terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Introdução ao tema "EMOÇÕES HUMANAS

Primeiro trim. de 2011 — JESUS FOI TOCADO PELAS NOSSAS EMOÇÕES


A introdução do nosso guia de estudos deste trimestre, em português, é "Jesus chorou: A Bíblia e as emoções humanas." Entretanto, no original em inglês, este é o título de todo o trimestre. Assim este tema oferece, em 13 lições, uma oportunidade para estudarmos os conceitos do que Ellen G. White chamou de "uma mui preciosa mensagem" (Testemunhos para Ministros, pág. 91) em abordagens em relação àhumanidade de Cristo; Seu ofício como nosso "Sumo Sacerdote," que foi tocado com ossentimentos das nossas fraquezas; [e que] em tudo foi tentado como nós, mas sem pecado" (Heb. 4:15, KJV) a Almeida fiel diz “Se compadece de nossas fraquezas.”Por isso gostaríamos de convidá-lo para acompanmhar os ensaios semanais sobre as lições deste trimestrel, escritos por autores adventistas, em plena comunhão com a igreja, a maioria pastores em exercício dos seus ministérios, em todos os níveis da organização, desde a Conferência Geral, passando pelas associações e indo até o pastorado das igrejas.

A seguir lhe apresentamos, um resumo do capítulo 17 do livro Never Good Enough(Nunca Suficientemente Bom), de autoria da irmã Carol Cannon, uma psicóloga adventista (de 4ª geração), graduada pela Universidade Adventista Andrews, autora de inúmeras obras, tais como esta, publicada pela editora adventista Pacifc Press Publishing Association (Boise, Idaho, USA). É uma excelente obra para a próxima geração quebrar o círculo de dependência, co-dependência, vícios, propensões e inclinações negativas, as mais variadas, muitas vezes ocultas, juntamente com dependências químicas, que podem manter a pessoa deprimida por toda a vida. Enfim, fala de como, infelizmente, muitos crescem imperfeitos numa família “perfeita.”

“Muitos dos jovens desta geração, entre as igrejas, as instituições religiosas e os lares professadamente cristãos, estão escolhendo o caminho da destruição.”Testemunhos para a Igreja, vol. 6 pág. 254 e Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 492.

“...Lares perfeccionistas são lugares onde as crianças acham quase impossível sentirem-se bem.” (Never Good Enough , págs. 6 e 7).

“Muitos filhos de famílias fundamentalistas sentem que por mais que se esforcem, não conseguem ser suficientemente boas (não conseguem atingir os ideais ensinados pelos pais) (pág. 6)

Ellen White diz mais: “Os homens falam desses extraviados como caso sem esperança. Mas Deus não os considera deste modo. Ele Compreende todas as circunstâncias que os têm tornado o que são e os contempla com piedade”. Então ela completa, “Está é uma classe que demanda auxílio.” A Ciência do Bom Viver,págs. 171 e 172

A boa nova é que mudança é possível. Carol descreve uma grande quantidade de experiências do seu trabalho profissional como terapeuta, para prover exemplos de sucesso, força e esperança de vitória na batalha contra as diferentes dependências. POR EXEMPLO: "Laslie Anne, (*uma das pacientes da Dra. Carol Cannon, nunca conseguia agradar a seus pais (adventistas). Quando ela fazia alguma coisa boa, e bem feita, a resposta usual era '—você pode fazer melhor que isto.' Na sua ânsia para agradar, ... depois de dois casamentos, e submergindo-se no trabalho, como fuga da realidade, ela negligenciou a necessidade de afeto dos próprios filhos. Seguindo no caminho da sua mãe, a filha começou um padrão de relacionamento abusivo, e continuou no ciclo de co-dependência. Vícios, dependências, co-dependências, propensões e inclinações negativas, podem começar durante os insuspeitos anos da infância — um tempo de inocência.” (pág. 177).

Um dos passos é Render-se. “Tomar uma decisão para voltarmos as nossas vontades e nossas vidas para o cuidado de Deus. ... A maioria dos Cristãos pode concordar muito bem com este passo na teoria. Geralmente usamos expressões como: “rendição da vontade”. Mas nós somos mestres em passar pelo impulso da rendição e então agir como se nós estivéssemos no controle (* grifamos). (Never Good Enough , págs.232 e 233).

“Buscamos, através da prece e meditação, melhorar o contato consciente com Deus como nós O entendemos, orando somente pelo conhecimento da Sua vontade para nós e o poder para cumprirmos Suas promessas.” A combinação do auto-exame, meditação e prece criam um alicerce inabalável para a vida” (Ibidem, pág. 98).

O “conhecimento da Sua vontade” depende do estudo da Palavra de Deus, que nos permite aplicarmos o método de Jesus para vencer o pecado “Está escrito,” era a Sua constante resposta às tentações do inimigo. Este é o poder para cumprirmos Suas promessas

“Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua palavra”(Salmo 119: 9).

Este é o verdadeiro render-se a Ele.

Os passos para a recuperação até este ponto, sugeridos pela irmã Carol, são belamente resumidos em O Desejado de Todas as Nações, pág. 300, com as seguintes palavras: “O Senhor nada pode fazer para recuperar um homem até que ele, convencido de sua própria fraqueza e despojado de auto-suficiência, se renda ao controle de Deus... À alma que sente suas necessidades nada será negado.”

Concluindo, a autora diz: “Quando nós honramos nossos sentidos emocionais, e respeitamos as mensagens que eles nos enviam, estamos aptos para cuidarmos de nós mesmos espiritual, social e emocionalmente. Então experimentaremos a intimidade e o significativo relacionamento amoroso que Deus intenta que desfrutemos” (Never Good Enough, pág. 178).

Resumo do capítulo 17

As EMOÇÕES são um Dom de Deus.

“Eu creio que nossas emoções são um dom de Deus, equivalente, em tipo e valor, aos nossos cinco sentidos, sem os quais nós seriamos genuinamente deficientes.

“Nossos sentidos físicos, compõem a faculdade que têm os homens (e animais) de receberem as impressões externas por meio de certos órgãos: a vista, o ouvido, o nariz, a boca e as mãos. Eles servem a dois propósitos: nos permitem experimentar prazer, e nos protegem. Sem eles, seriamos incapazes de desfrutar prazer, sabor, excitamento, tato, paladar, visão e sons. Sem eles seriamos ... insensíveis às belezas da vida” (págs. 171 e 172).

“Também seriamos inconscientes de perigos iminentes. ... Assim meus sentidos físicos me guiam em estabelecer limites no interesse de auto proteção.

“As pessoas podem funcionar sem seus sentidos físicos, mas então serão deficientes físicos. Eles não podem experimentar completamente os prazeres ou se beneficiarem do valor protetor de um sentido, ou sentidos, que faltem.

“Eu creio que Deus nos deu cinco sentidos emocionais , que funcionam muito como nossos cinco sentidos físicos” (Pág. 172).

Desmistificando nossas emoções. Alguns conceitos errôneos entre os cristãos que nos causam negar nossos sentidos são que, as emoções são perigosas, não confiáveis; sentidos são maus, ou pecaminosos; revelar os sentimentos é um sinal de fraqueza, imaturidade e loucura. Pior ainda que tudo é a noção de que expressar nossos sentimentos demonstra uma falta de fé em Deus. ...

“Negar o medo ou a dor ou a raiva de uma pessoa é separá-la da informação sensorial necessária para praticar um saudável cuidado pessoal dentro do ambiente social (pág.172)

“Não podemos nos proteger se formos ‘insensíveis.’ Sentidos dizem respeito a sentimentos, não a pensamentos. Em minha opinião a habilidade de ser sensível (sabedoria) é conectada diretamente à habilidade de sentir as impressões sensoriais de alguém, não simplesmente a habilidade de arrazoar. No livro Kids Who Carry Our Pain (Crianças que Carregam Nossa Dor), escrito por Roberto Hemfelt e Paulo Warren (editora Carmel, NY, 1990) à pág. 171, é sugerido que muitos suprimem a raiva em seu grande detrimento. ‘A raiva é bem útil quando alimenta mudança para melhor.’ Isto, eu creio, é verdade a respeito de todos os sentimentos” (Págs. 172 e 173).

“Eu não considero a manifestação dos sentimentos uma questão moral. Sentidos não são bons nem ruins. Eles não devem ser sujeitos a julgamento moral mais que nossos sentidos físicos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Como um pastor adventista, amigo meu diz, ‘Sentidos são moralmente neutros.’ Conquanto seja verdade que qualquer de nossos sentidos, físicos ou emocionais, possam ser pervertidos, também é verdade que eles são vitais para nossa sobrevivência. Eles devem ser respeitados, apreciados e dirigidos em caminhos apropriados. Ninguém consegue existir sem eles” (pág. 173).

“O propósito dos nossos sentidos. Os sentidos físicos nos colocam em contato com o que se passa fora de nós mesmo, no mundo material, de tal modo que possamos experimentar alegria e exercitar cuidado. Os sentidos emocionais agem similarmente. Eles nos põem em contato com o que se passa dentro de nós mesmos, no reino espiritual, e permitem nos conectarmos com o que está acontecendo dentro dos outros, a fim de desfrutar um relacionamento íntimo, e proteger nossos melhores interesses” (pág. 173).

“Os cinco sentidos emocionais. Deus não nos deu sentidos negativos a fim de nos sentirmos deprimidos. Ele nos dotou com os dons emocionais a fim de que possamos estar alertas quando for o tempo para fazermos escolhas e mudanças que melhorarão nossas vidas. ...

“Os cinco sentidos emocionais básicos são: alegria (felicidade); tristeza (sofrimento); loucura (ira); maldade (culpa ou vergonha), e medo. Cada um destes sentidos serve a um propósito útil. Até mesmo os sentidos que nós consideramos negativos contêm uma particular benção positiva: ira dá motivação, energia (adrenalina) e força. Vergonha saudável e culpa nos dão humildade, responsabilidade, e o incentivo para fazer correções. Dor e sofrimento nos dão sensibilidade, empatia e entendimento. Dor também nos proporciona crescer e solver problemas. Medo nos dá discernimento—a sabedoria para exercitar cautela e bom juízo. A habilidade para sentir é um dom de Deus” (pág. 174).

“Porque mantermos um estrito controle sobre nossas emoções. Talvez nossa maior paranóia sobre os sentidos é o medo que temos de perder o controle. Nós não queremos perdê-lo,” porque temos medo de que faremos algo silencioso ou indigno ou, pior ainda, algo para contrariar a Deus. Pode ser que desmaiemos de terror, tornemo-nos vermelhos por constrangimento, pareçamos feios quando choramos, ou façamos algo inapropriado. Por esta razão mantemos um estrito controle sobre nossas emoções. A fim de evitar estas respostas, negamos ou enterramos (reprimimos) nossos sentimentos completamente” (págs. 174 e 175). ...

Quem Está no Controle, Você ou Seus Sentimentos?

(Título do cap. 17), pág. 168

“Não são os sentimentos expressos que nos governam, mas sim os sentimentos reprimidos. Quando reprimimos (enterramos) nossos sentimentos damos a eles o poder de nos controlar. No nível inconsciente eles são mais tóxicos. Quando as pessoas os expressam simples e candidamente os sentimentos perdem o poder de controle. Os sentimentos reprimidos explodem; se expandem fora de controle. Apropriadamente expressos os sentimentos são administráveis

“Para um cristão estar preocupado sobre ser governado por seus sentimentos é legítimo. O que nós não entendemos é que nossos sentimentos são mais prováveis de nos controlar quando nós os empilhamos no nosso interior, do que quando nós os deixamos ser expressos em modos saudáveis. Sentimentos reprimidos são como um monte de lixo inflamável amontoado no porão. A mais leve fagulha vai iniciar o incêndio. Quando nós escondemos nossos sentimentos no porão, nunca podemos saber quando explodirão. Novamente, OS SENTIMENTOS EXPRESSOS NÃO NOS GOVERNAM, OS REPRIMIDOS SIM.

“Eu acho que isto é o que a Bíblia quer dizer quando fala que não devemos deixar o sol se por sobre a nossa ira” (pág. 175). (*Efésios 4:26; Prov. 29:11; 3:3-6). Precisamos expressar nossos sentimentos responsavelmente (reconhecê-los, controlá-los, rotulá-los, e expressá-los) em bases diárias, e não mantê-los escondidos, onde podem ser inflamados momentaneamente” (pág. 175).

“Devemos honrar nossos sentidos dignamente. Pessoas saudáveis e normais estão em contato com suas emoções no sentido de que eles reconhecem os sentimentos rapidamente no início de suas manifestações. Eles estão atentos à própria dor, tristeza, raiva, medo, etc. Tão logo reconhecem um sentimento, eles o usam construtivamente para motivar mudanças, e estabelecer limites. E quando os sentimentos serviram a seus propósitos—proveram a necessária informação e energia—eles os liberam” (p.175- 176)

“O processo é simples. Primeiro, a pessoa se torna consciente das sensações que acompanham as emoções: um nó no estomago; um aperto no peito; o endurecimento do queixo; ranger dos dentes; suor nas palmas das mãos; face quente, etc. Outras dicas são: ansiedade; conversa negativa consigo mesmo; evitar ou distanciar-se de manipulações (a inabilidade para olhar ou estar perto de alguém); atitude defensiva; e um repentino e inexplicável sentido de inércia ou sentimento de ‘paralisação.’

“Estes indícios físicos e emocionais indicam que algo está acontecendo que necessita atenção. Geralmente, nós reconhecemos que nos sentimos perturbados, aflitos, ou ‘frustrados,’ mas nunca obrigamos nossos sentidos, especificamente, para fazer qualquer coisa a respeito deles, exceto reclamar” (pág. 176).

Bloqueio Emocional. Frequentemente, a habilidade de alguém para identificar os sentimentos foi desligada por tanto tempo que torna-se necessário um esforço concentrado para levar o sistema emocional a funcionar outra vez.. Terapia pode ser necessária para reativar sentidos atrofiados. Crianças que crescem em condições dolorosas são forçadas a abandonar a parte emocional de si mesmas. Elas repudiam seus sentimentos e perdem a habilidade de expressá-los. Esta conexão deve ser restaurada. Elas devem readquirir a habilidade de perceber seus sentimentos para se tornarem socialmente funcionais. Elas precisam viver novamente

“A fim de reviverem, pode ser necessário exumar, rapidamente, sentimentos reprimidos por longo tempo; questionar a dor do passado, e confirmar sua legitimidade. É possível processar acumulados sentimentos em modos não destrutivos. Se alguém tornou-se emocionalmente constipado (desculpe a analogia) como resultado do acúmulo de sentimentos sem valor, por anos e anos, o bloqueio deve ser removido antes que o sistema possa tornar-se funcional outra vez” (pág. 176).

“Há muitos lugares seguros onde isto ´pode ser feito: (*individualmente, com aconselhamento pastoral, ou de pessoa seguramente idônea) ou em grupo, como nas associações tipo alcoólatras anônimos;

“Nos EUA existem dezenas dessas associações, a seguir os nomes de telefones: Se alguém está desesperado com o problema de alguém íntimo, que precise de recuperação, através de alguém que fala inglês pode recorrer ao serviço específico: Serviço Mundial dos Alcoólicos Anônimos (212 - 870-3400); Narcóticos Anônimos (818 - 780-3951); Jogadores Anônimos (fone (213 - 386-8789); Sobrivivente Incestuosos Anônimos (410 - 282-3400); Associação dos Viciados em Comer em Excesso (213) 936-6252); Associação dos Co-Dependentes anônimos (602 - 277-7991); Serviço Internacional de Dependentes Emotivos Anônimos (612 - 647-9712); Viciados em Excesso de Trabalho Anônimos (310 - 859-5804) (págs. 253 e 254).

Entre nós adventistas, dever-se-ia criar uma associação para viciados em trabalho da igreja — pessoas que se dedicam tanto ‘à obra’ que se esquecem, ou pouco tempo têm para a família, o principal campo missionário do cristão).

(*Muitos desses serviços existem hoje no Brasil. A fonte de informação são as associações de alcoólatras anônimos, pois são interligados), “Este tipo de trabalho em grupo provê uma oportunidade para, em 12 seções, exteriorizar-se os traumas verbalmente, e para examinar presentes atitudes. Através de instrução, discussão, testemunhos, exemplos, etc., os membros destes grupos gradualmente desenvolvem a habilidade de expressar suas emoções mais efetivamente” (págs. 176 e 177).

“Mantendo-se ligado. Quando meus sentidos emocionais me assinalam que algo está errado, eu, primeiramente, identifico os sentimentos. Eu os classifico e os rotulo e os descrevo para mim mesma: ‘Meu coração está batendo rapidamente, eu estou me sentindo ansiosa.’ Então eu aceito e ratifico o sentimento. ‘Eu estou com medo. O temor é meu. Ninguém mais me fez sentir deste modo. Eu é que sou responsável por este medo.. É dever meu controlar e cuidar desta apreensão. Depois disto eu expresso meu sentimento simples e diretamente a alguém — quer para a parte envolvida ou para um confidente idôneo ou a um conselheiro cristão conspícuo: ‘Eu estou me sentindo aterrorizada, ferida, sobressaltada, com inveja, com raiva, etc.’ Isto corta os sentidos negativos pela metade. Agora eu estou preparada para agir, para estabelecer limites, etc. Com prática, este processo pode ser cumprido em cinco ou dez minutos, do começo ao fim, embora inicialmente a recuperação possa levar algo entre duas ou vinte e quatro horas, ou mais’ (pág. 177).

Laslie Anne, uma das pacientes da Dra. Carol Cannon (pág. 177) nunca conseguia agradar a seus pais (adventistas). Quando ela fazia alguma coisa boa, e bem feita, a resposta usual era “—você pode fazer melhor que isto.” Na sua ânsia para agradar, ... depois de dois casamentos, e submergindo-se no trabalho, como fuga da realidade, ela negligenciou a necessidade de afeto dos próprios filhos. Seguindo no caminho da sua mãe, a filha começou um padrão de relacionamento abusivo, e continuou no ciclo de co-dependência. Vícios, dependências, co-dependências, propensões e inclinações negativas, podem começar durante os insuspeitos anos da infância — um tempo de inocência.

“A consequência de sentimentos renegados. Sentimentos reprimidos sempre cobram o seu alto preço. Eles se expressam maliciosamente e, consequentemente, ferem as pessoas; eles criam estresse e pressão, os quais têm potenciais consequências médicas; e eles predispõem as pessoas a se anestesiarem com dependências. Raiva, por exemplo, vaza em forma de ação agressiva passiva — sarcasmo, fofoca, olhares desdenhosos, atitudes negligentes, argumentação, lentidão, procrastinação, rejeição, isolamento, etc. As consequências médicas de sentimentos reprimidos incluem todas as doenças relacionadas com o estresse, bem como as sérias desordens psiquiátricas.

“Quando nós honramos nossos sentidos físicos, e respeitamos as mensagens que eles nos enviam, estamos aptos para cuidarmos de nós mesmos fisicamente, e experimentamos os prazeres que Deus intentou que tenhamos. Nossos sentidos físicos tornam isto possível.

“Quando nós honramos nossos sentidos emocionais, e respeitamos as mensagens que eles nos enviam, estamos aptos para cuidarmos de nós mesmos espiritual, social e emocionalmente. Então experimentaremos a intimidade e o significativo relacionamento amoroso que Deus intenta que desfrutemos” (pág. 178).

—Carol Cannon

A irmã Carol Cannon é uma psicóloga adventista (de 4ª geração) diretora e co-fundadora do programa The Bridge to Recovery (A Ponte para Recuperação), um projeto de tratamento psico-educacional, para pessoas sofrendo de co-dependências e vícios legalizados (tolerados pela sociedade e não proibidos pela lei). Este programa provê cuidado adicional em caso de desordens de doenças de dependência, especializado em tratamento de crianças e jovens adictos com dependência química.

Carol é graduada pela Universidade Adventista Andrews, autora de inúmeras obras, tais como esta, Never Good Enough (Nunca Suficientemente Bom), publicada pela editora adventista Pacifc Press Publishing Association (Boise, Idaho, USA). É uma excelente obra para a próxima geração quebrar o círculo de dependência, co-dependência, vícios, propensões e inclinações negativas, as mais variadas, muitas vezes ocultas, juntamente com dependências químicas, que podem manter a pessoa deprimida por toda a vida. Enfim, fala de como, infelizmente, muitos crescem imperfeitos numa família “perfeita.”

A boa nova é que mudança é possível. Carol descreve uma grande quantidade de experiências do seu trabalho profissional como terapeuta, para prover exemplos de sucesso, força e esperança de vitória na batalha contra as diferentes dependências.

A propósito da lição da escola sabatina de 28/2/2006, “Corações Angustiados,” falando de comportamentos abusivos, resumimos diversos capítulos desta obra. Àquela época mandávamos as matérias via e-mail para nossos correspondentes. Àquele resumo demos o título de “Recuperação de Viciados,” mas a abrangência foi bem maior, abordando todas as nossas emoções que afetam os relacionamentos. Aos que nos solicitarem, pelo e-mail agapeed2001@yahoo.com.br,poderemos enviá-lo gratuita e prazerosamente. Não o colocamos neste blog, por ser mais de 10 páginas.

Tradução de João Soares da Silveira. Asteriscos indicam acréscimos nossos.