segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Capítulo 33 — A IDOLATRIA DA IMORALIDADE


O Êxodo e os Movimentos do Advento

em Tipo e Antítipo, por Taylor G. Bunch, escrito em 1937.

Postado em 07/12/09 no blog http://agape-edicoes.blogspot.com


Capítulo 33 — A IDOLATRIA DA IMORALIDADE


Pág. 244 {161} O Último Ataque de Satanás. Números 25:1-5, 9. O último ataque de Satanás ao Movimento do Êxodo pouco antes da travessia do Jordão para a terra prometida foi um apelo à indulgência da paixão sexual, que levou ao terrível pecado de Baal-Peor executando 24.0001 membros, inclusive muitos líderes. A imoralidade é o clímax e conseqüência final da conformidade mundana. É o maior de todos os pecados do mundanismo e a meta final do inimigo das nossas almas em levar o povo de Deus para o mundo. O Senhor dera ao Israel antigo muitas advertências contra a licenciosidade e imoralidade como as piores formas de idolatria, ver Deuteronômio 22:20-24; 23:14-17; 24:1-4.

Forma de Imoralidade. Que imoralidade é uma forma da idolatria é evidente de muitos textos. Em Efésios 5:3-5 e Colossenses 3:5, fornicação, impureza, obscenidade, afeição desordenada, vil concupiscência são enumeradas entre as luxúrias da carne que constituem idolatria. No Salmo 106:28, 35-38 é-nos dito que quando os israelitas “se juntaram com Baal-Peor” eles “sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios” e “sacrificaram aos ídolos de Canaã” e “serviram aos seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço”. A idolatria é definida como “amor e afeição desordenados”. A adoração falsa e a corrupção moral sempre estiveram de mãos dadas. A amizade do mundo ou mundanismo é chamada de adultério em Tiago 4:4. Isto não é só porque a união com o mundo constitui fornicação espiritual, mas também porque a licenciosidade física sempre foi o clímax da submissão ao espírito de mundanismo. As épocas mais mundanas e idolátricas da história humana também foram as mais imorais e corruptas.

Religião Satânica. A religião de Satanás é descrita em Apocalipse 17 como uma “prostituta ... com a qual fornicaram os reis da terra” (*vs. 1 e 2), porque a apostasia da religião do Deus verdadeiro e fornicação sempre estiveram intimamente unidas. “A prostituição é o símbolo permanente na Palavra do Deus de uma adoração depravada, idolatria, e falsa devoção. Quando o povo adora como Deus o que não é Deus, e oferece os seus corações a (245) ídolos, ou sistemas institucionalizados, doutrinas, ritos, ou administrações, para tomar o lugar do que Deus revelou ou assinalou, a Sagrada Escritura chama a isso de prostituição, adultério, fornicação. A razão é óbvia. A violação das leis e ordenanças divinas carrega consigo necessariamente a demolição da instituição do matrimônio, e daí todos os suportes de castidade e pureza santificadas. Consequentemente todas as religiões falsas são sempre acompanhadas de lascívia, até com relação aos seus ritos mais sagrados” [“The Apocalypse”, Seiss2, vol. 3, pág. 113], ver Isaías 1:21; Jeremias 3:1,3, 6-9; Ezequiel 16:32. Esta figura é apropriada porque a fornicação e o adultério são formas de falso afeto, que prostituem a parte mais sagrada da natureza para objetivos alienáveis. A alienação das afeições do coração e aliança com Cristo é uma violação dos laços mais sagrados que ligam um cristão a Cristo e por isso é designado como fornicação espiritual.

Pág. 245 {162} Paganismo Corrupto. Romanos 1:21-32. Não se pode ler esta descrição de idolatria sem saber que é inseparavelmente unida a licenciosidade. “Todo o paganismo é, no fundo, uma adoração da natureza em alguma forma ou outra. ... O mistério do nascimento era o mistério mais profundo da natureza; jaz à raiz de todo o paganismo pensante, e apareceu em várias formas, algumas de um tipo mais inocente, outras de formas mais degradantes. Para pensadores pagãos antigos, bem como a modernos homens de ciência, a chave para o segredo oculto da origem e preservação do universo jazem no mistério do sexo. ... Sobre tal fundamento baseava-se quase toda a adoração politeísta da antiga civilização; e a isso ela pode ser remontada, etapa por etapa, a separação da divindade em deuses masculinos e femininos; a deificação de diferentes poderes da natureza, e a idealização das próprias faculdades, desejos e luxúrias do homem; onde cada faculdade da sua compreensão foi incorporado como um objeto de adoração, e cada impulso da sua vontade se tornou uma encarnação da divindade” (*Antiga Adoração do Sol, Constantino o Grande, Enciclopédia Britânica Inc. 2005)

Monte Peor. Números 23:28. O Monte Peor estava no distrito oriental do Jordão, de frente para Jericó, e foi uma das montanhas de onde Balaão tentou amaldiçoar Israel. Baal-Peor era um ídolo cuja adoração era acompanhada de ritos da maior degradação e licenciosidade. Um grande templo ornamentava (246) o cume do Monte Peor que era dedicado à adoração de Baal e Astarote, o deus e a deusa principais dos moabites e midianites. Foi a um grande festival religioso neste templo no Monte Peor que Balaão convidou os israelitas, e aqueles que assistiram foram seduzidos e levados ao mundanismo e licenciosidade e, assim, à idolatria. “Havendo contaminado a consciência pela lascívia, foram persuadidos a reverenciar, de joelhos, aos ídolos. Ofereceram sacrifícios sobre os altares pagãos, e participaram dos mais degradantes ritos. Não demorou muito antes que o veneno se espalhasse, como uma infecção mortal, pelo acampamento de Israel. Aqueles que teriam conquistado seus inimigos na batalha, foram vencidos pelos estratagemas das mulheres pagãs. O povo parecia sentir uma cega paixão. Os príncipes e principais homens estavam entre os primeiros a transgredir, e eram tantos os culpados dentre o povo, que a apostasia se tornou nacional” [Patriarcas e Profetas, pág. 454].

Pág. 246 {162} Moisés Despertado. Quando Moisés acordou para perceber o mal, a conspiração de seus inimigos tivera tanto sucesso que não somente estavam os israelitas participando do culto licencioso no Monte Peor, mas os ritos pagãos estavam vindo a ser observados dentro do acampamento de Israel. O velho lider encheu-se de indignação, e acendeu-se a ira de Deus. As suas práticas iníquas fizeram para Israel aquilo que todos os encantamentos de Balaão não poderiam fazer — os separaram de Deus. Por rápidos juízos que se seguiram, o povo foi despertado para a enormidade de seu pecado. Uma tremenda pestilência se alastrou pelo arraial, da qual dezenas de milhares rapidamente caíram vítimas. Deus ordenou que os líderes na apostasia fossem mortos pelos magistrados. Esta ordem foi rapidamente obedecida. Os transgressores foram mortos; então seus corpos foram dependurados à vista de todo o Israel, para que a congregação, vendo os lideres tão severamente tratados, pudesse ter um profundo senso da aversão de Deus ao seu pecado, e do terror de Sua ira contra eles” [idem, pág. 455].

Pág. 246 {163} Execução dos Líderes. Números 25:3-5. Esta sentença divina foi pronunciada contra os líderes que eram culpados. Os líderes culpados foram enforcados e os outros que tinham cometido fornicação foram mortos a espada e pela praga. O Senhor não retirou simplesmente os oficiais culpados de suas (247) posições, nem os transferiu para outra parte do acampamento num esforço de encobrir os seus pecados. O exemplo da liderança deve ser da mais alta ordem e os que transportam os vasos do Senhor devem ser limpos. Esta pronta execução da sentença divina trouxe um reavivamento e reforma ao acampamento. “Com lágrimas e profunda humilhação” os israelitas “confessaram os seus pecados e choraram diante de Deus,” à porta do tabernáculo ... Os sacerdotes e líderes se prostraram com aflição e humilhação, chorando “entre o alpendre e o altar” (*Joel 2:17), e rogando ao Senhor que poupasse Seu povo, e não entregasse Sua herança ao opróbrio [ibidem].

Pág. 247 {163} Limpeza Final. Esta séria obra de arrependimento e confissão da parte dos líderes e membros do Movimento do Êxodo, quando se fizeram conscientes da sua destituição espiritual, ocasionou um reavivamento espiritual e reforma que expurgou os últimos dos rebeldes e limpou o movimento para a entrada na terra prometida. Os juízos visitados sobre Israel, por seu pecado, em Sitim, destruíram os sobreviventes daquela vasta multidão, que, quase quarenta anos antes, incorrera nesta sentença: “Certamente morrerão no deserto” (*Num 14:35 e 26:65). A contagem do povo feita por divino comando, durante seu acampamento nas planícies do Jordão, mostrou que “dos que foram contados por Moisés e Arão, o sacerdote, quando contaram aos filhos de Israel no deserto de Sinai, ... nenhum deles ficou senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num” (*Num. 26:64 e 65) [idem, pág. 456]. Este último ataque de Satanás demonstrou-se uma bênção dissimulada ao movimento como um todo por sacudir os últimos rebeldes e ao dar aos outros uma visão da malignidade do pecado, o que levou a sincera tristeza e arrependimento.

Movimento do Advento. 1ª Coríntios 10:8, 11, 12. Após citar estes versos a serva do Senhor escreveu: “Ao longo de todas as eras se encontram destroços de caracteres que se chocaram de encontro aos rochedos da condescendência sensual. Aproximando-nos do final do tempo, ao achar-se o povo de Deus nas fronteiras da Canaã celestial, Satanás redobrará, como fez antigamente, os seus esforços para os impedir de entrar na boa terra” [idem, pág. 457]. “Os ardis de Satanás são postos para nós tão certamente como para os filhos de Israel pouco antes da sua (248) entrada na terra de Canaã. Estamos repetindo a história daquele povo” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 160]. “Foi-me apontado para o antigo Israel. Somente dois dos adultos da vasta hoste que deixou o Egito entraram na terra de Canaã. Os seus corpos mortos ficaram espalhados no deserto por causa das suas transgressões. O Israel moderno está em maior perigo de esquecer a Deus e ser conduzido à idolatria do que foi o Seu povo antigo. Muitos ídolos são adorados, até por professos observadores do sábado” [idem, vol. 1, pág. 609].

Pág. 248 {163} Associações Mundanas. “Satanás está constantemente procurando dominar o povo de Deus por derribar as barreiras que os separam {164} do mundo. O Israel antigo foi seduzido em pecado quando se arriscaram a associação proibida com os ímpios. De modo semelhante o Israel moderno é levado a desencaminhar-se” [O Grande Conflito, pág. 508]. Satanás “coloca as suas ciladas a toda a alma. Não é meramente o ignorante ou o inculto que necessita de ser guardado; ele preparará suas tentações para os nas mais altas posições, no mais santo ministério; se ele os puder levar a poluir a alma, ele pode, por meio deles, destruir a muitos. E ele emprega os mesmos agentes agora que usou há três mil anos atrás. Por meio de amizades mundanas, pelos encantamentos da beleza, pela procura de prazeres, alegrias, festins, ou do vinho, ele seduz à violação do sétimo mandamento” [Patriarcas e Profetas, págs. 457 e 458].

Pág. 248 {164} O Deus da Paixão. Muitos hoje estão adorando o deus do desejo sexual ardente. “Satanás seduziu Israel à libertinagem antes de os levar à idolatria. Aqueles que desonrarem a imagem de Deus e corromperem Seu templo em suas próprias pessoas, não terão escrúpulo de qualquer desonra a Deus que satisfaça o desejo de seus corações depravados. A satisfação sensual enfraquece a mente e avilta a alma. As faculdades morais e intelectuais ficam entorpecidas e paralisadas pela satisfação das inclinações animais; e é impossível ao escravo da paixão compenetrar-se da obrigação sagrada da lei de Deus, apreciar a obra expiatória, ou dar o correto valor à alma. Bondade, pureza e verdade, reverência a Deus e amor pelas coisas sagradas — todas estas santas afeições e nobres desejos que ligam os homens ao mundo celestial — são consumidos nos fogos da lascívia. A alma se torna um escuro e (249) desolado deserto, covil de espíritos maus, e ‘esconderijo de toda ave imunda e odiável’ (*Apoc. 18:2). Seres formados à imagem de Deus são arrastados a um nível com os animais irracionais” [idem, pág. 458].

Pág. 249 {164} Declínio Moral Gradual. Um longo e preparatório processo desconhecido do mundo, ocorre no coração, antes que o cristão cometa o pecado aberto. A alma não desce de uma vez da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Toma tempo para se degradarem aqueles que foram criados à imagem de Deus, (*a chegarem) ao (*estado) brutal ou satânico. Pelo contemplar somos transformados. Pela condescendência com pensamentos impuros, o homem pode de tal modo educar sua mente que o pecado que uma vez lhe odiava irá tornar-se prazeroso para ele. Satanás está usando cada meio para tornar o crime e o vício aviltante populares. Nós não podemos andar pelas ruas de nossas cidades sem encontrar notícias flamejantes de crimes, apresentadas em algum romance, ou a serem encenadas em algum teatro. A mente é educada para familiarizar-se com o pecado. O procedimento perseguido pelos que são baixos e vis é mantido perante o povo nos jornais do dia, e tudo que pode provocar a paixão é trazido perante eles em histórias excitantes. Eles ouvem e lêem tanto acerca de crimes aviltantes que a consciência, uma vez sensível, que recuaria com horror de tais cenas, torna-se endurecida, e ocupam-se com tais coisas com ávido interesse” [idem, pág. 459].

Uma Era Imoral. Gênesis 6:5. A mesma condição (*do mundo antediluviano) prevalecerá novamente pouco antes do regresso de Cristo, Mateus 24:37-39. “O compromisso crescente com o mundo, de parte da grande proporção de membros das nossas igrejas, a negligência da verdadeira oração {165) e a inatividade na obra genuína de ganhar almas, não pode senão encher qualquer cristão inteligente e apropriadamente instruído de uma tristeza que quase quebra o coração. ... As condições nas nossas universidades, colégios, escolas de nível médio e de primeiro grau, não simplesmente as condições religiosas, mas as condições morais, são terríveis além do que as palavras podem expressar. Não pude pôr em palavras impressas as coisas que vieram à minha observação quanto à queda brusca, não só na modéstia, mas na decência moral, não só entre os nossos jovens e meninos, mas entre as nossas jovens e meninas” [“Moody Bible Institute Monthly”, Revista Mensal do Instituto Bíblico Moody, de julho de 1927].

Pág. 250 {165} Antítipo de Baal-Peor. Nenhuma pessoa pode ler os caracteres indicados no Espírito de Profecia quanto ao pecado terrível de imoralidade na Igreja sem saber que chegamos ao antítipo da experiência de Baal-Peor do Israel antigo, e que estamos, por isso, nas fronteiras mesmas da Canaã celeste. (*Confira estes artigos): “Agentes de Satanás” [Testemunhos Para a Igreja, vol 5, págs. 137-148; “A Aparência do Mal” [ibidem, págs. 591-603]; “Poluição Moral” [idem, vol. 2, págs. 346-353]; “Um Apelo à Igreja” [ibidem, págs. 439-489]. Essas referências e muitas outras retratam condições de mundanismo e imoralidade entre membros da Igreja pouco antes do fim que é triste de contemplar. É-nos dito que muitos líderes fracassarão com este ataque final de Satanás. Essas condições resultarão na mensagem que trará a sacudidura e purificará o Movimento do Advento, Joel 2:1, 12-17. Esta é a mensagem laodiceana e a mesma linguagem empregada na descrição da consternação dos líderes fieis com relação à experiência de Baal-peor. A execução final começará com “os anciãos” que ministram na casa do Senhor, ver Eze. 9:4-19.

Dia da Execução. O dia da execução no Israel moderno virá e o Senhor limpará a Igreja de toda a poluição moral. Efésios 5:25-27. “Limpai o campo dessa corrupção moral, mesmo que atinja ela os mais altos homens nas posições mais elevadas. Deus não será escarnecido. Há fornicação em nossas fileiras. Eu o sei, pois me tem sido mostrado que se estava fortalecendo e ampliando a sua poluição. Há muito que nunca saberemos, mas o que é revelado torna a igreja responsável e culpada a menos que revele determinado esforço para erradicar o mal. Limpai o acampamento, pois nele há anátema” (*ver Josué 7:13) [Testemunhos para Ministros, págs. 427 e 428]. “Chegou o tempo de empenhar sinceros e fervorosos esforços para livrar a igreja do lodo e da imundícia que lhe estão maculando a pureza” [idem, pág. 450].

Adoração de Ídolos. Deverão os vasos sagrados, que Deus usa para um elevado e santo trabalho, ser arrastados de sua elevada e controladora esfera, para administrar a aviltante concupiscência? Não é essa adoração de ídolo da mais degradante espécie? — os lábios dando louvores e adorando um pecaminoso ser humano, com torrenciais expressões de entusiástica ternura e adulação que só a Deus pertencem — as capacidades entregues a Deus em solene (251) consagração, dirigidas a uma meretriz; pois qualquer mulher que permitir os galanteios de outro homem que não seu marido, que ouvir seus galanteios, e cujos ouvidos se agradam do jorrar de palavras pródigas de afeto, de adoração, de carícia, é adúltera e prostituta” [idem, pág. 434, 435].

Pág. 251 {166} A Igreja Purificada. “O pecado de Israel em Baal-Peor trouxe os juízos de Deus sobre a nação, e embora os mesmos pecados não possam ser punidos agora tão rapidamente, eles encontrarão seguramente a retribuição” [Patriarcas e Profetas, pág. 461]. “A igreja está corrompida por causa dos seus membros que contaminam os seus corpos, e poluem as suas almas” [Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 79]. “Mas os dias da purificação da Igreja estão se acercando rapidamente. Deus terá um povo puro e verdadeiro. No poderoso peneiramento que logo ocorrerá seremos mais capazes de medir a força de Israel. Os sinais revelam que o tempo está próximo quando o Senhor manifestará que a vassoura está na Sua mão, e que Ele limpará completamente Sua eira” [idem, pág. 80]. “Neste tempo, o ouro será separado da escória na Igreja. A verdadeira santidade será claramente distinguida de sua aparência e imitação. Muitas estrelas que admiramos por seu brilho, se apagarão nas trevas. Serão carregados como a palha e como uma nuvem levada ao vento, até de lugares onde vemos só depósitos de rico trigo. Todos quantos transportam os ornamentos do santuário, mas não estão vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão na vergonha da sua própria nudez” [idem, pág. 81]. “Então a Igreja de Cristo aparecerá ‘formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército com bandeiras’” (*Cantares 6:10) [idem, pág. 82]. Esta é uma descrição da Igreja durante o último clamor e chuva serôdia.


O Tempo da Sacudidura. Que o tempo da sacudidura também será o resultado da pregação da mensagem laodiceana é evidente do seguinte: “Perguntei o significado da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que ela seria causada pelo testemunho direto incluido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia. Isto terá seu efeito sobre o coração daquele que o receber, e o levará a exaltar o estandarte e proclamar a verdade pura. Alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isto é o que causará a sacudidura entre o povo de Deus. Vi que o testemunho (252) da Testemunha verdadeira não teve a metade da consideração que deveria ter. O solene testemunho de que depende o destino da igreja tem sido apreciado de modo leviano, se não desatendido de todo. Tal testemunho deve obrar profundo arrependimento; todos os que verdadeiramente o recebem, o obedecerão e serão purificados” [Primeiros Escritos, pág. 270]. Então segue-se uma descrição da chuva serôdia. As condições imorais na Igreja darão a ênfase à necessidade da mensagem laodiceana.


Pág. 252 {166} Uma Igreja Purificada. Quando a igreja militante tornar-se a igreja triunfante terá sido limpa de toda a poluição e será “santa e sem mácula”. Apocalipse 14:1-5. “São tão puros como virgens”.--Weymouth. A Igreja leal e pura de Cristo é simbolizada “por uma virgem” e os membros individuais como “virgens”, ver 2ª Coríntios 11:2; Mateus 25:1.3 Eles passam triunfantemente pelo antítipo da experiência de Baal-Peor do Israel antigo. “‘Eles são virgens’, no sentido de que viveram vidas puras, tanto quanto à fidelidade a Deus na sua religião, como quanto à sua pureza de toda a lascívia corpórea”. – “The Apocalypse”, Seiss2, vol. 3, pág. 22]. Os 144.000 selados serão puros tanto em alma como em corpo, mente e espírito.


Notas desta edição:


1) 1ª Coríntios 10:8 fala em “23.000. A diferença pode ser explicada pelas palavras ‘cairam num dia.’ Ou, um mil foram executados pelos juízes em outro dia, e, portanto, não incluído no número arredondado de Paulo daqueles que ‘cairam em um dia.’” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 1, pág. 914).

2) Joseph Augustus Seiss (1858-1904) foi um pastor luterano, pré-milenialista, Ph.D., Doutor em Divindade. Sua obra “The Apocalypse” foi inicialmente publicada em 3 volumes, entre 1865 e 1881, havendo divergência quanto ao ano exato.

3) O Decano Alfred acredita que a linguagem deve ser tomada literalmente, que os 144.000 adquirem a vitória completa por sobre a impureza de mente e corpo durante a época mais licenciosa e imoral de toda a história.

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