quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lição 9 - Casamento: Um presente dado no Éden, por Roberto Wieland

Para 23  de fevereiro a 2 de março de 2013

           
Uma história pessoal — a alegria da fé.
Em 13 de janeiro de 1999, Robert J. Wieland escreveu aos seus leitores de Pão Espiritual Diário, "Nada pessoal deve entrar neste Pão Espiritual Diário, mas talvez você vai me perdoar hoje. Que eu deveria tomar o dia de folga, sendo este o meu 57º aniversário de casamento. Minha querida esposa, Graçe, merece ter-me fora do escritório, o dia todo!
"Mas eu não posso deixar de dizer em voz alta, "Agradeço-lhe, Senhor, por dá-la a mim! e obrigado por nos manter todo esse tempo juntos!" No dia do nosso casamento, 11 de janeiro de 1942, havia (*nos Estados Unidos da América) um presidente cujo casamento tinha chegado ao fim (mas nós não o sabiamos até então), e desde então temos visto muitos casamentos arruinados, ricos e pobres. Tanto assim que apenas uma minoria das crianças agora cresce em lares estáveis ​​e felizes.
"Por que o nosso sobreviveu por 57 felizes anos? Não porque somos melhores do que ninguém! Não porque somos mais capazes de praticar "boas obras". Não! Não é por causa de algum pequeno "segredo" de coisas boas feitas (Eu, pelo menos, tenho sido muito deficiente em fazer coisas boas). Também não é por causa de alguma "sabedoria" única que herdamos de nossos pais. Não, os nossos 57 anos de felicidade não são de qualquer superior sabedoria ou justiça. É porque nós cremos em algo. Nós cremos que Deus nos uniu.
"Oh, sim, acrescente uma coisa a isso: também cremos que Deus é amor. Em tempos de crise, esta simples pequena fé (1º) na liderança de Deus, e (2º) em Sua bondade, nos tem mantido juntos.. Se você está interessado na felicidade conjugal e fidelidade, leia uma fascinante história em Gênesis 24; observe os sete passos de fé que Isaque tomou, e lembre-se do último, "Rebeca foi-lhe por mulher e amou-a” (v. 67) sim — amou-a para sempre" (13 de janeiro de 1999).
Quatro anos depois, janeiro de 2003, Pão Espiritual Diário, ecoou o mesmo sentimento, só que com outras palavras: "Nós dois (Grace e eu), tentamos compartilhar um pedaço de "pão" espiritual nesta pequena mensagem diária, pare um momento para comemorar o nosso aniversário de casamento, 61 felizes anos. Não foi uma conquista nossa própria; Não merecemos parabéns porque não temos conseguido fazer nada. Não, é apenas uma palavra de agradecimento Àquele que inventou o casamento. E uma oração que, de alguma forma, podemos dizer uma pequena palavra que poderia incentivar algum casal que esteja lutando, em algum lugar, que temem compartilhar o destino de cerca de metade de todos os casamentos cristãos de hoje.
"Nós não temos um pingo de sabedoria superior. Ambos viemos de famílias desorientadas1 Nem um de nós dois era especialista, ou devidamente “educados”. Nós não tinhamos "feito" nada para merecer o que já nos havia sido dado. Foi tudo fruto da "mui abundante graça", o que significa, naturalmente, favor imerecido. Mas não houve nada especial (*da nossa parte) que pudesse ter provocado uma chuva de bênçãos?

Uma História pessoal — A Alegria da Fé.
"(1º) Muito antes de conhecermos um ao outro, como jovens que tínhamos dado nossos corações a Jesus, para nós o nosso batismo era muito sério; (2º) Nós não nos apressamos em cair nos braços um do outro; Mas levou tempo. Nós queríamos ter certeza. que o Espírito Santo estava nos dirigindo. (3º) Chegamos ao dia do nosso casamento crendo que, tão certo como o Senhor trouxe Rebeca para Isaque (Gênesis 24), assim, certamente, Ele nos trouxe a nós dois juntos. (4º) Quando havia tentações, ao longo da nossa jornada, esta confiança nos estabilizou. Nós apreciamos isto. (5º) Quando um chamado veio para sermos missionários (*na África), pensamos no que Jesus deu a nós, e nós respondemos positivamente a Ele. Nós não podiamos dizer nada mais, mas apenas 'Sim!' (Não há um pingo de mérito em tudo isso, é tudo graças a Ele.) (6º) E não, não é um talismã, nem um truque de mágica — nós simplesmente queriamos nos ajoelhar a cada dia, no estilo que as pessoas conservadoras chamam de "altar da família. "Começou na noite em que fomos unidos em casamento, e nós amamos isto ainda hoje. Não, não é "justiça pelas obras", mas nada menos que é a alegria da fé "

O Maior Casamento — Ainda por Vir
O Pastor Wieland também escreveu abundantemente sobre o maior casamento do Universo — ainda por vir. As “bodas do Cordeiro", como descrito em Apocalipse 19, o clímax da Escritura, quando a Noiva de Cristo torna-se "pronta" para o casamento
A história está registrada na Bíblia desde o início. Quando Adão estava em solidão desesperada no Éden, o Senhor trouxe Eva a ele; Ele também previu o tempo em que Cristo pudesse consolar sua própria solidão com o "casamento" de uma "noiva," tirada de Seu mundo, amado. Jesus está só, um homem solitário no céu, Ele quer estar com o Seu povo. A "mulher," por quem Ele está num tal amor desesperado, é uma mulher "corporativa" –— um "corpo" composto de seres humanos pecadores, redimidos de "toda a nação, e tribo, e língua e povo" (Apoc. 14:6 e 7). "Ela" cresceu, desde a meninice, "em Cristo," passando por todos os estágios da infância em que a mulher cresce, ela finalmente chegará a um grau de maturidade, no qual ela vai estar pronta para estar ao Seu lado como Sua ajudadora."
Ao longo da história da Bíblia, lemos Suas muitas decepções. Como uma pintura surrealista, essas cenas vívidas retratam toda a história humana e, especialmente, a do povo de Deus, como um caso de amor divino-humano, um marido cortejandouma mulher. Deve haver algo sobre esse "corpo" do crentes, que Apocalipse designa como "o remanescente," que "guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus" (*vs. 7), que suscitou ou liberou o amor conjugal de Cristo. Ele quer casar-Se "com ela", e tal desejo é ardente, e não pode ser desviado.
Poderíamos dizer que o pequeno grupo que passou pelo Grande Desapontamento de 1844 foi profundamente amado de Cristo. O "remanescente" recusou desistir de sua fé, confiantes de que o verdadeiro Espírito Santo estava trabalhando no clamor da meia-noite. Eles eram especialmente caros ao seu coração. Através do início da história deste povo, um caso de amor especial celeste estava se desenvolvendo. Não desde o Pentecostes Jesus encontrou um grupo de crentes leais a Ele.
Em seguida, vem a nossa triste história de "1888". A decepção deste amor em "1888" foi para Ele "além de qualquer descrição."2 No entanto, cada vez mais, as pessoas atenciosas estão vindo para ver a história de "nosso" desdenhando Senhor Jesus na mui preciosa mensagem do início da chuva serôdia. Em rejeitá-la, diz a serva do Senhor, nós desprezamos Cristo, assim como "a mulher" fez ao seu Amante em Cantares de Salomão 5:3.3
O patético apelo de Cristo, em Sua mensagem ao "anjo da igreja de Laodicéia" ("sê pois zeloso, e arrepende-te," Apoc. 3:19) está ligado com a Canção de Salomão, por Seu apelo de despedida é uma citação direta de Cantares: "Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta," ... depois vem a intimidade.
O Filho de Deus é um ansioso Noivo desejando o casamento por vir. Ele é um conselheiro matrimonial competente. Tenha um bom encontro com Ele.

- A partir dos escritos de Robert J. Wieland
(Compilado por Carol A. Kawamoto)


Nota do tradutor:
1) O autor diz que ele e a esposa, Grace, vieram de famílias desorientadas. Filhos de lares assim, muitas vezes, foram vítimas de relacionamentos abusivos. Quando uma criança tem somente uma alternativa em termos de sobrevivência, não há real escolha!. O ambiente em que vive uma criança tem um tremendo impacto em seu potencial de vícios e distúrbios, os mais variados, ou ausência deles. Cada sistema da qual ela é uma parte – o lar, a escola, a igreja, a sociedade como um todo – tem o poder de afetar sua personalidade.

Notas do autor:
         [2]
Ver Ellen G. White, Review and Herald, 15 de dezembro de 1904, sua declaração descrevendo como Jesus se sentiu após o fracasso de 1888 a liderança da igreja para receber e passar a mensagem, e a perda da reconciliação consequente com Ele: "A decepção de Cristo é indescritível."
 [3] Ver Robert J. Wieland, "A Canção de Salomão e a mensagem a Laodicéia," que está disponível na Web:,http://1888mpm.org/articles/song-solomon-and-laodicean-message-0

A irmã Carol Kawamoto vive no sopé da bela Serra da Califórnia. Ela freqüenta uma pequena igreja adventista onde foi batizada há muitos anos. Pouco depois do batismo ela conheceu Helen Cate, então editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888 (que também era um membro da mesma igreja) e o pastor Robert J. Wieland, que pregava as verdades da Boa Nova da mensagem de 1888. Ela começou a trabalhar com Helen, que fundou a revista “1888 Message Newsletter”  (Noticiário da Mensagem de 1888). Após a morte de Helen, Carol foi eleita editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888, onde teve o privilégio de trabalhar diretamente com o pastor Wieland, redigindo o boletim de notícias para aquela revista, e publicando os numerosos livros dele. Ela continua com o seu amor em partilhar a "mui preciosa mensagem" (TM, pág. 91), através da edição de diversos artigos, de diferentes autores, que publicamos neste blog. Ela tem também outros projetos. Ela envia suas saudações a todos os leitores deste blog, tanto no Brasil como em outros países de fala portuguesa.

O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888.
Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido

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