sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Uma Mensagem à Liderança da Igreja em Battle Creek.

Prezado irmão,

Em 36 sábados à tarde, na hora do pôr-do-sol, o Pastor Taylor G. Bunch proferiu uma série de 36 sermões na igreja adventista de Battle Creek, então a igreja frequentada pela direção da Associação Geral, fazendo um paralelo, para os nossos lideres, entre o antigo e o moderno Israel nos movimentos do Êxodo e do Advento. A pedido dos que os ouviram, estes sermões foram publicados mimeograficamente, em 1937, no livro que ele intitulou “Exodus and Advent Movements, in Type and Antitipe”.

Neste trimestre, bem a propósito da nossa lição da Escola Sabatina, estivemos traduzindo e postando neste blog grande parte destes sermões a pedido de irmãos nossos, que gostariam de tê-los em português.

Esta série é de Especial valor em defrontar os movimentos apóstatas e divergentes, e em firmar a Igreja Adventista na “fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3).

Por diferentes vezes temos sentido a forte influência da direção divina nas apropriadas mensagens, que temos postado, em relação ao ponto alto das lições, em busca da “verdade como é em Jesus,” para um claro entendimento da “mui preciosa mensagem” adventista de Justificação pela fé, lançando luz nos temas de cada trimestre, que temos transmitido neste blog, bem como ocorria quando as enviávamos diretamente aos endereços eletrônicos, e igualmente, antes disto, quando o fazíamos por meio de fitas K7s e CDs gravados com palestras de 45 minutos para cada lição.

Veja, cada trimestre são apenas 13 lições, assim, despretensiosamente começamos este trimestre lançando resumidamente os 3 primeiros capítulos, depois, pulamos intermitentemente alguns, e até voltando a outros, MAS, a partir do meio do trimestre sentimos que Deus nos guiou para adequarmos com a lição, em sequência, os capítulos para cada semana. Algumas semanas postamos três e até mesmo 4 capítulos. Cada um com paralelos altamente aplicáveis a nós adventistas hoje.

Agora chegamos ao fim do trimestre. Foram apresentados a maior parte do livro

Os Movimentos do Êxodo e do Advento em Tipo e Antítipo,

do pastor Taylor G. Bunch.

O mais premente nos é estudarmos o paralelo entre os filhos de Israel no êxodo do Egito, e nós adventistas hoje, no êxodo de Babilônia. Entramos na mesma crise, que se repete, nos mínimos detalhes, e o relato foi escrito para advertência nossa (1ª Cor. 10:11).

Confira toda a tipologia.

O capítulo de nº 7, apresentou Uma Mistura de Gente, que trata do bando de estrangeiros que saiu do Egito no êxodo. Eles foram os murmuradores e causadores da apostasia. Quem são eles hoje???

O capítulo 18 fala da crise em Cades-Barneia.

O capitulo 19 fala de cades-Barneia EM TIPO.

O capítulo 20 fala da oposição da MAIORIA da liderança à mensagem do trio Moisés, Josué e Calebe, figuras da oposição da MAIORIA da nossa liderança à mensagem do trio Ellen G.White, Waggoner e Jones. Ellen G. White disse que estes dois “tiveram sua contra-partida em Josué e Caleb.”

O capítulo 21 fala da Alteração do Propósito de Deus. Os dois trios de fieis mensageiros tiveram que amargar a pena da qual não tinham culpa;

O capítulo 22 apresenta um triste cumprimento tipológico de uma desafiadora oposição a Deus. Isto está inserido na lição de 4/11/09.

O Capítulo 23 fala da rejeição da liderança divina.

Capítulo 24 — A Volta em Direção ao Egito; postado em 18/11/09,

Capítulo 25 — Sob a Reprovação Divina; postado em 19/11/09,

Capítulo 26 — O Amor e a Liderança de Deus; Ele não abandonou o Israel, Sua . . Igreja hoje ainda é a menina de Seus olhos, postado em 23/11/09;

Capítulo 27 — Um Novo Teste de Fé, postado em 24/11/09;

Capítulo 28 — O Contorno em Volta de Edom, postado em 25/11/09;

Capítulo 29 — A Visão de Cristo e do Calvário, postado em 26/11/09;

Capítulo 30 — Os Triunfos da Fé, a conquista dos gigantes; postado em 30/11/09;

Capítulo 31 — Os esforços Finais de Satanás para Derrotar Israel, 1/12/09;

Capítulo 32 — A Idolatria do Mundanismo, postado em 06/12/09;

Capítulo 33 — A Idolatria da Imoralidade, postado em 07/12/09

Capítulo 34 — A Menos que nos Esqueçamos, postado em 15/12/09

Capítulo 35 — Vitória e Justificação pela Fé, postado em 17/12/09

Capítulo 36 — A Terra Prometida. Postado hoje, 25/12/09.

Com este encerra-se o paralelo.

Faremos bem em ocasionalmente revermos este assunto e atentarmos para estes eventos, para não cometermos os mesmos erros que o povo de Israel cometeu às portas da terra prometida, e podermos entrar na terra da promessa pelas portas.

Queremos, pela graça de Deus, num futuro bem próximo, traduzir os capítulos e parágrafos que pulamos na primeira metade do livro no início deste trimestre, e disponibilizá-lo todo, gratuitamente em um link neste blog, e se possível imprimi-lo, se tivermos condições econômicas para isto. São 280 páginas, e custará menos de R$10,00 por volume. Quantos você desejaria receber??? Escreva-nos para:

Agapeed2001@yahoo.com.br

Este livro, Os Movimentos do Êxodo e do Advento em Tipo e Antítipo,

de autoria do Pastor Taylor G. Bunch,

...

Taylor Grant Bunch (1885-1969). Estudou Direito, mas sentiu o chamado para o ministério. Foi pastor de algumas das maiores igrejas adventistas dos Estados Unidos. Foi professor de Religião em colégios adventistas como Atlantic Union College, em South Lancaster, onde por 5 anos dirigiu o departamento de religião; Colúmbia Union College, em Takoma Park. Por 7 anos dirigiu o departamento de religião da Universidade de Loma Linda. Foi presidente das Associações de Óregon, Idaho, e Michigan. Escreveu mais de 20 livros.

(Enciclopédia Adventista, vol. 10 da série SDABC, pág. 203, 2ª coluna)..

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O original desta monumental obra foi uma edição mimeografada em 1937. A edição da qual estaremos traduzindo é de 1997, publicada por TEACH Services Inc. Notas desta edição e referências são indicadas entre colchetes [ ], e a numeração dela, quando entre as linhas desta tradução, virá entre parêntesis ( ), A paginação da edição original (1937) será indicada entre chaves { }. Quando a mudança de página ocorrer no meio de uma palavra, a indicação é feita ao final da mesma palavra. Não há hífens dividindo palavras nesta tradução. Acréscimos que fizermos ao texto do Pr. Taylor, na tradução destes capítulos, virão entre parêntesis e com o sinal de asterisco (* ...). Destaques de frases e expressões em negrito, são, primordialmente, para conectá-las com algum tópico da nossa lição deste 4º trimestre de 2009. Alguns textos bíblicos, que transcrevemos, foram apenas cotizados pelo Pr. Taylor. Todos os textos bíblicos, inclusive os que ele transcreveu, virão em itálico e as ênfases dadas por ele em negrito.

Lição 13 — As cidades de Refúgio

Refúgio. Esta palavra transmite um sentido de apoio vigoroso (*ou socorro imediato). Proteção. Paz. Segurança. Permanência. Hoje, mais que em qualquer outro tempo na história da terra, a humanidade anseia para refúgio. Como adventistas do sétimo dia, temos algo imediato e premente para compartilhar com os que estão em necessidade.

A lição do domingo faz estas duas perguntas: "Como podemos nos protege das influências negativas que estão sempre ao nosso redor"? e "Que decisões pessoais você, e só você, deve tomar para limitar o impacto negativo dessas influências"?

Não, não podemos protege-nos. Mas há Um que pode nos amparar. "A história das cidades de refúgio é uma das coisas escritas antigamente 'para nosso ensino ..., para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança' (*Romanos 15:4). Achamo-nos continuamente rodeamos por inimigos. Isto não é nenhuma figura de linguagem, mas um fato real. Todo o mundo sabe que possui maus hábitos e traços de caráter que são reais inimigos para ele, frequentemente destruindo não apenas sua felicidade aqui, mas sua esperança do mundo porvir. E o que é pior, são mais fortes que nós, de modo que nós não podemos lutar contra eles com êxito.

"De todos estes inimigos, mais perigosos que quaisquer inimigos terrenos, temos um refúgio seguro. 'Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” (*Salmo 46:1). David escreveu, 'O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu alto refúgio.

"Este refúgio é real. As paredes de Siquém e Hebrom (*Josué 20:7) não protegiam um refugiado do seu inimigo, tão seguramente como Deus guarda os que fogem a Ele dos pecados que os rodeiam.

"Tente-o. Quando o inimigo pressiona sobre você, agarre-se às promessas de Deus, e elas serão para você uma parede que nenhuma tentação pode transpor. O próprio Satanás, em pessoa, não pode passar por elas para colocar suas mãos violentas sobre alguém que ele persegue. O Deus do céu é infinitamente mais real, embora invisível, ao contrário de todos os outros deuses que podem ser vistos; então, Sua Palavra é uma pedra infinitamente mais real e mais resistente (*e maior) que Gibraltar" (E. J. Waggoner, em The Present Truth, de 10 de Outubro de 1895).

"Conhecemos o poder da ressurreição de Cristo somente por experimentar o mesmo poder no perdão dos pecados, e na vitória sobre o pecado. Assim compartilhamos, mesmo agora, na ressurreição de Cristo, e isso é a segurança da ressurreição futura na Sua vinda" (E. J. Waggoner, The Bible Echo, de 1º de agosto de 1893).

Leia o contexto imediato do verso para memorizar desta semana (Heb. 6:17-20). Aqui vemos que nossa esperança é ancorada no ministério sumo-sacerdotar de Cristo no santuário celestial. Tudo ali reflete o que acontece, em realidade, nos corações e mentes dos filhos terrenos de Deus. Em Apocalipse 3:20 nosso Refúgio é retratado, sempre batendo na porta de nosso templo da alma (veja Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 325)1. O mais leve clamor do coração é ouvido por esse Visitante persistente, e Ele não falhará em responder nosso convite para entrar. Afinal de contas, quão bom é um refúgio se está longe, e é difícil de ser alcançado? Não tenho refúgio algum, absolutamente, se não está onde e quando eu necessito dele alí. Cristo, ministrando dentro do véu, "vivendo sempre para interceder" por nós (Heb. 7:25).

A lição da quinta-feira faz a pergunta, "Em que maneiras achamos o mesmo tipo de refúgio e proteção em Cristo que esses que fugiram às cidades de refúgio achadas"?

Uma cidade de refúgio foi colocada ao alcance de cada israelita. Na mesma maneira, fé é dada a cada ser humano é (Rom. 12:3). "Desde que fé é depender da palavra de Deus somente, pelo que essa palavra diz, ser justificado pela fé é, simplesmente, ser considerado justo por depender da palavra somente.

"Se Ele fez o caminho tão simples, a justificação tão completa, e a paz tão segura a todos, e pede a todas as pessoas tão somente para recebê-los completamente, simplesmente por aceitá-los dEle, e depender dEle para tê-los, por que não deveria cada alma na terra ser assim justificada, e ter a paz de Deus por nosso Senhor Jesus Cristo"? (A. T. Jones, Adventist Review and Sabbath Herald, de 14 de Fev. de 1899, pág. 104).

“O culpado de matar alguém não teve nenhuma parte em preparar este esconderijo para ele próprio". ... "É bom que nos conscientizemos de que a Cidade de Refúgio é nossa casa permanente. Somos privilegiados em permanecer ali para sempre, escondidos em Cristo. Partir é assassinar nosso Redentor e cometer suicídio. A liberdade dos salários do pecado é achado só em Cristo, a real 'Cidade de Refúgio’ .”

Considere o seguinte: "Habitar com Cristo é escolher só a direção de Cristo, de modo que o interesse de ambos se identifique. Quando você abandona a própria vontade, a própria sabedoria, e aprende de Cristo como lhe convidou, então você achará entrada no reino de Deus. Ele requer, rendição absoluta e inteira. Abandone sua vida para Ele ordená-la, moldá-la, e modelá-la; tome sobre seu pescoço o Seu jugo; submeta-se para ser dirigido e ensinado, assim como dirigir e ensinar; aprenda que a menos que torne-se como uma criancinha você nunca entrará o reino de céu. Confie nEle, para ser e fazer só o que ele desejar. Estas são as condições de discipulado.

"A menos que você concorde com estas condições, não poderá ter descanso. O descanso está em Cristo; não pode ser achado como algo que ele dá à parte dEle. O momento que o jugo é ajustado ao seu pescoço, naquele momento ele torna-se suave; e o mais pesado trabalho espiritual pode ser executado, os mais pesados fardos podem ser suportados, porque o Senhor dá força e poder, e ele dá alegria para fazer o trabalho. Marque os pontos: ‘Aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração’ (*Mat. 11:29). Quem é que fala assim? A Majestade do céu, o Rei de glória. Ele deseja que sua concepção de coisas espirituais seja purificada do nevoeiro do egoísmo, da mancha da fraude, da indelicadeza, da natureza desapiedada. Deve ocorrer uma alta experiência interior. Você deve obter um crescimento em graça habitando em Cristo.

"Ao estas coisas serem faladas, eu via que alguns saíram tristemente para longe, e misturaram-se com o escarnecedores; outros com lágrimas, todos contritos de coração, faziam confissões aos que tinham ofendido e ferido. Não pensaram em manter a própria dignidade, mas, perguntado em cada passo, 'o que eu devo fazer para ser salvo?’ A resposta era, 'Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que vossos pecados possam ir de antemão a julgamento, e apagados'" (A. T. Jones, obra citada).

"Temos praticado o mal. Pecamos. Qual é o salário do pecado? Morte. Então, quem vem ao nosso encalço? A morte. Quem tem o poder da morte? Satanás. Então, quem vem ao nosso encalço? Satanás. E fugimos por refúgio para nos apegarmos à esperança posta diante de nós. Onde está esta esperança? Em Cristo. Quem é nosso refúgio? Cristo. Quem é nossa cidade de refúgio? … Agora então, quando estamos em Cristo, nosso refúgio, pode Satanás tocar-nos? Não, não pode. Como você sabe? Assim foi dito. Suponha que saímos antes de finalizada a obra do Sumo Sacerdócio, o que acontecerá então? Satanás pode, e ele nos afligirá, e nosso sangue estará sobre nossa cabeça. Se saímos antes do encerramento do sacerdócio, não temos nenhuma proteção e ele nos tomará. Se esse homem permanecesse na cidade dez ou quinze anos e tivesse crescido e se tornado suficientemente forte para defrontar seu inimigo, não iria ele fazer isto? Teria ganhado experiência ali, e portanto ele podia dizer, 'sou suficientemente forte agora, não estou com medo de qualquer inimigo; agora posso sair. Posso sair agora, estou bem. Outro companheiro foi embora e esqueceu todo sobre isto'. Mas ele não é capaz de defrontar o inimigo, é? Onde somente é ele capaz de encontrar o inimigo? Na cidade. E na cidade ele não tem que encontrá-lo absolutamente, tem? As paredes da cidade encontram o inimigo. Esse escudo de fé que apaga todos os dardos inflamados do maligno — escudo da fé que é Jesus Cristo, são as paredes da nossa cidade de refúgio, e os dardos inflamados do inimigo não podem passar por elas absolutamente.

"Bem, então nossa força e nossa segurança para sempre, é só dentro de nosso refúgio, não é? E então, quando o sacerdócio findar, podemos ir em qualquer parte deste universo — mas não fora de Cristo. Então poderemos ir a toda parte, e o inimigo pode fazer-nos qualquer dano? Não senhor. Permaneçamos na Cidade, irmãos; permaneçamos no refúgio para o qual fugimos, onde nossa segurança está. E quando estamos ali não temos nós a vitória? Sim, temos. NEle temos a vitória. Podemos defrontar então a tentação com alegria. Por quê?, porque temos a vitória antes de entrarmos em tentação, não temos? Então, não podemos ser felizes? Você não preferiria ter uma batalha quando você sabe que tem uma vitória antes de você começá-la, ao invés de não ter nenhuma batalha absolutamente? Então vamos fazer algum tipo de luta desse. Venha, para que serve ter medo? A vitória é a nossa" (A. T. Jones, Boletim Diário da Conferência Geral de 1893, pág. 205, Sermão de nº 10, pregado em 9 de Fev.).

Helene Thomas

A irmã Helena é esposa de um obreiro bíblico adventista. Eles vivem no estado de Michigan, nos EUA. Além de exercer as funções do lar, como esposa, mãe e avó, ela é escritora, e produz artigos literários de dentro da própria casa. A partir de Janeiro de 2010 ela será a nova editora do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

Notas do tradutor:

1) “Quão disposto está Cristo para tomar posse do templo da nossa alma, se O deixarmos entrar! É Ele representado como esperando e batendo à porta do coração. Então, por que não entra? É orque o amor do pecado fechou a porta do coração. Logo que consintamos em renunciar ao pecado, reconhecendo nossa culpa, é removida a barreira entre a alma e o Salvador” (EGW, obra e pág. acima citadas).


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A nossa cidade de refúgio definitiva. Para a Lição 13

"É bom que nos conscientizemos de que Cristo é a nossa Cidade de Refúgio, e é nossa casa permanente. Somos privilegiados em permanecer ali para sempre, escondidos nEle. Partir é assassinar nosso Redentor e cometer suicídio. A libertação dos salários do pecado é achado só em Cristo, a real 'Cidade de Refúgio’” (Parte da lição de sexta-feira em inglês).

Leia agora o último dos 36 sermões do Pr Bunch aos líderes da Associação Geral em 1937, pregados na igreja de Batle Creek.

os Movimentos DO Êxodo E do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937.

Postado em 06/12/09 no blog http://agape-edicoes.blogspot.com

CAPÍTULO 36 — A TERRA PROMETIDA

Pág. 269 {178} Esperança de Recompensa. Mateus 19:27-29. Jesus não repreendeu a Pedro por perguntar sobre a sua futura recompensa. Na resposta à sua pergunta Ele assegurou aos discípulos quanto a uma recompensa que excederá em muito a expectativa e compreensão deles. No reino de glória eles seriam reis que regeriam as doze nações dos salvos. As “grandíssimas e preciosas promessas” (*2ª Pedro 1:4) “de uma “grande recompensa de retribuição” (*Hebreus 10:351) ocupam um grande lugar nas Escrituras e foi um dos fatores principais em conduzir homens e mulheres a decisões pela justiça e contra a inquidade. As promessas “da herança dos santos na luz” (*Col. 1:12) fizeram vibrar o espírito dos peregrinos cristãos ao longo dos séculos ao viajarem através do território inimigo em direção à sua pátria. Declara-se que “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não vêem” (*Heb. 11:1). A maior parte das esperanças do povo de Deus centraliza-se nas promessas divinas de recompensa que não são vistas por serem invisíveis, exceto aos olhos da fé.

Visão do Futuro. Foi a promessa do domínio restaurado que manteve elevado o espírito deprimido de Adão e Eva depois de terem sido expulsos do Paraíso. Este foi também o segredo da caminhada de 300 anos de Enoque com Deus que terminou em sua trasladação. “Mas o coração de Enoque estava sobre os seus tesouros eternos. Ele tinha olhado para a cidade celestial. Ele havia visto o Rei na Sua glória no meio de Sião. Quanto maior a inquidade existente, mais ansioso era o seu desejo pelo lar de Deus. Enquanto ainda sobre a Terra, ele habitava, pela fé, nos reinos de luz” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 8, págs. 330 e 331]. A visão da futura recompensa foi também um dos segredos da vitória de Cristo no Calvário. “O que susteve o Filho de Deus na Sua traição e prova? — Ele viu o trabalho árduo da Sua alma e ficou satisfeito (*ver Isa. 53:11). Ele captou uma visão da expansão da eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação receberiam o perdão e a vida eterna... . Os Seus olhos captaram a visão dos remidos. Ele ouviu os resgatados entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro [ibidem, págs. 43 e 44]. Veja Heb. 12:2.

Pág. 270 {178} O Movimento do Êxodo. Foi a sua visão de “recompensa de retribuição” que incutiu em Moisés a tomada de decisões momentosas que resultaram em ser escolhido pelo Senhor para se tornar o líder visível do Movimento do Êxodo, ver Hebreus 11: 24-27. Moisés foi capaz de suportar todas as privações e sofrimento da jornada do Egito a Canaã “porque ficou firme, como vendo o invisível” (*vs. 27) e a sua fé centralizava-se nas recompensas prometidas que estavam fora de vista. Foram as promessas quanto à terra de Canaã que tornaram possível persuadir os israelitas a deixar o Egito e empreender a longa e cansativa peregrinação pelo estéril deserto. A frequente repetição dessas promessas ajudara a manter unido o movimento e concedeu inspiração às multidões em marcha. No tempo de crise e desânimo, a esperança da recompensa impedia-os de voltar à terra da sua escravidão.

Terra Boa e Larga. Êxodo 3:7, 8. A afirmação: “uma terra que mana leite e mel” é símbolo de fertilidade e prosperidade e é {179} repetida vinte vezes. A herança prometida dos hebreus é descrita adicionalmente em Deuteronômio 6:10, 11; 11:10-12; Ezequiel 20:6. No Salmo 106:24 a Palestina é chamada de “terra aprazível” ou “terra desejável” [margem da KJV). Em Daniel 11:16, o anjo Gabriel descreve a pátria dos judeus como “a terra gloriosa” ou “a terra agradável” [margem da KJV]. Quando os doze espias voltaram de uma viagem de quarenta dia pela terra prometida, informaram que era tudo quanto o Senhor havia prometido, e trouxeram amostras dos seus frutos. Calebe e Josué declararam que era “uma terra muito boa” (*Num. 14:7).

Pág. 270 {179} Uma Herança. O Senhor disse aos israelitas que a terra prometida seria uma herança, de modo que não sentiriam que a tinham obtido com base em compra ou conquista. Deviam herdar a terra da promessa, ver Êxodo 6:4, 8; Números 34:2; Salmo 105:44. O fato que a terra era um presente, à base de herança, foi comemorado num cântico, o Salmo 44:1-3. O tamanho dessa herança é dado em Números 34:1-12. O território de duas tribos e meia na parte oriental do Jordão devia alcançar o Rio Eufrates. “Das altas longínquas montanhas do Líbano, até às praias do Grande Mar, e longe, até às margens do Eufrates no Oriente — tudo era (271) para ser deles” [Patriarcas e Profetas, pág. 482]. A promessa consistia em que seria “uma terra boa e larga” (*Êxodo 3:8). Que o Senhor planejava estender gradualmente a terra da promessa até abarcar a Terra inteira é evidente do fato de que quando a promessa foi feita a Abraão ela incluía o mundo inteiro, ver Romanos 4:13 (*e Gên. 17:4-6).

Pág. 271 {179} Visão de Moisés. Pouco antes de sua morte a Moisés foi dada uma visão da terra prometida da qual ele seria excluído por causa de seu pecado de impaciência. “E agora, uma panorâmica vista da terra da promessa foi apresentada a ele. Cada parte do país foi estendida em sua frente, não indistintas e vagas, em obscura distância, mas representando-se claras, distintas e belas à sua prazerosa visão. Naquele cenário ela foi apresentada, não com a aparência de então, mas como se tornaria com a bênção de Deus sobre ela, na posse de Israel. Parecia-lhe estar olhando a um segundo Éden. Havia montanhas guarnecidas de cedros do Líbano, colinas alegres com olivais, e cheirosas com o odor das vinhas; amplas e verdes planícies, brilhantes, com flores, e ricamente frutíferas; aqui as palmeiras dos trópicos, ali campos ondulados de trigo e cevada; vales ensolarados, melodiosos com o sussurro dos riachos e o cântico dos pássaros, boas cidades e belos jardins; lagos, ricos na “abundância dos mares” (*Deut. 33:19), rebanhos pastando nas colinas, e até mesmo tesouros de abelhas silvestres escondidos entre as rochas. Era, sem dúvida, a terra que Moisés, inspirado pelo Espírito de Deus, tinha descrito a Israel” [Patriarcas e Profetas, pág. 472]. Esta visão do profeta de Deus foi então fundida numa visão da Terra inteira, quando restaurada à sua beleza edênica e habitada pelos remidos.

Terra Ocupada. A terra prometida já estava ocupada por trinta nações, cada uma das quais era maior em número do que a dos hebreus. Tinha sido dada a essas nações a oportunidade de conhecer a Jeová, mas O haviam rejeitado pela adoração de deuses falsos e tinham se afastado em pecado do seu dia de graça. O Senhor não poderia dar {180} a terra prometida a Seu povo até que essas nações e os seus habitantes tivessem completado a taça da sua inquidade. Isto aconteceria numa geração específica, ver Gênesis 15:13-16. As nações e povos que ocupavam a terra prometida deveriam ser “completamente” destruídos, ver Deuteronômio 7:1, 2. A destruição seria feita pelo Senhor (272) mediante o Seu anjo destruidor “Eu os destruirei,” ver Êxodo 23:23; 33:1, 2. Como armas de destruição o Senhor usaria “vespões”, “pragas” e “saraiva,” ver Êxodo 23:28; Josué 10:11.

Pág. 272 {180} Canaã Celeste. A terra prometida do Movimento do Advento é a Canaã celeste que é a Terra inteira remida e restaurada ao seu estado original. Salmo 37:11; Mateus 5:5; Hebreus 11:12-16. A Canaã celeste, bem como a terrestre, vem ao povo de Deus pela herança, e é um presente de Deus, recebido pela fé. Tal como Abraão, Isaque, e Jacó e os doze patriarcas foram peregrinos e estrangeiros numa terra que eles “que havia de receber depois por herança” (*Heb. 11:8, KJV), assim se dá com todo o povo de Deus em todas as partes do reino de pecado, sendo peregrinos e estrangeiros num mundo que lhes virá por herança. Essa terra prometida é ocupada agora por nações más a quem oportunidade tem sido dada de conhecerem ao Senhor e à Sua verdade. A rejeição completa da última mensagem de advertência da parte de Deus, sob a chuva serôdia, encherá a sua taça de inquidade. O Senhor não pode dar a terra a Seu povo escolhido até que os habitantes da Terra tenham se afastado pelo pecado para longe do seu dia de graça. Quando “os tempos dos gentios” se “completarem” (*Lucas 21:24) o tempo de graça se encerrará e a preparação final será feita para que os santos herdem a Terra.

Completamente Destruídas. O Senhor prometeu destruir completamente todas as nações terrestres e todos os pecadores. Daniel 2:34, 35, 44, 45; Sofonias 1:2, 3, 14-18; Isaías 13:9; 24:1-6. Essa destruição será realizada “por pragas” e “grande pedras de saraiva,” Ezequiel 38:18-22; Apocalipse 16. Os ímpios serão queimados, raiz e ramo, e se farão “cinzas debaixo das plantas” dos pés dos justos que habitam a Terra, ver Malaquias 4:1-3. Essa destruição tem sido retardada pela misericórdia de Deus até que a taça da inquidade seja cheia e se complete até a borda, e há toda evidência de que o dia da vingança está próximo. “Obreiros maus têm entesourado ira para o dia da ira; e quando o tempo chegar plenamente em que a iniquidade tiver alcançado o limite determinado na misericórdia de Deus, a Sua paciência cessará. Quando os dados reunidos nos livros de registro do céu assinalarem a soma completa da transgressão, a ira virá, não misturada com misericórdia” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 524], (*e Maranata, pág. 262).

Pág. 273 {180} Terra Agradável. A Canaã celeste é de fato uma terra agradável. A Terra será completamente restaurada ao seu estado edênico original. Atos 3:30, 31. “A restauração de tudo” significa reverter a uma antiga condição. A Terra será feita “como o Éden” e “como o jardim do Senhor” [Isa. 51:3]. Paulo declarou que “quando o estado perfeito de coisas vier, tudo o que é imperfeito será trazido a um fim” [1ª Cor. 13:10, Weymouth]. Esse estado perfeito de coisas é descrito em muitos textos, ver Isaías 11:4-9; 35:3-10; 60:18-21; 65:17-25; 66:22, 23; Apocalipse 21 e 22. Após contemplar a Canaã terrestre do cume do Monte Nebo a Moisés foi dada uma visão da nova Terra. “Ainda outra {181} cena se abre à sua vista – a Terra livre da maldição, mais encantadora do que a formosa terra da promessa, que tão poucos momentos antes se apresentara perante ele. Nela não há pecado, e a morte não pode entrar. Lá, as nações dos salvos encontrarão o seu eterno lar. Com inexprimível alegria, Moisés olha para a cena – a realização de um mais glorioso livramento do que jamais esboçaram as suas mais radiosas esperanças. Passada para sempre sua peregrinação terrestre, o Israel de Deus finalmente entrou na boa terra” [Patriarcas e Profetas, pág. 477].

Pág. 273 {181} Propósito Espiritual. Na Canaã celeste o propósito original de Deus será levado a cabo “como se o homem nunca houvesse caído”. O Éden, que significa “uma região deleitosa” será restaurado, e poderemos entrar novamente no Paraíso, “o jardim de todas as delícias”. “Ao a Terra sair das mãos de seu Criador, era extremamente bela. A sua superfície era diversificada, com montanhas, colinas e planícies, entremeadas por majestosos rios e formosos lagos; mas as colinas e montanhas não eram abruptas e acidentadas, com inúmeros terríveis precipícios e horríveis abismos, como hoje têm; as pontas afiadas e ásperas das rochas da estrutura da terra estavam sepultadas debaixo do solo fértil, que, em toda parte, produzia um abundante crescimento da vegetação. Não havia pântanos nojentos nem desertos áridos. Arbustos graciosos e flores delicadas excitavam a vista em qualquer lugar. As montanhas estavam embelezadas com árvores mais majestosas do que quaisquer que possam existir agora. O ar, não contaminado por putrefação fétida, era puro e saudável. A paisagem inteira excedia em beleza as áreas decoradas do mais glorioso palácio” [idem, pág. 44]. Tudo isso deve ser restaurado.

Pág. 274 {181} As Ambições Mais Elevadas Realizadas. Há correntes perenes, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus levantam seus altivos cumes. Nessas pacíficas planícies, ao lado daqueles vivos regatos, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar” [O Grande Conflito, pág. 675]. “Ali, mentes imortais contemplarão, com prazer que jamais fraquejará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que redime. Ali não haverá nenhum cruel enganador inimigo, para nos tentar a esquecer a Deus. Cada faculdade será desenvolvida, cada capacidade aumentada. A obtenção de conhecimento não cansará a mente nem esgotará as energias. Ali os maiores empreendimentos poderão ser executados, as mais elevadas aspirações alcançadas, as mais altas ambições realizadas; e surgirão ainda novas alturas a conquistar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo. Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos redimidos” [idem pág. 677].

Fonte de Encorajamento. Assim como a contemplação e as conversas acerca da terra prometida alegraram os peregrinos hebreus na sua jornada pelo deserto, assim o povo do Advento é encorajado a seguir avante e não pôr de lado a sua confiança em vista do esplendor da Canaã celeste ao fim da sua jornada. “São revelados nesses últimos dias visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e elas devem ser queridas por Sua Igreja. … Devemos ter uma visão do {182} futuro e da bem-aventurança do céu” [Testemunhos Para a Igreja. Vol. 8, pág. 43, 44. “Deixe a sua imaginação retratar o lar dos remidos, e lembrar-se de que será mais glorioso do que a sua imaginação mais brilhante poderia reproduzir” [Caminho a Cristo, pág. 86, dição de bolso], ver 1ª Coríntios 2:9.

Pág. 274 {182} A Pátria Celeste. A Palestina era a pátria dos hebreus, pois eram apenas peregrinos no Egito. Tão logo eles alcançaram a sua pátria, a Festa dos Tabernáculos foi instituída para comemorar a sua libertação da escravidão egípcia e “em memória da sua vida de peregrinos no deserto” [Patriarcas e Profetas, pág. 540]. Este grande festival era uma celebração de retorno ao lar (275) e também era conhecido como a festa do regresso para casa. Nunca foi celebrada enquanto o Israel esteve em escravidão ou cativeiro numa terra estrangeira. Foi instituída logo que alcançaram a sua pátria, saídos da escravidão egípcia, e foi reinstituída depois que regressaram do cativeiro em Babilônia. “A festa dos tabernáculos era a reunião de encerramento do ano. Era propósito de Deus que, por esse tempo, o povo refletisse em Sua bondade e misericórdia. ... A festa continuava por sete dias ... O povo vinha de longe e de perto, trazendo em suas mãos um testemunho de alegria. Velhos e jovens, ricos e pobres, todos levavam alguma dádiva como tributo de agradecimento Àquele que lhes coroara o ano com Sua bondade, e tornara Seus caminhos abundantes. Tudo quanto podia alegrar a vista e dar expressão ao contentamento geral, era trazido das matas; a cidade assumia a aparência de uma linda floresta. Essa festa não era somente a ação de graças pela colheita, mas um memorial do protetor cuidado de Deus sobre Israel no deserto. Em comemoração à vida deles em tendas, os israelitas durante a festa habitavam em cabana ou tabernáculos de ramos verdes. ... Com hinos sagrados e ações de graças, os adoradores celebravam essa ocasião” [O Desejado de Todas as Nações, pág. 448].

Pág. 275 {182} A Chegada Final ao Lar. Esta celebração de regresso ao lar era típica do regresso para casa dos remidos da Terra para a Canaã celeste, ver Apocalipse 14:1-5; 15:2-8; 19:1-9. Ao Revelador são dadas visões dos remidos da Terra na pátria celeste “trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” celebrando a Festa dos Tabernáculos ou Festa das Primícias, ver Apocalipse 7:9-17. O universo inteiro participa da maior celebração de regresso para o lar e celebração de ação de graças de todas as eras. “A festa dos tabernáculos não era apenas comemorativa, mas também típica. Não somente apontava para a peregrinação no deserto, mas, como festa da ceifa, ela celebrava a colheita dos frutos da terra, e apontava para o grande dia da colheita final, quando o Senhor da seara enviará os Seus ceifeiros ... E cada voz, no Universo inteiro, unir-se-á em alegre louvor a Deus... . O povo de Israel louvava a Deus na Festa dos Tabernáculos, ao rememorarem (276) a Sua misericórdia no seu livramento da escravidão no Egito, e o Seu terno cuidado para com eles durante sua vida de peregrinação pelo deserto. Regozijavam-se também pela conscientização do perdão e aceitação, mediante o serviço do dia da expiação, apenas terminado. Mas, quando os remidos do Senhor tiverem sido com segurança reunidos na Canaã {183} celestial – para sempre libertados do cativeiro da maldição, sob o qual “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora” (*Rom. 8:22) – regozijar-se-ão com inexprimível alegria e cheios de glória. A grande obra expiatória de Cristo em prol do homem terá sido então completada, e seus pecados terão sido para sempre eliminados” [Patriarcas e Profetas, págs. 541 e 542].

Pág. 276 {183} Doxologia Tríplice. É durante essa grande celebração de ação de graças do final regresso para o lar, que a tríplice doxologia de Apocalipse 5 é entoada pelos querubins guardiões do trono de Deus com os vinte e quatro anciãos, a inumerável hoste celestial de anjos com sua atribuição sétupla de louvor ao Cordeiro, terminando em um coro de Aleluia poderoso de louvor a Deus e ao Cordeiro, no qual toda a criação no universo participa. “Finalmente, toda criação afetada pela queda e incluída nas provisões da restauração remidora reverbera em louvores fiéis a Deus e a Seu Cordeiro, oferecendo-Lhes em vozes agradecidas de todas aquelas esferas toda “bênção, e honra, e glória, e poder” (*Apoc. 5:13). Podemos entender bem a emoção da arrebatadora antecipação que nessa ocasião animará toda a criação expectante quando lemos passagens como Rom. 8:18-21!” [“Revelation, the Crown-Jewel of Biblical Prophecy,” por Stevens, pág. 126]2.

Esperando Pela Celebração. O apóstolo Paulo descreve o universo inteiro, que espera em gozosa antecipação por essa grande celebração de ação de graças, quando o Movimento do Advento conclui a sua jornada e todos os santos entram na Canaã celeste: “Ora, o que agora sofremos conto como nada em comparação com a glória que deve ser logo manifestada em nós. Pois toda a Criação, fitando ansiosamente como se com o pescoço esticado, está esperando e almejando para ver a manifestação dos filhos de Deus. Já que a Criação caiu na sujeição e fracasso (277) e na irrealidade (não da sua própria escolha, mas pela vontade daquele que assim a submeteu). Contudo, houve sempre a esperança de que finalmente a própria Criação também seria posta em liberdade da escravidão da decadência para desfrutar da liberdade que acompanhará a glória dos filhos de Deus. Pois sabemos que a Criação inteira está gemendo juntamente com as dores de parto até esta hora. E mais do que isto, nós mesmos, embora possuamos o Espírito como um antegozo e garantia do futuro glorioso, contudo nós mesmos intimamente suspiramos, enquanto esperamos e longamente pelo aberto reconhecimento como filhos pela libertação dos nossos corpos” [Romanos 8:18-23, versão de Weymouth].

Notas desta edição:

1) Paulo, neste verso, nos exorta a não rejeitar a nossa confiança em Deus, que tem “grande recompensa de retribuição” (*Hebreus 10:35, na KJV do Séc. XXI e na Versão Padronizada Americana); “grande e avultado galardão” (Alm. Fiel); “uma grande recompensa” (Alm. Contemporânea); Moisés recusou o trono do Egito, “porque tinha em vista a recompensa” (Heb. 11: 26); o amor aos inimigos tem “grande galardão” (Lucas 6:35);

2) “Revelation, the Crown-Jewel of Biblical Prophecy”, (Apocalypses, a Joia-Coroa da Profecia Bíblica), 1928, publicado pela editora The Christian Alliance Publishing Company (Harrisburg, Pa, New York). Por William Coit Stevens. Ele foi um pastor presbiteriano, largando esta denominação e depois se integrando ao movimento da Nova Aliança. Ele era um lingüista clássico, conhecendo latim, grego, hebraico, alemão e francês. Chegou a adquirir diversos graus honoríferos, mas preferia ser chamado simplesmente de Pastor Stevens.

3) Tradução do Novo Testamento do grego para o inglês moderno, como usado no século XIX, feita por Richard Francis Weymouth (1822-1902). O prefácio da edição original, de 1902 (ou 1903?), afirma que a versão foi principalmente elaborada para fornecer um sucinto e resumido comentário. Outras edições são de: 1904; 1909; 1924, revisada por diversos escolásticos; 1929, revisada por James Alexander Robertson, e a sexta edição em 1936.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Capítulo 35 — VITÓRIA E JUSTIÇA PELA FÉ

O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937.

Postado em 17/12/09 no blog http://agape-edicoes.blogspot.com

Capítulo 35 — VITÓRIA E JUSTIÇA PELA FÉ

Pág. 262 {173} Triunfo da Fé. Salmo 44:3; Deuteronômio 9:1-6. Uma das últimas mensagens que vieram aos israelitas antes da entrada deles na terra prometida foi de que o seu êxito não seria o resultado da sua “própria espada,” ou do seu “próprio braço,” ou da sua própria “justiça”, mas pela fé e pela justiça do seu grande Líder. Moisés então lembrou-lhes da sua rebelião em Cades-Barneia quando “não puderam entraram,” ver versos 7, 8, 23, 24. Em Cades-Barneia eles tinham tentado entrar na sua própria força e fracassaram miseravelmente. “Eles tinham-se rebelado contra as Suas ordens quando Ele lhes ordenou que subissem e tomassem a terra que lhes havia prometido, e, agora, quando os ordenou recuar, eles foram igualmente insubordinados e declararam que iriam lutar contra os seus inimigos. Puseram-se em ordem com roupas de combate e armaduras, e apresentaram-se perante Moisés, na sua própria estimativa preparados para o conflito, mas tristemente deficientes à vista de Deus e de Seu sofrido servo” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, pág. 153, 154].

Dura Lição. Que vitória e justiça são conseguidas somente pela fé foi uma dura lição para Israel aprender e é igualmente difícil para o Israel moderno. O fracasso em aprender essa lição atrasou o triunfo do Movimento do Êxodo durante quarenta anos, e o mesmo fracasso tem atrasado o triunfo final do Movimento do Advento por muitos anos. Finalmente Israel aprendeu a lição e o Senhor os conduziu à terra prometida. É-nos dito que isto poderia ter sido feito quarenta anos antes, se tivessem exercido fé. O povo do Advento também aprenderá, por fim, esta lição, e entrará na Canaã celeste. As mensagens finais do profeta do Movimento do Êxodo, pouco antes da sua morte, centralizavam-se em vitória, justificação e justiça pela fé em Cristo, o seu Líder, e este também foi a peso do profeta do Movimento do Advento pouco antes da sua morte [1915]. As suas mensagens finais são repletas de lembranças do fracasso do povo do Advento em aceitar a mensagem de 1888 e entrar na Canaã celeste, e com (263) ansiosos apelos para aceitar, pela fé, a vitória e a justiça de Cristo como a única esperança de salvação. “Podemos alcançar vitórias que nossa própria opinião errônea e malconcebida, que nossos próprios defeitos de caráter e nossa própria exígua fé têm feito que pareça impossível. Fé! Nós raramente sabemos o que isto significa” {Testemunhos para Ministros, pág. 187]. A mensagem que agora é dada [escrito em 1937] está restaurando a fé nos corações do povo remanescente de Deus e logo marcharão em triunfo para o reino celestial.

Pág. 263 {173} Cruzando o Jordão. A mensagem de vitória e justiça pela fé foi logo seguida pela travessia do Jordão. Essa foi uma maravilhosa manifestação de fé como não tinha sido vista entre eles desde a travessia do Mar Vermelho, Hebreus 11:291. Este evento é registrado em Josué 1:11; 3:7-17. “Todos olhavam, com profundo interesse, ao os sacerdotes descerem para a margem do Jordão. Viram-nos com a arca sagrada a moverem-se resolutamente para frente, em direção à furiosa corrente encapelada, até que os pés dos condutores tocaram a água. Então, subitamente, a correnteza acima estancou-se, enquanto a torrente abaixo fluía; e o leito do {174} rio ficou seco. Sob o comando divino os sacerdotes avançaram para o meio do vale do rio, e ficaram ali de pé, enquanto a hoste inteira desceu, e cruzou para o outro lado. Assim ficou impresso, sobre as mentes de todo o Israel, o fato de que o poder que deteve as águas do Jordão foi o mesmo que abrira o Mar Vermelho a seus pais quarenta anos antes” [Patriarcas e Profetas, pág. 484].

Pág. 263 {174} Um Memorial. Como memorial desse grande milagre doze homens escolhidos das doze tribos tomaram, cada um uma pedra do leito do rio, e erigiram um monumento na margem ocidental. “Ao povo foi ordenado contar a seus filhos a história do livramento que Deus operara em prol deles, conforme disse Josué: ‘Para que todos os povos da terra conheçam a mão do Senhor, que é forte, para que temais ao Senhor vosso Deus todos os dias’ (*Josué 4:24). A influência deste milagre, sobre os hebreus bem como sobre seus inimigos, foi de grande importância. Foi uma garantia para Israel da presença e proteção contínuas de Deus — ... Tal confiança era necessária para fortalecer-lhes o coração, ao entrarem eles na conquista da (264) terra a estupenda tarefa que abalara a fé de seus pais quarenta anos antes” [idem, págs. 484 e 485].

Pág. 264 {174} O Opróbrio do Egito. Josué 5:2-10. O pecado é “o opróbrio do Egito” (*v.9), ver Números 15:30; Provérbios 13:34; Ezequiel 20:5-8. A verdadeira circuncisão é a separação do pecado, Colossenses 2:11. É também um sinal da justiça pela fé, Romanos 4:11. A aceitação da vitória sobre o pecado e a justiça de Cristo pela fé lançaram para longe o opróbrio do Egito e assim foi dado fim ao período da sua rejeição, que começou em Cades-Barneia, durante o qual eles “estiveram sobre a repreensão divina”. “A suspensão do rito da circuncisão desde a rebelião de Cades, fora um constante testemunho a Israel de que o concerto deles com Deus, do qual a circuncisão era o símbolo designado, tinha sido quebrado. E a interrupção da Páscoa, memorial de sua libertação do Egito, fora prova do desagrado do Senhor pelo seu desejo de voltarem à terra do cativeiro. Agora, entretanto, os anos da rejeição haviam terminado. Mais uma vez Deus reconhece a Israel como Seu povo, e o sinal do concerto foi restabelecido” [idem, pág. 485]. Porque o “o opróbrio do Egito” foi lançado para longe de Israel no seu primeiro acampamento depois de cruzar o Jordão, o nome do lugar foi chamado Gilgal2 que significa “lançar longe,” ou, “lançar fora”. A travessia do Jordão, pela fé, depois da sacudidura final, selou Israel como povo da aliança de Deus. O opróbrio foi removido e o Senhor voltou a Sião para operar com poder entre eles.

Batismo espiritual. Em 1ª Coríntios 10:1, 2 nos é dito que a travessia do Mar Vermelho foi um batismo. Então a travessia do rio Jordão também seria um batismo. Num sentido individual o primeiro provavelmente simbolizou o nosso batismo de água, no início da nossa experiência cristã, e o outro, o batismo do Espírito no fim. Em relação ao movimento eles provavelmente representam os dois grandes derramamentos do Espírito Santo no começo e fim do Movimento do Advento, que poderiam ser {175} chamados de chuva temporã e serôdia. O Espírito Santo foi derramado durante a experiência de 1844 no início do Movimento do Advento, e haverá outro batismo do Espírito durante a chuva serôdia ao final. A travessia do Jordão pela fé e a restauração (265) do rito da circuncisão e a ordenança da Páscoa foram evidências da restauração ao favor divino e a plena aceitação necessária para a entrada na terra prometida.

Pág. 265 {175} A Chuva Serôdia. Como a travessia do Jordão foi o resultado da aceitação da mensagem de vitória e justiça pela fé, assim a pregação e a aceitação da mesma mensagem trarão a chuva serôdia. “O tempo de prova está quase sobre nós, pois o clamor do terceiro anjo começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor perdoador do pecado. Isto é o começo da luz do anjo cuja glória encherá a terra inteira” [Review and Herald de 22 de novembro de 1892]. “A mensagem da justiça de Cristo deve soar de uma a outra extremidade da Terra para preparar o caminho do Senhor. Esta é a glória de Deus, que finalizará a obra do terceiro anjo” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, pág. 19]. “Vestida na armadura da justiça de Cristo, a igreja deve entrar para o seu conflito final” [Profetas e Reis, pág. 725]. A chuva serôdia será a evidência principal para o povo do Advento da restauração do favor divino e aceitação e que estão selados para o reino. Indicará que o opróbrio laodiceano foi retirado e a mensagem e remédio laodiceanos aceitos e aplicados. Será a evidência de que o opróbrio do pecado e do mundo foi retirado e que o Senhor voltou a Sião para concluir a obra da redenção.

Conquista de Jericó. Josué 5:13-15:6. A conquista de Jericó é colocada no grande capítulo (*dos heróis) da fé, como uma das duas maiores exibições de fé durante o Movimento do Êxodo, Hebreus 11: 29,30. O movimento começou e terminou em vitória pela fé, embora houvessem poucas manifestações de fé entre os dois eventos. A fé é a dependência absoluta da Palavra de Deus sem nenhuma evidência à vista, Hebreus 11:1. “Agora, a fé é uma garantia bem fundada daquilo que esperamos, e uma convicção da realidade de coisas que não vemos” [Weymouth]. A obediência implícita à guia do Senhor na conquista de Jericó, quando estavam aparentemente tão sem razão, foi uma maravilhosa manifestação de fé. A captura desse lugar seguramente fortificado, pouco depois da travessia do Jordão, foi um tipo da conquista da terra prometida inteira (266) e assim concluem os eventos do Movimento do Êxodo como típico do Movimento do Advento.

Pág. 266 {175} Vitória pela Fé. Os israelitas não tinham ganhado a vitória pela sua própria força; a conquista fora inteiramente do Senhor; e, como as primícias da terra, a cidade, com tudo que nela se achava, devia ser dedicada como sacrifício a Deus. Israel devia ser impressionado com o fato de que na conquista de Canaã não era para combaterem por si mesmos, mas simplesmente como instrumentos para executarem a vontade de Deus; não em busca de riquezas ou exaltação própria, mas para a glória de Jeová, o seu Rei” [Patriarcas e Profetas, pág. 491]. {176} Depois de descrever os movimentos de cerco de Israel em volta dos muros de Jericó a mesma autora prossegue: “. . . o próprio plano de continuar esta cerimônia por tão longo tempo antes da queda final dos muros, deu oportunidade para o desenvolvimento da fé entre os israelitas. Era para imprimir em suas mentes o fato de que sua força não estava na sabedoria do homem, nem em seu poder, mas unicamente no Deus de sua salvação. Deviam assim acostumar-se a depositar inteira confiança em seu divino Líder. Deus fará grandes coisas por aqueles que nEle confiam” [idem, pág. 493].

Pág. 266 {176} Deus, o Vitorioso. “Quão facilmente os exércitos do Céu fizeram cair os muros que pareciam tão terríveis aos espias que trouxeram o relatório falso! A palavra de Deus foi a única arma usada. O poderoso Deus de Israel tinha dito, ‘tenho dado na tua mão a Jericó’ (*Josué 6:2). Se um único guerreiro tivesse aplicado a sua força contra os muros, a honra de Deus teria sido diminuída e a Sua vontade frustrada. Mas essa obra foi deixada ao Todo-poderoso; e tivessem os alicerces da muralha sido estabelecidos no centro da terra, e os seus topos alcançassem a abóbada do céu, o resultado teria sido o mesmo quando o Capitão dos exércitos do Senhor conduziu Suas legiões de anjos ao ataque” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, págs. 161 e 162]. “A majestade do Céu, com o Seu exército de anjos pôs ao chão os muros de Jericó sem ajuda humana. Os guerreiros armados de Israel não tiveram nenhum motivo de gloriar-se das suas realizações. Tudo foi feito pelo poder de Deus” [ibidem, pág. 164].

Crédito Humano Excluído. Salmo 44:3. “Na tomada de Jericó, o Senhor Deus dos Exércitos foi o General do exército. Ele planejou a batalha e uniu os agentes celestes e humanos (267) para toma uma parte na obra, mas nenhuma mão humana tocou os muros de Jericó. Deus arranjou o plano de modo que o homem não podia reivindicar crédito algum por alcançar a vitória. Somente Deus deve ser louvado[Testemunhos para Ministros, pág. 214]. “Ninguém, senão Deus, pode subjugar o orgulho do coração humano. Nós não podemos salvar-nos a nós mesmos. Não nos podemos auto-regenerar. Nas cortes celestiais não haverá um cântico dizendo: ‘A mim que me amei a mim mesmo, e me lavei a mim mesmo, e me redimi, a mim seja glória e honra, a bênção e o louvor.’ Mas essa é a nota tônica do cântico entoado por muitos aqui neste mundo” [idem, pág. 456].

Pág. 267 {176} O Que Poderia Ter Sido. “Por muito tempo Deus determinou dar a cidade de Jericó a Seu povo favorecido, e magnificar o Seu nome entre as nações da Terra. Quarenta anos antes, quando conduziu a Israel para fora da escravidão, Ele havia intencionado dar-lhes a terra de Canaã. Mas, por sua ímpia murmuração e ciúmes, eles tinham provocado a Sua ira, e Ele os fez vagar durante anos cansativos no deserto, até que todos quantos O haviam ofendido com sua descrença, não mais existissem. Na conquista de Jericó, Deus declarou aos hebreus que os seus pais poderiam ter possuído a cidade quarenta anos antes, tivessem eles confiado nEle como Seus filhos tinham confiado” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, pág. 162]. Agora os israelitas perceberam plenamente a causa dos seus fracassos prévios de entrar em Canaã. “Não puderam entrar por causa da descrença”

Pág. 267 {177} O Movimento do Advento. Hebreus 4:1. “A história do Israel antigo é escrita para o nosso benefício. … Muitos que, à semelhança do Israel antigo, professam guardar os mandamentos de Deus, têm corações de descrença enquanto observam exteriormente os estatutos de Deus. Embora favorecido com grande luz e preciosos privilégios, não obstante perderão a Canaã celeste, tal como os israelitas rebeldes não conseguiram entrar na Canaã terrestre que Deus lhes tinha prometido como recompensa da sua obediência. Como um povo falta-nos fé. Nestes dias poucos seguiriam a direção dada pela serva escolhida de Deus tão obedientemente como fizeram os exércitos de Israel na tomada de Jericó. O Capitão dos exércitos do Senhor não Se revelou a toda a congregação” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, pág. 162].

Pág. 268 {177} Um Poder Vitorioso. A fé é um poder conquistador que trará o triunfo ao Movimento do Advento. “A fé é o poder vivo que atravessa toda barreira, ignora todos os obstáculos, e planta o seu estandarte no coração do campo inimigo. Deus fará maravilhosas coisas para aqueles que confiam nEle. É pelo fato de Seu povo professo confiar tanto na sua própria sabedoria, e não dar ao Senhor uma oportunidade de revelar o Seu poder em seu favor, que não têm mais força. Ele ajudará os Seus filhos que crêem em toda emergência se colocarem a sua confiança inteira nEle e implicitamente Lhe obedecerem. ... Deus opera poderosamente por um povo fiel, que obedece a Sua palavra sem questionar ou duvidar. . . . Renuncie o povo ao eu e ao desejo de trabalhar segundo seus próprios planos, humildemente submeta-se à vontade divina, e Deus reavivará sua força e trará liberdade e vitória a Seus filhos” [ibidem, págs. 163-264]. Ver 1ª João 5:4, 5; 1 Coríntios 15:57; 2 Coríntios 1:10; 2:14. O fato de que a mensagem de vitória e justiça pela fé tem sido repetida, é uma das muitas evidências de que estamos nas próprias fronteiras do reino do Céu.

Fruição de Esperanças. Temos chegado a maravilhosos dias para a história do Movimento do Advento, especialmente para os jovens, de ambos os sexos. Em breve a sacudidura final purificará o movimento de todos os rebeldes e os filhos da fé serão selados e receberão a chuva serôdia. O opróbrio do Egito ou do mundo será removido para longe, a repreensão de Laodiceia retirada, o favor divino restaurado, e o Senhor voltará a Sião com poder pentecostal. Então o remanescente da Igreja irá adiante “formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército com bandeiras” (*Cantares 6:10).

Notas desta edição:

1) Note o leitor que entre os versos 29 e 30 de Hebreus 11, a galeria dos heróis da fé, há o intervalo dos quarenta anos de peregrinação no deserto;

2) “O Novo Dicionário da Bíblia” da Edições Vida Nova, de J. D. Douglas, edição em português de 1962, vol. 1, págs. 670 e 671 diz que “o nome Gilgal foi usado por Deus, por intermédio de Josué, para servir de lembrete a Israel acerca de Seu livramento da escravidão egípcia, ao serem circuncidados ali: ‘Hoje revolvi (gallothi em hebraico) de sobre vós o opróbrio do Egito,’ Josué 5:9). “Gilgal tornou-se ao mesmo tempo um lembrete sobre a libertação outorgada por Deus no passado, um sinal de vitória presente, debaixo de Sua orientação, e viu a promessa da herança que ainda seria apossada. ... Miquéias (6:5) relembra seu povo sobre o papel inicial de Gilgal em sua peregrinação espiritual, testificando sobre a justiça de Deus, e sobre Seu poder salvador ‘desde Sitin até Gilgal,’ isto é, ao atravessarem o Rio Jordão, para entrarem na terra prometida.”

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