quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Lição 5—A experiência de unidade na igreja primitiva, por Paulo Penno



Para 27 de outubro a 3 de novembro de 2018 

Durante este trimestre, milhões de cristãos em todo o mundo estão estudando especialmente a unidade dentro da Igreja. Estamos estudando o que a Bíblia fala sobre essa unidade. Cristo orou por isso (João 17:20, 21). Paulo disse que a Igreja de Cristo a produzirá (Efé. 4:13-16). A própria doutrina de Deus exige isso (v. 2-6). Mas nós temos que encarar a realidade: as igrejas frequentemente têm discordâncias e divisões, mesmo dentro de uma denominação e mesmo dentro de um corpo da igreja.
Numa Igreja que por 150 anos representou a criação em 6 dias, uma leitura literal de Gênesis 1, 2, etc., existem agora vozes poderosas defendendo a evolução. E há divisões sobre a ordenação de mulheres, sobre música nos cultos da igreja, etc. E para muitos, “a bendita esperança” da breve segunda vinda de Cristo está recuando para o pano de fundo, e um milênio terreno materialista está tomando o seu lugar.
Por que a desunião parece florescer assim? E como a Igreja pode iluminar a Terra com glória se estiver num estado dividido? E o que pode trazer a verdadeira unidade pela qual Cristo orou? Existe uma solução.
Se Deus é real e Sua Bíblia é verdadeira, segue-se que Deus tem uma solução para o problema da desunião.
Deus trará seu povo para a união. Aquilo que duvidar hoje parece impossível, o Espírito Santo realizará.
Deus trará Seu povo para a união. Aquilo que para céticos hoje parece impossível, o Espírito Santo realizará.
Ele trouxe os onze apóstolos desunidos para a unidade antes do dia de Pentecostes. Eles estavam todos concordemente no mesmo lugar” (Atos 2:1). Essa foi a “chuva temporã” e promete-se que a “chuva serôdia” será ainda maior.
Efésios nos indica a solução: para aqueles “levados em roda por todo vento de doutrina”, é a mensagem de Ágape  (4:14, 15). Tal mensagem é o evangelho objetivo, a mensagem do que Cristo realizou, a pura verdade bíblica da justificação pela fé.
Cristo prometeu solenemente que, se Ele fosse levantado na Sua cruz, isto é, se o seu Ágape fosse claramente proclamado, Ele “atrairá a si todos os homens”, e isso, evidentemente, é a unidade perfeita (João 12:32). Deixem a liderança de uma Igreja que está sendo fragmentada receber a “mui preciosa mensagem” da justiça de Cristo; o milagre da unidade será tão certo quanto o dia se segue à noite.
 “Pentecostes” é uma palavra importante para os cristãos. Veio 50 dias após a ressurreição de Cristo. Os discípulos se reuniram para orar e estudar por 10 dias antes, de modo que na ocasião em que o Dia de Pentecostes chegou, finalmente estavam em total harmonia e unidade, concordemente no mesmo lugar” (Atos 2:1). Que o Senhor apresse o dia em que Seus “apóstolos” modernos estarão finalmente “unidos” em seu entendimento da verdade do evangelho!
Uma grande bênção veio naquele dia. O verdadeiro e genuíno “dom de línguas” manifestou-se para que todos, de todas as partes do mundo que estavam reunidos em Jerusalém, ouvissem as boas novas em sua própria língua, para que fossem claramente compreendidas. O Espírito Santo foi dado numa plenitude nunca igualada.
O que havia na mensagem de Pentecostes contendo tão tremendo poder que 3.000 foram convertidos, verdadeiramente convertidos, num dia?
Foi algo que nem Paulo articulou com clareza? Ellen G. White disse: “Grandes verdades que foram ouvidas e contempladas desde o dia de Pentecostes resplandecerão da palavra de Deus em sua pureza original” (Fundamentos da Educação Cristã, pág. 473; 1897).
Existe uma “grande verdade” que brilhou claramente no dia de Pentecostes que nem o apóstolo Paulo pregou? Sim, há uma: falando àquela grande multidão de milhares de pessoas de muitas nações e línguas, Pedro declarou corajosamente que haviam crucificado o Filho de Deus: “Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus a quem vós crucificastes Deus O fez, Senhor e Cristo” (Atos 2:36). Alguns dias depois, ele lhes disse: "Negastes o Santo e o Justo, ...  e matastes o Príncipe da vida" (Atos 3:14, 15). Nada nas epístolas de Paulo é tão forte, tão diretamente confrontacional!
O que aconteceu no dia de Pentecostes? Um arrependimento mais profundo do que jamais foi conhecido. O assassinato do Filho de Deus é o maior pecado já cometido; O arrependimento por esse pecado é o maior que um coração humano pode conhecer. Acha que pode ser possível que o sermão de Pedro se aplique a nós hoje?
--Paul E. Penno
Notas:                                                       
Veja, em inglês, o vídeo desta 5ª lição do  4º trim. de 2018,  exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/wA2bML8eDKU
O Pastor Paul Penno's video of this lesson is on the Internet at: https://youtu.be/wA2bML8eDKU

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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Liçao 4—O segredo para a unidade, por Ann Walper



Para 20 a 27 de outubro de 2018

Caos. Está se tornando a palavra que define o mundo em que vivemos. O Oriente Médio está em guerra há mais de vinte anos, com a Síria quase aniquilando a sua própria população civil. A política, seja nos Estados Unidos ou na Europa, tornou-se um empreendimento de divisão quase incivil. Algumas nações estão à beira do caos financeiro. A sociedade está dividida em vários níveis: o movimento de libertação das mulheres contra qualquer forma de liderança masculina; LGBTQ+ contra os cristãos; Democratas contra os republicanos numa batalha dolorosa pelo poder; um crescente segmento da juventude liberal contra qualquer pessoa com mais de 30 anos de idade. A África Central tem visto uma guerra civil em níveis sem precedentes, com fome e pragas exacerbando a situação para a população.
Até o mundo natural parece agitado a níveis caóticos. O Pacífico tem visto mais ciclones com velocidades de vento superiores a 220 km por hora este ano do que qualquer outro já registrado. O oceano Atlântico produziu duas tempestades catastróficas em questão de semanas. Terremotos, erupções vulcânicas, incêndios destruindo vastas áreas de florestas ocidentais dos Estados Unidos e algumas cidades. Parece que a própria Terra está se revoltando.
 “Portanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e pestes e terremotos em diversos lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores” (Mat. 24: 7, 8).
Nosso estudo neste trimestre é a união. Como a unidade pode ser realizada em face de tal caos? Unidade no mundo de hoje parece ser semelhante ao proverbial “cisne negro”. Juvenal, o poeta romano do primeiro século, promoveu a teoria filosófica que se aplicava a eventos que eram tão raros a ponto de serem considerados quase impossíveis. Ele chamou esses eventos de “cisnes negros”. Sua frase pegou, e o truísmo foi mantido por quase 1700 anos—ninguém jamais havia visto um cisne negro até que um explorador holandês descobriu um no oeste da Austrália em 1697. Temos proclamado a “breve vinda” de Jesus por 175 anos, mas para muitas pessoas, parece o proverbial cisne negro, algo que o mundo nunca verá, ou pelo menos, algo que nunca veremos em nossa vida.
A última mensagem a ser dada ao mundo mergulhado no caos é a mensagem do insondável amor de Deus. Aquele Amor “amou o mundo de tal maneira” que estava disposto a Se sacrificar para que outros pudessem viver. “Desde a fundação do mundo”, este Amor Se entregou incansavelmente por nós. Deus “ordenou” ou “predestinou” para ser salvo, todo ser humano que nasceria neste planeta. “[Deus] nos elegeu Nele [Cristo] antes da fundação do mundo” (Efé. 1:4). Pedro escreveu que fomos [tempo verbal passado] “resgatados . . . com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo” (1ª Ped. 1:18 a 20). Paulo escreveu em sua primeira carta a Timóteo que Cristo é “o Salvador de todos os homens, principalmente daqueles que creem” (1ª Tim. 4:10).
Assim que o pecado entrou neste mundo, Cristo se interpôs entre os vivos e os mortos, dando Sua própria vida para que a raça humana continuasse através de Adão. Adão e Eva não morreram naquela tarde no Jardim (veja Gên. 2:17) porque o Substituto foi encontrado—Cristo, o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apo. 13:8). “Assim que houve pecado, houve um Salvador. Cristo sabia que Ele teria que sofrer, mas Ele Se tornou o substituto do homem. Assim que Adão pecou, ​​o Filho de Deus Se apresentou como garantia para a raça humana, com o mesmo poder para evitar a desgraça pronunciada sobre o culpado como de quando morreu na cruz do Calvário”.1
Agora, imagine o que teria acontecido se nenhum substituto tivesse se apresentado naquela tarde. Deus havia declarado enfaticamente (hebraico duplicando, “morrendo, morrerás”) que o dia em que Adão pecou foi o dia em que ele morreria. Se Adão tivesse colhido a justa punição por sua rebelião, então a raça humana teria deixado de existir naquela mesma tarde. Ainda estamos aqui apenas seis milênios depois por causa do infinito amor de nosso Deus.
Essa verdade é o significado essencial dessa frase sonora complicada, “justificação legal”. De pé diante da lei quebrantada, Cristo entrou no “lugar” de Adão e assumiu completa responsabilidade pelo crime que Adão cometeu, aceitando a justa punição a ser infligida a Si mesmo. Para fazer isso, Cristo também teve que um dia assumir a natureza do Adão caído.
Corporativamente, como o “Segundo Adão”, Cristo tomou sobre Sua natureza sem pecado a natureza que precisava de redenção, e como humanidade corporativa, Ele viveu uma vida perfeita, e então tomou aquela vida perfeita e a ofereceu na cruz do Calvário. “Porque . . . julgamos nós assim: que, se Um morreu por todos, logo todos morreram” (2ª Cor. 5:14). E como Cristo é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (*Apo. 13:8), Seu “um só ato de justiça” (veja Rom. 5:15-19) emancipou toda a raça humana.2 Assim, a Divindade cancelou a pena de morte para todo ser humano—“especialmente aqueles que creem”. Para os muitos que não creem, “não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo” (Heb. 10:26, 27).
Que mensagem nos foi dada para compartilhar com o mundo agonizante—um mundo em caos, que está procurando por amor em todos os lugares errados! Deus ama você com um amor íntimo, pessoal e imortal que não vai deixar que se vá, a menos que resista e escolha fugir. Essas boas novas, quando compartilhadas com pessoas que estão buscando alívio dos problemas deste mundo, trarão a unidade “em Cristo” quando aprenderem a apreciar o que já foi feito para salvá-las eternamente do pecado. Eles não precisam “melhorar” primeiro, antes que Deus os ame. Já são “amados” em Cristo, que deu a vida por eles e os “adotou” em Sua família (Efé. 1: 3-5).
O “objetivo” da unidade não é uma recompensa futura no céu pela qual devemos trabalhar diligentemente. O objetivo é Cristo! Aprendendo com Ele como se comportar coerentemente como um filho do Rei do universo, à medida que crescemos diariamente à semelhança de Seu caráter, “até que todos cheguemos, à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Efé. 4:13). [A vírgula adicional depois da palavra “cheguemos” é intencional. Coloca a ênfase das palavras de Paulo no objetivo de Cristo—o homem perfeito—e não em nossa “fé”. Toda a pontuação na Bíblia é fornecida pelo tradutor.]
A chave para a união não é mais acordo entre indivíduos ou por concílios denominacionais. A verdadeira unidade acontecerá quando os indivíduos se unirem às grandes verdades da mensagem de 1888 que, quando aceita em sua plenitude, permitirá ao céu abrir suas portas e derramar a tão esperada Chuva Serôdia sobre um povo penitente e humilde. Nem todo mundo quer ser unido, e é um sonho pensar que tudo estará unido. A desunião surge de um coração pecaminoso e egoísta a que a maior parte do mundo se apegará até o fim.
Isso significa que, assim como no passado, continuará havendo oposição à mensagem final de Deus ao mundo agonizante—a mensagem de Cristo e Sua justiça. Mas quando Deus finalmente tem um povo—aqueles 144.000 misteriosos—dos que estão dispostos a desistir de si mesmos e “seguir o Cordeiro aonde quer que Ele vá”, então a chuva serôdia cairá sobre o grupo de pessoas “especialmente os que creem”.
Todos não serão os destinatários desta bênção do céu. “Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do Espírito Santo na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos”.3

Ann Walper

Notas finais:                                           

1) Ellen G. White, Review and Herald, 12 de Março de 1901;
2) A afirmação literal de  Ellen G. White é: “com Seu próprio sangue assinou Ele a carta de emancipação da raça humana.” A Ciência do Bom Viver, pág. 90;
3) Ellen. G. White, Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 507.
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Notas:                                                       
Veja, em inglês, o vídeo desta 4ª lição do  4º trim. de 2018,  exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/t-kWFTADQFk

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia da autora:

A irmã Ana Walper é uma adventista dedicada à pesquisa bíblica e às atividades da igreja. Atualmente ela é diretora dos departamentos de liberdade religiosa; escola sabatina; saúde e temperança, e é coordenadora de uma das unidades evangelizadoras da escola sabatina. É também ativa instrutora bíblica. Profissionalmente é enfermeira padrão, e durante as férias escolares ela trabalha como enfermeira voluntária em acampamentos da juventude adventista nos estados de Tenneessee e Kentucky nos EUA. Ela é também escritora independente já por 16 anos em jornais de sua cidade sobre as boas novas de Cristo e Sua Justiça.

Atenção: Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.

 
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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Lição 3—“A fim de que todos sejam um”, por Paulo Penno



Para 13 a 20 de outubro de 2018

Quase todas as classes da Escola Sabatina podem ser divididas em questões bíblicas tais como qual a natureza que Cristo “tomou” em Sua encarnação, ou qual é a singular ideia adventista de purificação do santuário, ou o que é justificação. As boas novas de nossa vitória “assim como (Cristo) venceu” são frequentemente denegridas como a heresia do “perfeccionismo”. “Ministérios independentes” e publicações independentes são legião. Nossas interpretações das profecias de Daniel e do Apocalipse são variadas e contraditórias.
Nossos líderes perguntam melancolicamente com referência à mensagem de Apocalipse 18 do quarto anjo, que ilumina a Terra: “Como podemos iluminar o mundo com a glória das mensagens dos três anjos, se estamos ocupados lutando entre nós mesmos?” Algumas vezes em nossas Lições da Escola Sabatina, fala-se de unidade cristã, como “seria bom se . . .”. Jesus ainda está proferindo Sua oração de João 17? Quanto mais nos aproximamos do fim do mundo, mais parecemos despedaçados pelas convicções do nosso coração sobre o que é a verdade. A maioria dos pastores agora se recusa a pregar sobre as sólidas verdades adventistas do sétimo dia que estabeleceram nossa identidade.
Qual é a única solução eficaz?
Jesus pediu a Seu Pai para “santificá-los através de Tua verdade: Tua palavra é a verdade. ... Por eles Eu Me santifico, para que eles também sejam santificados pela verdade. ... Eu oro ... para que todos sejam um ... para que o mundo creia que Tu Me enviaste” (v. 17-21). Em outras palavras, Apocalipse 18 é uma mera fantasia, a menos que nos unamos na simples experiência de acreditar na verdade revelada.
Nas célebres Conferências sobre o Sábado em 1848, nossos pioneiros ajoelharam-se em seu caminho “santificado” ante verdades sólidas que estabeleceram esta Igreja. Eles resolveram a grande desilusão, abraçando de todo coração a verdade da doutrina do santuário.
Mas o Senhor Jesus viu que depois de algumas décadas, a verdade ainda era em grande parte uma convicção intelectual. Um formalismo morto estava absorvendo a Igreja e sua liderança ministerial ou pastoral. Portanto, em 1888, “em Sua grande misericórdia”, Ele “enviou uma mui preciosa mensagem” que Ele pretendia que nos trouxesse a um coração perfeito e unidade intelectual, preparado para o movimento final de Apocalipse 18. Por muitas décadas, a verdade completa do que aconteceu foi cuidadosamente escondida de nosso conhecimento, pois os testemunhos de Ellen White a respeito de “1888” foram enterrados nos cofres do Patrimônio literário de Ellen G. White, e a pesquisa foi desencorajada. Em 1987, preparatório para um grande Centenário em 1988, o White Estate (*O Patrimônio Literário de Ellen G. White) publicou em quatro grandes volumes, The Ellen G. White 1888 Materials (*Materiais de Ellen G. White sobre 1888) todas as palavras que ela havia escrito sobre “1888”. O total é de 1821 páginas.
O resultado: descobrimos que inúmeras vezes ela compara a “nossa” reação denominacional àquela “mui preciosa mensagem” à “reação dos judeus” a Jesus Cristo. Ela compara a mesma incredulidade crua que assolou o antigo Israel nos dias de Coré, Datã e Abirão, até nossa desunião de incredulidade em relação à liderança do Senhor na mensagem de 1888.1 Esse espírito não foi cem por cento, mas era “em grande medida” e “em grande parte”.2 O resultado foi decisivo na medida em que desviou o dom da chuva serôdia e impediu que essa geração testemunhasse os eventos de Apocalipse 18.
Uma fé genuína inclui em si mesma uma crença da verdade. Ellen White declarou que tempo virá em que os adventistas do sétimo dia estarão totalmente unidos em sua sincera crença na verdade teológica, como foi em nosso início pioneiro. Não haverá mais classes divididas da Escola Sabatina ou igrejas divididas. Falando de “aqueles que estão empenhados em proclamar a última mensagem solene a um mundo agonizante”, diz ela, “embora possuam diferentes temperamentos e disposições, verão olho a olho em todos os assuntos de crença religiosa. Falarão as mesmas coisas; terão o mesmo julgamento, serão um em Cristo Jesus”.3
O problema do antigo Israel era a rebelião contra a liderança do Senhor; é o nosso também. Mas o Espírito Santo está dando o dom do arrependimento denominacional: “Então a obra irá avante com solidez e energia dobradas. Comunicar-se-á aos obreiros uma nova eficiência em toda linha. Os homens aprenderão da reconciliação tornada necessária pelo pecado—reconciliação trazida pelo Messias mediante o Seu sacrifício. A última mensagem de advertência e salvação será dada com vigoroso poder. A Terra será iluminada com a glória de Deus, e nos competirá testemunhar a breve vinda de nosso Senhor e Salvador em poder e glória.”4

--Paul E. Penno
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Notas finais:                                                      

1) Materiais de Ellen G. White sobre 1888, pág 600;                                        
2) Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 235;                             
3) Ellen G. White, "Historical Sketches of the Foreign Missions of the SDA" (Esboços Históricos das Missões Estrangeiras da IASD)  pág. 124;                                              
4) Ellen G. White, Medicina e Salvação, pág. 185.                                             
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Notas:                                                                   

Veja, em inglês, o vídeo desta 3ª lição do 4º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/urzd_BTmU28

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm

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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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