Para 19 a 26 de maio de 2018
Muitos
cristãos desconfiam da ideia de “verdade presente”. A Igreja Adventista do
Sétimo Dia abraça o conceito, uma vez que sua doutrina mais original da
purificação do santuário é baseada no livro de Daniel, um livro que foi fechado
até o tempo do fim.
Ellen
White ensinou isso claramente e o liga à mensagem dada aos “mensageiros” que
Deus levantou, principalmente, E. J.
Waggoner. “Perguntas foram feitas naquela época. ‘Irmã White, a senhora acha
que o Senhor tem alguma luz nova e aumentada para nós como povo?’ ela
respondeu: ‘Com toda certeza. Eu não apenas penso assim, mas posso falar com
compreensão. Sei que há preciosa verdade a ser revelada a nós se somos o povo
que deve permanecer firme no dia da preparação de Deus”. Então, foi feita a
pergunta se eu achava que seria melhor deixar o assunto ficar onde estava,
depois que o irmão Waggoner declarou sua visão da lei em Gálatas. Eu disse: ‘De modo algum’”.1
O
pastor E. J. Waggoner teve o privilégio de falar claramente e apresentar seus
pontos de vista sobre a justificação pela fé e a justiça de Cristo em relação à
lei. Esta não era uma nova luz, mas a luz antiga colocada onde deveria estar na
mensagem do terceiro anjo. Qual é o peso dessa mensagem? João vê um povo e diz:
‘Aqui está a paciência dos santos; aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus’ (Apo. 14:12).
Este povo que João vê antes de ver o Filho do homem tendo na cabeça uma coroa
de ouro, e na mão uma foice afiada (versículo 14).2
Deus
é o mesmo ontem e para sempre e Sua palavra nos diz tudo o de que precisamos
saber sobre Ele, mas ver o que sempre esteve em Sua palavra dá um novo
significado à “velha” luz. A mensagem do terceiro anjo de Apocalipse 14 está
aqui há séculos, mas Deus achou necessário estabelecer uma conexão mais clara
ao conceito de justiça pela fé através da mensagem dada em 1888. “Vários me
escreveram, perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do
terceiro anjo, e eu respondi: ‘é a mensagem do terceiro anjo em verdade’”.3
O
fato de as mensagens dos anjos nos capítulos 14 e 18 de Apocalípse serem expressas em alta voz sugere a
universalidade de sua relevância para toda a humanidade. Essa relevância é
baseada no fato de que toda a humanidade herdou a natureza pecaminosa em nosso
ancestral original, Adão. Há aqueles que resistem à ideia de que estamos todos
nessa condição pecaminosa sem ter tido nenhuma escolha no assunto,
esquecendo-se de que não apenas herdaram uma natureza egocêntrica, mas a
confirmaram por atos pessoais de pecado.
Ellet
J. Waggoner dá essa perspectiva: “O que você pensaria de um homem se afogando
no oceano, que, quando alguém lhe joga uma corda, olha para ele e diz: ‘Eu sei
que estou me afogando e que a única esperança que tenho é agarrá-la, mas não farei
isso, a menos que saiba que a culpa foi minha em cair na água. Se foi culpa
minha, então eu a pegarei. Porque sou o único culpado de estar nesta condição
Mas se, por outro lado, alguém me empurrar para a água, e eu não pude evitar,
então não terei nada a ver com essa corda’. Tal homem seria considerado
desprovido de bom senso e, em seguida, reconhecendo que somos pecadores e numa
condição perdida, vamos apeguemo-nos à salvação que nos é dada.4
Como
o problema do pecado é universal, a solução elaborada pela Divindade precisava
ser universal. Embora com perfeita presciência soubesse que muitos rejeitariam
o dom, Jesus foi gerado do Pai em carne humana como o segundo Adão (Romanos 5).
Nele foi colocada “a iniquidade de nós todos” (Isa. 53: 6). Quando os livros
forem abertos no julgamento final, ninguém poderá dizer que Deus não pagou por
seus pecados.
Muitas
pessoas temem o julgamento de Deus, e bem deveriam fazê-lo se acreditassem que
isso é feito por um ser impassível e desinteressado, que arbitrariamente quer
ver quantas pessoas pode manter fora do céu. Eles O imaginam como um malvado
Papai Noel que está mantendo sua lista “mau ou bom”. No entanto, sabemos que
Deus é amor, e a Bíblia descreve o amor como “sofredor, . . . benigno; . . . não é invejoso; . . . não se gaba e não
é arrogante, não age de forma inconveniente; não busca o Seu próprio interesse,
não Se irrita, não suspeita mal” [algumas versões traduzem isto como” não
mantém registro de erros”] (1ª Cor. 13: 4-5, New American Standard Bible). Se o
amor não guarda um registro dos erros, por que a Bíblia fala de livros de
registro no céu onde Deus apaga o nosso pecado?
A
aparente contradição é facilmente resolvida. Deus mantém um registro, mas não
contra nós, mas para explicar suas ações. O plano de salvação trouxe
justificação, ou um “veredito de absolvição” para todo ser humano que já viveu
neste planeta, mas não somos forçados a aceitar esse veredito. Quando a “hora
do Seu julgamento” chegar, Deus precisa de registros para mostrar que concedeu uma
oportunidade justa para todo ser humano fazer uma escolha. Durante toda a nossa
vida, Deus trouxe circunstâncias que nos levam a tomar uma decisão a favor ou
contra a graça de Deus. A “evidência” da justificação em nosso caso não é nossa
própria obediência, mas a identidade total de Cristo conosco como nosso segundo
Adão e nosso sacrifício. Ele morreu por todos, aceitou todos e tratou-os
generosamente como se fossem perdoados. Deus já está Se reconciliado conosco
(ver, por exemplo, Gál. 2:16-21).
Somente
a obra do Deus Criador, através da ação do Espírito Santo, pode tornar essa
reconciliação uma realidade nos corações e mentes. A Bíblia apresenta uma
mensagem que deve iluminar a Terra com glória. Encontra e complementa os
anseios do coração de todos os que têm fome e sede de justiça, que estão agora
espalhados por toda a Babilônia, aguardando o chamado final para sair dela. A
justiça pela fé neste tempo da purificação do santuário faz mais do que
preparar as pessoas para morrerem “no Senhor”. Torna possível um amadurecimento
da colheita que os prepara para a foice quando se diz ao divino Fazendeiro
“lança a tua foice e sega” (Apo. 14: 13-16).
O
processo de sair da Babilônia envolve afastar o pecado, o que requer cooperação
com o Espírito Santo. “O fermento oculto na farinha atua invisivelmente e para
submeter toda a massa ao seu processo levedante; assim o fermento da verdade
opera secreta e silente e persistentemente, para transformar a alma. As
inclinações naturais são abandonadas e subjugadas. São implantadas novas
ideias, novos sentimentos, novos motivos. Uma nova norma de caráter é proposta—a
vida de Cristo. A mente é mudada, as faculdades são estimuladas à ação em novas
esferas. O homem não é dotado de faculdades novas, mas as faculdades que possui
são santificadas. A consciência é despertada. Somos dotados de traços de
caráter que nos habilitam a prestar serviço a Deus”.5
Louvado
seja Deus por uma promessa tão abençoada!
Arlene Hill
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Notas finais:
1) Materiais de Ellen G. White sobre 1888, Pág. 219
2) Ibidem, pág
211, ênfases acrescidas
3) "Repentance the Gift of God," (Arrependimento,
um Presente de Deus,) artigo de Ellen G. White, publicado na Review and Herald, em 1º
de Abril de 1891
4) Estudo Bíblico: Carta aos Romanos,nº 9, Boletim
da Conferência Geral de 17 de março de 1891, pág. 137,
5) Ellen G. White, Parábolas de Jesus, págs. 98 e 99
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Notas:
Veja,
em inglês, o vídeo desta7 lição do 2º trim. de 2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/MQfrnUDrn18
Esta
lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia da autora:
A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora
mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina
na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street, Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX
(775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642. Ela também foi oradora do
seminário “Elias, convertendo corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro
de 2015, na igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia, telefone: +001 XX 760-749-9524
Nota: Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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