quarta-feira, 30 de maio de 2018

Lição 9—Enganos do tempo do fim, por Paulo Penno


Para 26 de maio a 2 de junho de 2018

Um dos grandes “enganos do fim dos tempos” destacados na lição de terça-feira é a imortalidade da alma. Se Cristo não morreu em Sua cruz para pagar a penalidade da dívida do pecador, então não temos nenhuma expiação para nos unir a Deus, nenhum perdão dos nossos pecados e o Ágape divino é obscurecido.
Ágape significa abnegação plena. Isso faz com que toda consideração pelo bem-estar pessoal se faça inteiramente secundária. Ágape escolhe o completo esvaziamento do eu, perda eterna, morte eterna. Ágape descreve o caráter de Deus. “Deus é Ágape (amor)” (1ª João 4: 8).
Isso explica o que realmente aconteceu na cruz. Para Cristo redimir um mundo perdido, foi necessário que pagasse o preço do pecado completamente. Ele teve que estar diante de Deus no lugar do pecador como um pecador condenado—não mais um Filho amado. Teve que suportar, da sua posição como substituto do pecador, a carranca do Pai pela desobediência e ira contra o pecado. Isso significa ter que realmente morrer, ser privado de vida e consciência, não apenas por três dias e três noites, mas por toda a eternidade. Ou seja, toda esperança de uma feliz ressurreição e reunião com Seu Pai no céu teria de ser abandonada. Qualquer esperança de voltar a desfrutar do céu devia ser abandonada. Tomar o lugar do pecador significava que Ele suportaria a agonia da separação eterna do Pai. A penalidade pela transgressão da lei santa e justa envolve tudo isso.
Ágape é um amor tão grande que a Divindade estava disposta a que tudo isso acontecesse na cruz do Calvário, a fim de possibilitar a redenção das almas perdidas. O Pai sofreu tanto quanto o Filho na agonia angustiante do Getsêmani e no horror do Calvário.
Isso aconteceu quando Cristo pagou o preço pela redenção do homem quando experimentou o equivalente à morte eterna, a penalidade pelo pecado.  
Ao descrever as agonias que Cristo sofreu na cruz, Ellen White disse: Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada."1
Cristo morreu o equivalente à “segunda morte” na cruz do Calvário. É a morte da qual não há ressurreição (Apo. 20: 6, 9, 14). Ellen White explica a agonia da separação final do Pai que Cristo suportou: “O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física.”2
Há muitos no mundo cristão que nem começam a entender o que aconteceu na cruz. Para eles, a expiação não envolve mais do que as agonias físicas da crucificação. Por mais terríveis que sejam, elas não começam a equiparar-se à agonia mental e emocional que Cristo suportou. Muitos acreditam que Jesus e o ladrão arrependido desfrutaram de uma alegre reunião nos reinos de glória apenas alguns minutos após a crucificação em si.
A base para este grave erro é a doutrina da imortalidade natural da alma. É por isso que, na questão da expiação, essa doutrina da imortalidade é o principal engano. Não há como a expiação poder ser plenamente entendida e, assim, efetuar uma reconciliação do coração do pecador com Deus para qualquer um que creia na doutrina da imortalidade natural da alma.
Um belo antídoto enviado pelos céus para os terríveis enganos que mantiveram cativos tantas mentes na comunhão cristã é a mensagem de 1888 de Cristo, nossa justiça. Com sua ênfase nos temas vitais da salvação, a mensagem de A. T. Jones e E. J. Waggoner apresenta o evangelho do Novo Testamento sob uma luz nunca vista desde os tempos apostólicos.3
Embora nem Ellen White, nem Jones e Waggoner tenham usado a palavra Ágape, toda a sua mensagem é vibrante com o tema Ágape. Para transmitir essa mensagem aos povos da terra, “a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo”4 é apresentar as verdades da Bíblia em um cenário que atrairá mentes famintas em toda parte. É à luz desta mensagem que o engano da ideia da alma imortal, com todos os seus erros relacionados, será visto pelo que ela é. Isso fará muito para preparar o caminho para a iluminação da Terra com a glória do quarto anjo (Apo. 18:1-3).

--Paul E. Penno
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Notas de rodapé:                                               

1) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 753;
2) Ibidem                                                                                                               
3) Veja Ellen G. White, Fundamentos da Educação cristã, pág. 473;
4) Ellen G. White, Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 e 92;

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Notas:                                                                                                                 

Veja, em inglês, o vídeo desta 9ª lição do 2º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/34NiPgNMXS8

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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quinta-feira, 24 de maio de 2018

Lição 8 — Adore o Criador, por Arlene Hill



Para 19 a 26 de maio de 2018


Muitos cristãos desconfiam da ideia de “verdade presente”. A Igreja Adventista do Sétimo Dia abraça o conceito, uma vez que sua doutrina mais original da purificação do santuário é baseada no livro de Daniel, um livro que foi fechado até o tempo do fim.
Ellen White ensinou isso claramente e o liga à mensagem dada aos “mensageiros” que Deus levantou, principalmente, E.  J. Waggoner. “Perguntas foram feitas naquela época. ‘Irmã White, a senhora acha que o Senhor tem alguma luz nova e aumentada para nós como povo?’ ela respondeu: ‘Com toda certeza. Eu não apenas penso assim, mas posso falar com compreensão. Sei que há preciosa verdade a ser revelada a nós se somos o povo que deve permanecer firme no dia da preparação de Deus”. Então, foi feita a pergunta se eu achava que seria melhor deixar o assunto ficar onde estava, depois que o irmão Waggoner declarou sua visão da lei em Gálatas. Eu disse: ‘De modo algum’”.1
O pastor E. J. Waggoner teve o privilégio de falar claramente e apresentar seus pontos de vista sobre a justificação pela fé e a justiça de Cristo em relação à lei. Esta não era uma nova luz, mas a luz antiga colocada onde deveria estar na mensagem do terceiro anjo. Qual é o peso dessa mensagem? João vê um povo e diz: ‘Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus’ (Apo. 14:12). Este povo que João vê antes de ver o Filho do homem tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada (versículo 14).2
Deus é o mesmo ontem e para sempre e Sua palavra nos diz tudo o de que precisamos saber sobre Ele, mas ver o que sempre esteve em Sua palavra dá um novo significado à “velha” luz. A mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14 está aqui há séculos, mas Deus achou necessário estabelecer uma conexão mais clara ao conceito de justiça pela fé através da mensagem dada em 1888. “Vários me escreveram, perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e eu respondi: ‘é a mensagem do terceiro anjo em verdade’”.3
O fato de as mensagens dos anjos nos capítulos 14 e 18 de Apocalípse  serem expressas em alta voz sugere a universalidade de sua relevância para toda a humanidade. Essa relevância é baseada no fato de que toda a humanidade herdou a natureza pecaminosa em nosso ancestral original, Adão. Há aqueles que resistem à ideia de que estamos todos nessa condição pecaminosa sem ter tido nenhuma escolha no assunto, esquecendo-se de que não apenas herdaram uma natureza egocêntrica, mas a confirmaram por atos pessoais de pecado.
Ellet J. Waggoner dá essa perspectiva: “O que você pensaria de um homem se afogando no oceano, que, quando alguém lhe joga uma corda, olha para ele e diz: ‘Eu sei que estou me afogando e que a única esperança que tenho é agarrá-la, mas não farei isso, a menos que saiba que a culpa foi minha em cair na água. Se foi culpa minha, então eu a pegarei. Porque sou o único culpado de estar nesta condição Mas se, por outro lado, alguém me empurrar para a água, e eu não pude evitar, então não terei nada a ver com essa corda’. Tal homem seria considerado desprovido de bom senso e, em seguida, reconhecendo que somos pecadores e numa condição perdida, vamos apeguemo-nos à salvação que nos é dada.4
Como o problema do pecado é universal, a solução elaborada pela Divindade precisava ser universal. Embora com perfeita presciência soubesse que muitos rejeitariam o dom, Jesus foi gerado do Pai em carne humana como o segundo Adão (Romanos 5). Nele foi colocada “a iniquidade de nós todos” (Isa. 53: 6). Quando os livros forem abertos no julgamento final, ninguém poderá dizer que Deus não pagou por seus pecados.
Muitas pessoas temem o julgamento de Deus, e bem deveriam fazê-lo se acreditassem que isso é feito por um ser impassível e desinteressado, que arbitrariamente quer ver quantas pessoas pode manter fora do céu. Eles O imaginam como um malvado Papai Noel que está mantendo sua lista “mau ou bom”. No entanto, sabemos que Deus é amor, e a Bíblia descreve o amor como “sofredor, . . . benigno;  . . . não é invejoso; . . . não se gaba e não é arrogante, não age de forma inconveniente; não busca o Seu próprio interesse, não Se irrita, não suspeita mal” [algumas versões traduzem isto como” não mantém registro de erros”] (1ª Cor. 13: 4-5, New American Standard Bible). Se o amor não guarda um registro dos erros, por que a Bíblia fala de livros de registro no céu onde Deus apaga o nosso pecado?
A aparente contradição é facilmente resolvida. Deus mantém um registro, mas não contra nós, mas para explicar suas ações. O plano de salvação trouxe justificação, ou um “veredito de absolvição” para todo ser humano que já viveu neste planeta, mas não somos forçados a aceitar esse veredito. Quando a “hora do Seu julgamento” chegar, Deus precisa de registros para mostrar que concedeu uma oportunidade justa para todo ser humano fazer uma escolha. Durante toda a nossa vida, Deus trouxe circunstâncias que nos levam a tomar uma decisão a favor ou contra a graça de Deus. A “evidência” da justificação em nosso caso não é nossa própria obediência, mas a identidade total de Cristo conosco como nosso segundo Adão e nosso sacrifício. Ele morreu por todos, aceitou todos e tratou-os generosamente como se fossem perdoados. Deus já está Se reconciliado conosco (ver, por exemplo, Gál. 2:16-21).
Somente a obra do Deus Criador, através da ação do Espírito Santo, pode tornar essa reconciliação uma realidade nos corações e mentes. A Bíblia apresenta uma mensagem que deve iluminar a Terra com glória. Encontra e complementa os anseios do coração de todos os que têm fome e sede de justiça, que estão agora espalhados por toda a Babilônia, aguardando o chamado final para sair dela. A justiça pela fé neste tempo da purificação do santuário faz mais do que preparar as pessoas para morrerem “no Senhor”. Torna possível um amadurecimento da colheita que os prepara para a foice quando se diz ao divino Fazendeiro “lança a tua foice e sega” (Apo. 14: 13-16).
O processo de sair da Babilônia envolve afastar o pecado, o que requer cooperação com o Espírito Santo. “O fermento oculto na farinha atua invisivelmente e para submeter toda a massa ao seu processo levedante; assim o fermento da verdade opera secreta e silente e persistentemente, para transformar a alma. As inclinações naturais são abandonadas e subjugadas. São implantadas novas ideias, novos sentimentos, novos motivos. Uma nova norma de caráter é proposta—a vida de Cristo. A mente é mudada, as faculdades são estimuladas à ação em novas esferas. O homem não é dotado de faculdades novas, mas as faculdades que possui são santificadas. A consciência é despertada. Somos dotados de traços de caráter que nos habilitam a prestar serviço a Deus”.5
Louvado seja Deus por uma promessa tão abençoada!                                
Arlene Hill
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Notas finais:

1) Materiais de Ellen G. White sobre 1888, Pág. 219
2) Ibidem, pág 211, ênfases acrescidas
3) "Repentance the Gift of God," (Arrependimento, um Presente de Deus,) artigo de Ellen G. White, publicado na Review and Herald, em 1º de Abril de 1891
4) Estudo Bíblico: Carta aos Romanos,nº 9, Boletim da Conferência Geral de 17 de março de 1891, pág. 137,
5) Ellen G. White, Parábolas de Jesus, págs. 98 e 99
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Notas:                                                                                    

Veja, em inglês, o vídeo desta7 lição do 2º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/MQfrnUDrn18

Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia da autora:
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524

Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Lição 7 — Mateus 24 e 25, por Paulo Penno



Para 12 a 19 de maio de 2018

A condição espiritual da Igreja em todo o mundo é retratada na parábola das “Dez Virgens”, e todas ”dormiram”. Quando o clamor repentinamente saiu, “O Noivo vem!” cinco pessoas acordaram e prepararam suas lâmpadas para ir ao “casamento”. As outras cinco negligentemente descuidaram de receber o óleo do Espírito Santo, e já era tarde demais; foram excluídas (Mat. 25: 1-10).
Este óleo não é o Pentecostes das primeiras proporções da chuva do Espírito Santo. O óleo representa a mensagem da chuva serôdia que Cristo comissiona o Espírito Santo a dar a uma Igreja receptiva. Tendo recebido a mensagem, a Igreja experimenta o Espírito Santo. Em seguida, segue a voz do Espírito, através de seus mensageiros, ouvidos retumbantemente por todo o mundo, dando o “alto clamor”, que ilumina a terra com a glória de Deus.
Quando lemos a parábola das virgens junto com o que o Apocalipse diz sobre as “bodas do Cordeiro” (Apo. 19: 7, 8), fica claro que as cinco “virgens” sábias dormem sob a mesma letargia das noivas que se esquecem de se aprontar para o casamento. A parábola não diz que a Noiva por fim se recusou a “se aprontar”. Mas as cinco virgens loucas assim agiram.
De algum modo, as cinco virgens prudentes têm óleo em suas lâmpadas. Elas foram receptivas à mensagem do último dia do Espírito Santo. Essa receptividade lhes serve bem, embora também durmam, assim como as cinco virgens insensatas, quando despertadas pelo clamor: “O Noivo vem”, o óleo é suficiente para as suas lâmpadas acesas.
O Senhor enviou “o começo” da chuva serôdia do Espírito Santo em uma “mui preciosa mensagem”1 proferida na Assembleia da Associação Geral em Minneapolis, em 1888. A essência dessa mensagem foi o chamado de Cristo à liderança da igreja dos laodiceanos para “arrepender-se”.
 “[Apo. 3: 14-20, citado.] Esta mensagem não teve a influência que deveria ter sobre mentes e corações dos crentes. O verdadeiro estado da Igreja deve ser apresentado diante dos homens, e estes devem receber a palavra de Deus não como algo originário de homens, mas como a palavra de Deus. Muitos têm tratado a mensagem aos laodiceanos como chegou a eles, como a palavra do homem. A mensagem e o mensageiro foram mantidos em dúvida por aqueles que deveriam ter sido os primeiros a discernir e agir de acordo com ela como palavra de Deus. Se tivessem recebido a palavra de Deus a eles enviada, não estariam agora em trevas”.2 
Durante décadas, a Igreja Adventista do Sétimo Dia negou a sua história, dizendo que a Assembleia de Minneapolis foi um caso de identidade equivocada—a mensagem de 1888 era apenas uma “ênfase reiterada” do protestantismo histórico, não o começo da chuva serôdia e o alto clamor; e o que quer que fosse, não foi realmente rejeitado. Houve apenas uma resistência temporária de que mais tarde houve arrependimento e o pecado da resistência foi cancelado.
 (*Entretanto) a mensagem foi, de fato, o que Ellen White disse que era—o início da obra do quarto anjo de Apocalipse 18; e em grande medida foi rejeitada, não pela Igreja em geral, mas pela liderança daquela época. E nunca houve uma verdadeira e fiel recuperação e proclamação da mensagem. Quando começamos a compreender a enormidade desses fatos, sentimos que nenhuma questão diante de nós pode se comparar em importância com o problema de realmente insultar o Espírito Santo.
O Seu plano era que o pessoal da liderança da Associação Geral e local não ficasse “alheio” ou hostil à mensagem, mas a recebesse de todo o coração. Ao reconhecer e aceitar com alegria a verdade, toda a liderança da Igreja teria respondido à liderança do Espírito Santo, e nossas editoras e a Review and Herald teriam agido de forma unida e harmoniosa no alegre trabalho. Os leigos estavam prontos e teriam cooperado. Assim, a comissão do evangelho poderia ter sido completada naquela geração. Não foi.
O que não aconteceu então deve acontecer no futuro. E o “cenário” acontecerá porque o Senhor Jesus não morreu em vão. “Ele verá o fruto do trabalho de Sua alma e ficará satisfeito” (cf. Isaías 53:11). Ele tem muitas pessoas sinceras na Igreja Adventista do Sétimo Dia que serão leais a Ele e à Sua verdade, até a morte. O arrependimento corporativo e denominacional é a obra incorporada no antitípico Dia da Expiação. Satanás está determinado a se opor ao amargo fim. Certifiquemo-nos de que não estamos do lado do inimigo.
Na hora da crise, as cinco jovens tolas haviam estado absorvidas pelo interesse próprio e negligenciaram a busca daquilo que Pedro diz ser “a verdade presente” (2ª Pedro 1:12). O que está acontecendo nos bastidores é um casamento. A parábola é clara como a luz do sol: “as que estavam preparadas entraram com Ele [o Noivo] para as bodas, e fechou-se a porta” (Mat 25:10). Os que estão “prontos” são os mesmos que “seguem o Cordeiro para onde quer que vá” (Apo. 14: 4). É simples assim.

Paul E. Penno

Notas finais:                                          
1) Ellen G. White, Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 e 92.

2) Materiais de Ellen G. White sobre 1888), pág. 1051; cf. Carta S24, 1892.
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Notas:                                                                                
Veja, em inglês, o vídeo desta7 lição do 2º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio:


Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.   
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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