sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Você ousaria tomar uma decisão semelhante à de Adão?, por JS Silveira

Para 2 a 9 de fevereiro de 2013

“E viu a mulher que aquela árvore
[1º] era boa para se comer, e
[2º] agradável aos olhos, e
[3º] árvore desejável para dar entendimento” (Gên. 3:6)

“E a mulher viu”
“Depois de duvidar e descrer da palavra de Deus inflamou na mulher (*a idéia de) que aquela árvore parecia vastamente diferente para ela. Três vezes é mencionado quão encantadora era; apelava ao seu paladar, aos seus olhos, e aos seu desejo por aumento de sabedoria. Olhando (OLHAR???) para a árvore deste modo, com um desejo de partilhar do seu fruto, foi uma concessão aos incentivos satânicos. Ela já era culpada em sua mente de transgressão do mandamento divino, ‘não cobiçarás’ (Êxo. 20:17).
‘Tomou do seu fruto, e comeu,’
“O ato de tomar o fruto e come-lo não foi senão o resultado natural de entrar na vereda da transgressão. Tendo cobiçado aquilo ao qual ela não tinha direito, a mulher prosseguiu em transgredir um mandamento após o outro. Em seguida ela roubou a propriedade de Deus, violou o oitavo mandamento (vs.15). Por comer do fruto e dá-lo ao seu marido ela também transgrediu o sexto mandamento (vs.13). Ela também quebrou o primeiro mandamento (vs.3), porque ela colocou Satanás no lugar de Deus em seu julgamento, e o obedeceu em vez do Criador” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, págs. 230 e 231).
   “Ellen G. White assim comenta:
Eva creu realmente nas palavras de Satanás, mas a sua crença não a salvou da pena do pecado. Descreu das palavras de Deus, e isto foi o que a levou à queda. No Juízo, os homens não serão condenados porque conscienciosamente creram na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade. Apesar do sofisma de Satanás indicando o contrário, é sempre desastroso desobedecer a Deus. Devemos aplicar o coração a conhecer o que é a verdade. Todas as lições que Deus fez com que fossem registradas em Sua Palavra, são para a nossa advertência e instrução. São dadas para nos salvar do engano. Da negligência às mesmas resultará ruína a nós mesmos. O que quer que contradiga a Palavra de Deus, podemos estar certos de que procede de Satanás. 
    “A serpente apanhou o fruto da árvore proibida e colocou-o nas mãos de Eva, que estava meio relutante. Fê-la então lembrar-se de suas próprias palavras de que Deus lhes proibira tocar nele, para que não morressem. Não receberia maior mal comendo o fruto, declarou ele, do que nele tocando. Não percebendo maus resultados do que fizera, Eva ficou mais ousada. Quando viu ‘que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu’. Gên. 3:6. Era agradável ao paladar; e, enquanto comia, pareceu-lhe sentir um poder vivificador, e imaginou-se a entrar para uma esfera mais elevada de existência. Sem receio apanhou e comeu. E agora, havendo ela transgredido, tornou-se o agente de Satanás para efetuar a ruína de seu esposo. Em um estado de exaltação estranha e fora do natural, com as mãos cheias do fruto proibido, procurou a presença dele, e relatou tudo que ocorrera” (Patriarcas e Profetas , págs. 55 e 56, *grifamos).
‘E ele comeu’ (vs. 6, ú.p.). ...
“O fato de que ela não morreu como resultado de comer o fruto, e de que nenhum aparente dano sobreveio a ela, não enganou a Adão. ‘Adão não foi enganado, mas a mulher’ (1ª Tim 2:14). Mas o poder de persuasão da sua esposa, associado ao  seu amor por ela, induziu-o a sofrer as consequências  da queda dela, quaisquer que fossem. Fatídica decisão! Ao invés de esperar até que ele tivesse a oportunidade de discutir o inteiro trágico assunto com Deus, ele tomou o seu destino em suas próprias mãos. A queda de Adão é mais trágica porque ele não duvidou de Deus, nem foi ele enganado como Eva; ele agiu na expectativa certa de que a terrível consequência de Deus se consumaria.
“Deplorável como foi a transgressão de Eva, e carregada como era, com potencial infortúnio para a família humana, a escolha dela não envolveu, necessariamente, a raça na penalidade da sua transgressão. Foi a deliberada escolha de Adão, no completo entendimento de um expresso mandamento de Deus — ao invés do dela — que tornou o pecado e a morte a inevitável sorte da humanidade. Eva foi enganada; Adão não” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, pág. 231).
“Por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte” (Rom. 5:12).
“A morte reinou desde Adão ... até sobre aqueles  que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão” (vs.14).
“Porque assim como a morte veio por um homem ...” (1ª Cor. 15:21).
Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (1ª Tim. 2:14).
“Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2ª Cor. 11:3).

Veja que Paulo, em Rom. 5:18 contrasta “uma só ofensa,” com “um só ato de justiça.” Ele não diz por duas ofensas, como se referindo à de Eva e à de Adão, mas a“uma só ofensa.” A humanidade teve dois pais, dois chefes, dois cabeças. O ato de cada um trouxe a respectiva modificação ao destino da raça. O ato de rebeldia de Adão acarretou a queda de toda a humanidade, interrompendo o ciclo da vida. “O ato de justiça de Cristo criou uma continuidade de vida para o pecador, que não existia antes. Foi aqui que Cristo tornou-Se o (*Segundo) Cabeça da humanidade” (Introspecção da lição 4 por Daniel Peters, postada na quinta-feira 24 de janeiro de 2013 em agape-edicoes@blogspot.com). Estas duas modificações na sorte da nossa raça é como ocorrem semelhantes consequências hoje em dia: Se um pai vai à falência os filhos estão na miséria. Se um pai ganha na loteria, os filhos se tornam milionários da noite para o dia. Com nossos dois pais ocorreu a queda e a REDENÇÃO.  Adão foi criado para ser o nosso pai. Ele caiu e nos arrastou com ele. “O Criador foi feito para ser uma nova criação — algo nunca antes conhecido ou visto. "Pois Ele [*Deus, vs. 20] fez, Àquele que não conheceu pecado, para ser pecado por nós, para que nós pudessemos ser feitos a justiça de Deus em Cristo" (2ª Coríntios. 5:21, KJV). Nisto reside a ciência da redenção — a cruz de Cristo. A cruz, esse poder de criação, é o que restaura o homem de volta à imagem de Deus” (ibidem).

Adão foi criado, Eva foi clonada. Bem, não quero vulgarizar a obra de Deus, foi um ato criador. Foi tudo obra de Deus, é verdade, mas parece haver uma diferença. “E disse Deus: Façamos o homem” (Gên. 1:26, ú.p.). No capítulo seguinte Eva foi feita para ser uma “ajudadora idônea para ele” (2:18, ú.p.).

 Ellen G. White ainda comenta:
“Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de Deus, desrespeitara a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta íntima. Lamentava que houvesse permitido desviar-se Eva de seu lado. Agora, porém, a ação estava praticada; devia separar-se daquela cuja companhia fora sua alegria. Como poderia suportar isto? Adão havia desfrutado da companhia de Deus e dos santos anjos. Havia olhado para a glória do Criador. Compreendia o elevado destino manifesto à raça humana, se permanecessem fiéis a Deus. Todavia, estas bênçãos todas foram perdidas de vista com o receio de perder ele aquela única dádiva, que, a seus olhos, sobrepujava todas as outras. O amor, a gratidão, a lealdade para com o Criador, tudo foi suplantado pelo amor para com Eva. Ela era uma parte dele, e ele não podia suportar a idéia da separação. Não compreendia que o mesmo Poder infinito que do pó da terra o havia criado, como um ser vivo e belo, e amorosamente lhe dera uma companheira, poderia preencher a falta desta. Resolveu partilhar sua sorte; se ela devia morrer, com ela morreria” (Patriarcas e Profetas, pág. 56).
Considerando-se que toda moralidade se origina de Deus, que é Ágape, podemos facilmente ver por que aos seres "feitos à Sua imagem" foi dada a capacidade de (*decidir) racionalmente o certo do errado. Deus queria que os seres humanos interagissem pacificamente uns com os outros, mas o pecado desorientou isto. O pecado focou o interior dos seres humanos. Adão era tão apaixonado por Eva que ele estava disposto a juntar-se a ela em pecado, porque ele sabia que ela teria que morrer, e ele não queria viver sem ela. No entanto, ao Deus confrontar o pecado deles, sua única desculpa foi culpá-la. O pecado mudou a natureza de Adão e era somente esta natureza que ele tinha para passar a seus filhos. Nossa inclinação natural é cuidar de nós mesmos em primeiro lugar” (Extraído da posotagem em nosso blog, agape-edicoes@blogspot.com, em 31/1/2013, Lição 5 - Criação e Moralidade, por Arlene Hill).

Conclusão:
A atitude que Deus esperava de Adão, LEALDADE, este não a satisfez.
“Tivesse Adão permanecido leal a Deus, a despeito da deslealdade de Eva, a sabedoria divina teria resolvido o dilema para ele, e evitado desastre para a raça humana” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, pág. 231, 2ª coluna).
Deus esperava a completa LEALDADE de Adão, e nada menos Ele espera de cada um de nós hoje.
Como é isto possível?
Através de “Cristo em nós.” (Gálatas 2:20).
O que os teólogos chamam de “O motivo em Cristo.”
Cristo, em nossa natureza caída, venceu o pecado, e o que Ele fez uma vez pode fazê-lo “n” vezes mais. Ele está desejoso de viver a Sua vida em nós.
Veja, Ele fez isto na vida de Abel, Enoque, Daniel, e muitos outros, e, só não o fará em sua e em minha vida se O resistirmos.
As vestes brancas da justiça de Cristo estão à nossa disposição. Não a rejeitemos.


-João Soares da Silveira




Asteriscos (*) indicam acréscimos nossos aos textos compilados.