quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Lição 9, Eventos finais, por Paulo Penno

Para 25/8 a 1º/9/2012

Se na Costa do Golfo do México, durante a temporada de furacões, as pessoas fazem preparativos, quais deveriamos fazer para o "dia do Senhor"? (1ª Tess. 5:2). Aqueles que vivem na luz vão perceber que esta "paz e segurança" (v. 3), vida extravagante, é temporária. Jesus nos convida a partilhar com Ele o Seu viver solene do dia da Expiação.
Nós somos "filhos da luz" e não das "trevas" (v. 5). Nós não somos mais "trevas" personificadas. Somos agora "luz" personificada "no Senhor" (Efé. 5:8), o que significa que a promessa de Deus a Abraão, o novo concerto, está sendo cumprida. Somos uma bênção onde quer que vamos, porque somos a própria luz que brilha em nós, isto é, Cristo habita em nós. Não temos que nos preocupar em dar estudos bíblicos para os nossos vizinhos ou colegas de trabalho; silenciosa e inconscientemente, estamos exalando luz e conhecimento do evangelho pela maneira como vivemos e falamos.
O Espírito Santo está em processo de dar frutos dentro de nós. Depois de familiarizar-nos com Jesus, aprendemos a amar "porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça, e verdade" (Efé 5:9), e nosso amor é contagioso. Outras pessoas estão dizendo: "—Eu quero o que essas pessoas têm!" Isso é o que a palavra "evangelismo" significa.
Se os tessalonicenses nada têm a dizer, Deus está tentando nos dizer alguma coisa. O Titanic atingiu seu iceberg, mas a banda no convés ainda está tocando jazz e os casais ainda estão dançando. Eles não podem ouvir os gritos das pessoas nos decks do navio e na ponte de comando. Mas existem alguns "passageiros" aqui e ali que são sóbrios, e eles não são fanáticos pela música jazz. Eles estão preparados para ouvir o hino "Mais Perto Quero Estar)" (*427 do hinário adventista brasileiro, 473 do americano).
Não é isto muito sóbrio, muito sério? O nosso "Titanic" moderno é grande o suficiente para abraçar Hollywood, Estudio Universal, Disneylandia e Hopi Hari, etc. Impopular como é a idéia em nossa era de comédia, Paulo diz algo sobre ser "sóbrio" (1ª Tess. 5:6 a 8) hoje (mas cuidado! isso não significa pessimismo e um rosto comprido,  como uma cara de cavalo; sobriedade é a única "paz" otimista no mundo de hoje).
Como podemos ser atentos na "vigilia" e "sóbrios" num momento em que a maioria está "bêbada" e "dormindo"? Todas as dez virgens da parábola de Jesus "tosquenejaram e adormeceram" (Mateus 25:5). A única diferença entre as cinco virgens "prudentes" e as cinco "loucas" é que as primeiras têm (*reserva extra de) "azeite" e estas não (v. 8). O "azeite" é identificado por Paulo como a "couraça da fé e do amor (Ágape)" (1ª Tess. 5:8).
A falsificação da "fé e amor" é a confiança em Deus motivada pela auto-confiança. "A medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Rom. 12:3) nos dá uma avaliação sóbria de nós mesmos. "Fé" ajuda o homem a "não pensar de si mesmo além do que convém, antes, pense com moderação." Uma fé auto-confiante é viciante como o álcool, e produz bêbados sonolentos.
Pedro nunca foi tão seguro de si. "Ainda que todos se escandalizem em Ti, eu nunca me escandalizarei" (Mat. 26:33). Quando os discípulos deveriam ter sido "vigilantes" (v. 41 *orando) com Jesus no Jardim do Getsêmani, todos eles estavam "adormecidos" (v. 43). "Todos os discípulos" eram auto-confiantes como Pedro — (*"Ainda que me seja mister morrer contigo) não Te negarei" (v. 35). Inebriados com a sua própria auto-confiança, os discípulos eram o equivalente a Laodicéia moderna — "desgraçado, e miserável, e pobre, e cego e nu” necessitando "comprar de Mim [Jesus] ouro [fé e amor] provado no fogo” (Apoc. 3:17, 18).
Tal confiança em Deus do velho concerto é um compromisso com a "ira" (1ª Tess. 5:9). A "Fé" de Pedro foi facilmente derrubada por (*duas) jovens adolescentes (*Mateus 26: 69 e 71). Suas negações de Cristo com pragas e juramento resultou em choro amargo e auto-aversão (vs. 74 e 75).
O "remanescente" de Deus não pode enfrentar o seu exame final ("a marca da besta") no grande conflito com tal confiança auto-centrada, porque isto iria resultar em constrangimento não só para nós mesmos, ("para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas,” Apoc. 16:15), mas, muito mais para Cristo, e isto é o que mais importa.
Legalismo tem provocado muitos filhos da "ira" (uma falsa visão do caráter de Deus) e levando-os à rebelião. Foi o problema fundamental na história de 1888. Ellen White disse que os nossos ministros da época tinham "pregado a lei até nos tornarmos secos como as colinas de Gilboa, que não tinham nem orvalho nem chuva."1 No entanto, sóbrios líderes adventistas do sétimo dia estavam exigindo mais, dizendo: "Vocês não deveriam estar pregando a justiça de Cristo, e fazer alarde disso. Vocês devem pregar a lei".2 Esse foi o legalismo, puro e simples! Mas será que temos algum problema com ele hoje? Sim, caso contrário, não estariamos perdendo 75% ou mais dos nossos jovens!
Deus quer que nós obtenhamos salvação da nossa própria "ira", “por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós" (1ª Tes. 5: 9 e 10). Como a "fé" vê o Salvador que Se identificou conosco em Sua morte na cruz, o Seu divino "amor" é a verdadeira motivação. "Se um morreu por todos, logo todos morreram" (2ª Cor. 5:14). Em outras palavras, se Ele não tivesse morrido por todos, logo todos estariam mortos. Quando a fé aprecia a expiação que Ele fez por nós, então nós recebemos a expiação com Deus. "Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus" (v. 20). "O amor de Cristo nos constrange" (v. 14). Ágape impulsiona nossa fé.
Esta é a fé do novo concerto, que é obediente a todos os mandamentos de Deus. É a "couraça da fé e do amor" (1ª Tes. 5:8). Não há legalismo em tal fé.
A experiência das "obras da lei" e "sob a lei" é a desobediência à lei (Gál. 2:16, 4:4, 5). Todas as "obras da lei" motivadas por interesse próprio para chegar ao céu e evitar o inferno são egoísmo. Apenas "Ágape é o cumprimento da lei" (Rom. 13:10).
O "capacete" é "a esperança da salvação" (1ª Tess. 5:8). Mas nós erramos se pensarmos dele como "nossa bendita esperança", como se a nossa recompensa fosse o importante. É a bem-aventurada esperança do Senhor Jesus Cristo. Aquele que quer que Ele venha em breve é ​​Ele mesmo. Ele espera pelas "bodas do Cordeiro" para ter lugar com a Sua noiva aprontando-se, Apocalipse 19:8, 9. Seu coração anseia por todos no mundo que estão em agonia.
A verdadeira comunhão com Cristo é a empatia de coração com Ele em Suas ansiedades, como uma noiva que realmente ama seu marido está presa com Seus interesses. Agora ela vive para Ele, é uma com Ele, porque ela O ama. Será que é possível que uma igreja mundial possa crescer para ser tão madura em seu relacionamento com o Filho de Deus? Em todo o mundo existem aqueles que ouvem o apelo insistente do céu. O meu desejo e minha oração é que Ele nos dê a graça de responder!


- Paul E. Penno


Notas:
1) Review and Herald, de 11 de março de 1890, um artigo de Ellen G. White com o título "Cristo Orou pela Unidade Entre os Seus Discípulos."
2) Ibidem.

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

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