sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Lição 4 - Reformacionistas e Adventistas Históricos X 1888


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aparecerá sem os cortes laterais

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1888 RE-EXAMINED
REVISED AND UPDATED BY THE
ORIGINAL AUTHORS
ROBERT J. WIELAND AND DONALD K. SHORT
1888 – 1988

A história de um século de confronto entre Deus e Seu povo
"Tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos" (1ª Coríntios 10:11)
Este encontro despretensioso de delegados para a Sessão da Conferência Geral de 1888, em
Minneapolis, tornou-se o ponto focal de interesse intenso na Igreja Adventista do Sétimo Dia mundialmente.
A Conferência Geral abordou questões sérias de 1888 da seguinte forma:
O que realmente aconteceu em 1888? Quais foram as questões doutrinais envolvidas? Quem foram as personalidades envolvidas? Quais foram os resultados que se seguiram?
Este livro aborda essas e outras questões vitais. Foi escrito originalmente como um documento particular para a Conferência Geral. Mas já está atualizado e liberado em resposta aos inúmeros pedidos em todo o mundo. Em muitas declarações não publicadas Ellen G. White fala final, livre e francamente sobre as  questões de 1888 de interesse primordial.
A maior parte dessas declarações eram desconhecidos para a maioria de seus contemporâneos. O que ela diz virá como uma surpresa para muitos nesta geração. Donald K. Short e Robert J. Wieland foram ministros ordenados com um total agregado de quase 100 anos de serviço à Igreja Adventista do Sétimo Dia, 62 como missionários na África. A publicação deste livro foi iniciada pela Comissão de Estudos da Mensagem de 1888, composto por leigos e ministros que desejam reviver essa "mui preciosa mensagem."
in Meadow Vista, California.

A seguir você tem o capítulo 5 deste trabalho apresentado à conferência Geral em 1950



[56] O Problema Fundamental: Como Avaliar a Mensagem de 1888
O erro de presumir que "nós" aceitamos a mensagem de 1888, parte de um erro ainda mais profundo de incompreensão, ou seja, qual foi realmente a mensagem.
O ponto de vista endossado oficialmente de que foi aceita, deve também levar em consideração que nada houve de peculiarmente adventista a respeito dela. A mensagem é avaliada como "a doutrina da justificação pela fé", ou seja, a mesma "doutrina" que os protestantes têm crido por centenas de anos. O trecho seguinte, de um de nossos estimados autores, um vice-presidente da Associação Geral, é típico dessa opinião amplamente aceita da mensagem:
"Alguns podem indagar, o que foi esse ensino de justificação pela fé que se tornou o alicerce do grande reavivamento adventista de 1888, como ensinada e realçada pela Sra. White e outros? Tratava-se da mesma doutrina que Lutero, Wesley, e muitos outros servos de Deus haviam estado ensinando." (L. H. Christian, The Fruitage of Spiritual Gifts [Os frutos dos Dons Espirituais], Pág. 239). (*Lewis Harrison Christian, 1871-1949, está na Enciclopédia Adventista, 2ª ed., 1979, à pág. 280 e 281. Ele é mencionado nas págs. 58 e 60 de Adventism’s Greatest Need, de Ron Clouzet). 
Seria extremamente humilhante confessar que "nós" rejeitamos "a mesma doutrina que Lutero, Wesley, e muitos outros servos de Deus haviam estado ensinando". Então, devemos dizer que aceitamos "a doutrina" em 1888 e após isso.
Conquanto outro escritor de autoridade admita que a mensagem de 1888 fosse "a terceira mensagem angélica em verdade", como Ellen White a caracterizou (Review and Herald, 1º de abril de 1890), ele confunde a questão insistindo em que muitos líderes evangélicos não-adventistas também proclamavam "a mesma ênfase . . . geral", tendo obtido sua mensagem "da mesma Fonte". Sem exceção, todos esses livros altamente recomendados de anos recentes, deixam implícito logicamente que a "verdade" da mensagem do terceiro anjo nada mais é do que o ensino protestante popular. Nenhum toma uma posição coerente de avaliar a mensagem de 1888 como Ellen White o fez, nem reconhece qualquer elemento singularmente adventista nela. Observem a insistência de Froom:
"Homens de fora do movimento adventista -- [tinham] a mesma preocupação geral e ênfase, e foram suscitados por volta da mesma ocasião. . . . O impulso manifestamente veio da mesma Fonte. E quanto à época, a Justificação pela Fé centralizou-se no ano de 1888.
"Por exemplo, as renomadas Assembléias Keswick da Grã-Bretanha foram fundadas para 'promover a santidade prática'. . . . Cerca de cinquenta homens poderiam ser facilmente alistados nas décadas finais do século dezenove e primeira décadas do século vinte . . . todos dando essa ênfase geral." (Le Roy E. Froom, Movement of Destiny (Movimento do Destino) págs. 329, 320; destaques do original).
A conclusão é lógica e irrecorrível: devemos ir a essas fontes para obter a "doutrina" e aprender como ensinar justificação pela fé. E temos feito isso, por décadas, a despeito do fato de que a tendência desse ponto de vista sobre justificação pela fé é antinomista [contra a lei].
Podemos crer que esses líderes evangélicos eram homens bons, sinceros, vivendo à altura de toda a luz que possuíam. Mas acaso proclamavam "a mensagem do terceiro anjo em verdade", como Ellen White descrevia a mensagem de 1888? Nosso autor admite que conquanto eles "não entendessem nossa mensagem específica", isto é, o sábado e o estado dos mortos e outras doutrinas "peculiares", não obstante proclamavam "a mesma . . . justificação pela fé" que o Senhor nos concedeu em 1888. Contudo, em contraste, Ellen White insiste que a mensagem de 1888 contém um nutrimento espiritual peculiar que conduz à "obediência a todos os mandamentos de Deus" (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 92).
A posição dessas autoridades logicamente apóia o ponto de vista de nossos oponentes de que nada há de especial quanto ao cerne da mensagem adventista do sétimo dia. Isso incentiva a perspectiva deles de que à parte de qualquer "doutrina" evangélica que possamos tomar por empréstimo dos evangélicos, a essência do adventismo do sétimo dia é o legalismo. Certamente, pois, não temos qualquer mandato para chamar o mundo cristão a julgamento e arrependimento.
Qual é a verdadeira avaliação da mensagem de 1888? Tratava-se da "mesma doutrina" que os reformadores protestantes e os evangélicos do século 19 ensinavam, como nossos autores insistem? Ou era uma compreensão distinta e única do "evangelho eterno" em relação com nossa doutrina especial do santuário? Nossos autores, oficialmente endossados, todos ignoram qualquer relação especial com o santuário.
A verdade disso é crucial para o entendimento de nossa identidade como um povo.
Se a mensagem de 1888 foi somente a doutrina protestante histórica de justificação pela fé, defrontamos alguns problemas sérios:
 (1º) Suponhamos que aceitemos que Ellen White esteja correta ao dizer repetidamente que a mensagem de 1888 foi objeto de resistência e rejeição; segue-se, necessariamente, que a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia rejeitou a "mesma doutrina" que Lutero e Wesley ensinaram concernente a justificação pela fé.
Em outras palavras, o dizermos que a mensagem de 1888 era a "mesma doutrina" que Lutero, Wesley . . . haviam estado ensinando" logicamente requer que nossos antepassados de 1888 rejeitaram a posição protestante histórica. Tal rejeição seria tão desastrosa quanto a rejeição de Lutero por Roma, ou a rejeição de Wesley, pela Igreja da Inglaterra! Seria equivalente a uma queda espiritual tão má quanto a queda de Babilônia.
Mas isso não pode ser, pois destruiria a Igreja. Assim, nossos autores são forçados a presumir que "nós" aceitamos a mensagem de 1888, e tivemos um "grande. . reavivamento".
 (2º) Novamente, se a opinião de que a mensagem de 1888 foi "a mesma doutrina" dos reformadores, isso requereria que "Lutero, Wesley, e muitos outros servos de Deus" dos séculos 16 ao 19 tivessem pregado "a terceira mensagem angélica em verdade". Assim, os adventistas do sétimo dia não podem logicamente ver sua identidade nas três mensagens angélicas de Apocalipse 14.
Alguns anos atrás Louis R. Conradi, nosso líder na Europa, seguiu essa idéia oficial a seu final lógico e manteve que Lutero pregava a terceira mensagem angélica no século 16. Conradi com o tempo deixou a Igreja. (Ele havia também sido um opositor da mensagem da assembléia de 1888). E hoje estamos perdendo pastores, membros e jovens pela mesma razão básica — nada veem em peculiar e atraente em nossa mensagem do evangelho porque esses pontos de vista endossados oficialmente deixam implícito que nada há de singular a respeito.
 [58] Acaso nosso historiadores de confiança puseram sem querer em curto circuito o Movimento Adventista que tem um destino a cumprir? Se assim for, grande dano foi feito, pois idéias publicadas com autoridade desempenham um grande impacto sobre a Igreja mundial.
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Reiteração da Posição Sobre 1888                  
Outro ponto de vista altamente endossado quanto à mensagem de 1888 é que representou uma mera "reiteração" do que os pioneiros adventistas tinham crido desde os nossos primórdios, uma recuperação de um equilíbrio homilético na doutrina e pregação, temporariamente perdida entre 1844 e 1888. Esse ponto de vista tem chegado a ser amplamente acatado. Alguns poucos exemplos são suficientes:
"Esta assembléia [de 1888] . . . provou-se ser o início de uma reiteração desta gloriosa verdade, que resultou num despertamento espiritual entre nosso povo." (M. E. Kern, Review and Herald, de 3 de agosto de 1950).
"O maior acontecimento dos anos oitenta na experiência dos adventistas do sétimo dia foi a recuperação, ou a reiteração e nova conscientização, de sua fé na doutrina básica do cristianismo: "saber que um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé de Jesus Cristo" (A. W. Spalding, Captains of the Host [Capitães da Hoste], pág. 583).
"Houve aqueles que aceitaram a ênfase [de 1888] sobre justificação pela fé; na outra extremidade os que pensavam que essa ênfase ameaçava os 'velhos marcos'. . .
"A reação da Igreja durante os anos noventa à nova ênfase sobre justificação . . . foi mista." (N. F. Pease, The Faith That Saves [A Fé que Salva], págs. 40, 45; 1969). (Veja o  registro de Norval F. Pease na Universidade  Andrews no site  http://www.andrews.edu/library/car/collection/P/Pease_Norval_F.pdf)
Se esta posição de "reiteração" (ou "ênfase") estiver correta, algumas indagações adicionais podem ser suscitadas:
1ª) Como líderes conscienciosos puderam resistir, rejeitar ou mesmo negligenciar uma reiteração do que eles próprios sempre creram e tinham pregado por vinte, trinta ou quarenta anos antes? Ou se essa sessão de 1888 incluía uma nova geração de pregadores adventistas, como poderiam eles rejeitar uma "gloriosa verdade" que seus antepassados imediatos não tinham estado pregando?
2ª) Novamente, como poderíamos defender-nos contra a acusação de que a Igreja Adventista sofreu uma queda moral semelhante à de Babilônia se aceitamos o ponto de vista de que os irmãos em 1888 rejeitaram a reiteração da verdade que criam no início do movimento adventista? Quando alguém está subindo, e subitamente vem para trás, isso é uma "queda".
Deploramos os grupos desviados e as críticas descaridosas dos que injustamente dizem que a igreja caiu como o fez Babilônia. Não cremos nisto. Mas a versão oficial de nossa história sobre 1888 logicamente admite esse desencorajador ponto de vista. Muitas mentes pensantes seguem-no às suas últimas conclusões, como o fez Conradi. Quanto mais descartamos as verdades de 1888, mais evidente se torna que grupos desviados, fanatismo, apostasias, e morna complacência proliferam, devido a nosso fracasso perdurável em reconhecer essas realidades.
Este capítulo apresentará evidência de que a mensagem de 1888 não foi uma mera reiteração das doutrinas de Lutero e Wesley, nem mesmo dos pioneiros adventistas. Nem foi uma reedição do que os oradores de Keswick e líderes protestantes populares da época ensinavam como "doutrina da justificação pela fé." (*A Mensagem de 1888) foi muito maior do que isso! Tratou-se do "começo" de um conceito mais maduro do "evangelho eterno" do que havia sido claramente percebido por qualquer geração prévia. Foi o "começo" do derramamento final do Espírito Santo como a chuva serôdia. Foi o anúncio inicial da mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18. Deveria ser uma bênção sem precedentes desde o Pentecoste (cf. F.C.E. 473; RH, 3 de junho de 1890).
Isso não significa dizer que os mensageiros de 1888 eram maiores do que Paulo, Lutero, Wesley, ou qualquer outro, nem que eles eram estudantes mais brilhantes e inteligentes. A mensagem que traziam era simplesmente a "terceira mensagem angélica em verdade", um entendimento de justificação pela fé paralela à, e consistente com a doutrina do "tempo do fim" da purificação do santuário celestial, onde o Sumo Sacerdote ministra no Dia antitípico da Expiação no Compartimento Santíssimo do Santuário (cf. Primeiros Escritos, págs. 55, 561, 250-2542, 260, 2613). Ele entrou nessa última fase de Sua obra em 1844. De lá Ele ministra a verdadeira justificação pela fé àqueles que O seguem pela fé. Daí, há algo peculiar a respeito de justificação pela fé à luz do Dia da Expiação, e a mensagem de 1888 o reconhece.
Se tivesse obtido livre curso para plena e cordial aceitação e desenvolvimento teológico, a mensagem teria preparado uma comunidade de cristãos para encontrar o Senhor "sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito", "sem contaminação perante o trono de Deus". Era intenção de Seu Divino Autor amadurecer as "primícias para Deus e o Cordeiro". Se isso não for verdade, a credibilidade de toda a vida de Ellen White será afetada, bem como nosso respeito próprio denominacional.
Ademais, a óbvia e inegável rejeição dessa mensagem não constituiu uma queda moral ou espiritual da Igreja remanescente envolvendo um repúdio da teologia protestante. Foi, antes, a captura de seu desenvolvimento espiritual ordenado, uma pobre cegueira e falta de habilidade em reconhecer a consumação escatológica do amor e chamado do Senhor.
A rejeição dessa mensagem virtualmente eclipsou um entendimento ético e prático da purificação do santuário celestial. Deixou somente a capa exterior da estrutura doutrinal, tal como as provas cronológicas dos 2300 anos, e o conceito mecânico do "juízo investigativo" como pregado por nós antes de 1888. Nosso próprio crescimento retardado em entendimento tem atraído a zombaria de nossos oponentes evangélicos que fazem pouco caso desta verdade peculiar adventista como "balofa, mofada e sem proveito". É por isso que tantos dentre nossa própria gente, especialmente os nossos jovens, veem a "doutrina" do santuário como entediante e irrelevante.

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NOTAS (1 a 3, compilação de João Soares da Silveira):

  1) [Primeiros Escritos, pág. 54] Fim dos 2.300 Dias. Vi um trono, e assentados nele estavam o Pai e o Filho. Contemplei o semblante de Jesus e admirei Sua adorável pessoa. Não pude contemplar a pessoa do Pai, pois uma nuvem de gloriosa luz O cobria. Perguntei a Jesus se Seu Pai tinha a mesma aparência que Ele. Jesus disse que sim, mas eu não poderia contemplá-Lo, pois disse: "Se uma vez contemplares a glória de Sua pessoa, deixarás de existir." Perante o trono vi o povo do advento - a igreja e o mundo. Vi dois grupos, um curvado perante o trono, profundamente interessado, enquanto outro permanecia indiferente e descuidado. Os que estavam dobrados perante o trono ofereciam suas orações e olhavam para Jesus; então Jesus olhava para Seu Pai, e parecia estar pleiteando com Ele.
 [55] “Uma luz ia do Pai para o Filho e do Filho para o grupo em oração. Vi então uma luz excessivamente brilhante que vinha do Pai para o Filho e do Filho ela se irradiava sobre o povo perante o trono. Mas poucos recebiam esta grande luz. Muitos saíam de sob ela e imediatamente resistiam-na; outros eram descuidados e não estimavam a luz, e esta se afastava deles. Alguns apreciavam-na, e iam e se curvavam com o pequeno grupo em oração. Todo este grupo recebia a luz e se regozijava com ela, e seu semblante brilhava com glória.
    “Vi o Pai erguer-Se do trono e num flamejante carro entrar no santo dos santos para dentro do véu, e assentar-Se. Então Jesus Se levantou do trono e a maior parte dos que estavam curvados ergueram-se com Ele. Não vi um raio de luz sequer passar de Jesus para a multidão descuidada depois que Ele Se levantou, e eles foram deixados em completas trevas. Os que se levantaram quando Jesus o fez, conservavam os olhos fixos nEle ao deixar Ele o trono e levá-los para fora a uma pequena distância. Então Ele ergueu o Seu braço direito, e ouvimo-Lo dizer com Sua amorável voz: "Esperai aqui; vou a Meu Pai para receber o reino; guardai os vossos vestidos sem mancha, e em breve voltarei das bodas e vos receberei para Mim mesmo. “Então um carro de nuvens, com rodas como flama de fogo, circundado por anjos, veio para onde estava Jesus. Ele entrou no carro e foi levado para o santíssimo, onde o Pai Se assentava. Então contemplei a Jesus, o grande Sumo Sacerdote, de pé perante o Pai. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Os que se levantaram com Jesus enviavam sua fé a Ele no santíssimo, e oravam: "Meu Pai, dá-nos o Teu Espírito." Então Jesus assoprava sobre eles o Espírito Santo. Neste sopro havia luz, poder e muito amor, alegria e paz.
[56] “Voltei-me para ver o grupo que estava ainda curvado perante o trono; eles não sabiam que Jesus o havia deixado. Satanás parecia estar junto ao trono, procurando conduzir a obra de Deus. Vi-os erguer os olhos para o trono e orar: "Pai, dá-nos o Teu Espírito." Satanás inspirava-lhes uma influência má; nela havia luz e muito poder, mas não suave amor, alegria e paz. O objetivo de Satanás era mantê-los enganados e atrair de novo e enganar os filhos de Deus” (Primeiros Escritos, págs. 54 a 56).

2) [Primeiros Escritos, pág. 250] O Santuário. Foi-me mostrado o doloroso desapontamento do povo de Deus por não terem visto a Jesus no tempo em que O esperavam. Não sabiam porque seu Salvador não viera; pois não podiam ter evidência alguma de que o tempo profético não houvesse terminado. Disse o anjo: "Falhou a Palavra de Deus? Deixou Deus de cumprir Suas promessas? Não; Ele cumpriu tudo que prometera. Jesus levantou-Se e fechou a porta do lugar santo do santuário celestial, abriu uma porta para o lugar santíssimo, e entrou ali para purificar o santuário. Todos os que pacientemente esperarem compreenderão o mistério. O homem errou; mas não houve engano da parte de Deus. Tudo que Deus prometeu foi cumprido; [251] mas o homem erroneamente acreditou que a Terra era o santuário a ser purificado no fim do período profético. Foi a expectativa do homem, não a promessa de Deus, o que falhou." Jesus enviou Seus anjos para guiar ao lugar santíssimo a mente dos que foram desapontados, lugar aquele a que Ele tinha ido a fim de purificar o santuário e fazer uma obra especial de expiação por Israel. Jesus disse aos anjos que todos os que O achassem compreenderiam a obra que Ele deveria realizar. Vi que, enquanto Jesus estivesse no lugar santíssimo, desposaria a Nova Jerusalém; e, depois que Sua obra se cumprisse no santo dos santos, desceria à Terra com real poder e tomaria para Si os que, preciosos à Sua vista, haviam pacientemente esperado pela Sua volta.
    Foi-me mostrado o que ocorreu no Céu, no final do período profético, em 1844. Terminando Jesus Seu ministério no lugar santo, e fechando a porta daquele compartimento, grandes trevas baixaram sobre aqueles que tinham ouvido e rejeitado as mensagens de Sua vinda; e O perderam de vista. Jesus então usou vestes preciosas. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Um peitoral de confecção curiosa estava suspenso de Seus ombros. Movendo-Se Ele, luzia como diamantes, avolumando letras que pareciam semelhantes a nomes escritos ou gravados no peitoral. Sobre a cabeça trazia algo que tinha a aparência de uma coroa. Quando ficou completamente ataviado, achou-Se rodeado pelos anjos, e em um carro chamejante passou para dentro do segundo véu.
    Foi-me então ordenado que observasse os dois compartimentos do santuário celestial. A cortina, ou porta, foi aberta, e foi-me permitido entrar. No primeiro compartimento vi o castiçal com sete lâmpadas, a mesa dos pães da proposição, o altar de incenso [252] e o incensário. Toda a mobília deste compartimento tinha o aspecto de ouro puríssimo, e refletia a imagem de quem entrava no lugar. O véu, que separava os dois compartimentos, era de cores e material diversos, com um lindo bordado, no qual havia figuras trabalhadas em ouro, para representar os anjos. Levantou-se o véu e eu olhei para o segundo compartimento. Vi ali uma arca que oferecia a aparência de ter sido feita do mais fino ouro. Os bordados em redor da parte superior da arca eram um trabalho lindíssimo representando coroas. Na arca havia tábuas de pedra contendo os Dez Mandamentos. 
Dois lindos querubins, um em cada extremidade da arca, achavam-se com suas asas estendidas por sobre ela, e tocando uma na outra por cima da cabeça de Jesus, estando Ele diante do propiciatório. Seus rostos estavam voltados um para o outro, e olhavam abaixo, para a arca, representando todo o exército angélico a olhar com interesse para a lei de Deus. Entre os querubins havia um incensário de ouro; e, subindo a Jesus as orações dos santos, oferecidas pela fé, e apresentando-as Ele a Seu Pai, uma nuvem de fragrância subia do incenso, assemelhando-se a fumo das mais lindas cores. Por sobre o lugar em que Jesus Se achava, diante da arca, havia uma glória extraordinariamente brilhante, para a qual não podia olhar; parecia-se com o trono de Deus. Subindo o incenso para o Pai, a excelente glória vinha do trono a Jesus, e dele se derramava sobre aqueles cujas orações tinham subido como suave incenso. Sobre Jesus derramou-se luz, em grande abundância, e projetou-se sobre o propiciatório; e o acompanhamento daquela glória encheu o templo. Não pude olhar muito tempo para o brilho insuperável. Nenhuma linguagem o pode descrever. Fiquei vencida, e desviei-me da majestade e glória daquela cena. 
    Foi-me também mostrado um santuário sobre a Terra, contendo dois compartimentos. Parecia-se com o do Céu, e foi-me dito que era uma figura do celestial. Os objetos do  [253]   primeiro compartimento do santuário terrestre eram semelhantes aos do primeiro compartimento do celestial. O véu ergueu-se e eu olhei para o santo dos santos, e vi que a mobília era a mesma do lugar santíssimo do santuário celestial. O sacerdote ministrava em ambos os compartimentos do terrestre. Ia diariamente ao primeiro compartimento, mas entrava no lugar santíssimo apenas uma vez ao ano, para purificá-lo dos pecados que tinham sido levados ali. Vi que Jesus ministrava em ambos os compartimentos do santuário celestial. Os sacerdotes entravam no terrestre com sangue de um animal como oferta para o pecado. Cristo entrou no santuário celestial, oferecendo o Seu sangue. Os sacerdotes terrestres eram removidos pela morte, portanto não podiam continuar por muito tempo; mas Jesus foi Sacerdote para sempre. Mediante os sacrifícios e ofertas trazidas ao santuário terrestre, deveriam os filhos de Israel apossar-se dos méritos de um Salvador que havia de vir. E na sabedoria de Deus os pormenores desta obra nos foram dados para que pudéssemos, volvendo um olhar para os mesmos, compreender a obra de Jesus no santuário celeste. 
    Ao morrer Jesus no Calvário, clamou: "Está consumado" (João 19:30), e o véu do templo partiu-se de alto a baixo. Isto deveria mostrar que o serviço no santuário terrestre estava para sempre concluído, e que Deus não mais Se encontraria com os sacerdotes em seu templo terrestre, para aceitar os seus sacrifícios. O sangue de Jesus foi então derramado, o qual deveria ser oferecido por Ele mesmo no santuário nos Céus. Assim como o sacerdote entrava no lugar santíssimo uma vez ao ano, para purificar o santuário terrestre, entrou Jesus no lugar santíssimo do celestial, no fim dos 2.300 dias de Daniel 8, em 1844, para fazer uma expiação final por todos os que pudessem ser beneficiados por Sua mediação, e assim purificar o santuário.
[254]  A Mensagem do Terceiro Anjo.  Encerrando-se o ministério de Jesus no lugar santo, e passando Ele para o lugar santíssimo e ficando em pé diante da arca, a qual contém a lei de Deus, enviou um outro anjo poderoso com uma terceira mensagem ao mundo. Um pergaminho foi posto na mão do anjo, e, descendo ele à Terra com poder e majestade, proclamou uma dura advertência, com a mais terrível ameaça que já foi feita ao homem. Esta mensagem estava destinada a pôr os filhos de Deus de sobreaviso, mostrando-lhes a hora de tentação e angústia que diante deles estava. Disse o anjo: "Serão trazidos em cerrado combate com a besta e sua imagem. Sua única esperança de vida eterna consiste em permanecer firmes. Posto que sua vida esteja em jogo, deverão reter com firmeza a verdade." O terceiro anjo encerra sua mensagem assim: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12. Ao dizer ele estas palavras, aponta para o santuário celeste. A mente de todos os que abraçam esta mensagem, é dirigida ao lugar santíssimo, onde Jesus está em pé diante da arca, fazendo Sua intercessão final por todos aqueles por quem a misericórdia ainda espera, e pelos que ignorantemente têm violado a lei de Deus. Esta expiação é feita tanto pelos justos mortos como pelos justos vivos. Inclui todos os que morreram confiando em Cristo, mas que, não tendo recebido a luz sobre os mandamentos de Deus, têm, por ignorância, pecado, transgredindo seus preceitos. (Primeiros Escritos, págs. 250 a 254). 

3)  [Primeiros Escritos, pág. 258]  Uma Firme Plataforma. Vi um grupo que permanecia bem guardado e firme, não dando atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé da comunidade. Deus olhava para eles com aprovação. Foram-me mostrados três degraus - a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas. Disse o meu anjo assistente: "Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino [259] das pessoas depende da maneira em que são elas recebidas." De novo fui conduzida às três mensagens angélicas, e vi a que alto preço havia o povo de Deus adquirido a sua experiência. Esta fora alcançada através de muito sofrimento e severo conflito. Deus os havia conduzido passo a passo, até que os pusera sobre uma sólida plataforma inamovível. Vi pessoas aproximarem-se da plataforma e examinar-lhe o fundamento. Alguns com alegria subiram imediatamente para ela. Outros começaram a encontrar defeito no fundamento. Achavam que se deviam fazer melhoramentos, e então a plataforma seria mais perfeita e o povo muito mais feliz. Alguns desceram da plataforma para examiná-la, e declararam ter sido ela colocada erradamente. Mas eu vi que quase todos permaneciam firmes sobre a plataforma e exortavam os que tinham descido a cessar com suas queixas; pois Deus fora o Mestre Construtor, e eles estavam lutando contra Ele. Eles reconsideravam a maravilhosa obra de Deus, que os conduzira à firme plataforma, e em união levantavam os olhos ao céu e com alta voz glorificavam a Deus. Isto afetou alguns dos que se tinham queixado e deixado a plataforma, e contritos subiram de novo para ela. 
    “Minha atenção foi chamada para a proclamação do primeiro advento de Cristo. João foi enviado no espírito e poder de Elias a fim de preparar o caminho para Jesus. Os que rejeitaram o testemunho de João não foram beneficiados pelos ensinos de Jesus. A oposição, da parte deles, à mensagem que predizia a Sua vinda, colocou-os onde eles não podiam prontamente receber a melhor evidência de que Ele era o Messias. Satanás levou os que rejeitaram a mensagem de João a ir ainda mais longe, a ponto de rejeitar a Cristo e crucificá-Lo. Com este procedimento, colocaram-se onde não podiam receber as bênçãos do dia do Pentecoste, o que lhes teria ensinado o caminho para o santuário celestial. A ruptura do véu do templo [260]   mostrou que os sacrifícios e ordenanças judaicos não mais seriam recebidos. O grande Sacrifício havia sido oferecido e aceito, e o Espírito Santo, que desceu no dia de Pentecoste, levou a mente dos discípulos do santuário terrestre para o celestial, onde Jesus havia entrado com o Seu próprio sangue, a fim de derramar sobre os discípulos os benefícios de Sua expiação. Mas os judeus foram deixados em trevas completas. Perderam toda a luz que podiam ter recebido sobre o plano da salvação, e ainda confiavam em seus inúteis sacrifícios e ofertas. O santuário celestial havia tomado o lugar do terrestre, mas eles não tiveram conhecimento da mudança. Assim, não podiam ser beneficiados pela mediação de Cristo no lugar santo.
    “Muitos olham com horror para a conduta dos judeus em rejeitar e crucificar a Cristo; e, ao lerem a história dos vergonhosos maus-tratos que Lhe infligiram, pensam que O amam e não O teriam negado como o fez Pedro, ou crucificado como o fizeram os judeus. Mas Deus, que lê o coração de todos, tem colocado à prova esse suposto amor por Jesus. Todo o Céu observou com o mais profundo interesse a receptividade da mensagem do primeiro anjo. Porém, muitos que professavam amar a Jesus, e que derramavam lágrimas ao lerem a história da cruz, ridicularizavam as boas novas de Sua vinda. Em vez de receber a mensagem com alegria, declaravam ser ela um engano. Odiavam os que amavam o Seu aparecimento, e expulsaram-nos das igrejas. Os que rejeitavam a primeira mensagem não podiam ser beneficiados pela segunda, nem o eram pelo clamor da meia-noite, que devia prepará-los para entrar com Jesus pela fé no lugar santíssimo do santuário celestial. E pela rejeição das duas primeiras mensagens, ficavam com o entendimento tão entenebrecido que não podiam ver qualquer luz na mensagem do terceiro anjo, que mostra o caminho para o lugar [261]   santíssimo. Vi que assim como os judeus crucificaram a Jesus, as igrejas nominais haviam crucificado essas mensagens, e por isso mesmo não têm conhecimento do caminho para o santíssimo, e não podem ser beneficiadas pela intercessão de Jesus ali. Como os judeus, que ofereciam seus inúteis sacrifícios, elas oferecem suas inúteis orações dirigidas ao compartimento de onde Jesus já saiu; e Satanás, eufórico com o engano, assume um caráter religioso, e dirige a mente desses professos cristãos para si mesmos, operando com o seu poder, com seus sinais e prodígios de mentira, para retê-los em seu laço. Alguns ele engana de uma forma, outros de outra. Ele possui diferentes armadilhas preparadas para afetar diferentes mentalidades. Alguns olham com horror para um determinado engano, ao passo que prontamente aceitam outro. Alguns Satanás engana com o espiritismo. Apresenta-se também como um anjo de luz e espalha sua influência sobre a Terra por meio de falsas reformas. As igrejas ficam alvoroçadas e consideram que Deus está trabalhando maravilhosamente por meio delas, quando isso é obra de outro espírito. O entusiasmo morrerá e deixará o mundo e a igreja em pior condição que antes.
    “Vi que Deus tem filhos honestos entre os Adventistas Nominais e as igrejas caídas, e antes que as pragas sejam derramadas, pastores e povo serão chamados a sair dessas igrejas e alegremente receberão a verdade. Satanás sabe disso, e antes que o alto clamor da terceira mensagem angélica seja ouvido, ele suscitará um despertamento nessas corporações religiosas, a fim de que os que rejeitaram a verdade pensem que Deus está com eles. Ele espera enganar os honestos e levá-los a pensar que Deus ainda está trabalhando pelas igrejas. Mas a luz brilhará, e todos os honestos deixarão as igrejas caídas, e tomarão posição ao lado dos remanescentes” (Primeiros Escritos, págs. 258 a 261). 
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O Que Ellen White Via na Mensagem de 1888

Tão logo ouviu um pouco da mensagem do Dr. Waggoner em Mineápolis (pela primeira vez e por casualidade), ela reconheceu ser a "preciosa luz" em harmonia com o que tinha estado "tentando apresentar" durante os 45 anos anteriores. Ela não experimentou ciúme, mas acolheu bem os mensageiros e sua mensagem. Era um desenvolvimento adicional, em plena harmonia com a luz passada, mas nunca claramente pregada antes:
"Vejo a beleza da verdade na apresentação da justiça de Cristo em relação com a lei de Deus tal como o Doutor tem-na apresentado diante de vós. Dizeis, muitos dentre vós, que é luz e verdade. Contudo, não a tendes apresentado em sua luz daí em diante. . . . Isso que foi apresentado se harmoniza perfeitamente com a luz que Deus tem-Se comprazido em dar-me durante todos os anos de minha experiência. Se nossos irmãos do ministério aceitassem a doutrina que tem sido apresentada tão claramente . . . o povo seria alimentado com sua porção de alimento no tempo certo." (Ms. 15, 1888; Olson, op. cit., pp. 284, 295).
 [60] Os próprios irmãos em Mineápolis entenderam que a mensagem era uma revelação de nova luz, antes que uma reiteração do que se havia pregado anteriormente. Isso está implícito como segue:
"Um irmão perguntou-me se eu pensava que havia alguma nova luz que deveríamos ter, ou quaisquer novas verdades? . . . Bem, devemos parar de pesquisar as Escrituras porque temos a luz sobre a lei de Deus, e o testemunho de Seu Espírito? Não, irmãos." (Ms. 9, 1888; Olson, págs. 292, 293).
Assim, a mensagem de 1888 foi algo que os irmãos não haviam compreendido anteriormente. Houve uma falha em apreciar o cerne e veracidade da terceira mensagem angélica, apreendendo somente suas formas exteriores:
"Há somente alguns poucos, mesmo daqueles que reivindicam crer, que entendem a terceira mensagem angélica; contudo esta é a mensagem para este tempo. É a verdade presente. Mas quão poucos assumem esta mensagem em seu verdadeiro peso e a apresentam ao povo em seu poder. Com muitos tem somente pequena força. Disse-me o meu guia: 'Há muita luz ainda para brilhar da lei de Deus e do evangelho da justificação. Esta mensagem entendida em seu verdadeiro caráter, e proclamada no Espírito, iluminará a terra com a sua glória.'" (Ms 15, 1888; Olson, p. 296).
"A obra peculiar do terceiro anjo não foi ainda vista em sua importância. Deus pretendia que Seu povo estivesse muito mais adiante da posição que ocupa hoje... Não era plano de Deus que a luz fosse retida de nosso povo — a própria verdade presente de que careciam para este tempo. Nem todos os nossos pastores que estão proclamando a mensagem do terceiro anjo compreendem realmente o que constitui essa mensagem." (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, págs. 714, 715).
Ellen White nunca, nem uma vez sequer, empregou a palavra "reiteração" ou mesmo "ênfase" com respeito à mensagem de 1888. Claramente, ela parecia ser nova luz, o que contradizia idéias mantidas pelos irmãos, tal como os judeus imaginavam que Cristo contradizia Moisés quando de fato a Sua mensagem cumpria Moisés. O seu contexto é a mensagem e o seu recebimento:
"Vemos que o Deus do céu às vezes comissiona homens para ensinarem o que é considerado contrário às doutrinas estabelecidas. Visto aqueles que uma vez foram depositários da verdade se tornaram infiéis ao Seu sagrado depósito, o Senhor escolheu outros que receberiam os brilhantes raios do Sol da justiça, e defenderiam verdades que não estavam de acordo com as idéias dos líderes religiosos. ... "Mesmo os adventistas do sétimo dia correm o perigo de fechar os olhos à verdade conforme ela é em Jesus, porque contradiz algo que eles supunham ser a verdade, mas que o Espírito Santo ensina não ser." (30 de maio de 1896; Testemunhos para Ministros págs. 69 e 70
Havia um princípio que tornava uma revelação antecipada de "nova luz" necessária em 1888. Isso é declarado em um dos sermões de Ellen White em Mineápolis:
 [61] "O Senhor necessita de homens que sejam . . . atuados pelo Espírito Santo, que estejam certamente recebendo o maná recém vindo do céu. Sobre as mentes desses, a palavra de Deus emite luz. . . . "Aquilo que Deus concede a Seus servos para falar hoje talvez não tivesse sido verdade presente há vinte anos, mas é a mensagem de Deus para este tempo." (Ms.8a,1888; Olson, págs..273, 274
Houve uma distinta diferença em sua mente entre a mensagem da justificação pela fé como apresentada em 1888 e a "mensagem passada" que o Senhor apresentou antes de 1888. Conquanto não devesse haver contradição, deve haver desenvolvimento adicional: "Desejamos a mensagem passada e a nova mensagem." (Review and Herald, de 18 de março de 1890). (Mas os apelos dela não são uma licença ao fanatismo ou idéias novas irresponsavelmente proclamadas).
Numa série de artigos da Review and Herald no princípio de 1890, Ellen White debateu a verdade da purificação do santuário em conexão com a controvertida mensagem de justificação pela fé de 1888. Cada verdade complementava a outra. Houve uma desesperada necessidade por mais profundo entendimento do evangelho eterno com relação ao Dia da Expiação:
"Estamos no dia da expiação, e devemos operar em harmonia com a obra de Cristo de purificação do santuário. . . . Devemos agora apresentar perante as pessoas a obra que pela fé vemos nosso grande Sumo-sacerdote realizando no santuário celestial." (Review and Herald, de 21 de janeiro de 1890).
"A obra mediatória de Cristo, os grandes e santos mistérios da redenção, devem ser estudados e compreendidos pelo povo que reivindica ter luz superior a todos os outros povos sobre a face da Terra. Estivesse Jesus pessoalmente sobre a Terra, Ele teria se dirigido a um número maior dos que reivindicam crer na verdade presente com as palavras com que Se dirigiu aos fariseus: 'Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus' (Mat. 22:29) . . . .
"Há velhas, contudo novas verdades para serem ainda acrescentadas aos tesouros de nosso conhecimento. Não compreendemos ou exercemos fé como deveríamos. . . . Não somos chamados para adorar e servir a Deus pelo uso de meios empregados em anos anteriores. Deus requer agora serviço mais elevado do que nunca antes. Requer o desenvolvimento dos dons celestiais. Ele nos tem posto numa posição em que precisamos de coisas melhores e mais elevadas do que nunca antes se deu." (idem., de 25 de fevereiro de 1890).
"Temos estado ouvindo Sua voz mais distintamente na mensagem que tem avançado pelos últimos dois anos. . . . Temos somente começado a obter um pequeno lampejo do que seja a fé." (idem., de 11 de março de 1890).

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É, pois, evidente que:              

1. A mensagem de 1888 foi "luz" que os irmãos não haviam visto nem apresentado "até então".
2. Era o nosso "alimento no tempo certo"--alimento para hoje, não o maná restaurado de ontem.
 [62]  3. Ellen White ouvira em Mineápolis, pela primeira vez, uma exposição doutrinária do que estivera "tentando apresentar" o tempo todo — os incomparáveis encantos de Cristo à luz de Seu ministério do Dia da Expiação. Nenhum outro lábio humano os havia pregado.
4. Ela reconheceu em E. J. Waggoner um agente empregado pelo Senhor para uma revelação avançada da verdade a Seu povo e ao mundo.
5. A "verdade" da terceira mensagem angélica não havia sido compreendida pelos nossos pastores porque eles não tinham avançado em entendimento como deveriam ter feito quarenta e quatro anos após o início da purificação do santuário. Em vez disso, luz adicional havia sido omitida do povo.
6. Os irmãos na época entenderam o apoio dela a Waggoner e Jones como uma recomendação da nova luz que traziam. Não foi um chamado a seu entendimento original das "doutrinas estabelecidas". Opunha-se à mera reiteração de antigos entendimentos. Caso os irmãos Butler, Smith e outros assim o entendessem, não a teriam fortemente defendido, em lugar de se oporem a ela, como o fizeram?
7. Portanto, o que os irmãos rejeitaram foi o chamado para "mudanças bastante decisivas". Eles não recusaram recuar; recusaram avançar. Assim, tentaram permanecer parados algo bem difícil para qualquer exército que está em marcha.

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A Luz de 1888 e o Começo da Luz Maior         
Ellen White frequentemente falava da certeza de que o Senhor enviaria nova luz se e quando o Seu povo estivesse disposto a recebê-la. O trágico "se e quando" é necessário apenas porque o novo vinho deve ter novos odres, e isso significa uma crucifixão do eu (cf.  Mat.9: 16 e 17):
"Se pela graça de Cristo o Seu povo tornar-se novos odres, Ele os encherá com o novo vinho. Deus concederá luz adicional, e velhas verdades serão recuperadas e recolocadas no edifício da verdade; e onde quer que os trabalhadores forem, triunfarão. Como embaixadores de Deus, devem pesquisar as Escrituras para buscar as verdades que têm estado ocultas sob o entulho do erro." (idem., de 23 de dezembro de 1890).
"Uma grande obra deve ser feita, e Deus vê que nossos irmãos dirigentes têm necessidade de luz maior, para que possam unir-se harmonicamente com os mensageiros a quem Ele enviará para realizar a obra que Ele determina que realizem." (idem., 26 de julho de 1892).
Pode haver qualquer dúvida de que a mensagem de 1888 foi o começo da mensagem do quarto anjo, que une a sua voz com a do terceiro anjo? Nem o The Fruitage of Spiritual Gifts [Os frutos dos dons espirituais] (Christian), o Captains of the Host [Capitães da hoste] (Spalding), o Through Crisis to Victory [Através da crise à vitória] (Olson), o The Lonely Years [Os anos de solidão] (A. L. White), nem a recente "Declaração" do Patrimônio White inserido em Mensagens Escolhidas,  Vol. 3, (págs. 153-163), faz uma única alusão a esse fato. O mesmo é verdade quanto ao artigo sobre a assembléia de 1888 na edição da primavera de 1985 de Adventist Heritage [Herança adventista]. Nosso Seventh-day Adventist Encyclopedia [Enciclopédia adventista do sétimo dia] discute a mensagem de 1888 em vários artigos, mas nunca a reconhece pelo que foi (págs. 634, 635, 1086, 1201, 1385).
Essa omissão de verdade vital é impressionante. Assemelha-se à prontidão dos judeus em reconhecer Jesus de Nazaré como um grande rabino, enquanto deixam de vê-Lo como o Messias. Mas a lógica e a coerência requerem esta manobra especial por aqueles que insistem em dizer que a mensagem de 1888 foi aceita. Precisam virtualmente ignorar o fato de que a mensagem foi o começo da chuva serôdia e do alto clamor, ou terão que explicar como uma obra que deveria ter-se espalhado "como fogo na palha seca" tem se arrastado por quase um século, quando poderia ter iluminado o mundo há muito tempo se "nossos irmãos" a tivessem verdadeiramente aceito (Carta B2a, 1892; Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 419).
Observem como Ellen White viu claramente a mensagem de 1888 à luz de Apocalipse 18:
"Várias pessoas me têm escrito, indagando se a mensagem de justificação pela fé [de 1888] é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: "É a mensagem do terceiro anjo em verdade". O profeta declara: "E após isso vi outro anjo descendo do céu, tendo grande poder; e a terra foi iluminada com a sua glória." [Apocalipse 18:1] (Review and Herald, de 1º de abril de 1890).
"O alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo. . . Este é o começo da luz do anjo cuja glória encherá toda a terra." (idem., de 22 de novembro de 1892).
Se essa tremenda mensagem deve ser proclamada pelos reavivalistas protestantes populares, não temos razão de existir como um povo especial.

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A Luz do Alto Clamor Apagada                               
O Senhor é misericordioso e longânime, e pronto a perdoar. Ele restaura o que se perdeu sob condição de arrependimento. Mas não podemos permitir que a confusão neutralize a parábola de 1888.
Se aqueles que se opuseram à luz em Mineápolis mais tarde se arrependessem verdadeiramente e obtivessem o perdão, por que não foi o propósito original da mensagem de 1888 cumprido? É certo que não houve reavivamento e reforma coerente em escopo e efeito com o que viria, caso a luz tivesse sido aceita. O Senhor não enviou mais luz além daquele fatídico "começo". Podemos perguntar, por quê?4
Em ocasião alguma entre 1888 e 1901 a liderança responsável da Igreja manifestou um firme propósito de retificar o trágico erro de 1888. Dúvida, suspeita, desconfiança da mensagem e dos mensageiros prosseguiram mesmo por décadas.
Conquanto essa tragédia tenha se passado, não há necessidade de concluir que o Senhor retirou Suas bênçãos de Seu povo. O que foi desprezado e rejeitado foi a chuva serôdia, mas a chuva temporã tem continuado a cair. Inumeráveis almas têm sido conduzidas ao Senhor durante o século passado — inclusive cada leitor deste livro. Nenhuma pessoa que teve parte na história de 1888 está vivendo hoje.
Deus não Se esqueceu do Seu povo. Mas nossa atitude atou Sua mãos, tornando impossível que Ele enviasse mais derramamento de chuva serôdia. Ele não poderia e não desejou lançar Suas pérolas mais preciosas perante aqueles que não reverenciam Sua graça mais abundante. Portanto, essas águas da chuva serôdia cessaram após o derramamento inicial ter sido persistentemente repudiado. Ele não está além da capacidade de ser ofendido.
Num sermão que despertou a reflexão, em linguagem quase cifrada, Ellen White falou de como Elias foi alimentado por uma viúva fora de Israel porque os que se achavam em Israel e que tinham luz não viveram à altura dela. "Eles eram o povo de mais dura cerviz no mundo, os mais difíceis de impressionar com a verdade", disse. O sírio Naamã foi purificado da lepra enquanto os israelitas leprosos permaneciam contaminados. Quando os habitantes de Nazaré se levantaram contra o Filho de Maria, "alguns" estavam prontos para aceitá-Lo como o Messias, mas uma influência "pressionou-os" a abafar a sua convicção. Essas foram ilustrações de nossa história de 1888:
"Mas aqui uma condição de descrença se levanta: Não é este o filho de José? . . . O que fizeram eles em sua loucura? 'Levantaram-se e O expulsaram da cidade'. Aqui desejo dizer-vos quão terrível coisa é quando Deus concede luz, e ela impressiona o coração e espírito. . . Ora, Deus foi aceito em Nazaré por alguns; o testemunho aqui esteve de que Ele era Deus; mas uma influência contrária pressionou-os . . . o que levaria os corações a descrer." (Ms. 8, 1888; Olson, págs. 263, 264).
Essa "influência contrária" é um fator significativo em nossa história de 1888. Dois dias antes ela havia advertido que os passos da descrença que se haviam dado comprovar-se-iam finais para aquela geração no tocante a luz adicional da chuva serôdia:
"Estamos perdendo muitas bênçãos que poderíamos ter tido nesta assembléia [Mineápolis], porque não avançamos em nossos passos na vida cristã, como nosso dever é apresentado perante nós; e essa será uma perda eterna." (idem, Olson, pág. 257).
"Essa luz, que deve encher a Terra toda de sua glória, tem sido desprezada por alguns dos que pretendem crer na verdade presente. . . . Eu não sei se alguns agora têm ido longe demais para voltarem e se arrependerem." (Testemunhos para Ministros, págs. 89, 90; 1896).
"Se vocês acham que virá luz do Céu para agradar a todos, esperareis em vão. Se esperarem por mais altos clamores ou melhores oportunidades, a luz será retirada, e vocês deixados em trevas" (Testemunhos para a Igreja, pág. 720).
Falando de uma reunião de líderes e ministros em 1890, Ellen White revelou o patético quadro de Jesus sendo rejeitado tal como a enamorada em Cantares de Salomão 5:2 fez o seu amado afastar-se: "Cristo bateu à porta em busca de entrada mas não houve lugar para acolhê-Lo, a porta não foi aberta e a luz de Sua glória, tão próxima, foi retirada" (Carta 73, 1890).

Nota 4 (do autor):
4) Não há evidência de que Ellen White assumisse a missão de Jones e Waggoner, assim fazendo-os redundantes. Contudo, a idéia comumente prevalecente hoje é de que a mensagem deles é redundante porque Ellen White escreveu após 1888 a luz que eles foram comissionados a trazer à igreja e ao mundo. Ela apoiava a mensagem deles porque era o que estivera "tentando apresentar", ou seja, "os incomparáveis encantos de Cristo". Mas ela nunca alegou que o Senhor lhe havia imposto o encargo de proclamar a mensagem do alto clamor. A maior parte de Steps to Christ [Caminho a Cristo] foi escrita antes de 1888 e compilada depois. Dizer que não necessitamos da mensagem de 1888 por dispormos de seus escritos é contradizer sua própria mensagem.

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[65] A Fonte de Incompreensão Reformacionista
Esforços zelosos por décadas para descartar a mensagem de 1888 como "nova luz" tende a desviar atenção favorável da própria mensagem para os conceitos populares não-adventistas do protestantismo. Esse foi o caso por quase sessenta anos, começando em torno dos anos da década de 1920. Em Christ Our Righteousness [Cristo, Justiça nossa], A. G. Daniells em 1926 nada viu peculiar na mensagem de 1888, mas equivocadamente interpretou-a como estando "em perfeita harmonia com o melhor ensino evangélico [não-adventista]" (Norval F. Pease, By Faith Alone [Pela fé somente], pág. 189). (Veja o  registro de Norval F. Pease na Universidade  Andrews no site  http://www.andrews.edu/library/car/collection/P/Pease_Norval_F.pdf)
Essa longa tradição tem, indubitavelmente, lançado os fundamentos do êxito de correntes atuais de conceitos de justificação pela fé semelhantes aos mantidos pelos teólogos calvinistas "reformacionistas". Se os não-adventistas possuem a verdade quanto à justificação pela fé, temos que necessariamente importar deles a verdade. Mas no processo de fazê-lo, as verdades de 1888 têm sido negligenciadas, e mesmo sido opostas.
O que se segue tipifica esta posição amplamente acatada. Ela confunde seriamente as posições reformacionistas com a mensagem de 1888. Eis um exemplo do venerável fundamento sobre que repousa a fenomenal confusão de décadas recentes:
"A justificação pela fé [de 1888] não era nova luz. Há os que têm mantido a errônea idéia de que a mensagem da justiça de Cristo era uma verdade desconhecida ao movimento adventista até o tempo da assembléia de Mineápolis, mas o fato é que nossos pioneiros a ensinavam desde o princípio mesmo da Igreja do advento. Quando eu era um jovem pregador, ouvi por diversas vezes nossos veteranos, como J. G. Matteson e E. W. Farnsworth, declararem que justificação pela fé não era um ensinamento novo em nossa Igreja." (Lewis H. Christian, The Fruitage of Spiritual Gifts [Os frutos dos dons espirituais], págs. 225, 226). (*Lewis Harrison Christian, 1871-1949, está na Enciclopédia Adventista, 2ª ed., 1979, à pág. 280 e 281. Ele se refere aos pastores John Gottlieb Matteson, 1835-1896, e Eugene William Farnsworth, 1847-1935, que estão, às páginas 860 e 435, respectivamente.  L. H. Christian é mencionado nas págs. 58 e 60 de Adventism’s Greatest Need, de Ron Clouzet). 
É triste dizer que alguns desses "veteranos" não eram receptivos à luz crescente de 1888. Essa insistência em que a mensagem de 1888 não era nova luz foi a insígnia familiar da oposição dessa época. Não muito depois da assembléia de Mineápolis, R. F. Cottrell escreveu um artigo para a Review and Herald atacando a mensagem de 1888, perguntando: "Onde está a Nova Mensagem?" (Review and Herald, 22 de abril de 1890). W. H. Littlejohn igualmente atacou a mensagem com um artigo em 16 de janeiro de 1894, intitulado, "Justificação Pela Fé Não é Nova Doutrina". Ambos deixavam de reconhecer o que estava acontecendo em seus dias — o começo da chuva serôdia. (*Roswell F. Cottrell, 1814-1892, está na Enciclopédia Adventista, 2ª ed., 1979, à pág. 354 e Wolcott Hackley Littlejohn, 1834-1916, à pág. 794).
Alguns autores têm citado isoladamente declarações de Ellen White, distorcendo-as, em apoio à mesma tese de oposição — de que não se tratava de nova luz. Mas ela não se contradiz nesse importante ponto. Examinemos as declarações empregadas em apoio à posição de "reiteração". Devemos conceder-lhes uma justa atenção:
"O Pr. Ellet J. Waggoner teve o privilégio concedido a ele [em Mineápolis] de falar claramente, e apresentar seus pontos de vista sobre justificação pela fé e a justiça de Cristo em relação com a lei. Isso não era nova luz, mas velha luz colocada onde devia estar na mensagem do terceiro anjo. . . Não era nova luz para mim, pois me adviera de uma autoridade mais elevada, durante os últimos quarenta e quatro anos" (Ms. 24, 1888; Mensagens Escolhidas, vol., pág. 168; Olson, pág. 48).
 [66]  "Obreiros na causa da verdade deveriam apresentar a justiça de Cristo, não como nova luz, mas como preciosa luz que por um tempo foi perdida de vista pelo povo." (Review and Herald, de 20 de março de 1894; Olson, pág. 49). (*Albert Victor Olson, 1884-1963, está na Enciclopédia Adventista, 2ª ed., 1979, à pág. 1.028 e 1029)
Essas declarações não dizem que a mensagem de 1888 em sua plenitude não foi a nova luz da chuva serôdia e do alto clamor. No contexto, a declaração do Ms. 24, de 1888 foi escrita para refutar o preconceito de irmãos oponentes que depreciavam a mensagem como meramente uma novidade de origem humana. Toda luz é eterna; nenhuma é estritamente "nova". Mas era certamente novo para os nossos irmãos em 1888 e para as nossas congregações. E teria sido novo para o mundo se a houvéssemos proclamado!
E seja o que foi a luz de 1888, nova ou velha, é óbvio que ninguém mais a havia pregado entre nós durante aqueles "últimos quarenta e quatro anos" (Ms. 5, 1889; MS. 15, 1888; Olson, p. 295). Mais adiante, no manuscrito de 1889, Ellen White declarou que a mensagem inteira de 1888 provar-se-ia realmente "nova luz" se a comissão evangélica devesse ser terminada naquela geração:
"Foram feitas algumas perguntas nessa ocasião: ‘Irmã White, a senhora pensa que o Senhor tem alguma luz nova e mais intensa para nós como um povo?’ Respondi: ‘Com toda a certeza. Não somente penso assim, mas posso falar com conhecimento de causa. Sei que há preciosa verdade a ser desdobrada para nós, se somos o povo que deve permanecer em pé no dia da preparação de Deus’" (Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 174).
Os adventistas do sétimo dia não devem cultivar a reputação de serem inventores de novas doutrinas, mas reparadores das roturas (brechas), e restauradores de veredas para nelas morar (*ver Isa. 58:12), descobridores dos velhos caminhos. Tal apresentação desarmará o preconceito, enquanto a apresentação da verdade como algo inventado há pouco despertará oposição.
Mas isso não nega que a mensagem de 1888 foi uma revelação avançada para a igreja. Conquanto a convicção de Ellen White gradualmente se aprofundasse no sentido de que se tratava do cumprimento da profecia de Apocalipse 18, ela via como se harmonizava com o conceito peculiar da purificação do santuário celestial. Esse era o cérebro da mensagem.
Esta é uma verdade que os sinceros amigos protestantes nunca compreenderam. Poderia uma razão disso ser que nós jamais a tornamos clara a eles?
É chocante aos judeus ortodoxos que têm orado pela vinda do seu Messias reconhecer que Ele veio há muito tempo, mas foi rejeitado por seus antepassados. Não é menos chocante aos adventistas do sétimo dia que se mantêm orando pelo derramamento da chuva serôdia reconhecer que a bênção veio um século atrás, mas foi rejeitada por seus antepassados.


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