sábado, 25 de dezembro de 2010

As EMOÇÕES são um Dom de Deus, por Carol Cannon, ---------------------------psicóloga adventista de 4ª geração

ATENÇÃO, LEIA ISTO,

Uma introdução ao tema do próximo trimestre,

Com o título:

As Emoções são um Dom de Deus, por Carol Cannon,

extraído do cap. 17 do livro Never Good Egnogh


“Eu creio que nossas emoções são um dom de Deus, equivalente, em tipo e valor, aos nossos cinco sentidos, sem os quais nós seriamos genuinamente deficientes.

“Nossos sentidos físicos, compõem a faculdade que têm os homens (e animais) de receberem as impressões externas por meio de certos órgãos: a vista, o ouvido, o nariz, a boca e as mãos. Eles servem a dois propósitos: nos permitem experimentar prazer, e nos protegem. Sem eles, seriamos incapazes de desfrutar prazer, sabor, excitamento, tato, paladar, visão e sons. Sem eles seriamos ... insensíveis às belezas da vida” (págs. 171 e 172).

“Também seriamos inconscientes de perigos iminentes. ... Assim meus sentidos físicos me guiam em estabelecer limites no interesse de auto proteção.

“As pessoas podem funcionar sem seus sentidos físicos, mas então serão deficientes físicos. Eles não podem experimentar completamente os prazeres ou se beneficiarem do valor protetor de um sentido, ou sentidos, que faltem.

“Eu creio que Deus nos deu cinco sentidos emocionais , que funcionam muito como nossos cinco sentidos físicos” (Pág. 172).


Desmistificando nossas emoções. Alguns conceitos errôneos entre os cristãos que nos causam negar nossos sentidos são que, as emoções são perigosas, não confiáveis; sentidos são maus, ou pecaminosos; revelar os sentimentos é um sinal de fraqueza, imaturidade e loucura. Pior ainda que tudo é a noção de que expressar nossos sentimentos demonstra uma falta de fé em Deus. ...

“Negar o medo ou a dor ou a raiva de uma pessoa é separá-la da informação sensorial necessária para praticar um saudável cuidado pessoal dentro do ambiente social (pág.172)

“Não podemos nos proteger se formos ‘insensíveis.’ Sentidos dizem respeito a sentimentos, não a pensamentos. Em minha opinião a habilidade de ser sensível (sabedoria) é conectada diretamente à habilidade de sentir as impressões sensoriais de alguém, não simplesmente a habilidade de arrazoar. No livro Kids Who Carry Our Pain (Crianças que Carregam Nossa Dor), escrito por Roberto Hemfelt e Paulo Warren (editora Carmel, NY, 1990) à pág. 171, é sugerido que muitos suprimem a raiva em seu grande detrimento. ‘A raiva é bem útil quando alimenta mudança para melhor.’ Isto, eu creio, é verdade a respeito de todos os sentimentos” (Págs. 172 e 173).

“Eu não considero a manifestação dos sentimentos uma questão moral. Sentidos não são bons nem ruins. Eles não devem ser sujeitos a julgamento moral mais que nossos sentidos físicos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Como um pastor adventista, amigo meu, diz, ‘Sentidos são moralmente neutros.’ Conquanto seja verdade que qualquer de nossos sentidos, físicos ou emocionais, possam ser pervertidos, também é verdade que eles são vitais para nossa sobrevivência. Eles devem ser respeitados, apreciados e dirigidos em caminhos apropriados. Ninguém consegue existir sem eles” (pág. 173).


“O propósito dos nossos sentidos. Os sentidos físicos nos colocam em contato com o que se passa fora de nós mesmo, no mundo material, de tal modo que possamos experimentar alegria e exercitar cuidado. Os sentidos emocionais agem similarmente. Eles nos põem em contato com o que se passa dentro de nós mesmos, no reino espiritual, e permitem nos conectarmos com o que está acontecendo dentro dos outros, a fim de desfrutar um relacionamento íntimo, e proteger nossos melhores interesses” (pág. 173).


“Os cinco sentidos emocionais. Deus não nos deu sentidos negativos a fim de nos sentirmos deprimidos. Ele nos dotou com os dons emocionais a fim de que possamos estar alertas quando for o tempo para fazermos escolhas e mudanças que melhorarão nossas vidas. ...

“Os cinco sentidos emocionais básicos são: alegria (felicidade); tristeza (sofrimento); loucura (ira); maldade (culpa ou vergonha), e medo. Cada um destes sentidos serve a um propósito útil. Até mesmo os sentidos que nós consideramos negativos contêm uma particular benção positiva: ira dá motivação, energia (adrenalina) e força. Vergonha saudável e culpa nos dão humildade, responsabilidade, e o incentivo para fazer correções. Dor e sofrimento nos dão sensibilidade, empatia e entendimento. Dor também nos proporciona crescer e solver problemas. Medo nos dá discernimento — a sabedoria para exercitar cautela e bom juízo. A habilidade para sentir é um dom de Deus” (pág. 174).


“Porque mantermos um estrito controle sobre nossas emoções. Talvez nossa maior paranóia sobre os sentidos é o medo que temos de perder o controle. Nós não queremos 'perdê-lo,' porque temos medo de que faremos algo silencioso ou indigno ou, pior ainda, algo para contrariar a Deus. Pode ser que desmaiemos de terror, tornemo-nos vermelhos por constrangimento, pareçamos feios quando choramos, ou façamos algo inapropriado. Por esta razão mantemos um estrito controle sobre nossas emoções. A fim de evitar estas respostas, negamos ou enterramos (reprimimos) nossos sentimentos completamente” (págs. 174 e 175). ...


Quem Está no Controle, Você ou Seus Sentimentos?

(Título do cap. 17), pág. 168

“Não são os sentimentos expressos que nos governam, mas sim os sentimentos reprimidos. Quando reprimimos (enterramos) nossos sentimentos, damos a eles o poder de nos controlar. No nível inconsciente eles são mais tóxicos. Quando as pessoas os expressam simples e candidamente os sentimentos perdem o poder de controle. Os sentimentos reprimidos explodem; se expandem fora de controle. Apropriadamente expressos os sentimentos são administráveis

“Para um cristão estar preocupado sobre ser governado por seus sentimentos é legítimo. O que nós não entendemos é que nossos sentimentos são mais prováveis de nos controlar quando nós os empilhamos no nosso interior, do que quando nós os deixamos ser expressos em modos saudáveis. Sentimentos reprimidos são como um monte de lixo inflamável amontoado no porão. A mais leve fagulha vai iniciar o incêndio. Quando nós escondemos nossos sentimentos no porão, nunca podemos saber quando explodirão. Novamente, OS sentimentos expressos não nos governam, os reprimidos sim.

“Eu acho que isto é o que a Bíblia quer dizer quando fala que não devemos deixar o sol se por sobre a nossa ira" (pág. 175). (*Efésios 4:26; Prov. 29:11; 3:3-6). Precisamos expressar nossos sentimentos responsavelmente (reconhecê-los, controlá-los, rotulá-los, e expressá-los) em bases diárias, e não mantê-los escondidos, onde podem ser inflamados momentaneamente” (pág. 175).


“Devemos honrar nossos sentidos dignamente. Pessoas saudáveis e normais estão em contato com suas emoções no sentido de que eles reconhecem os sentimentos rapidamente no início de suas manifestações. Eles estão atentos à própria dor, tristeza, raiva, medo, etc. Tão logo reconhecem um sentimento, eles o usam construtivamente para motivar mudanças, e estabelecer limites. E quando os sentimentos serviram a seus propósitos — proveram a necessária informação e energia — eles os liberam” (p.175- 176)

“O processo é simples. Primeiro, a pessoa se torna consciente das sensações que acompanham as emoções: um nó no estomago; um aperto no peito; o endurecimento do queixo; ranger dos dentes; suor nas palmas das mãos; face quente, etc. Outras dicas são: ansiedade; conversa negativa consigo mesmo; evitar ou distanciar-se de manipulações (a inabilidade para olhar ou estar perto de alguém); atitude defensiva; e um repentino e inexplicável sentido de inércia ou sentimento de ‘paralisação.’

“Estes indícios físicos e emocionais indicam que algo está acontecendo que necessita atenção. Geralmente, nós reconhecemos que nos sentimos perturbados, aflitos, ou ‘frustrados,’ mas nunca obrigamos nossos sentidos, especificamente, para fazer qualquer coisa a respeito deles, exceto reclamar” (pág. 176).


Bloqueio Emocional. Frequentemente, a habilidade de alguém para identificar os sentimentos foi desligada por tanto tempo que torna-se necessário um esforço concentrado para levar o sistema emocional a funcionar outra vez.. Terapia pode ser necessária para reativar sentidos atrofiados. Crianças que crescem em condições dolorosas são forçadas a abandonar a parte emocional de si mesmas. Elas repudiam seus sentimentos e perdem a habilidade de expressá-los. Esta conexão deve ser restaurada. Elas devem readquirir a habilidade de perceber seus sentimentos para se tornarem socialmente funcionais. Elas precisam viver novamente

“A fim de reviverem, pode ser necessário exumar, rapidamente, sentimentos reprimidos por longo tempo; questionar a dor do passado, e confirmar sua legitimidade. É possível processar acumulados sentimentos em modos não destrutivos. Se alguém tornou-se emocionalmente constipado (desculpe a analogia) como resultado do acúmulo de sentimentos sem valor, por anos e anos, o bloqueio deve ser removido antes que o sistema possa tornar-se funcional outra vez” (pág. 176).

“Há muitos lugares seguros onde isto ´pode ser feito (*individualmente, com aconselhamento pastoral, ou de pessoa seguramente idônea ou) em grupo, como nas associações tipo alcoólatras anônimos;

“Nos EUA existem dezenas dessas associações, a seguir os nomes e telefones: Se alguém está desesperado com o problema de alguém íntimo, que precise de recuperação, através de alguém que fala inglês pode agendar para recorrer ao serviço específico: Serviço Mundial dos Alcoólicos Anônimos (212 - 870-3400); Narcóticos Anônimos (818 - 780-3951); Jogadores Anônimos (fone (213 - 386-8789); Sobreviventes Incestuosos Anônimos (410 - 282-3400); Associação dos Viciados em Comer em Excesso (213) 936-6252); Associação dos Co-Dependentes Anônimos (602 - 277-7991); Serviço Internacional de Dependentes Emotivos Anônimos (612 - 647-9712); Viciados em Excesso de Trabalho Anônimos (310 - 859-5804) (págs. 253 e 254).

(*Entre nós adventistas, dever-se-ia criar uma associação para viciados em trabalho da igreja — pessoas que se dedicam tanto à obra que se esquecem, ou pouco tempo têm para a família, o principal campo missionário do cristão).

(*Muitos daqueles serviços existem hoje no Brasil. A fonte de informação são as associações de alcoólatras anônimos, pois são interligados), “Este tipo de trabalho em grupo provê uma oportunidade para, em 12 seções, exteriorizar-se os traumas verbalmente, e para examinar presentes atitudes. Através de instrução, discussão, testemunhos, exemplos, etc., os membros destes grupos gradualmente desenvolvem a habilidade de expressar suas emoções mais efetivamente” (págs. 176 e 177).


“Mantendo-se ligado. Quando meus sentidos emocionais me assinalam que algo está errado, eu, primeiramente, identifico os sentimentos. Eu os classifico e os rotulo e os descrevo para mim mesma: ‘—Meu coração está batendo rapidamente, eu estou me sentindo ansiosa—.’ Então eu aceito e ratifico o sentimento. ‘—Eu estou com medo. O temor é meu. Ninguém mais me fez sentir deste modo. Eu é que sou responsável por este medo.. É dever meu controlar e cuidar desta apreensão—'. Depois disto eu expresso meu sentimento simples e diretamente a alguém: quer para a parte envolvida ou para um confidente idôneo ou a um conselheiro cristão conspícuo, ‘—Eu estou me sentindo aterrorizada, ferida, sobressaltada, com inveja, com raiva—, etc.’ Isto corta os sentidos negativos pela metade. Agora eu estou preparada para agir, para estabelecer limites, etc. Com prática, este processo pode ser cumprido em cinco ou dez minutos, do começo ao fim, embora inicialmente a recuperação possa levar algo entre duas ou vinte e quatro horas, ou mais’ (pág. 177).

"Laslie Anne, (*uma das pacientes da Dra. Carol Cannon, pág. 177) nunca conseguia agradar a seus pais (adventistas). Quando ela fazia alguma coisa boa, e bem feita, a resposta usual era '—você pode fazer melhor que isto.' Na sua ânsia para agradar, ... depois de dois casamentos, e submergindo-se no trabalho, como fuga da realidade, ela negligenciou a necessidade de afeto dos próprios filhos. Seguindo no caminho da sua mãe, a filha começou um padrão de relacionamento abusivo, e continuou no ciclo de co-dependência. Vícios, dependências, co-dependências, propensões e inclinações negativas, podem começar durante os insuspeitos anos da infância — um tempo de inocência.


“A consequência de sentimentos renegados. Sentimentos reprimidos sempre cobram o seu alto preço. Eles se expressam maliciosamente e, consequentemente, ferem as pessoas; eles criam estresse e pressão, os quais têm potenciais consequências médicas; e eles predispõem as pessoas a se anestesiarem com dependências. Raiva, por exemplo, vaza em forma de ação agressiva passiva — sarcasmo, fofoca, olhares desdenhosos, atitudes negligentes, argumentação, lentidão, procrastinação, rejeição, isolamento, etc. As consequências médicas de sentimentos reprimidos incluem todas as doenças relacionadas com o estresse, bem como as sérias desordens psiquiátricas.


“Quando nós honramos nossos sentidos físicos, e respeitamos as mensagens que eles nos enviam, estamos aptos para cuidarmos de nós mesmos fisicamente, e experimentamos os prazeres que Deus intentou que tenhamos. Nossos sentidos físicos tornam isto possível.


“Quando nós honramos nossos sentidos emocionais, e respeitamos as mensagens que eles nos enviam, estamos aptos para cuidarmos de nós mesmos espiritual, social e emocionalmente. Então experimentaremos a intimidade e o significativo relacionamento amoroso que Deus intenta que desfrutemos” (pág. 178).


—Carol Cannon



A irmã Carol Cannon é uma psicóloga adventista (de 4ª geração) diretora e co-fundadora do programa The Bridge to Recovery (A Ponte para Recuperação), um projeto de tratamento psico-educacional, para pessoas sofrendo de co-dependências e vícios legalizados (tolerados pela sociedade e não proibidos pela lei). Este programa provê cuidado adicional em caso de desordens de doenças de dependência, especializado em tratamento de crianças e jovens adictos com dependência química.

Carol é graduada pela Universidade Adventista Andrews, autora de inúmeras obras, tais como esta, Never Good Enough (Nunca Suficientemente Bom), publicada pela editora adventista Pacifc Press Publishing Association (Boise, Idaho, USA). É uma excelente obra para a próxima geração quebrar o círculo de dependência, co-dependência, vícios, propensões e inclinações negativas, as mais variadas, muitas vezes ocultas, juntamente com dependências químicas, que podem manter a pessoa deprimida por toda a vida. Enfim, fala de como, infelizmente, muitos crescem imperfeitos numa família “perfeita.”

A boa nova é que mudança é possível. Carol descreve uma grande quantidade de experiências do seu trabalho profissional como terapeuta, para prover exemplos de sucesso, força e esperança de vitória na batalha contra as diferentes dependências.

A propósito da lição da escola sabatina de 28/2/2006, “Corações Angustiados,” falando de comportamentos abusivos, resumimos diversos capítulos desta obra. Àquela época mandávamos as matérias via e-mail para nossos correspondentes. Àquele resumo demos o título de “Recuperação de Viciados,” mas a abrangência foi bem maior, abordando todas as nossas emoções que afetam os relacionamentos. Aos que nos solicitarem, pelo e-mail agapeed2001@yahoo.com.br, poderemos enviá-lo gratuita e prazerosamente. Não o colocamos neste blog, por ser mais de 10 páginas.

Tradução de João Soares da Silveira. Asteriscos indicam acréscimos nossos.

Visite-nos às 5as ou às 6as feiras, em agape-edicoes@blogspot.com, ou, no Google, digite Ágape Edições, e clique no primeiro arquivo com este nome, e já estará na lição da semana.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Lição 13: Baruque: Construindo um Legado em um Mundo em Ruínas, por Daniel Peters

Para a semana de 19 a 25 dezembro de 2010

Era um tempo de angústia, cujo resultado dependia do arrependimento do povo de Deus. A consequência de não crer no Espírito de Profecia seria a destruição de suas cidades e o cativeiro em Babilônia.

"O princípio de que o homem pode se salvar por suas próprias obras, está à base de toda religião pagã, tornara-se agora o princípio da religião judaica, nela implantado por Satanás. Onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado" (O Desejado de Todas as Nações, págs. 35, 36).

Anatote,1 significa a cidade onde "as orações são respondidas", ". E o nome de Jeremias significa “O SENHOR JUSTIÇA NOSSA estabelece". (YHWH = O SENHOR JUSTIÇA NOSSA Veja sobre Jer. 23:5, 6 a nota à margem da versão NKJV.) e 36:15, 16, .

Esperança é dada a todos os que estão sob o cerco. Jeremias é instruído a comprar um campo, enquanto ele está na prisão, e enquanto Nabucodonosor, mantém Jerusalém refém (cf. Jer. 32:8-15). Ele compra um campo em Anatote, e encarrega "Dei ordem a Baruque na presença deles, dizendo: ‘Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Toma estas escrituras, este auto de compra, tanto a selada, como a aberta, e coloca-as num vaso de barro, para que se possam conservar muitos dias" (Jeremias 32:14, 15).

Este ato é uma metáfora da mensagem de 1888. Ela demonstra a cruz; a justiça de Cristo; o poder de Deus para recriar em nós a Sua própria imagem; com a cruz lançando o nosso orgulho no pó, de modo que somente Cristo pode ser visto. Deus tem dado ao seu povo uma "mui preciosa mensagem" que tem, em sua maior parte, sido passada despercebida. É a esperança da vitória final de Cristo no grande conflito e a noiva de Cristo, cooperando com seu Divino Amor. Esta mensagem deve sebem "guardada" para algumas pessoas do futuro a verem e apreciarem.

O apóstolo Paulo continua essa demonstração e “a complementa" para nós: "Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é que resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa" (2ª Coríntios. 4: 6 e 7).

Qual é esse tesouro? O tesouro é Cristo em vós, a esperança da glória. "O mistério que esteve oculto desde todos os séculos em todas as gerações, mas agora foi revelado aos seus santos. Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória" (Col. 1: 26 e 27). Cristo está em nós através do Espírito de Deus e a fé de Jesus.

2ª Coríntios 1: 20 e 22 afirma2 que Ele nos selou e nos deu o Espírito em nossos corações como garantia. E em outro lugar, diz, "...fostes selados com o Espírito Santo da promessa, O qual é a garantia da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da Sua glória" (Efésios 1: 13 e 14).

Baruque, o escriba, fez o trabalho legal de colocar as escrituras seladas de compra num vaso de barro. Esta escritura de compra foi a evidência de esperança do profeta, para a restauração de Judá para a Terra Prometida. Nossa esperança para o futuro é a cruz. Só a morte voluntária de Cristo em nosso lugar, pode conciliar os nossos corações. Este é o plano da redenção; as três mensagens angélicas; a mensagem a Laodicéia; a mensagem de Elias; a justiça de Cristo; o concerto eterno. É Cristo em vós, a esperança da glória — é o Evangelho. É a mensagem de 1888, em verdade, e o derramamento da Chuva Serôdia.

O ato de colocar as escrituras de compra dentro do vaso de barro não é a crença dominante de que o homem deve contribuir com algo para tornar boa a salvação. Não é fé e obras, pois esta é "a base de todas as religiões pagãs" (*O Desejado de Todas as Nações, pág. 35), "mas sim a fé que opera pelo amor" (Gálatas 5:6). "Já estou crucificado com Cristo" (Gal. 2:20), pois estamos mortos para a nossa velha vida e é a vida de Cristo que agora vive dentro de nós. É sua fé que age em nós, porque um homem morto não tem fé.

Parafraseando Ellet J. Waggoner, "Um vaso não pode fazer nada, mas pode, contudo, receber o que é colocado dentro dele, e é isso que se pode distribuir; porém o trabalho é feito por Aquele que usa o vaso"

Existe alguma evidência adicional sobre este vaso de barro e o que ele continha? Sim! Cristo disse: "... um corpo [um vaso de barro] Me preparaste... Então eu disse: ‘Eis que venho (No princípio do livro está escrito de mim), para fazer a tua vontade, ó Deus’. ... Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a Tua vontade, Ele tira o primeiro [o sacrifício e a oferta] para [que Ele possa] estabelecer o segundo. Cristo, na nossa humanidade carnal, Se tornou nosso sacrifício e oferta, submetendo Sua vontade, a vontade da humanidade, à vontade do Pai. Por Cristo submeter Sua vontade, a vontade da humaniodade, à vontade do Pai, temos sido santificados" (Heb. 10:5-10).

O vaso deve ser esvaziado de si mesmo — isto é feito por Cristo, O único que já teve a Sua vontade, a vontade da nossa carne, em perfeita sujeição à vontade do Pai.

Jesus veio a este mundo e tomou sobre Si nossa natureza pecaminosa humana, caída, tomou sobre Si este vaso de barro frágil. Nele, Ele venceu o pecado na sua fortaleza, a carne do homem, e nos fez participantes de Sua natureza divina através de Suas grandes e preciosas promessas.

Jeremias também nos mostrou como a justiça de Cristo iria preparar seu povo para o casamento do Cordeiro, e que isso vai acontecer, e será um sucesso! Compare, cuidadosamente, as palavras da Bíblia: O primeiro texto diz: "Este é o Seu nome, com o qual Ele será chamado: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA" (Jer. 23:5, 6); em comparação com o segundo, "E este é o nome com o qual Deus a chamará: O SENHOR É A NOSSA JUSTIÇA" (Jer. 33:15, 16).

Seu povo, Sua igreja, finalmente tem o mesmo nome dEle. Os vasos de barro são agora esvaziados completamente do "eu," que se posiciona contra a vontade de Deus, e, agora, estão cheios de Cristo. Agora o anjo de Apocalipse 18: 1 pode "iluminar a terra com sua glória", assim como Gideão iluminava a escuridão quebrando os vasos de barro para revelar o tochas ardentes (glória) escondidas dentro!

Assim, em um momento de catástrofe nacional, mesmo a Baruque foi dada uma mensagem especial que é para cada um de nós hoje: "Isso é o que você deve dizer a Baruque: Isto diz o Senhor: Eis que eu edifiquei, eu derrubo, e o que eu plantei, eu arranco. E isso em toda esta terra. E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures;porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o Senhor; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores" (Jeremias 45: 4 e 5). Quando finalmente Baruque precisou escapar, apenas com a roupa do corpo, esperamos que ele esteja grato! Jesus, a testemunha fiel, nos deu o mesmo conselho em Mateus 6:25-34.

Procurar grandes coisas para você mesmo, não é um princípio celestial. Crendo que os esforços do homem são necessárias em conjugação com a cruz, para ser salvo, é paganismo em essência, e os que adotam e ensinam este princípio satânico não têm luz neles. Nosso verso para memorizar atesta isso: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles" (Isaías 8:20).

Há um outro tempo de provação, bem à nossa frente, um tempo de prova, qual nunca foi visto, desde o começo do mundo. O resultado se baseia no arrependimento do anjo da igreja de Laodicéia. A consequência para a descrença continuada, e teimosia, em relação à mensagem enviada em "Sua grande misericórdia", será ser cuspido para fora da boca de Cristo.

Esta lição conclui o quarto trimestre de 2010. Durante este trimestre, olhei para os "personagens dos bastidores” do Antigo Testamento. Vimos homens e mulheres que foram colocados nas Escrituras pelo Espírito Santo como nossos exemplos. Caleb, Ana, e Jonatas, Abigail, Urias, Abiatar, e Joabe. A partir de Rispa, uma viúva de Sarepta, Geazi, e agora Baruque. Todas pessoas diferentes, todos de diferentes épocas, todos vasos de barro.

A boa nova para nós hoje é que a cruz de Cristo, plantada dentro do nosso coração, é a nossa evidência de aquisição, e o dom do Espírito Santo é a escritura de compra, selada, para tomar de Cristo e ministrá-lo a nós.

-Daniel Peters H.

O irmão Daniel Peters vive na parte leste da cidade de Los Angeles, Estado da California, EUA, e trabalha como Conselheiro Oficial antidrogas e alcool para mães e mulheres grávidas. O seu coração foi sensívelmente tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, págs 91 e 92) e sua vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta mensagem que Deus outorgou à Sua igreja em 1888. Ele e sua família são membros da igreja adventista do sétimo dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de Los Angeles, localizada no nº 8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J. Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da Bíblia e do Espírito de Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de 1888. Ele foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na Igreja Adv. Do 7º Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada na 7125 Weest 4th Street.

Notas do tradutor:

1) “Jeremias vivia em Anatote ( capítulo 1:1; 29: 27), A moderna Râs el-Kharrûbeh (*Atualmente significa O Cume, ou, cúpula da Alfarroba, "Summit of the Carob Beans"). Localizada a 4 quilômetros a nordeste de Jerusalém.” Dicionário Bíblico, vol. 4 da série SDABC (Review and Herald, Washington, D.C. 1976) pág. 344)

Em Jeremias 29:27 o profeta é chamado de “o anatotita”. A cidade de Anatote era uma cidade da tribo de Levi (Josué 21:18), também uma cidade de refúgio. Pertencia à terra da tribo de Benjamim, Jeremias 1:1.

Era uma cidade murada possuindo alguma força, sentado em um cume de colinas amplas e com vista para o vale do Jordão e da parte norte do Mar Morto.

No mapa do google aparece como Anata, contendo cerca de 100 habitantes. Um dos 37 poderosos homens de Davi, Abiezer, era anatotita, 2º Sam 23:27, assim como Jeú, rei de Israel, Crôn 12:3; Dos retornados de Babilônia, após 70 anos de cativeiro, 128 eram de Nanatote, Esdras 2:23, e Neemias 7:27.

2) Porque todas quantas promessas há de Deus, são nEle o sim, e por Ele o Amem, para glória de Deus por nós. Mas O que nos confirma convosco em Cristo, e O que nos ungiu, é Deus. O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2ª Cor. 1: 20 a 22).

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Lição 13, Baruque, Legado em um Mundo em Pedaços, por Bob Hunsaker

Para a semana de 19 a 25 dezembro de 2010

“Nosso foco neste trimestre’ foram ‘personagens dos bastidores do Antigo Testamento. Alguns são mocinhos da história, outros nem tanto” (2º § da primeira folha deste guia de estudos deste trimestre). Ao eu pensar sobre esse título, ocorreu-me várias vezes, que existem "figurantes secundários dos bastidores" só de nossa perspectiva - nunca da perspectiva de Deus. Na visão de Deus sobre a realidade, todos são protagonistas, isto é, são os artistas principais de toda narrativa. Na visão de Deus, não há alguém mais ou menos importante que outro. Nós tendemos a ver alguém como importante na Escritura com base no "tempo em que ele aparece” nas histórias da Bíblia. Quanto mais vezes você o vê mencionado, importante ele é. Mas essa é nossa perspectiva, não de Deus.

Eu tive o privilégio de, durante vários anos, acompanhar médicos em viagens humanitárias. Muitos dias nós estávamos fora em alguma aldeia favelas com barracões de zinco, de um só quarto, chão de terra batida. Quando eu vi pela primeira vez as casas, eu pensei que eram galinheiros, mas eram realmente casas das pessoas. Enquanto esperávamos o ônibus para nos levar de volta ao nosso hotel, as crianças nos esperavam fora dos barracos para obter doces de nós (algo não tão recomendável do ponto de vista de evangelismo de saúde). Enquanto eu olhava essas dezenas de criancinhas, os via como personagens secundários no plano de Deus. Eles estavam sujos, e eram ignorantes, pobres, e de uma cidade insignificante em uma parte remota do mundo. Eu, por outro lado, era educado, rico, limpo, e do país mais poderoso do mundo. Eu pertencia à igreja remanescente, adorava no dia certo, comia o alimento certo, conhecia a minha Bíblia, fazia devoções diárias, etc. Este processo de pensamento não era consciente, era um sentimento espontâneo ou sensacionalista de mim mesmo, em contraste com eles.

Mas, na perspectiva da eternidade, uma alma é uma alma. "As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e distintas como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem amado Filho” (Ellen White, Caminho a Cristo, página 100) . O amor de Deus, o sacrifício de Jesus, os interesses dos anjos, são tão fortes e significativos em relação às crianças de um país do terceiro mundo, distante, como em relação a qualquer um de nós. Na eternidade, não importará quão ricos e cultos, limpos, ou "inteligentes" nós éramos. Será importante como nossos corações se renderam a Deus, que não considera ninguém como artista secundário. Estamos todos, cada um de nós, no planeta Terra, no plano de Deus atuando como artistas principais. Cada uma daquelas crianças tinha um anjo da guarda que trabalha tão duro, e é tão esperançoso, e tão enérgico no trabalho em favor deles como o meu anjo da guarda atua por mim.

Somos todos parte da grande teia da humanidade, e, neste mundo, não há personagens de fundo. Cada um de nós interessa a Deus. Todos nós impactamos àqueles que nos rodeiam de maneira significativa. Que possamos ver o quanto Deus nos valoriza, e como Se relaciona com os outros tanto quanto conosco. Que não haja personagens "de fundo" na nossa esfera de influência.

Esta semana, como nos lembra o nosso título, vemos que Baruque estava vivendo em um "mundo em ruínas." Nosso mundo também está se desintegrando. Como se estivesse falando do mundo contemporâneo, a primeira linha da lição diz: "O mundo, como Baruque o conhecia, estava chegando ao fim. Jerusalém e Judá estavam em seus últimos momentos" (tradução literal da lição em inglês).

O mundo, tal como o conhecemos, está chegando ao fim. Provação está em seus momentos finais. Como Winston Churchill disse (*em 12 de novembro de 1936) em referência ao período imediatamente antes da Segunda Guerra Mundial: "A era da procrastinação, de meias-medidas, de calmante e desconcertante expedientes, dos atrasos, está chegando ao seu fim. Em seu lugar estamos entrando num período de consequências." Como a nação judaica do tempo de Baruque, estamos entrando em um período de consequências finais.

Baruque alinhou-se com o profeta de Deus, em benefício da nação. A escolha acabou por resultar na sua própria salvação. É hora de nós, também, nos alinharmos total e finalmente ao lado de Deus no grande conflito. Muito embora o mundo esteja em um progressivo estado de "colapso", temos a oportunidade de "construir um legado." Este legado é uma compreensão do caráter de Deus como manifestado na vida de Jesus Cristo. Tal conhecimento de Deus produz frutos em personagens individuais que são transformados no mesmo caráter que Jesus teve. Baruque recusou interromper o apoio ao impopular Jeremias, com sua amizade e seu serviço ao o tempo estar se esgotando. Nós podemos aprender com ele o valor da fidelidade a Deus e cooperação com aqueles que Ele escolhe como Seus mensageiros.

Temos o privilégio de ter repetidas advertências e declarações proféticas da sabedoria bíblica. Que possamos escutar esta sabedoria salvadora, à medida que caminhamos por um mundo que se tornará ainda mais caótico e frágil do que foi o de Baruque e Jeremias. Temos um Salvador que Se provou fiel e digno de nossa devoção. Ele é um esconderijo seguro para aqueles que O escolhem, em face de tudo o que os momentos finais da história tem reservado para nós.

- Bob Hunsaker

O irmão Roberto Hunsaker é um médico adventista que vive em Boston, Massachusetts, USA., com sua esposa Andi, que também é médica. Ele é ancião, diretor do ministério pessoal, e professor de sua unidade evangelizadora em sua igreja local. Ele tem, também, um programa semanal na rádio (AM WEZE 590), aos domingos à noite, às 19:30 horas, em parceria com o Pastor adventista. Bill Brace, intitulado Portraits of God (Quadros de Deus).

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Lição 12, Geazi - Errando o Alvo, por Ann Walper.

Para a semana de 11 a 18 de dezembro de 2010

Nós todos somos como Geazi. Incapazes de discernir o importante do periférico. Estamos tão fascinados com nós mesmos e com as coisas deste mundo que somos cegos para "a boa parte" pela qual Jesus elogiou Maria por procurá-la (Lucas 10:38-42). A testemunha fiel nos deu um aviso solene sobre a nossa condição em Apocalipse 3:17-19.

Ao longo de seus anos de trabalho como servo de Eliseu, e provável profeta em formação, Geazi não parece ser capaz de desenvolver o discernimento espiritual necessário, que iria tê-lo preparado para a missão a que Deus o estava chamando. Geazi tinha diante de si o ouro da fé, e as vestes brancas da justiça de Cristo, mas, em vez disto, escolheu a prata de um rei terreno e "vestes babilônicas." Somos lembrados do pecado de Acã que trouxe desastre em Ai (Josué 7:1 – 26).

"Sabei que o vosso pecado vos há de achar" (Num. 32:23). Mas Aquele que "é apto para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Heb. 4:12) procurou dar a bênção do arrependimento a Geazi, mas ele recusou. Ele estava cego para a profundidade do pecado, que residia em seu próprio coração.

Na lição encontramos um outro homem na mesma condição, Hazael, cujo nome significa "Deus viu." Ele era um funcionário real de Ben-Hadade II, que foi enviado a Eliseu para saber se o rei de Damasco iria sobreviver a sua doença (2º Reis 8:7-10).

Quando informado sobre a profundidade do pecado desconhecido que residia em seu coração, Hazael "não conseguia acreditar que ele seria capaz de fazer as coisas inconfessáveis que o profeta Eliseu tinha discernido que ele seria capaz de fazer" (vs. 12, 13). "Hazael estava sinceramente inconsciente do que estava enterrado em seu próprio coração. Da mesma forma, estamos sinceramente alheios de nossas verdadeiras motivações, para além da convicção do Espírito Santo" (Robert J. Wieland, The Knocking At the Door [A Batida à Porta], pág. 30). Tivesse Acã sido confrontado com a realidade de que através do seu pecado, ele prejudicaria o andamento da conquista da Terra Prometida, ele teria negado com veemência (ver Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 89, 90 e 492, 493).

"A lei de Deus atinge os sentimentos e motivos, bem como os atos exteriores. Ela revela os segredos do coração, lança luz intermitente sobre as coisas antes enterradas na escuridão. Deus conhece cada pensamento, cada efeito, cada plano, cada motivo. Nos livros de registro do céu estão lançados os pecados que teriam sido cometidos se houvesse oportunidade. Deus há de trazer o juízo toda obra, com cada coisa em segredo. "(Ellen G. White, Signs of the Times de 31 de julho1901). Pessoalmente, acreditando que Deus deseja produzir uma tal profunda limpeza dos nossos sentimentos e motivos, e Lhe permitindo realizá-lo, nos prepara para o necessário arrependimento corporativo que irá remover o empecilho que dificulta a chuva serôdia.

Arrependimento corporativo não significa se arrepender dos pecados cometidos por outra pessoa, quer os pecados estejam no passado ou no futuro. Nem o arrependimento corporativo envolve um voto legislativo para arrepender-se "em favor da" rebelião de qualquer outra pessoa contra Deus.

Arrependimento Corporativo não significa se arrepender dos pecados cometidos por outra pessoa, quer os pecados estejam no passado ou futuro. Nem o arrependimento corporativo envolve um voto legislativo de arrepender-se "em favor da" rebelião de qualquer outra pessoa contra Deus. Arrependimento corporativo é a bênção de ver a verdadeira condição do nosso coração, que todos temos dentro de nós, a mesma raiz oculta do pecado que abertamente se manifestou em outros. Quando percebemos o horror do pecado em nós mesmos, isso significará morte do "eu" (veja 2ª Coríntios 5:14, 15;. Gal. 2:20;. Rom. 6: 4 - 7). Uma vez que compreendamos a profundidade do pecado que habita em nosso coração, então podemos realmente nos arrepender corporativamente pela continuada resistência da "mui preciosa mensagem" (*Test. p/ Ministros, págs. 91 e seguintes) que atrasou a volta do Senhor, já por mais de 120 anos. Então, estaremos prontos para receber o selo do Deus vivo em nossos corações, e Apoc. 14: 12 pode ser cumprido (veja Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 214, 217).

"Nós ficamos felizes por ter o sangue do Cordeiro provido o cancelamento do registro legal nos livros do Céu sem a lei estar escrita no coração. ... Por muitos anos temos orado pela chuva serôdia, mas a chuva serôdia nunca poderá vir até que entendamos o que a primeira chuva (*temporã) fez ... A chuva serôdia nos permitirá ver, ouvir e saber o que agora resistimos. O Espírito Santo vai trazer uma mensagem e confirmar a mensagem que expõe todo engano e revela toda a apostasia e torna a glória de Deus manifesta" (Donald K. Short, “Then Shall the Sanctuary Be Cleansed,” Então o Santuário Será Purificado, pág. 89).

Nós não somos diferentes de Geazi. A ele foi oferecido o arrependimento, quando Eliseu o confrontou em seu retorno do encontro com Naamã, mas ele recusou ver o seu pecado. É hora de nós percebermos nossa situação precária e nossa grande necessidade de arrependimento. Só quando formos humilhados ao pó, ao pé da cruz, é que poderemos concluir a obra que Deus nos chamou a realizar. Sob o poder prometido da Chuva Serôdia, nós então iremos declarar aos oprimidos, habitantes solitários do mundo, que há um Consolador e O mais querido dos companheiros, Jesus Cristo, nosso Redentor e Senhor. Só Ele pode satisfazer todos os desejos do nosso coração e nos dar a felicidade eterna.

—Ann Walper

A irmã Ana Walper é uma adventista dedicada à pesquisa bíblica e às atividades da igreja. Atualmente ela é diretora dos departamentos de liberdade religiosa; escola sabatina; saúde e temperança, e é coordenadora de uma das unidades evangelizadoras da escola sabatina. É também ativa instrutora bíblica. Profissionalmente é enfermeira padrão, e durante as férias escolares ela trabalha como enfermeira voluntária em acampamentos da juventude adventista nos estados de Tenneessee e Kentucky nos EUA. Ela é também escritora independente já por 16 anos em jornais de sua cidade sobre as boas novas de Cristo e Sua Justiça.

Lição 12, Geazi: Errando o Alvo (ou, Transgressão Deliberada?), por Raul Diaz.

Para a semana de 11 a 18 de dezembro de 2010

No Antigo Testamento, a palavra hebraica para obediência é “shama”. Significa escutar ou ouvir com atenção ou interesse. No grego, a palavra usada para a obediência é “hypakouō” e significa também ouvir ou escutar. Este termo grego é usado no contexto de ouvir alguma coisa, como quando há uma batida na porta (Apocalipse 3:20). Com base nesse contexto, a obediência bíblica não é fazer, mas escutar. "a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Romanos 10:17, KJV. *A Almeida diz: “a fé é pelo ouvir...”). Portanto, ouvir "a Palavra" é obedecer, e, assim, pode-se dizer que esta precede a obediência e causa (*produz) fé. Além disso, "...tudo o que não é de fé é pecado" (Romanos 14:23). Isto deve significar que o pecado é o resultado de não ouvir a Palavra. Mas, será apenas isso? Como mais é o pecado definido? O que diz a Bíblia?

Biblicamente, existem cerca de 12 palavras diferentes para definir o pecado, no entanto, podemos classificar o pecado em três conceitos básicos. Estes três conceitos são expressos em Salmo 51: 2-3 como a iniquidade, o pecado e a transgressão. Vamos considerar cada um separadamente, e depois ver como ela se desenrola na vida de Geazi.

A primeira categoria é a iniquidade. O significado da raiz da palavra iniquidade deve ser “dobrada, inclinada." Especificamente, refere-se à nossa condição espiritual, versus as ações que tomamos. Ela representa a nossa essência. Assim, quando Davi diz no Salmo 51:5 que ele foi "formado em iniquidade" desde seu nascimento, ele quer dizer que foi dobrado. Mas dobrado em direção a que?, você pergunta. Dobrado em direção de si próprio. Veja, como resultado da queda, o amor Ágape, que tinha sido colocado em Adão e Eva, tornou-se inclinado em direção a eles mesmos. A abnegação, o amor abnegado com que o Criador os dotou foi mudado para o serviço do eu. E esta condição é que eles legaram aos seus descendentes. Portanto, todos os homens, pela sua natureza, incluindo Davi, são “inclinados” ao auto-serviço, dos quais, a força motriz é o amor de si mesmo. Egoísmo vem naturalmente para todos nós.

Em Mateus 7: 22, 23 vemos que atos motivados pelo amor-próprio, mesmo que feito em nome de Cristo, são expostos no julgamento, e claramente identificados como obras de iniquidade. Todos os cristãos devem levar este texto a sério. Será que nossas obras são originárias de Cristo e são, portanto, motivadas por Ágape, ou são elas obras para "mostrar boa aparência na carne" [Gálatas 6:12]? São as nossas obras a prova de que Cristo que vive em nós, fazendo as obras da fé, ou são produto de uma justiça gerada pelo eu? Isto é especialmente digno de nota desde que a lei de Deus requer que até nossos motivos sejam puros [Mateus 5:20-22, 27-28].

A segunda categoria de pecado é a (*própria) palavra pecado. O real significado desta palavra é "errar o alvo". No seu sentido mais verdadeiro pecado é cair abaixo do padrão divino do caráter de Deus, como alguém cantando fora da melodia, ou do tom, se você preferir, um pouco abaixo da nota musical.

Agora, uma vez que todos os homens nascem inclinados para a vontade própria, não é difícil ver o que o apóstolo Paulo quer dizer em Romanos 3:10 e 12, quando ele diz: "não há um justo, nem um sequer; não há quem faça o bem." Essa condição de todos os homens torna impossível para qualquer homem, por si mesmo, senão errar o alvo, mesmo quando ele é um seguidor de Deus, tentando atingir essa marca, visando diretamente a ela, por conta própria, se ele não é um seguidor de Deus, ele, provavelmente, não vai sequer admitir que há uma marca.

Em Isaías 64:6, descobrimos que, porque o homem, por natureza, é inclinado para si mesmo, todas as coisas que faz com seus próprios esforços são como trapos imundos para Deus. Não amigos!!!, sem um Salvador, o homem está fadado a, constantemente, mirar e atingir abaixo do alvo [Romanos 7:15-24].

Conquanto o homem tenha livre arbítrio para escolher entre crer na justiça de Cristo ou rejeitá-la, ele não tem uma escolha entre ser inclinado para o pecado e ser inatamente justo. O homem nasce escravo do pecado e não importa o quanto ele queira ou tente, ficará aquém da marca divina.

A terceira categoria é a transgressão. Esta palavra significa uma violação deliberada da lei moral, ou, em outras palavras, a desobediência deliberada [veja 1ª João 3:4]. Isto pressupõe que se tenha o conhecimento da lei anterior à ofensa. Observe o seguinte:

Gálatas 3:19. A lei foi dada por causa das transgressões.

Tiago 2:9. A lei nos convence de que somos transgressores.

Romanos 3:20. Pela lei, temos o conhecimento do pecado.

Agora, Geazi era um servo de Eliseu, o profeta. Podemos dizer que Eliseu conhecia a lei de Deus? Certamente que sim, porque ele era a voz de Deus, buscando estabelecer os princípios da lei de Deus nos corações e mentes dos israelitas. Geazi sabia isso? Certamente que sabia. Estava ele então familiarizado com a lei de Deus? Claro que sim! Portanto, ele sabia que era errado cobiçar? Certamente! Ele sabia que era errado mentir? Definitivamente! Então o que aconteceu? A irmã White diz que:

Geazi, servo de Eliseu, tivera oportunidade, durante anos, de desenvolver o espírito de abnegação que caracterizava a vida de labores de seu mestre. Fora seu privilégio tornar-se um nobre porta-bandeira do exército do Senhor. Os melhores dons do Céu por muito tempo haviam estado dentro do seu alcance; contudo, voltando-lhes as costas, ao contrário cobiçara as riqueza do mundo. E agora os ocultos anseios do seu espírito avaro levaram-no a render-se a uma dominante tentação (Profetas e Reis, pág. 251).

Geazi teve anos de oportunidade para desenvolver a atitude de abnegação que luta contra sua condição de ser inclinado para o pecado. Ele teve o privilégio de se tornar um "porta-estandarte", em contraste com a queda abaixo da norma, e errar o alvo. Em vez disso, os 'desejos ocultos de seu espírito avarento' saltaram adiante espontaneamente, por assim dizer. Por quê? Porque ele falhou em atender aos sussurros do Espírito para ambicionar o melhor dom — Ágape. (1ª Cor.12: 31 e 13:13). Irmãos e irmãs, um caminho de escape foi feito pelo nosso Amante divino, pois a iniquidade de todos nós foi colocada sobre Ele. Permita que Ele "veja o fruto do trabalho da Sua alma e fique satisfeito ..." (Isaías 53:11,12).

—Raul Diaz

O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois ,localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Lição 11, A Viúva de Sarepta - O Salto de Fé, por Ann Walper

Nós todos somos como Geazi. Incapazes de discernir o importante do periférico. Estamos tão fascinados com nós mesmos e as coisas deste mundo que somos cegos para "a boa parte" que Jesus elogiou Maria por procurar (Lucas 10:38-42). A testemunha fiel nos deu um aviso solene sobre a nossa condição em Apocalipse 3:17-19.

Ao longo de seus anos de trabalho como servo de Eliseu, e provável profeta em formação, Geazi não parece ser capaz de desenvolver o discernimento espiritual necessário, que iria tê-lo preparado para a missão a que Deus o estava chamando. Tendo diante de si o ouro da fé, e as vestes brancas da justiça de Cristo, em vez disto Geazi escolheu a prata de um rei terreno e "veste babilônica." Somos lembrados do pecado de Acã que trouxe desastre em Ai (Josué 7:1 – 26).

"Sabei que o vosso pecado vos há de achar" (Num. 32:23). Aquele que "é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Heb. 4:12) procurou dar a bênção do arrependimento a Geazi, mas ele recusou. Ele estava cego para a profundidade do pecado, que residia em seu próprio coração. Encontramos um outro homem na mesma condição. Hazael, cujo nome significa "Deus viu." Ele era um funcionário real de Ben-Hadade II, que foi enviado a Eliseu para saber se o rei de Damasco iria sobreviver a sua doença (2º Reis 8:7-10).

Quando informado sobre a profundidade do pecado desconhecido que residia em seu coração, Hazael "não conseguia acreditar que ele seria capaz de fazer as coisas indizíveis que o profeta Eliseu tinha discernido que seria capaz de fazer" (vs. 12, 13). "Hazael estava sinceramente inconsciente do que estava enterrado em seu próprio coração. Da mesma forma, estamos sinceramente inconsciente de nossas verdadeiras motivações, para além da convicção do Espírito Santo" (Robert J. Wieland, The Knocking At the Door , [A Batida à Porta], pág. 30). Tivesse Acã sido confrontado com a realidade de que através do seu pecado, ele prejudicaria o andamento da conquista da Terra Prometida, ele teria negado com veemência (ver Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 89, 90 e 492, 493).

"A lei de Deus atinge os sentimentos e motivações, bem como os atos exteriores. Ela revela os segredos do coração, lança luz intermitente sobre as coisas antes enterradas na escuridão. Deus conhece cada pensamento, cada efeito, cada plano, cada motivo. Nos livros de registro do céu estão lançados os pecados que teriam sido cometidos se houvesse oportunidade. Deus há de trazer o juízo toda obra, com cada coisa em segredo. "(Ellen G. White, Signs of the Times de 31 de julho1901). Pessoalmente, acreditando que Deus deseja produzir uma tal profunda limpeza dos nossos sentimentos e motivações, e Lhe permitindo realizá-lo, nos prepara para o necessário arrependimento corporativo que irá remover o empecilho que dificulta a chuva serôdia.

Arrependimento Corporativo não significa se arrepender dos pecados cometidos por outra pessoa, quer os pecados estejam no passado ou futuro. Nem o arrependimento corporativo envolve um voto legislativo de arrepender-se "em favor da" rebelião de qualquer outra pessoa contra Deus. Arrependimento corporativo é a bênção de ver a verdadeira condição do nosso coração, que todos temos dentro de nós, a mesma raiz oculta do pecado que abertamente se manifestou em outros. Quando percebemos o horror do pecado em nós mesmos, isso significará morte do "eu" (veja 2ª Coríntios 5:14, 15;. Gal. 2:20;. Rom. 6: 4 - 7).. Uma vez que compreendamos a profundidade do pecado que habita em nosso coração, então podemos realmente nos arrepender corporativamente pela continuada resistência da "mui preciosa mensagem" que atrasou a volta do Senhor, já por mais de 120 anos. Então, estaremos prontos para receber o selo do Deus vivo em nossos corações, e Apoc. 14: 12 pode ser cumprido (veja Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 214, 217).

"Nós ficamos felizes por ter o sangue do Cordeiro provido o cancelamento do registro legal nos livros do Céu sem a lei estar escrita no coração. ... Por muitos anos temos orado pela chuva serôdia, mas a chuva serôdia nunca pode vir até que entendamos o que a primeira chuva (*temporã) fez ... A chuva serôdia nos permitirá ver e ouvir e saber o que agora resistimos. O Espírito Santo vai trazer uma mensagem e confirmar a mensagem que expõe todo engano e revela toda a apostasia e torna a glória de Deus manifesta" (Donald K. Short, “Then Shall the Sanctuary Be Cleansed,” Então o Santuário Será Purificado, pág. 89).

Nós não somos diferentes de Geazi. A ele foi oferecido o arrependimento, quando Eliseu o confrontou em seu retorno do encontro com Naamã, mas ele se recusou a ver o seu pecado. É hora de nós percebermos nossa situação precária e nossa grande necessidade de arrependimento. Só quando formos humilhados ao pó, ao pé da cruz, é que poderemos concluir a obra que Deus nos chamou a realizar. Sob o poder prometido da Chuva Serôdia, nós então iremos declarar aos oprimidos, habitantes solitários do mundo, que há um Consolador e O mais querido companheiro, Jesus Cristo, nosso Redentor e Senhor. Só Ele pode satisfazer todos os desejos do nosso coração e nos dar a felicidade eterna.

—Ann Walper

A irmã Ana Walper é uma adventista dedicada à pesquisa bíblica e às atividades da igreja. Atualmente ela é diretora dos departamentos de liberdade religiosa; escola sabatina; saúde e temperança, e é coordenadora de uma das unidades evangelizadoras da escola sabatina. É também ativa instrutora bíblica. Profissionalmente é enfermeira padrão, e durante as férias escolares ela trabalha como enfermeira voluntária em acampamentos da juventude adventista nos estados de Tenneessee e Kentucky nos EUA. Ela é também escritora independente já por 16 anos em jornais de sua cidade sobre as boas novas de Cristo e Sua Justiça.