sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Lição 5, Culpa, por E. G. White; A. T. Jones, e E. J. Waggoner

Para a semana de 22 a 29 de janeiro de 2011

Prezado irmão, esta semana, relacionado com o tema da CULPA, neste arquivo, lhe apresentamos os seguintes artigos, com as fontes constantes dos mesmos:

1º) "Nota Editorial", de Alonzo T. Jones;

2º) "A Observância dos Mandamentos," também de Jones;

3º) págs. 53 e 54 do livro “O Evangelho no Livro de Gálatas,” de Ellet J. Waggoner;

4º) “A Consciência Inquieta,” também de Waggoner,

5º) alguns pensamentos de Ellen G. White,

Nota: Ellen White, apenas em “Materias Sobre 1888,” publicado em 1987 pela Conferência Geral, em 4 volumes, com 1821 páginas, emitiu 336 endossos às mensagens e pessoas dos dois mensageiros de 1888. Até então só era do conhecimento da membresia textos como os de Testemunhos para Ministros, págs. 91 e seguintes, e Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 234 e 235. De outras fontes temos mais 38 endossos, totalizando 374, emitidos entre 1888 e 1896.

OFERTA GRATIS: Se você quer uma cópia da relação dos 374 endossos, acima referidos, mande-nos um envelope endereçado a você mesmo, e com o nosso remetente, selado para o peso de 4 folhas A4. Nosso endereço físico:

João S. Silveira, Rua João E. Caldeira Brant, 45, 31710-200, BHte

"Nota Editorial", de Alonzo T. Jones

Você já pensou cuidadosamente sobre o que está envolvido nessa declaração a respeito de Jesus, que ‘o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos?’ (*Isa. 53:6, ú.p.)

‘Iniquidade’ é desigualdade, ou desonestidade, e significa ‘todo afastamento da justiça de Deus, e da lei de Deus.’ É uma palavra que cobre o mesmo terreno que a palavra ‘pecado’. Iniquidade, ou pecado, é acompanhado de culpa. De acordo com a medida do sentimento de culpa, e de acordo com o grau de sentimento de culpa, é o sentido da condenação.

Separar o pecado de todo sentimento de culpa e de condenação, seria apenas destruir todo o sentido real do pecado, e, assim, seria anulá-lo por uma questão de consciência ou pensamento inteligente. Portanto, quando se diz de Jesus que ‘o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós’, (*é como se dissesse) que toda a consciência de todos os pecados, e toda a culpa e condenação que atribui à consciência de todos os pecados, "de todos nós", foi ‘colocada sobre Ele.’

Pense no sentimento de culpa e condenação que repousava sobre você, na consciência dos pecados que têm sido mais vividamente trazidos a sua alma. Então pense que a consciência de Cristo do pecado era bem mais clara e intensa que a sua, como a mente e vida dEle eram mais puras e espirituais do que as vossas, e que, de acordo com o grau de consciência do pecado é o sentimento de culpa e condenação: então você vai começar a ter uma idéia do que [Cristo sentiu] quando o Senhor fez cair sobre Ele todas as iniquidades de todos nós. Depois pense n'Ele, carregado com essa intensidade de consciência de todos os pecados de todos os homens, e ... também com o ônus de toda a culpa e condenação que inevitavelmente acompanha a consciência do pecado, e você poderá começar a formar uma concepção da desvantagem terrível sob a qual Cristo seguia o caminho adiante de nós.

Todo esse pecado, com toda a sua consequente culpa e condenação, foram imputadas a Ele — foram feitas Sua própria, como se Ele tivesse realmente cometido tudo, e foi justamente o sentimento de culpa e da condenação de tudo. Assim, Ele foi feito ‘para ser pecado por nós’; assim, Ele foi feito ‘em todas as coisas’ ‘semelhante aos irmãos‘, e assim Ele foi atingido com a maldição que deve legitimamente explodir o pecado, e assim também, Aquele em Quem o pecado é encontrado. Assim, carregado, de fato, com os pecados do mundo, Ele, na fraqueza da carne humana, trilhou o caminho onde Adão falhou. Sua provação foi tanto maior do que foi a de Adão, como foi a extensão a qual a raça tinha se degenerado a partir da condição de Adão quando foi tentado. E a Sua prova foi tanto maior do que aquela que poderia ser chamado a suportar, como os pecados de todos são mais do que os pecados de uma pessoa, e como sua consciência da natureza do pecado foi mais ampla e mais intensa do que a nossa é, ou poderia ser. E, no entanto, sob esta enorme desvantagem, Ele, neste mundo, e na fraqueza da carne humana, foi fiel a Deus, e venceu o mundo.

“Então, com este encorajamento,... chega até nós a Sua triunfante palavra, ‘Tende bom ânimo, Eu venci o mundo!’ (*João 16:33, ú.p.). (Alonzo T. Jones, em Advent Review and Sabbath Herald [Revista do Advento e Arauto do Sábado]. de 11 de outubro de 1898. No volume encadernado está à pág. 650, 1-12)

— Alonzo T. Jones

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A Observância dos Mandamentos, por Alonzo T. Jones

É a disposição natural do homem tratar transgressores como eles merecem, para retribuir a eles, mal por mal; para ‘ensinar-lhes uma lição.’ E essa disposição é tão natural ao homem, é tão inteiramente sua, que é difícil para ele imaginar que é realmente a disposição de Deus tratá-lo melhor do que ele merece. Os homens pensam que Deus quer tratá-los como eles merecem. Eles pensam de Deus como se Ele estivesse à espera de uma oportunidade de tratá-los totalmente, e por vingança, como merecem. Assim, eles têm medo de que Ele assim agirá, e assim têm medo dEle. Mas Deus não é assim, esse não é o Deus revelado na Bíblia. Ele é misericordioso cheio de disposição para tratar transgressores melhor do que eles merecem. É da Sua própria natureza, assim agir, e Ele nunca pode fazer o contrário, pois, a fim de fazer o contrário, Ele teria que deixar de ser o que Ele é, e deveria, portanto, deixar de ser Deus.

Mas esse é apenas um item de seu glorioso nome... ‘misericordioso, e abundante em bondade e verdade’ (*Exodo 34:6, ú.p., KJV, veja também Salmo 86:15). E essa misericórdia é especialmente para que niguém se perca. ‘Não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se’ (*2ª Pedro 3:9, ú.p.). Assim, ‘a longanimidade de nosso Senhor é salvação’ (*2ª Pedro 3:15, KJV), e desde que a Sua longanimidade é salvação, Seu nome, então, é salvação. Isto é o que Ele é, e Ele não pode ser outra coisa. ‘Que guarda a beneficência em milhares’ (*Exodo 34:7) E não se trata simplesmente de milhares de milhares, mas milhares de gerações, pois está escrito: ‘Saberás, pois, que o Senhor teu Deus, Ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos’ (*Deut. 7:9).

"Que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado" (*Exodo 34:7). Note-se que não está escrito: ‘Eu vou perdoar’, mas, Ele é ‘perdoador’. Não é dito, nem mesmo sob a forma de uma promessa, como se dissesse, ‘Eu vou perdoar,’ afirma-se sob a forma de uma realidade presente: Ele ‘perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado.’ Note também que isto não é apenas o que Ele está FAZENDO, mas É O QUE ELE É, na Sua própria natureza e caráter. Ser eternamente perdoador é a Sua própria essência, e Ele não pode ser outra coisa, pois Ele é Deus.

‘E, diante do Qual ninguém está livre da culpa’. Nossa tradução comum desta frase é muito pobre, fazendo o Senhor dizer que Ele "ao culpado não tem por inocente" (*Exodo 34:7)., quando todos os pensamentos da Bíblia, desde a queda do homem até o fim, é que Ele PERDOA ao culpado; que Ele deseja salvar a todos, pois todos são culpados. Porque ‘tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus, ... mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; isto é a justiça de Deus, pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem, porque não há diferença. Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus’ (*Rom. 3: 19, e 21 - 23.

O verdadeiro sentido é dado na tradução alemã: ‘Perante Quem nenhum homem é inocente.’ E a Vulgata (tradução do latim) expressa o pensamento de que "nenhuma pessoa é inocente por, ou, de si mesma, diante de Deus.

Este é o seu nome. E está escrito: ‘Portanto o Meu povo saberá o Meu nome’ (Isa. 52:6). E isso é conhecido em Cristo, pois quando Ele veio ao mundo no lugar do homem, Ele disse: ‘Declararei o Teu nome aos Meus irmãos’ (*Salmo 22:22 e Heb. 2:12). Só assim poderá o nome de Deus ser conhecido. Saber Seu nome é conhecê-Lo. Portanto, só assim pode ser conhecido, como está escrito: ‘ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar’ (Mat. 11:27).

O conhecimento de Deus só é obtido por meio da revelação, e Jesus Cristo é a única revelação de Deus. Saber o nome de Deus, conhecer a Deus como assim revelado, para adorá-Lo de acordo com esta revelação, para tê-Lo, e a Ele somente, como Deus, amando-O com todo o coração, e toda a alma, e toda a mente, e toda a força,— isso, e isso somente, é a verdadeira guarda do primeiro mandamento. (Alonzo T. Jones, em Advent Review and Sabbath Herald [Revista do Advento e Arauto do Sábado]. de 12 de fevereiro de 1901. No volume encadernado está à pág. 104.28).

Mas quando Ele é assim conhecidoconhecido como Ele é reveladoquem quer que assim O conhece nunca deseja qualquer outro deus, e assim, prezeirosamente, guarda o primeiro mandamento.

E assim, enquanto que sem Cristo, o primeiro mandamento fala em voz firme de reprovação e condenação, em Cristo ele é transformado em bem-aventurada e gloriosa promessa cumprida: ‘Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão’ (*Exodo 20:2).

— Alonzo T. Jones


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O Evangelho no Livro de Gálatas, por Ellet J. Waggoner

Por favor, me digam, o que faz o sentimento de culpa na consciência do homem? Paulo diz que ‘pela lei vem o conhecimento do pecado’ (*Rom 3:20, ú.p.). Encontrou você alguma coisa, além da lei de Deus, que fará um homem consciente de sua condição pecaminosa? Se a consciência tem o poder em si mesma para fazer um homem consciente de sua culpa, que função, por favor me diga, tem a lei? Qual é o uso da lei, se a consciência somente convence do pecado? E se a consciência possui a qualidade de fazer um homem consciente de sua culpa, porque é que todos os homens não são igualmente conscientes da culpa? A razão, e a única razão que pode ser dada, é que alguns homens são melhores instruídos na lei do que outras. Você não pode escapar à conclusão de que é a lei que produz o sentimento de culpa na consciência do homem, pelo qual ele é conduzido a Cristo, a menos que você negue que pela lei vem o conhecimento do pecado. Uma vez que é o sentimento de culpa na consciência do homem que faz ele ir a Cristo, e só a lei pode produzir um sentimento de culpa, é, enfáticamente, a lei que leva os homens a Cristo. Essa é a função da lei para os pecadores — oprimi-los com um sentimento de culpa, e, assim, levá-los a Cristo, para que eles possam ser justificados pela fé. É verdade, os dez mandamentos não dizem nada sobre Cristo, mas o sentimento de culpa fala na consciência do homem algo acerca de Cristo? Ou seja, cada homem tem, naturalmente, um conhecimento de Cristo? Claro que não. Mas a lei produz no homem uma consciência de culpa. A lei faz isso apenas pela operação do Espírito, é claro, pois a palavra de Deus é a espada do Espírito. Mas quando a lei, por meio do Espírito, produziu esse sentimento de culpa, o homem sente-se oprimido e procura alívio de sua carga, e é forçado a ir a Cristo, porque não há outro lugar ao qual ele possa ir. Na tentativa de evitar minha conclusão, você tem, na citação acima, deliberadamente caminhado a ela. Não há mais nada que você possa fazer” (Ellet J. Waggoner, The Gospel in the Book of Galations [O Evangelho no Livro de Gálatas], pág. 53,4, 1888).

Ellet J. Waggoner

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"A Consciência Inquieta," por Ellet J. Waggoner

Quão temerosa, por vezes, a mais obscura consciência está no conhecimento de sua culpa, é demonstrado pelas notas de um viajante russo nas regiões inexploradas da Ásia Central. Os nativos tinham um mito de que "qualquer artigo da Rússia, em caso de roubo, iria, imediatamente, começar a gritar, 'eu estou aqui', até que fosse resgatado"

Este povo, chamado tungus, cumprimentam os outros colocando a língua para fora, e despedem-se batendo juntos a cabeça em silêncio. ‘Como eles nunca tomam banho, e raramente trocam de roupas, este costume tem outras desvantagens. No entanto, esses tungus, ignorantes e sujos, têm o suficiente da lei escrita em seus corações, por natureza, de modo que suas consciências os acusam e os aterrorizam quando desejam roubar algo dos russos. (Ellet J. Waggoner, na revista A Verdade Presente, edição inglesa, de 26 de julho de 1894, na edição encadernada, pág. 468,7 e 8}.

Cristo carrega o fardo da culpa do mundo, e o carrega facilmente. Nosso pecado nos esmaga e nos pressiona para baixo até à destruição, mas Ele traga a morte na vitória (*ref. a 1ª Cor 15:54, ú.p,).. Embora o pecado O tenha levado à morte, entretanto Ele ressuscitou dentre os mortos com o frescor da vida eterna. Quem sabe disso, e crê na verdade, que Jesus Cristo veio em carne, vai, sem dúvida, deixar cair o fardo totalmente sobre Ele, que é capaz de suportá-lo e, assim, ficará livre.

Portanto, quando confessamos o pecado a Deus, não estamos Lhe dizendo nada de novo. Estamos simplesmente concordando com a Sua Palavra. Ele sabia de tudo antes, mas Ele quer que sejamos confidentes com Ele. Ele é um amigo fiel, e não vai trair os nossos segredos. Pelo contrário, Ele mesmo irá esquecer nossos erros, apagando-os, de modo que mesmo o nosso adversário, o diabo, não conseguirá encontrá-los, para insultar-nos com eles. A única maneira de escondê-los do mundo, é confessá-los a Deus” (ídem, edição de 29 de outubro de 1896 pág. 690,3 e 4).

Deus não imputa aos homens as suas ofensas (*2ª Cor. 5:19; Heb. 8:12, e Rom. 4:8), Ele as leva sobre Si mesmo. Cristo foi, em todas as coisas, feito semelhante a seus irmãos, ‘para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo,’ Heb.2:17. Ele Se põe completamente no lugar do pecador, a ponto de tomar toda a culpa do pecador sobre Si mesmo. Este é o modo como Ele reconcilia. Ele nos convida a olhar para Ele (*Isa. 45:22), na mesma situação que nós; fraco e tentado como nós somos. Assim, Ele estabelece um vínculo de simpatia, e, tendo ganho a nossa confiança, não Se colocando acima de nós, nem nos olhando com desprezo, Ele nos mostra o caminho da salvação. (ídem, de 12 de maio de 1898, pág. 292,6}

Você sabe o que é culpa, não é? É a mancha do pecado. Agora, de todos aqueles que têm o nome do Pai escrito nas suas testas, somos informados que ‘na sua boca não se achou engano, porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus’ (*Apoc 14:5). Assim, quando Deus diz que não devemos tomar Seu nome em vão, Ele está nos prometendo tornar-nos inocentes, ‘sem culpa’. Ele terá ‘por inocente’ quem não tomar Seu nome em vão, porque a Sua própria imagem perfeita será vista em todos esses. (idem, de 20 de junho de 1901, pág 395,4).

"’O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente’. Naum 1:3. Nenhuma pessoa culpada pode escapar da ira de Deus. Como, então alguém poderá escapar da morte eterna, pois ‘todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus?’ (Rom. 3:23). Somente por terem a sua culpa tirada pelo sangue do Cordeiro de Deus. Se não formos a Cristo, nunca podemos ter a vida, mas se Ele ‘para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação’ (*1ª Cor. 1:30), Ele também vai ser para nós "redenção". (Ellet J. Waggoner, SITI de 1º de janeiro de 1885, pág. 6,25).

Ellet J. Waggoner


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Pensamentos Ellen G. White:

Repita várias e várias vezes ao longo do dia, ‘Jesus morreu por mim. Ele me viu em perigo, exposto à destruição, e derramou a Sua vida para me salvar. Ele não vê a alma como uma tremenda suplicante prostrada a Seus pés sem piedade, e Ele não deixará de levantar-me.’ Ele tornou-Se o advogado para o homem. Ele levantou os que crêem nEle, e colocou um tesouro de bênção à sua disposição. Os homens não podem conceder uma bênção sobre seus companheiros, eles não podem remover uma mancha de pecado. É só o mérito e a justiça de Cristo que têm qualquer valor e isso é colocado à nossa disposição em rica plenitude. Podemos clamar a Deus a cada momento. À medida que nos voltamos para Ele, Ele responde: ‘Aqui estou’. (Manuscript Releases, nº e 19, pág. 214,2)

“Cristo Se proclama nosso intercessor. Ele quer que nós saibamos que Ele graciosamente Se dispos a ser o nosso Substituto. Ele coloca o Seu mérito no incensário de ouro para o oferecer com as orações de Seus santos, para que as orações de Seus queridos filhos possam ser misturadas com os fragrantes méritos das perfeições de Cristo, ao elas subirem para o Pai na nuvem de incenso. {19MR 215,1}

“O Pai ouve a oração de todos os Seus filhos arrependidos. A voz de súplica da terra se une com a voz do nosso Intercessor que invoca no céu, cuja voz, o Pai sempre ouve. Elevemos, pois nossas orações continuamente a Deus. Que elas não subam em nome de qualquer ser humano, mas em nome d'Aquele que é nosso Substituto e Penhor. Cristo nos deu Seu nome para usar. Ele diz: ‘se pedirdes em Meu nome’ (*João 14: 13 e 14). Oremos com fé. Não vacilemos, mas avançemos de força em força, de carater em caráter, de vitória em vitória. (Manuscript Releases, nº e 19, pág. 215.1, pág. 215,2, pág. Carta 92, 1895.

Ellen G. White

Lição 5: "Culpa," por Paul E. Penno

Para a semana de 22 a 29 de janeiro de 2011

Existem dois tipos de "culpa". A culpa de Adão foi cancelada pela cruz. A culpa corporativa do nosso pecado de incredulidade no assassinato de Cristo pode ser curada por arrependimento corporativo.

"O ato da graça de Deus," na cruz de Cristo, cancelou a culpa do pecado de Adão para toda a raça humana. Em outras palavras, a cruz "está fora de qualquer proporção com relação ao pecado de Adão" (Rom. 5:15, Versão Revisada Inglêsa).

"O efeito do pecado daquele único homem" foi devastador para a sua posteridade, “pois a ação judicial, após aquele delito, resultou em um veredicto de condenação" (v. 16). “O resultado de uma só ofensa foi a condenação para todos os homens" (v. 18). Muito embora não houvesse nenhuma lei escrita dos dez mandamentos, a consequência natural do pecado foi uma letal, auto-condenação, que eliminaria a raça. Os princípios morais de Deus foram escritos nas células do cérebro de Adão, e a culpa após a sua rebelião teria sido catastrófica.

A culpa do pecado de Adão (chamada por Santo Agostinho de "pecado original") foi imputada a Cristo. A cruz, que é "o ato da graça", "resultou em um veredicto de absolvição" (v. 16). "... O resultado de um ato justo é absolvição e vida para todos" (v. 18). Assim, aquele "único ato de justiça" eliminou a condenação do pecado de Adão e deu a "absolvição e vida para todos" os seus filhos.

A visão de 1888 é que a cruz carimbou o pecado de Adão com a palavra "inexistente." A vida temporal presente que todos gozam está livre da culpa mortal do pecado de Adão, por força da cruz. O dom da vida e da absolvição excedeu em muito a presente vida de provação. É uma vida de estágio (*experimental durante a vida de cada homem) sem culpa ancestral. É uma vida temporária em que o dom da vida eterna foi colocado nas mãos de cada pessoa, para eles o "receberem" com um coração grato, também conhecido como fé (João 1:12).

Mas a que preço foi essa liberdade comprada? Ela foi comprada pelo precioso sangue de Cristo. E é justamente aqui que precisamos entender nossa culpa corporativa pelo nosso pecado desconhecido de crucificá-Lo. É imperativo que "a terra" seja "iluminada com Sua glória" (Apoc. 18:1). Para que isso ocorra "toda a boca" deve ser "fechada", e "todo o mundo" deve ser "condenável diante de Deus" (Rom. 3:19).

A cruz foi a condenação de Deus sobre o pecado. Referindo-se à Sua cruz, Jesus disse: "agora é o juízo deste mundo" (João 12:31). Jesus suportou o peso devastador do pecado do mundo. "Ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado" (Isaías 53:10). "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição por nós" (Gálatas 3:13).

Nós O colocamos nessa posição. Nosso pecado corporativo e consequente culpa encheram a alma de Jesus com auto-condenação. "Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, que tão amargo tornou o cálice que Ele sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus "(O Desejado de Todas as Nações, pág. 753).

É agora, em nossos dias, nesta importante hora da história da Terra, que Cristo deve ser “levantado da terra" a fim de atrair todos a Cristo (João 12:32). Até então, a cruz não foi devidamente entendida como o julgamento do mundo. Desconhecida para todos nós é a culpa de perpetrar a morte do Filho de Deus que carregou a nossa justa, letal condenação pelo pecado.

Nossa culpa pela crucificação de Cristo deve ser distinguida do nosso suportar a condenação por este pecado de todos os pecados. Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, (João 3:17). Isto é exatamente o que Paulo escreve em Romanos 5, onde a nossa culpa corporativa com o pecado de Adão foi anulada pelo "ato da graça" (Rom. 5:16).

No entanto, é absolutamente essencial para a nossa, até aqui desconhecida, participação na crucificação de Cristo ser revelada à nossa consciência, para que possamos ser curados de nossa culpa. O Espírito Santo "convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em Mim" (João 16:8, 9). O maior pecado é a incredulidade. O grande pecado é a negação pessoal da responsabilidade pela crucificação de Cristo.

A crucificação de Cristo não foi pecado dos judeus e dos romanos, é o pecado de todos nós (O Desejado de todas as Nações, pág. 745, e Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 38). O pecado que teve lugar em 1888 não é pecado daqueles irmãos que estiveram em Mineápolis, é o "nosso" pecado; nós participamos de uma humanidade comum.

Paulo entendeu como todos nós compartilhamos a culpa de "todo o mundo," ao dizer: "todos pecaram." “A morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Rom. 5:12). "Nenhum de nós é naturalmente melhor do que ninguém. Como todos os leões são, por natureza, devoradores de homens, assim todos os seres humanos estão, por natureza, em 'inimizade com Deus ", pois" todo aquele que odeia seu irmão é um assassino "automaticamente, todos nós somos' iguais ', por natureza, culpados da crucificação do Filho de Deus" (Robert J. Wieland, Grace on Trial,[A Graça Sob Julgalmento], Ed. de 2001, págs 69, 70;.).

Por esta razão não devemos condenar nem criticar os irmãos de 1888, e nunca devemos, em, justiça própria, nos retirar desta verdadeira igreja remanescente. Fazer isso é cair na cilada de Satanás, e que possa você ter o bom senso para excluir-se dessa armadilha, ou você vai realmente perder a sua alma.

Esta verdade de culpa corporativa e arrependimento corporativo está implícita na mensagem da justiça de Cristo, quer seja o modelo de 1888 ou o de Paulo, de há muito tempo. "Em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum" (Rom. 7:18). Injustiça habita na carne. É por isso que Paulo diz que não devemos colocar nenhuma "confiança" nela.

Quanta injustiça (*habita na carne)? Carlos Wesley responde: "Eu sou todo injustiça" (talvez ele tenha tido um lampejo de culpa corporativa, quando escreveu "Jesus, amante da minha alma")1.

E Ellet J. Waggoner deve ter visto isto, pelo menos embrionariamente, na "visão" que ele teve, em 1882, que se tornou a raiz principal da inteira mensagem de 1888. Ele viu a Cristo crucificado por ele e, em consequência, percebeu que ele era todo o mundo e seu pecado (O Concerto Eterno, pág. 9;. edição. de 2002).

Mas, será que a profecia indica que a igreja IASD, que rejeitou o gentil apelo de seu Divino Amor, em 1888, como apresentado em uma Sessão da Conferência Geral da organização, corporativa, denominada igreja, vai, finalmente, rejeitar a verdade depois que seu desvio (*da verdade) e desilusão forem completos? Se o caráter do Corpo denominacional, para se tornar um dia a noiva, é, basicamente, desonesto, não teria Deus a rejeitado após 1888?

Por outro lado, se o seu pecado é uma tolice e um equívoco, como é prefigurado na profecia de Cantares de Salomão 5,2 e não desonestidade básica, não se segue que após uma desilusão completa ela vai reafirmar sua honestidade de caráter, que a motivou, no início, a aceitar (*e pregar) as formas doutrinarias das três mensagens angélicas, e humilhar o seu coração em arrependimento e contrição?

Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior.

Notas do tradutor:

1) Referência ao famoso hino de Carlos Wesley (1707-1788), nº 380 de atual Hinário Adventista, “Ó Amante de Minha Alma”; hinos 489 e 490 do Hinário Adventista Americano;

2) Pelo princípio de interpretação bíblica do paralelismo, podemos identificar, com precisão, que Cantares de Salomão cap. 5, é uma profecia do desapontamento de Cristo em 1888, por um insensato equívoco da noiva em rejeitar o Noivo momentaneamente.

Veja, na septuaginta, em Cantares 5, aparece a repetição “batendo, batendo,”

E, paralelamente, em Apoc. 3:20, no grego, temos “batendo, batendo.”


Lição 5, Culpa, por João S Silveira

Duas são as consequências do pecado:

A primeira é a maldição do pecado que produz a primeira morte; é o resultado do pecado;

A segunda é a penalidade do pecado que é a segunda morte, é a consequência da culpa do pecado.

Quando falamos de pecado é importante pois, distinguir entre resultado do pecado e culpa do pecado.,

Temos a maldição — os resultados inerentes ao pecado — que os seres humanos, animais e toda a natureza em geral experimentam, que é a maldição do pecado, que leva à morte— a primeira morte.

Por outro lado, temos a culpa, que leva à penalidade do pecado — a segunda morte, que foi paga por Jesus Cristo na cruz do calvário. Se crermos na salvação dEle, nós nunca padeceremos a segunda morte.

A expiação cobre estas duas consequências do pecado:

1º) Abrange a culpa, através do perdão. A justificação, a salvação, o evangelho, e a santificação etc. aplicam-se, particularmente as questões relativas à culpa, à penalidade e ao juízo final, e,

2º) A expiação também ameniza os males resultantes do pecado, por recriar e restaurar o que a maldição do pecado tem causado.

É fundamentalmente por causa da falta de compreensão desse princípio, que muitas pessoas entendem que a declaração divina do Êxodo 20:5, de que Deus visita "a maldade dos pais nos filhos", é contraditória com Sua afirmação em Ezequiel 18:20, de que "o filho não leva iniquidade do pai".

O senhor nos deu uma claríssima compreensão dessa distinção entre consequências e culpa, no livro “Patriarcas e Profetas”, pág. 306:

"É inevitável que os filhos sofram as consequências das más ações dos pais, mas não são castigados pela culpa deles, a não ser que participem de seus pecados. Dá-se, entretanto, em geral, o caso de os filhos andarem nas pegadas de seus pais. Por herança e exemplo os filhos se tornam participantes do pecado dos pais. Tendências erradas, apetites pervertidos, e moral vil, bem como enfermidades físicas e degeneração, são transmitidos como um legado de pai a filho, até a terceira e quarta geração".

Portanto, colhemos os resultados, as consequências dos pecados de nossos pais no nascimento, mas não partilhamos de sua culpa até escolhermos partilhar de seus pecados. Assim, todos sofremos as consequências do pecado de Adão, as tendências erradas, envelhecimento moral, doenças físicas e degeneração e, finalmente, a primeira morte. Mas não sofremos a penalidade do pecado de Adão. Note esta importante declaração:

"Os filhos não são castigados pela culpa dos pais, a não ser que participem de seus pecados".

E, de "O Conflito dos Séculos". Págs. 27 e 28 ouvimos:

"Muitos havia ainda entre os judeus que eram ignorantes quanto ao caráter e obra de Cristo".

A serva do Senhor esta falando aí de algum tempo após a ascensão de Jesus, antes da destruição de Jerusalém no ano 70 de nossa era.

"E os filhos não haviam gozado das oportunidades nem recebido a luz que seus pais tinham desprezado. Mediante a pregação dos apóstolos e de seus cooperadores, Deus faria com que a luz resplandecesse sobre eles; ser-lhes-ia permitido ver como a profecia se cumprira, não somente no nascimento e vida de Cristo, mas, também, em sua morte e ressurreição. Os filhos não foram condenados pelos pecados dos pais; quando porém, conhecedores de toda a luz dada a seus pais, os filhos rejeitaram a luz que lhes fora concedida a mais. Tornando-se, assim participantes dos pecados daqueles, encheram a medida da iniquidade de Deus".

Por causa de envolvimento pessoal, de compreensão individual, a culpa foi-lhes atribuída.

Nossa condenação procede da escolha espontânea de seguir veredas pecaminosas, as pisadas do primeiro homem, em clara oposição ao "assim diz o senhor", preferindo exercer a nossa natureza pecaminosa.

"Nenhum homem pode ser forçado a transgredir. É preciso primeiro seu próprio consentimento; a pessoa tem de propor-se a praticar o ato pecaminoso; antes de a paixão poder dominar a razão, ou a iniquidade triunfar sobre a consciência. A tentação, por forte que seja, nunca é desculpa para o pecado" (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 177).

"Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados" (Hebreus 10:26).

"Se houvesse luz a respeito, e essa luz fosse rejeitada, então haveria condenação e o desagrado divino, mas antes que a luz venha, não há pecado, pois não existe luz rejeitada" (Testemunhos para a Igreja, vol. I, pág. 116).

Note que pecado não é algo recebido por herança.

A culpa não procede da natureza, mas é resultado de conhecer o que é o certo e praticar o errado.

É rebelião proposital contra Deus.

Tenha presente, irmão, em sua mente, que não seremos responsáveis pela luz que não conhecemos, mas por aquela a qual temos resistido e rejeitado.

"Nós não seremos tidos por culpados por luz que não atingiu nossa percepção, mas por aquela a qual resistimos e recusamos. Um homem não pode captar uma verdade que nunca lhe foi apresentada, e, portanto não pode ser condenado por luz que nunca teve" (Comentário Bíblico, vol. 5 da série SDABC, pág. 1145)

O livro de Atos contém uma passagem que intrigou muitos do povo de Deus através dos anos:

"Mas Deus, não levando em conta todos os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens, em todo lugar se arrependam" (Atos 17:30).

Se considerarmos, todavia, essa passagem à luz do que a mensageira de Deus nos falou, e dos ensinamentos de Jesus, descobriremos seu claro significado.

"A luz manifesta e condena os erros que se ocultavam nas trevas; mas, ao chegar a luz..., a vida e o caráter dos homens devem mudar correspondentemente, para com ela se harmonizarem. Pecados que eram outrora cometidos por ignorância, devido à cegueira do espírito, já não podem continuar a merecer condescendência sem que se incorra em culpa". (Obreiros Evangélicos, pág. 162).

Uma vez que sabemos que nossos atos são errados, nós nos tornamos culpados se nos mantivermos entregando à pratica deles.. Mas antes de o sabermos, não éramos culpados. Após compreendermos, sim! Nós somos culpados. A culpa está, pois ligada, a escolha e ao conhecimento.

Há culpa em pensamentos ou desejos maus?

A "nova teologia" (que é em realidade nada mais que teologia protestante, a qual, por sua vez, é meramente catolicismo agostiniano) ensina que há culpa no desejo, mesmo quando resistido através do exercício da vontade.

Um dos primeiros proponentes desse ensino dentro da igreja Adventista do Sétimo Dia declarou, abertamente: "Há culpa nos maus desejos, mesmo quando dominados pela vontade".

Todavia, a palavra de Deus diz:

"Cada um, porém, é tentado e atraído quando engodado pela sua própria concupiscência, então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte". (Tiago 1: 14 e 15). Aqui vemos um desenvolvimento, partindo-se do desejo, e praticando-se o próprio pecado.

"O pecado de se falar mal começa com o afagar-se pensamentos perniciosos... Um pensamento impuro tolerado, um desejo não santificado, acariciado, e a alma é contaminada, sua integridade comprometida" (Testemunhos para a Igreja, vol.5, pág. 177, grifamos).

Por favor, note a diferença. É a tolerância de pensamentos impuros, é o amimar os desejos não santificados que constitui o pecado e a contaminação. Não é certo dizer-se que há pecado no desejo de pecar, se tal desejo é instantaneamente repelido.

"Cada pensamento impuro deve ser instantaneamente repelido" (Ibidem).

Assim, pecado é o resultado de se ceder ao desejo.

"Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, que molestam mesmo o melhor dos homens, mas se eles não são abrigados, se são repelidos como odiosos, a alma não é contaminada pela culpa" (Review and Herald, de 27 de março de 1888).

Dessa maneira, não é o nascimento, a natureza que nos condena diante do Universo, mas pecamos por causa da nossa contumaz rebelião em ignorar a vontade de Deus, dando vazão à nossa natureza pecaminosa.

É quando escolhemos o eu em lugar de Deus que nos tornamos culpados.

Se crermos que pecado é opção, que pecamos quando deliberadamente escolhemos praticá-lo, exercendo nossa natureza pecaminosa, então entenderemos que Jesus pôde tomar nossa natureza decaída e exerceu a opção de não pecar; então compreenderemos o caráter de Deus, e teremos a vida eterna, João 17: 3, porque contemplaremos um Deus altruísta que Se deu completamente com o risco de perda eterna; então seremos mordomos fiéis, conscientemente faremos a Sua vontade; mas lembre-se é Deus quem realizará em você o querer e o efetuar. (Filipenses 2:13).

No verdadeiro evangelho, onde pecado é opção, exercida em cada tentação, vencida com firme fé num assim “está escrito”, exercendo o livre arbítrio com que Cristo nos criou, há óleo nas almotolias; há o poder de Deus a nossa disposição para cumprirmos por fé a Sua vontade. Em Testemunhos Para Ministros, página 234 nos é dito: “O óleo é a justiça de Cristo, representa o caráter, e o caráter é intransferível, cada um deve adquirir para si mesmo um caráter purificado de toda mancha do pecado”.

Na meditação matinal de 2002, “O Cristo Triunfante”, página 299 temos isto: “Alguns têm perguntado o que devem fazer para receber o Espírito Santo? Peçam que Deus lhes esquadrinhe os corações, nada façam para satisfação egoísta”.

De O Desejado de Todas as Nações, página 805, ouvimos: “O Espírito Santo é o sopro da vida espiritual na alma. A comunicação do Espírito Santo é a transmissão da vida de Cristo, reveste o que o recebe com os atributos de Cristo”.

Você vê, Ele optou por não pecar, e oferece fazer isso em nossas vidas também. Permitamos que Deus realize isto em cada um de nós é nosso desejo e oração.

Amém.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Lição 4 — Relacionamentos, por Ellet. J. Waggoner

Prezado irmão,

Esta semana estamos compartilhando com você um artigo escrito por Ellet J. Waggoner, um dos dois "mensageiros" de 1.888, que apresenta a bela verdade sobre a "comunhão" com nosso Senhor e Salvador. Um escritor disse que “a palavra ‘relacionamento,’ tão freqüentemente usada hoje para definir uma ligação do cristão com Deus, não é adequada para expressar a experiência funcional de uma pessoa cristã." A idéia precisa é a palavra comunhão. Nós sentimos que a compreensão profunda desta idéia de Waggoner é digna do nossa meditação e estudo.


Atenciosamente,

O Tradutor



Lição 4 — Comunhão, por Ellet. J. Waggoner

Extraído da revista A Verdade Presente, 26 de outubro de 1893, p. 466, 467

Para a semana 15 a 22 de janeiro de 2011



"O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1ª João 1:3). A última frase do texto mostra que a comunhão é a que o apóstolo deseja que tenhamos. Ele deseja que tenhamos a mesma comunhão com o Pai e o Filho, que Ele e seus companheiros apóstolos tiveram.

A associação de Jesus e seus discípulos era muito íntima. Eles trouxeram todos os seus problemas a Ele, recebendo Sua compaixão ajuda, e Ele também compartilhou de suas alegrias. Ele comeu com eles, dirigiu e ajudou no seu trabalho, e curou suas enfermidades. Ele foi seu companheiro em festas e também na solidão do deserto. Ele se alegrou com eles no casamento, e chorou com eles no túmulo. Nenhum companheiro humano poderia ser mais próximo, e em termos de maior intimidade do que foi a companhia dos discípulos e do Filho de Deus na Terra.

Mas enquanto eles estavam, assim, se associando com o Filho, eles também estavam tendo comunhão com o Pai. "Deus estava em Cristo" (2ª Coríntios. 5:19). Jesus disse: "Quem Me vê a Mim vê o Pai" (João 14:9) "Crede-me que estou no Pai, e o Pai está em Mim" (vs. 11). Aqueles que falham em reconhecer o fato de que Deus, o Pai, é, em todos os aspectos, exatamente o que Jesus era, quando aqui na terra, perde o objeto de todo o ministério de Cristo.

Jesus foi o companheiro amigo de Seus discípulos. Mas conquanto eles tenham se associado como companheiros, Sua posição inferior não obscureceu a Sua grandeza, nem os levou a desmerecê-Lo. Quando Ele lavou os pés dos discípulos, foi com pleno conhecimento de que Ele era o seu Mestre e Senhor, e que o Pai lhe entregara tudo nas suas mãos, e que Ele veio de Deus e ia para Deus (ver João 13: 3 a 5).

Assim, eles tinham comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo. E a companhia que tinham — que o discípulo amado teve, quando ele se reclinou no ombro de Jesus, — é o mesmo companheirismo que temos o privilégio de ter. Foi com o propósito de nos avisar que isso foi o que João escreveu na sua epístola.

Quem pode ter essa companhia? São só os ricos, e aqueles que o mundo chama de "nobres"? Veja: "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, cujo nome é Santo; num alto e santo lugar habito, como também com o contrito e o abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos" (Isaías 57:15).

No mundo existem "classes", e assim haverá até o fim dos tempos. Nenhum dispositivo, nem organização de homens, nem votos nem promessas vai quebrar as barreiras entre as "classes" e as "massas". O socialismo é impotente, ainda que alguém possa considerá-lo cristão.1 Em Cristo Jesus, "não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos" (Colossenses 3:11). Na verdadeira Igreja de Cristo não há senão um padrão — o amor a Deus e amor ao homem — e nada pode trazer os homens para isso, senão o amor de Deus derramado no coração, pelo Seu Espírito Santo.

A vida de Cristo na Terra mostra que, em Sua igreja não pode haver nenhum dos falsos padrões que existem na sociedade. Ele veio como um servo, mostrando que ninguém que segui-Lo deve pensar que está acima de servir. "Servi-vos uns aos outros por amor" (Gal. 5:13) é a exortação do apóstolo, e o Mestre diz: "Qualquer que entre vós, quiser ser o primeiro, seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir" (Mat. 20: 27, 28). Ele era um carpinteiro na terra, a fim de que nenhum de Seus seguidores pudesse pensar que isto (*pudesse estar) abaixo de sua dignidade para o trabalho. "O servo não é maior que seu Senhor" (João 15:20).

Companheirismo com Deus envolve humildade, pois Jesus disse: "Tomai sobre vós O Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas" (Mateus 11:29). "O que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e se humilhe para andar com o teu Deus" (Miquéias 6:8, , a ênfase está à margem da KJV). "Precedendo a honra vai a humildade,"2 pois.”Aquele que se humilha será exaltado" (*Lucas 14:11). E que maior exaltação poderiam os seres criados ter, do que se associarem em termos de familiaridade amorosa com o Criador do universo? de ser estimado por Ele como um amigo, e ter Deus revelando Seus segredos a ele? (Veja João 15:15; Salmo 25:14). Vamos, então, dar cuidadosa atenção à mensagem do discípulo amado, que ele tem escrito para nós, para que a nossa alegria seja completa.


- Ellet J. Waggoner

Notas do tradutor:


1) Muitas opiniões são no sentido de que o socialismo seja cristão.

Dois exemplos:

George Lansbury (1859 -1940) que foi um político britânico socialista, cristão pacifista e editor de jornal) dizia que “O socialismo significa cooperação, amor e fraternidade em cada departamento dos assuntos humanos, é a única expressão exterior da fé de um cristão. Estou firmemente convencido de que se eles sabem isto ou não, todos os que aprovam e aceitam a concorrência e a luta de uns contra os outros, como o meio pelo qual nós ganhamos o nosso pão de cada dia, realmente traimos e tornamos de nenhum efeito a "vontade de Deus".

Hugo Chávez, atual presidente venesuelano disse “O capitalismo é o caminho do diabo e de exploração. Se você realmente deseja olhar para as coisas através dos olhos de Jesus Cristo, que eu acho que foi o primeiro socialista, o socialismo somente pode realmente criar uma verdadeira sociedade. (Revista “Time” de 22 de setembro de 2006).

2). Uma verdade óbvia, na maiaor parte das vezes ignorada pelo mundo, é a de que, se queremos ser bem sucedidos em desenvolver a verdadeira humildade, é preciso superar o orgulho. Precedendo a honra vai a humildade (Prov. 15: 33), e “diante da honra vai a humildade”, (vs.18:12), Cristo disse: “quando fores convidado, vai, e assenta-te no derradeiro lugar” (Lucas 14: 10), e permita que Deus o exalte no devido tempo e forma

3) Sempre confira alguma correção na tradução às 6as à noite ou sábado de manhã.