quinta-feira, 4 de junho de 2009

Qual é a Cruz do Discípulo?

A perguntas de nº 3 nos fala de alguns “princípios” do discipulado e a 6ª nos indaga qual é o custo do discipulado. É-nos dado o texto de Marcos 8:31-38. O verso 34 diz: “Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sai cruz e siga-me.”

Permitam-me relembrar-lhes de que o custo de discipulado é o que "tudo" significa para você.

O pelo jovem príncipe rico, não tinha abandonado tudo para servir a Deus. Para ele "tudo" era sua grande riqueza. "Tudo", é diferente para cada um de nós.

Para Maria, mãe de Jesus, foi pedido sacrificar a única coisa que valia algo a uma mulher jovem pobre na sua sociedade—sua pura reputação. Estar grávida antes de se casar era tornar-se inelegível para o matrimônio.

A mulher com a doença aflitiva arriscou passar por severo constrangimento público se fosse exigido explicar sua situação a Jesus. Ele estava constantemente cercado pelas multidões, então qualquer explicação teria sido para todos ouvirem. Além do embaraço, ela arriscou ser alvo de grande raiva por parte da multidão porque qualquer que a tocasse ou a suas vestes, seria considerado imundo por sete dias.

A mulher junto ao poço tinha tido muitos segredos que provavelmente a confrontaram em alguma maneira diariamente. Jesus ganhou sua confiança, ela correu a seus vizinhos para contar-lhes sobre Ele.

Martha é a única mulher citada em nossa lição que recebeu um negativo mas suave comentário de Jesus. Permitiu que seu desejo por um amável, bem administrado lar e vida, a mantivessem fora do discipulado. Era tão sega que isto a impediu de ver a melhor escolha que sua irmã Maria tinha feito. Martha podia ter racionalizado que "limpeza segue-se a santidade”, mas Jesus não quis dizer isso. Ele espera que dirijamos razoavelmente vidas limpas e em ordem, mas não ao custo do discipulado. A história de Lazaro nos fala de um final feliz para Martha. Ela disse a Jesus, "Sim, Senhor, eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo" (João 11:27). Onde quer que seu "tudo" estivesse, ela estava disposta a fazer esta forte declaração de fé ao Homem que desafiou sua necessidade de controle em sua vida.

Maria Madalena, nada teve a perder. Era a pior pessoa que havia na sua sociedade. Mas ela tinha visto algo que ninguém mais vir. Ela viu e entendeu a cruz. Agüentou todo o desprezo, desdém, e zombaria que deve ter sido dirigida a ela a fim de estar perto de Jesus.

Muitos têm entendido mal o conceito de suportar uma cruz. Pensam que é uma doença física, ou crianças instáveis, ou simplesmente os pesos da vida num mundo pecaminoso. Em realidade, todos temos a mesma cruz que Cristo teve, resumida pela Sua declaração, "não se faça a Minha vontade, mas a Tua".

Essa cruz é a nossa carne pecaminosa que é inclinação para o eu. Cristo veio na semelhança dessa carne pecaminosa e por negar Sua vontade, conquistou-a. E Ele nos dá essa vitória.

Quando Cristo leu de Isaias na sinagoga de Nazaré, uma das coisas que Ele disse que havia se cumprido naquele dia era: "Enviou-Me a pregar liberdade aos cativos”, (Lucas 4:18, citando Isaias 61:1). Que cativos? Nós que somos cativos do pecado.

Há uma atitude perigosa concernente à vitória sobre o cativeiro do pecado ocorrendo no pensamento de alguns cristãos. É uma resignação de que há certos pecados sobre os quais eles simplesmente não podem obter vitória. Racionalizam: "—esta é a maneira que eu sempre serei, Deus entende e ainda me ama. Eu simplesmente terei que continuar pecando até que Jesus volte, vitória para mim não é possível". Mas Jesus confirmou que veio de Deus para proclamar liberdade de pecado aos cativos.

Isto pode não parecer tão sério até lermos o que João diz sobre falsos profetas: Como um pai preparando seus filhos para provações futuras, Cristo revelou o futuro no discurso no monte das Oliveiras. Advertiu-os de que haveria falsos cristos que tentariam enganá-los.

“AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo”, (1ª João 4: 1-4) (*Veja a nota 6 abaixo).

“Evidentemente, o melhor caminho é sempre conhecer a verdade. Estar arraigado no que é certo é o caminho mais seguro para conhecer o que é errado” (grifamos).

Em seguida leia o que está destacado no quadro do roda-pé da mesma página:

“De que outros modos podemos ser desviados do caminho por algo que usurpe o lugar que só Cristo merece em nosso coração?” (grifamos).

O Caminho Seguro para Identificar um falso pregador está claramente definido para nós pelo apóstolo João em sua primeira epístola conforme salientado pela irmã Arlene Hill.

Agora vejamos: O salmista exclama jubilosamente “O teu caminho, ó Deus, está no santuário,” Sl. 77:13.

Hebreus 10:19 e 20: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne,”

Este caminho para o Santíssimo foi consagrado por Jesus por viver Sua vida perfeita na Sua carne, isso é, na carne humana caída, pecaminosa, que Ele tomou na encarnação. Hebreus 2:14 diz, "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas,”

Você vê, o ministério Sumo sacerdotal no Santíssimo do Santuário celestial, é através de um Sumo Sacerdote divino-humano, que assumiu a natureza pecaminosa que tenho, e, mesmo revestido deste equipamento desfavorável, defeituoso, pelo poder de Deus venceu o inimigo, e não pecou, em momento algum.

Assim Ele sempre foi, continuará sendo, e é “Santo, Santo, Santo”, Isaias 6:3 e Apoc. 4:8 (confira também: Marcos 1:24; Lucas 1:35; 4:34; João14:30, etc...), pois nunca pecou. Esta verdade é parte essencial da “mui preciosa mensagem” que “o Senhor, em Sua grande misericórdia”, nos enviou há mais de 120 anos atrás através de dois mensageiros. (*Veja Testemunhos para Ministros págs. 91 em diante)

Um deles, Alonzo T. Jones, assim se expressa:

"Na Sua vinda na carne—tendo sido feito em todas coisas como nós, e tendo sido tentado em todos pontos como somos—Ele identificou-Se com cada alma humana exatamente onde essa alma está. E do lugar onde cada alma humana está, Ele consagrou para essa alma um novo e vivo caminho através de todas as vicissitudes e experiências de uma vida inteira, e mesmo através da morte, da sepultura e no Santíssimo na mão direita de Deus para sempre.

"Oh! aquele caminho consagrado! Consagrado pela Suas tentações e sofrimentos, pela Suas orações e lágrimas, pela Sua vida santa e morte sacrifical, pela Sua triunfante ressurreição e ascensão gloriosa, e pela Sua entrada triunfal no Santíssimo, à mão direita do trono da Majestade nos céus!

"E este "caminho" Ele consagrou para nós. Ele, tendo se tornado um de nós, fez deste caminho nosso caminho; ele pertence a nós. Ele dotou cada alma com o divino direito de trilhar neste caminho consagrado, e por Ele ter feito isto, tendo-o feito na carne—na nossa carne caída—tornou possível, sim, Ele deu garantia real, que cada alma humana pode andar nesse caminho, em tudo que esse caminho é, e por ele entrar plena e livremente no Santíssimo. ...” (Grifos nossos).

A perfeição,... de caráter, é a meta cristã. ... . Cristo atingiu-a em carne humana caída neste mundo, e assim fez e consagrou um caminho pelo qual, nEle, cada crente o pode trilhar. Ele, o tendo alcançado, tornou-Se nosso grande Sumo Sacerdote, pelo Seu ministério sacerdotal no verdadeiro santuário para nos capacitar a atingi-lo..

Permitiremos nós que Ele faça isso em nós? Ele está desejoso de o fazer, e só não o fará se O obstarmos. Por lutar com Deus, como Jacó, até recebermos a bênção, nós permitimos que o "óleo" do Espírito Santo nos traga à experiência da perfeição que Ele nos deu pela Sua consagração—Seu caráter justo—como Ele a entende, não como nós entendemos perfeição.

A idéia é que se negamos que Cristo não pode vir à nossa carne e nos dar Sua vitória sobre o pecado, nós partilhamos do espírito do anticristo. Nós não podemos ver como Deus pode mudar nossas mentes para dar-nos vitória, mas insistir que queremos ver exatamente como Ele o fará, é andar por visão, não por fé.

Uma das abençoadas coisas que a mensagem de 1888 nos diz é que quando estamos "em Cristo", Sua vitória é nossa vitória. Não é que nos é dada força suficiente para superar a tentação, nós somos (*instados:) "deixe esta mente estar em você, que também esteve em Cristo Jesus(Fil. 2:5, KJV). Sua vitória na semelhança da nossa carne torna-se nossa vitória pela fé.

Alguns acham isto um paradoxo inacreditável. A. T. Jones (*um dos dois mensageiros de 1888) o descreveu assim:

"Eles dizem, 'eu não posso ver como, se estou em Cristo, eu deva reconhecer-me um desamparado pecador; pensei que se estava em Cristo, então eu podia agradecer ao Senhor que eu era bom, santo, inteiramente perfeito, santificado, e todo isso'. Por que não?. Ele é. Quando você está em Cristo, Ele (Cristo) é perfeito, Ele é justo, Ele é santo e nunca erra, e Sua santidade é imputada a você—é dada a você. Sua fidelidade, Sua perfeição é minha, mas eu não sou isso. ( Sermão de nº 9, do Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 178; A Terceira Mensagem Angélica, pág. 63).

Cristo obteve a vitória sobre o pecado e Ele quer nos dar Sua vitória. Seu triunfo é suficiente para nós. Como cremos em Sua vitória? A oração é simples: "Senhor, dá-me a mente de Cristo. Eu não tenho nenhuma força em mim para que Tu possas adicionar a ela; necessito de uma completa recriação de minha mente e vontade". Então, escolha crer que Ele a dá a você e louve a Deus por Seu inexprimível Dom!

Ele está desejoso de recriar a nossa mente, se O permitirmos, através da Sua Palavra que é Ele próprio. Ele é o Verbo (João 1:1). Da mesma forma Ele deseja recriar-nos. A salvação de nossas almas é uma recriação de nossas mentes. “Vivifica-me, ó Senhor, segundo a Tua palavra” (Salmos 119:107). “Apresente Cristo a Satanás em cada tentação. Mostre Cristo ao inimigo, Diga-lhe: “está escrito ( Mat. 4: 4, 7 e 10, e Lucas 4: 4, 8 e 10). “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). “Ordena os meus passos na Tua Palavra, e não se apodere de mim iniqüidade alguma” (Salmos 119: 133). Mergulhe fundo no estudo da Palavra de Deus. Se não o fizer estará correndo sérios riscos. Os que “não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, quando vem a tentação se desviam” (Lucas 8:13). Estude e medite na Palavra de Deus cada dia. Esconda diariamente Cristo em sua vida e em seu ser. “Escondi a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti” (Salmos 119:11). “a Palavra do Senhor ... é um escudo para todos os que nEle confiam” (Salmos 18:30 e Provérbios 30:5). “Em Deus louvarei a Sua Palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne” (Salmo 56:4). “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra” (Salmos 119:9). ”Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmos 119:105). Pela Palavra será a igreja santificada (Efésios 5:26). “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). “Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas” (Tiago 1:21). “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações” (II Pedro 1:19)


Outro ponto sobre o discippulado:

Que mensagem existe em Mat. 5:13-16 para os discípulos de Cristo sobre "deixar sua luz brilhar"? Sugiro que o recado para nós está na palavra "deixar." Mateus 5:16, nas nossa versões em português, diz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, ..”. Na KJV é deixa sua luz resplandecer ...” o que trás a idéia de nosso consentimento para que Deus realize isto em nós. É uma questão de respeito que Deus tem pelo nosso livre arbítrio; A palavra significa que o Senhor está pronto para fazer algo se nós O deixarmos fazê-lo. Ele não o pode fazer sem nossa permissão, ou devemos dizer, sem nossa cooperação.

E aqui podemos encarar a realidade da história de nossa igreja. A idéia de "deixar sua luz brilhar" era "verdade presente" há 120 anos quando o Senhor estava pronto para brilhar "nossa" luz sobre um mundo entenebrecido, iluminando a terra com a glória do quarto anjo de Apocalipse 18:1-4. (Lembre-se de que, quando Apocalipse fala de anjos com uma mensagem, é o povo de Deus que realmente dá a mensagem).

Mas estava aquela "luz" pronta para o Céu magnificá-la, para fazê-la brilhar num mundo escuro naquela época? A serva do Senhor disse que éramos secos como as colinas de Gilboa que não tinha nem orvalho nem chuva. Para trazer cura e unidade à igreja mundial, "em Sua grande misericórdia o Senhor enviou uma mui preciosa mensagem" (Testemunhos a Ministros, pág. 91), que era (e é) essa mensagem de há 120 anos. Cada classe da Escola sabatina e cada serviço de adoração na época de 1888 eram "secos". O Senhor nunca podia ter como magnificar a luz que eles tinham para aquele tempo no mundo. Mas Ele estava esperando para brilhar (*neles) a "luz" que tinha dado em 1888.

Permita-nos salientar como o verbo "deixar" contem o evangelho em si mesmo: o Senhor está ativamente trabalhando, e espera nossa "disposição" de permitir que Ele faça o que Ele quer fazer. "Deixe a paz de Deus, ... dominar em vossos corações” (Col. 3:15); essa "paz" dominará nosso coração se não O impedirmos por nossa obscura incredulidade! Deixe a palavra de Cristo habitar em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ...” (vs. 16). Quer dizer, deixe sua Lição da Escola Sabatina achar um lugar de morada no seu coração; leia cada texto, marque sua Bíblia, consulte uma concordância se você puder. Oh como sua Bíblia tornar-se-á um novo livro para você! Tornar-se-á pessoalmente relacionada com você. (Isto custa algum dinheiro? Só a compra inicial; e com certeza uma Bíblia pessoal e que nos acompanha a vida inteira, é digna de seu custo).

Você aprenderá a amar a Bíblia. Você a levará consigo sempre à Escola Sabatina e ao culto de adoração. Quando você pegar um raio de luz, marque-o em sua Bíblia. Isto será sua experiência de construção de sua casa "numa pedra" e a chuva que desce e inundações e ventos que sopram não podem movê-la (cf. Mat. 7:15- 20, lição de 3ªF.).

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Estas idéias eu as colhi deste mesmo blog nas postagens que fizemos no 1º trim. De 2008. Para maiores pesquisas, no final da coluna da direita, clique em 2008, depois nos meses de janeiro, fevereiro e março, e terá todas as lições daquele trimestre.

Do irmão em Cristo, João Soares da Silveira

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