sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Lição 10—A Loucura do Profeta

Nossa lição desta semana se refere à "loucura" de Balaão. É apropriado que a palavra; “loucura" está entre aspas. De um ponto de vista mundano, ele não era louco no sentido de irritado ou insano, era inteligente e astuto.

Embora não um Israelita, deus favoreceu Balaão com uma comunicação direta. Balaão provavelmente ganhou ou aumentou sua renda por sua reputação como profeta. Parece que ele era consideravelmente calmo, ... até sua morte prematura. Tecnicamente, ele cumpriu com a instrução de Deus para não amaldiçoar Israel. Seus falsos protestos, de que só poderia falar a palavra de Deus resultaram em Balaque subir a recompensa, pensando que Balaão estavam querendo mais benefícios.

Se Balaão fosse verdadeiramente leal a Deus, poderia ter assegurado a Balaque que Deus tinha dito a Moisés para não incomodar Moab ou Ammon, ambos eram parentes de Israel, através das duas filhas de Ló. Mas, a avidez estava predominando.

A experiência miraculosa com seu asno torna inconcebível que Balaão continuasse sua viagem ao rei Moabita. Mas, a promessa da riqueza era muito grande. Que espetáculo ele montou, fez sete altares, sete sacrifícios (*com 7 novilhos e 7 carneiros, 14 animais ao todo), retirou-se a um lugar "alto" para comunicar-se diretamente com Deus (*tudo isto repetido três vezes). Tudo foi calculado para impressionar os espectantes Moabitas, embora possa ter sido mais um truque para ganhar tempo. Balaão deve ter esperado inventar uma praga que fosse aceitável a ambos os lados, apenas devastadora suficiente para impressionar Balaque, mas vago bastante para contornar a instrução de Deus. Quão ingênuo pensar que Deus pode ser enganado.

Devido a muitos aspectos notáveis desta história, o mais curioso é a ingenuidade dos israelitas. Balaão sugeriu que os Moabitas começasse uma campanha para seduzir os israelitas (*a se curvarem) a seus deuses, Baal e Astarote (*vamos estudar isto na próxima semana). Porque Israel caiu nesta é incompreensível. Deve-se recordar que Moisés escreveu os livros de Números e Deuteronômio, onde esta história é gravada. Ele estava vivo durante este episódio. Deve ter lembrado Israel de que Deus tinha prometido lhes entregar a terra, assim que preocupação sobre a má vontade dos habitantes da terra era infundada. O desastre do bezerro de ouro estava vivo em sua história recente. Deviam ter compreendido os perigos da idolatria. Por que caíram em uma tão grosseira falsidade?

A responsabilizada por estes resultados deve ser debitada tanto a Israel como a Balaão. Balaão era o pior tipo de enganador. Dando a impressão de que era um devoto servo de Deus, ele tinha autoridade para trazer a Israel o que nós poderíamos chamar hoje de “nova luz.” (*ou, “a verdade presente”); A implicação é que estavam sendo exclusivistas em aceitar somente luz que viesse de mensageiros de Deus. Apenas imagine os argumentos: "E necessário nos misturarmos com os moabitas, para fazer amigos e os “evangelizarmos." " Nós precisamos de dialogar com eles, ouvirmos sua compreensão dos vários pontos doutrinários, trocar sermões escritos, mesmo em pontos comuns da teologia, apenas para o caso de terem alguma a luz para nós. Afinal de contas, Balaão recebe comunicação de nosso Deus." Nós precisamos minimizar os aspectos mais controversos de nossa fé, evitarmos palavras ofensivas." Pobre Moisés, no fim de sua carreira e vida, seu trabalho ficou mais duro.

Por que era Israel tão receptivo aos estratagemas dos moabitas? Poder-se-ia dar o caso de estarem ligeiramente embaraçados por serem um tal povo "peculiar"? Afinal de contas, ninguém tinha as crenças que eles tinham. Que mal há em apenas abrir um diálogo? Embora Deus tivesse tão ternamente cuidado deles, operando milagre após milagre por anos, continuavam lembrando-se dos "bons velhos dias;" coisas familiares, não a eles, mas a seus pais no Egito. Eles estavam "adorando" suas próprias idéias, não as instruções diretas de Deus. Eis porque Judas 11 conecta Balaão com Cain e Coré. Sofrendo de avidez, idolatria, e orgulho, não é de se admirar que recusassem os avisos de Moisés.

Este espírito está ainda presente. Nós temos somente que olhar para a história de nossa igreja e a mensagem especial que Deus nos deu através de Jones e Waggoner. Ao eles publicarem seus artigos no (*periódico) Sinais dos Tempos, na década de 1880, oposição era publicado na Review and Herald. Quando da sessão da conferência geral de 1888, muitas mentes estavam, provavelmente, fechadas, mesmo quando a reconhecida serva do senhor recomendava, com urgência, aceitação.

A verdade é sempre uma espada de dois gumes, corta nos dois sentidos. Alguém sempre fará oposição à verdade quando apresentada em face da sua experiência.

"É aqui onde nós encontramos as grandes dificuldades em matérias religiosas. Os fatos os mais evidentes podem ser apresentados, as verdades as mais claras, sustentadas pela palavra de Deus, podem ser trazidas às mente; mas o ouvido e o coração são fechados, e o todo convincente argumento é, 'minha experiência'. Alguns dirão, '—O senhor tem me abençoado em crer e agir como eu tenho feito; consequentemente eu não posso estar em erro.' 'Minha experiência' é aderida à idéia, e as mais elevadas, santificadas verdades da Bíblia são rejeitadas" (Ellen. G. White na revista The Bible Eco, de 19 de dez. de 1904).

Aqueles de nós privilegiados em ouvir e estudar esta "mui preciosa mensagem"; naturalmente irão querer compartilhá-la tanto quanto possível. Quando a mensagem é apresentada a pessoas que têm uma experiência diferente, pode haver desaprovação, oposição, e, freqüentemente, um conselho em “—como apresentar ‘a messagem’" de uma maneira mais agradável. Conquanto o Senhor sempre dê amáveis e graciosas maneiras de apresentar a verdade, nós nunca podemos transformar-nos em inadvertidos Balaãos por distorcer, omitir, ou suavizar a verdade para ganhar favor e lucro. Nós não podemos ficar satisfeitos com o que nós vemos como falta de progresso em espalhar a verdade, mas este não é o nosso problema. Nós devemos pregar a palavra, o Espírito Santo é Quem deve trazer convicção aos corações. –

Arlene Hill

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira