). Sua ressurreição do equivalente da segunda morte (não como as ressurreições da filha de Jairo, a do filho do viúva de Nain, e mesmo a de Lazaro, *que voltaram a morrer), provou que Satanás não tem nenhum poder para nos fazer continuar vivendo uma vida de pecado (veja O Desejado de Todas as Nações, pp. 209-210)3.

Paulo fala aos filipenses que ele quer "ser achado nEle, não tendo como minha justiça, a que vem da lei (o legalismo do velho concerto), mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé” (Fil. 3:9). Comentando este verso, E. J. Waggoner declarou: "O poder pelo qual um homem é feito justo é o poder da ressurreição. Este poder da ressurreição, que opera justiça num homem, é a garantia da ressurreição final para a imortalidade no último dia, pelo qual ele toma posse da sua herança" (Comentário sobre Romanos, de E. J. Waggoner, p. 91).

Falando da prometida herança na Nova Terra, Waggoner escreveu: "A herança é um legado de justiça... Agora, o homem que pensa que pode obter justiça fora da lei, está, em realidade, tentando substituir a justiça de Deus pela sua própria. Em outras palavras, ele tenta receber a terra por fraude" (ibidem, p. 88).

A posição de Waggoner é a de que a idéia do velho concertismo, de suposta capacidade do homem, por meio da "fé" ou "boas obras," acrescentar a (*sua obra) à obra de salvação de Deus, realmente tenta obter a promessa por meio de uma mentira. As "obras da lei" (legalismo) não adicionam nada à equação da salvação (Gal.. 3:18, 21-22; 4:21-26; Boas Novas, pp. 66, 70-72, *este livro é um comentáio do livro de Gálatas Tornado Claro, também de Waggoner). "Mas, desde que o evangelho é contrário à natureza humana, nós nos tornamos observadores da lei não fazendo, mas, crendo. Se obrássemos para obter justiça, nós estaríamos simplesmente exercitando nossa própria natureza humana pecaminosa, o que jamais nos aproximaria da justiça, mas nos afastaria dela" (ibidem, p. 56; veja também de E. G. White, Fé e Obras, p. 24)4.

No começo de julho de 1886, E. J. Waggoner (*com apoio de Ellen G. White, como veremos a seguir) começou a expandir um entendimento dos dois concertos que estava fora de sincronização com a visão mantida pela maioria da liderança da igreja. Os homens que se opuseram à posição de Waggoner afirmavam que a graça foi reivindicada à custa da lei. Viam a posição de Waggoner concernente à "lei em Gálatas" como um ataque à posição longamente-mantida pela igreja sobre a lei moral e o Sábado. Se a "lei em Gálatas" era, "principalmente," a lei moral, então estes homens supuseram que sua defesa (*da guarda) do Sábado seria “pregada na cruz," assim como nossos oponentes reivindicavam. Foi esta disputa que estabeleceu a atitude predominante na assembléia da Conferência Geral de Minneapolis em 1888..

Como este fato histórico se relaciona com o estudo da lição desta semana? A lição da segunda-feira focaliza a história dos dois discípulos que se encontraram com Jesus ressuscitado no caminho de Emaús (Lucas 24:13-32). Sobre isto o Guia de estudos da lição dos adultos, edição do professor (*pág. 141, 5º §) faz esta declaração:

"O que esta história deve nos ensinar é a importância de não sobrepormos nossos próprios desejos, nossa vontade, nossas expectativas, à compreensão da doutrina. Precisamos ser submissos ao que a Palavra de Deus ensina, mesmo que ensine coisas que não são exatamente iguais ao que gostamos"5.

A lição também aponta que estes discípulos

"estavam tão concentrados em sua decepção que deixaram de perceber a iluminação e claridade que estavam bem à sua frente” (fls 142, 1º §).

E a lição faz algumas perguntas pertinentes:

“De que modo semelhante desconsideramos o Espírito Santo? De que modos as coisas nos foram apresentadas tão claramente e ainda, no momento, pela dureza de nosso coração as perdemos completamente? Como podemos evitar enganos semelhantes?6” (ibidem)

A maioria da liderança da igreja rejeitou a verdade dos concertos que Waggoner tentou apresentar durante os anos 1886-1896 porque diferiu das próprias expectativas deles concernentes à doutrina. O coração da "mui preciosa mensagem" é a distinção entre o novo e o velho concertos, entre crer nas eternas promessas do concerto de Deus, ou confiar nas promessas do homem para obedecer. Numa carta datada de 8 de março de 1890, Ellen White escreveu ao Pr. Uriah Smith: "Você mesmo, o irmão Dan Jones, o irmão Porter e outros estão gastando seus poderes de investigação inutilmente, para produzirem uma posição concernente aos concertos, para diferir da posição que o irmão Waggoner apresentou". (Materiais de Ellen G. White sobre 18887, vol. 2, p. 604). Em distinção por contraste à posição mantida por Uriah Smith e G. I. Butler, Ellen White mais tarde escreveu a Uriah Smith, referindo-se à lei em Gálatas 3:24, dizendo: "Nesta Escritura, o Espírito Santo, pelo apóstolo [Paulo], fala especialmente da lei moral" (Idem, vol. 4, p. 1575).

Por que esta mensagem incitou tanta oposição? "Uma indisposição de ceder a opiniões preconcebidas, e aceitar esta verdade, (*lembre-se, ela está falando ai da lei em gálatas) estava à base uma grande parte da oposição manifestada em Minneapolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos Waggoner e Jones". (ibidem, *este texto está também em, Mensagens Escolhidas, vol. I, p. 234). O que foi perdido pela oposição? "Excitando aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes" (ibidem, idem, pp. 234 e 235, *grifamos)

Quando nós estivermos dispostos a morrer para o eu, para a auto-exaltação, e as opiniões preconcebidas, então o Espírito Santo nos levantará dentre os mortos e dará ao nosso Movimento (*Adventista) poder para terminar a obra.

“... As energias espirituais de Seu povo têm estado por muito tempo entorpecidas, mas deve haver uma ressurreição da morte aparente. Mediante oração e confissão do pecado, devemos abrir o caminho do Rei. Ao fazermos isso, o poder do Espírito nos sobrevirá. Necessitamos da energia pentecostal. Esta virá; pois o Senhor tem prometido enviar Seu Espírito como o poder que tudo vence.” Obreiros Evangélicos, pp. 307 e 308

—Ann Walper

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

A irmã Ana Walper é uma enfermeira padrão, ávida estudante da Bíblia, e é ativa na igreja adventista que freqüenta; este ano exercendo as funções de diretora da Escola sabatina; instrutora de uma de suas unidades, e líder do dep. de Liberdade Religiosa. Durante os meses de verão ela trabalha como enfermeira voluntária em acampamentos da juventude adventista nos estados de Kentucky e Tenneesse nos EUA. Escreve, já por 14 anos, artigos no jornal de sua cidade sobre as Boas Novas de Cristo e Sua Justiça.

Nota da autora:

1) Ellen G. White comentando por que Adão imediatamente não morreu, como Deus disse que ele iria morrer, pergunta: "Por que a pena de morte não foi imediatamente imposta ao caso de Adão? —Porque um resgate foi achado. O Filho unigênito de Deus ofereceu-Se para tomar o pecado do homem sobre Si, e fazer uma expiação pela raça caída. Não podia ter havido nenhum perdão para o pecado, se esta expiação não tivesse sido feita" (Review and Herald, 23 de abril de 1901; Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, p. 1082; por favor note que a expiação foi feita no começo da história da terra, logo que Adão pecou, e que a "raça caída" foi incluída em Adão quando foi resgatada).

Notas do tradutor:

2) Veja os versos 23 e 24. São também esclarecedores: “Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado (*pela promessa feita a Abraão, vs.16); mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos nAquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;

3) Em O Desejado de Todas as Nações, páginas 209 e 210 Jesus afirmou: ‘Tudo quanto o Pai faz, o Filho o faz igualmente. ... Assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer.’ João 5:19 e 21. Os saduceus diziam que não havia ressurreição do corpo; mas Jesus lhes diz que uma das maiores obras de Seu Pai é ressuscitar os mortos, e que Ele próprio possui poder de fazer a mesma obra. ‘Vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.’ João 5:25. Os fariseus criam na ressurreição dos mortos. Cristo declara que mesmo agora o poder que dá vida aos mortos se encontra entre eles, e eles hão de testemunhar-lhe a manifestação. É esse mesmo poder de ressuscitar que dá vida à alma morta ‘em ofensas e pecados’. Efés. 2:1. Esse espírito de vida em Cristo Jesus, a ‘virtude da Sua ressurreição’ (Filip. 3:10), liberta os homens ‘da lei do pecado e da morte’. Rom. 8:2. O domínio do mal é despedaçado e, pela fé, a alma é guardada do pecado. Aquele que abre o coração ao Espírito de Cristo, torna-se participante daquele grande poder que lhe fará o corpo ressurgir do sepulcro.

4) Do livro Fé e Obras, de E. G. White, à pág. 24, lemos: “...quaisquer obras que o homem pode prestar a Deus serão muito menos do que nada. Meus pedidos só se tornam aceitáveis por estarem baseados na justiça de Cristo. A idéia de fazer algo para merecer a graça do perdão é errônea do começo até o fim. "Senhor, não trago na mão valor algum; simplesmente me apego a Tua cruz." (*A serva do Senhor extraiu esta última frase do sermão nº 181, de C.H.Spurgeon, pregado na manhã de domingo de 28/2/1858 no salão de música, Royal Surrey Gardens, na Inglaterra)

5) Por exemplo. A Escritura, pela pena inspirada de Paulo, nos diz: “Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado ...” (Rom. 8:3). Muitos, até mesmo entre nós, para satisfazerem seu desejo de não serem taxados de "seita", e o desejo de manter idéias preconcebidas, entendem a palavra “semelhança” ao contrário do claro sentido no grego, exatamente como “dessemelhança, desigualdade, diferença”. Por quê? É que o ser humano não gosta de aceitar a idéia de um Deus que Se dispôs a descer ao seu nível.

Mas Ele, a despeito de Se revestir de nossa natureza defeituosa, ainda assim saiu vitorioso. Ele era, foi e sempre será “Santo, Santo, Santo”. Ele é totalmente altruísta, desceu ao fundo do poço, aonde a raça caída estava: depôs aos pés do Pai todas as Suas prerrogativas e veio a esta terra “com risco de perda eterna” DTN, p. 49, a fim de ser “Deus conosco”, não um deus lá com “os deuses, cuja morada não é com a carne,” como afirmava Babilônia (Dan. 2:11). Foi somente assim que Ele “por causa do pecado, condenou o pecado na carne” (Rom. 8:3).

Ele assumiu o “risco de perda eterna”! Que Deus maravilhoso!!!

Como podemos nós rejeitar este Salvador, e mudar esta verdade???

“Que ninguém busque destruir os fundamentos de nossa fé -- os fundamentos que, mediante estudo da Palavra feito com oração, e por meio da revelação, foram postos no princípio de nossa obra. Sobre esses fundamentos temos estado a construir por mais de cinqüenta anos. Podem homens supor que têm encontrado um caminho novo, que podem pôr um fundamento mais sólido do que o que foi posto; mas isso é grande engano. "Ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto (I Cor. 3:11)” Obreiros Evangélicos, pág. 307 (*Grifamos)

6) Crendo no que a Palavra diz.

7) Em 1998, no centenário da assembléia da Conferência Geral, realizada em Mineápolis, o Patrimônio dos Escritos de Ellen White publicou uma antologia de tudo que ela escreveu sobre “1888”, que resultou em 4 volumes, com um total de 1821 páginas (formato A-4), xerocopiadas dos documentos originais, com o títuloMateriais de Ellen G. White sobre 1888”. Nesta coleção literária, via de regra, não está incluído o que já havia até então sido publicado de Caminho a Cristo, O Desejado de Todas as Nações, O Maior Discurso de Cristo, Parábolas de Jesus, etc. ...

. Certa indignação foi manifestada por defensores da “Nova Teologia”, por ter a Conferência Geral publicado “tudo” que a Serva do Senhor escreveu sobre 1888, entretanto cremos que o Senhor está preparando o caminho para que Sua igreja finalmente receba esta mensagem, que é a chuva serôdia, segundo diz a serva do Senhor, e que há de ser o elemento final para preparar a noiva para encontrar o Noivo celestial. (Apoc. 19: 7).


O Pr. Kenneth H. Wood, Jr., (1917 - 2008) falecido em 25 de maio último, conhecido ministro adventista do sétimo-dia, presidente do Patrimônio dos Escritos de Ellen G. White desde 1980, e membro de oficio do Comitê Executivo da Conferência Geral, diz, à pág. 305 de sua obra Tocado pelos Nossos Sentimentos, que: “Antes de a igreja proclamar com poder divino a última mensagem de advertência ao mundo, ela deve unir-se em torno da verdade sobre a natureza humana de Cristo. (Pág. 234 na nossa recente edição em português).


Os editores da Conferência Geral dizem, à fls 5, §8: “Para todos os que buscam entender o evento de 1888, da perspectiva de Deus, nós recomendamos o estudo destas cartas, manuscritos, artigos e sermões. Acreditamos que eles servirão como uma ajuda para cada adventista do 7º dia que deseja se beneficiar das lições que nossos ancestrais aprenderam, ou falharam em aprender, cem anos atrás.”

E a isto somente podemos dizer, AMÉM!!! Sábio conselho!!!

Tenha um feliz sábado, na compania do nosso Maravilhoso Deus,

lhe deseja o irmão em Cristo,

João Soares da Silveira

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Lição 10 - O Significado de Sua Morte

De todas nossas treze lições deste trimestre, esta é a mais profunda.

É fácil banalizar o assunto, como milhões o fazem. Pôr uma cruz no telhado de uma igreja ou pendurando-a ao pescoço ou na parede de sala de estar, não é o que Jesus quis dizer pela Sua expressão "levar a cruz:"

“E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-Me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de Mim, esse a salvará" (Lucas 9:23, 24).

Palavras profundas, mas o que elas querem dizer?

(A) Primeiro, devemos entender que tipo de morte Jesus morreu: eis aqui onde adventistas do sétimo-dia têm uma grande contribuição para fazer à vida espiritual dos professos cristãos observadores do domingo em toda parte. "Babilônia" não entende, não pode entender o que aconteceu na cruz de Jesus. E não é primariamente falta sua, pois eles herdaram um falso conceito pagão sobre a morte de Jesus.

(B) Ao ser pendurado na cruz, as bondosas senhoras da Sociedade Assistencial de Mulheres de Jerusalém providenciaram-Lhe uma esponja embebida em um narcótico anestesiante. (Elas provavelmente faziam isto para todas as vítimas da horrível morte por crucificação de invenção romana; era somente uma expressão de sua bondade feminina e compaixão para com o sofrimento do ser humano; graças a Deus que Ele criou as mulheres!)

(C) Sendo humano assim como divino, Jesus teria amado sugar firmemente nessa esponja e beber o narcótico e simplesmente cair no sono, dormir, como os dois ladrões que foram crucificados com Ele indubitavelmente fizeram.1 O ladrão que creu morreu feliz, confiando na promessa de Jesus de que estaria com Ele no Paraíso [Lucas 23:43. Ponha a vírgula no lugar certo, porque nem Jesus nem o ladrão foram para o "paraíso" naquele dia!]. Aquele ladrão simplesmente acordará na ressurreição, então é quando ele eternamente será agradecido por ter sido, literalmente privilegiado em "ser crucificado com Cristo" —o único ser humano na terra tão privilegiado!

(D) Moisés há muito tempo tinha declarado que qualquer criminoso que fosse sentenciado a morrer no madeiro é, automaticamente, "maldito de Deus" (Deut. 21:22, 23). Todo mundo creu no que Moisés tinha dito—mesmo (*em se tratando) de Jesus; e podemos estar seguros de que os escribas e fariseus, guiados pelo ódio, que gritaram "crucifica-O", deram tapinhas nas costas uns dos outros, em triunfo, quando viram que Jesus foi pendurado na Sua cruz. "—Vê? Estávamos corretos desde o começo, em rejeitá-Lo, Ele não pode ser o Messias, olha, está pendurado no madeiro"!

(E) Ma eles não pensaram a respeito do que Isaias disse da crucificação de Cristo: “Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; ... e não fizemos dEle caso algum" (53:3).

(F) Indubitavelmente a mensagem de Isaias trouxe grande conforto às crentes e arrependidas vítimas da crueldade de Roma. Como Jesus teve "compaixão" das pessoas sofredoras de Seus dias, assim Deus sempre teve compaixão das muitas vítimas da crucificação de Roma.

(G) A morte de Jesus não foi como a morte de qualquer outra pessoa em todos os tempos. A única morte que qualquer ser humanos jamais sofreu é a "primeira" morte—a sorte comum de todos descendentes de Adão caído.

(H) Nem uma pessoa, não importa quão mau, jamais, até agora, suportou o que a Bíblia chama de "a segunda morte" (cf. Apoc. 2:11; 20:14); com a única exceção de Jesus.

(I) A segunda morte virá só no fim dos mil anos ("milênio"). Quando isto acontecer por fim, haverá "silêncio no céu" por um "espaço" de tempo (cf. Apoc. 8:1), Deus e os santos anjos lamentando pela morte de todos que escolheram encerrar sua existência pela segunda morte. Sim, foi escolha deles!

(J) Ellen White declara que no fim, os perdidos desejarão sua própria morte pelo Lago de Fogo—assim o quadro comum dos perdidos, em protesto, gritando e berrando de pavor enquanto sendo lançados (*no lago de fogo) é incorreto. Vejamos:

(K) "Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus” (O Grande Conflito, pág. 543; ênfases acrescidas).2

(L) O Senhor Jesus Cristo fez algo para cada homem, mulher, e criança na terra: Morreu a segunda morte de todo o mundo! "Vemos, porém, Aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Heb. 2:9).

(M) Essa "morte" que Jesus "provou" não pode ser a primeira morte, que é somente um sono inconsciente. Portanto, só pode se tratar da "segunda morte".

(N) Esta é a razão pela qual os Samaritanos disseram que Jesus é "o Salvador do mundo," e Paulo diz que Ele "é o Salvador de todos homens, especialmente dos que crêem" (I Tim. 4:10). De duas maneiras Jesus é "o Salvador de todos homens” —é de fato, literalmente, o Salvador dos "que crêem". Mas, num sentido judicial, Ele é também "o Salvador do mundo" eis que morreu a segunda morte de cada homem.3

(O) Isto é tornado claro em Romanos 5:15-18: "O ato da graça Deus é fora de toda proporção com a ofensa daquele homem [o Adão caído]. Pois se o pecado daquele homem trouxe morte sobre tantos [todo o mundo], seu efeito é vastamente excedido pela graça de Deus e o presente que veio a tantos pela graça do Homem, Jesus Cristo. ... A ação judicial, seguindo a ofensa [de Adão], resultou numa sentença condenatória, mas o ato de graça [de Jesus], em seqüência a tantas ofensas, resultou num veredicto de absolvição. ... Segue-se, então que, como resultado de um delito [de Adão] veio a condenação para todas as pessoas, assim o resultado de um ato justo é absolvição e vida para todos" (Versão NEB). (*Vejam este texto de Romanos 5:15-18 em diferentes versões).

(P) Só poderemos ter uma resposta se tivermos corações honestos que podem apreciar o Ágape de Cristo: "Doravante" nós somos totalmente dedicados a Jesus, Seu amor (Ágape) sempre nos constrangendo a levar nossa cruz com Jesus, na qual o eu é crucificado com Ele!

—Robert J. Wieland

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

Notas do tradutor:

1) Entretanto Jesus não o sorveu. Em realidade sabia que o Servo consagrado “abster-se-á de vinho e de bebida forte; não beberá, vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte” (Números 6:3). É verdade que “deram-Lhe a beber vinho misturado com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber (Mateus 27:34 ). Outros textos são: Mat. 27:48; Marcos 15:36; João 19:29 e 30). Aos que padeciam morte de cruz, era permitido ministrar uma poção entorpecente, para amortecer a sensação de dor. Essa foi oferecida a Jesus; mas, havendo-a provado, recusou-a. Não aceitaria nada que Lhe obscurecesse a mente. Sua fé devia ater-se firmemente a Deus. Essa era Sua única força. Obscurecer a mente era oferecer vantagem a Satanás.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 746.

2) “Os Ímpios escolhem o seu destino”

A punição da morte eterna é para o próprio bem dos ímpios. Eles preferem destruição a ter que fitar Àquele que por eles morreu para os redimir.

Na final morte eterna dos ímpios, evolver-se-ão somente aqueles que escolheram não viver eternamente, e terão assim sua própria vontade satisfeita. É o melhor que um justo e misericordioso Deus pode fazer.

Ao defrontarem os pecadores como que, numa tela, em cores, em três dimensões, seus atos repassados ante seus olhos, “tudo aparece como que escrito com letras de fogo” (O Grande Conflito, pág. 666), em confronto com um Deus santo, Seu caráter também santo, Sua Santa Lei, serão torturados pela visão de sua própria culpa.

Por este confronto os ímpios serão “convictos de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e de todas as palavras insolentes que proferiram”, Judas 15. "Todos contemplam a enormidade de seu crime” (ídem, pág 667), e reconhecerão que Deus estava certo e eles errados, “Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa” (ídem, pág 668). “Todo joelho se dobrará": Isaias 45:23, Rom. 14:11 e Fil. 2:10.

O amor Deus não tem como evitar a conseqüência da morte que

sobrevirá aos ímpios, porque isto foi escolha deles próprios, e Ele a respeitará.

O respeitar a escolha de morte do ímpio é um ato final desse amor, permitindo que um fogo, a culpa, saia de dentro deles, e os consumam. Ezeq. 28:18, 2ª parte diz: "—Eu fiz sair do meio de ti um fogo que te consumiu". Este fogo é o real senso de culpa).

Que sentido faria Deus permitir que vivessem eternamente quando a única coisa que poderiam extrair dessa vida seria mais mal e miséria para si mesmos?

Na verdade, se Deus salvasse os ímpios, que rejeitaram crer em Suas promessas, isto sim seria uma agressão, um suplício imposto a eles, pois não suportariam um ambiente de cânticos, louvores e glórias a Deus e atividades edificantes, quando sempre amaram o vício, o erro, ócio, delitos e prazeres.

Deus "não tem prazer na morte de ninguém", Eze. 18:32, p.p. “Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do impío ...", Ez.33:11.

3) substituição vicária ou substituição PARTILHADA?

Leia antes a lição de 3ª e 4ª feira.

Dizemos que Jesus pôde viver e morrer por nós, pelo fato de Ele ser o SEGUNDO ADÃO, a HUMANIDADE, ser nós todos, a humanidade toda estava 'nEle'.

Em verdade a palavra “Adão’, em hebraico, caldeu, siríaco, etíope e árabe, significa, primeiramente, o nome da espécie humana, principalmente na Bíblia...” (Dicionário Webster, 2ª edição, “The Publishers Guild, inc”, Nova Yorque, 1957).

O Pastor Jack Sequeira, profícuo teólogo e autor, há alguns anos aposentado pela Divisão Norte Americana da IASD, no seu livro, O Salvador da Humanidade, página 134 e 135 nos diz:

É verdade, “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as escrituras”, 1ª Cor. 15:3, “o Justo pelos injustos”, 1ª Pedro 3.18. “o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, ...e o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos”, Isaias 53:5 e

MAS, é a idéia evangélica popular da “substituição” o que a Bíblia ensina?

Obedeceu Cristo “em vez de” nós, de modo que nós não necessitamos obedecer?

Morreu Ele “por nós” de tal modo que nós não necessitamos morrer para o pecado?

Negou Ele o eu “em nosso lugar”, e assim podemos ser egoisticamente indulgentes?

Guardou Ele os mandamentos “por nós”, para que possamos transgredi-los?

Guardou Ele o Sábado “em nosso lugar” de modo que possamos “encontrar nosso próprio prazer” sete dias por semana?

Foi Ele para o céu “por nós” de tal modo que nunca chegaremos lá?

Ele é, sem dúvida, nosso Divino Substituto, mas não no entendimento popular que O divorcia de íntimo companheirismo conosco.

Na Guerra Civil Americana era possível alguém pagar U$ 300,00 ao governo e ter um “substituto” indo, lutando e morrendo no lugar dele, enquanto ele permanecia em casa ganhando dinheiro. Esta não é a idéia bíblica de Cristo nosso Substituto.

É interessante que a palavra “vicário” não aparece em nenhum lugar na Bíblia, nem Ellen White a usou em nenhum de seus livros. (Mesmo em português não localizei seu uso por tradutor algum).

A Bíblia não ensina uma substituição vicária, mas uma substituição partilhada. Há uma grande diferença! A primeira é a idéia evangélica, e a última é a idéia da mensagem de 1888. Tem havido muita confusão e mesmo má interpretação da parte de pessoas sinceras.

Tanto na Bíblia, como nas leis humanas, NÃO se concebe a possibilidade de uma pessoa inocente morrer no lugar de outra culpada! A culpa é intransferível. A transferência de culpa é imoral, inválida, ilegítima, ilegal e, eticamente inadmissível. Nenhum juiz humano aplicará a pena de um culpado sobre alguém inocente. Esta é também a posição do Juiz Celestial:

“Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado.” (Deut. 24.16). “... o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho: a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.” (Ezequiel 18.20).

Mas por identificar-Se corporativamente, em cada sentido, com nossa humanidade caída, Cristo Se qualificou para ser o Segundo Adão; Cristo foi assim legalmente qualificado para ser nosso substituto em Sua missão salvadora.

De acordo com esta visão, Cristo não simplesmente viveu uma vida perfeita em nosso lugar, Ele não simplesmente morreu em vez de nós. Ao contrário, Sua obra, Sua perfeita vida e morte sacrifical, em verdade mudou a história da raça humana. Toda a humanidade foi legalmente justificada na cruz porque toda a humanidade estava em Cristo. Quando Ele viveu uma vida perfeita, toda a humanidade viveu uma vida perfeita nEle. Quando Ele morreu, toda a humanidade morreu nEle. Isto é bem diferente do que definir o evangelho como simplesmente uma salvação provisional, como o fazem aqueles que ensinam a visão vicária da substituição.

O conceito de expiação substitucionária presentemente ensinado pelo cristianismo evangélico, e mesmo por alguns entre nós, não nos leva a um completo entendimento da profunda verdade da expiação, especialmente como ensinada pelo apóstolo Paulo.

A substituição popular e geralmente entendida, é uma troca de experiência. Se uma pessoa, no processo de salvar a vida de outra, de uma morte acidental, vem a falecer; embora salvando-a, a morte dela é descrita como substitucionária, uma vez que ela morreu a fim de que a outra pudesse viver. Mas esta definição de substituição é inadequada quando precisamos explicar o verdadeiro significado da expiação.

Cristo não morreu de tal modo que nós, em troca possamos viver; mas Ele morreu e ressuscitou sendo nós, a fim de que nós possamos, pela fé, participar em Sua morte e ressurreição. Ao assumir nossa corpórea humanidade pecaminosa e condenada, que necessitava ser redimida, Cristo foi feito pecado, o que nós somos, a fim de que nós possamos ser feitos justiça de Deus nEle (veja 2ª Cor. 5:21). Como o Segundo Adão (a Humanidade), Cristo tomou nosso lugar e morreu nossa morte a fim de que nós possamos ser identificados com Ele, tanto na Sua morte, como na Sua ressurreição. Isto é o que o batismo significa (veja Romanos 6:3-11).

Aqui é onde a substituição vicária e a real substituição divergem. A primeira ensina uma troca de experiência; enquanto a última ensina uma experiência compartilhada. Somente quando nós, pela fé, nos identificarmos com a cruz de Cristo, o evangelho se torna o poder de Deus para a salvação em nossas vidas (veja Gálatas 2:20 e 6:14). Este é o verdadeiro significado do batismo por imersão, que salva (veja Marcos 16:15 e 16).

Mas esta real substituição não significa que toda a humanidade está automaticamente salva experimentalmente. Esta é a heresia do universalismo. Esta justificação legal é o supremo presente a toda a raça humana (veja João 3:16). Ao o Senhor outorgar Seu supremo dom, Ele está desejoso de que o crente não resista à AÇÃO de Cristo vivendo nele, a fim de que a justificação se torne efetiva (ver Romanos 5:17). Paulo exclamou:“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, O qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gálatas 2:20)

Muito embora todos os feitos de Cristo pertençam, legal e objetivamente, a cada ser humano, individualmente [Rom. 5.18], porque todos estão 'em Cristo', os mais preciosos benefícios não são efetivos para nós, nem se tornam uma experiência subjetiva em nós, se resistirmos à ação de Cristo em nós.

Justificação pela fé, da mensagem de 1888, torna efetiva na vida do crente a justificação legal alcançada por toda a humanidade pela real substituição de Cristo.

O que nós fizemos 'em Cristo' o recebemos como um Dom de Deus. Mas tal como sucede com qualquer outro presente que recebemos, ele é nosso, mas não desfrutamos dele se o rejeitarmos.

Quando recebemos Seu maravilhoso presente, somos justificados pela fé 'nEle'. Se, porém, rejeitarmos o presente, Deus não nos forçará a que o recebamos. Ele sempre respeitará o livre-arbítrio com que nos dotou ao nos criar. “O livre arbítrio é um templo sagrado que Deus jamais violará.”

“A Justificação pela fé no Fiador’ ‘convidava o povo para receber a justiça de Cristo que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus.” Testemunhos para Ministros págs. 91 e 92. A serva do Senhor refere-se aí à “mui preciosa mensagem” (versão do original em inglês) “enviada pelo Senhor por intermédio dos pastores Waggoner e Jones”, (pág. 91), em Mineápolis, em 1888 e anos que se seguiram)

Veja este assunto ampliado no capítulo 8º do livro Como Ser Realmente Feliz, edição 2008, e alguns outros aspectos no capítulo 16º.

Aproveite as nossas fantásticas ofertas deste livro na coluna direita deste blog, ou me escreva diretamente, WWW.agape1888@lycos.com

Tenha um feliz sábado,

Do irmão em Cristo,

João Soares da Silveira