sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lição 9 – Céu

A noção de que indivíduos entram no céu na morte, é largamente crida, apesar da descrição das escrituras de que haverá um cataclismo, um acontecimento corporativo universal. Os vislumbres do segundo advento que nos são dados envolvem multidões de seres inteligentes todos cientes dos acontecimentos. Não é próprio de Deus deixar o casamento do Seu Filho com a "noiva que se aprontou" (*Apoc 19:7) acontecer como uma corriqueira refeição celestial diária, como atividade costumeira. Um casamento, especialmente o Casamento do Noivo Celestial com Sua noiva, a igreja, indica uma celebração tal como unicamente a Divindade pode organizar.

Sem nenhum entendimento de um julgamento pré-advento, é lógico supor que uma elegibilidade da pessoa para o céu deva ser decidida na morte. Mesmo as pessoas que não têm nenhuma religião não podem aceitar isso, digno ou não, todo o mundo vai para o céu. Quase sempre, as condições imaginadas para se entrar no céu envolvem sacrifício pesado e negação. Este esforço deve captar a atenção de Deus que sentir-se-á melhor sobre a pessoa e o admitirá no céu.

Pare de Tentar Ganhar o Céu

Um mundo que entende mal o caráter de nosso amoroso Deus nunca pode acreditar que a experiência do céu possa começar aqui durante nosso tempo de vida terrena. Todas religiões pagãs creem que os deuses retêm as bênçãos até que suficiente sacrifício ou "obras" sejam demonstradas. Deus não necessita disto porque a cruz é a base da nossa salvação. Nós simplesmente cremos nelas pela fé. Até mesmo a fé é dom de Deus, assim esforço e mérito nunca são parte da equação. Porque a cruz é um fato histórico concluído, Deus pode outorgar as bênçãos do céu antes de nós realmente chegarmos lá (*fisicamente). Nossa lição usa dois de muitos textos para demonstrar que os benefícios existem aqui e mesmo agora: "Amados, agora somos filhos de Deus...” (1ª João 3:2) e, "... quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em julgamento, mas passou da morte para a vida" (João 5:24, ênfase adicionada). Quase todos os versos no primeiro capítulo de Efésios confirmam que o que Cristo realizou por nós na cruz já é nosso em Cristo.

Peça Fé

Há muitas maneiras pelas quais o crente pode experimentar o céu na terra, mas todas dependem de crer nas promessas de Deus pela fé. Ao ouvir o evangelho da cruz, a bênção mais imediata para o crente arrependido é paz. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom. 5:1).

Peça um Coração (*contrito) Para Entrar no Descanso

Israel repetidamente recusou entrar no descanso de Deus mesmo tendo sido prometido, "Irá a Minha presença contigo para te fazer descansar" (Ex. 33:14). Jesus repetiu isto: "Vinde a Mim, todos os que trabalham (*obram) e estão oprimidos, e Eu vos darei descanso" (Mat. 11:28, KJV). À margem (*da KJV) o termo "trabalho" é expandido, querer dizer "trabalho exaustivo".

"O descanso que foi oferecido aos filhos de Israel no deserto, é exatamente o mesmo descanso que Cristo oferece a toda humanidade,... por que então nem todas as pessoas têm descanso?—Pela simples razão de que, em geral, os homens não reconhecem a presença de Deus, nem mesmo Sua existência,... Isto mostra que a incapacidade geral para agradar a Deus, e então achar descanso, surge de incredulidade prática de que Ele existe" (O Concerto Eterno, págs. 283-284).

Quando os judeus pediram a Jesus, "que faremos para executarmos as obras de Deus"? (*João 6:28), repetiram a autoconfiança de seus antepassados no Sinai quando disseram: "Tudo que o Senhor tem falado, faremos" (*Êxodo 19:8, O Concerto Eterno, pág. 235). Jesus corrigiu-os: "A obra de Deus é esta, que creiais nAquele que Ele enviou” (João 6:29). Sua arrogância revelou que recusaram crer num Deus que faria a obra por eles. Em vez disso, eles insistiram em "obrar" exaustivamente sob "cargas pesadas” de feitura humana. Assim, eles não puderam entrar no descanso que Deus tinha preparado para eles.

Entre no Especial Descanso Sabático

O Senhor deu descanso a Adão no jardim (*do Édem) embora tenha lhe dado o encargo de "o guardar" (*Gên. 2:15). Seu trabalho não era tornar o jardim perfeito, mas manter a perfeição criada por Deus. O trabalho não é parte da maldição do pecado, mas a fadiga é. "Aquela perfeita, nova criação desapareceu—mas o descanso ainda permanece” (idem, págs. 308-309). O descanso que permanece, apesar da maldição, é o sábado do Senhor, o dia sétimo. Como Adão "guardando" o jardim, nós devemos "guardar" o dia de sábado que Deus criou e tornou santo. Não devemos criar um novo sábado, nem devemos fazê-lo santo. Deus já fez, abençoou, e santificou o sábado. Deus pediu somente que "guardemos" o sábado que Ele criou. Antes do pecado, os seres humanos não tiveram nenhum problema para entrar nesse descanso. Uma vez que a rebelião entrou, nada de bom veio naturalmente a esses cujas naturezas tinham se tornado más. Nada menos que uma nova criação era necessária.

"O sábado vem revelando Cristo, o Criador, como o suportador do peso ... É na cruz de Cristo que recebemos vida, (*e) somos feitos novas criaturas. O poder da cruz, portanto, é poder criativo. ... Agora podemos entender por que o sábado ocupa tão proeminente lugar no registro dos tratos de Deus com Israel... porque a guarda do sábado é o começo desse descanso que Deus prometeu a Seu povo na terra de Canaã... Esta é a herança do Senhor, agora é o tempo, hoje é o dia em que nós podemos entrar nele, porque Ele é a porção de nossa herança, e nEle temos todas as coisas” (idem., págs. 312-315).

Quer você viver como se já tivesse alcançado o repouso celestial? Peça que Deus lhe dê a mente de Cristo (*Fil. 2:5, KJV) para entrar no descanso do sábado durante a semana inteira. Isto não quer dizer inatividade, mas um descanso mental no Senhor para todas as necessidades, durante toda semana.

Encare as provações como "Ajudantes na Caminhada para Sião"

Mas alguém diz, "eu não me sinto tão descansado, tenho problemas, provações, e tentações." (*”Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse”, 1ª Pedro 4:12). Então o Senhor quer que nós estejamos tão bem familiarizados com as ardentes provas que, ... podemos dizer, 'bem, prazer em encontrá-la, dona provação; eu a conheço; vamos suportá-la. ... não estranhamos as ardentes provas "como se coisa estranha esteja acontecendo" a nós. Não devemos defrontá-las e tratar com elas como estranhas, mas como familiares; e não só isso, mas devemos vê-las como auxiliares em (*nossa) caminhada para Sião" (Alonso T. Jones, Boletim da Conferência Geral de 1893, Sermão de nº10, pág. 203).

--Arlene Hill


Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Lição 8 — Descanso

Bem desde o principio, a criação e o descanso de Deus foram inseparavelmente ligados. Sabemos que Deus, que criou todas as coisas, foi chamado Jesus e que todas coisas foram criadas por Ele, para Ele e por Ele, "e Ele é antes de todas coisas, e todas as coisas subsistem por Ele" (Col. 1:17). "Ele estava no princípio com Deus. Todas coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada foi feito se fez" (João 1:2, 3).

Este mesmo Jesus prometeu a Moisés e ao povo de Israel, "Irá a Minha presença contigo para te fazer descansar" (Ex. 33:14). Esta é a mesma promessa registrada em Mateus 11:28: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (*“Vos darei repouso”, KJV).

"Mas Deus sempre esteve e está presente em toda parte; por que então nem todas as pessoas têm descanso? Pela simples razão que, em geral, os homens não reconhecem Sua presença, nem mesmo Sua existência". ... Romanos 1:20 torna isso claro que é como Criador que Deus Se revela; o fato de que Ele cria O marca como o Deus auto-existente, e O distingue de todos os deuses falsos1.

"O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez céu e terra" (Salmo 124:8). Agora, desde que descanso é achado só na presença de Deus, e Sua presença é, verdadeiramente, conhecida e apreciada somente pelas Suas obras, é evidente que o descanso prometido deve ser muito proximamente ligado com a criação2.

O descanso e a herança sempre são juntamente associados na promessa (Deut. 12:8-16). Eles sempre associaram-se porque são a mesma coisa. Nossa herança é descanso (3:18, 20). David corretamente amplia nosso entendimento em Salmo 16:5, 6: "O Senhor é a porção da minha herança e do meu cálice; Tu sustentas a minha sorte. As linhas3 caem-me em lugares deliciosos; sim, coube-me uma formosa herança". Ele é tanto nosso descanso como nossa herança; tendo-O, nós temos tudo. Ele é também "O SENHOR, JUSTIÇA NOSSA" (Jer. 23:6, 7; 33:16). O Senhor, nosso descanso do pecado.

Ainda com todo o poder do universo à sua disposição, o povo de Israel não entrou no descanso de Deus. Hebreus 4:1-11 expõe a história deles, e, o que fizeram, estamos em alto risco de o fazer também. “Vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade”4. Eles não creram no evangelho que foi pregado a eles porque não associaram o que eles ouviram com a fé. Eles não acreditaram nele—eles não o aceitaram—eles não entraram no descanso de Deus.

Aqui vemos um paralelo com a nossa própria recente história em 1888. O Senhor, na Sua grande misericórdia trouxe uma mui clara apresentação do evangelho ao Seu povo5—Eles não aceitaram a mensagem—eles não creram nela. Como vimos, incredulidade previne a pessoa de entrar no descanso de Deus—exatamente como o antigo povo de Israel. É um princípio.

O fato de que eles "não puderam entrar por causa da sua incredulidade" mostra que teriam entrado (*no descanso, isto é, na terra prometida) se tivessem crido; e o fato de que aquele perfeito descanso estava pronto para eles, é demonstrado mais adiante pela declaração (*de que), "as obras estavam acabadas desde a fundação do mundo"6.

O descanso que é prometido é o descanso de Deus. “Este descanso incomparável é o que Deus deu ao homem no começo. "E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim de Éden para o lavrar e o guardar" (Gen. 2:15). ‘Éden’ significa delícia, prazer; o jardim de Éden é o jardim de prazer; a palavra hebraica que neste lugar é traduzida como "pôs" é uma palavra que significa descanso; ... portanto Gênesis 2:15 pode ser assim traduzido: "E o Senhor Deus tomou o homem, e o fez repousar no jardim de prazer para o lavrar e o guardar"7.

Adão entrou no descanso, porque entrou na perfeita obra de Deus acabada. Ele foi a obra prima de Deus, criado em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou, para que andasse nelas, Efésios 2:10. "A obra de Deus é esta: que creiais" (João 6:29), e era unicamente pela fé que Adão podia gozar a obra de Deus e compartilhar Seu descanso; pois tão logo Adão descreu de Deus, acatando a palavra de Satanás, ele perdeu tudo. "Porque nós os que temos crido, entramos no repouso,” porque “Esta é a obra de Deus, que creiais". As duas declarações são idênticas em significado, porque a obra de Deus, que é nossa pela fé, é uma obra acabada (*completada), e, portanto, entrar nessa obra é entrar no descanso.

Deus fez a obra (*da criação da terra) e colocou Adão em posse dela, com instruções para guardá-la—isto ele fez enquanto manteve a fé.

É impossível para o homem guardar o sábado do Senhor sem fé porque o "justo viverá por fé". O descanso sabático é um descanso espiritual, de modo que descanso físico à parte de descanso espiritual não é guarda do sábado de modo algum. O descanso sabático é muito mais que uma soneca.

Mantenha isto em mente que, conquanto o dia de sábado seja o sétimo dia da semana, o descanso, que o dia de sábado traz à compreensão, é contínuo8. Quando Jesus clamou, "está consumado," anunciou que, pela Sua cruz podiam ser obtidas as perfeitas obras de Deus, que foram acabadas desde a fundação do mundo.

"E ouvi outra voz do céu dizendo, 'Sai dela, povo Meu’” (Apoc. 18:4); e "Vide a Mim,... e Eu vos aliviarei (Mat. 11:28) (*“e vos darei descanso," KJV e NVI). "Aqui estão os que entraram no descanso de Deus pela Sua fé—os que creram nEle quando disse, 'está consumado’" (paráfrase de Apoc. 14:12).

E no dia sétimo Jesus descansou de toda Sua obra.

Daniel Peters

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.

Notas 3, 4 e 5 são do tradutor:

1) Ellet J. Waggoner, O Concerto Eterno, capítulo 38, páginas 283 e 284;

2) Idem, pág. 284;

3) O termo hebraico para “linha” é Chabalim, “Trena (*fita métrica) usada para medição de terreno” (Comentário Bíblico, vol. 3 da série SDABC, pág. 665); Com ela as terras, na divisão, foram medidas

4) Hebreus 3:19. E no cap. 4, vs. 6 e 11, esta incredulidade sinônimo de desobediência. Leia o cap. 4: 1-11, indicado pelo pastor Daniel na frase anterior; “A falta de fé deles, demonstrada pela desobediência, tornou impossível que entrassem (*na terra prometida). ... O fracasso da parte de alguns cristãos para entrarem noprometido ‘descanso’ da alma (veja 4:11). Esta é a lição delineada pelo autor (*Paulo) da experiência do antigo Israel (Veja 4:1)” Comentário Bíblico, vol. 7 da série SDABC, pág. 416.

“A história do antigo Israel é um exemplo frisante da passada experiência dos adventistas. Deus guiou Seu povo no movimento adventista, assim como guiara os filhos de Israel ao saírem do Egito. No grande desapontamento fora provada a sua fé, como o foi a dos hebreus no Mar Vermelho. Houvessem ainda confiado na mão guiadora que com eles estivera em idos na obra em 1844, tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo, proclamando-a no poder do Espírito Santo, o Senhor teria poderosamente operado por seus esforços. Caudais de luz ter-se-iam derramado sobre o mundo. Haveria anos que os habitantes da Terra teriam sido avisados, a obra final estaria consumada, e Cristo teria vindo para a redenção de Seu povo.

"Não foi a vontade de Deus que os filhos de Israel vagueassem durante quarenta anos no deserto: desejava Ele levá-los diretamente à terra de Canaã e ali os estabelecer como um povo santo, feliz. Mas "não puderam entrar por causa da sua incredulidade". Heb. 3:19. Por sua reincidência e apostasia, pereceram os impenitentes no deserto, e levantaram-se outros para entrarem na Terra Prometida. Semelhantemente, não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo fosse tão demorada, e que Seu povo permanecesse tantos anos neste mundo de pecado e tristeza. A incredulidade, porém, os separou de Deus. Como se recusassem a fazer a obra que lhes havia designado, outros se levantaram para proclamar a mensagem. Usando de misericórdia para com o mundo, Jesus retarda a Sua vinda, para que pecadores possam ter oportunidade de ouvir a advertência, e encontrar nEle refúgio antes que a ira de Deus seja derramada.” O Grande Conflito, págs. 457 e 458.

Sobre a recepção da mensagem do terceiro anjo, que acima sublinhamos, é bom salientar que refere-se à rejeição da mensagem de 1888. “Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e respondi-lhes: "É verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo." Review and Herald, 1º de abril de 1890. Evangelismo, pág. 190, 7º §.

5) Veja Testemunhos Para Ministros, pág. 91 em diante: Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor uma mui preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. ...” Leia até o final do capítulo;

6) Ellet J. Waggoner, O Concerto Eterno, capítulo 40, pág. 305. Heb. 4:3, ú. p.

7) Idem, pág. 306;

8) Op. cit., capítulo 41, pág. 312;

Em inglês você pode ler os capítulos de O Concerto Eterno on-line:

O capítulo 38 - http://1888mpm.org/book/38-promises-israel-promised-rest-part-1-2;

O cap. 39 em http://1888mpm.org/book/39-promises-israel-promised-rest-part-2-2;

O capítulo 40, part-1-2 em http://1888mpm.org/book/40-promises-israel-another-day

O cap. 41 em http://1888mpm.org/book/41-promises-israel-another-day -part-2-2

(*Em breve teremos este livro, O Concerto Eterno, de Waggoner, um dos mensageiros de 1888, traduzido e impresso em português. Já estamos na fase final de tradução do mesmo. Mantenha contato conosco).

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Lição 7 – Graça

A "graça" é algo que não existe aqui nesta terra caída; tem que ser importada.

E o único modo como pode nos vir é pelo Senhor Jesus Cristo.

Graça é amar pessoas más, (*até) mesmo seus inimigos.

Tal graça é criativa, pois "cria," ou, produz na pessoa que é amada, um novo coração que é responsivo à graça.

É algo que nós, seres humanos caídos, não podemos fazer, em hipótese alguma, a menos que recebamos graça do Senhor, e a menos que abramos os nossos corações para deixá-la permanecer em (*nós).

É algo que nós não temos que implorar a um Senhor indiferente, relutante, para deixar-nos tê-la, pois Ele tenta Seu melhor para abrir nossos corações, naturalmente relutantes, para recebê-la. "Deixa esta mente estar em você, que houve também em Cristo Jesus," Ele nos implora em Filipenses 2:5 (KJV). Em outras palavras, se nós não resistirmos receber esta graça, Ele no-la dará!

"Eis (*veja) o Cordeiro de Deus" diz João Batista. "Ver" é, simplesmente, olhar—a coisa natural que todo mundo faz quando algo acontece. Todos erguem a cabeça para enxergar melhor; é uma coisa natural fazer isso.

Agora, João Batista diz, "veja" Jesus,.

Se você pensa que as nuvens e o nevoeiro são tão densos, em suas circunstâncias particulares, que você não O pode "ver" claramente, lembre-se de que Ele está mais desejoso que "ver" você do que você mesmo de vê-Lo; Ele ama direcionar nuvens e escuridão e nevoeiro para longe, para que nós possamos ver claramente.

Mas o desejo em nossas almas deve ser como uma fome e sede que transcende nossa fome pelo pão material.

E este é um modo simples mas adequado para começar: faça a escolha de não tomar a primeira refeição do dia até que você primeiro se "alimente" do "pão da vida," que é a palavra do Senhor.

Quando eu era jovem, passei por uma crise—eu via que não era verdadeiramente convertido. Sabe como é um adolescente, no dormitório (*do colégio interno), anseia tomar o café da manhã; bem, eu decidi que não iria ao refeitório antes de, primeiramente, "comer" algo do "pão da vida".

Você pode rir da minha ingenuidade; mas eu quis testar o Senhor! Eu estava determinado.

E ainda até hoje, muitos anos mais tarde,... eu não como nada até que tenha primeiro me ajoelhado e encontrado um bom bocado do "pão da vida".

Você saberá mais da "graça" do Senhor Jesus do que os pesados livros de teologia podem contá-lo.

Robert J. Wieland

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.


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Não recebais a GRAÇA de Deus em vão.

Da lista que o Senhor deu em 2ª Cor. 6:1-10, é claro que nada há que jamais possa vir à vida do crente em Cristo, que a graça de Deus não o tome e o transforme para o bem do crente e o faça servir para o seu aprimoramento em direção à perfeição em Cristo Jesus. A graça de Deus fará sempre isto se tão somente o crente permitir que o Senhor atue à Sua própria maneira na sua vida, se tão somente ele permitir a graça reinar. Eis "Porque tudo isto é por amor de vós” 1 e isto é como "todas coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus"2. Isto é grandioso. É de fato glorioso. É a própria salvação. Este é modo como o crente é capacitado a "sempre triunfar em Cristo"3.

Isto contudo é apenas a metade da história. O Senhor Se propõe não somente a salvar agora àquele que crê, mas ele o usará em ministrar aos outros o conhecimento de Deus, para que eles também possam crer. Não podemos pensar que a graça e os dons de Deus são unicamente para nós. São para nós primeiramente, isso é verdadeiro, mas são para nós primeiramente a fim de que não só nós sejamos salvos mas para que possamos ser capacitados a beneficiar aos outros comunicando a eles o conhecimento de Deus. Nós devemos ser participantes da salvação antes de podermos conduzir outros a ela. Portanto está escrito, "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus."4 E "tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação.”5

Assim cada homem que recebe a graça de Deus ao mesmo tempo recebe com ela o ministério dessa graça a todos os outros. Cada qual que se acha reconciliado com Deus recebe com essa reconciliação, o ministério de reconciliação, para todos os outros. Aqui também a exortação se aplica, "E nós ... vos exortamos a que não recebais a graça de Deus em vão."6 É você um participante da graça? Então "administre a outros o dom” (*a graça); não a receba em vão. Está você reconciliado com Deus? Então saiba que Ele, a você também, “lhe deu o ministério de reconciliação”7. Recebeu você este ministério em vão?

Se nós não recebermos a graça de Deus em vão, se nós tão somente permitirmos que a graça reine, o Senhor causará que ela atue, ou que ela assim seja "em todas coisas nós nos aprovaremos como os ministros de Deus."8 Esta é a verdade. O Senhor o disse, e assim é. "Como ministros de Deus tornando-nos recomendáveis em tudo.”9 Isso é, em todas coisas nós devemos levar a outros o conhecimento de Deus. E assim o Senhor propõe não só nos causar sempre "triunfar em Cristo" da nossa própria parte, mas também fazer "por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do Seu conhecimento”10. Isso é, Ele propõe tornar difundido a outros, por nós, e em cada lugar, o conhecimento de Si.

Nós não podemos fazer isto por nós mesmos. Deus há de operá-lo em nós11. Devemos cooperar com Ele. Devemos ser obreiros juntos com Ele. E quando nós assim cooperamos com Ele, então, tão certamente quanto nós assim agirmos, tão certamente nos fará sempre triunfarmos em Cristo e também fará manifesto o conhecimento de Si por nós em cada lugar. Ele pode fazê-lo, graças a Deus. Não diga, nem sequer pense, que Ele não possa fazer isto por você. Ele pode fazê-lo por você. Ele o fará, se tão somente você não receber Sua graça em vão. Se você tão somente deixar sua graça reinar; se você for um obreiro junto com Ele.

É verdade que há um mistério sobre como isto pode ser. É um mistério como Deus pode fazer manifesto o conhecimento de Si por tais pessoas como você e eu somos, em qualquer lugar, e em cada lugar. Mas embora seja um mistério, é a própria verdade. Mas não cremos nós no mistério de Deus? Seguramente que sim. Então nunca esqueça que o mistério de Deus é Deus manifesto na carne. E você e eu somos carne. Então o mistério de Deus é Deus manifesto em você e em mim que cremos. Creia nisto.

Não esqueça também, que o mistério de Deus não é a manifestação de Deus em carne sem pecado, mas Deus manifesto em carne pecaminosa. Nunca poderia haver qualquer mistério sobre Deus manifestando-Se em carne santa12—em alguém que não teve nenhuma conexão com o pecado. Isso seria suficientemente simples. Mas que pode manifestar-Se em carne carregada com pecado e com todas as tendências para pecar, tal como a nossa é—isto é um mistério. Sim, isto é o mistério de Deus. E é um fato glorioso, graças ao Senhor! Acredite nisto. E perante todo o mundo, e para a alegria de cada pessoa no mundo, em Jesus Cristo, Ele demonstrou que este grande mistério é, sem dúvida, um fato na experiência humana. Pois "visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas."13 "Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos.14 E portanto Deus "o fez ser pecado por nós.” 15 Deus “fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos.”16 Assim, na nossa carne, tendo nossa natureza carregada com iniqüidade, e Ele mesmo feito para ser pecado, Cristo Jesus viveu neste mundo, tentado em todos pontos como nós somos,17 mas Deus sempre O fez triunfar nEle e fez manifesta a fragrância do Seu conhecimento por Ele em cada lugar. Assim Deus era manifestado na carne—na nossa carne, em carne humana carregada com pecado—e feito para ser pecado na carne, fraca e tentada como a nossa carne é. E assim o mistério de Deus foi feito conhecido a todas as nações para a obediência da fé. Oh! Creia nisso!

E este é o mistério de Deus hoje e eternamente—Deus manifesto na carne, em carne humana, em carne carregada com pecado, tentada e testada. Nesta carne Deus fará manifesto o conhecimento de Si em cada lugar onde o crente é achado. Creia nisto e louve Seu santo nome!

Este é o mistério que hoje, na terceira mensagem angélica, deve outra vez ser feita conhecida a todas as nações para a obediência da fé. Este é o mistério de Deus, que neste tempo deve "ser concluído,”—não só concluído no sentido de acabar de ser transmitida ao mundo, mas acabado no sentido de trazer à conclusão este grandioso trabalho no crente. Este é o tempo quando o mistério de Deus deve ser acabado no sentido de que Deus é para ser manifesto na carne em cada crente verdadeiro,18 em cada lugar onde esse crente estiver. Isto é, de fato e em verdade, o guardar dos mandamentos de Deus e a fé de Jesus.19

"Tende bom ânimo, Eu venci o mundo."20 Cristo revelou Deus na carne.21 Nossa fé é a vitória que vence o mundo.22 Portanto, e agora, "graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento."23

Review and Herald, 29 de Set. de 1896,

Ministers of God,” por Alonzo T. Jones.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira

Notas do Tradutor:

1) 2ª Cor. 4:15;

2) Romanos 8:28;

3) 2ª Cor. 2:14;

4) 1ª Pedro 4:10;

5) 2ª Cor. 5:18;

6) 2ª Cor. 6:1;

7) 2ª Cor. 5:18;

8) 2ª Cor 6:4, KJV;

9) 2ª Cor 6:4, Alm. Fiel; a Alm. Contemporânea diz, “como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo”;

10) 2ª Cor. 2:14;

11) Veja Fil. 2:13;

12) Não há mistério algum em um Ser Santo manisfestar-Se em carne santa, como, por exemplo, Ele o fez em Cristo; nem em seres inocentes como adão e Eva antes do pecado e os anjos no céu e em outros mundos que possam ser habitados, onde o pecado não entrou. Só pode haver mistério no caso contrário, como se dá no nosso caso: Um Deus Santo manifestar-Se em carne caída, pecaminosa. Isto certamente é um mistério;

13) Heb. 2:14;

14) Heb. 2:17;

15) 2ª Cor. 5:21;

16) Isaias 53:6;

17) Veja Heb. 4:15;

18) A finalidade de Cristo assumir nossa natureza com 4.000 anos de degenerescência, sem isenção alguma, nem sequer moral (DTN, 117), foi para ser “Deus Conosco”, descendo ao fundo do poço do pecado onde a humanidade estava, para nos resgatar. O Verbo foi feito carne e habitou entre nós (João 1: 14), literalmente "acampou em nós".

Como posso eu crer que Cristo se manifestará na minha carne, pecador que sou, para que Ele possa me levar à obediência? A resposta é que o Ele fez uma vez poderá fazê-lo quantas vezes for necessário. Ele já veio a este mundo e assumiu a nossa carne caída, para ser Deus Conosco, e está desejoso de habitar em nós, e devemos confessar isto a todo momento. 1ª João 4: 2 e 3 diz: “Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus." Preste atenção no verbo “confessar”, no tempo presente, “confessa”. Não é suficiente confessar que Jesus Cristo veio na carne; isso não trará nenhuma salvação a qualquer pessoa. Devemos confessar, com conhecimento indiscutível, que Jesus vem agora em carne, para habitar em nós pecadores, e então nós somos de Deus. Cristo encarnou-Se há 2.000 anos atrás para demonstrar tal possibilidade. O que Ele fez uma vez, Ele pode fazer outra vez. Aquele que nega a possibilidade de Sua vinda na carne dos homens agora, nega assim o fato de ter Ele assumido a carne humana caída.

Andar pela fé é crer que Deus pode mudar nossas mentes para dar-nos vitória sobre o pecado, por habitar em nós.

O Comentário Bíblico, vol. 7, pág. 661 nos diz que: “A verdade de 1ª João 4: 2 e 3, precisa ser enfatizada especialmente nos nossos próprios dias. Nós precisamos estar pessoalmente cônscios da encarnação, para lembrar-nos de que Deus, que tornou este milagre possível, é também apto para viver em cada um de nós hoje, em nossa carne pecaminosa. Ele está desejoso de o fazer, mas não violará nosso livre arbítrio. Só habitará em nós se O permitirmos.

O fato de que o Filho de Deus tornou-Se homem a fim de salvar os homens deve ser claramente ensinado nestes tempos quando os homens, mais do que nunca tentam negar os milagres... Nossa aceitação de Seus planos e nosso cometimento à Sua liderança pode ser uma confissão de nossa crença de que “Jesus Cristo veio em Carne”. Tal testemunho não pode ser dado sem o divino auxílio, pois “nenhum homem pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” ( I Cor. 12:3). Quando Cristo leu de Isaias 61: 1, “O Espírito do Senhor ... Me enviou para apregoar liberdade aos cativos” (Lucas 4:18), Ele quis significar: viver em nós para que sejamos livres do pecado do qual somos escravos, eis que nós, por nós mesmos, não podemos nos desvencilhar deste cativeiro.

Localize neste Blog, na coluna ao lado, a introspecção da lição 3 do 3º Trim de 2008, postada em 18/7/08, especialmente a nota de nº 1, "Confessar que Cristo Veio em Carne CAIDA," do pastor adventista Daniel Peters.

19) Apoc. 12:17;

20) João 16:33;

21) Veja João 1:14;

22) Veja 1ª João 5: 4;

23) 2ª Cor. 2:14.

domingo, 10 de maio de 2009

O Maravilhoso Dom da Graça.

Quando o Pai foi confrontado com um mundo [isso é, em Adão] que tinha pecado e tinha se rebelado contra Ele; derrubou Ele uma bomba neles?

(A) Não; Ele fez o que ao pensamento do universo não caído era impensável: Ele francamente perdoou-os e concedeu aos pecadores um veredito judicial de absolvição.

(B) Agora o Pai estava livre para tratar pecadores como se eles nunca tivessem pecado.

(C) O nome para esta ação é GRAÇA.

(D) Romanos 5 descreve o que aconteceu:

"O ato da graça de Deus é fora de toda proporção para com o pecado de Adão. Porque se o pecado daquele homem trouxe morte sobre tantos, seu efeito é vastamente excedido pela graça de Deus no presente que veio a tantos pela graça de um homem, Jesus Cristo" (Rom. 5:15, NEB)1.

(E) Este presente maravilhoso de graça não menospreza a seriedade do pecado que nós cometemos; a verdadeira dimensão da culpa de nosso pecado é o assassinato do Filho de Deus.

(F) Que tipo de sacrifício pode equilibrar essa conta de nossa culpa?

(G) Alguém santo e inocente deve tomar nosso lugar e "pagar o preço da culpa".

(H) Esta é uma legal ou judicial "sentença de absolvição" que Cristo realizou por nós e no-la deu como um PRESENTE.

(I) O Pai então amou-nos tanto que nos deu Seu único Filho para morrer nossa segunda morte.

(J) Tudo que Ele pede de nós [leia por favor João 3:16,] é "crer" no que Ele fez.

(K) E essa palavra "crer" significa expressar apreciação de um coração-partido pelo que Lhe custou para salvar-nos.

(L) E esse contrito coração derrete o coração de pedra, e nos muda—isto é, nos converte.

—Robert Wieland.

Tradução de João Soares da Silveira.


Nota do tradutor:

1) A Versão (NEB) New English Bible, (A Nova Versão Inglesa) é uma recente tradução da Bíblia para o inglês moderno, diretamente de textos do grego, hebraico e aramaico. O Novo Testamento tendo sido traduzido em 1961 e o Velho Testamento em 1970. A Almeida Fiel diz: “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos”.