sexta-feira, 24 de junho de 2011

Lição 13, Revestidos de Cristo, por Paul Penno

Para 18 a 25 de junho de 2011

Casais apaixonados compram roupas um para o outro. Eles gostam de ver seu companheiro com roupas que sejam agradáveis e atraentes, e que não anulem a personalidade. Jesus ama Seus escolhidos. Ele comprou roupas bonitas para usarmos, e ainda assim elas não nos dão uma aparência de uniforme militar. Ele nos quer ver vestidos de Sua justiça.

Imagens de roupa são de profunda consequência nos escritos de Paulo. As imagens referem-se a toda a vida cristã, pois falam de uma mudança batismal em sua identidade, uma mudança ética na vida prática, e a transformação da ressurreição em sua forma de existência. O significado de "revestir-se de Cristo" certamente aponta para a adoção de mente, caráter e conduta de Cristo.

É no batismo que somos completamente identificados com Cristo. "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo" (Gal. 3:27). Comenta-se de alguém que foi convertido, "—Ele está tão mudado que você não iria reconhecê-lo; ele não é mais o mesmo homem."

Pela fé o coração, ou a mente, é convertido, mas "o velho homem", o amor de si mesmo, nunca é convertido (Efé. 4:22). É bom lembrar isso. O amor de si mesmo é a fonte de todos os nossos vícios de hábitos pecaminosos: raiva, jogos de azar, cigarros, alcoolismo, glutonaria; você mesmo pode especificá-los. Os "prisioneiros" são legiões, e a maioria está contente em morrer em sua idolatria compulsiva. Além disso, o amor de si mesmo é a fonte das nossas tentativas legalísticas para nos salvarmos, motivados pelo medo do inferno e a esperança de recompensa (*da vida eterna). Satanás inventou o amor de si mesmo. É o paganismo.

A boa nova é que é fácil se salvar e difícil se perder quando o amor abnegado de Cristo constrange seu coração. Pela fé você escolhe o dom de Deus do profundo arrependimento e da mais íntima comunhão com Cristo, que envolve a crucificação do "velho homem" e o amor ao próprio Cordeiro.

"... E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade" (Efé. 4:24). A metáfora “revestir-do-novo-homem” significa a restauração do crente do amor de si mesmo, com que todos nós nascemos devido à herança de Adão, para o renascimento produzido por uma nova motivação: “o amor de Cristo nos constrange” (*2ª Cor. 5:14) — a essência do que é justiça e santidade.

Mas por que o autor de Efésios descrever este pensamento por meio da metáfora da mudança de vestes? Há um aspecto decisivo em trocar de roupa. Mudar o vestuário aponta para o desprender-se da velha roupa e tornar-se unido à nova, de modo que a natureza do "velho homem" é substituída de forma rápida pela nova natureza-como-a-de-Cristo. Além disso, Paulo retrata uma peça de roupa, como sempre, sendo uma unidade com seu portador.

A justiça de Cristo é comparada às "armas da luz" (Rom. 13:12). A armadura para os soldados romanos consistia de um capacete e peitoral. O ponto crucial do governo romano exigia que antes de colocá-los cada dia eles deviam ser limpos e polidos para que brilhassem como luzes. Você podia ver, em qualquer parte da armadura do soldado romano, alguma marca ou carimbo da autoridade e propriedade romana.

Assim também nós somos exortados a "revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne, em suas concupiscências" (Rom. 13:14). Revista-se do “novo homem”. Vista-se do Senhor Jesus Cristo diariamente. “Cubra-se com O manto de justiça” (Isaías 61:10). Coloque-O em sua vida e conversação prática, como o hábito todo da sua vida. Há uma incitação contínua ao pecado tanto do exterior, assim como a corrupção a partir de dentro de você. Há uma multidão com a gente, dizendo: "Venham conosco, divirtam-se conosco", e há uma multidão de pecados dentro de nós pronta para darmos ouvido, e para nos atrair para ela.

Portanto, o crente deve dizer: "Deixe-me sujeitar minha língua a Deus. Permita-me render meus olhos a Ele. Deixe-me orar".

Vestir-se do novo homem significa uma mudança de mente. Mas poderemos realizá-la por nós mesmos, nos reconciliarmos com Ele? Isso significa uma mudança de mentalidade (do grego, metanoia) que, na verdade, é arrependimento. Agora, espere um momento: temos nós um botão-de-arranque para pressionar, para produzir arrependimento em nós mesmos? Atos 5:31 diz que (*o arrependimento) é uma "dádiva" do nosso "Príncipe e Salvador." Um "dom" não é algo que você trabalha (*para consegui-lo)..

Qual é o significado real da cruz? A comovente verdade é que Deus "declarou" o mundo inteiro adotado em Cristo. Deus "nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo" (Efé 1:5). Cristo removeu a culpa do pecado de cada um de nós para que possamos ficar como se estivéssemos neutros diante do Pai. "Ele ... restaurou toda a raça humana ao favor de Deus" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 343). Ele nos justificou. "Em Cristo" "todos os homens" receberam um "veredicto judicial ... de absolvição" (Rom. 5:15-18).

Essa não é uma "fria e legal" teoria insípida. Significa que Deus ama cada alma tanto que nos imputa a nós todos os benefícios de Sua justiça, para que agora estejamos em pé diante do Pai, com "a mente... de Cristo" (Fil. 2:5, KJV). Este é o amor de Deus que gera a experiência do novo nascimento. Se nós não resistirmos ao amor justificador de Deus, ele produzirá uma genuína resposta reconciliadora do (*fundo do) coração. "Poderá o pecador resistir a esse amor, poderá recusar-se a ser atraído para Cristo. Se porém não se opuser, será levado a Ele" (Caminho a Cristo, pág. 27). Esta é a genuina fé.

A maravilhosa Justiça de Cristo é muito mais que mera santidade. Os anjos não caídos nunca são referidos como justos, mas santos. Justiça é a santidade que defrontou o teste de fogo da tentação e venceu. Cristo é o Único justo. Seu amor que Se auto-esvaziou comprou Suas vestes de justiça. "A verdadeira fé — a fé de Jesus — é que, longe de Deus, como estamos em nossos pecados, na nossa natureza humana que Ele assumiu, Ele veio até nós exatamente onde estamos, para que, infinitamente puro e santo, como Ele é, e (*sendo nós) pecadores, degradados, e perdidos, como somos, Ele pelo Espírito Santo, irá, de boa vontade, habitar entre nós e em nós, para nos salvar, para nos purificar e nos tornar santos" (A. T. Jones, O Caminho Consagrado, pág. 45, Publicadora Glad Tidings). Ele conheceu o pecado de frente, no covil em que (*este) tinha a sua residência, ao tomar o "nosso" "velho homem" — o amor de si mesmo. Ele o baniu ali. Ele crucificou o "velho homem" destinando-o à morte eterna.

Ambos os Apóstolos Pedro e Paulo estão preocupados com a nossa "carne", que todos temos por nascimento natural, e "a mente" de Cristo, que temos que adquirir. Esta última deve reinar sobre a primeira. "A mente de Cristo" (*Fil 2:5, KJV) é, de longe, mais forte que a carne1. Os desejos e as paixões e a depravação e o egoísmo que "a carne" nos imporia, são mais do que cancelados por uma "nova mente" que estamos dispostos a receber — o processo é assim simples.

A boa nova da mensagem de 1888 nos alertou para isso. Pedro diz: "armai-vos do mesmo modo com a mesma "mente" (1ª Pedro 4:1). Paulo diz: "deixe [objetivo] esta mente" entrar quando ela bater à sua porta. É como se Deus Se postasse ao seu lado como um valete segurando essa "armadura" para você vesti-la como um policial "arma" a si mesmo com um colete à prova de balas.

Milhões em todo o mundo têm estudado sobre as roupas especiais que o nosso Sumo-Sacerdote Celestial nos dá para usar —"a mente de Cristo. — Seu caráter de abnegação. Esta é a maior alegria que você pode ter de ser totalmente em-um com ele.


— Paul E. Penno

Nota do tradutor:

1) Sim, "A mente de Cristo" (*Fil 2:5, KJV) é, de longe, mais forte que a carne. Ele é o primeiro Consolador. O segundo também luta contra a carne: Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gál. 5:17). Quem é mais forte, o Espírito ou a carne? Sem dúvida que o Espírito é , infinitamente mais forte, assim como Cristo também o é. Portanto ambos vencem esta batalha contra a carne, ”para que não façais o que quereis”. O que é que a nossa natureza pecaminosa nos pede? Ou, vamos direto ao ponto, o que constantemente queremos fazer? — as coisas erradas, pecaminosas. Portanto se deixarmos Cristo e o Espírito lutarem a batalha contra a carne em nosso lugar, nós seremos vitoriosos nEle, e assinm não faremos o que queremos. Em outras palavras, no Espírito somos mais que vencedores em Cristo Jesus, nosso Senhor.

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Lição 13, Revestidos de Cristo, por Fred Bischoff

Para 18 a 25 de junho de 2011

"Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne, e suas concupiscências" (Rom. 13:14)

O que está por trás desse imperativo de Paulo, perto do final da sua carta aos romanos? O que ele apresenta na sua mensagem do evangelho que daria a seus leitores razão para desejarem "revestir-se" de Cristo, em contraste com o que já tinham, sem qualquer mudança — para prosseguir com os desejos carnais?

A linha de imagens que esse verbo "vestir" traça no Novo Testamento é fascinante e esclarecedora. A partir de objetos que ilustram as realidades espirituais, o trajar das vestes e armaduras (Mateus 22:11;. Rom 13:12), para as próprias realidades (Col. 3:12); da roupa da divindade que atenda às nossas carências mais profundas no presente (Lucas 23:49; Gal 3:27.), para a nova humanidade que será o ato de coroação da recriação de Deus da raça humana (1ª Cor 15:53;.. 2 Cor 5:3), começamos a ver uma imagem do tecido da salvação que lembra a túnica inconsútil (sem costura) de Jesus (João 19:23), lançada sobre a humanidade.

O agasalhar de uma roupa ecoa outros quadros de como Deus nos abraça, e como devemos desejar e aceitar o Seu envolvimento, "mergulhar" nele (como Thayer1 define o verbo), para fins de salvação. O "colocar" deste dom é claramente não apenas um contato externo ou experiência. Considere a seguinte descrição daquele "desinteressado amor, que é a própria atmosfera do Universo não caído" (Caminho a Cristo, pág. 30):

"No dom incomparável de Seu Filho, Deus envolveu o mundo todo com uma atmosfera de graça tão real como o ar que circula ao redor do globo. Todos os que respirarem esta atmosfera vivificante hão de viver e crescer até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus" (Caminho a Cristo, pág, 68, §1)

Observe o espectro do processo, a partir da universal, atmosfera que dá vida (como um manto que nos "cerca"), para a escolha de internalizar este presente (com a implícita escolha em curso), para o objetivo final de restauração de toda a imagem de Deus em Jesus.

O comentário de Paulo aos Gálatas, de que eles tinham "se revestido de Cristo" (Gál. 3:27) é no contexto desses mesmos pontos no processo. Para começar, todos foram encerrados debaixo do pecado, 3:22, "debaixo da lei" (3:23 e 4:5). Nós éramos "meninos" (bebês, 4: 1 e 3), "servos" (escravos, 4: 1 e 7), "reduzidos à servidão" (4:3). Para iniciar o processo de maturidade e liberdade, Deus deu "a promessa pela fé em Jesus Cristo" (3: 22), por, finalmente, enviar “Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei" (4: 4 e 5). A resposta humana intentada a esta iniciativa divina da fé que opera pelo amor, é para nascer como "filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo" (3:26), para "receber a adoção de filhos" (4:5). É então que Paulo afirma que "vos revestistes de Cristo" (3:27), e "já não és mais servo, mas filho" (4:7). Em outra parte Paulo descreve o processo contínuo de amadurecimento "para que não sejamos mais meninos" (bebês, Efé. 4:14), mas crescer "à medida da estatura completa de Cristo" (Efé. 4:13).

O evangelho de Jesus, o que Deus fez pela raça humana através do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus, mostrado em promessa e tipo por milênios, e expressa, na realidade há 2000 anos, é a base para todo o processo. Este evangelho tem uma vital mensagem e propósito para o fim dos tempos. Nossa lição (de terça-feira) observa: "Na verdade, nossa maneira de reagir à primeira vinda de Cristo decidirá o que nos acontecerá na Sua segunda vinda!" (Final do primeiro parágrafo). E como nós respondemos é proporcional à nossa apreciação das dimensões do que Ele realizou naquela primeira vinda.

Toda a idéia de "revestir-se" de Cristo deve ser vista em sua plenitude, como uma resposta ao que Ele vestiu por nós. Esta roupa Ele providenciou a um custo infinito para Si mesmo. (*A frase) "Para ser revestido de Cristo" descreve a túnica inconsútil, sem costura, que Ele lançou sobre nós — toda a raça humana — tecida no tear do céu, (*sendo) cada fio de origem divina. Somos Seus! Seu perfeito processo de cobrir-nos não deve ser rasgado. A fé que conserva a sua integridade deve ser perseguida com cuidado, em espírito de oração, do autor para o destinatário, do começo ao fim, "de fé em fé" (Rom. 1:17). Nosso tema “Revestidos de Cristo” é real em todas as fases. Embora às vezes falemos de "revestir-se" como um ato de hipocrisia, comédia, ou falsidade, o “revestir-se” de salvação é tão real a cada passo que o outro no irreal.

Considere estas realidades à luz das quatro etapas, começando com a própria vida, e à luz do que é necessário nesse ponto no processo de salvação. Não se esqueça do pano de fundo de Gênesis 1 e 2. O homem foi criado à imagem de Deus, recebendo a vida da mão e da respiração do Criador, com a unidade entre homem e mulher, com domínio sobre a terra inteira. E por sua decisão inexplicável de crer, de seguir a mentira que Satanás ofereceu, tudo foi perdido.

(1º) Precisamos de vida e de fé devido à natureza do pecado e suas consequências, e no início de nossa necessidade Deus colocou a humanidade nas mãos do pré-encarnado Jesus Cristo. Este ato de fé foi a primeira cobertura que nos manteve vivos, e ao nos transmitir fé nos deu liberdade de escolha.

(2º) Precisamos de união com Deus porque o pecado nos separou (*dEle), e Deus reuniu a humanidade com a divindade ao Ele vestir seu Filho com a humanidade. Então, Deus quer para nós (*o livre arbítrio) para escolher sermos livres, e para unir a nossa humanidade com a natureza divina que Jesus trouxe.

(3º) Nós precisamos do Espírito Santo em nossa batalha em curso contra a carne, e Deus revelou um manto de justiça em Seu Filho na semelhança da carne do pecado, que demonstrou o poder da "lei do Espírito de vida" (Rom. 8: 2) todo o caminho para "a morte de cruz" (Fil. 2:8). Então, Deus quer que sejamos livres para viver no Espírito, e não a carne.

(4º) Precisamos de um novo corpo livre da "lei do pecado e da morte" que nos mantém miseráveis em nós mesmos (Rom. 7:23 e 8:2), e Deus ressuscitou Seu Filho vestido com um corpo glorioso, confirmando sua vitória de trazer uma cobertura justificadora para a humanidade, Rom. 4:25. Então, Deus quer a restauração completa do homem para vivermos livres da carne do pecado. Aqueles que têm, ansiosamente, abraçado Sua veste a cada passo da jornada serão todos transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta" quando formos revestidos de incorruptibilidade (1ª Cor. 15:52, 53 ). Vamos "ser revestidos da nossa habitação do céu" (2ª Coríntios. 5:2) que é "para ser conforme Seu corpo glorioso" (Fil. 3:21).

Paulo em Efé. 4:20 a 25 aborda essa imagem da cobertura de Cristo. Temos nós "aprendido de Cristo ... O ouvido ... sendo ensinados nEle, como a verdade está em Jesus"? Se assim for, veremos "o novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade" (literal). Veremos a verdade do amor abnegado, de Deus entregando-Se (*como) uma cobertura para a raça humana na fé e no amor.

Vamos rasgar a veste com a nossa incredulidade? Vamos tomar o Seu dom da vida e rejeitar a lei da vida? Será que vamos aceitar qualquer benefício legal que temos recebido nesse tipo de tecido, caro, comunicativo e nos contentarmos com uma religião legal sem coração? Será que vamos receber o Seu Dom dado a um custo infinito, e não nos tornaremos doadores, insistindo em viver na pequenez de nosso egoísmo? Ou vamos seguir os fios de seu vestuário a partir de sua origem em Seu coração de amor infinito à sua finalidade gloriosa da nossa restauração à Sua imagem — "em verdadeira justiça e santidade"? (*Efé. 4:24).

- Fred Bischoff

O irmão Fred Bischoff é um médico no sul da Califórnia, onde ele pratica medicina preventiva. Ele é um membro do corpo docente das Clínicas da Faculdade de Medicina e da Escola de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda. Nos últimos cinco anos trabalhou junto ao Patrimônio dos escritos Ellen G. White atualizando uma coleção de CD-ROM dos antigos escritos dela. Ele faz parte do conselho de três organizações sem fins lucrativos que trabalham em colaboração com a Igreja Adventista do Sétimo dia. Ele é o secretário da Fundação do Ministério da Saúde que é patrocinadora de saúde, educação, publicação e trabalho evangelístico nos EUA e outros países. Em seus pequenos grupos ele estuda da Bíblia: Daniel e Apocalipse; a fé de Jesus, "a simplicidade que há em Cristo" em relação à história e profecia, que culminaram na missão adventista; e mais: a história da igreja adventista, as verdades bíblicas com foco central no evangelho, no contexto histórico do movimento do Advento, e a relação da história adventista com a profecia bíblica.


Nota do tradutor:

1) Joseph Henry Thayer (1828-1901), escolástico bíblico americano, autor do Greek-English Lexicon of the New Testament, [Dicionário Grego / Inglês do Novo Testamento] no qual trabalhou por 25 anos, publicando-o em 1886 e revisado-o em 1889. Ele define o verbo para batismo como “imersão”

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lição 12, Mais Imagens de Vestes, por Paul Penno

Para 11 a 18 de junho de 2011

(*Na lição de domingo vemos que a mulher ouvira) as "boas novas" sobre Jesus, "o Salvador do mundo," o que emocionou seu coração. "Ouvindo falar de Jesus" (Marcos 5:27), "ela chegou à beira-mar, onde Ele estava ensinando” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 343). O Salvador estava a par dessa mulher muito antes de seu encontro no meio da multidão. "Ele chegou perto de onde ela se achava. Ali estava a áurea oportunidade. Achava-se em presença do grande Médico!” (ibidem)

Ela “dizia: Se tão-somente tocar nas Suas vestes, sararei" (Marcos 5:28). Cristo tinha uma identificação comum com ela em sua humanidade. Ele simpatizava com a mulher na sua condição de doente. Ele incorporou a mulher em Sua vida divina infinita, e submergiu-Se em sua doença. Para ela, tocar Suas roupas era um ato de identificação com Cristo. Não foi algum tipo de ligação supersticiosa com as roupas que magicamente a curou. Para ela este toque significou uma união íntima (de coração) com o Salvador que afetaria a integridade não só física, mas mental e espiritualmente.

Instantaneamente a hemorragia cessou. A morte havia sido revertida por força vivificante do Salvador.

Todas as pessoas em torno de Jesus queriam estar associadas com Ele. Eles tinham "fé nominal" no "Salvador do mundo" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 347).

A fé dela não era um medo covarde motivado por uma insegurança centrada em si mesma. Fé genuína manifesta um "medo" saudável — reverência — que é motivado por Ágape. Foi gratidão originária de um coração doente e rebelde que tinha sido agora totalmente reconciliado com o Salvador. Ela "disse-Lhe toda a verdade" sobre seu próprio caso (Marcos 5:33). Sua confissão da verdade sobre sua vida estava de acordo com a avaliação de Deus. (*“Aqueles que recebem a Cristo se unem a Deus em concerto,” O Desejado de Todas as Nações, pág. 347) Ela manifestou verdadeiro arrependimento e mudança de vida (*“a alma se torna uma força vitoriosa,” ibidem).

Ele disse a Maria Madalena: “a tua fé te salvou, vai-te em paz" (Lucas 7:50). "A fé é realmente identificação com Ele, em união com Ele, permanecendo nele" (Robert J. Wieland, no devocional "Dial Daily Bread," na internet, em 3 de maio de 1999). Quando Jesus disse à mulher que foi curada, "Filha, a tua fé te salvou; vai em paz" (Marcos 5:34), Ele removeu os pecados dela e restaurou seu alienado coração a Deus, e só isto é que traz a paz. Este é o significado de Suas palavras a Maria Madalena: “Teus pecados te são perdoados" (Lucas 7:48). Qualquer pessoa que realmente reconhece que os seus pecados são perdoados, sabe que a paz com Deus chegou. As hostilidades cessaram.

A mensagem de 1888, de justificação pela fé, foi uma identificação reconciliadora de coração com O Crucificado, que ministra como nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial. Este é o começo da chuva serôdia (Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 363). A mulher curada por Jesus foi um exemplo singular de tal indivíduo, restituído à sua integridade.

Por que Jesus morreu na Sua cruz? A resposta popular é: “Ele morreu como um substituto vicário1 por nossos pecados. Agora podemos ir livres”. Maravilhoso!

Durante a Guerra Civil Americana, você podia contratar um substituto para lutar e morrer em seu lugar, pagando (*US$ 300,00 ao governo, enquanto permanecia em casa ganhando dinheiro). Seu substituto contratado vicário sofreria e morreria, enquanto a família dele ia chorar. E você podia continuar em casa com sua família graças ao seu substituto.

É algo parecido com a sabedoria convencional (*evangélico-popular) sobre a expiação sacrifical. Jesus morreu em vez de você. Mas é uma forma infantil de pensar, porque o coração continua egocêntrico.

A Bíblia ensina "uma substituição compartilhada onde você, pessoalmente, se identifica com Cristo". (Robert J. Wieland, no devocional "Dial Daily Bread," na internet, em 25 de setembro de 2001) "Já estou crucificado com Cristo" (Gal. 2:20). "Se um morreu por todos, logo todos morreram" (2ª Coríntios 5:14). É identificação com Cristo, que transforma todos os nossos sofrimentos pessoais de serem auto-"lamúrias" para serem "as aflições de Cristo [que] são abundantes em nós" (2ª Coríntios 1:5). “Pela comunhão dos sofrimentos de Cristo somos levados a uma relação de intimidade com Ele.” (Caminho a Cristo, pág. 79).

O Grande Médico ama a igreja corporativa. Ele lhe dá um vestido de casamento para usar. Ela deve "aprontar-se" através da identificação com Cristo — "não se faça a Minha vontade, mas a Tua" (*Lucas 22:42). É uma solidariedade de coração com Seus diagnósticos da patética mornidão dela; a arrogância de auto-satisfação de suas vestes, e a compreensão da justificação pela fé.

Ela aprende as lições dos fracassos da história da igreja. Ela compreende que a recusa dela, do noivo, na história 1888, foi uma queda moral. "Deixando o primeiro amor é representado como uma queda espiritual. ... Em cada igreja em nossa terra, é necessário confissão, arrependimento e de reconversão. O desapontamento de Cristo está além da descrição" (Review and Herald, de 15 de dezembro de 1904). O "manto da justiça de Cristo" se torna algo mais. É agora a "veste nupcial" do seu Ágape maduro. Ela compreende "a largura, e o comprimento, e a altura e a profundidade e, do amor de Cristo, ... preenchido com toda a plenitude de Deus" (Efé. 3:18, 19).

"Você se identifica com Cristo, entrando para suas experiências por todo o caminho através da Sua vida, até mesmo à sua cruz. E nesse ponto final de identidade sua alma está intimamente unida. com a Sua alma como por uma chama quente branca de experiência compartilhada. "Já estou crucificado com Cristo" (Gal. 2:20), diz Paulo, e "longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (6:14). O ponto de Cristo, de auto-humilhação, se torna seu. Você ajoelha-se com Ele no Getsêmani, você se une à Sua oração: "Não como eu quero, mas como Tu queres"; você render seus braços para ser pregado ao madeiro 'com Ele", você resisti às provocações e abusos dos líderes e do povo "nEle"; você derrama lágrimas com Ele: 'Por que me desamparaste?"

"Você não é mais uma criança impensada, pois vocês está consciente agora, você provou, com Ele o cálice amargo que Ele bebeu. Em Sua cruz Ele morreu a morte do pecador, Ele morreu como uma vítima da AIDS, uma vítima de câncer; Ele está no corredor da morte, "ao Ele estar pendurado na cruz, sangrando, espancado, impotente e abandonado, a última coisa com que Ele se parece é com Deus. Na verdade, Ele mal Se parece humano," diz um escritor pensativo. Ele que “não conheceu pecado, foi feito pecado por nós" (2ª Coríntios. 5:21). Você se junta a família real, identificando-se com Ele lá" (Robert J. Wieland, no devocional "Dial Daily Bread," na internet, em 17 de fevereiro de 2000).


—Paul E. Penno



Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

NOTA do tradutor:

1) Vicário, ou vigário, do latim vicarius, significa: “que faz as vezes de outro” (dic. Inglês-português de Caldas Aulete); ou, “que atua no lugar de outro” (dic. Webster).

É verdade, “Cristo morreu por nós, segundo as escrituras” (1ª Cor. 15:3). “O Justo pelos injustos” (1ª Pedro 3:18). “O castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, ... e o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos” (Isaias 53: 5 e 6). Mas, é a idéia evangélica popular de “SUBSTITUIÇÃO” o que a Bíblia ensina? Ele é, sem dúvida, NOSSO DIVINO SUBSTITUTO, mas não no entendimento evangélico-popular.

O conceito de expiação substitucionária, presentemente ensinado pelo cristianismo evangélico popular, e mesmo por alguns adventistas, É O CONCEITO DE UMA TROCA DE EXPERIÊNCIA. E este pensamento não nos leva a um completo entendimento da profunda verdade da expiação, especialmente como ensinado pelo apóstolo Paulo.

Para entendermos o verdadeiro significado da expiação é preciso atentar para o fato de que Cristo não morreu de tal modo que nós, em troca, possamos viver; mas ELE MORREU E RESSUCITOU SENDO NÓS, A FIM DE QUE, PELA FÉ, NÓS POSSAMOS PARTICIPAR EM SUA MORTE E RESSURREIÇÃO. Ao assumir a nossa corpórea humanidade pecaminosa e condenada, que necessitava ser redimida, Cristo foi feito pecado, o que nós somos, a fim de que nós possamos ser feitos nEle, o que ELE É, JUSTIÇA DE DEUS (veja 2ª Cor. 5:21).

Ele é o segundo Adão. “A palavra Adão em cinco línguas orientais (hebraico, caldeu, siríaco, etíope e árabe) significa, primeiramente, o nome da espécie humana, principalmente na Bíblia” (dic. Webster).

Assim, CRISTO É A HUMANIDADE, e é por isso que ELE PODIA MORRER, COMO MORREU, A NOSSA SEGUNDA MORTE, a fim de que possamos ser identificados com Ele tanto na Sua morte como na Sua ressurreição. Isto é o que o nosso batismo significa (Veja Rom. 6:3-11).

Então, em quê a substituição vicária e a substituição real divergem? Veja:

A substituição vicária ensina uma TROCA DE EXPERIÊNCIA.

É a idéia evangélica popular, sendo que Bíblia e o Esp. de Profecia não usam nem uma única vez a palavra vicário

A substituição REAL, pregada pela mensagem de 1888, ensina uma EXPERIÊNCIA COMPARTILHADA.

Somente quando nós, pela fé, nos identificamos com a cruz de Cristo é que o evangelho se torna o poder de Deus para a salvação em nossas vidas (veja Gálatas 2:20 e 6:14). Este é o verdadeiro significado do batismo por imersão, que salva (veja Mar. 16: 15, 16).

Tenha um feliz sábado na sua audiência com Deus

João Soares da Silveira

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Lição 12, Mais Imagens de Vestes, por Lloyd Knecht

Para 11 a 18 de junho de 2011

A lição desta semana é uma visão em contrastes de vestes, revelando realidades espirituais infinitas. A Bíblia é abundante em simbolismo usando coisas comuns para expressar grandes verdades espirituais. Jesus toma pecadores comuns como nós, e nos transforma de rebeldes em Reis e Sacerdotes, "Herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo" (Rom. 8:17)

Conceitos bíblicos proclamados pela pena e voz por Ellen White, Jones, Waggoner, e W. W. Prescott, formam uma base para a compreensão de imagens (*metáforas) de vestuário.

Jesus, o Filho de Deus, tomou sobre Sua natureza sem pecado, nossa natureza pecaminosa e caída. Nesta natureza Ele viveu sem pecado, para Se qualificar como nosso Salvador, e para ser um exemplo para o crente. (Hebreus 1, 2, e 4:14-16).

Jesus deu "justificação de vida" (Rom. 5:18) para todos no mundo, dando-lhes a oportunidade de escolher a vida eterna. Seu Espírito implora com eles para aceitá-Lo até à morte deles ou até o fim da graça (Rom. 3:24, 25). Deus nos chama para proclamar esta mensagem de reconciliação em Cristo a cada pessoa no mundo (2ª Coríntios. 5:19-21).

Quando Jesus é recebido, pessoalmente, em gratidão de coração e amor, uma paz gloriosa é experimentada. O Espírito Santo começa a transformar o indivíduo à semelhança de Jesus. O crente recebe a imagem de Cristo através da contemplação dEle pelo estudo e meditação1. Ao chegamos a conhecer a Deus, a luz se propaga através do compartilhamento de nosso testemunho pessoal. Rom. 3:26; 5:1-10; Efé. 2:6-8;. 2ª Coríntios 3:17, 18).

Tomando o nosso fardo do pecado e da justiça própria, Ele opera em nós, se O permitirmos. Através dEle, podemos viver de modo a elevar Jesus e o Pai perante os outros; testemunhando a eles, como Ele o fez (Fil. 2:12, 13). Tanto quanto consintamos estar em Cristo, temos a garantia de vida eterna (Fil. 1:6; 1ª João 5:11, 12).

Deus chama cada pessoa na igreja e no mundo para uma experiência de profundo arrependimento, reavivamento e reforma. Então o Espírito Santo voltará no poder da chuva serôdia, trabalhando através de nós para apressar a vinda de Jesus (Rom. 2:4; 3:26, At. 2:1-4).

O amor de Cristo nos constrange a viver para Aquele que morreu por nós (2ª Coríntios. 5:14, 15). Teoria somente é insuficiente. "Nem todo o que Me diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? e em Teu nome não expulsamos demônios? em teu nome não fizemos muitas Maravilhas?' E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade" (Mat. 7:21-23). A fé é uma palavra de ação.

"Quem Me tocou nas vestes?" (*Domingo). A união de Jesus com o seu Pai era tão íntima (so close = tão perto) que a divindade não podia ser escondida. Assim, a mulher com o fluxo de sangue "dizia: se tão somente tocar nas Suas vestes, sararei" (Marcos 5:28).

Hebreus 1 retrata Jesus como o divino Filho de Deus, um com Seu Pai. O capítulo 2, retrata Jesus como o Filho do homem, com a nossa natureza caída mortal. Ele realizou a nossa salvação através da total dependência de Seu Pai. Ele disse: "Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma" (João 5:30). Assim se dá conosco.

Ele “tirou as vestes” (João 13:4) (*segunda-feira) e colocou-as de lado. Ao lançar o seu manto ao lado, Ele revelou o esconderijo da Sua força. Os seguidores de Jesus reivindicarão o poder do Pai, como Cristo o fez. Ele colocou de lado suas prerrogativas divinas para que Ele pudesse experimentar o que nós experimentamos. Ele vivia com as nossas tentações, provações e rejeição, para que possamos experimentar a Sua vitória e alegria (Heb. 12:1, 2).

"Nem rasgará as suas vestes." (*terça-feira). “E Moisés disse a Arão, e a seus filhos Eleazar e Itamar: não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a congregação" (Lev. 10: 6; cf. Lev. 21:10).

Como representante da perfeição de Deus, o Sumo Sacerdote não podia rasgar as vestes sagradas, independentemente da causa. O eu deve ser negado para que Deus possa ser tudo em todos. "Pois quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado (auto-serviço), mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus" (Rom. 6:10, 11).

Vestes de Zombaria. (*quarta-feira) Jesus podia suportar o que Ele suportou por nós porque Seu caráter era puro amor Ágape. "E os soldados (romanos) tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a cabeça, e Lhe vestiram roupa de púrpura. E diziam: ‘Salve, Rei dos Judeus.’ E davam-Lhe bofetadas" (João 19:1-3). Sem discernimento espiritual, eles O viam apenas como um fanático desiludido. Estamos nós dispostos a ser considerados como tal por Ele?

"Repartiram entre si as Minhas vestes" (*Mat. 27:35). (*quinta-feira). “Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que nEle fossemos feitos justiça de Deus" (2ª Cor. 5:21).

Ao Ele estar pregado na cruz, as Suas últimas posses terrenas — as roupas em Suas costas, foram retiradas dEle e divididas entre os cruéis soldados. A túnica sem costura, símbolo da Sua justiça, tornou-se um objeto de jogo. Mesmo assim, foi a evidência de Sua Autoridade, Sal. 22:18.

A crucificação, que é a morte para a ambição humana, é vida para cada crente (ver Signs of the Times, de 9 de agosto de 1905).


Lloyd Knecht




A última vez que ouvimos do irmão Lloyd Knecht ele era o primeiro ancião da igreja adventista de Stevenson, no estado de Washington, localizada no endereço 41, 2nd Street, Stevenson, WA 98648-4228, Fone 001 XX (509) 427-8890 Ele, por muitos anos, administrou um asilo, mas hoje, já muito avançado em idade, está aposentado. O irmão Lloyd passou muitos anos espalhando a boa nova do evangelho, especialmente a judeus e mulçumanos e a outros grupos religiosos e étnicos. Muitas pessoas testemunham que seu primeiro contato, bem como a sua familiarização com a o evangelho foi através do irmão Lloyd.



Nota do tradutor:

1) Segundo a serva do Senhor deveríamos passar pelo menos uma hora a meditar na vida de Cristo, especialmente nas cenas finais de Sua vida. Quem de nós faz isto? Certamente que poucos. O melhor método que conheço é a partir dos livros do Espírito de profecia, como, por exemplo, O Desejado de Todas as Nações. No rodapé da primeira página de cada capítulo há informações sobre a base do capítulo, isto é, em quais textos bíblicos o capítulo se baseou. Por exemplo: o capítulo XXXVI (38), O Toque da Fé. No Rodapé da primeira página você lê: “Este capítulo se baseia em S. Mateus 9:18-26; S. Marcos 5:21-43; e S. Lucas 8:40-56.” Leia primeiramente estes textos das Sagradas Escrituras. Ore antes, fervorosamente, ao Senhor para que lhe abra o entendimento para compreender o que ali está escrito. Leia verso por verso, meditando em cada detalhe. Coloque-se no lugar do personagem com o qual Jesus está interagindo, no texto, acima, de S.Marcos 5, versos 24-34, assuma o lugar da mulher com a doença incurável, ou mesmo com a doença do pecado, e, com a que ela teve, toque as vestes de Jesus. Depois leia o capítulo acima referido de O Desejado, e continue na interação sugerida, assumindo o lugar daquela mulher. Sem dúvida que esta será uma contemplação efetiva da vida de Jesus

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lição 11, As Vestes Nupciais, por Roberto Wieland

Para 4 a 11 de junho de 2011

Recusar o convite de casamento do Rei, como fizeram os judeus é um insulto, mas responder a um convite em nossos dias e, em seguida, recusar o presente das vestes do rei, é um ultraje ligeiramente ainda maior. Na lição de domingo, “relatando alguns dos últimos dias do ministério terrestre de Jesus sobre a terra,” e a dureza do coração dos judeus para receber a verdade, a pergunta é feita: "Existe alguma razão para pensar que, mesmo como adventistas do sétimo dia, vivendo com tanta luz, que somos muito diferentes?" A resposta tem que ser "Sim." Há uma verdade (ou "luz") que não pode ser negligenciada, especialmente para os adventistas do sétimo dia. É a verdade que separa nossa denominação das outras, a Boa Nova da purificação do santuário. Se não fosse pelo atual trabalho de nosso Sumo Sacerdote de purificação do santuário, no Dia nosso cósmico da Expiação, não haveria "veste nupcial".

"A parábola das bodas, Mateus 22: 2 -14, apresenta-nos uma lição da mais elevada importância [que é verdade presente!]. Pelas bodas é representada a união da humanidade com a divindade; a veste nupcial simboliza o caráter que precisa possuir todo aquele que há de ser considerado hóspede digno convidado para as bodas. Nesta parábola, ... são ilustrados o convite do evangelho, a sua rejeição pelo povo judeu, e o convite da graça aos gentios. Esta parábola, porém, apresenta maior ofensa da parte dos que rejeitam o convite, e juízo mais terrível. O chamado para o banquete é um convite real." ... "Quando o rei entrou para ver os convidados, foi revelado o verdadeiro caráter de todos. A cada um foi provido um vestido de bodas. Essa veste era uma dádiva do rei. Usando-a, os convidados demonstravam respeito ao doador da festa. ... A veste provida para ele [um dos convidados], com grande custo, desdenhou usar. Deste modo insultou seu senhor "(Parábolas de Jesus, págs. 307, 309).

"O homem que chegou à festa sem o traje nupcial representa a condição de muitos em nosso mundo hoje. ... Eles nunca sentiram o verdadeiro arrependimento pelo pecado. Eles não percebem a sua necessidade de Cristo ou de exercer fé nEle. ... Eles repousam sobre seus próprios méritos em vez de confiar em Cristo. ... Eles vieram ao banquete, mas não vestiram o manto da justiça de Cristo" (idem, pág. 315). A "verdade presente" nesta parábola encontra-se nas palavras de Ellen White acima, e nas palavras do Apocalipse: "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua esposa se aprontou" (Apoc. 19: 9 e 7).

Estes versos nos mostram, porque o dia das bodas ainda está no futuro, que Cristo é um Noivo decepcionado ansiando pelo dia de Seu casamento por vir. Sabemos que Ele não quer atrasar Sua segunda vinda, porque Ele ama o Seu povo que aprecia o seu sacrifício em seu favor e quer que eles estejam com Ele, João 14:3. Sabemos que Ele se solidariza com o sofrimento do Seu povo, Isaias 63: 8 e 9. Certamente é razoável entender que Ele deseja encerrar todos esses sofrimentos. Ele está esperando que o anjo celestial lhe diga: "Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda" (Apocalipse 14:15).

A Bíblia inteira está cheia da idéia de que Ele nos ama, e se você ama alguém, você querer ficar com este alguém. A verdade mais importante não é nós mesmos, isto é, o quanto ansiamos por Sua segunda vinda, mas o quanto Ele deseja vir pela segunda vez! Tiago diz que Ele "silenciosamente aguarda Sua preciosa colheita" (1:7, Versão J. B. Phillips). Como um agricultor observando atentamente, dia-a-dia, a sua preciosa lavoura, ansiando pela colheita, assim Jesus anseia que Seu povo (Sua Noiva) se prepare para Sua vinda.

O que está causando esse atraso do dia do casamento? Pode Deus fazer alguma coisa para forçar sua adormecida "noiva" a se aprontar? Não, a onipotência de Deus deve ser contida: nunca um noivo vestiu a noiva para o casamento. Esse é o seu trabalho — "aprontar-se."

Uma noiva, (*normalmente) não "se apronta" para o casamento, se ela tem medo de seu noivo, e age sob coação dele. De fato, "o perfeito amor lança fora o medo" (1ª João 4:18), e a palavra usada aí para "amor" inclui o amor conjugal entre marido e esposa (cf. Efésios 5:25, grego, Ágape). Nada pode motivar a mulher a "fazer-se pronta" para um casamento, exceto uma apreciação de coração da parte dela pelo que ela perceba no seu noivo é o amor verdadeiro. Qualquer noiva em um tal casamento é uma pequena ilustração da igreja na última resposta para o Cordeiro de Deus, seu verdadeiro amor.

"O casamento do Cordeiro" é baseado no mesmo princípio. Nenhuma igreja nunca vai "fazer-se pronta" para se unir a Cristo a menos que ela tenha descoberto ”a largura, comprimento, profundidade e altura,” do amor que Ele tem por ela. Ser uma "mulher" de idade madura e maturada para o casamento (falando de maturidade espiritual), a Igreja virá para a posição em que "ela" vai crescer na vitória contra a mentalidade egocêntrica que tem caracterizado a sua suposta devoção a Ele.

A idéia da purificação do santuário de 1888 é uma Boa Nova melhor do que a maioria dos adventistas já pensaram que fosse. No início de 1890 Ellen White foi levada a escrever uma série de artigos para a Review and Herald, que ligava a idéia da justificação pela fé (*revelada) em1888 com a obra de Cristo no Santíssimo Apartamento (*do Santuário Celestial) (as edições foram de 21 de janeiro até 08 de abril de 1888, alguns trechos apresentamos a seguir):

"Estamos no dia da expiação, e estamos a trabalhar em harmonia com a obra de Cristo, na purificação do santuário dos pecados do povo. Que ninguém que deseje ser encontrado com o vestido nupcial, resista nosso Senhor em Seu ofício sumo-sacerdotal" (21 de janeiro).

"Cristo ... está purificando o santuário dos pecados do povo. Qual é o nosso trabalho? ... Estar em harmonia com a obra de Cristo" (28 de janeiro).

"Cristo está purificando o templo no céu dos pecados do povo, e devemos trabalhar em harmonia com Ele sobre a terra, limpando o templo da alma de sua contaminação moral" (11 de fevereiro).

"A Igreja adormecida deve ser despertada. ... O povo não tem entrado no lugar santíssimo. ... Há seca espiritual nas igrejas" (25 de fevereiro).

Você entendeu?

A purificação do santuário é obra que o Sumo Sacerdote está fazendo. Nós O deixamos fazê-la. E Ele a fará se nós não "Lhe resistirmos!" A veste de Seu caráter é dada a bons e maus durante o juízo investigativo, a fim de lhes vindicar. É deixado para que cada um escolha se ele / ela vai (*permitir Cristo) colocá-la (*sobre ele / ela). Pessoas do mundo inteiro estão despertando para a conscientização, que agora é o momento para essa resistência ao Sumo Sacerdote cessar! Todo o plano da salvação e o grande conflito entre Cristo e Satanás são dependentes de que a obra final de Cristo seja feita com sucesso.

A metáfora do casamento é a expressão mais profunda da expiação — a união da divindade com a humanidade (ver Parábolas de Jesus, acima). A veste do casamento é a expiação! A escolha de tê-la nos cobrindo é uma identificação com Cristo.

O Esposo celestial não vai ficar envergonhado diante do mundo e do universo. Receba o Seu presente — "a veste nupcial".

Compilado principalmente dos escritos de Robert J. Wieland



O irmão Roberto J. Wieland é um pastor adventista que foi, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Hoje, jubilado, vive na Califórnia, EUA, onde ainda é atuante na sua igreja local.

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