quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Natureza Humana de Cristo nas Palavras de Ellen G. White.



A Natureza Humana de Cristo nas Palavras de Ellen G. White.
(sem muitos Comentários).

A P R E S E N T A Ç Ã O
                                                          
Antes de você ler textos de E. G. White sobre este assunto é necessário entender alguns pontos:
1º) Quando Ellen G. White fala de “natureza humana,” ou, “nossa natureza,” ou, “humanidade de Cristo,” ou “a mesma natureza que temos,” ou, “o Homem Jesus Cristo,” etc., ela está se referindo à natureza humana caída, e usa alternadamente estas diferentes expressões neste preciso sentido. Veja uns claros exemplos:
 “Embora não houvesse nenhuma mancha de pecado em Seu caráter, Ele condescendeu em ligar nossa decaída natureza humana com a Sua divindade. Tomando assim a natureza humana Ele honrou a humanidade. Tendo assumido nossa natureza decaída” (Carta 81, 1896 – Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 134, grifamos).
E mais: “O divino Filho de Deus, ... veio do céu e assumiu a natureza caída deles [dos homens] ... tomou sobre Si a nossa natureza para que Ele pudesse alcançar o homem em sua condição caída... Ele veio ... para unir a raça caída com Ele mesmo” (Sign’s of Times)  de 23/09/1889, págs. 577 e 578, e nos Volumes Encadernados (BV) está às págs. 322 e 323).
2º) Quando Ellen White fala de estar Cristo na terra “carregando as enfermidades da humanidade” ela não está se referindo a doenças físicas propriamente mas, principalmente, à natureza pecaminosa:
“A grande obra da redenção poderia ser conduzida pelo Redentor somente ao tomar Ele o lugar do homem caído, Quando Adão foi assaltado pelo tentador, nenhum dos efeitos do pecado estavam sobre ele, mas ele estava circundado pelas glórias do Éden. Mas assim não ocorreu com Jesus, pois, carregando as enfermidades da humanidade degenerada, Ele entrou no deserto para contender com o poderoso adversário” (Ellen G. White, em Bible Echo, jornal adventista australiano, edição de 15/11/1892, pág. 338).
3º) Na primeira exposição do concerto eterno, Deus Se comprometeu: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu Descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3.15). Jesus devia ser a ‘semente’ de uma mulher caída, uma mãe que tivesse, em sua natureza humana, as tendências hereditárias ao mal.
Sabemos que, por natureza, os homens são amigos do pecado e inimigos da justiça, mas ao crerem na promessa de Deus, e permitirem que Ele atue neles, a inimizade contra o pecado, o mal, lhes é implantada no coração por Deus. Assim E.G White diz que ‘a inimizade posta entre a semente da serpente [o diabo] e a semente da mulher [nós] foi sobrenatural. Com Cristo a inimizade era em certo sentido natural; em outro sentido foi sobrenatural, visto combinarem-se humanidade e divindade” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 254).
Se Ele tivesse tido ‘carne santa’, obviamente a inimizade contra o mal teria sido natural tanto quanto à Sua divindade como quanto à Sua humanidade! Entretanto, por Deus ter enviado Seu Filho em ‘semelhança de carne pecaminosa’ (Rom 8.3), na natureza humana de Cristo havia, como em nossa, as tendências HEREDITÁRIAS ao mal, ou seja, no Seu ego humano, a inimizade contra o pecado foi sobrenatural; Sua natureza humana foi decaída e egoísta, exatamente como a nossa; ter uma natureza humana egoísta significa ter uma natureza humana em que existe a lei do egoísmo, o que não é sinônimo de ser egoísta. Ser egoísta tem a ver com o caráter, significa ter cedido àquela lei do egoísmo. E Cristo nunca cedeu a ela. Certamente a lei do egoísmo permanecerá em nossa natureza humana até o dia da volta de Jesus, enquanto que, simultaneamente, todo egoísmo pode ser banido também de nosso caráter, pois “nem por um pensamento [Jesus] cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco (O Desejado de Todas as Nações, pág. 153).
Tendo assumido uma natureza humana como a nossa, Cristo não a corrompeu, pois nunca cedeu às tentações, ou, em outras palavras, em Sua natureza humana, NUNCA houve tendências ao mal CULTIVADAS. “Aqui a provação de Cristo foi muito maior do que a de Adão e Eva, pois Ele assumiu nossa natureza, decaída mas não corrompida, e que não se perverteria a menos que Ele aceitasse as palavras de Satanás em lugar das palavras de Deus.” (Manuscrito 57, 1890; Manuscript Releases, vol. 16, pág. 182, § 3, ênfases acrescidas). "A natureza de Deus, cuja lei havia sido transgredida, e a natureza de Adão, o transgressor, uniram-se em Jesus, o Filho de Deus e o Filho do homem.”  (Manuscrito 141 de E. G. White, 1901. Citado em Seventh-day Adventist Bible Commentary, Comentários de E. G. White, vol. 7, pág. 926  -- itálicos acrescidos).
Jesus assumiu a mesma natureza humana que nós temos, isto é, tomou sobre Si a ‘máquina de pecar’, mas nunca a pôs em funcionamento, embora fosse tentado tanto por dentro como por fora como nós o somos. E, para não consentir com as tendências ao mal hereditárias, que Ele odiava, oriundas de Sua natureza humana, “Sua vida foi de abnegação...” no original, ”one of self denial,” literalmente, uma vida de negar o eu  (Testemunhos para a Igreja, vol. 9, pág. 69, Ênfase acrescentada). Se Ele tivesse tido a natureza humana igual à de Adão antes da queda, Ele não teria tido qualquer necessidade de negar o Eu, pois o eu de Adão antes do pecado já era naturalmente governado pela lei do amor.
Assim entendido o pensamento de EGW sobre a natureza humana que Cristo assumiu na encarnação, há harmonia em todas as suas declarações, da primeira à última, de 1858 a 1915. Não há contradição alguma.
Deus não é sócio de Satanás, e nada faz em parceria com ele: “Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Esta obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra... ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso. Ou os Testemunhos procedem do Espírito de Deus ou do diabo” (Testemunhos Seletos - Volume 2, pág. 286, 4º §, e  Vida e Ensinos, pág. 245, 2º§).
Nesta compilação de textos sobre este assunto já temos centenas de declarações; tentamos torna-la bem completa. Existem mais de 400 declarações, e nem mesmo um texto que diga que Cristo assumiu a natureza de Adão antes da queda, temos certeza disso pois o pastor Ralph Larson, em seu livro The Word Was Made Flesh (O Verbo Foi Feito Carne), pág. 274, publicada em 1986, ofereceu US$1.000,00 (mil dólares) a quem encontrar uma citação de Ellen White declarando que Cristo veio à Terra com a natureza de Adão antes da queda. Até hoje ninguém apareceu para reivindicar o prêmio.
E. G. White diz: “a humanidade do Filho de Deus é tudo para nós ... É campo frutífero que recompensará o pesquisador diligente” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 244; SDABC,  vol. 7, pág. 904, 905).
À coletânea que se segue só acrescemos informações de alguns fatos relativos ao texto, e raros comentários, para não induzir ninguém a conclusão alguma. O leitor, mesmo apressado, com a iluminação do Espírito Santo, poderá entender a linha harmônica da revelação da natureza humana caída de Cristo.
A humanidade de Cristo é a essência do evangelho, sem ela o plano da Salvação não existiria.

Agora uma palavra para quem não crê no Espírito de Profecia:
Ellen G. White nos diz: "Muitos de nosso povo não reconhecem quão firmemente foram lançados os alicerces de nossa fé. ... Eu me reunia com eles [os irmãos pioneiros], e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta hora da noite e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniam para estudar a Bíblia, ... quando, em seu estudo, chegavam a ponto de dizerem: ‘—Nada mais podemos fazer,’ o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu era arrebatada em visão, e era-me dada uma clara explanação das passagens que estivéramos estudando ... Assim nos foi proporcionada luz que nos ajudou a compreender as passagens acerca de Cristo, Sua missão e sacerdócio. Foi-me tornada clara uma cadeia de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera.” "Durante todo o tempo eu não podia compreender o arrazoamento dos irmãos. Minha mente estava por assim dizer fechada, não podia compreender o sentido das passagens que estudávamos. Esta foi uma das maiores tristezas de minha vida. Fiquei neste estado de espírito até que nos fossem tornados claros todos os pontos principais de nossa fé, em harmonia com a Palavra de Deus. Os irmãos sabiam que, quando não em visão, eu não compreendia esses assuntos, e aceitaram como luz direta do Céu as revelações dadas" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 206 e 207).
 Então, se você é um adventista e não crê no Espírito de Profecia, não há razão para você estar na Igreja Adventista, pois nossas doutrinas foram firmadas com base na revelação. Na igreja dos mórmons você encontrará mais “profetas;” nas igrejas evangélicas mais amor; na igreja Católica mais reverência; nas igrejas pentecostais mais excitação, e até no esdrúxulo espiritismo você encontrará algo mais do que entre nós — Caridade.
Oremos para que Deus nos ilumine no entendimento do Evangelho Eterno através da Bíblia e do Espírito de Profecia, lhe deseja o irmão em Cristo.
João Soares da Silveira

Agora vá para o artigo logo abaixo deste, que tem o mesmo título. 

A Humanidade de Cristo nas palavras de Ellen G. White.





Fontes — (em ordem cronológica), com a paginação dos originais.
PALAVRAS de  Ellen G. White sobre a humanidade De Cristo assumida na encarnação 
Destaque de alguns termos do original em inglês, ênfases acrescidas, e rápidas observações, mas sem longos comentários — só o texto seco.  ATENÇÃO: Para copiar e imprimir este texto use no “Layout da Página” a orientação “Paisagem.”


1858,  SG vol. 1, p.25;
História da Redenção,p.44
No céu, após a queda do homem, aos anjos  “Jesus disse ... que Ele tomaria a natureza do homem caído (man’s fallen nature), e Sua força não seria nem mesmo igual à deles”
1864,  SG (= Spiritual Gifts), vol. 4,  pág.115
“Deus dispôs que Cristo deveria tomar sobre Si a forma e a natureza do homem caído (fallen man) ...” (Note a distinção entre forma e natureza)
1869, Testimonies, vol 2, págs. 201 e 202. 
Antigo Testimony   17. Em português está em Test. Seletos, vol. 1, pág. 220 e 221.
Parte deste texto foi citado em QoD, pág. 59, com os itálicos acrescidos, e parte repetido à pág. 60.
“Tomando a natureza humana, habilitou-Se Cristo a compreender as provas e dores do homem, e todas as tentações com que ele é assediado. ... Cristo condescendeu em tomar a natureza do homem, e foi tentado em todos os pontos como nós, a fim de poder saber como socorrer em todos os pontos os que fossem tentados. ... Ele é nosso exemplo em tudo. É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado Sua natureza recuava do mal. Jesus suportou lutas e torturas de alma, em um mundo de pecado. Sua humanidade tornava a oração necessidade e privilégio. Ele reclamava todo o mais forte apoio divino e o conforto que o Pai estava pronto para conceder-Lhe—a Ele que tinha, em benefício do homem, havia deixado as alegrias do Céu, preferindo morar em um mundo frio e ingrato.”
1870, Testemunhos Para a Igreja, vol 2, págs .508 e 509.
Antigo Testimony nº 19,

Citado em QoD, pág. 59,
“Ele foi incontaminado (unsillied) com a corrupção, um estranho ao pecado, entretanto Ele orava, e o fazia frequentemente, com fortes clamores e lágrimas. Ele orava por Seus discípulos, e por Si mesmo, assim identificando-Se com nossas necessidades, nossas fraquezas, nossos fracassos (our failings), que são tão comuns com a humanidade. Ele era um poderoso peticionário, não possuindo as paixões (passions) da nossa humana, caída natureza, mas circundado (compassed) com as enfermidades, tentado em todos os pontos como nós somos, Jesus suportou agonia que requeria ajuda e suporte do Seu Pai.”
1870, R & H, de 19/04
pág.139,  e BV p. 95
“Cristo … tomou nossa natureza para que Ele entendesse como compadecer com nossa fraqueza (frailty) ...”
1870, R & H de 31/05, p. 185, e  BV, pág. 97
“... Cristo Se humilhou à humanidade, e tomou sobre Si nossas naturezas (our natures) ... para que ... Ele pudesse tornar-Se um sólido degrau para os caídos homens (fallen men)
1870, R & H  de 31/05 pág. 186 e BV, pág 98
“… Cristo interpôs-Se entre o homem caído (fallen man) e Deus, e diz ao homem, você ainda pode vir ao Pai.” 
1872, R & H, de 24/12
pág. 118 e BV, pág. 118.
“Esta foi a recepção que o Salvador encontrou quando Ele veio a um mundo caído (fallen  world). Ele ... tomou obre Si mesmo a natureza do homem (man’s nature) para que Ele pudesse salvar a raça caída (fallen race). Deus ... enviando Seu Filho na semelhança da carne pecaminosa (sinful flesh). ...”

ATENÇÃO: Estamos tendo dificuldade na formatação, talvez pelo tamanho do arquivo, serão 20páginas como esta acima.
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