Para 26 de maio a 2 de junho de 2018
Um dos
grandes “enganos do fim dos tempos” destacados na lição de terça-feira é a
imortalidade da alma. Se Cristo não morreu em Sua cruz para pagar a penalidade
da dívida do pecador, então não temos nenhuma expiação para nos unir a Deus,
nenhum perdão dos nossos pecados e o Ágape divino é obscurecido.
Ágape
significa abnegação plena. Isso faz com que toda consideração pelo bem-estar
pessoal se faça inteiramente secundária. Ágape escolhe o completo esvaziamento
do eu, perda eterna, morte eterna. Ágape descreve o caráter de Deus. “Deus é Ágape (amor)” (1ª João 4: 8).
Isso
explica o que realmente aconteceu na cruz. Para Cristo redimir um mundo
perdido, foi necessário que pagasse o preço do pecado completamente. Ele teve
que estar diante de Deus no lugar do pecador como um pecador condenado—não mais
um Filho amado. Teve que suportar, da sua posição como substituto do pecador, a
carranca do Pai pela desobediência e ira contra o pecado. Isso significa ter
que realmente morrer, ser privado de vida e consciência, não apenas por três
dias e três noites, mas por toda a eternidade. Ou seja, toda esperança de uma
feliz ressurreição e reunião com Seu Pai no céu teria de ser abandonada.
Qualquer esperança de voltar a desfrutar do céu devia ser abandonada. Tomar o
lugar do pecador significava que Ele suportaria a agonia da separação eterna do
Pai. A penalidade pela transgressão da lei santa e justa envolve tudo isso.
Ágape é
um amor tão grande que a Divindade estava disposta a que tudo isso acontecesse
na cruz do Calvário, a fim de possibilitar a redenção das almas perdidas. O Pai
sofreu tanto quanto o Filho na agonia angustiante do Getsêmani e no horror do
Calvário.
Isso aconteceu quando Cristo pagou o preço pela
redenção do homem quando experimentou o equivalente à morte eterna, a
penalidade pelo pecado.
Ao
descrever as agonias que Cristo sofreu na cruz, Ellen White disse: “Satanás torturava com cruéis tentações o coração
de Jesus. O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A
esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe
falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse
tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a
angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia
interceder pela raça culpada."1
Cristo
morreu o equivalente à “segunda morte” na cruz do Calvário. É a morte da qual
não há ressurreição (Apo. 20: 6, 9, 14). Ellen White explica a agonia da
separação final do Pai que Cristo suportou: “O afastamento do semblante divino,
do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor
que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia,
que Ele mal sentia a dor física.”2
Há
muitos no mundo cristão que nem começam a entender o que aconteceu na cruz.
Para eles, a expiação não envolve mais do que as agonias físicas da
crucificação. Por mais terríveis que sejam, elas não começam a equiparar-se à
agonia mental e emocional que Cristo suportou. Muitos acreditam que Jesus e o
ladrão arrependido desfrutaram de uma alegre reunião nos reinos de glória
apenas alguns minutos após a crucificação em si.
A base
para este grave erro é a doutrina da imortalidade natural da alma. É por isso
que, na questão da expiação, essa doutrina da imortalidade é o principal
engano. Não há como a expiação poder ser plenamente entendida e, assim, efetuar
uma reconciliação do coração do pecador com Deus para qualquer um que creia na
doutrina da imortalidade natural da alma.
Um belo
antídoto enviado pelos céus para os terríveis enganos que mantiveram cativos
tantas mentes na comunhão cristã é a mensagem de 1888 de Cristo, nossa justiça.
Com sua ênfase nos temas vitais da salvação, a mensagem de A. T. Jones e E. J. Waggoner
apresenta o evangelho do Novo Testamento sob uma luz nunca vista desde os
tempos apostólicos.3
Embora
nem Ellen White, nem Jones e Waggoner tenham usado a palavra Ágape, toda a sua
mensagem é vibrante com o tema Ágape. Para transmitir essa mensagem aos povos
da terra, “a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo”4 é
apresentar as verdades da Bíblia em um cenário que atrairá mentes famintas em
toda parte. É à luz desta mensagem que o engano da ideia da alma imortal, com
todos os seus erros relacionados, será visto pelo que ela é. Isso fará muito
para preparar o caminho para a iluminação da Terra com a glória do quarto anjo
(Apo. 18:1-3).
--Paul E. Penno
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Notas de
rodapé:
1) Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 753;
2) Ibidem
3) Veja Ellen G. White,
Fundamentos da Educação cristã, pág. 473;
4) Ellen G. White,
Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 e 92;
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Notas:
Veja, em inglês, o vídeo desta 9ª lição do 2º trim. de
2018, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, no sitio: https://youtu.be/34NiPgNMXS8
Esta lição em inglês está na internet no sitio: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor,
Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este
livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com) em
1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos
artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a
serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do
seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015,
realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church
localizada no endereço: 14919 Fruitvale
Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…)
indicam acréscimos do tradutor.
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