quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Lição 9, Eventos finais, por Paulo Penno

Para 25/8 a 1º/9/2012

Se na Costa do Golfo do México, durante a temporada de furacões, as pessoas fazem preparativos, quais deveriamos fazer para o "dia do Senhor"? (1ª Tess. 5:2). Aqueles que vivem na luz vão perceber que esta "paz e segurança" (v. 3), vida extravagante, é temporária. Jesus nos convida a partilhar com Ele o Seu viver solene do dia da Expiação.
Nós somos "filhos da luz" e não das "trevas" (v. 5). Nós não somos mais "trevas" personificadas. Somos agora "luz" personificada "no Senhor" (Efé. 5:8), o que significa que a promessa de Deus a Abraão, o novo concerto, está sendo cumprida. Somos uma bênção onde quer que vamos, porque somos a própria luz que brilha em nós, isto é, Cristo habita em nós. Não temos que nos preocupar em dar estudos bíblicos para os nossos vizinhos ou colegas de trabalho; silenciosa e inconscientemente, estamos exalando luz e conhecimento do evangelho pela maneira como vivemos e falamos.
O Espírito Santo está em processo de dar frutos dentro de nós. Depois de familiarizar-nos com Jesus, aprendemos a amar "porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça, e verdade" (Efé 5:9), e nosso amor é contagioso. Outras pessoas estão dizendo: "—Eu quero o que essas pessoas têm!" Isso é o que a palavra "evangelismo" significa.
Se os tessalonicenses nada têm a dizer, Deus está tentando nos dizer alguma coisa. O Titanic atingiu seu iceberg, mas a banda no convés ainda está tocando jazz e os casais ainda estão dançando. Eles não podem ouvir os gritos das pessoas nos decks do navio e na ponte de comando. Mas existem alguns "passageiros" aqui e ali que são sóbrios, e eles não são fanáticos pela música jazz. Eles estão preparados para ouvir o hino "Mais Perto Quero Estar)" (*427 do hinário adventista brasileiro, 473 do americano).
Não é isto muito sóbrio, muito sério? O nosso "Titanic" moderno é grande o suficiente para abraçar Hollywood, Estudio Universal, Disneylandia e Hopi Hari, etc. Impopular como é a idéia em nossa era de comédia, Paulo diz algo sobre ser "sóbrio" (1ª Tess. 5:6 a 8) hoje (mas cuidado! isso não significa pessimismo e um rosto comprido,  como uma cara de cavalo; sobriedade é a única "paz" otimista no mundo de hoje).
Como podemos ser atentos na "vigilia" e "sóbrios" num momento em que a maioria está "bêbada" e "dormindo"? Todas as dez virgens da parábola de Jesus "tosquenejaram e adormeceram" (Mateus 25:5). A única diferença entre as cinco virgens "prudentes" e as cinco "loucas" é que as primeiras têm (*reserva extra de) "azeite" e estas não (v. 8). O "azeite" é identificado por Paulo como a "couraça da fé e do amor (Ágape)" (1ª Tess. 5:8).
A falsificação da "fé e amor" é a confiança em Deus motivada pela auto-confiança. "A medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Rom. 12:3) nos dá uma avaliação sóbria de nós mesmos. "Fé" ajuda o homem a "não pensar de si mesmo além do que convém, antes, pense com moderação." Uma fé auto-confiante é viciante como o álcool, e produz bêbados sonolentos.
Pedro nunca foi tão seguro de si. "Ainda que todos se escandalizem em Ti, eu nunca me escandalizarei" (Mat. 26:33). Quando os discípulos deveriam ter sido "vigilantes" (v. 41 *orando) com Jesus no Jardim do Getsêmani, todos eles estavam "adormecidos" (v. 43). "Todos os discípulos" eram auto-confiantes como Pedro — (*"Ainda que me seja mister morrer contigo) não Te negarei" (v. 35). Inebriados com a sua própria auto-confiança, os discípulos eram o equivalente a Laodicéia moderna — "desgraçado, e miserável, e pobre, e cego e nu” necessitando "comprar de Mim [Jesus] ouro [fé e amor] provado no fogo” (Apoc. 3:17, 18).
Tal confiança em Deus do velho concerto é um compromisso com a "ira" (1ª Tess. 5:9). A "Fé" de Pedro foi facilmente derrubada por (*duas) jovens adolescentes (*Mateus 26: 69 e 71). Suas negações de Cristo com pragas e juramento resultou em choro amargo e auto-aversão (vs. 74 e 75).
O "remanescente" de Deus não pode enfrentar o seu exame final ("a marca da besta") no grande conflito com tal confiança auto-centrada, porque isto iria resultar em constrangimento não só para nós mesmos, ("para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas,” Apoc. 16:15), mas, muito mais para Cristo, e isto é o que mais importa.
Legalismo tem provocado muitos filhos da "ira" (uma falsa visão do caráter de Deus) e levando-os à rebelião. Foi o problema fundamental na história de 1888. Ellen White disse que os nossos ministros da época tinham "pregado a lei até nos tornarmos secos como as colinas de Gilboa, que não tinham nem orvalho nem chuva."1 No entanto, sóbrios líderes adventistas do sétimo dia estavam exigindo mais, dizendo: "Vocês não deveriam estar pregando a justiça de Cristo, e fazer alarde disso. Vocês devem pregar a lei".2 Esse foi o legalismo, puro e simples! Mas será que temos algum problema com ele hoje? Sim, caso contrário, não estariamos perdendo 75% ou mais dos nossos jovens!
Deus quer que nós obtenhamos salvação da nossa própria "ira", “por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós" (1ª Tes. 5: 9 e 10). Como a "fé" vê o Salvador que Se identificou conosco em Sua morte na cruz, o Seu divino "amor" é a verdadeira motivação. "Se um morreu por todos, logo todos morreram" (2ª Cor. 5:14). Em outras palavras, se Ele não tivesse morrido por todos, logo todos estariam mortos. Quando a fé aprecia a expiação que Ele fez por nós, então nós recebemos a expiação com Deus. "Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus" (v. 20). "O amor de Cristo nos constrange" (v. 14). Ágape impulsiona nossa fé.
Esta é a fé do novo concerto, que é obediente a todos os mandamentos de Deus. É a "couraça da fé e do amor" (1ª Tes. 5:8). Não há legalismo em tal fé.
A experiência das "obras da lei" e "sob a lei" é a desobediência à lei (Gál. 2:16, 4:4, 5). Todas as "obras da lei" motivadas por interesse próprio para chegar ao céu e evitar o inferno são egoísmo. Apenas "Ágape é o cumprimento da lei" (Rom. 13:10).
O "capacete" é "a esperança da salvação" (1ª Tess. 5:8). Mas nós erramos se pensarmos dele como "nossa bendita esperança", como se a nossa recompensa fosse o importante. É a bem-aventurada esperança do Senhor Jesus Cristo. Aquele que quer que Ele venha em breve é ​​Ele mesmo. Ele espera pelas "bodas do Cordeiro" para ter lugar com a Sua noiva aprontando-se, Apocalipse 19:8, 9. Seu coração anseia por todos no mundo que estão em agonia.
A verdadeira comunhão com Cristo é a empatia de coração com Ele em Suas ansiedades, como uma noiva que realmente ama seu marido está presa com Seus interesses. Agora ela vive para Ele, é uma com Ele, porque ela O ama. Será que é possível que uma igreja mundial possa crescer para ser tão madura em seu relacionamento com o Filho de Deus? Em todo o mundo existem aqueles que ouvem o apelo insistente do céu. O meu desejo e minha oração é que Ele nos dê a graça de responder!


- Paul E. Penno


Notas:
1) Review and Herald, de 11 de março de 1890, um artigo de Ellen G. White com o título "Cristo Orou pela Unidade Entre os Seus Discípulos."
2) Ibidem.

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

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Lição 9, Eventos Finais, por Raul Diaz

Para 25/8 a 1/9 de 2012

Muitos conhecem Condoleezza Rice, uma diplomata e cientista política norte-americana. Ela serviu como a 66ª Secretária de Estado norte americana, e foi a segunda pessoa a exercer esse cargo na administração do presidente George W. Bush. Rice foi Conselheira de Segurança Nacional do Presidente Bush durante o seu primeiro mandato. Antes de entrar para o governo Bush, ela foi professora de ciência política na Universidade Stanford, onde exerceu o cargo de Reitora, de 1993 a 1999. Rice também serviu no Conselho de Segurança Nacional como Conselheira do Presidente George H. W. Bush em Assuntos relativos à União Soviética e o Leste Europeu, durante a dissolução da União Soviética e a reunificação alemã.
Mas poucos sabem que ela é uma excelente pianista. Rice começou a aprender música, francês, patinação artística e balé, com três anos de idade. Com 15 ela começou a ter aulas de piano, com o objetivo de se tornar uma pianista de concerto. Conquanto Rice não veio a se tornar uma pianista profissional, ela ainda pratica muitas vezes e toca com um grupo de música de câmara. Ela ainda acompanhou o violoncelista Yo-Yo Ma tocando Sonata para violino em D Menor de Johannes Brahms no Constitution Hall, em abril de 2002, para a Medalha Nacional de Prêmios de Arte. Por que então ela não se tornar uma pianista profissional? Quando Rice reconheceu que gastou pelo menos duas vezes mais tempo para aprender peças musicais do que seus colegas de classe, ela percebeu que não tinha o talento para tocar profissionalmente e seria necessário alterar as aspirações de sua carreira. Ela entendeu que, se ela não poderia competir em nível superior, ela certamente não poderia em um nível profissional. Jeremias 12: 5 nos vem à memória: "Se te fadigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os cavalos? Se tão somente numa terra de paz estás confiado, como farás na enchente do Jordão?"
Durante o tempo em que os apóstolos passaram com Jesus, Ele, muitas vezes, Se referiu a eles como tendo pouca fé. Apesar de Seu exemplo, e todos os Seus ensinamentos, os discípulos não conseguiram compreender a verdadeira natureza de Sua missão, portanto, eles não conseguiram equipar-se com a fé necessária para suportar Sua morte. "Ainda tenho muito que vos dizer," Cristo disse a eles, "mas vós não o podeis suportar" (*João 16:12). Quando Cristo morreu, os discípulos perderam toda a esperança. Eles foram esmagados com desespero e tristeza. Não é à toa que Cristo pronunciou as palavras: "Quando, porém vier o Filho do Homem, por ventura achará fé na terra?" (Lucas 18:8). Se aqueles mais próximos a Ele não "tiveram a fé" em tempos de relativa facilidade, como eles poderiam suportar os dias por vir?
Cristo foi muito claro e enfático, em Mateus 24, que os dias que viriam seriam problemáticos: "Todas estas coisas são o princípio de dores" (v. 8). Cristo acrescentou que haveria uma grande tribulação, como nunca houve, e, a menos que os dias fossem encurtados nenhuma carne sobreviveria, Mateus 24: 21-22. Em Lucas 21, Cristo é citado como dizendo que as nações da terra estariam angustiadas em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas, e os corações dos homens desmaiariam de terror, (vs. 25-26).
Há um velho ditado porto-riquenho que diz que quando as pessoas forem avisadas de guerra, ninguém deve morrer (tradução livre). No entanto, muitos conseguem fazer isso. Fomos avisados ​​ da vinda do dia da tribulação, mas muitos vão se encontrar despreparados. Sabemos que isso é verdade, pois Cristo nos advertiu em Lucas 21:34-36:
"Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do Homem."
Paulo parece ecoar as palavras em 1ª Tess. 5:
“Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite. Pois que, quando disserem: ‘Há paz e segurança’, então lhes sobrevirá repentina destruição como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão” (Vs. 2-4).
Paulo diz aos tessalonicenses "sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação" (1ª Tess. 5:8). No início da carta, Paulo os elogiou por sua fé, e encorajou-os a continuar a crescer na fé. Embora os tessalonicenses tivessem sofrido perseguição, eles não deviam desistir, mas, ao invés, aprender a depender cada vez mais do Senhor em todas as coisas. Uma lição que temos que aprender muito. Este é o tipo de fé de Cristo, descrito no Sermão da Montanha, quando disse para não nos preocuparmos com roupas e alimentos, porque Deus sabe que temos necessidade dessas coisas, Mateus 6:31-32. Esta dependência do Pai para tudo é a própria fé vivida por Cristo, o que nos foi revelado em Sua tentação do deserto. Seu tema constante — o princípio subjacente pelo qual Ele foi vencedor — é revelado em Sua resposta a Satanás quando tentado, "o homem viverá de toda a Palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4:4).
Depende você de Deus até para as coisas pequenas, como, o que vestir, o que comer, ou que caminho tomar? Muitos consideram esse nível de dependência estranho, mas quando você está no exército essas decisões são feitas por você. Será que não estamos no meio de uma guerra espiritual? Não é Cristo o capitão do exército? Considere os amigos de Daniel. Recusa em comer os alimentos do rei, os levou às próprias mandíbulas da morte certa, Daniel 3.
Estamos vivendo em tempos angustiosos. Alguns países os têm em condição pior do que os outros, mas grande parte do mundo vive em relativa tranqüilidade. Os dias que virão, no entanto, vão ser muito piores do que qualquer coisa que já vimos, ou que já alguma vez imaginamos. Se acharmos que é difícil suportar pela fé agora, não vamos ter resistência suficiente para suportarmos no futuro. Não há recursos humanos, organizacionais ou não, a que nós, no passado, aprendemos a olhar ou confiar, que serão adequados para este conflito. Isto não é para causar medo, mas é um chamado oportuno para o auto-exame sob a luz maravilhosa do Espírito Santo, que é o nosso Consolador e Mantenedor. Um aviso para o sábio é suficiente. Ao contrário de governos militares do nosso mundo, onde o abastecimento pode se esgotar em curto prazo e a comunicação ser interrompida; para Deus nunca faltam suprimentos, e nada mais que a nossa incredulidade vai obstruir o caminho de comunicação entre nós e Ele. Isto Ele prometeu, e em Sua bondade Ele cumpre Suas promessas. A questão é, será que estamos aprendendo a abrir o nosso coração para confiar, e depender dEle agora?

-Raul Diaz


O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton Dr., Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Lição 8 - Os Mortos em Cristo, por Paulo Penno

Para 18 a 25 de agosto de 2012

A todas as vastas hostes que morreram crendo em Jesus, através dos séculos, tem sido concedido um status especial que a você e eu, que estamos vivos, não foi dado. Eles foram "havidos por dignos" da ressurreição no Juízo Investigativo (Lucas 20:35). Há um lugar especial no coração de Deus para aqueles que "dormem em Jesus" (1ª Tess. 4:14). Ele tem um profundo desejo de trazer nossos entes queridos de seus velhos e empoeirados túmulos (*maior) do que o nosso anseio de querermos nos reunir com eles. Seu amor é infinito. Assim como milhares de pessoas se beneficiam individualmente, recebendo toda a iluminação em um estádio bem iluminado, assim o amor de Deus é tão infinito quanto o universo e, portanto, cada santo que "dorme" é o beneficiário especial dele.
Mas eles devem permanecer na sepultura (*descansando) como prisioneiros até a primeira ressurreição. A Bíblia não ensina a imortalidade natural; os santos não vão para o céu no momento da morte. Mas isto, por sua vez, não pode ocorrer antes da segunda vinda de Jesus (nenhum anjo pode ressuscitar os mortos). Mas Ele não ousa vir, desde que haja pecado acariciado ou desconhecido ainda nos indivíduos de Seu povo, senão a Sua vinda haveria de "consumi-los" (Hebreus 12:29).
Assim o amor de Deus para com "os mortos em Cristo" requer que a última geração viva vença totalmente, pois de outro modo Ele estará frustrado. O "reformacionismo" popular nega isso, mas ele não entende o Dia da Expiação de purificação do santuário.1
"A sepultura" nunca foi o ideal de Deus para aqueles que Ele criou. A Bíblia oferece o que chama de "a bem-aventurada esperança", não apenas de uma ressurreição para todos os que creem, mas para a trasladação sem ver a morte, para aqueles que se prepararem para encontrar o Doador de Vida quando Ele voltar. Eis a “voz do arcanjo, com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois [e aqui está a mensagem para nós agora] nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor" (1ª Tess. 4:16, 17.).
Você não ouve muito sobre isso, mas é claramente uma parte do ensino bíblico: os do povo de Deus que estão prontos serão trasladados sem ver a morte na segunda vinda de Jesus.
Para alguns, esta doutrina bíblica soa como fanatismo para discussão cômoda. Na verdade, não é mais difícil para Deus trasladar o Seu povo sem experimentar a morte do que será para Ele ressuscitar os mortos de seus túmulos — na segunda vinda. Esta é a essência da "bem-aventurada esperança" que é valorizada por aqueles que acreditam na segunda vinda, Tito 2:13.
Por que a última geração torna-se totalmente rendida, a fim de ser trasladada? A acusação de Satanás por 6000 anos tem sido de que é impossível para os seres humanos, com uma natureza caída e pecaminosa, verdadeiramente vencer o pecado (ver O Desejado de Todas as Nações, pág. 24). Ele afirma ter inventado algo (o pecado) que prova que Deus está errado. Julgando pelo péssimo desempenho de Laodicéia, parece que ele ganhou o debate. (*Mas) o fato de que o Filho de Deus venceu e "condenou o pecado na carne" não é a questão final, embora o "Reformacionismo" popular gostaria de considerá-lo deste modo — assim, "nos" desculpando de verdadeiramente vencer.
Mas algo mais é necessário. A vitória de Cristo foi de fato um retrocesso para Satanás, e provou ao universo celeste que este estava errado, mas a acusação de Satanás ainda está de pé no que se refere à raça humana: "É impossível para nós obedecermos ..." (Ibidem). O motivo pelo qual a mensagem de 1888 sofre tão vigorosa oposição é por causa de sua doutrina da certeza, de que Deus terá um povo que vencerá completamente. Haverá uma demonstração da justiça de Cristo em carne pecaminosa. (*O poder que o Pai transmitia, dia a dia, a Seu Filho está plenamente ao nosso dispor hoje).
"A honra de Deus" está envolvida na perfeição do caráter de Seu povo. Se eles ao final apoiarem a acusação de Satanás, Ele será para sempre humilhado.
Por que podem as gerações anteriores na primeira ressurreição entrar no céu sem a experiência da vitória total sobre o pecado exigida de quem vai ser trasladado? (*Grifamos). (Lutero pode criticar os judeus, beber sua cerveja em seu leito de morte, e ainda estar no reino de Deus).
 (*O verbo que grifamos acima) “exigir” implica algo que requer equilíbrio adicional no pensamento de preparação. Um noivo não exige a rendição de sua noiva, ele a ganha. O casamento do Cordeiro não ocorre porque Deus rigidamente exige uma devoção de auto-sacrifício que é, finalmente, forçada. Vencer "assim como [Cristo] venceu" é um alegre desenvolvimento do caráter, que ocorre ao a fé crescer a uma união (*íntima) de coração, com o Esposo divino. Não é uma "exigência" imposta à força. É o fruto da justificação pela fé por fim claramente compreendida.
Por que é a última geração as "primícias para Deus e para o Cordeiro" (Apoc. 14:4)? Soa o oposto! É uma geração, uma entidade corporativa, e não apenas um punhado de indivíduos, alguns poucos de todos os tempos (por exemplo, Enoque e Elias). Cristo deve ter uma noiva, um corpo coletivo de crentes, o primeiro a demonstrar que a vitória que Cristo realizou em Sua vida, os seres humanos, que têm uma fé madura, podem "copiá-la" (embora nunca possam igualá-la). Eles irão "refletir" Seu caráter, como tantos pedaços quebrados de espelho inútil não brilham por conta própria, mas cada um refletindo perfeitamente uma outra faceta de Seu caráter reto, como (*as facetas de) um enorme diamante. Este órgão corporativo julga todas as gerações anteriores.
"Aquele que está morto está justificado do pecado" (Rom. 6:7), e nenhum santo vai ressurgir na ressurreição ainda em cativeiro a ele. Toda tal escravidão ao pecado será deixada no túmulo. Mas, aparentemente, os 144.000, a última geração, de tal modo apreciam "o sangue do Cordeiro", tão claramente  compreendem o comprimento, a largura, a profundidade e a altura do Ágape, que o eu é verdadeiramente "crucificado com Cristo". Eles morreram para o pecado, e como um grupo corporativo são as primícias para demonstrar isso.
A verdadeira comunhão com Cristo é empatia de coração com Ele em Suas preocupações, como uma noiva que realmente ama seu marido está presa aos seus interesses. Agora ela vive para ele, um com ele, porque ela o ama. É possível que uma igreja mundial possa crescer para ser tão madura em relacionamento com o Filho de Deus? Em todo o mundo existem aqueles que ouvem o apelo insistente do céu. Que Ele nos dê a graça de responder!

Paul E. Penno
com Robert J. Wieland.

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em



O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, a despeito de inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles.


Nota do tradutor.
1)     "reformacionismo" popular.
 “Os Concílios Anuais da Igreja adventista de 1973-74 nada fizeram de prático e eficaz para recuperar e promulgar a mensagem de 1888. Antes, inadvertidamente asseguraram que o vácuo fosse preenchido com uma infusão de "reformacionismo" calvinista de "justificação pela fé". A mensagem de 1888 nunca foi livre e claramente proclamada para a Igreja a nível mundial com pleno suporte da Associação Geral.
“Reconhecendo que a Igreja carece de "justificação pela fé", a Associação Geral reuniu-se na Conferência de Palmdale em 1976 onde certos teólogos dominaram as discussões e exigiram apoio a seus pontos de vista "reformacionistas" — opiniões calvinistas de "justificação pela fé". (*Calvino tratou da justificação pela fé em suas Institutas da Religião Cristã, escrevendo sobre ela centenas de páginas. Calvino seguiu os passos dos reformadores de primeira geração, como Lutero, Melanchton, Zwinglio, no aspecto forense da justificação).
Os teólogos que dominaram a Conferência de Palmdale alegavam que os seus pontos de vista eram um verdadeiro reavivamento do conteúdo da mensagem de 1888, quando, de fato, eram uma negação de cada elemento básico dessa "preciosíssima mensagem". A ignorância geral dos pontos essenciais de 1888 somada a uma antipatia pelo "legalismo" criaram um vácuo a que se precipita­ram essas idéias "reformacionistas".
(*Ora, legalismo existe se eu pretender obedecer aos mandamentos de Deus por minhas próprias forças. Mas se Deus me transmite poder para obedecer, e se Cristo vive em mim, e Ele é quem pratica as obras, através de mim, isto não é legalismo).
O passar do tempo logo demonstrou como esses pontos de vista eram incompatíveis com a verdade ad­ventista da purificação do santuário. Se a Associação Geral e nossas casas editoras tivessem apreciado o conteúdo singular da mensagem de 1888 por si, e, fielmente, a tivesse publicado e sustentado, essas opiniões nunca poderiam ter-se disseminado. Um entendimento equivocado da história da década de 1890 resultou na repetição daquela história, com consequências ainda mais trágicas. Po­demos documentar a perda de centenas de pastores, e ninguém sabe quantos leigos e jovens.
Esses pontos de vista calvinistas de justificação pela fé foram lançados por teólogos nossos a partir de 1920 até 1970 insistindo que a mensagem de 1888 foi somente uma renovada ênfase das opiniões protestantes populares.
Algo deve acontecer no tempo do fim que nunca ocorreu antes. Milênios de derrota devem ser reverti­dos. Essa é a única maneira pela qual a purificação do santuário pode ser completada. A profecia de Daniel decla­ra que isso "será" feito (8:14). O Senhor purificará a Sua Igreja de modo a que esta possa dar a última mensagem para iluminar a terra (*Apoc. 18:1).
Roberto J. Wieland

Examine este artigo mais detidamente para melhor entendimento
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terça-feira, 21 de agosto de 2012

VIDA SANTA, por Isaiah Horton

Prezado irmão, este artigo nos chegou na sexta-feira de tarde. Não me foi possível traduzi-lo a tempo. Mas é tão importante, e, ao mesmo tempo, um dos aspectos mais contestados da “mui preciosa mensagem”, que resolvi postá-lo assim mesmo para sua apreciação.
Era para 11 a 18 de agosto de 2012
Mas postado neste blog em 21/8/2012

"E o Senhor vos aumente, e faça crescer em amor uns aos outros, e para com todos, como também o fazemos para convosco; para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos" (1ª Tess. 3:12, 13).
A lição desta semana envolve um tema que está perto de meu coração, como eu imagino que acontece com a maioria dos outros cristãos. "Viver uma vida santa", como visto nos escritos de Paulo, é um tema cercado por muita confusão. A intenção deste artigo é lançar luz sobre, e criar um fundamento para, a compreensão do tema de "viver uma vida santa", em particular, tal como apresentado por Paulo aos tessalonicenses. Oro para que o Espírito Santo lance luz e verdade sobre este assunto, e que isto possa ser uma bênção para os outros em sua caminhada com Deus.
Os versos 12 e 13 de 1ª Tessalonicenses, capítulo 3, são de extrema importância. Esses dois versículos fornecem a base para o capítulo 4, que é onde a vida santa é exposta. Paulo anseia que os crentes vejam e conheçam a Deus, e que Ele possa firmar os seus corações inocentes em santidade através de Cristo. A obsessão de Paulo sobre esse desejo também é mostrada na abertura de sua carta aos Efésios:
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como Ele nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado" (Efé. 1:3-6)
Este texto vai ajudar a construir o fundamento para a introspecção desta semana: Primeiro, a vida santa que Deus almeja para nós, é algo que Ele planejou por, e desejou "antes da fundação do mundo" (*1ª Pedro 1:20); Segundo, Deus já realizou certas coisas com a finalidade de alcançar esta "vida" de que falamos. "Todas as bênçãos espirituais" (*Efé. 1:3) de que Paulo fala são reais, verdadeiras bênçãos; pois o mundo espiritual é o mundo real, e nós somos seres espirituais; A terceira idéia é que a vida é uma vida para todos. Desde que a adoção para esta vida como filhos e filhas é por Jesus Cristo, e considerando que Cristo é o Salvador de todos os homens, 1ª Tim. 4:10, Tito 2:11, sabemos que esta vida tem sido preparada para toda a humanidade, e, por último — o que é mais surpreendente para mim — é que esta vida em que Ele espera eu seja santo e sem culpa, sem falta, e sem mácula diante do Deus todo-poderoso em amor, é algo que Lhe dá extremo prazer.
O resultado final do pronunciamento de Paulo em 1ª Tess. e Efésios é a Canção Inicial cantada pelo próprio Deus, quando Ele reunir Seus filhos e filhas em Sua casa, Sofonias 3:17. Não se trata de apenas (*estar) de acordo com Sua vontade, mas o bom prazer de Sua vontade. (*“...Ele Se deleitará em ti com alegria ... regozijar-se-á em ti com júbilo.”
Abundante ... A fim de compreender plenamente o significado de 1ª Tess. 3:12, 13, vamos examiná-los mais detalhadamente. Paulo quer que seus crentes cresçam e abundem em amor "para que" quando Cristo voltar, eles possam ser encontrados sem culpa (ser santos) diante de Deus. Este estado de "vida santa" é o resultado, ou subproduto, de Seu amor abundante, genuinamente manifestado um para o outro e outros. Duas coisas me vêm à mente: 1ª) o que Paulo quer dizer quando afirma que "abundam no amor"? e, 2ª) se chegarmos a entender o que significa "abundar em amor", poderíamos também alcançar o que Paulo denota como viver uma vida "santa"? Isso é possível? Não nos esqueçamos de um terceiro fator nestes versos, talvez o mais importante de tudo: Paulo indica que o trabalho de fazer os pecadores santos santos é a obra do Senhor! (*“O Senhor ... vos faça crescer em amor... para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai... – Grifamos).
 (*Na KJV a forma verbal “crescer amor” é) o verbo "abundam," usada por Paulo nestes versículos e é “pleonaz” no grego. Esta palavra significa superabundam. A definição de santidade que estamos acostumados a ouvir é: "separado para uso sagrado", mas o tipo de amor e santidade que Paulo está tentando transmitir é de uma qualidade tão superior que temos dificuldade de colocá-los em linguagem humana. A razão para tal superioridade e altivez está diretamente ligada à sua fonte. Deus é amor, Deus é santo, 1ª João 4:8, Lev. 19:2. O amor verdadeiro é somente de Deus e para Deus, 1ª João 4:7.
Este amor é um aspecto de Deus que podemos realmente vir a entender, e que Deus tão desesperadamente quer que nós compreendamos de maneira cada vez superabundante e dinamicamente esclarecedora. O resultado é sermos cheios da plenitude de Deus, Efésios 3:14-19. Trata-se de um convite para encontrar o amor de Deus. O resultado desse encontro é uma transformação do homem para a santidade para a qual ele foi destinado (*grifamos).
João, o amado, entendeu que nós precisamos da revelação de Deus para retratar esse amor por nós. Ele sabia que a nossa imagem da Divindade e toda a realidade final foi marcada pelo pecado, a mentira, o engano, a culpa e iniquidade. Deus fez o que aos olhos humanos parece totalmente maravilhoso e sem sentido. Deus fez o ato mais surpreendente desde o início dos tempos. João escreveu palavras que soam estridentemente e em tons vibrantes através de todo o universo:
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, (e vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai), cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
Cristo e este crucificado. Deus Se fez homem; o Criador uma criatura, o Justo considerado um transgressor, e mostrou-nos amor. Não que nós tenhamos amado a Deus, mas que vimos um Deus que "amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito" (João 3:16). Um Filho que viveria a vida em nosso mundo, em nossa carne, como nosso irmão, e que Ele morreria por mim, um rebelde, irritado, indigno, pecador impenitente. É com esta verdade, que viver uma vida santa começa. João disse isto tão claramente: "Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro" (1ª João 4:19). É somente pela compreensão do amor de Deus para conosco, como visto na Sua auto-renúncia, vida centrada em outros, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que, viver uma vida santa, há qualquer possibilidade de ocorrer. Viver uma vida santa é o resultado de contemplar o amor de Deus (*Grifos nossos). Este amor tem em si o único poder (*capaz) de transformar. Focar em qualquer outra coisa resulta em frustração religiosa e espiritual, decepção e fracasso. Paulo continuou esta verdade em sua carta aos Coríntios.
"Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã. Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus ... E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e Este crucificado" (1ª Coríntios 1:17, 18; 2:1, 2).
Esta verdade não deve ser esquecida, e todas as outras verdades são para ser vistas à luz desta pedra angular, e fundamento. Todas as nossas idéias de santidade são incorporadas na compreensão deste amor, como vistas em Jesus Cristo. Por nós mesmos, não podemos evocar este amor, nem podemos criá-lo ou duplicá-lo. Ao vermos Cristo e seu amor por nós pecadores, isto cura as nossas almas feridas, e o próprio Legislador coloca Sua lei em nossos corações.

Palavras Finais.
"Cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação”
Este pensamento ajuda a resumir o resultado da influência de Cristo. A consequência de abundar em tal amor é que todos devem saber como possuir o seu próprio vaso. Como podemos possuir o nosso próprio vaso quando não conhecemos nossos próprios corações? Jeremias 17:9. Nós o possuímos dando-o a quem o comprou. Quanto mais nos deparamos com o Salvador crucificado, mais os nossos corações se derreterão por Seu amor. Quanto mais nos engajarmos ativamente em contemplar Seu caráter e amor, a Sua agonia em tentação, e Sua persistência em colocar-nos em primeiro lugar, mais amoroso Ele parecerá como Ele está em toda a verdade; como a única coisa que realmente desejamos, Salmo 42. À luz do amor de Deus vamos oferecer os nossos corações, como fez Davi, Salmo 139:23, 24, e como Paulo fez diariamente, Gálatas 2:20.
Cada coração cansado, lar desfeito, homem sem-teto, molestador de criança, guerra horrível, e injustiça política é o resultado de tentar fazer a vida funcionar para além do amor que vem de Deus. (*Olhai para Mim  e sereis salvos) (Isaías 45:22). O grande conflito vai provar que a felicidade do homem e a satisfação é encontrada em abraçar o amor que Deus tem para ele, e retornando o mesmo amor a Deus e para com os outros. Assim viver uma vida santa é essencialmente tudo. É algo bonito, algo que toda a criação tem morrido de vontade de ver (*A ARDENTE EXPECTATIVA DA CRIAÇÃO AGUARDA A REVELAÇÃO DOS FILHOS DE DEUS, Romanos 8:19), e algo que Deus promete a todos que creem nEle. (Romanos 8:19, João 1:12, 1 João 3:1, 2).

Algumas citações de Ellen G. White:
 Pela revelação da atrativa beleza de Cristo, pelo conhecimento de Seu amor a nós expresso enquanto éramos ainda pecadores, o coração obstinado abranda-se e é subjugado, e o pecador transforma-se e torna-se um filho do Céu. Deus não emprega medidas compulsórias; o amor é o meio que Ele usa para expelir o pecado do coração. Por meio dele, muda o orgulho em humildade, a inimizade e incredulidade em amor e fé” (O Maior Discurso de Cristo, pág. 77).
"A luz da vida do Salvador, o coração de todos, desde o Criador ao príncipe das trevas, é manifestado. Satanás tem representado a Deus como egoísta e opressor, como pretendendo tudo e não dando nada, como reclamando o serviço de Suas criaturas para Sua própria glória, e não fazendo nenhum sacrifício em favor delas. Mas o dom de Cristo revela o coração do Pai. Ele testifica que os pensamentos de Deus a nosso respeito são ‘pensamentos de paz, e não de mal’ (Jer. 29:11). Declara que, ao passo que o ódio de Deus para com o pecado é forte como a morte, Seu amor para com o pecador é ainda mais forte do que a morte. Havendo empreendido nossa redenção, não poupará coisa alguma, por cara que Lhe seja, se necessário for à finalização de Sua obra. Nenhuma verdade essencial à nossa salvação é retida, nenhum milagre de misericórdia negligenciado, nenhum instrumento divino deixado de ser posto em ação. Os favores amontoam-se aos favores, as dádivas acrescentam-se às dádivas. Todo o tesouro do Céu se acha franqueado àqueles que Ele busca salvar" (O Desejado de Toadas as Nações, pág. 57)
“É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio, e não o podemos transformar. ... A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas não podem mudar o coração; são incapazes de purificar as fontes da vida. É preciso um poder que opere interiormente, uma nova vida que proceda do alto, antes que os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse poder é Cristo. Sua graça, unicamente, é que pode avivar as amortecidas faculdades da alma, e atraí-la a Deus, à santidade” (Caminho a Cristo pág. 18).
 “A graça de Cristo deve moldar o ser inteiro, e seu triunfo não será completo até que o universo celeste deva testemunhar a ternura habitual de sentimento, amor cristão e obras santas na conduta dos filhos de Deus” (Maravilhosa Graça, Meditação Matinal de 1974, pág. 235).
Isaiah Horton
O irmão Isaiah Horton é um estudante de medicina e teologia da Universidade Adventista Andrews. O pai dele, Michael Horton, é pastor da igreja adventista do sétimo dia de Shalem, localizada na 1105 Pine Street, Waukeghan, Ilinois,  60085-2727, na grande Chicago. Fone (847) 244-0350.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Lição 7: Vida Santa, por Roberto Wieland

Para 11 a 18 de agosto de 2012
 http://agape-edicoes.blogspot.com

Qualquer estudo contemporâneo de um "viver santo" deve incluir o contexto da exclusiva doutrina Adventista do Sétimo Dia da purificação do santuário celestial. Os versículos na Epístola de Paulo aos tessalonicenses, na qual ele discute "santificação" e "santidade", podem ser projetados no tempo para 1888, quando a "mui preciosa mensagem" foi apresentada na Assembléia da Conferência Geral. Esta mensagem mudou da idéia de que o povo (*antes de 1844) estava se preparando para morrer (*por Cristo), para uma nova dinâmica — (*viver por Cristo) a preparação para a trasladação na vinda do Senhor.
Ellen White reconheceu que essa mensagem da justiça de Cristo restaurou no coração dos crentes o "poder que ali domina" da mensagem do santuário"1.  Ela viu que a junção da verdade adventista da purificação do santuário com uma visão mais completa da justificação pela fé era como a confluência de dois rios que haviam corrido separadamente, mas agora se uniram para produzir uma onda que poderia conduzir o navio com segurança ao porto. Ela viu na mensagem de 1888 os meios gloriosos da graça divina fornecida para tornar um povo pronto para a vinda do Senhor. Ela reconheceu que "a união com Cristo" significava a união com Ele em Sua obra final da expiação. Ela viu a clara distinção da Sua obra no primeiro apartamento do santuário celestial, onde a "porta" foi agora "fechada"2.  
A mensagem de 1888 tornou o assunto da purificação do santuário um assunto prático. Eis como os dois grandes rios — a verdade do santuário e a justificação pela fé, se juntaram. A mensagem não só apelava para uma vida santa, mas também fornecia os meios para tal. A purificação do santuário celeste é um trabalho que inclui as pessoas e se estende até elas. Provê a perfeição do caráter delas em Cristo, por um lado, e por outro lado, a destruição final do pecado e dos pecadores (*impenitentes) e a purificação do universo de toda a mancha do pecado. É Cristo plenamente formado em cada crente. O santuário em si não pode ser purificado enquanto o povo de Deus continua a derramar nele um fluxo constante de pecado. O fluxo será interrompido em sua origem — os corações e vidas do povo de Deus. O ministério de Cristo no santíssimo (*do Santuário celestial) “pode aperfeiçoar os que a eles (*aos cultos) se chegam" (Hebreus 10:1) e “aperfeiçoou para sempre os que são santificados” (vs. 14).
O pecador não é "feito justo" por uma infusão de mérito que elimina a natureza pecaminosa3. Ele ainda a tem, mas não é mais um escravo dela. Ele não tem méritos próprios, como não tem boas obras próprias; mas ser reconciliado significa que ele “é tornado obediente”. Esta é a idéia de 1888 de ser “feito justo”. Rom. 5:1-11 nos mostra que o pecador "recebeu a reconciliação" (vs. 11, ú.p.) e sua inimizade profunda contra a lei foi removida pelo "poderoso argumento da cruz"4.  Na justificação pela fé "o amor de Cristo nos constrange" e torna-se a nova motivação para um viver santo (2ª Cor. 5:14 e 15) (*“Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si”, vs. 15). A graça, sendo mais forte que o pecado, elimina a mornidão para sempre. Alonso T. Jones e Ellet J. Waggoner, os mensageiros de 1888, compreenderam a surpreendente ideia de que é fácil se salvar e difícil de se perder se a pessoa entende e crê "na verdade do evangelho" (cf. Gál. 2:5 e 14).
Ellen White ficou muito feliz quando ouviu os dois mensageiros (*de 1888) dizerem isso. Ela claramente disse que a mensagem foi além do que ela chamou de "as doutrinas dos bons velhos tempos", pois era "nova luz". Essa "justificação pela fé" será “nova” para nós e para o mundo evangélico porque é a "mensagem do terceiro anjo em verdade"5.
Veja como ela se expressou: "Cada fibra do meu coração disse amém"6, porque esta, finalmente, foi a única distinta idéia Adventista do Sétimo Dia do evangelho eterno, “que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus"7, incluindo o sétimo. Assim, esta mensagem tinha que ir além do que (*ensinavam) as populares igrejas guardadoras do domingo.
"O tema que atrai o coração do pecador é ‘Cristo, e este crucificado’ (*1ª Cor. 2:2). Na cruz do Calvário, Jesus Se revela ao mundo no amor incomparável. Apresente-O, assim, às multidões famintas, e a luz do seu amor vai conquistar os homens das trevas para a luz, da transgressão à obediência e verdadeira santidade. Contemplar Jesus na cruz do Calvário desperta a consciência para o caráter hediondo do pecado como nada mais o pode fazer. Foi o pecado que causou a morte do amado Filho de Deus, e o pecado é a transgressão da lei. “O Senhor fez cair sobre Ele as iniquidades de nós todos’ (*Isa. 53:6). O pecador, então consente em seguir a lei, o que é bom, porque ele percebe que ela condena suas más obras, enquanto ele louva o incomparável amor de Deus em prover para ele salvação através da justiça imputada dAquele que não conheceu pecado, e em cuja boca não se achou engano (*Apoc. 14:5 e 1ª Pedro 2:22)”8
"Que Deus tem um santuário no céu, e que Cristo é sacerdote lá, não pode ser posto em dúvida por ninguém que lê as Escrituras. ... Portanto, conclui-se que a purificação do santuário, uma obra que é apresentada nas Escrituras como imediatamente anterior à vinda do Senhor, é coincidente com a completa purificação do povo de Deus nesta terra, e preparação deles para a trasladação, quando o Senhor vier. ... A vida [caráter] de Jesus é para se reproduzir perfeitamente em seus seguidores, não por um dia apenas, mas por todos os tempos e por toda a eternidade"9.
Em todas as épocas passadas "a esposa do Cordeiro" nunca ainda se aprontara. Como pode o Esposo celestial chamar a atenção de Sua igreja? Pode Ele prender a atenção do seu povo por uma exigência motivada por medo sem precedentes para uma vida santa? A resposta tem de estar no texto: "E foi-lhe dado [à Sua futura esposa] que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos" (Apoc. 19: 8).
Não, o meio que o Senhor vai empregar não será um trovão do céu ou um terremoto, mas uma amável, quieta mensagem comovente da “justiça dos santos." Uma mensagem que corteja o coração — "justificação pela fé", o Noivo chegando perto em um apelo, um suave toque de verdade.


Compilado dos escritos de
Robert J. Wieland


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, a despeito de inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles.

Notas (de Ellen G. White, salvo indicação em contrário):

1) Evangelismo, páginas 224, 225. (*Originalmente em “Special Testimonies”, Série B, nº 7, pág. 17, de 1905);
2) Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 374; 62, 63;
3) "Pode alguém viver uma vida sem pecado?" Tenho sido perguntado. Não, mas Cristo pode. "Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim" (*Gal. 2:20). Tenho demonstrado que não posso fazer nada. “O salário do pecado é a morte” (*Rom 6:23), e por isso devo morrer, e deixar que o Senhor assuma o controle. O primeiro homem mostrou sua impotência, e agora o segundo homem, Adão, entra em sena, e nEle o poder de Deus se revela plenamente. Há apenas um homem, que é o Senhor Jesus Cristo, pois há apenas uma semente. Por meio da obediência de Um muitos são feitos justos. Tornamo-nos homens de fato, homens perfeitos, só ao estarmos nEle (Ellet J. Waggoner, citado em Robert J. Wieland, em “A Brief Look at 1888,” Um Breve Olhar sobre 1888", pág. 15);
4) Ver Testemunhos para a Igreja, vol. 4, pág. 375, 2º§ (onde lemos: “O poderoso argumento da cruz convencerá do pecado”);
5) Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 372. Originalmente publicado na Review and Herald, de 1º de abril de 1890;
6) Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 1, pág. 349;
7) Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 92;
8) Materiais de Ellen G. White sobre 1888, pág. 1074;
9) Ellet J. Waggoner, “O Concerto Eterno”, págs. 365-367.

Asteriscos indicam acréscimos do tradutor.

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