sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lição 9 – Céu

A noção de que indivíduos entram no céu na morte, é largamente crida, apesar da descrição das escrituras de que haverá um cataclismo, um acontecimento corporativo universal. Os vislumbres do segundo advento que nos são dados envolvem multidões de seres inteligentes todos cientes dos acontecimentos. Não é próprio de Deus deixar o casamento do Seu Filho com a "noiva que se aprontou" (*Apoc 19:7) acontecer como uma corriqueira refeição celestial diária, como atividade costumeira. Um casamento, especialmente o Casamento do Noivo Celestial com Sua noiva, a igreja, indica uma celebração tal como unicamente a Divindade pode organizar.

Sem nenhum entendimento de um julgamento pré-advento, é lógico supor que uma elegibilidade da pessoa para o céu deva ser decidida na morte. Mesmo as pessoas que não têm nenhuma religião não podem aceitar isso, digno ou não, todo o mundo vai para o céu. Quase sempre, as condições imaginadas para se entrar no céu envolvem sacrifício pesado e negação. Este esforço deve captar a atenção de Deus que sentir-se-á melhor sobre a pessoa e o admitirá no céu.

Pare de Tentar Ganhar o Céu

Um mundo que entende mal o caráter de nosso amoroso Deus nunca pode acreditar que a experiência do céu possa começar aqui durante nosso tempo de vida terrena. Todas religiões pagãs creem que os deuses retêm as bênçãos até que suficiente sacrifício ou "obras" sejam demonstradas. Deus não necessita disto porque a cruz é a base da nossa salvação. Nós simplesmente cremos nelas pela fé. Até mesmo a fé é dom de Deus, assim esforço e mérito nunca são parte da equação. Porque a cruz é um fato histórico concluído, Deus pode outorgar as bênçãos do céu antes de nós realmente chegarmos lá (*fisicamente). Nossa lição usa dois de muitos textos para demonstrar que os benefícios existem aqui e mesmo agora: "Amados, agora somos filhos de Deus...” (1ª João 3:2) e, "... quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em julgamento, mas passou da morte para a vida" (João 5:24, ênfase adicionada). Quase todos os versos no primeiro capítulo de Efésios confirmam que o que Cristo realizou por nós na cruz já é nosso em Cristo.

Peça Fé

Há muitas maneiras pelas quais o crente pode experimentar o céu na terra, mas todas dependem de crer nas promessas de Deus pela fé. Ao ouvir o evangelho da cruz, a bênção mais imediata para o crente arrependido é paz. “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom. 5:1).

Peça um Coração (*contrito) Para Entrar no Descanso

Israel repetidamente recusou entrar no descanso de Deus mesmo tendo sido prometido, "Irá a Minha presença contigo para te fazer descansar" (Ex. 33:14). Jesus repetiu isto: "Vinde a Mim, todos os que trabalham (*obram) e estão oprimidos, e Eu vos darei descanso" (Mat. 11:28, KJV). À margem (*da KJV) o termo "trabalho" é expandido, querer dizer "trabalho exaustivo".

"O descanso que foi oferecido aos filhos de Israel no deserto, é exatamente o mesmo descanso que Cristo oferece a toda humanidade,... por que então nem todas as pessoas têm descanso?—Pela simples razão de que, em geral, os homens não reconhecem a presença de Deus, nem mesmo Sua existência,... Isto mostra que a incapacidade geral para agradar a Deus, e então achar descanso, surge de incredulidade prática de que Ele existe" (O Concerto Eterno, págs. 283-284).

Quando os judeus pediram a Jesus, "que faremos para executarmos as obras de Deus"? (*João 6:28), repetiram a autoconfiança de seus antepassados no Sinai quando disseram: "Tudo que o Senhor tem falado, faremos" (*Êxodo 19:8, O Concerto Eterno, pág. 235). Jesus corrigiu-os: "A obra de Deus é esta, que creiais nAquele que Ele enviou” (João 6:29). Sua arrogância revelou que recusaram crer num Deus que faria a obra por eles. Em vez disso, eles insistiram em "obrar" exaustivamente sob "cargas pesadas” de feitura humana. Assim, eles não puderam entrar no descanso que Deus tinha preparado para eles.

Entre no Especial Descanso Sabático

O Senhor deu descanso a Adão no jardim (*do Édem) embora tenha lhe dado o encargo de "o guardar" (*Gên. 2:15). Seu trabalho não era tornar o jardim perfeito, mas manter a perfeição criada por Deus. O trabalho não é parte da maldição do pecado, mas a fadiga é. "Aquela perfeita, nova criação desapareceu—mas o descanso ainda permanece” (idem, págs. 308-309). O descanso que permanece, apesar da maldição, é o sábado do Senhor, o dia sétimo. Como Adão "guardando" o jardim, nós devemos "guardar" o dia de sábado que Deus criou e tornou santo. Não devemos criar um novo sábado, nem devemos fazê-lo santo. Deus já fez, abençoou, e santificou o sábado. Deus pediu somente que "guardemos" o sábado que Ele criou. Antes do pecado, os seres humanos não tiveram nenhum problema para entrar nesse descanso. Uma vez que a rebelião entrou, nada de bom veio naturalmente a esses cujas naturezas tinham se tornado más. Nada menos que uma nova criação era necessária.

"O sábado vem revelando Cristo, o Criador, como o suportador do peso ... É na cruz de Cristo que recebemos vida, (*e) somos feitos novas criaturas. O poder da cruz, portanto, é poder criativo. ... Agora podemos entender por que o sábado ocupa tão proeminente lugar no registro dos tratos de Deus com Israel... porque a guarda do sábado é o começo desse descanso que Deus prometeu a Seu povo na terra de Canaã... Esta é a herança do Senhor, agora é o tempo, hoje é o dia em que nós podemos entrar nele, porque Ele é a porção de nossa herança, e nEle temos todas as coisas” (idem., págs. 312-315).

Quer você viver como se já tivesse alcançado o repouso celestial? Peça que Deus lhe dê a mente de Cristo (*Fil. 2:5, KJV) para entrar no descanso do sábado durante a semana inteira. Isto não quer dizer inatividade, mas um descanso mental no Senhor para todas as necessidades, durante toda semana.

Encare as provações como "Ajudantes na Caminhada para Sião"

Mas alguém diz, "eu não me sinto tão descansado, tenho problemas, provações, e tentações." (*”Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse”, 1ª Pedro 4:12). Então o Senhor quer que nós estejamos tão bem familiarizados com as ardentes provas que, ... podemos dizer, 'bem, prazer em encontrá-la, dona provação; eu a conheço; vamos suportá-la. ... não estranhamos as ardentes provas "como se coisa estranha esteja acontecendo" a nós. Não devemos defrontá-las e tratar com elas como estranhas, mas como familiares; e não só isso, mas devemos vê-las como auxiliares em (*nossa) caminhada para Sião" (Alonso T. Jones, Boletim da Conferência Geral de 1893, Sermão de nº10, pág. 203).

--Arlene Hill


Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira