sábado, 29 de dezembro de 2012

Respeito próprio X amor a si mesmo

Antes de encerrarmos o 4º trimestre de 2012, em que estudamos sobre “Crescimento em  Cristo”, sentimos o dever de apresentar aos nossos irmãos um capcioso ardil de Satanás que nos leva à transgressão do primeiro mandamento. Encontra-se na lição 11 na terça feira, dia 11 de dezembro último.
Você pode ver isto em agape-dicoes.blogspot.com intermitentemente.                                                                                
A mensagem de 1888 tem um efeito transformador sobre a vida cristã relativa ao auto conhecimento, talentos, missão, e vida familiar. De acordo com Jesus há "dois mandamentos," e “destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” (Mat. 22:40) “e o segundo ... é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (vs. 39). Não há uma negativa neste mandamento.1 É uma promessa positiva de Deus.2 A fé crê na promessa de Deus de que, em todas as circunstâncias da vida, Ele vai lhe dar amor ao próximo.
Mas, primeiro, Deus lhe dá uma estimativa correta de si mesmo. Mas será que o ensinamento de Jesus é o popular movimento de auto-estima advogado pelas igrejas? Deve você amar a si mesmo antes de poder amar o próximo?
Jesus abordou este assunto com o jovem rico que fez uma pergunta do antigo concerto: "Que bem farei para conseguir a vida eterna?" (Mat. 19:16). O Senhor lhe respondeu: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (v. 19). Sob mais apurada auto-investigação o jovem estava convencido de que tinha cumprido todos os mandamentos. Mas algo não identificável o deixou perturbado: "que me falta ainda?" (V. 20).
Quando Jesus sugeriu que ele vendesse tudo o que tinha e desse o dinheiro aos pobres, Ele convidou o jovem a segui-Lo no caminho da abnegação — o caminho da cruz, v. 21. “O jovem ... retirou-se triste porque possuía muitas propriedades" (vs. 22). Seu ídolo era ele mesmo que a riqueza garantia. Ele, realmente, não tinha guardado nenhum dos mandamentos, porque era motivado pelo egoísmo.3
O que quer que Jesus estivesse ensinando com as palavras "amarás o teu próximo como a ti mesmo," Ele não está ensinando que você deve amar a si mesmo antes de poder amar o próximo. Amor próprio é a base para o movimento de auto-estima. Amor-próprio foi inventado por Lúcifer e foi o pecado original que o motivou a se rebelar contra Deus e assassinar o Filho de Deus. O falso espírito santo assegura ao pecador que autonegação é a raiz de seus problemas. Ele não precisa sair por aí se sentindo mal sobre si mesmo. "—Estou bem e você está OK!!!".
Rom. 12:3 é o botão no telado do “computador” da sua alma a ser acionado a cada dia. "Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós, que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." Pela primeira metade deste verso podemos orar facilmente — sem problema. “Eu sou o principal dos pecadores" (1ª Tim. 1:15), "o mínimo de todos os santos" (Efé. 3:8), "servo inútil" (Luc. 17:10), (*“o menor dos apóstolos,” 1ª Cor.15:9). A fé de nenhuma pessoa é fraca, Deus a deu a todos).
O conselho de Paulo não é para humilhar-nos no pó; a você e a mim foi dada "a medida da fé," que nos permite manter nossa cabeça erguida no mundo, e, sim, alta na igreja do Senhor também. Um saudável, mesmo vigoroso, auto-respeito é o presente que a "fé" nos dá aqui e agora.
*Em 2ª Timóteo 3:2-4 Paulo lista as características dos homens ímpios dos últimos dias, e começa exatamente aonde Satanás começou, pelo amor de si mesmo. “Porque haverá homens amantes de si mesmos”. Os maus não serão julgados por sua fé, porque eles não têm nenhuma. Eles serão "julgados ... segundo as suas obras" (Apoc. 20:12) que foram motivadas pelo amor próprio.
*O estilo de vida do mundo é contrário ao padrão do Reino de Deus. As pessoas vivem em função de si mesmas, do prazer e do dinheiro, o discípulo de Jesus é chamado a negar-se a si mesmo e crucificar a sua carne. Jesus disse: “Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mateus 16.24-26). Paulo também escreveu: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, O qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gálatas 2.20). Não O resista, crucifique o seu eu e deixe que Ele viva em você!
A serva do Senhor nos diz:  “Alguns têm fracassado ao distinguir entre o ouro puro e o mero brilho ...  Há entre nós um afastamento de Deus, e ainda não se fez a zelosa obra do arrependimento e volta ao primeiro amor ... Para muitos, o clamor do coração tem sido: ‘Não queremos que Este reine sobre nós’ (Luc. 19:14). Baal, Baal, é a escolha. A religião de muitos dentre nós será a religião do Israel apostatado, porque amam a seus próprios caminhos, e abandonam o caminho do Senhor.
O culto do amor próprio é uma atual manifestação sofisticada e sutil de adoração a Baal. Através de uma hábil manipulação das Escrituras, o amor a si mesmo, foi transformado em uma virtude. Nos últimos anos, tem sido exaustivamente ensinado como um suposto dever cristão. A ordem divina de amar o nosso próximo como a nós mesmos é distorcida em um comando de amar a nós mesmos, quando, em verdade, o Senhor ensinou que o nosso amor por nós mesmos, nato, pecaminoso, deve ser redirecionado, através da fé genuína, a um amor cristão ao próximo.
Já o genuíno auto respeito é outra questão. Torna-se autêntico somente através de uma valorização do amor do auto-esvaziamento de Deus, revelado na cruz (*veja Fil. 2: 7 e 8). O respeito próprio verdadeiro é, portanto, enraizado na expiação de Cristo. Mas o amor de si mesmo é contrário à devoção a Cristo e Sua obra. É compreensível que o inimigo tente promover o culto do egoísmo, como se fosse o ensinamento de Cristo. Isso é estranho para um povo que está se preparando para a trasladação.
Não importa o quanto possamos professar servir a Cristo, não importa qual a nossa posição possa ser na igreja; onde quer que o eu se torne o objeto de devoção, temos adoração a Baal. As inúmeras formas que esta adoração assume são assustadoras. Em certo sentido, o ministério está em maior perigo do que qualquer outro segmento da igreja. É entre o ministério que uma espécie de escalada de promoção fraternal tem sido estabelecida, como se uma função de liderança pudesse aprimorar o caráter. Onde temos uma cobiça de promoção, uma busca de melhor posição, com prestígio e poder, como a motivação ao ministério, aí temos os profetas de Baal.
Esta negação do verdadeiro Cristo, e glorificação de si mesmo, tem sido hoje encontrada em muitas de nossas padronizadas práticas. Por que a Igreja Remanescente precisa de placas, troféus, certificados, e todas as outras armadilhas que o mundo usa e adora? Quando a verdadeira mensagem da justificação pela fé é entendida e crida, estes emblemas de grandeza desaparecem. A adoração a Baal é o fruto de uma espécie de ensinamentos corrompidos que incentivam uma profissão de fé em Cristo, enquanto o eu se recusa a ser crucificado com Ele.


Compilado por João Soares da Silveira,
de fontes como: o site http://gospel-herald.com, e
pastores de nossa igreja, que promovem a mensagem
de justificação pela fé da Igreja Adventista, como nos
foi outorgada em 1888 e anos que se seguiram.

Asteriscos (*) indicam acréscimos nossos.


Notas (de Ellen G. White):

1) "Não há uma negativa nesta lei, embora assim possa parecer" (Carta 89, 1898; Comentário Bíblico Adventista, Vol. 1, pág. 1105; O Cuidado de Deus, Meditação Matinal de 1995, pág. 205 )
2) "Os Dez Mandamentos ...são 10 promessas" (Ms. 41, 1896; Comentário Bíblico Adventista, Vol. 1, pág. 1105).
3) "O amante de si mesmo é transgressor da lei .... O jovem ... [manifestou] o egoísmo de seu coração .... Não possuía o verdadeiro amor a Deus e ao homem .... Em seu amor ao próprio eu ... estava em desarmonia com os princípios do Céu" (Parábolas de Jesus, pág. 392, grifamos).

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lição 13 - Quando tudo se fizer novo, por Michael Horton

Para 22 a 29 de dezembro de 2012


A própria experiência de vida em si nos ensinou que há momentos em que um outro reparo no carro não vai adiantar. Não vale a pena. É hora de se adquirir um novo veículo. Muitos que enfrentaram a devastação do furacão Sandy chegaram à conclusão de que um novo lar, uma nova garagem, uma nova residência era a única solução. A devastação, degradação e corrupção do pecado só serão totalmente curadas quando um novo céu e nova terra ocorrer.
Nós experimentamos algumas novas do poder deste mundo por vir. Nós mesmos temos experimentado, muitas vezes, depois de gemidos e labutas o novo nascimento, e a novidade de vida que a salvação através de Jesus Cristo traz — aqui e agora. Estando em Cristo, tornamo-nos novas criaturas e nos regozijamos com a nossa libertação do velho homem do pecado. Mas essa obra de justificação e santificação e vida no poder do Cristo ressuscitado não estará completa e finalizada até que tenhamos a libertação definitiva e final, para a liberdade da glória dos filhos e filhas de Deus. Será algo semelhante ao tempo em que “as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus jubilavam” (*Jô 38:7). Mas na verdade é indescritível.
Somente aquele que pode fazer algo a partir do nada, aquele que é o Criador, pode realmente tornar novos homens e mulheres, e um novo mundo desprovidos de maldição, espinhos, doença, e da praga da perseguição da morte.
Do Luto à Manhã: Reflexões sobre O Despertar de Um Novo Mundo
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1ª Tess, 4: 16 – 18
A segunda vinda do Senhor Jesus Cristo em glória para reunir os Seus santos, para receber os voluntários, amorosos indivíduos de seu reino, é o evento sinalizador do novo amanhã. É o alvorecer do milênio. Este é o amanhecer do dia a que o profeta Pedro se refere quando ele escreve: "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações" (2ª Pedro 1:19).
Pela fé cada crente já terá recebido o alvorecer de Cristo como a estrela do dia, a estrela brilhante da manhã1, em seus corações, a necessária preparação para encontrá-Lo em paz, quando vier na glória, ao invés de fugir para as rochas. Para eles, os que temem o seu nome e dão glória a Deus, o Sol da Justiça já terá surgido com a cura em suas asas — a cura da justificação e santificação que é a justificação pela fé. Eles O conhecem como O SENHOR, A JUSTIÇA  DELES, Jeremias 23:6
Sua vinda segue-se ao tempo de angústia tal como nunca houve sobre a terra, (*ver Dan. 12:1 e Mat. 24:21). Seu povo está preparado para a Sua obra como Sumo Sacerdote no santuário celestial. O "juízo investigativo" tem um outro lado, o de preparação de um povo (como João Batista fez na primeira vinda) “E irá adiante dEle (em sua segunda vinda) para converter os corações dos pais aos filhos, e dos filhos aos pais, e os rebeldes à sabedoria (Cristo) dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lucas 1: 17).
A obra sacerdotal de Cristo os preparou para a manhã gloriosa quando “a tristeza e gemido fugirão” (*Isa. 51:11) para longe quando eles entrarem no descanso do milênio, o descanso sabático, antes do amanhecer cheio de paz e alegria eterna seguindo-se ao juízo executivo. É claro, eles já terão entrado no descanso de Cristo, porque eles reconhecem que é direito seu fazê-lo, a santidade, guarda da lei, obediência pela fé e amor no Pai, que cumpriu a lei, sendo a base da salvação deles nEle.
"E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo (“Abusos” em grego), e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e Satanás , e amarrou-o por mil anos" Apoc. 20: 1 e 2.
Note-se que Satanás é colocado em um poço sem fundo, um abismo, ou “abusos” em grego. Este aparece primeiro na Bíblia em Gênesis, na Septuaginta, como no texto: "E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo” (“abusos”  em grego, “tachon” em hebraico). Esta foi a criação antes que Deus chamou a luz à existência, um pré-requisito para a vida. No milênio, a terra poderia tornar-se novamente um “abusos”?
O anjo Gabriel fez muitas coisas: Ele apareceu a Daniel depois de 21 dias de oração (Daniel 10); apareceu a Zacarias anunciando o nascimento de João e Jesus; apareceu a Maria dizendo que ela seria a mãe de Cristo, Lucas 1; e Ele apareceu a José em um sonho, Mateus 1, dizendo-lhe para não ter medo de receber Maria como sua esposa. Assim, os anjos estavam ocupados no ministério ao longo da história da salvação. No entanto, algumas coisas só Cristo pode fazer. Só Ele pode prender a Satanás. No início do milênio, a própria vinda de Cristo efetua esta prisão. Os ímpios sendo destruídos pelo brilho desta vinda, e os justos sendo libertados, Satanás não tem ninguém para tentar. Em certo sentido, a justiça de Cristo prende Satanás através do desenvolvimento de um povo pronto para encontrar Jesus refletindo o Seu amor Ágape. Uma fase do julgamento é completada, e agora, quem foi o originador, o pai da mentira e do assassinato e do pecado em si é apreendido. Assim como o Azazel no serviço do santuário, no Dia da Expiação, Yom Kippur, era levado para o deserto por um homem forte e abandonado ali para morrer, então Satanás é lançado no deserto da Terra para esperar o fim do milênio.
"E vi tronos, e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição" (Apoc. 20: 4 e 5)
Um maior nível de conhecimento, entendimento e sabedoria é alcançado pelos santos aos eles entrarem plenamente em santidade e não estarem mais acorrentados com a corrupção e as restrições da mortalidade. Eles venceram e, em particular a última geração, "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro” (Apoc. 15: 2). As palavras de Jesus Cristo ao anjo da igreja de Laodicéia são adequados a eles, "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono" (Apoc. 3, 21). Juízo, tribulação, o bom combate da fé, as experiências de dor e sofrimento, tudo isto têm, excepcionalmente se aplicado a estes santos, que sentem a sua indignidade, para sentar-se em tronos em uma função de julgamento e de reinado com Cristo. Tristeza e gemido se transformarão em regozijo e louvor. Eles agora reinam em glória, porque onde abundou o pecado, pela fé, a graça foi muito mais abundante. Corações quebrantados sobre os frutos do pecado, contemplando a cruz de Cristo, deixaram a graça reinar em justiça, para que, quando a chamada for proclamada: "Quem é justo, faça justiça ainda" (*Apoc. 22:11) eles possam ser encontrados justos nEle.
Eles não mais olharão através de um vidro escuro, mas agora vendo face a face, os mistérios da salvação, o grande conflito, o governo de Deus, e a natureza do amor redentor começar a ser desdobrado diante deles sob a tutela do próprio Cristo. (Veja 1ª Coríntios 4: 5).
"E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra ... E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo do céu, e os devorou" (Apoc. 20: 7-9).
Incrivelmente, depois de um milênio de descanso na presença da Divindade longe do pecado e pecadores e das tentações e estratégias de Satanás, os santos já estão fora de seu alcance, mas devem ainda encontrá-lo ao verem a revelação mais clara da ferocidade e força do princípio (*teoria ou tese) do pecado. A ambição de poder, controle e domínio centrado e si mesmo, continua a impulsionar Satanás, ao ele, apesar de mil anos de reflexão sobre as consequências da sua rebelião, decide continuá-la. Ele é realmente um cativo de si mesmo. Ele é de fato ambicioso. Mesmo para nós agora é altamente preocupante e instrutivo considerar o poder letal e escravidão do pecado, quebrados apenas pela cruz de Jesus Cristo.
Claramente a integridade de Jeová é irrepreensível. “Justos e verdadeiros são os teus caminhos!” (*Apoc. 15:3). Se Ele fosse um político terreno, ele teria tido assessores que o encorajariam a se envolver em um cerco à rebelião de Lúcifer, a origem do pecado e as questões do grande conflito. Em vez disso, Ele optou por expor essas coisas, para colocar essas questões diante de nós e dos mundos não caídos, permitindo a todos julgá-Lo. Verdadeiramente, quão grande é o nosso Deus!


-Michael Horton
O irmão Michael Horton é o pastor da igreja adventista do sétimo dia de Shalem, localizada no endereço: 1105 Pine Street, Waukeghan, Ilinois,  60085-2727, em Chicago, estado de Illinois. Fone (847) 244-0350.
Nota do tradutor:
1) Cristo é a Estrela da Manhã. Em Apocalipse 22:16 Ele mesmo afirma: “Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da Manhã.” Ele prometeu à igreja de Tiatira “assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã (Apoc. 2.28). Entretanto sabemos que Satanás deseja ser confundido com Cristo e, em verdade, ele tentará personificá-Lo. Em Isaias 14:12 ele capciosamente levou copistas e tradutores a usarem a expressão Estrela da Manhã, tentando passar-se por Cristo, quando, no original, o texto diz  “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva!” Em verdade ele odeia seu nome original, Lúcifer, pois lhe lembra o que ele era e o que perdeu.
 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Lição 13 - Quando tudo se fizer novo, por Paulo Penno

Para 22 a 29 de dezembro de 2012


Depois que Satanás for punido com mil anos (*de prisão), será que ele vai aprender a lição e voltar-se para Deus? Será que aqueles que votaram nele, para ser o seu líder, terão uma segunda chance e uma mudança de coração? Estas são algumas das perguntas que serão respondidas durante este longo futuro milênio. E a mensagem de 1888 fornece uma visão antecipada para nos instruir quanto ao que vai acontecer.
Quando o "anjo" amarrar Satanás com "uma grande cadeia” “no abismo," será por um período literal de 1000 anos. Até o milênio, que é depois da batalha de Armagedom, João, se refere ao tempo simbolicamente a fim de impedir os inimigos da verdade de destruírem sua profecia. Mas desde que os inimigos estão agora vencidos, a referência de João a 1000 anos é literal
O que é "o poço sem fundo"?  Os eventos cataclísmicos que cercam a sétima praga de granizos gigantes (Apoc. 16:21 e a segunda vinda de Cristo, tornam "a terra" "sem forma e vazia” (Jer. 4:23); "os céus em cima se enegrecerão" (Jer. 4:28). "Toda esta terra será assolada" (Jer. 4:27). “Deus não perdoou os anjos ... mas .... os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo” (2ª Pedro 2:4). Satanás é acorrentado em uma escuridão como breu.
Por que Satanás não pode mais "enganar as nações" (Apoc. 20:3)? Todos aqueles que tomaram parte na guerra contra Cristo na batalha do Armagedom foram mortos pelo “esplendor da vinda de Jesus” (2ª Tess. 2:8) (*não serão ... sepultados, mas serão como esterco sobre a face da terra” Jer. 25:33). Como pode Satanás enganar pessoas mortas? Também ele não pode enganar os salvos, considerando que foram levados para o céu na 2ª vinda de Cristo, conforme, 1ª Tess. 4:16, 17?.
Quando é que esses mil anos começarão? João deixa claro que a "primeira ressurreição," que é a dos mortos em Cristo, vai marcar o início dos mil anos; e a ressurreição dos ímpios o fim dos mil anos (Cf. Apoc. 20:5, 6, e João 5:28, 29).
O que vai fazer o povo de Deus no céu por mil anos? Muitos vão estar à procura de sobreviventes: amigos e entes queridos que eles esperavam seriam salvos. Alguns não vão estar lá, e então Deus dá a autoridade executiva aos santos para se sentarem em "tronos" como “foi-lhes dado o poder julgar" (Apoc. 20:4). "Os santos hão de julgar o mundo," e, também, "havemos de julgar os anjos" (1ª Cor. 6:2, 3).
Na conclusão dos 1000 anos, Satanás será solto da sua prisão pelo fato de que os ímpios são levantados de seus túmulos novamente, Apoc. 20:13. O diabo vai imediatamente “sair a enganar as nações” (Apoc. 20:8).
Todos no céu e dentro do acampamento dos santos — “a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu" (Apoc. 21:2) — assistem para ver o que os ímpios vão fazer (Apoc.. 20:9; 21 : 2). Será que eles aprenderam a lição? Será que eles vão se arrepender e voltar para Deus? Foi necessário que Deus desse a Satanás e a todos os seus cúmplices a oportunidade para que todos possam ver claramente que o seu caráter é completa e irremediavelmente mal.
Os maus ressuscitados amam as mentiras de Satanás (2ª Tess. 2:9-12). Ele lhes diz uma grande mentira — coloca em suas mentes a tola idéia de que, por causa do número deles, são capazes de capturar a cidade santa de Deus (Apoc. 20:9). O propósito de Satanás é arrancar Deus do Seu trono e proclamar-se rei. Os anjos leais e os santos resgatados assistem. "É o suficiente", dizem eles, "agora podemos ver os resultados finais do pecado. Que a justiça seja feita".
Muito acima da cidade aparece “um grande trono branco” (Apoc. 20:11). Sobre ele está sentado o Filho de Deus em toda a glória de Seu Pai. Os ímpios têm agora a oportunidade de considerar as suas vidas passadas. Em um grande telão, contemplam os eventos da vida de Cristo, Sua rejeição e crucificação. Cada um vê o papel que desempenhou, ao longo da vida, na guerra contra o Cordeiro. Cada pensamento de suas mentes más, cada palavra, cada ato, é visto, em terrível clareza, como rebelião contra Deus e Sua verdade. Satanás e o vasto exército dos perdidos, caem de joelhos diante de Deus; confessam a justiça da sentença de Deus sobre eles, e reconhecem a sua inadequação para entrar no céu (cf. Fil. 2:10, 11).
Os maus não são julgados por sua fé, porque eles não têm nenhuma. Eles são "julgados ... segundo as suas obras" (Apoc. 20:12) que foram motivadas pelo amor próprio. “E de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou" (Apoc. 20:9), não porque Deus os odeia, mas porque escolheram se apegar ao seu pecado. "Porque o nosso Deus é um fogo consumidor" para o pecado (Hebreus 12:29). Deus nunca teve a intenção de um ser humano perecer no fogo. Os únicos predestinados para o inferno são “o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41)..
A mensagem de 1888 vividamente destaca a boa nova do "evangelho eterno", proclamado no Apocalipse de Jesus Cristo. (*Desde a eternidade e ao Cristo morrer) Deus escreveu o nome de cada ser humano no "livro da vida do Cordeiro" (Apoc. 21:27; 20:12). Ele "elegeu," predestinou você para a salvação eterna (Efésios 1:4, 5). A única maneira que o nome de alguém possa ser removido do "livro da vida" é, (*por assim dizer) tomar uma borracha e apagar seu próprio nome (Apoc. 20:15) (*Na realidade será por resistência à obra salvífica de Deus em nós e por nós).
Tanto os salvos como os perdidos recebem sua recompensa sobre a terra. Deus "a formou para que fosse habitada" (Isaías 45:18). Os ímpios encontram a sua recompensa final aqui nesta terra. Os resgatados irão, igualmente, receber sua recompensa aqui. "Eis que o justo recebe ​​na terra a retribuição, quanto mais o ímpio e o pecador" (Prov. 11:31). "Os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz" (Salmo 37:11; Mat. 5:5).
A idéia popular é de que os remidos se sentarão em nuvens e tocarão harpas para sempre. Mas a descrição bíblica da nova terra é mais atraente. "Eles edificarão casas e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam ... os Meu eleitos gozarão das obras das suas mãos" (Isa. 65: 21, 22).
Três quintos da terra são atualmente abrangidos pelos mares. Mas na nova terra não mais haverá mar (Apoc. 21:1). Por quê? A Terra atualmente sofre com três maldições: 1ª) Após o homem pecar a terra foi amaldiçoada com "espinhos e cardos" (Gên. 3:17, 18); 2ª) Após o primeiro assassinato (*a terra não seria mais tão produtiva), Gên. 4:11, 12, e, 3ª) No dilúvio "se romperam as fontes do grande abismo e as janelas dos céus se abriram" (Gên. 7:11). Foi depois da maldição do dilúvio que Deus disse: "Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem" (Gên. 8:21). Na nova terra "nunca mais haverá maldição" (Apoc. 22:3).
Jesus não só morreu para redimir a humanidade, Ele também morreu para redimir esta própria terra arruinada. Quando Seu sangue fluía de suas feridas na cruz caiu solo, e penetrou na terra; Ele resgatou os próprios elementos. Mesmo o solo sob os nossos pés foi comprado pelo Seu sacrifício! Para esta terra redimida Deus irá transferir Seu trono e Sua capital de seu lugar atual no céu, Zac. 14:9-11. Aqui, onde a cruz de Seu amado Filho foi cravada, Ele vai estabelecer Seu reino eterno.

- Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

Eventos relativos ao milênio

anteriores


durante


posteriores

As 7 últimas pragas.  
Ao final delas o caráter dos santos estará selado.
Os salvos reinam com Cristo no céu.
Nova Jerusalém desce do céu. E aparecem Cristo e os Santos
1ª ressurreição
— A dos mortos em Jesus Cristo.
Os Justos revisam e ratificam as sentenças dos ímpios.
2ª ressurreição
— A dos ímpios mortos.
A volta de Jesus.
Satanás e seus anjos são presos
Os ímpios vivos = Satanás solto
Os salvos, num piscar de olhos serão transformados, isto é, “trasladados do estado físico imperfeito para o estado celestial perfeito” Comentário Bíblico Adventista, vol. 6 da série SDABC, pág. 812 (Grifamos).
Presos por uma cadeia de circunstâncias: Solitários e vivos, sem ninguém para tentar (com muito tempo para meditarem sobre sua obra), descansam no grande sábado.
A ressurreição do ímpios interrompe a cadeia de circunstâncias, e Satanás e seus anjos têm, agora, novamente a quem tentar, e esta é sua última cartada.
Morte dos ímpios pelo resplendor de Cristo.
A Terra desolada — em caos e solidão
A Terra e os céus são  renovados


O Milênio
O milênio é o período final da grande semana divina de tempo — um grande sábado de repouso para a Terra e para o povo de Deus. Vem em seguida à terminação da era evangélica, e precede o estabelecimento do eterno reino de Deus na Terra.
Compreende o que na Escritura é frequentemente chamado de “o dia do Senhor”: "O Dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido"(Isa. 2.12); "Pois o Dia do Senhor está perto, e virá como assolação da parte do Todo-Poderoso" (Joel 1.15); "O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor" (Joel 2.31); "Certamente aquele dia vem; arderá como fornalha" (Mal. 4.1); "Porque vós sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite" (1ª Tess. 5.2).
O milênio é assinalado em cada extremidade por uma ressurreição.
Seu começo é precedido pelo derramamento das sete últimas pragas; a segunda vinda de Cristo; a ressurreição dos que dormiram em Cristo; a morte dos ímpios vivos, e a trasladação dos santos para o céu.
Sua terminação é assinalada pela descida da Nova Jerusalém, com Cristo e os santos, do céu; a ressurreição dos ímpios mortos; a soltura de Satanás, e a destruição final dos ímpios.
Durante os mil anos a Terra jaz desolada; Satanás e seus anjos aqui permanecem; e os santos com Cristo empenham-se no julgamento dos ímpios, que é preparatório da retribuição final.
Os ímpios mortos são então ressuscitados; consequentemente Satanás estará solto por um pouco de tempo, e juntamente com a hoste de ímpios cercam a cidade dos santos, a Nova Jerusalém, quando então desce fogo do céu, vindo de Deus, e os devora a todos. A terra é purificada pelo mesmo fogo que destrói os ímpios, e torna-se a morada eterna dos santos.
A terminação do milênio assinalará o início da nova ordem na Terra.

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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Lição 12 – As Últimas Coisas — Jesus e os Salvos, por Roberto Wieland

Para 15 a 22 de dezembro de 2012


O tema da lição desta semana não poderia ser mais oportuno ao o autor da lição nos convidar a "olhar para o nosso mundo"; então nos perguntamos: "temos nós, como seres humanos, feito dele um lugar melhor?" Com os eventos atuais que mostram as atrocidades que ocorrem em todo o mundo, um evento em uma pequena escola nos Estados Unidos tomou conta do coração corporativo do mundo, que é descrito em nossa lição como um lugar de “pecado, sofrimento, miséria, decepção e morte" (última frase da lição de Terça-feira, 18 de dezembro). Tais eventos, muitas vezes desaparecem da memória uma vez que a "mídia" se move para a próxima crise, mas como cristãos adventistas do sétimo dia, esses eventos devem ajudar a "nos despertar" para ver que a Segunda Vinda de Cristo é iminente?
O ministério de Cristo no santuário celestial é designado como um dos "eventos especiais" dentro do período geral das "últimas coisas", isto é, antes de Sua Segunda Vinda. A verdade do santuário é a base da mensagem adventista do sétimo dia, e algumas declarações surpreendentes por Ellen G. White em Evangelismo tornam isso claro:
 “A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce da nossa fé” (pág. 221). “O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si, e mostrando que a mão de Deus dirigira o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer a lume a posição e obra de Seu povo” (pág. 222). “Deve o povo de Deus ter agora os olhos fixos no santuário celestial, onde se está processando a ministração final de nosso grande Sumo Sacerdote na obra do juízo —onde está intercedendo por Seu povo (pág. 223).
No entanto, a pergunta continua a ser feita: "O que Jesus está fazendo agora?"
A idéia comum é que Ele é um construtor empreiteiro de palácios ou "mansões" para aqueles que chegarem ao céu (uma interpretação infantil de João 14:2). Mas "vou preparar-vos lugar" é uma idéia muito mais abrangente do que a atividade celestial de construção. Hebreus 9 e 10 descrevem o Seu ministério sumo sacerdotal como purificando os corações de Seu povo, "para aniquilar o pecado" (*Heb. 9:26), "purificará as consciências" (*vs.14), preparando um povo para que "recebam a promessa da herança eterna" (*vs.15) "purificando" corações e mentes e lábios, para "aperfeiçoar os que a ... [Ele] se chegam" (*Heb. 10:1), para tornar obsoleta qualquer "consciência de pecado" (*vs.2) ou "lembrança de pecado", para que "tire os pecados" (*vs.4), pois "aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (*vs. 14), para escrever Suas "leis em seus corações” (*vs.16), [os quais são] “purificados da má consciência" (*vs.26), "para nos estimularmos (provocar, KJV = motivar) ao amor e às boas obras" (*vs.24) para os que "creem para a conservação (salvação, KJV) da alma" (*vs.39).
*“O apagar do pecado não se tratava de erradicação da natureza pecaminosa do sr humano, mas a sua extirpação de nossas vidas, de tal forma que não saibamos mais deles. ‘Purificados uma vez’ pelo sangue de Jesus, ‘não teriam mais consciência de pecado’ (Heb. 10: 2). ... Tal é a obra de Cristo no verdadeiro santuário (adaptado de Review and Herald de 30 de setembro de 1902, Waggoner).
Grande obra! Primeiro, Ele naturalmente quer que Seu povo entenda por que o que Ele está fazendo é tão incomparavelmente importante, e, segundo, Ele gostaria de receber a nossa cooperação, porque Ele nada pode realizar sem ela. Cooperação significa que nós paremos de interpor nossa vontade rebelde, contrariando o que Ele está constantemente buscando relizar por nós!
Em outras palavras, através do Espírito Santo, Cristo como Sumo Sacerdote está constantemente pressionando sobre o Seu povo a convicção de pecado, enterrada mais profunda do que eles imaginavam que ela fosse, e quando a convicção é bem-vinda e o pecado é de bom grado vencido, e posto de lado, o coração está mais intimamente reconciliado com Deus. Este processo é chamado de "expiação", ou (*em inglês, atonement < at-one-ment =) tornar-se-um-com Deus. Em Romanos 5:11 é "alcançamos a expiação" ou "reconciliação". Assim, a purificação do santuário celeste é uma "expiação final".
Outra pergunta comum é: "Ele prometeu voltar, por que é que não voltou ainda?"
A única resposta que pode fazer sentido é que Seu povo ainda não está pronto para Ele vir. A colheita ainda não está madura (ver Marcos 4:26-29). E qual ministério especial pode preparar um povo? Apenas o ministério de Cristo como Sumo Sacerdote no santuário celestial (Hebreus 8-10). Havia um sumo sacerdote terreno no antigo santuário terrestre, assim há um Sumo Sacerdote divino no celestial; havia um cordeiro terreno oferecido no antigo santuário, Cristo é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). Como havia um dia anual de expiação no santuário terrestre, assim há um Dia cósmico da Expiação no céu, onde o Sumo Sacerdote ministra no santíssimo, o segundo apartamento, do santuário celestial.
O propósito específico deste ministério é preparar um povo para a segunda vinda de Jesus. Daniel, entendeu que há um santuário celeste — todos os israelitas que eram fiéis a Deus o entenderam; é natural, então, que quando o anjo em Daniel 8:14 respondeu à pergunta "até quando ...?" dizendo "até 2300 dias, então o santuário será purificado," que Daniel, tenha entendido que era o santuário celeste. Aquele ministério do grande Dia da Expiação é a mais importante atividade acontecendo hoje no universo celeste.
A mensagem de 1888 reavivou o interesse neste final ministério de nosso grande Sumo Sacerdote. Restaurou o "seu poder de presidir nos corações dos crentes". Ellen White entendeu esse significado. Tendo experimentado pessoalmente a emoção de esperar a vinda de Cristo no movimento de 1844, ela nunca perdeu o primeiro amor.
Quando ouviu a mensagem de 1888, pela primeira vez, algo crepitava em sua memória. Ela quase intuitivamente reconheceu a Boa Nova na mensagem que anunciou ao coração espectante, "—Eis que vem o esposo!" (*Mat. 25:6, KJV). Ela ouviu os passos divinos de boas-vindas, que, entretanto, poucos de seus contemporâneos queriam ter ouvidos para ouvir.
Essa novidade foi a união da verdade adventista da purificação do santuário com uma revelação mais completa da justificação pela fé. Era como se a confluência de dois rios que tinham corrido separadamente, mas agora juntavam-se para produzir uma onda que poderia levantar o navio encalhado e impulcioná-lo na sua rota para o porto. Ela viu na mensagem os meios gloriosos da graça divina provida para tornar um povo pronto para a vinda do Senhor. Ela estava excitada. Ela reconheceu que a "união com Cristo" significava união com Ele em Sua obra final de expiação, em clara distinção da Sua obra no primeiro apartamento do santuário celestial, onde a porta estava agora fechada (cf. Primeiros Escritos, págs. 55, 56, 260, 261).
A boa nova que Jesus nos dá não é apenas que "a nossa redenção está próxima" (*Luc. 21:28), como se nós merecessemos mais recompensas do que qualquer outra pessoa. Quando Jesus diz "sua redenção," Ele quer dizer a nossa juntamente com o Seu triunfo em Seu grande conflito cósmico. O que à primeira vista pode parecer uma motivação egocêntrica (uma popular), em um pensamento mais acurado, é uma comunhão com Cristo em Seus sofrimentos, uma comunhão em levar a Sua cruz (nenhuma coroa é possível de outra forma).
O que estamos entendendo é o crescimento do povo de Deus, um outro nome para o grande "Dia da Expiação", a purificação do santuário celeste, para conhecer o Salvador intimamente. Não é um tempo para um medo covarde, como o mundo agora experimenta. "O perfeito amor [Ágape] lança fora o temor" (1ª João 4:18), de modo que o tempo final de provação será uma caminhada destemida com o Salvador até mesmo pelo vale das sombras.
Sim, vamos "levantar [nossas] cabeças" (*Salmos 24:9). Com Ele ao nosso lado, não há nada a temer.


- A partir dos escritos de Robert J. Wieland


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, a despeito de inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles.


           

Lição 12 – As Últimas Coisas — Jesus e os Salvos, por Raul Diaz

Para 15 a 22 de dezembro de 2012


Vigiando versus esperando                                                  
Embora os verbos vigiar (*estar de vigília, prestar atenção), e esperar sejam muitas vezes usados ​​como sinônimos, há uma sutil diferença entre os dois. Esperar significa estar em prontidão ou permanecer de repouso em expectativa. Vigiar é olhar e esperar com expectativa ou antecipação. Você pode esperar enquanto realiza outras atividades. Por outro lado, vigiar engloba o conceito de espera, e exige total atenção do observador. Uma pessoa pode estar à espera e ainda perder a coisa que está esperando; mas é improvável que isso aconteça se ele está vigiando. A história a seguir ilustra a diferença.
A jovem Gina telefonou pedindo a sua avó para esperá-la, pois estava indo visitá-la naquele fim de semana. E, naturalmente, a avó Lisa prometeu que a esperaria. Querendo enfatizar a importância de seu pedido, Gina repetiu várias vezes para sua avó, perguntando: "—você vai estar de vigília, não vai? você vai aguardar por mim, certo vovó?" Lisa, que estava começando a ficar incomodada, respondeu várias vezes que ela a esperaria. No dia em que Gina estava para chegar, a avó Lisa pensou: "—Eu ainda tenho tempo para completar algumas tarefas caseiras antes da visita de minha neta Gina, então eu só vou realizá-las e, em seguida, irei para fora para esperar por Gina." No entanto, apesar das melhores intenções da avó, ela tornou-se absorta em suas tarefas e perdeu a noção do tempo. De repente, a avó Lisa ouviu a campainha. "—Oh, não, pensou ela, ainda não pode ser Gina." Correndo para a porta, Lisa a abriu, e, eis que ali estava Gina, porém  muito triste. Vovó Lisa perguntou: "—Por que você está com o rosto triste Gina?, você não está feliz de ver sua avó?". Ao que sua neta replicou: "—Vovó, você não ficou de vigília me esperando como eu lhe pedi." "—Querida", disse a vovó: "—Eu estava preparando coisas gostosas para você, enquanto eu esperei por você." "—Mas vovó!!!", respondeu Gina , "—Eu não queria que você esperasse por mim, o que eu queria é que você ficasse de vigília  prestando atenção à minha chegada." Ela queria que a avó estivesse do lado de fora em expectativa vigiando por ela.
Esta história me fez lembrar da Parábola das Dez Virgens (Mateus 25). Elas foram retratadas como em pé, ou sentadas, enquanto aguardavam o noivo que poderia aparecer a qualquer momento. Como a noite era longa elas adormeceram. Enquanto dormiam um alto clamor acordou-as no meio da noite, “Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro" (vs.6). Ao elas abrirem os olhos, a noite era escura, e mal podiam ver, então elas se apressaram em acender suas lâmpadas. Nós sabemos o resto da história, algumas puderam acender as suas lâmpadas, porque elas tinham óleo extra de reserva. Outras, despreparadas, sem óleo de reserva, não puderam nem acender as suas lâmpadas para anunciar a sua vinda, nem entrar na festa. O que é representado pelo óleo? Ellen White é citada no devocional "Para Conhecê-lo," (Meditação Matinal de 1965) com uma resposta a esta pergunta.
 “Na parábola, as virgens loucas são representadas como implorando por óleo e não sendo atendidas em seu pedido. Isto é simbólico de quem não se prepara através do desenvolvimento de um caráter para ficar de pé em um momento de crise. É como se elas fossem aos seus vizinhos e pedissem: '—Dê-nos o seu caráter ou nós vamos nos perder.’ Aquelas virgens que foram sábias não poderiam dar seu óleo para as lâmpadas das virgens loucas. O caráter não é transferível. Não pode ser comprado ou vendido, deve ser adquirido” (Para Conhecê-lo, Meditação Matinal de 1965, pág. 350.).
Em contraste com as virgens loucas, as virgens prudentes tinham caráter justo. Assim, embora as virgens prudentes parecessem ser tão indolentes como as tolas (pois nenhuma delas estava olhando vigilante pelo noivo) as virgens prudentes tinham óleo de reserva e, portanto, estavam preparadas para a espera. Vivendo pela fé, elas estavam capacitadas para receber o noivo. Com o que foi dito, o que teria agradado o Esposo mais: se as virgens estivessem esperando ou vigiando? Ou os dois?
Ao, o noivo aproximar-se delas ele deve ter notado que elas estavam dormindo e, (*logo depois) que cinco estavam faltando. Podemos apenas imaginar sua perplexidade e decepção, ao que ele questionou, "não deveriam elas ficar acordadas e iluminar o caminho para a sala do banquete? Como é que elas todas caíram no sono? E por que apenas cinco estavam preparadas para o atraso?" "Todas sabiam que eu poderia vir a qualquer momento ..." Ele não parecia estar alegre com o que viu.
Foi isto um símbolo das coisas por vir? Este incidente revelou que as virgens ficaram cansadas após a longa demora. E que, embora sentissem que estava havendo um atraso, não previram um período de espera tão prolongado.
Há coisas escondidas dentro dos recessos de cada uma de nossas mentes, coisas que só o Espírito Santo através do tempo e das circunstâncias pode nos revelar para que possamos, através do arrependimento e perdão, receber a sua eliminação. Sempre que uma promessa é dada pelo Senhor, um período de espera decorre antes que Ele cumpra Sua promessa para nós. Seu objetivo não é, nem nos levar à distração, nem nos frustrar. Em vez disso, Ele deseja que esperemos pacientemente, com expectativa, vigiando, duradoura e perseverantemente até o seu cumprimento.
Esperar não é uma tendência natural do ser humano. Queremos o que quer que seja, agora. E nossas naturezas egoístas encontram muitas maneiras de atingir nossos desejos. Muitas vezes, inconscientemente, apresentamos o nosso pensamento ou comportamento à luz mais moral ou racional, como tentativa de esconder o nosso verdadeiro propósito, para que o eu possa ganhar a bênção prometida agora.
Jesus deu a entender que, na vida do cristão, esperar pacientemente seria um problema, é por isso que Ele foi tão longe ao dizer: "—Quando eu vier, porventura vou achar fé na terra?" A demora que Ele está usando para o nosso bem, a fim de revelar o nosso verdadeiro estado escondido para nós, enquanto há tempo de se arrepender, é usado por muitos para objetivos próprios, que é evitar o conhecimento verdadeiro.
Ao permanecer em união com a fonte de renovação de energia ou poder, o Espírito Santo, somos capacitados, pela fé, a "ser renovados no espírito de nossas mentes" (João 15, Romanos 12:1). A batalha, afinal de contas, é para nossas mentes, bem como para nossas afeições. Vigiando e esperando pacientemente não são atividades inativas, pois elas exigem vigilância, bem como descansando e repousando no Pai.
"Ora, sem fé é impossível agradar-Lhe: porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia ... que Ele é galardoador dos que O buscam (inquirem dEle)" (Hebreus 11:6). "Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza" (2ª Pedro 3:17).

-Raul Diaz

O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton Dr., Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org