quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lição 9 - Casamento: Um presente dado no Éden, por Roberto Wieland

Para 23  de fevereiro a 2 de março de 2013

           
Uma história pessoal — a alegria da fé.
Em 13 de janeiro de 1999, Robert J. Wieland escreveu aos seus leitores de Pão Espiritual Diário, "Nada pessoal deve entrar neste Pão Espiritual Diário, mas talvez você vai me perdoar hoje. Que eu deveria tomar o dia de folga, sendo este o meu 57º aniversário de casamento. Minha querida esposa, Graçe, merece ter-me fora do escritório, o dia todo!
"Mas eu não posso deixar de dizer em voz alta, "Agradeço-lhe, Senhor, por dá-la a mim! e obrigado por nos manter todo esse tempo juntos!" No dia do nosso casamento, 11 de janeiro de 1942, havia (*nos Estados Unidos da América) um presidente cujo casamento tinha chegado ao fim (mas nós não o sabiamos até então), e desde então temos visto muitos casamentos arruinados, ricos e pobres. Tanto assim que apenas uma minoria das crianças agora cresce em lares estáveis ​​e felizes.
"Por que o nosso sobreviveu por 57 felizes anos? Não porque somos melhores do que ninguém! Não porque somos mais capazes de praticar "boas obras". Não! Não é por causa de algum pequeno "segredo" de coisas boas feitas (Eu, pelo menos, tenho sido muito deficiente em fazer coisas boas). Também não é por causa de alguma "sabedoria" única que herdamos de nossos pais. Não, os nossos 57 anos de felicidade não são de qualquer superior sabedoria ou justiça. É porque nós cremos em algo. Nós cremos que Deus nos uniu.
"Oh, sim, acrescente uma coisa a isso: também cremos que Deus é amor. Em tempos de crise, esta simples pequena fé (1º) na liderança de Deus, e (2º) em Sua bondade, nos tem mantido juntos.. Se você está interessado na felicidade conjugal e fidelidade, leia uma fascinante história em Gênesis 24; observe os sete passos de fé que Isaque tomou, e lembre-se do último, "Rebeca foi-lhe por mulher e amou-a” (v. 67) sim — amou-a para sempre" (13 de janeiro de 1999).
Quatro anos depois, janeiro de 2003, Pão Espiritual Diário, ecoou o mesmo sentimento, só que com outras palavras: "Nós dois (Grace e eu), tentamos compartilhar um pedaço de "pão" espiritual nesta pequena mensagem diária, pare um momento para comemorar o nosso aniversário de casamento, 61 felizes anos. Não foi uma conquista nossa própria; Não merecemos parabéns porque não temos conseguido fazer nada. Não, é apenas uma palavra de agradecimento Àquele que inventou o casamento. E uma oração que, de alguma forma, podemos dizer uma pequena palavra que poderia incentivar algum casal que esteja lutando, em algum lugar, que temem compartilhar o destino de cerca de metade de todos os casamentos cristãos de hoje.
"Nós não temos um pingo de sabedoria superior. Ambos viemos de famílias desorientadas1 Nem um de nós dois era especialista, ou devidamente “educados”. Nós não tinhamos "feito" nada para merecer o que já nos havia sido dado. Foi tudo fruto da "mui abundante graça", o que significa, naturalmente, favor imerecido. Mas não houve nada especial (*da nossa parte) que pudesse ter provocado uma chuva de bênçãos?

Uma História pessoal — A Alegria da Fé.
"(1º) Muito antes de conhecermos um ao outro, como jovens que tínhamos dado nossos corações a Jesus, para nós o nosso batismo era muito sério; (2º) Nós não nos apressamos em cair nos braços um do outro; Mas levou tempo. Nós queríamos ter certeza. que o Espírito Santo estava nos dirigindo. (3º) Chegamos ao dia do nosso casamento crendo que, tão certo como o Senhor trouxe Rebeca para Isaque (Gênesis 24), assim, certamente, Ele nos trouxe a nós dois juntos. (4º) Quando havia tentações, ao longo da nossa jornada, esta confiança nos estabilizou. Nós apreciamos isto. (5º) Quando um chamado veio para sermos missionários (*na África), pensamos no que Jesus deu a nós, e nós respondemos positivamente a Ele. Nós não podiamos dizer nada mais, mas apenas 'Sim!' (Não há um pingo de mérito em tudo isso, é tudo graças a Ele.) (6º) E não, não é um talismã, nem um truque de mágica — nós simplesmente queriamos nos ajoelhar a cada dia, no estilo que as pessoas conservadoras chamam de "altar da família. "Começou na noite em que fomos unidos em casamento, e nós amamos isto ainda hoje. Não, não é "justiça pelas obras", mas nada menos que é a alegria da fé "

O Maior Casamento — Ainda por Vir
O Pastor Wieland também escreveu abundantemente sobre o maior casamento do Universo — ainda por vir. As “bodas do Cordeiro", como descrito em Apocalipse 19, o clímax da Escritura, quando a Noiva de Cristo torna-se "pronta" para o casamento
A história está registrada na Bíblia desde o início. Quando Adão estava em solidão desesperada no Éden, o Senhor trouxe Eva a ele; Ele também previu o tempo em que Cristo pudesse consolar sua própria solidão com o "casamento" de uma "noiva," tirada de Seu mundo, amado. Jesus está só, um homem solitário no céu, Ele quer estar com o Seu povo. A "mulher," por quem Ele está num tal amor desesperado, é uma mulher "corporativa" –— um "corpo" composto de seres humanos pecadores, redimidos de "toda a nação, e tribo, e língua e povo" (Apoc. 14:6 e 7). "Ela" cresceu, desde a meninice, "em Cristo," passando por todos os estágios da infância em que a mulher cresce, ela finalmente chegará a um grau de maturidade, no qual ela vai estar pronta para estar ao Seu lado como Sua ajudadora."
Ao longo da história da Bíblia, lemos Suas muitas decepções. Como uma pintura surrealista, essas cenas vívidas retratam toda a história humana e, especialmente, a do povo de Deus, como um caso de amor divino-humano, um marido cortejandouma mulher. Deve haver algo sobre esse "corpo" do crentes, que Apocalipse designa como "o remanescente," que "guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (*vs. 7), que suscitou ou liberou o amor conjugal de Cristo. Ele quer casar-Se "com ela", e tal desejo é ardente, e não pode ser desviado.
Poderíamos dizer que o pequeno grupo que passou pelo Grande Desapontamento de 1844 foi profundamente amado de Cristo. O "remanescente" recusou desistir de sua fé, confiantes de que o verdadeiro Espírito Santo estava trabalhando no clamor da meia-noite. Eles eram especialmente caros ao seu coração. Através do início da história deste povo, um caso de amor especial celeste estava se desenvolvendo. Não desde o Pentecostes Jesus encontrou um grupo de crentes leais a Ele.
Em seguida, vem a nossa triste história de "1888". A decepção deste amor em "1888" foi para Ele "além de qualquer descrição."2 No entanto, cada vez mais, as pessoas atenciosas estão vindo para ver a história de "nosso" desdenhando Senhor Jesus na mui preciosa mensagem do início da chuva serôdia. Em rejeitá-la, diz a serva do Senhor, nós desprezamos Cristo, assim como "a mulher" fez ao seu Amante em Cantares de Salomão 5:3.3
O patético apelo de Cristo, em Sua mensagem ao "anjo da igreja de Laodicéia" ("sê pois zeloso, e arrepende-te," Apoc. 3:19) está ligado com a Canção de Salomão, por Seu apelo de despedida é uma citação direta de Cantares: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta," ... depois vem a intimidade.
O Filho de Deus é um ansioso Noivo desejando o casamento por vir. Ele é um conselheiro matrimonial competente. Tenha um bom encontro com Ele.

- A partir dos escritos de Robert J. Wieland
(Compilado por Carol A. Kawamoto)


Nota do tradutor:
1) O autor diz que ele e a esposa, Grace, vieram de famílias desorientadas. Filhos de lares assim, muitas vezes, foram vítimas de relacionamentos abusivos. Quando uma criança tem somente uma alternativa em termos de sobrevivência, não há real escolha!. O ambiente em que vive uma criança tem um tremendo impacto em seu potencial de vícios e distúrbios, os mais variados, ou ausência deles. Cada sistema da qual ela é uma parte – o lar, a escola, a igreja, a sociedade como um todo – tem o poder de afetar sua personalidade.

Notas do autor:
         [2]
Ver Ellen G. White, Review and Herald, 15 de dezembro de 1904, sua declaração descrevendo como Jesus se sentiu após o fracasso de 1888 a liderança da igreja para receber e passar a mensagem, e a perda da reconciliação consequente com Ele: "A decepção de Cristo é indescritível."
 [3] Ver Robert J. Wieland, "A Canção de Salomão e a mensagem a Laodicéia," que está disponível na Web:,http://1888mpm.org/articles/song-solomon-and-laodicean-message-0

A irmã Carol Kawamoto vive no sopé da bela Serra da Califórnia. Ela freqüenta uma pequena igreja adventista onde foi batizada há muitos anos. Pouco depois do batismo ela conheceu Helen Cate, então editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888 (que também era um membro da mesma igreja) e o pastor Robert J. Wieland, que pregava as verdades da Boa Nova da mensagem de 1888. Ela começou a trabalhar com Helen, que fundou a revista “1888 Message Newsletter”  (Noticiário da Mensagem de 1888). Após a morte de Helen, Carol foi eleita editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888, onde teve o privilégio de trabalhar diretamente com o pastor Wieland, redigindo o boletim de notícias para aquela revista, e publicando os numerosos livros dele. Ela continua com o seu amor em partilhar a "mui preciosa mensagem" (TM, pág. 91), através da edição de diversos artigos, de diferentes autores, que publicamos neste blog. Ela tem também outros projetos. Ela envia suas saudações a todos os leitores deste blog, tanto no Brasil como em outros países de fala portuguesa.

O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888.
Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido

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Lição 9 – Casamento, Um Símbolo de União com Deus, por Arlene Hill


 Para 23  de fevereiro a 2 de março de 2013


O tema da profecia de Oséias é o amor de Deus por Sua desposada noiva. Usando a alegoria do casamento, Oséias é um tipo de Cristo como o Noivo expectante esperando por Sua noiva se aprontar. Gômer retrata pecadores rebeldes que repetidamente rejeitam os galanteios de seu noivo, mas finalmente O aceita. Ela não está mais dividida a respeito da identidade de seu marido.
"'E realizar-se-á nesse dia,' declara o Senhor, 'que você Me chamará Ishi [Meu marido] e não irá mais Me chamarás Baali" (Oséias 2:16, NAS), (*“não me chamará mais meu Baal;” Alm. atualizada; “Meu senhor;” Alm. Fiel, “Meu mestre,” Almeida Contemporânea).
Originalmente, Deus pretendeu que Ele e Seu povo devessem ser um, mas por causa da aceitação de outro senhor pela rebelião humana no Jardim do Éden, o "Grande Divórcio" ocorreu. A palavra hebraica em Gênesis 3:24 que é traduzida "lançou-os fora" é a palavra para divórcio, semelhante ao que a Abraão foi exigido fazer com Hagar. Desde o Éden, Deus declarou e reafirmou em vários modos Sua promessa de restaurar esse íntimo relacionamento. Não é nenhuma surpresa que Satanás especialmente atacou todos os aspectos do casamento a fim de perverter nosso entendimento de como Deus quer Se relacionar com Seu povo.
A ordem para que Oséias tome uma esposa do prostíbulo, serve para ilustrar o insulto pessoal experimentado por Deus, cada vez que seres humanos elegem seguir outros deuses. Se ela era uma prostituta quando primeiro casou-se com Oséias não é certo, mas sabemos que ele permaneceu com ela mesmo depois que ela se desviou. Gômer cegamente atribuiu a seus amantes todas as bênçãos que ela gozou por causa de seu casamento com Oséias. Como Laodicéia, ela necessita aprender somente quão cega ela é. Para realizar isso, Deus fez o que Ele faz por todos os Seus filhos instáveis:
"Portanto, eis que cercarei o teu caminho com espinhos; e levantarei um muro de sebe, para que ela não ache as suas veredas. Ela irá atrás de seus amantes, mas não os alcançará; e buscá-los-á, mas não os achará; então dirá: Ir-me-ei, e tornar-me-ei a meu primeiro marido". (Oséias 2:6, 7; vejam também 3:5
Deus torna difícil alguém se perder usando todos os Seus recursos para convencer Seu povo a retornar para Ele. Esta linguagem ecoa a mensagem de Elias onde Deus converteu o coração deles outra vez (1ª Reis 18:37, Mal. 4:6). Deus está preparando Sua noiva (*se ela não oferece resistência) para retornar a Ele. Como a criança abandonada em Ezequiel 16, que Deus tomou do nada e fez dela uma bela mulher no "tempo de amores" (vs. 8), Deus pede Oséias para tomar Gômer do mais baixo nível da sociedade. Tudo que tinha para atrair e mantê-la era seu amor e cuidado. Ele não a prende, nem usa outra força para mantê-la. Tudo que Ele faz é pacientemente ir atrás dela quando decide ser infiel. Ele não a arrasta de volta, chutando e gritando em protesto. Ele a atrai com (*cuidadoso) amor (*branda consideração). Este é o verdadeiro quadro de nosso Deus, nenhuma pressão, somente (*o amor) Ágape, que cria valor em seu objeto (*que cria valor no objeto de Seu amor).
Mais tarde no livro de Oséias, Deus lamenta que recusaram retornar a Mim, não reconhecendo isso:
 “Todavia, Eu ensinei a andar a Efraim; tomando-os pelos seus braços, mas não entenderam que Eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor, e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas, e Me abaixei e os alimentei” (Oséias 11:3 e 4)1. 
A mensagem Cristo Justiça Nossa dada à nossa igreja em 1888 nos ajuda a entendermos a história de Oséias. Deus não é um tirano exigente, pedindo que observemos os Seus comandos por ranger os nossos dentes com relutante poder de escolha. Por revelar quem Ele realmente é, Aquele que enviou Seu único Filho para morrer pela instável Gômer que todos nós somos, trazidos de volta a Deus. O Filho revela mais do caráter de Deus quando compreendemos que Ele assumiu nossa natureza caída (mas nunca pecou), e permitiu-Se ser dado eternamente a nossa raça rebelde. A identificação de Oséias com alguém de tal humilde status ecoa a condescendência que Cristo empreendeu quando veio "na semelhança de carne pecaminosa".
Tristemente, mesmo com o ensino persistente através do Espírito Santo, há os que deliberadamente rejeitam o presente de amor. Deus finalmente honra a escolha do indivíduo, mas com angústia grita:
"Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá?" (Oséias 6:4); "Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?" (11:8; cf. Mat. 23:37).
Assim, como a bela criança abandonada em Ezequiel 16, nós rejeitamos as promessas e bênçãos de Deus, preferindo depender da justiça que nós tentamos estabelecer por nossas próprias obras. Somos tão cegos que acreditamos que os benefícios e bênçãos que Deus nos deu e à nossa igreja são por causa das "obras" que nós fazemos para o Senhor. Por quanto tempo nós adoraremos a "Baal" por nossas obras de justiça, dizendo com Laodicéia que fomos enriquecidos e não temos necessidade de nada?
Gaste algum tempo especial com o livro de Oséias em preparação para esta lição. Compare a prostituição de Gômer com a criança abandonada em Ezequiel 16. Há algo que Deus não fez para ganhar sua lealdade? Peça que Deus lhe dê a crença que Ele é capaz de realizar o que diz: "Ainda que estejas no próprio sangue, ‘Vive!’" (Vs. 6). Como Boás e Rute, aceita o manto que Ele estende sobre sua nudez, e Sua promessa de que você é Seu (vs. 8). Acredite que Deus o inclui quando diz:
"Eu sararei a sua infidelidade, Eu voluntariamente os amarei, ... Voltarão os que habitam debaixo da sua sombra; serão vivificados como o trigo, e florescerão como a vide; a sua memória será como o vinho do Líbano” (Oséias 14:4-7).


                                     --Arlene Hill

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.
Os textos bíblicos são da versão Almeida Fiel, ewceto quando indicada outra.


A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.


Nota do tradutor:
1) O verso 3 de Oséias 11, têm divergência entre a versão Almeida Fiel e a KJV, com diferentes versões em português e inglês que consultei. A Almeida Fiel e a KJV estão de acordo com o Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 920, tendo como verso paralelo Jer. 31:32. Mas há versões, nas duas línguas, que apresentam: “I took them in My arms” (“tomei-os em Meus braços”). E o paralelismo é aqui também possível com Deut. 1:31, e 33:27). Mas o sentido em todas é o do cuidado de Deus por Seus filhos como um Pai amoroso.
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Lição 8 - Jesus, Provedor e Mantenedor, por Paulo Penno

Para 16 a 23 de fevereiro de 2013



Qual é a relação do Criador para com Sua criação? Existe um conflito entre a ciência e a interpretação da Bíblia a respeito do cuidado providencial divino da criação? São as coisas da natureza auto-sustentáveis ao agirem elas em harmonia para definir leis observáveis ​​pela descoberta científica?
Como devemos compreender os acontecimentos extraordinários milagrosos da natureza e os eventos comuns ou ordinários da natureza? Qual é o propósito da providência divina nos eventos "milagrosos" comuns e extraordinários na natureza? Há uma revelação providencial "dinâmica" para ser vista na natureza e nos movimentos de Deus entre os homens que revelam o Seu amor divino?
Há falsa ciência e há verdadeira ciência. Com a falsa ciência há conflito com a Bíblia. Na verdadeira ciência há perfeita harmonia com as Escrituras.
As leis da natureza compreendem o que os homens foram capazes de descobrir com relação às leis que regem o mundo físico, mas quão limitado é seu conhecimento, e como é vasto o campo em que o Criador pode trabalhar, em harmonia com Suas próprias leis, e ainda totalmente além da compreensão de seres finitos.
Muitos ensinam que a matéria possui poder vital, que certas propriedades são comunicadas à matéria, e é então deixada a agir por meio de sua própria energia inerente, e que as operações da natureza são conduzidas em harmonia com as leis fixas, com as quais o próprio Deus não pode interferir. Isto é falsa ciência, e não é sustentada pela palavra de Deus. A natureza é o serva de seu Criador. Deus não anula Suas leis, ou trabalhar contrário a elas, mas Ele está sempre usando-as como Seus instrumentos.1
Há, na natureza, a contínua obra do Pai e do Filho. Cristo diz: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também" (João 5:17). Os levitas, em seu hino registrado por Neemias, cantavam, "Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há ... e Tu os guardas com vida a todos" (Neemias 9:6).
Acreditar em milagres é uma consequência necessária de uma crença em Deus. Quem não acredita em milagres não acredita em Deus. Milagres são simplesmente ações naturais de Deus. Seus menores atos devem ser milagrosos aos olhos dos homens, simplesmente porque Ele é Deus.
A vida de Jesus na terra, do Seu nascimento à Sua ascensão, foi um milagre, porque era a vida de Deus. Todos os atos do Filho foram os atos do Pai, que habitava nEle. "Ele [o Pai] faz as obras" (João 14:10). Milhares de pessoas que nunca ouviram falar de Jesus, tentaram viver uma vida sem pecado, mas nenhum foi capaz de fazê-lo. Mas Cristo viveu uma vida sem pecado, em face de tais tentações, como todo o mundo juntos nunca tinha conhecido. Foi porque Ele viveu a vida do Deus infinito.  
Esses milagres foram operados com um propósito definido, "para que creiais que Jesus é o Cristo, ... e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome" (João 20:30, 31). Cristo não realizou os milagres simplesmente com a finalidade de chamar a atenção para Si mesmo, mas para mostrar o amor e o poder de Deus para com o homem. A cura dos corpos de homens foram ajudas para a fé, para capacitar os homens a compreender realidades invisíveis, para mostrar-lhes o poder de Cristo para curar a doença da alma enferma do pecado.
Tão certo como Cristo criou o mundo e sustenta tudo o que nele há, também Ele vai trazer, pela Providência Divina, a conclusão da obra do evangelho de uma colheita madura na Sua segunda vinda.2 Cristo usou os atos de Deus na natureza para ilustrar como Sua providência irá produzir uma colheita madura para Sua segunda vinda. Jesus compara Sua igreja com a ceifa da ceara a ser colhida (Marcos 4:26-29).
Ao contar esta parábola, Jesus obviamente intentou comentar sobre o tempo de Seu retorno, porque o mesmo símbolo aparece na imagem de Sua vinda no Apocalipse: "assentado sobre a nuvem um semelhante ao filho de homem,  que tinha ... na Sua mão uma foice aguda. Outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: ‘Lança a Tua foice e sega; a hora de segar Te é vinda, porque já a seara da terra está madura'” (Apocalipse 14:14, 15).
De acordo com essas passagens, o tempo real da segunda vinda de Cristo depende da "colheita" ficar madura, isto é, o povo de Deus estar pronto para a Sua vinda. O fator que faz a diferença é o de que a Bíblia fala como derramamento do Espírito Santo" da chuva serôdia". Todos os milhares de anos de história da terra têm sido a estação preparatória de crescimento para este momento de "colheita", quando Ele retornar pessoalmente. Dos bilhões de habitantes da terra de todas as eras, vem, finalmente, um remanescente de almas preciosas que, de bom grado, recebem os aguaceiros da chuva serôdia. Sua fé madura finalmente produziu, em uma comunidade de crentes, um reflexo da beleza do caráter de Cristo. Sem falhar, "precisa ser consumada a grande e importante obra, de preparar um povo que possua caráter semelhante ao de Cristo, e que seja capaz de subsistir no dia do Senhor” (Testemunhos para a Igreja, vol. 6, pág. 129).
Ninguém prepara a si mesmo para "a colheita". A chuva serôdia faz com que o grão amadureça. Robert J. Wieland perspicazmente assinalou: "Há na história adventista do sétimo dia um grande e profundo projeto da Providência que vai levar este povo a uma reconciliação do fundo do coração com o Senhor, como nenhuma comunidade anterior do povo de Deus já experimentou” (Robert J. Wieland, "Uma Resposta à ‘Avaliação Adicional do Manuscrito 1888 Reexaminado’, outubro de 1958, pág. 68). A nossa parte é acolher essa bênção, e não combatê-la e resistí-la).
Essa imagem da colheita estar madura para que Cristo possa lançar Sua foice para a ceifa é um símbolo bem expressivo. Aquele que foi à cruz por nós, que derramou a Sua alma até a morte, que sofreu agonias indescritíveis para a nossa redenção, olha o "grão" amadurecido como o fruto duramente conquistado de todo o Seu sacrifício e obra expiatória no santuário acima. Ele merece uma recompensa!


- Paul E. Penno



Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99


Notas:

 [1] "Ao lidarem com às leis da matéria e da natureza, muitos perdem de vista, ou até chegam a negar, a intervenção contínua e direta de Deus. Insistem eles na idéia de que a natureza atua independentemente de Deus, tendo em si mesma seus próprios limites e seus próprios poderes com os quais trabalhar. Nas suas mentes há uma distinção muito clara entre o natural e o sobrenatural. O natural é atribuído a causas comuns, sem relação com o poder de Deus. Poder vital é atribuído à matéria, e a natureza é tornada uma divindade. Supõe-se que a matéria é colocada em certas relações e deixada agir por leis fixas, com as quais o próprio Deus não pode interferir; que a natureza é dotada de certas propriedades e colocada sujeita a leis, e é, então, deixada a si mesma para obedecer a essas leis, e executar a obra que lhe é originalmente designada.
"Isso é falsa ciência: nada há na palavra de Deus que a sustente. Deus não anula Suas leis, mas está continuamente operando por meio delas, usando-as como instrumentos Seus. Elas não atuam por conta própria. Deus está perpetuamente atuando na natureza" (Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, vol. 8, págs. 259-260).

[2] "Ao eles aprenderem a trabalhar de forma eficaz, proclamarão a verdade com poder. Através das mui maravilhosas obras da providência divina, montanhas de dificuldades serão removidas, e lançadas ao mar. A mensagem que tanta importância tem para os moradores da Terra, será ouvida e compreendida. Os homens discernirão a verdade. Avante, e sempre para a frente, a obra vai progredir até que toda a terra tenha sido advertida, e então virá o fim" (Testemunhos para a Igreja, vol. 9, pág. 96, grifamos).
"O Senhor levantará homens para levar a mensagem da verdade para o mundo e para o Seu povo. Se aqueles em posições de responsabilidade não se movem para frente nas providências iniciais de Deus, tendo uma mensagem apropriada para este tempo, as palavras de advertência serão dadas a outros que serão fiéis na sua confiança. Mesmo cristãos jovens serão escolhidos, para clamarem em alta voz e não se deterem" (Ellen G. White, “Sabbath-School Worker,” 1º de abril de 1892).

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Lição 8 - Jesus, Provedor e Mantenedor, por Jerry Finneman

Para 16 a 23 de fevereiro de 2013


Porque Jesus é nosso Criador e Redentor Ele provê (*nossas necessidades) e nos sustenta. Ele não somente faz isso para os crentes, Ele está ativamente envolvido no fornecimento e manutenção, mesmo àqueles que O rejeitam. Embora a maioria das pessoas não reconheçam a Cristo como Criador ou Redentor, cada pessoa na Terra (e no universo) é totalmente dependente dEle. Cada porção de comida, cada gota de água, cada respiração tomada em nossos corpos vêm estampadas com a cruz de Cristo. As faculdades mentais e espirituais do homem, assim como os nossos poderes físicos, são impressos com o Calvário. Todas as bênçãos da vida são dadas à humanidade, por causa do Calvário. Tudo foi comprado para a humanidade pelo sangue de Cristo.Nossa lição desta semana é sobre Cristo como nosso Criador, Cristo o Crucificado, Cristo o Mantenedor. Ele nos sustenta, ao mundo e ao universo.
Belsazar, mencionado na lição de domingo, foi destinatário de bênçãos de Deus. Daniel disse a ele que era "Deus, em cuja mão está a tua vida, e de quem são todos os seus caminhos" (Dan 5:23). Pouco antes disso, Daniel apresentou uma aula de história a Belsazar. A aula foi sobre Nabucodonosor, seu avô, que foi humilhado ao pó. Belsazar "sabia de tudo isso", e ainda se recusou humilhar o seu próprio coração (v 22). No entanto Deus sustentou Belsazar até aquela fatídica última noite de sua vida, quando ele deliberada e persistentemente entristeceu o Espírito de Deus. Sua consciência estava cauterizada além do reparável. Não está isto acontecendo hoje, como profetizado por Paulo (1ª Tim. 4:2)
Paulo, em Atos 17:28, apresentou o "motivo em Cristo" para os professores pagãos de Atenas, em palavras não muito diferentes das faladas por Daniel a Belsazar: “NEle vivemos, E nos movemos e existimos." Não só Jesus dá a todos na terra tudo, mas Seu poder de sustentação é exercido, não só para crentes e não crentes, mas para todo o cosmos, ou universo, conforme descrito no Col. 1:14-17 especialmente v 17: "Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem (ou são mantidas juntas) por Ele.” Aqui a igualdade e a identidade de Cristo como Deus é claramente confirmada, pois é nada menos do que a plenitude de Deus, pelo qual Jesus mantém o universo unido. Não admira que os seus discípulos O "adoraram" (Lucas 24:52). Tal culto teria sido idolatria, se Cristo não fosse Deus. E é porque Ele é Deus que Ele mantém o cosmos unido.
 “O apóstolo Paulo, escrevendo pelo Espírito Santo, declara acerca de Cristo, que ‘Tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele’ (Colossenses 1:16,17). A mão que sustém os mundos no espaço, a mão que conserva em seu ordenado arranjo e incansável atividade todas as coisas através do universo de Deus, é a que na cruz foi pregada por nós” (Educação, pág. 132).
“Para os anjos e os mundos não caídos, o brado: ‘Está consumado’, teve um significado profundo. Foi em seu benefício, bem como em nosso, que se operara  a grande obra da redenção. Juntamente conosco, compartilham eles os frutos da vitória de Cristo” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 758).
A lição de domingo concentra-se em Cristo como nosso Mantenedor. Ele “sustenta todas as coisas pela palavra de Seu poder” (Heb. 1:3). Col 1:14-17 nos apresenta Cristo como Criador, Cristo crucificado para a nossa redenção, e Cristo como Aquele que mantém o universo unido. Assim, há duas questões aqui:
 (A) Cristo poderia ter pecado?
(B) Se Cristo tivesse pecado, Ele teria perdido a sua existência eterna?
A resposta a ambas as perguntas é sim. Cristo arriscou sua própria existência por nós. Não só Ele teria morrido, mas o universo junto com ele, porque pelo Seu poder todas as coisas existem. Todo o cosmos criado é dependente de Cristo, tanto como Criador e como Redentor. Tivesse Ele falhado como Redentor, o universo teria ido ao caos, porque "tudo foi criado por Ele e para ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele", ou mantêm-se juntas (Col. 1:17).
É pela mediação sobre-humana de Cristo, por causa de Sua vitória sobre a cruz, que Ele mantém tudo junto. Pense nas consequências, não só para nós, mas para todo o universo, se Cristo tivesse falhado em Sua missão para nos redimir. Se Ele tivesse falhado Ele teria perdido a Sua existência. O próprio céu foi arriscado. As citações a seguir são de Ellen White (mas os grifos são nossos):
 “Olhe para a cabeça ferida, o lado trespassado, os pés danificados. Lembre-se que Cristo arriscou tudo, "tentado como nós somos", Ele arriscou até mesmo Sua própria existência eterna sobre a questão do conflito. O próprio céu esteve em perigo para a nossa redenção. Ao pé da cruz, lembrando que por um único pecador Jesus teria entregue a Sua vida, podemos estimar o valor de uma alma. (E.G. White, Boletim da Conferência Geral, registro de 1º de dezembro de 1895)
Embora Cristo Se humilhasse para Se tornar homem, a Divindade ainda era Sua própria. Sua divindade não poderia ser perdida enquanto Ele permanecesse fiel e verdadeiro a Sua lealdade. (E.G. White, General Conference Bulletin, registro de 1º de dezember de 1895)
"Para a honra e glória de Deus, Seu Filho amado — o Fiador, o Substituto — foi entregue e desceu para a prisão da sepultura. A sepultura nova O conteve em suas câmaras rochosas. Se um único pecado tivesse manchado Seu caráter a pedra nunca teria sido revolvida da porta de Sua câmara rochosa, e o mundo, com sua carga de culpa, teria perecido" (EGW, Signs of the Times, de 10 de maio de 1899).
Não apenas este mundo, mas todo o universo teria entrado em colapso e teria ido para o caos. Baseado em Col 1:17, E. J. Waggoner teve essa percepção aguda sobre a questão do risco (*”de perda eterna.”):
"É a palavra de Deus em Cristo que sustenta o universo, e mantém as inúmeras estrelas em seus lugares. 'NEle tudo subsiste.' Se Ele falhasse, o universo entraria em colapso. Mas Deus não é mais certo do que a Sua Palavra, pois a Sua palavra é apoiada por seu juramento. Ele comprometeu sua própria existência para o desempenho da Sua palavra. Se Sua palavra não fosse efetiva para a mais humilde alma no mundo, Ele mesmo seria desonrado e destronado. O universo iria para o caos e aniquilação" (Ms. 81, 1893, pág. 11, registro do domingo, 2 de Julho de 1893, Wellington, Nova Zelândia). Graças a Deus, Cristo conseguiu. Ele continua sustentando "todas as coisas pela palavra do Seu poder" (Heb. 1:3). Isto inclui você e eu. Seu poder de sustentação é o suficiente para defender-nos e manter-nos juntos, agora e para sempre. Vamos louvar o Seu nome por toda a eternidade!


-Jerry Finneman


O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros  evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de 1888 de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele, mas me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.

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-Jerry Finneman




O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros  evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de 1888 de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele, mas me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Lição 7 – Vendo por espelho, obscuramente, por Paulo E. Penno

Para 9 a 16 de fevereiro de 2013



Quando John F. Kennedy, Junior, morreu em um acidente de avião, a mídia conjeturou que a família estava sob uma predestinada "maldição". Somos pecadores ligados à terra sob uma "maldição", juntamente com nosso planeta? Por que a natureza é cruel e mortal? O que a Bíblia diz sobre o "bom" na criação e seu manifesto mal? Existe alguma esperança para um mundo de perdedores na clareza do evangelho eterno?
O salmista declara: "Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria" (Salmo 104:24). Como poderia um Deus, que "viu tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom" (Gên. 1:31), ter criado plantas venenosas, micróbios contaminados, o escorpião, e animais selvagens carnívoros? Pode o cristão possivelmente harmonizar essas anomalias óbvias na natureza?
A natureza timidamente reflete a beleza original edênica arruinada (*pelo pecado) e casada, como está com o pecado, mas flores e árvores são um testemunho do "hábil Artista-Mestre." As sarças, os cardos e espinhos, e o joio são lembretes de que a Terra sofre sob uma "maldição", "a lei da condenação." Mas a beleza da natureza testemunha que "Deus ainda nos ama, que Sua misericórdia não está inteiramente retirada da terra."1
A primeira pista para a natureza infestada com a morte, crueldade e competição ferrenha, a (*unha) e dente, nos vem à mente na declaração de Gênesis: "Maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias de tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá" (Gên. 3:17, 18). A terra foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão. As inevitáveis ​​consequências de permitir que Satanás controlasse sobre as forças da natureza e os seres humanos era uma maldição.
Depois que Caim matou seu irmão Abel, Deus disse: "e agora maldito és tu desde a terra" por causa do "sangue do teu irmão [derramado pela] tua mão" (Gên. 4:11). Agora, "uma dupla maldição repousava sobre" a terra.2
Dois mil anos depois, a Terra passou por uma crise provocada pela ação do homem. Deus disse: "Não contenderá o Meu espírito para sempre com o homem" (Gên. 6:3). Os homens rejeitaram o Espírito de Deus. A "violência dos homens" foi tão hedionda que Deus disse a Noé: Eu vou destruí-los com a terra, vs. 13. O dilúvio do tempo de Noé foi uma catástrofe geológica global que abalou todo o equilíbrio da natureza.
Cristo, em Sua parábola comparando o impacto do evangelho na mente das pessoas, explicou a existência dos não convertidos na igreja através do simbolismo do joio, ou ervas daninhas, entre o trigo. Quando perguntado de onde veio o joio, Ele disse: "Um inimigo é quem fez isso" (Mat. 13:28). Sua resposta é também simbólica da origem de espinhos, cardos, plantas e animais venenosas, e da carnificina e mal que se vê em toda a natureza. Satanás e os homens estão sistematicamente destruindo a criação de Deus na terra.
A terra está pega no meio de um conflito entre duas forças opostas — o bem e o mal — um fato que poucos negariam. A batalha começou com a queda espiritual de um ser humano, Adão. Adão condenou a humanidade à destruição final.
Nossa preocupação é compreender este problema de uma "maldição". Muitas vezes pessoas sinceras, para quem muitas coisas dão errado, questionam se eles estão sob algum tipo de maldição, imposta pelo destino por causa das fraquezas de um antepassado. Sim, a Bíblia fala muitas vezes da realidade de uma maldição — cerca de 200 vezes. A primeira relatada não é contra qualquer ser humano, mas contra Satanás: "O Senhor Deus disse à serpente: ... maldita serás mais que toda fera, e mais que todos os animais do campo ..." E o Senhor lhe disse que o Salvador vindouro do mundo iria ferí-lo em sua cabeça, Gên. 3:14, 15. Nenhum ser humano jamais esteve sob uma maldição do céu, a menos que ele ou ela tenha se aliado com o diabo e escolhido partilhar da sua maldição.
Um exemplo disso são os judeus que clamaram para que Jesus fosse crucificado, "O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos"? (Mateus 27:25). É justo que Deus mantenha como responsáveis crianças inocentes ​​pelo pecado de seus pais? Não, não seria justo, e Deus não faz isso. O que aconteceu no caso dos que crucificaram Cristo é que eles, não Deus, separaram-se de Sua presença. "A vossa casa vai ficar-vos deserta", Jesus disse a eles quando eles finalmente O tinham rejeitado (Mat. 23:38). O Espírito de Deus simplesmente retirou a Sua santa presença, e, então, sem o seu favor e proteção especiais, as pessoas foram deixadas a si mesmas. Qualquer pessoa entregue a si mesma sofre revés. A partir daí, os pais criaram os filhos sem o benefício da bênção especial do Senhor, eles ensinaram-lhes a compartilhar da sua rebelião contra Deus. Mas a qualquer momento, qualquer criança dessas é livre para crer no evangelho, arrepender-se, e receber a bênção de Deus. "Em Cristo" toda maldição é cancelada, porque “Ele, que não conheceu pecado, foi feito ... para ser pecado [a maldição] por nós; para que nEle fossemos ser feitos a justiça de Deus" (2ª  Cor. 5:21).
Há pessoas em sociedades primitivas e algumas em regiões altamente desenvolvidas, que se deitam e morrem quando não há doença física ou causa para morte. Eles pensam que estão sob uma "maldição" imposta por algum inimigo. Essa crença no destino está relacionada com a crença em carma3. Essas pessoas estão entre aquelas queridas que Paulo fala que estão "com medo da morte, por toda a vida sujeitos à servidão" (Heb. 2:15).
Você pode viver um desafio do diabo, "é assim que é" a vida. As pessoas vivem de forma imprudente; decidem "desfrutar" a vida enquanto podem, até a "maldição" atingi-los. Esta era a filosofia popular nos dias de Paulo, "Comamos e bebamos, que amanhã morreremos" (1ª Cor. 15:32.). Essa foi a atitude dos gladiadores que lutaram com as feras no Coliseu, a sua vida humana era de pouco valor.
Você pode ser libertado do fatalismo infeliz que sombreia sua alma sob o sorriso constante que você der. A verdade da boa nova de Deus te liberta: (*“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”) (João 8:32). Cristo venceu Satanás, cancelou todas as maldições, tomado sobre Si o pecado, assim como os pecados de seus antepassados. Nós não precisamos sofrer sob qualquer "maldição", a menos que as escolhamos. A clareza dinâmica da mensagem de 1888 ajudou-nos a ver algo neste texto: "Cristo nos resgatou da maldição da lei [a segunda morte], fazendo-se maldição por nós" (Gálatas 3:13). Como? Ele morreu em uma árvore. Sua cruz foi o pára-raios, que atraiu a maldição final, o máximo que Satanás podia inventar. Viva, então, à luz da cruz!


- Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

Notas (de Ellen G. White):

[1] Mensagens Escolhidas, livro 1, p. 291.
[2] "A maldição sobre o solo em primeiro lugar tinha sido sentida mas de ânimo levemente, mas agora uma dupla maldição repousou sobre ele" (O Espírito de Profecia, vol. 1, pág. 57). No entanto, observe a misericórdia de Deus para com Caim. "Apesar de Caim, pelos seus crimes, haver merecido a sentença de morte, um Criador misericordioso ainda lhe poupou a vida, e concedeu-lhe oportunidade para o arrependimento" (Patriarcas e Profetas, pág. 78).

Nota (do tradutor, colhida do sítio http://pt.wikipedia.org/wiki/Carma):
3) Carma ou karma (do sânscrito Karmam, e em pali, Kamma, "ação") é um termo de uso religioso, Teológico, dentro das doutrinas budista, hinduísta, jainista e sikhista, adotado, posteriormente, também pela Toosofia, pelo espiritismo da obra teológica de Alan Kardec, e dentro dessa doutrina ligado ao sentido de Saga, do "dever a ser cumprido no SOU", como a figura de Jesus Cristo, MESSIAS, vide livros de Alan Kardec, e a doutrina espiritualista do chamado "Kadercismo". Por outros subgrupos significativos dos movimentos da Nova Era, para expressar um conjunto de ações dos homens e suas consequências no chamado “Tempo. Este mesmo termo, na física, é equivalente a lei, segundo Alberto Einstein: "Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário, no devido espaço do Tempo (Lei de Newton)". Neste caso, para toda ação praticada pelo Homem ele pode esperar uma reação contrária. Se praticou o mal então receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou o bem então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado, dependendo da Ação, pois: - "Bem gera-Bem e o Mal gera-Mal". Dependendo da doutrina e dos dogmas da religião e/ou "teologia" - discutida. Este termo pode parecer diferente, porém sua essência sempre foca as ações e suas consequências. Vale a pena lembrar que o termo Karma (Carma) diz respeito ao Hinduísmo, Budismo e sistemas de pensamentos originários na Índia, e ligado a "Reencarnação" e/ou "Ressucitar-dos-Mortos". Qualquer outra reconceituação feita por outros sistemas de pensamento (por ex: teosofia, esoterismo, espiritismo etc) pode estar conduzindo a um equivoco do termo original, se não se observar uma ORDEM NO PENSAMENTO TEOLÓGICO, segundo Confúcio.
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