Para a lição 13.4ºTrim.2014
Houve Dois Concertos (ou alianças).
A nossa
lição 13, nos diz, na parte de quarta-feira: “A epístola aos Hebreus descreve a
nova aliança como ‘superior’ à antiga (Heb. 8: 1, 2 e 6). A pergunta óbvia é:
Por que Deus estabeleceu a antiga aliança se ela era imperfeita? O problema,
porém, não estava com a aliança, mas com a resposta do povo a ela.”
E mais,
algumas linhas adiante: “A aliança da graça não é uma verdade nova porque,
desde a eternidade existiu na mente de Deus. Por esta razão é chamada aliança
eterna” (A Fé Pela Qual Eu Vivo, MM
1959, pág. 77).
Entretanto
houve outra aliança feita por Deus com os filhos de Israel porque Ele foi
provocado a assim agir devido à infantilidade deles em precipitadamente
prometerem o que não podiam cumprir. Este é o concerto das obras.
Mas você dirá, “espera um pouco, está você me
dizendo que Deus fez um concerto de obras com o povo?” Sim!!! E é
a Bíblia e o Espírito de Profecia que dizem isto. Trata-se do “concerto do
Sinai,” o “Velho Concerto,” ou a “Antiga Aliança,” referido em Êxodo 19 e 24.
Esta é a aliança que “gera filhos para a servidão” do pecado (Gal.
4:24). É o concerto da “justiça própria,” das “obras da lei,” a tentativa de se
“justificar pela lei” Gálatas 5:4).
Em Hebreus
8:9 Deus chega mesmo e dizer “a aliança que Eu fiz, ... Minha aliança” (início
e meio do verso). Mas por que Deus fez este concerto de obras? Veja, o povo,
sem pensar, havia prometido o que eles não podiam cumprir (Êxo. 19:8); Deus fez
com eles essa Antiga Aliança (ou velho concerto) para que, após fracassarem
(como realmente fracassaram, Êxo. 23), compreendessem a necessidade de crer no
verdadeiro e único concerto exequível, que provia um Messias, que lhes
transmitiria poder do alto para obedecerem, eis que careciam de poder.
Por sua vez
Ellen G. White, em Patriarcas e Profetas, pág. 371, também faz
referência a esta segunda aliança: “Outro pacto,
chamado nas Escrituras de ‘o velho’ concerto, foi formado entre Deus e
Israel no Sinai, ...” (início do segundo parágrafo daquela página).
Muitos
se equivocam ao deixar de distinguir a diferença entre a Antiga Aliança
de Êxodo 19:8 e 24:7 e a Nova Aliança. Também outros deixam de
distinguir as duas fases da nova aliança — a de antes da cruz e a de depois da
cruz. Ellen G. White as chama de dispensações: “O Ensinador é o mesmo em
ambas as dispensações” (ob. Citada, pág. 373, final do 2º parágrafo). Aquela
primeira fase, ou dispensação também recebe o título de Antiga Aliança ou Velho
Concerto, o que contribui ainda mais para se estabelecer o referido equívoco. E
tem mais, em Hebreus, a ‘primeira’ fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança é
denominada por Paulo como Antiga Aliança; e a ‘segunda’ fase, etapa ou
dispensação da Nova Aliança ele a denomina Nova Aliança, o que contribui ainda
mais para que muitos façam confusão. Alguém poderia buscar entender que as duas
dispensações, supra referidas, seriam aquela Antiga Aliança, de Êxodo 19:8 que
gera para a escravidão do pecado, e a Nova Aliança, iniciada no Éden e que vai
até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento laboraria em equívoco.
Para se identificar uma aliança da outra deve-se
perquirir por quem faz as promessas: No novo concerto Deus é quem promete todas
as coisas e não pede que os seres humanos prometam coisa alguma. No velho
concerto quem promete é o ser humano.
Graças a Deus que não nos deixou sem a verdadeira
luz:
1º)
o Senhor nos enviou uma “mui preciosa
mensagem” através dos irmãos A.T. Jones e E. J. Waggoner (Testemunho
para Ministros, pág. 91, sic). Este último mensageiro nos diz que “AS
ALIANÇAS NÃO SÃO UMA QUESTÃO DE TEMPO MAS DE CONDIÇÃO.” O antigo
concerto não terminou na cruz, e nem o novo começou naquele momento. Ambos têm
existido desde o Éden, e ambos correm hoje paralelamente. É impossível viver no
novo concerto, e ser incapaz de distingui-lo clara e categoricamente do
antigo. Cristo “foi morto desde a
fundação do mundo” (Apocalipse 13:8), ainda que manifestado no
Calvário. Você pode estar vivendo no novo concerto, ou no antigo, dependendo de
qual for a sua compreensão e qual a sua fé em quão boas são as boas novas do
evangelho. A nossa lição nos diz: “A
nova aliança é diferente da antiga porque a lei é escrita no coração, e os
pecados jamais são lembrados (Heb. 8:12)” Parte de domingo, último parágrafo.
2º)
Louvado Seja Deus que, através de Sua serva Ellen G.
White nos legou uma excelente explanação, que elucida
bem todo esse assunto, sem deixar margem alguma de dúvida, conforme se lê a
seguir do livro Patriarcas e Profetas, sendo que as ênfases e as notas de referência foram-lhe
todas acrescentadas por nós:
As duas alianças — Patriarcas e
Profetas
Por Ellen G. White
[367]
“A lei cerimonial1 foi dada
por Cristo. Mesmo depois que ela não mais devia ser observada, Paulo
apresentou-a aos judeus em sua verdadeira posição e valor, mostrando o seu
lugar no plano da redenção e sua relação para com a obra de Cristo; e o grande
apóstolo declara gloriosa esta lei, digna de seu divino Originador. O serviço
solene do santuário tipificava as grandiosas verdades que seriam reveladas
durante gerações sucessivas. A nuvem de incenso que ascendia com as orações de
Israel, representa a Sua justiça que unicamente pode tornar aceitável a Deus a
oração do pecador; a vítima sangrenta sobre o altar do sacrifício dava
testemunho de um Redentor vindouro; e do santo dos santos resplandecia o sinal
visível da presença divina. Assim, através de séculos e séculos de trevas e
apostasia, a fé se conservou viva no coração dos homens até chegar o tempo para
o advento do Messias prometido.”
[370] “Assim como a Bíblia apresenta duas
leis, uma imutável e eterna, e outra provisória e temporária, assim há dois
concertos. O concerto da graça2 foi
feito primeiramente com o homem no Éden, quando, depois da queda, foi feita uma
promessa divina de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente. A
todos os homens este concerto oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus
para a futura obediência mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também vida
eterna sob condição de fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam os
patriarcas a esperança da salvação.
"Este
mesmo concerto foi renovado a Abraão, na promessa: "Em tua semente serão
benditas todas as nações da Terra." Gên. 22:18. Esta promessa apontava
para Cristo. Assim Abraão a compreendeu (Gál. 3:8 e 16), e confiou em Cristo
para o perdão dos pecados. Foi esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O
concerto com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. O Senhor
apareceu a Abraão e disse: "Eu sou o Deus todo-poderoso, anda em Minha
presença e sê perfeito." Gên. 17:1. O testemunho de Deus concernente a
Seu fiel servo foi: "Abraão obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado,
os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas leis."Gên. 26:5. E o
Senhor lhe declarou: "Estabelecerei o Meu concerto entre Mim e ti e a
tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a
ti por Deus, e à tua semente depois de ti." Gên. 17:7.
“Se
bem que este concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não
poderia ser ratificado antes da morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus
desde que se fez a [371] primeira indicação de redenção; fora aceito
pela fé; contudo, ao ser ratificado por Cristo, é chamado um novo concerto.
A lei de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma disposição
destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina,
colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus.
“Outro pacto3,
chamado nas Escrituras o "velho" concerto, foi formado
entre Deus e Israel no Sinai, e foi então ratificado pelo sangue de um
sacrifício4. O concerto abraâmico foi ratificado pelo sangue de
Cristo, e é chamado o "segundo", ou o "novo"concerto,
porque o sangue pelo qual foi selado foi vertido depois do sangue do primeiro5 concerto. Que o novo concerto era válido nos
dias de Abraão, evidencia-se do fato de que foi então confirmado tanto pela
promessa como pelo juramento de Deus,"duas coisas imutáveis, nas
quais é impossível que Deus minta". Heb. 6:18.
“Mas,
se o concerto abraâmico continha a promessa da redenção, por que se formou
outro concerto no Sinai6? - Em
seu cativeiro, o povo em grande parte (a) perdera
o conhecimento de Deus e os princípios do concerto abraâmico. Libertando-os do
Egito, Deus procurou revelar-lhes Seu poder e misericórdia, a fim de que fossem
levados a amá-Lo e confiar nEle. Trouxe-os ao Mar Vermelho — onde, perseguidos
pelos egípcios, parecia impossível escaparem — a fim de que se compenetrassem
de seu completo desamparo, e da necessidade de auxílio divino; e então lhes
operou o livramento. Assim eles se encheram de amor e gratidão para com Deus, e
de confiança em Seu poder para os ajudar. Ele os ligara a Si na qualidade de
seu Libertador do cativeiro temporal.
“Havia, porém, uma verdade ainda maior a
ser-lhes gravada na mente. Vivendo em meio de idolatria e corrupção, (b) não tinham uma concepção verdadeira da
santidade de Deus, (c) da excessiva
pecaminosidade de seu próprio coração, (d)
de sua completa incapacidade para, por si mesmos, prestar obediência à lei
de Deus, e (e) de sua necessidade
de um Salvador. Tudo isto
deveria ser-lhes ensinado.
“Deus
os levou ao Sinai; manifestou Sua glória; deu-lhes Sua lei, com promessa de
grandes bênçãos sob condição de obediência: "Se diligentemente ouvirdes
a Minha voz, e guardardes o Meu concerto,7 então...
Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo." Êxo. 19:5 e 6. O povo
não compreendia a pecaminosidade [372] de seus corações, e que sem
Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entraram em
concerto com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria
justiça, declararam: "Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e
obedeceremos." Êxo. 24:7. Haviam testemunhado a proclamação da lei,
com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do monte; e, no
entanto, apenas algumas semanas se passaram antes que violassem seu concerto
com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar
o favor de Deus mediante um concerto8 que
tinham violado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e necessidade de perdão,
foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado no concerto
abraâmico e prefigurado nas ofertas sacrificais9. Agora,
pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do pecado.
Estavam então, preparados para apreciar as bênçãos do novo concerto10.
“As condições do "velho
concerto"11 eram:
Obedece e vive - "cumprindo-os [estatutos e juízos] o homem,
viverá por eles" (Ezeq. 20:11; Lev. 18:5); mas "maldito aquele
que não confirmar as palavras desta lei". Deut. 27:26. O "novo
concerto" foi estabelecido com melhores promessas: promessas do
perdão dos pecados, e da graça de Deus para renovar o coração, e levá-lo à
harmonia com os princípios da lei de Deus. "Este é o concerto12 que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei a Minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração. ... Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos
seus pecados." Jer. 31:33 e
34.
“A
mesma lei que fora gravada em tábuas de pedra, é escrita pelo Espírito Santo
nas tábuas do coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria
justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue expia os nossos pecados. Sua
obediência é aceita em nosso favor. Então o coração renovado pelo Espírito
Santo produzirá os "frutos do Espírito". Mediante a graça de
Cristo viveremos em obediência à lei de Deus, escrita em nosso coração. Tendo o
Espírito de Cristo, andaremos como Ele andou. Pelo profeta Ele declarou a
respeito de Si mesmo: "Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu;
sim, a Tua lei está dentro do Meu coração." Sal. 40:8. E, quando
esteve entre os homens, disse: "O Pai não Me tem deixado só, porque Eu
faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29.
[373]
“O apóstolo Paulo apresenta claramente a relação entre a fé e a lei, no novo
concerto. Diz ele: "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com
Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." Rom. 5:1. "Anulamos,
pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Rom.
3:31. "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma
pela carne — ou seja, ela não podia justificar o homem, porque em sua
natureza pecaminosa este não a poderia guardar — "Deus,
enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o
pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rom. 8:3 e 4.
“A
obra de Deus é a mesma em todos os tempos, embora haja graus diversos de
desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu poder, para satisfazerem as
necessidades dos homens nas várias épocas. Começando com a primeira promessa
evangélica, e vindo através da era patriarcal e judaica, e mesmo até ao
presente, tem havido um desenvolvimento gradual dos propósitos de Deus no plano
da redenção. O Salvador, tipificado nos ritos e cerimônias da lei judaica, é
precisamente o mesmo que Se revela no evangelho. As nuvens que envolviam Sua
divina pessoa foram removidas; o nevoeiro e as sombras desapareceram; e Jesus,
o Redentor do mundo, Se acha revelado. Aquele que do Sinai proclamou a lei e
entregou a Moisés os preceitos da lei ritual, é o mesmo que proferiu o sermão
do monte. Os grandes princípios de amor a Deus, que estabeleceu como fundamento
da lei e dos profetas, são apenas uma repetição do que Ele dissera por meio de
Moisés ao povo hebreu: "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu poder." Deut. 6:4 e 5. "Amarás o teu
próximo como a ti mesmo." Lev. 19:18. O Ensinador é o mesmo em ambas13 as dispensações. As reivindicações de Deus são as
mesmas. Os mesmos são os princípios de Seu governo. Pois tudo procede dAquele "em
Quem não há mudança nem sombra de variação". Tia. 1:17. 14
__________________
Notas de referência:
[1]
Como ela – a lei cerimonial – ‘foi dada por Cristo’ é
inconcebível que ela fizesse parte daquela Antiga Aliança que ‘gera
filhos para a escravidão’ (Gálatas 4.24) do pecado, simbolizada por
Agar. A lei cerimonial faz, sim, parte da primeira fase da Nova Aliança.
[2]
O ‘concerto da graça’ ou a ‘Nova Aliança’ teve duas
etapas, fases ou dispensações: a primeira, antes da cruz; e a segunda,
depois da cruz. Além do ‘concerto da graça’ há também o
‘concerto do Sinai’ ou, a ‘Antiga Aliança’, o qual foi
celebrado em uma cerimônia única, conforme se lê em Êxodo 24, por
volta de 1491 a.C., cerca de um ano antes da inauguração do Santuário
Terrestre, ocorrida por volta de 1490 a.C., descrita em Hebreus 9.18-22.
“A construção do tabernáculo não se iniciou senão algum tempo depois que
Israel chegou ao Sinai; e tal edificação sagrada foi pela primeira vez erguida
no início do segundo ano contando-se da partida do êxodo.” (PP 374).
[3]
O ‘outro pacto’ – aqui referido – trata-se do ‘concerto do
Sinai’ ou a ‘Antiga Aliança’, referido em Êxodo 19:8 e
24:7. Este é o que ‘gera filhos para servidão’ (Gal. 4:24) do
pecado. É o concerto da ‘justiça própria’, das ‘obras da
lei’, a tentativa de se ‘justificar pela lei’ (Gálatas
5.4).
[4]
Sacrifício de novilhos, conforme Êxodo 24.5.
[5]
Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19:8 e 24:7.
[6]
Ou seja: se já, desde o Éden, existia a Nova Aliança – da graça –
por qual razão foi feita a Antiga Aliança, o Concerto ‘das
obras da lei’, que gera para escravidão? Deus fez com eles essa
Antiga Aliança para que, após fracassarem, compreendessem a necessidade de
crerem no verdadeiro e único concerto exequível, o concerto eterno.
[7]
Qual concerto? O ‘abraâmico’ logicamente, pois não havia sido
oficializado nenhum outro concerto entre o Senhor e os homens. Deus estava lhes
propondo a renovação do Novo Concerto, porém eles – supondo-se
capacitados de, por suas próprias forças, guardar a Lei de
Deus–propuseram-Lhe o Antigo Concerto. Pelas cinco razões – supra
expostas: a, b, c, d, e – o Senhor aceitou a proposta deles e firmou com
eles oAntigo Concerto, o qual teve uma só e única cerimônia em
toda a Bíblia. Entretanto o Antigo Concerto continua vigente e ‘gerando para
a servidão’, até o dia de hoje.
Alguém está sob o Antigo Concerto ou Antiga
Aliança sempre que pretende guardar a Lei de Deus, i. é, desenvolver um caráter
cristão por suas próprias forças, buscando forçar sua natureza humana
pecaminosa a agir corretamente. Em outras palavras, sempre que tentamos vencer
uma tentação, sem citar a Palavra de Deus, com fé em Seu poder criador e
transformador, estamos na Antiga Aliança. Faça igual a Cristo: Defronte o
inimigo com um "está escrito",
e o diabo vai desaparecer. “Resisti
ao diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).
Por outro lado, todos os que, seguindo o exemplo de
Jesus, registrado em Mateus 4, enfrentam toda tentação, cientes de que a Palavra
[Jesus] tem poder de criar em suas mentes o conteúdo da citação, estão na Nova
Aliança, entraram, portanto, no ‘descanso de Deus’ (Heb. 4),
abandonando suas ‘obras da lei’, seus ‘trapos da imundícia’
(Isaías 64.6). Obviamente a ‘obediência por fé’ (Rom. 1.5) no
poder criador da Palavra de Deus não se trata de ‘trapos da imundícia’
e, sim, das vestes ‘de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.’ (Apoc. 19.8).
[8]
Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24, que “gera filhos para
a escravidão” (Gal. 4:24).
[9]
Como está claramente declarado, o Santuário Terrestre com suas ofertas
sacrificais sempre fizeram parte do concerto abraâmico – o Novo Concerto –
exclusivamente.
[10]
Primeiramente os israelitas fizeram com Deus o Velho Concerto: "Tudo
o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos." Êxo. 24:7. Em bem
pouco tempo romperam tal aliança – por terem adorado o bezerro de ouro – e: (a) após reconhecerem os princípios do
concerto abraâmico; (b)reconhecendo
a santidade de Deus, (c) dando-se
conta da excessiva pecaminosidade de seu próprio coração, (d) e de sua completa incapacidade para, por
si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e (e) de sua necessidade de um Salvador fizeram, com o Senhor,
um outro concerto: O concerto da graça, a Nova Aliança, em sua primeira
fase, mediante as ordenanças da Lei Cerimonial, Santuário Terrestre,
Sacerdotes, sacrifícios, etc. Depois de romperem o Velho Concerto, aceitaram o
Concerto Abraâmico, que Deus lhes tinha proposto inicialmente. Frisemos: o
Concerto Abraâmico também se intitula Velho Concerto, entretanto trata-se de
outra realidade, integralmente diversa daquela que “gera para a escravidão,”
de Ex. 19 e 24.
[11]
Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24.
[12]
Jeremias viveu cerca de 900 anos após o Êxodo. Ao fazer a promessa de um ‘novo
concerto’ com a ‘casa de Israel’ [a Igreja cristã], o
Senhor estava Se referindo, sim, à segunda fase da Nova
Aliança – a de após a cruz – ocasião em que haveria a substituição do Santuário
Terrestre pelo Celestial; do sacerdócio segundo a ordem de Levi pelo
Sacerdócio ‘segundo a ordem de Melquisedeque’ (Heb. 6.20) e dos sacrifícios
de animais pelo sacrifício do Cordeiro de Deus.
Em Hebreus 8.7 lemos: “Porque, se aquela primeira
aliança – antes da cruz – tivesse sido sem defeito, de
maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda.” Note-se que o defeito
estava na aliança, não no povo. E qual era o defeito senão este: “Porque
é impossível que sangue de touros e de bodes remova pecados” (Heb. 10.4)!
[13]
Quais são as duas dispensações, referidas acima? São as duas
dispensações da Nova Aliança: a primeira – antes da
cruz – e a segunda – depois da cruz! Em Hebreus, a ‘primeira’
fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança é denominada por Paulo como Antiga
Aliança; e a ‘segunda’ fase, etapa ou dispensação da Nova
Aliança ele a denomina Nova Aliança.
Alguém poderia buscar entender que as duas
dispensações, supra referidas, seriam aquela Antiga Aliança, que
gera para a escravidão do pecado – Êxodo 19 e 24 – e a Nova Aliança,
iniciada no Éden e que vai até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento
laboraria em equívoco.
[14] Ellen
G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 367-373.
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