quinta-feira, 26 de abril de 2012

Lição 4 - Evangelismo e Testemunho como Estilo de Vida, por Daniel Peters

Para 21 a 28 de abril de 2012

A testemunha verdadeira é aquela que atesta o poder de Deus para recriar o homem à Sua própria imagem e é a própria evidência da qual ele fala. Assim, representar a Cristo significa reapresentar Cristo — apresentá-Lo novamente — em sua vida, como sua vida.
Você só pode ser ensinado a testemunhar pelo Espírito Santo. Nenhum homem e nenhum tipo de programa religioso são qualificados ou capazes de ensinar isso.
"E, levantando-se alguns, testificaram falsamente contra Ele” (Marcos 14:57). Muitos na igreja de Laodicéia estão fazendo a mesma coisa. Seu falso testemunho, de que Jesus não veio em nossa carne, não é nada menos que o espírito do Anticristo, 1ª João 4:3.. Eles se levantam, cheios de sua própria sabedoria, e questionam o relato da Criação pelo Espírito Santo. Falsas testemunhas nascem do velho concerto, negam que são legalistas, e recusam a boa nova do Novo Concerto. Sua mentalidade do Anticristo impede de crerem que Deus pode e guarda Seu povo do pecado.
Antes que possamos falar sobre o testemunho como um estilo de vida, é preciso primeiro determinar qual é o estilo de vida. Gálatas 2:20 ensina que "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim." 2ª Coríntios 5:14, 15 é claro ao dizer que todos os homens morreram nEle, "Porque o amor de Cristo nos constrange [obriga], julgando nós assim: que se um morreu por todos, logo todos morreram, e Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou." O nosso velho estilo de vida das preocupações egocêntricas é substituído por Cristo vivendo em nós.
Como verdadeiras testemunhas, seremos crucificados diariamente — esvaziados de nós mesmos, e nossa vida será Cristo vivendo a Sua vida dentro de nós. É o Espírito Santo que nos torna verdadeiras testemunhas de Deus, e também Aquele que nos ensina a proclamar isto. Para este propósito Cristo veio à Terra, sofreu e morreu para que, por Sua vida, possamos ser como Ele é, uma "testemunha fiel e verdadeira".
O apóstolo Paulo descreve o estilo de vida de Cristo, ao escreveu: "Deixe1 que esta mente esteja em vós, a mesma que estava também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas fez-Se sem nenhuma reputação, tomando a forma de servo, fazendo-Se em semelhança de homens. E, achado na forma de homem, humilhou-Se e tornou-Se obediente até à morte, a saber a morte de cruz" (Filip. 2: 5 a 8, KJV). Pelo nosso próprio consentimento deixamos a mente de Cristo fazer por nós exatamente o que ela fez por Jesus. Esta mente irá remover o eu de nós e nos tornará humildes diante de Deus e do homem.
"A mensagem de 1888 é especialmente 'preciosa', pois une a verdadeira idéia bíblica da justificação pela fé com a idéia original da purificação do santuário celestial. Esta é uma verdade bíblica, que o mundo está (*ansiosamente) esperando para descobrir. Ela forma o essencial elemento de verdade que ainda vai iluminar a Terra com a glória de uma apresentação final, totalmente desenvolvida do "evangelho eterno" de Apocalipse 14 e 18" (Robert J. Wieland, Dez Grandes Verdades do Evangelho que Fazem a Mensagem de 1888 Excepcional, pág. 34).
Aquele que se rende a Cristo é uma testemunha do poder da Sua morte e ressurreição. Ele é a testemunha, porque experimenta em si mesmo a operação do mistério do evangelho "que é Cristo em vós, a esperança da glória" (Col. 1: 26, 27). Por este poder a pessoa é justificada e purificada — uma nova vida e um novo estilo de vida.
Quando Estevão estava em julgamento por sua vida perante o conselho judaico, ele disse: "estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara Aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto" (Atos 7: 44).
O Tabernáculo do Testemunho tinha este nome porque continha o depoimento da testemunha, pois a lei é chamada de testemunho. É um testemunho da presença de Deus. Sabemos que "O amor é o cumprimento da lei", e "Deus é amor", portanto, a lei é a vida de Deus.
Era por cima da arca do testemunho, entre os querubins, que a glória de Deus especialmente se manifestava. No Salmo 80:1 lemos: "Tu, que és pastor de Israel, dá ouvidos; Tu, que guias a José como a um rebanho; Tu, que Te assentas entre os querubins, resplandece!"
A razão para a construção do tabernáculo foi: "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8). Em certo sentido isto era uma grande honra, entretanto, quando consideramos o assunto, é uma das coisas mais tristes que podem ser encontrados nas Escrituras. O povo de Deus, a quem Ele tinha libertado do cativeiro com o propósito expresso de morar nele, tinha que ter uma casa feita com as mãos, porque as pessoas se recusaram a tê-Lo vivendo nelas. Assim, o tabernáculo era, ao mesmo tempo, um testemunho da presença de Deus e também da infidelidade do Seu povo.
"O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens" (Atos 7:48, ver também Atos 17:24). Ele mesmo perguntou: "Que casa Me edificareis vós? E qual seria o lugar do Meu descanso? ... Mas para esse olharei: para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra" (Isaias 66:1, 2). Antes Ele havia dito: "Num alto e santo lugar habito, como também com o contrito e abatido de espírito" (Isaías 57:15). "Não sabeis vós que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo" (1ª Cor. 3:16, 17). "Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no seu espírito, os quais pertencem a Deus" (1ª Cor. 6:19, 20). Esta é a sua verdadeira morada (*não um templo construído por mãos humanas).
Paulo está falando aqui da Boa Nova do Evangelho, que ele chama de um mistério. É um mistério porque nossas mentes pequenas não podem explicar ou compreender verdadeiramente como isso poderia ser, mas mesmo assim, é verdade. Agora, este mistério é: "Cristo em vós, a esperança da glória" (Col. 1:27).
Ellet J. Waggoner faz a seguinte observação sobre o "testemunho como um estilo de vida":
"É-nos amplamente assegurado que o evangelho é tornar Cristo conhecido nos homens. Ou antes, o evangelho é Cristo nos homens, e a pregação dele [do testemunho] é tornar conhecido aos homens que é possível Cristo habitar neles. ... o mistério de Deus é Ele manifestado na carne, 1ª Timóteo 3:16.  .... o mistério de Deus, habitando em carne humana, deveria ser declarado a todos os homens, e repetido a todos os que cressem nEle. (O Concerto Eterno, pág. 19, ver neste blog em agosto e setembro de 2010 todos os capítulos desse livro).
Deus habita com "o pobre e abatido de espírito, e que treme da" Sua palavra (Isaias 66:2), e Ele habita "com o contrito e abatido de espírito" (57:15). Paulo vai direto ao ponto quando ensina que "vós sois o templo de Deus" (1ª Coríntios 3:16), e depois pergunta se eles realmente sabem disso: "não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que está em vós?" (1ª Cor. 6:19, KJV). Os judeus devem ter entendido Jesus quando disse: "Derribai este templo, e em três dias O levantarei  ... Ele falava do templo do seu corpo" (João 2:19 e 21). Ele era, de fato, o templo, porque a lei de Deus estava dentro de Seu coração, Salmo 40:8. Ele é "a testemunha fiel e verdadeira", e diz de nós, "Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor, e Meu servo, a quem escolhi" (Isaías 43:10).
Quando ao Senhor é dada plena posse de Seu templo — o Seu povo — então nós, como Cristo, seremos Suas testemunhas ao mundo. Cristo nos comprou com Seu sangue e nós pertencemos a Ele, no entanto muitos recusam deixá-Lo tomar posse do que Ele comprou.
Na dedicação da tenda da congregação  "...a glória do Senhor encheu o tabernáculo; de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo" (Êxodo 40:34, 35). Então, novamente, na dedicação do templo de Salomão: "... a glória do Senhor encheu o templo. E os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a casa do Senhor" (2º Crôn. 7:1, 2, KJV). Estas são representações de como deve ser com o povo de Deus, Seu templo real. Assim foi com Cristo, pois "o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1:14). Assim será com o Seu verdadeiro templo, o Seu povo, quando eles forem dedicados a Ele.
É o Espírito que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Quando o Espírito enche os homens eles têm poder para ser tabernáculos do testemunho. Assim como nenhum homem foi capaz de entrar na tenda, quando a glória de Deus a encheu, assim também, quando Cristo, o Espírito vivificante, habita no coração pela fé, Col. 1:26, 27, e estamos cheios de Sua glória; seremos crucificados com Cristo e o eu terá desaparecido, Gal. 2:20, e nenhum homem estará neste templo.
Agora, Aquele que habita entre os querubins vai brilhar, e terá sido preparado para testemunhar perante o mundo.
- Daniel Peters

Nota do tradutor:

1) A versão King James ao usar o verbo deixar (“let”) nos trás a alentadora verdade de que não temos que nos esforçar para termos a mente de Cristo. Isto não é obra nossa. Deus é que está nos apelando para permitirmos que a mente Cristo esteja em nós.


O irmão Daniel Peters vive na parte leste da cidade de Los Angeles, Estado da California, EUA, e trabalha como Conselheiro Oficial antidrogas e alcool para mães e mulheres grávidas. O seu coração foi sensívelmente tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, págs 91 e 92) e sua vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta mensagem que Deus outorgou à Sua igreja em 1888. Ele e sua família são membros da igreja adventista do sétimo dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de Los Angeles, localizada no nº 8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J. Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da Bíblia e do Espírito de Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de 1888. Ele foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street.

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- Daniel Peters



O irmão Daniel Peters vive na parte leste da cidade de Los Angeles, Estado da California, EUA, e trabalha como Conselheiro Oficial antidrogas e alcool para mães e mulheres grávidas. O seu coração foi sensívelmente tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, págs 91 e 92) e sua vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta mensagem que Deus outorgou à Sua igreja em 1888. Ele e sua família são membros da igreja adventista do sétimo dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de Los Angeles, localizada no nº 8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J. Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da Bíblia e do Espírito de Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de 1888. Ele foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street.

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Lição 3 - Dons espirituais Para Evangelizar e Testemunhar, por Lloyd Knecht

Para 14 a 21 de abril de 2012

Cada um de nós foi chamado a ser testemunha de Cristo. Mas antes que possamos ser uma testemunha ocular para Ele, é preciso primeiro ter uma experiência com Ele, uma experiência que transforme o nosso caráter. Jesus em sua oração por nós, enfatizou que "A vida eterna é esta: que Te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste" (João 17:3)
Testemunhar só será eficaz quando a testemunha conhece Jesus Cristo como seu Salvador e Senhor, e, em seguida, compartilha com os outros o incondicional, imutável, amor abnegado de Cristo. Ser capaz de compartilhar isso, de uma maneira a ganhar almas, é a razão essencial por trás, desenvolvendo os dons espirituais que Deus nos dá. Testemunhar não é, primariamente, atrair pessoas para se tornarem adventistas do sétimo dia, embora este deva ser o resultado natural. Não é sobre nós. Trata-se de Jesus. Essa foi a razão pela qual Deus enviou uma mensagem especial para a igreja — o evangelho puro — por meio dos pastores Alonzo T. Jones, Ellet J. Waggoner, William W. Prescott, e da irmã Ellen G. White, durante o período de 1888 (*e anos que se seguiram).
"Ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho [Jesus], a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2ª Coríntios 3: 17 e 18).
"Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou. .... E tudo isto provem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação" (2ª Coríntios 5:14, 15, 18, 19). (A NVI diz: “e pôs em nós o ministério da reconciliação."
Os dons espirituais são dados "para o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé, e do conhecimento do Filho de Deus" (Efésios 4: 12, 13). O trabalho da igreja é o de organizar, treinar e equipar cada um dos seus membros, preparando-os a proclamar o evangelho ao mundo. Um mundo que é tão perto como o nosso perdido, sozinho, ferido vizinho, ou tão distante como as multidões desesperadas ao redor do globo.

É-nos dito: "Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim" (Mateus 24:14). Deveria eu estar preocupado, ou com medo, de que não estou à altura da tarefa? Por muitos anos eu pensei que a salvação, e o testemunhar, eram obras minhas, até que ouvi a mensagem do evangelho de 1888. Então eu descobri que isso era obra de Deus, que Ele há muito tempo almeja realizar em, e através de nós. Ele promete multiplicar os nossos dons e capacitar-nos por Seu Espírito. "Porque Deus é O que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (Filipenses 2:13).

Jesus exclamou: "É-Me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações [que inclui cada pessoa no círculo de nossa influência], batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias [com toda a Minha autoridade], até a consumação dos séculos. Amém!” (Mateus 28:18-20).
- Lloyd Knecht

A última vez que ouvimos do irmão Lloyd Knecht ele era o primeiro ancião da igreja adventista de Stevenson, no estado de Washington, localizada no endereço 41, 2nd Street, Stevenson, WA 98648-4228, Fone 001 XX (509) 427-8890  Ele, por muitos anos, administrou um asilo, mas hoje, já muito avançado em idade, está aposentado. O irmão Lloyd passou muitos anos espalhando a boa nova do evangelho, especialmente a judeus e mulçumanos e a outros grupos religiosos e étnicos. Muitas pessoas testemunham que seu primeiro contato, bem como  a sua familiarização com a o evangelho foi através do irmão Lloyd.
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Lição 3 - Dons espirituais Para Evangelizar e Testemunhar, por Arlene Hill

Para 14 a 21 de abril de 2012


Será que Deus convoca pessoas já hábeis, ou Ele habilita as que chama? A resposta depende se você acha que a evangelização exige fé. A fé (*quanto a este aspecto) crê que Deus vai nos equipar para o que Ele quer que façamos. Se crermos que não devemos fazer nada, até descobrirmos os nossos talentos ou "dons," ou decidirmos que uma missão requer talentos que nós pensamos que não temos, estamos andando pela vista e não por fé. A fé nunca depende de si mesma. Se pensarmos que trazemos algum talento ao serviço de Deus, vamos achar que temos, pelo menos, um pouco de crédito pelo trabalho que fazemos. Toda a glória é de Deus.
Isso não quer dizer que não existam diferenças entre as pessoas e suas capacidades, cada pessoa nasce com determinadas aptidões. O Senhor disse a Jeremias, quando o chamou para ser um profeta, que Ele o formou no ventre. Presumivelmente, Deus deu a Jeremias o de que ele precisava para fazer o trabalho que Deus tinha preparado para ele. Nem todos nós somos chamados a ser Jeremias, mas todos nós somos convocados a algum serviço para o Senhor. Muitas pessoas bem intencionadas acham que eles devem estudar ou participar de seminários para determinar que dons Deus lhes deu, para que possam decidir o que estão capacitados a fazer. Se usarmos o modelo que nos foi dado na conversa entre Jeremias e Deus (cf. Jeremias 1), veremos que Deus não quer que nos preocupemos com quais pensamos serem nossas capacidades. Se Ele nos chama ao serviço, podemos confiar que Ele, ou nos equipou ou irá equipar-nos para tudo o que Ele quer que façamos.
Um dom é algo que o receptor não tinha antes. A maioria das pessoas acha que o que herdamos fisicamente de nossos pais é algo que nos pertence, não é um dom. Usando o exemplo de Jeremias, percebemos que características físicas são dons de Deus. Quaisquer habilidades que Deus deu a Jeremias quando o "formou no ventre materno" não eram de Jeremias por direito, mas um dom de Deus. Quando tudo é explicado por Jesus, mesmo problemas físicos negativos que herdamos, serão compreendidos.
Os dons do Espírito não se limitam aos talentos ou capacidades humanos.
"Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro. E deu dons aos homens" (Efé. 4: 7, 8).
A mensagem de Efésios é uma boa nova habitual:
1.  A cada um de nós foi dado um dom especial de graça. Nós dizemos de um músico ou artista aclamado, que "ele é talentoso." E você também é. Há algo que você está equipado para fazer que ninguém mais está habilitado a realizá-lo como você, quanto a esse exato respeito. Em vez de desperdiçar valiosos recursos de tempo e energia, lamentando suas supostas inaptidões, agradeça a Deus pela habilidade que Ele lhe deu.
2.  A expressão "medida do dom de Cristo" é traduzida na Versão Revisada Inglesa como "uma participação especial na graça de Cristo."  Poderíamos dizer que pela generosidade de Cristo, a cada um de nós é dado o seu "dom." Conquanto você possa pensar que seu "dom" seja pequeno, o Espírito Santo pode cultivá-lo para fazê-lo crescer.
"E Ele mesmo deu, uns para apóstolos; e outros, para profetas; e outros, para evangelistas; e outros, para pastores e mestres, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo: até que todos cheguemos à unidade da fé, e do conhecimento do Filho de Deus, para um homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (Efé. 4:11-13, KJV). (*A Almeida Fiel diz “... a homem perfeito ...”).
Qualquer dom que alguém recebeu do Doador de dons (*que for usado corretamente para a honra e glória dEle) edifica a Igreja. Quando você estiver perplexo sobre se uma mensagem que você ouvir ou ler vem de Deus, ou é uma falsificação do inimigo, basta assistir e ver: será que edifica a igreja?
Aqueles que tiveram o privilégio de estudar e chegar a amar a mensagem de (*Justificação pela fé, como nos foi dada em) 1888, sabem que a própria mensagem em si é um dom que traz tanta alegria que não podemos senão compartilhá-la. É um dom que, quando proclamada, acabará por trazer a completa unidade entre os crentes de Deus, onde quer que estejam. Depois de enumerar os dons do Espírito (Efé. 4:11, 12), Paulo nos diz que a mensagem trará unidade e crescimento. A idéia de Paulo é que o mais verdadeiro crescimento da igreja não ocorre quando gurus especialistas vêm para causá-lo, mas sim quando os próprios membros, cheios de Ágape, estiverem trazendo novas pessoas, e ajudando a quem já está na igreja a crescer.
*E, portanto, é bom se observar que, ao se ler o texto na KJV, acima, com as pausas corretas da pontuação, ver-se-á que a finalidade última do dom é alcançar-se o “homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo."  A unidade na igreja virá como consequência dessa consagração
Esse é o "evangelismo" (*maximo, último e) final, que será demonstrado perfeitamente quando esse "outro anjo, descendo do céu, tendo grande autoridade" (*Apoc. 18:1, KJV) iluminar a terra com a Sua glória, chamando toda a alma de coração honesto para sair de Babilônia. Este “outro anjo” é, novamente, um símbolo de um povo que tem a mensagem e são os mensageiros. O derramamento do Espírito Santo, com a chuva serôdia, vai fornecer a santa energia. O início desse "dom" final foi dado há muito tempo (*há mais de 120 anos), mas por muitos não foi bem recebido à época. Mas Deus não permitirá que Sua semente retorne a Ele vazia (*veja Isa. 55:11); Ele está velando por sobre "a mui preciosa mensagem" (*TM, pág. 91) e, em Sua providência, irá produzir seus frutos.
Conhecer esta mensagem nos leva a divulgá-la, independentemente de pensarmos que nos foi dado o dom de pregar ou ensinar. Deus vai projetar eventos em sua vida, que apresentarão oportunidades de compartilhar esta “mui preciosa mensagem”. Às vezes, pode não parecer que estejamos fazendo nada significativo, mas Deus nos usa como Ele precisa para ministrar aos outros. Ore para que caminhemos dignamente para que Deus possa nos usar para seus propósitos.

 
--Arlene Hill


A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lição 2 — O Ministério de Cada Cristão, por Roberto Wieland


Para 7 a 14 de abril de 2012

Nós trabalhamos árdua e energicamente para proclamar o evangelho. Mas será que existe algum método ainda não experimentado de ganhar almas? Não apenas apertando botões eletrônicos, mas que tenha um bloco de poder interno que, as pessoas comuns que creem na mensagem, possam assistir conversões ocorrerem?
Se você frequenta a igreja, você já ouviu os apelos: "Faça mais, trabalhe mais, ganhe almas! Veja como as Testemunhas de Jeová e os Mórmons vão de porta em porta, por que não nos esforçarmos mais?"
Em uma grande conferência na América do Norte, o custo de cada batismo no Net-96 foi estimado em 18.000 reais1. Claro, a salvação eterna de uma alma não pode ser calculada em moeda sonante. Mas será isso o que Jesus tinha em mente quando disse: "Ide ..."? Existe uma maneira mais eficaz para terminar a "grande comissão evangélica"?
Quem não almeja ver uma eficiência bem maior na conquista de almas?
Quando se lê as cartas dos apóstolos no Novo Testamento, parece haver pouca pressão colocada sobre os primeiros cristãos. Paulo recomenda ao invés de estimular os cristãos de Tessalônica: "Por vós soou a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma" (1ª Tessalonicenses 1:8, grifo nosso). Um sonho de um evangelista ou de um administrador da igreja! Não há necessidade de promoção com alta pressão.

Era o Evangelho aos tessalonicenses auto propagável?
Parece que ele tinha seu próprio pacote de poder embutido nele. Motivava as pessoas até mesmo a ponto de serem extravagantemente zelosos: "Se enlouquecemos ... [ou] se conservamos o juízo ... o amor de Cristo [Ágape] nos constrange, julgando nós assim: que se Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si" (2ª Coríntios. 5:13-15).
Em outras palavras, eles sentiram uma motivação alimentada por algo especial que viram no sacrifício de Cristo. Uma vez que você compreendeu o que tinha acontecido, você simplesmente não podia ficar parado. A língua presa tinha que falar, e os tímidos tinham que ficar ousados, Isa. 32:4; Zac. 12:8. Você viu o Messias tornar-Se o segundo Adão, Ele morreu "por todos". Isso significa que se Ele não tivesse morrido, você estaria morto. Desde que Se tornou Um, corporativamente, com a raça humana, "todos morreram" nEle, a partir de agora ninguém pode "viver para si mesmo." Você não podia mais pensar que pertencia a si mesmo, ou que tudo o que possuía era seu. Com um golpe de espada divina, a principal dificuldade da preocupação egoística humana foi cortada. A cruz fez isto.
Um novo propósito para viver assumiu: se você crê neste evangelho de auto-propagação, você só tinha que viver "por Aquele que morreu" por você, e não era medo ou esperança de recompensa, que moveria você. O materialismo, a sensualidade, todas as motivações centradas em você mesmo, foram transcendidas por esta nova razão fenomenal para viver. Você viu-se eternamente em dívida para com o Filho de Deus. E a idéia pegou, porque havia corações sinceros em todos os lugares. Judeus e gentios surgiram do nada, prontos para responder.
Esse entendimento do que a cruz significava primeiro estourou na mente das pessoas no dia de Pentecostes. "Vós negastes o Santo e o Justo", exclamou Pedro. "matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas .... Arrependei-vos pois, e convertei-vos" (Atos 3:14, 15, 19). E eles se arrependeram, e foram convertidos. "A verdade em Ágape" compeliu multidões para responder — 3000 em um dia.
Esta foi "a chuva temporã." Hoje aguardamos "a chuva serôdia." Esse evangelho de auto-propagação no Pentecostes acompanhou o começo da obra de Cristo no Céu como Sumo Sacerdote. Agora Seu trabalho de encerramento no Dia cósmico da Expiação será acompanhado por um plenamente desenvolvido "evangelho eterno" que vai "iluminar a terra com glória." A mesma motivação de exaltação da cruz, vai alimentar a explosão final de ganhar almas.
Diz João em Apocalipse: "Vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: 'Caiu, caiu a grande Babilônia’ ... E ouvi outra voz do céu, que dizia: ‘Sai dela, povo Meu ...’" (18:1-4). A chamada será acompanhada por um poder, pela segunda vez na história — a primeira foi no dia de Pentecostes.
Ellen White, em visão, testemunhou o que vai acontecer nesta segunda vez: "A luz que se derramou sobre os expectantes penetrou em toda parte, e aqueles, nas igrejas, que tinham alguma luz ... obedeceram à chamada ... Um poder irresistível moveu o honesto [comparar com a palavra "constrange" acima em 2ª Coríntios 5:14.] .... Servos de Deus, dotados de poder do alto, com o rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para proclamar a mensagem provinda do Céu. Almas que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas responderam à chamada, e os que eram preciosos retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas, assim como foi Ló retirado às pressas de Sodoma antes de sua destruição" (Primeiros Escritos, págs. 278 e 279).
Em 1888 o Senhor "nos enviou o início" dessa mensagem. Ellen White a chamou de "a luz que irá iluminar a terra com sua glória." Se tivesse sido aceita, "então a luz forte e clara daquele outro anjo que desce do céu com grande poder, teria enchido a terra com sua glória .... mensageiros celestiais têm lamentado, impacientes com a demora .... Anjos do céu estavam tentando comunicar, por meio de agências humanas — a justificação pela fé, a justiça de Cristo". "O alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo" (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 3, págs. 673, 1070-1073, grifamos).
Deve, porventura, a Igreja Adventista do Sétimo Dia desconsiderar o autenticado "começo" da mensagem final, que foi "em grande medida" rejeitada e "mantida afastada do mundo"? (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234, 235).
Esta mesma escritora conta como o primeiro Pentecostes se relaciona a um futuro segundo (*evento semelhante): "Uma obra deve ser realizada na terra semelhante ao que ocorreu no derramamento do Espírito Santo nos dias dos primeiros discípulos, quando eles pregaram Jesus e Este crucificado. Muitos serão convertidos em um dia, pois a mensagem vai com força. ... O tema que atrai o coração do pecador é Cristo, e Este crucificado. Na cruz do Calvário, Jesus Se revela ao mundo no amor incomparável [Ágape]. Apresentá-Lo, assim, para as multidões famintas, e a luz de Seu amor, vai conquistar os homens das trevas para a luz, da transgressão à obediência e verdadeira santidade. Jesus na cruz do Calvário desperta a consciência para o caráter hediondo do pecado como nada mais pode fazer" (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 3, págs. 1073 e 1074).
Isto vai de encontro exatamente ao ardente desejo do coração de toda a alma honesta de coração em "Babilônia" (e são muitos!), De modo que "a verdade é vista em sua clareza, e os leais filhos de Deus cortam os liames que os têm retido. Laços de família, relações na igreja, são impotentes para os deter agora. A verdade é mais preciosa do que tudo mais. Apesar das forças arregimentadas contra a verdade, um grande número [irá] se colocar ao lado do Senhor" (O Grande Conflito, pág. 612).

—Robert J. Wieland
(Compilado por Paul E. Penno)


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho último, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, a despeito de inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles.

Nota do tradutor: 1) 10.000 dólares ao câmbio atual de 1.8 = R$ 18.000,00
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Lição 2 — O Ministério de Cada Cristão, por Patti Guthrie


Para 07 a 14 de abril de 2012

"Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades, e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: 'Segue-me' " (Ellen White, A Ciência do Bom Viver, pág. 143).
A lição desta semana mostra como o método de Cristo envolve trabalhar juntos como uma equipe, compartilhando nossos testemunhos e histórias, reportando-nos à igreja sobre as nossas atividades, bem como a importância indispensável de treinamento e organização. A lição de quarta-feira diz que Deus tomou “a iniciativa na salvação da humanidade" e que a realização das bênçãos de Deus para nós, "cria em nós um desejo de compartilhar o que temos recebido gratuitamente" (última frase do 1º § da nota da pergunta 7).
Recentemente eu comprei o livro Beneficência Social (*de Ellen G. White), e o li pela primeira vez. Que bênção! Este livro está repleto de idéias para o testemunho e evangelismo utilizando "unicamente o método de Cristo."

Em pequenas reuniões
"Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podeis mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, em frente à lareira, e em pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-sucedida em atrair almas para Jesus do que sermões feitos ao ar livre, às turbas em movimento, ou mesmo em salões e igrejas" (Ellen White, Beneficência Social, página 91, e Obreiros Evangélicos, pág. 193).
Na noite da última sexta-feira fizemos um "jantar de agradecimento" em nossa casa para aqueles que tinham ajudado no jantar vegetariano comunitário recente realizado em nossa igreja. O Senhor deu a ajuda que precisávamos. Fomos abençoados pela eficiente assistência de um casal budista, um casal Batista, uma mulher cristã, não pertencente a nenhuma denominação, e, claro, nossos irmãos e irmãs adventistas. Os nossos convidados permaneceram até à hora do pôr-do-sol.
Os convidamos a se juntarem a nós em receber o sábado, e todos eles aceitaram o convite. Cantamos hinos familiares juntos, então começamos a compartilhar o que cada um estava agradecido a Deus. O nosso testemunho e louvor durou mais de uma hora, ao um após o outro contar como Deus os havia abençoado naquela semana.
Nossos amigos Batistas confessaram: "Temos experimentado a obra de Deus trabalhando em nossas vidas por quebrar o muro de divisão que tínhamos erigido em nossas próprias mentes contra vocês adventistas. Podemos ver que todos vocês são cristãos, também."
Nossa amiga que se diz cristã, mas não pertencente a nenhuma igreja,  contou como ela tem sido abençoada pelas classes de saúde que oferecemos em nossa igreja ao longo dos anos, e então, ela disse: "Eu acho que eu quero ir à sua igreja amanhã. Na verdade, eu acho que eu quero participar da sua igreja." Fiel à sua palavra, ela estava na igreja no dia seguinte, e agora ela está perguntando mais sobre o que cremos.
Nossos amigos budistas são pessoas muito prestativas que compartilham nossa paixão em ajudar outros a se tornarem saudáveis. Eles encorajam as pessoas a adotarem uma dieta vegetariana. Em um Inglês truncado a esposa disse: "Eu não sabia nada sobre o sétimo dia, mas eu gostei das pessoas com quem trabalhei nesta semana. Eu trabalhei muito, mas fiquei alegre em cozinhar na igreja adventista."
Após todos os depoimentos concluídos, lemos a palavra de Deus; em seguida, ajoelhamo-nos em um círculo em nossa sala — batistas, cristãos, budistas e adventistas do sétimo dia, dando as mãos, orando a Deus em agradecimento por todas as bênçãos na semana.

Reflexões
Os métodos de Cristo trabalhar! A idéia de testemunho e evangelismo pode parecer intimidadora, mas quando trabalhamos pelo método de Cristo, vamos encontrar a nossa verdadeira alegria. Em vez de ser tedioso, testemunhar torna-se contagiante. Procuraremos ativamente aprender, aperfeiçoar e melhorar os nossos métodos. Interagir com os outros irá trazer a emoção de ver almas ganhas para Seu reino por toda a eternidade! Nossa fé assumirá um novo significado quando nós utilizarmos o método de Cristo para alcançar almas. Seu caminho nos leva, bem como aqueles que procuramos servir, face a face com o evangelho de Cristo.
A solução para problemas e desencontros na igreja está fazendo algo pelos outros. Há pessoas feridas por toda parte. Organização, trabalho em equipe, oração pelas almas perdidas, e elaboração de novos planos para alcançar estas almas, ligará os corações dos conservadores e liberais e de todas as outras facções da igreja juntos em amor. Um objetivo comum irá motivar cada membro — o de alcançar a nossa comunidade para Cristo, uma pessoa de cada vez.
Quando as igrejas despertarem para as oportunidades em sua vizinhança, e em seus bairros, elas serão transformadas. Isso está acontecendo em nossa igreja agora, e é o precioso fruto do evangelho em ação.
Encorajo-vos a ler o livro Beneficência Social e serem inspirados a fazer algo para o Senhor. Sua vida será mudada para sempre. A vida é tão curta. Jesus virá em breve. Vamos trabalhar árdua, rápida e sabiamente quanto pudermos para ganhar tantas almas quanto possível para Ele.
Tome a Deus pela Sua palavra — "Não temas, porque Eu Sou contigo ... Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça" (Isaias 41:10) — e saia ao mundo que está esperando para ouvir a boa nova!

- Patti Guthrie


Patti Guthrie é uma adventista de berço. É esposa, mãe e professora dos próprios filhos. Ela é estudante da Bíblia, escritora e musicista.  Faz parte do comitê de música para leigos adventistas. A família de Guthrie aparece no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental. O marido de Patti, Todd Guthrie, é médico e membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele também é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países.


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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lição 1 -- Definindo Evangelismo e Testemunho, por Roberto Wieland

Para 31 de março a 7 de abril de 2012


A "mui preciosa" definição histórica de "Evangelismo"
Quando "Em Sua grande misericórdia enviou o Senhor, uma mui preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos irmãos Waggoner e Jones" na era de 1888, a sua motivação básica era ganhar almas, em preparação para a segunda vinda de Cristo naquela geração.
Especificamente, “devia por de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo." (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 91). Assim, foi muito mais do que um mero jogo teológico para os membros da igreja jogarem. A definição de Ellen G. White ao apresentar a mensagem ao mundo era a linguagem de Apocalipse 18. Foi o que chamamos de Alto Clamor da mensagem do terceiro anjo. Ela reconheceu que a mensagem de Jones e Waggoner era o seu "início". (Review and Herald, de 22 de novembro de 1892).
Durante todos os anos enquanto ela escreveu seus mais de 300 endossos à mensagem (*e aos 2 mensageiros) de 1888 (*e anos que se seguiram), o peso no coração de Ellen White era dar a mensagem ao mundo. Ela lamentou que, no final daquele período a oposição humana à mensagem resultou em ser a mesma "em grande medida, conservada afastada do mundo" (Mensagens Escolhidas, livro 1, pág. 235). A mensagem em si era constituída de "evangelismo". Não poderia ser interrompida, uma vez que tenha começado a menos que "os irmãos" conseguissem paralisá-la.
No final daquele período, seu principal desapontamento expresso não foi o de que dinheiro suficiente não tinha entrado para o "evangelismo público," mas que os nossos ministros e o povo não haviam captado a mensagem em si. O que ocupava sua mente naquele momento do Alto Clamor não era tanto o que chamamos de "evangelismo público" em que um ou alguns poucos indivíduos proclamam a mensagem e muitos vêm para ouvi-lo(s) (o que ocorreu mais tarde), mas o evangelismo pessoal por parte de membros da igreja que vieram a entender a mensagem. Ela viu um método de proclamá-la, de pessoa a pessoa, como altamente eficiente, a ponto de poder ter sucesso no encerramento da comissão evangélica ao mundo naquela única geração. Ela viu que aquela era a intenção do céu para nós.
Mas o poder por trás de sua visão precisa ser entendido: era "a verdade do evangelho", como contido na mensagem de 1888 propriamente dita. Não eram enigmas teológicos desvendados, não eram "esforços" administrados pela Organização da Igreja realizados em tendas ou salas de reuniões, era a simples verdade entendida por pessoas comuns que nunca a tinham visto tão claramente antes. Este método absorvia suas almas como Boas Novas que satisfazem as necessidades de seus corações. Ele incluía novas idéias sobre:
O Novo Concerto. Nunca antes tinha sido tão claramente proclamado. Ele inspirava as pessoas a compartilhar as idéias.
A justificação que Cristo realizou por Seu sacrifício "pelos pecados do mundo inteiro." Pontos de vista calvinistas e arminianos que funcionaram como catarata espiritual que cegavam as pessoas, foram removidos. A clareza resultante foi uma motivação poderosa para compartilhar a mensagem.
A compreensão do que é a fé. Ela entrou em foco como uma apreciação do coração do que custou ao Filho de Deus para salvar o mundo. Deixe o coração ser movido com "a verdade do evangelho", deixe que o Salvador seja erguido na cruz, e nada pode deter de partilhar a quem crê!
A obediência à lei. Na sequência da proclamação da mensagem de 1888, a obediência se tornou uma alegria. "Milhares de dólares" em dízimo devolvido fluíram para dentro da igreja sem pressão aplicada, simplesmente porque a mensagem de "fé que opera por amor [Ágape]" (*Gal. 5:6) cativou as almas.
Devolver o dízimo ao Senhor, se tornou uma alegria, porque agora viu-se que o jugo de Cristo é suave, e Seu fardo é leve, Mat. 11; 30. O amor ao dinheiro foi eclipsado pelo amor ao evangelho.
A verdade da proximidade do Salvador. Isso trouxe Jesus tão perto que "nós" O vimos como sendo real, "um Salvador ao alcance da mão e não longe" (Review and Herald, de 5 de março de 1889). A confusão na "nossa" idéia da personalidade de Cristo foi resolvida. Idéias bíblicas substituíram a penumbra de nevoeiro protestante herdada originalmente do catolicismo romano. Ellen White disse que os jovens foram levados face a face com Cristo, como se eles virassem uma esquina e lá estava Ele.
Por fim, a desinteressante doutrina do santuário foi vivificada. "Nós" descobrimos uma razão para viver que "nos" constrangeu com novo ardor. Nós podíamos cooperar com Cristo na Sua obra final como Sumo Sacerdote. Cada indivíduo de repente adquiriu uma importância de auto-respeito, alguém que poderia ajudar a acelerar o retorno de Jesus, porque nós podemos realmente ajudá-Lo na Sua tarefa final.
E assim por diante, as verdades de 1888 fizeram muitos exclamar: "Eu nunca vi a Bíblia de forma tão clara antes!"
Eles simplesmente tinham que transmiti-las aos outros! Ninguém conseguia deter os crentes.
Isso era "evangelismo", puro e simples. O poder não estava em campanha promovida pela Organização da Igreja, mas na própria verdade. Foi visto como Paulo estava certo quando disse: "O amor de Cristo nos constrange" (*2ª Cor. 5:14). Você não podia ficar parado! (campanhas da mídia promovidas pelas Associações são boas se os elementos distintos e únicos das verdades da chuva serôdia e.do alto clamor estão na mensagem. É aí que está o verdadeiro poder que converte as pessoas e as mantem fiéis até que o Senhor venha).
O sonho de Ellen White era que a mensagem devesse ser proclamada em "cada igreja," e então ela iria espalhar-se pelo mundo afora, onde milhões encontrariam a preciosa verdade em um ensino da cruz que eles nunca tinham visto antes.
O frio fato é que multidões de cristãos protestantes e católicos romanos, completamente sinceros, nunca entenderam a cruz de Cristo! A razão é que a sua crença comum na imortalidade natural (*da alma) tinha sido um denso nevoeiro que escondia de suas vistas a verdade do que aconteceu na cruz. Os adventistas do sétimo dia ensinavam a mortalidade da alma, mas a sua confusão sobre os dois concertos os impediu de ver claramente o que aconteceu na cruz. Portanto, a proclamação da cruz de Cristo tornou-se a essência da mensagem do Alto Clamor de 1888 que "nós" tínhamos almejado olhar à frente por décadas, e, entretanto, nunca tínhamos conhecido o que seria.
Jesus proclamou esta mesma verdade que mais tarde veio a ser "evangelismo" na mensagem de 1888. Foi na Festa dos Tabernáculos, em Jerusalém, pouco antes da Sua crucificação: "No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-Se em pé, e clamou, dizendo: (era este o precursor do "alto clamor" a que olhamos à frente? ], ‘Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura [referência a Cantares de Salomão 4:15] rios de água viva correrão de seu coração" (João 7: 37 e 38, Versão Inglesa Atualizada).
Esta é uma declaração profunda do método de evangelismo que Jesus amava. Ele não está colocando pressão sobre nós para fazer isto ou aquilo; Ele não está fazendo-nos sentir culpados por não fazermos mais "evangelismo". Ele está garantindo que, se realmente acreditamos nEle, o mais puro evangelismo será o que brotará de nossos corações a partir de uma fonte transbordante. Claro, ninguém pode realmente "crer", se não entender a mensagem. Portanto, a proclamação, o ensino, das "mui preciosas" verdades é absolutamente essencial.
Esta é a idéia que Ellen White, Jones e Waggoner viram na mensagem de 1888. O amor pela mensagem que é despertada por alguém ao primeiro a descobrir que nunca morre. Você anseia de alguma forma compartilhá-la com toda a alma que encontra. É uma repetição do que motivou os primeiros cristãos. A juventude capta a visão prontamente, uma vez que compreenda a mensagem com clareza.
Ellen White nos disse que seremos "surpreendidos com os meios simples" que Deus vai empregar na proclamação final da mensagem do terceiro anjo (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 300): ​​esta foi a mensagem de 1888. Tomou todo mundo de surpresa em 1888, incluindo a própria Ellen White. Quando a própria mensagem em sua pura força é expurgada dos conceitos de Babilônia que a comprometem, não será ela proclamada como o Céu intentou, a "cada Igreja adventista do sétimo dia" e depois ao mundo? (Será, entretanto, na providência de Deus!) O incêndio final de glória do evangelho vai iluminar o mundo, e pela primeira vez desde o Pentecostes a palavra "evangelismo" vai finalmente realizar seu propósito.
- Robert J. Wieland
O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho último, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.
Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:
1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e
2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.
38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, a despeito de inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles.
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