quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Lição 9 - Discipulando Poderosos, por Arlene Hill



Para 22 de fevereiro a 1º de março de 2014

Nossa tendência é crer que as pessoas que consideramos poderosas neste mundo rejeitam a ideia de que elas precisam ser discipuladas. As poderosas decisões  tomadas afetam milhões de pessoas, sem se importarem com quem elas sejam ou quais suas verdadeiras necessidades. Mas deve haver algumas pessoas honestas de coração em posições de poder. A Bíblia está cheia de histórias onde pessoas poderosas e influentes responderam ao chamado de Deus. A diferença é que Deus conhece seus corações, e como pessoas dispostas responderão. Todas as pessoas precisam de discipulado espiritual, quer saibamos ou não.
Lidamos com as pessoas com (*exercício de) "poder" o tempo todo. Nós nos submetemos à autoridade dos empregadores, autoridades civis e outras em uma base diária. Uma sociedade organizada não pode existir sem isso. Mesmo na Igreja Adventista do Sétimo Dia, reconhecemos uma forma centralizada de governo. Líderes da igreja local são subordinados às associações, que (*por sua vez) prestam conta às uniões, divisões, e, finalmente, à Conferência Geral. Este sistema tem servido a nossa denominação bem mais de 100 anos. Tal como acontece com todos os líderes, o cargo que ocupam merece o nosso respeito.
Um dos aspectos mais comoventes da crise que nossa igreja suportou na época de1888 é o espírito mostrado pelos dois mensageiros escolhidos por Deus a muito poderosos líderes da igreja que se opuseram a eles. Os princípios foram expressos por Ellen White muitas vezes: "O Senhor nomeia e envia ministros não só para pregar, pois esta é uma pequena parte de seu trabalho, mas para ministrar, para educar o povo a não digladiar, mas a ser um exemplo de piedade. ... Alguns entraram na obra com uma comissão humana e não divina. Eles se educaram como debatedores" (Manuscript Releases, vol. 12, pág. 327).
A controvérsia que atingiu seu ápice em 1888 começou vários anos antes. E. J. Waggoner e A. T. Jones estavam ambos trabalhando em Healdsburg, Califórnia, como editores da revista Signs of the Times (Sinais dos Tempos). Estudando separadamente, ambos concluíram que a lei referida no livro de Gálatas era os dez mandamentos. Durante o verão de 1884, Waggoner escreveu dez artigos sobre a lei e o evangelho em Gálatas apoiando este ponto de vista, o que era uma discordância da posição adventista aceita (*à época) de que a lei em Gálatas referia-se apenas à lei cerimonial. Os artigos foram publicados na Signs of the Times.
Não demorou muito para que o seu ensino fosse contestado. George Butler, presidente da Conferência Geral começou a escrever a Ellen White sobre o que ele considerava serem erros ensinados por Jones e Waggoner. Uriah Smith, editor da Review and Herald, concordou com Butler. Finalmente, no início de 1887, Ellen White escreveu uma carta a Jones e Waggoner com cópias para Smith e Butler. Nesta carta, ela expressou grande preocupação ao ver as duas posições em discórdia. Ela temia que Waggoner tivesse cultivado um amor por discussões e contendas, e que tanto Jones e Waggoner eram muito autoconfiantes e menos cautelosos do que deveriam ser (Carta 37, de 18 fev. de 1887; ​​Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 1, págs. 26 a 31).
Jones agradeceu a Ellen White pela carta que ela lhe escreveu, dizendo que ele iria tentar fervorosamente lucrar com o testemunho, e que ele estava profundamente sentido com o fato de que ele tenha tido qualquer parte em qualquer coisa que tenderia a criar divisão ou fazer mal de alguma forma para a causa de Deus (Carta de A. T. Jones a Ellen G. White, de 13 de marco de 1887, publicada em Manuscripts and Memories of Minneapolis (Manuscritos e Memórias de Minneapolis), págs. 66-67).
A reação de Waggoner foi semelhante: “Eu desejo fervorosamente que o tempo possa vir em breve quando todo o nosso povo esteja em consonância... Eu realmente sinto muito pelas sensibilidades que existiram e existem entre ambas lideranças. ... eu sei muito bem que um sentimento de crítica tem existido aqui, ao eu pensar em ninguém mais do que eu. Como eu vejo agora esse espírito de crítica, que brota do tipo mais cruel de orgulho, eu detesto isso, e não o quero mais" (Carta de E. J. Waggoner a Ellen G. White, idem, em 1º de abril de 1887, págs. 71, 72).
Não é nosso propósito nestas introspecções narrar as descrições que temos do espírito exibido por Jones e Waggoner, que tendem a refutar as críticas deles. Eles estavam sob o ataque constante, como ocorria com Ellen White, que aprovou a mensagem deles. Como pessoas que conhecem e amam a mensagem, temos de aprender a lição de deixar a mensagem efetuar a sua obra em nossos corações. O espírito de debate e argumentação nunca "discipulou" pessoas defendendo pontos de vista diferentes, mas isso não significa que devamos ficar calados. Devemos sempre pedir a Deus sabedoria para falar a verdade com amor no momento adequado.
A maioria de nós já experimentou a alegria de compartilhar a mensagem de 1888 com outras pessoas em nossas igrejas, possivelmente incluindo nossos líderes. A responsabilidade mais importante para nós é estudar a mensagem para o nosso próprio entendimento, e deixa-la repousar em nossos corações pelos profundos sussurros do Espírito Santo. Uma vez que entendamos como ela é maravilhosa, a nossa vontade será exortar os outros a assim vê-la também. Nada de errado com isso, mas como sempre, isso depende de como o fazemos. A mensagem deve ser estudada para realmente sondar suas profundezas. Não há atalhos. Alguns têm receio de até mesmo estudar a mensagem com medo de perder suas posições na liderança da igreja. É possível discipular essas pessoas, e se Deus lhe deu essa tarefa, oro para que Ele vos guie em como fazer isso. (*Toda verdade deve ser dita, mas com espírito de amor Ágape e sem contendas).
Outros podem concordar apenas com certos aspectos da mensagem. A maioria das pessoas vão concordar que a morte de Cristo na cruz realizou algo por todos os seres humanos, mas o ponto de vista arminiano assume a posição de que o que Ele fez não é efetivo até que a pessoa primeiro se arrependa dos seus caminhos e venha a Cristo. O sacrifício de Cristo na cruz não é meramente provisional, mas eficaz para todo o mundo. A única razão pela qual alguém pode se perder é que ele escolha resistir à graça salvadora de Deus. Assim, o sacrifício de Cristo justificou todos os seres humanos e literalmente salvou o mundo da destruição prematura. No livro, "1888 For Almost Dummies" (1888 para Quase Estúpidos), Robert J. Wieland, dá resumos úteis).
Outro ponto sensível da mensagem de 1888 é que Cristo tomou a natureza humana caída da humanidade na encarnação. Nossa liderança da igreja não questionou essa posição até a metade do século 20, quando se tornou vaga, e atualmente é considerada uma questão não essencial. A visão de 1888 é que ao procurar a humanidade perdida, Cristo percorreu todo o caminho, tomando sobre Si e assumindo a natureza caída e pecaminosa do homem. Ele fez isso para que pudesse ser tentado em todos os pontos como nós somos, e, ainda assim, demonstrar a perfeita justiça "em semelhança da carne do pecado" (Rom. 8: 3, 4). (Os livros O Caminho Consagrado escrito por A. T. Jones, e Tocado com os Nossos Sentimentos, escrito por Jean Zurcher são úteis sobre este tema).
Possivelmente o ponto mais disputado é a ideia de que a igreja nunca totalmente aceitou a mensagem e precisa "corporativamente" arrepender-se e levar os membros atuais para uma curiosidade profunda e estudo do que ela realmente era. (*Este arrependimento corporativo é um desafio de Cristo a nós líderes do verdadeiro povo de Deus em Apoc. 3:19, “ao anjo da igreja que está em Laodicéia” (vs.14), e do verso 18 fica claro que Cristo está falando dos elementos essenciais da mensagem de 1888: o “ouro”, a fé e o amor; “roupas brancas,” a pureza do caráter de Cristo, e o “colírio,” o discernimento espiritual).  Embora haja "bolsões" de crentes, os esforços são amortecidos por um corpo de “obreiros assalariados que tanto pode reagir com indiferença ou com aberta hostilidade. (Há pelo menos dois livros úteis sobre este tema: “Arrependimento corporativo,” e o “Apelo da Testemunha Verdadeira,” ambos escritos por Robert J. Wieland, e também "Então o Santuário Será Purificado" por Donald K. Short).
A história do que realmente aconteceu na era de 1888 também é debatida. Aqueles que consideram que a mensagem foi aceita na Conferência 1888 ou pouco depois simplesmente devem distorcer os fatos. (Três excelentes histórias estão disponíveis: “1888 Re- examinado” por Robert J. Wieland e Donald K. Short; “Deixe que a História Fale” por Donald K. Short, e “O Retorno do Chuva Serôdia” por Ron Duffield).
De maneira nenhuma isso é uma bibliografia exaustiva, mas serve para destacar por onde começar ou continuar a estudar. A paixão de Cristo foi a Sua aflição pelas almas. Quando permitimos que o Espírito nos encha, nós também teremos essa paixão. O significado de "discipulado" é que não há nenhuma classe de pessoas isentas da necessidade da Boa Nova de Cristo e do que Ele fez por todos nós. Que Deus abençoe a você e lhe dê coragem para realizar a Sua vontade.
-- Arlene Hill

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Lição 8 - Com os ricos e famosos, por Paulo Penno,



Para 15 a 22 de fevereiro de 2014

Quando Phil Robertson, citou o apóstolo Paulo equiparando homossexuais com os idólatras1, ele despertou um ninho de vespas, e foi suspenso por tempo indeterminado por parte do  seriado Dinastia Pato, “Duck Dynasti” (*da emissora de televisão americana) A & E. Descrições divisíveis de cristãos entre si e os ímpios e profanos, é uma deturpação da "verdade do evangelho."
Tem havido uma série de tais categorizações nas últimas lições da Escola Sabatina: discipular crianças, doentes, "comuns," excluídos sociais, poderosos, ricos, e famosos. Será que o evangelho de Jesus Cristo lança uma visão de mundo de uma forma tão diversificada? Será que Jesus e os primeiros apóstolos tinham estratégias diferentes para atingir as diversas classes da sociedade? Deveríamos nós nos especializar em ministérios para vários segmentos da sociedade? Ou será que existe um verdadeiro evangelho que atinge o coração com necessidades de cada alma no mundo?
Uma verdade brilha claramente da mensagem de 1888, que é essencial para os promotores de discipulado cristão. O problema do "nós" e "eles", do "justos" e "pecadores", que é tão discriminador, é curado pelo dom de Cristo do arrependimento corporativo.
O segredo do poder de ganhar almas de Jesus foi encontrado em Sua identificação com os pecadores através do arrependimento. Como o Portador do pecado, Ele, "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (*Heb. 4:15). Deus "Que não conheceu pecado, O fez pecado por nós" (*2ª Cor. 5:21). Ele experimentou a tentação poderosa do diabo para o pecado no deserto, no mundo, e sim, até mesmo de dentro de Si mesmo. Deus O enviou "em semelhança da carne do pecado" (*Rom. 8:3). Ele sabia que Ele poderia pecar. Ele “ofereceu com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas." Ele "aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu" (Heb. 5:7, 8).
A lição que Cristo, nosso Mestre está dando a Laodicéia em nosso Dia da Expiação, vai além do nosso entendimento estreito de "arrependimento individual" pelo pecado. Tal "arrependimento individual" é motivado por levarmos nossas próprias almas pessoais ao céu, de modo a não irmos para o inferno, como o resto do mundo. "Arrependimento Individual" gera promoções divisórias de discípulos que veem os pecadores como grupos ou mesmo categorias.
Nosso Psiquiatra Celestial nos dá uma visão global do mundo, que é curada por arrependimento corporativo. Todo o pecado que existe no mundo seria pecado meu, se eu não fosse guardado pela graça de Deus.
Sim, os cristãos nasceram neste mundo com uma "mente carnal." "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus" (Rom. 8:7). Somos todos natos leões assassinos, com o potencial de ódio e homicídio.
Esta realidade é confrontada diariamente pela gloriosa verdade do evangelho. A salvação não é constituída de 99 por cento da justiça de Cristo e um por cento da nossa justiça. É (*somente) Cristo, justiça nossa, 100 por cento o tempo todo.
Quando a Testemunha Verdadeira faz Seu apelo, do fundo do coração para Laodicéia: "Sê pois zeloso e arrepende-te" (*Apoc. 3:19) Seu dom é um arrependimento geral ainda a ser realizado. Pode a potencial futura Noiva de Cristo aprender com seu marido e se arrepender, como Ele Se arrependeu, durante Seu ministério terreno?
Arrependimento corporativo é a percepção de que é o meu pecado que "matou" o Filho de Deus. É a "inimizade contra Deus", do meu coração que O pregou na cruz. Portanto, eu, em mim mesmo, não sou melhor do que todo o mundo, por quem Cristo morreu .
Laodicéia está apenas a um batimento cardíaco de distância de realizar a verdade básica de toda a história ensinada pelo Calvário, que ela é a mais "infeliz, miserável, pobre, cega e nua." E, quando ela aprender a lição de arrependimento corporativo ela (*a verdade) vai se manifestar em indivíduos de toda nação, tribo, língua e povo, valorizando espontaneamente as palavras de Cristo na cruz: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (*Lucas 23:34).
Nosso pecado desconhecido assassinou o Messias, o Salvador do mundo. Uma corporação responderá individualmente ao Espírito de Cristo, ao Ele dar a água da vida livremente para todos. Eles não vão se considerar melhores ou de uma classe especial. Eles não vão se ver como evangelizando várias classes de pessoas no mundo. Somos todos pecadores necessitados da muito mais abundante graça de Deus.
Esses pecados "que teriam sido cometidos se tivesse havido oportunidade" de que não nos arrependemos deles, representa a nossa culpa de que não nos damos conta. Outras pessoas os cometeram e nós temos sido gratos que não temos sido suficientemente pressionados pela tentação a cometê-los nós mesmos. Mas Lutero sabiamente diz que somos todos feitos da mesma massa, da mesma forma. Conclui-se que o arrependimento corporativo é o arrependimento dos pecados que nós cometeríamos se tivéssemos tido a oportunidade. Isso vai ainda um pouco mais profundo.
Wesley disse de um bêbado na sarjeta, "Exceto pela graça de Cristo, sou eu" Quando a Igreja aprender a apreciar tal contrição, o amor de Cristo irá desenvolver-se nas suas veias e transformá-la em uma verdadeira "igreja solidária," a mais eficaz forma de ganhar almas que a história já conheceu (Zac. 8:20-2); O Grande Conflito , págs. 611, 612) .
Isto porque somente tal arrependimento pode permitir amar o próximo como a si mesmo, não no sentido de desculpar ou amenizar o seu pecado em que sabemos que poderia ser tão culpado quanto ele (isso rebaixa os padrões cristãos), mas porque tal arrependimento inclui uma purificação eficaz da contaminação do pecado em si. Esse amor vai muito além de uma simpatia sentimental, pois torna-se uma cooperação efetiva com Cristo em alcançar o coração com um, poder redentor e purificador. A Cabeça, finalmente encontra "membros" preparados para serem Seus instrumentos eficazes em efetivamente salvar pessoas. Nunca o arrependimento corporativo incentiva o menor espírito (*que se gaba de ser) "mais santo do que você".
Em um tempo de ampla redução dos padrões e fracassos trágicos, "suspirando e chorando" pelas "abominações" na terra torna-se um negativo e impotente, torcer de mão, a não ser que se desenvolva a partir de um sentido corporativo da fraqueza e da culpa que todos nós ao partilharmos a verdade. Arrependimento corporativo elimina automaticamente a divisão do "nós" versus "eles". É o verdadeiro caminho para o coração da unidade.
Se claramente compreendidas e apresentadas ao mundo, as realizações de sacrifício de Cristo irão mover os corações humanos como nenhuma outra verdade o pode fazer. Tal verdade, apresentada juntamente com os cumprimentos da profecia e as nossas principais doutrinas, trará o poder fenomenal de discipulado que a profecia indica que estará na "chuva serôdia" e no "clamor" de Apocalipse 18. Esta "eficiência" no discipulado diz Ellen White, "poderia ter sido [nossa] em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes", mas foi "em grande medida" perdida em nossa obra em consequência da rejeição, "em grande medida," da mensagem de 1888. Não é a recuperação da "mui preciosa mensagem," portanto, prioridade para a Igreja a nível mundial?



- Paul E. Penno



Nota de rodapé :


[1] "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus Não erreis : nem os devassos , nem os idólatras , nem os adúlteros , nem os efeminados , nem os abusadores de si mesmos com a humanidade , nem ladrões , nem avarentos, nem os bêbados , nem maldizentes, nem roubadores , herdarão o reino de Deus" (1ª Coríntios. 6:9, 10) .
NOTA DO TRADUTOR:
Duck Dynasti” (Dinastia Pato) é um “reality show” americano no canal televisivo A & E, que retrata a vida da família Robertson, que se tornou rica em seu negócio. Phil Robertson, o patriarca do clã da Dinastia Pato, foi suspenso de seu reality show de sucesso em 18 de dezembro último, após alguns comentários incendiários sobre os gays, que estavam sendo amplamente noticiados pela imprensa como "anti-gay." A suspensão iniciou um debate nacional sobre a tolerância e religião. Mas uma petição coletiva para a volta de Phil Robertson alcançou 250.000 assinaturas.

Nota: Esta lição foi ministrada no sábado 15, e, assim o seu vídeo, do Pastor Paul Penno, está na Internet em:
http://1888mpm.org



Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Lição 7 - Jesus e os excluídos sociais, por Ellet J. Waggoner/Daniel H. Peters



Para 8 a 15 de fevereiro de 2014

Os rejeitados de todo o mundo têm um medo comum — que Deus não vai aceitá-los, e milhares que têm professado ser seguidores de Cristo por anos, ainda duvidam de sua aceitação com Deus. É, para nós, os excluídos, que Ellet J. Waggoner escreveu para nos dar simples garantia da Palavra de Deus de que somos aceitos e não mais rejeitados.1 Esta verdade é uma pedra angular da mensagem de 1888.
"Será que o Senhor vai me receber?" Eu respondo por outra pergunta: Será que um homem receberá o que ele comprou? Se você for até a uma loja e fizer uma compra, você receberá as mercadorias quando elas forem entregues? Claro que você vai recebê-las  , não há nenhuma possibilidade para qualquer dúvida sobre isso. O fato de que você comprou os bens, e pagou com seu dinheiro por eles, é prova suficiente, não só de que você está disposto, mas que você está ansioso, para recebê-los. Se você não os quisesse, você não os teria comprado. Além disso, quanto mais você pagar por eles mais ansioso você estará para recebê-los. Se o preço que você pagou foi alto, e você quase tinha dado sua vida para ganhá-lo, então não pode haver nenhuma dúvida de que você vai aceitar a compra quando ela lhe for entregue. Sua grande ansiedade (*ao contrário) é que não haja falha alguma na entrega.
Agora vamos aplicar esta simples ilustração natural ao caso de o pecador vir a Cristo. Em primeiro lugar, Ele nos comprou. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; Portanto, glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (1ª Cor. 6:19, 20).
O preço que foi pago por nós foi o Seu próprio sangue — Sua vida. Paulo disse aos anciãos de Éfeso: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com Seu próprio sangue" (Atos 20:28). "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado" (1ª Pedro 1: 18 , 19). Ele "Se deu a Si mesmo por nós" (Tito 2:14). Ele "Se deu a Si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai" (Gálatas 1:4).
Ele não comprou uma determinada classe, mas todo o mundo de pecadores. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16). Jesus disse: "O pão que Eu der é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo" (João 6:51). "Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a Seu tempo pelos ímpios. ... Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Rom 5:6, 8).
O preço pago era infinito, por isso sabemos que Ele muito desejou aquilo que comprou. Ele, em Seu coração, estava determinado a nos obter. Ele não podia estar satisfeito sem nós. (Veja Fil. 2:6-8; Heb.12:2, e Isa. 53:11).
"Mas eu não sou digno." Isso significa que você não vale o preço pago e, portanto, você está temeroso de vir a Cristo com medo de que Ele vá rejeitar a compra. Agora, você pode ter um pouco de medo quanto a isso, se o negócio não foi selado, e o preço não foi já pago. Se Ele Se recusar a aceitá-lo, com o fundamento de que você não vale o preço, Ele não só perderia você, mas também o valor pago. Mesmo que as mercadorias para as quais você pagou não valham o que você deu por elas, você mesmo não seria tão tolo a ponto de jogá-las fora. Você preferiria obter algum retorno para o seu dinheiro do que não ganhar nada.
Não temos nada a ver com a questão de valor. Quando Cristo estava na terra, com interesse pela compra, Ele "não necessitava de que alguém testificasse do homem, pois Ele bem sabia o que havia no homem" (João 2:25). Jesus nos comprou com Seus olhos abertos, e Ele sabia o valor exato do que Ele comprou. Ele não fica de todo decepcionado quando chegamos a Ele e Ele vê que somos indignos. Nós não temos que preocupar-nos sobre a questão do valor, se Ele, com Seu perfeito conhecimento do caso, estava satisfeito em fazer o negócio, devemos ser os últimos a reclamar!
A mais maravilhosa verdade de tudo é que Ele comprou-nos pela razão de que não somos dignos. Seu olho experiente viu em nós grandes possibilidades, e Ele nos comprou, não pelo que éramos então, ou agora valemos, mas pelo que Ele poderia fazer de nós. Ele diz: "Eu, Eu mesmo, Sou o que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro" (Isaías 43:25). Nós não temos justiça; por isso Ele nos resgatou, "para que nEle fossemos feitos justiça de Deus" (2ª Cor.5:21). Paulo Diz: "Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade, e estais perfeitos nEle, que é a cabeça de todo principado e potestade" (Col. 2:9, 10).
Aqui está todo o processo:"Todos nós ... éramos por natureza filhos da ira, como os outros também, mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nos séculos vindouros, as abundantes riquezas da Sua graça pela Sua benignidade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus, não vem das obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas" (Efé. 2:3-10).
Quando Ele nos receber, não valendo nada, e, finalmente, nos apresentar irrepreensíveis diante do trono, será para a Sua glória eterna, e então não haverá ninguém que atribua valor algum para si.
Certamente todas as dúvidas quanto à nossa aceitação diante de Deus devem ser definidas em paz. Mas não são. O coração perverso de incredulidade ainda sugere dúvidas. "Eu acredito em tudo isso, mas ..." Aí, pare neste ponto, se você acredita que não vai dizer "mas". Quando as pessoas adicionam "mas" para a afirmação que eles acreditam, eles realmente querem dizer: "Eu creio, mas não acredito." Mas você continua: "Talvez você esteja certo, mas me ouça. O que eu ia dizer é que eu acredito nas declarações da Escritura que você citou, mas a Bíblia diz que se somos filhos de Deus, teremos o testemunho do Espírito e o testemunho em nós mesmos, e eu não sinto ser qualquer testemunha, portanto, eu não posso acreditar que eu sou de Cristo. Eu creio em Sua Palavra, mas eu não tenho o testemunho." Eu entendo a sua dificuldade, deixe-me ver se ela pode ser removida.
Quanto a você ser de Cristo, você mesmo pode resolver isso. Você já viu o que Ele deu por você. Agora, a pergunta é: "Você já entregou-se a Ele?" Se você tomou esta decisão, você pode ter certeza de que Ele te aceitou. Se você não for dEle, é apenas porque você se recusou a entregar a Ele o que Ele comprou. Você O está defraudando. Ele diz: "Todo o dia estendi as Minhas mãos a um povo rebelde e contradizente" (Rom. 10:21). Ele lhe implora para dar-Lhe o que Ele comprou e pagou, entretanto você se recusa, e O acusa de não estar disposto a recebê-lo. Mas se do fundo do coração, você rendeu-se a Ele para ser Seu filho, você pode ter certeza de que Ele lhe recebeu.
Agora quanto a você crer em Suas palavras, entretanto duvidando de que Ele te aceite, porque você não sente o testemunho em seu coração, eu ainda insisto que você não crê. Se você tivesse crido, você teria o testemunho. Ouça a Sua Palavra: "Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso O fez, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do Seu Filho" (1ª João 5:10).
E "quem crê no Filho de Deus tem o testemunho em si mesmo." Você não pode ter o testemunho até que você creia, e assim que você crê, você tem o testemunho. Como é isso? Porque a sua crença na Palavra de Deus é o testemunho! Deus diz assim: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem" (Heb. 11:1).
"O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rom 8:16). Como o testemunho é dado? Pela Palavra. Ali o testemunho está escrito, e o Espírito Santo traz à nossa lembrança as palavras registradas.
Devemos lembrar-nos de que Cristo nos aceita não por nossa causa, mas por Sua própria causa, não porque somos perfeitos, mas que n'Ele podemos ir até a perfeição. Ele nos abençoa, de modo que na força da bênção possa nos desviar de nossas iniquidades, *“para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades” (Atos 3:26).
Deus falou no início e colocou as estrelas em seu lugar, e este mesmo Criador, o Salvador do mundo, voltou a falar com a mulher "adúltera", dizendo: "Vá e não peques mais." O poder que sustenta as estrelas era dela para guardá-la de pecar. Este comando é para nós hoje e vai nos impedir de pecar — mas, se nós crermos.
(*E se cremos) não (*somos) mais excluídos!2

- Ellet J. Waggoner / Daniel H. Peters

Nota:
[1] Cristo e Sua Justiça, "A Aceitação de Deus", págs. 78-86 (edição Glad Tidings).
2) Asteriscos (*...) indicam acréscimos do tradutor.
 
O irmão Daniel Peters vive na parte leste da cidade de Los Angeles, Estado da Califórnia, EUA, e trabalha como Conselheiro Oficial antidrogas e álcool para mães e mulheres grávidas. O seu coração foi sensivelmente tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, págs. 91 e 92) e sua vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta mensagem que Deus outorgou à Sua igreja em 1888. Ele e sua família são membros da igreja adventista do sétimo dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de Los Angeles, localizada no nº 8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J. Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da Bíblia e do Espírito de Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de 1888. Ele foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada na 7125 Weest 4th Street.

Ellet J. Waggoner foi um dos dois pastores que nos apresentaram a mensagem da Justiça de Cristo em 1888 em Mineápolis. Devido à resistência da liderança em abraçar esta mensagem, Ellen G. White e os dois saíram pelas igrejas pregando-a diretamente aos membros, e, diz ela, “obtivemos grande aceitação e muitas consagrações.” Depois disto, por voto da Conferência Geral, os três foram separados: Ellen G. White foi enviada para a Austrália, Waggoner para a Europa. E Jones permaneceu nos Estados Unidos. Ele tinha formação acadêmica como médico, mas foi tocado pelo chamado para o ministério, e preferiu exercê-lo ao invés de desfrutar dos grandes rendimentos da sua profissão. Os dois mensageiros, até o ano de 1896, em centenas de sermões, campais, igrejas, publicações e nas Assembléias da Associação Geral eram oradores e escritores constantes. Ellen G. White endossou a pessoa e a mensagem dos dois mensageiros da Justiça de Cristo 374 vezes. Temos a relação, em inglês, destes endossos para enviar a você, gratuitamente, se no-la solicitar, bastando nos remeter um envelope subscritado para você mesmo, com selo para o peso de 2 folhas A4.

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