quarta-feira, 27 de março de 2019

Lição 13—Faço novas todas as coisas, por Paulo Penno



Para 24 a 31 de março de 2019

Qual é a mente de Cristo hoje em direção à denominação organizada conhecida como adventistas do sétimo dia?
O último livro da Bíblia é a “revelação de Jesus Cristo”. Lá podemos traçar Sua “mente” em direção a Sua Igreja e seu destino desde o tempo dos apóstolos até o fim do mundo. No capítulo 12, ele retrata a Igreja como “uma mulher” oposta por Satanás em todas as eras do cristianismo. Finalmente, ela surge no último ato do drama como “o remanescente de sua semente” (King James Version), que “guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo” (Apo. 12:17). Deve tornar-se a noiva de Cristo, porque é chegado o tempo e, que se dá  “o casamento do Cordeiro . . ., e Sua esposa já se aprontou” (Apo. 19: 7).
A notável demonstração de dois mil anos de história é a exibição pública de uma Igreja completamente leal a Cristo, pois uma noiva fiel é leal ao marido. Os adventistas do sétimo dia sempre viram o seu destino retratado nesses símbolos do fim dos tempos.
Já que a verdadeira Cabeça desta Igreja é o próprio Cristo, Sua honra e vindicação estão envolvidas na vitória dessa “mulher” sobre seu arquiinimigo. Ele conhece uma maneira de trazer cura e unidade ao Seu “corpo”.
Ellen White identifica a Igreja Adventista do Sétimo Dia organizada como esse “remanescente”: “Em um sentido especial, os adventistas do sétimo dia foram colocados no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiado o último aviso para um mundo que perece. . . . a proclamação das mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos . . . As mais solenes verdades já confiadas aos mortais nos foram dadas para proclamar ao mundo.1
 “Tenhamos a fé de que Deus vai levar o nobre navio que leva o povo de Deus em segurança ao porto”.2
“A Igreja pode parecer prestes a cair, mas não cai. Ela permanece, enquanto os pecadores em Sião serão eliminados—a palha separada do trigo precioso. Esta é uma provação terrível, mas, mesmo assim, deve acontecer”3
“Estou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo, Deus nos chamou como povo para ser-Lhe um tesouro peculiar. Ele determinou que a Sua igreja na Terra permaneça perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos Exércitos até o fim dos tempos”.4
Algumas dessas e outras declarações similares foram feitas décadas após a experiência de 1888, indicando que Ellen White ainda considerava a igreja organizada como o corpo de Cristo, enfraquecida e defeituosa como era. Mas deve experimentar arrependimento e reforma espiritual. Como Cristo chamou a família de Abraão para testemunhar Sua verdade em um mundo de paganismo, também chamou os adventistas do sétimo dia a chamar as igrejas cristãs apóstatas e o mundo inteiro, incluindo o judaísmo, o islamismo, o hinduísmo, o budismo e o paganismo, ao arrependimento.
A questão fundamental a ser resolvida é a sua verdadeira identidade: se é uma hierarquia falível de homens e mulheres, não há esperança para o seu futuro, e também não há esperança de que alguma dissidência da mesma tenha êxito; mas se tivermos uma fé firme de que o Senhor Jesus é o verdadeiro Líder desta Igreja, então podemos ter confiança de que Ele a limpará e purificará como prometeu fazer. Se foi o Senhor Jesus quem iniciou o chamado desta Igreja, podemos ter certeza de que Ele sabe como finalizá-lo.
Existem várias grandes verdades sobre a segunda vinda de Cristo que precisamos considerar: Seu caráter não mudou do que era há 2.000 anos atrás. “Este mesmo Jesus ... assim virá da mesma maneira como O vistes subir” (Atos 1:11). Mas Paulo diz que “no fogo flamejante” Ele “se vingará” de seus inimigos (2ª Tes. 1: 8). Seria Ele um tirano sedento de sangue com uma arma a laser para ceifar Seus inimigos em vingança odiosa? Se “Deus é amor” (1ª João 4:8), Cristo ainda deve ser amor quando retornar. Tiago e João queriam chamar o mesmo “fogo . . . do céu” para eliminar os incrédulos samaritanos, mas Jesus disse: “Não, o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens, mas para salvá-los” (Lucas 9: 54, 56). Por que a aparente mudança na segunda vinda?
A razão é que a presença pessoal de Deus é um fogo consumidor (Heb. 12:29). Você já colocou um prato com uma colher de plástico no microondas? Sem problemas. Mas se você deixar lá uma colher de metal, as microondas atacam. A presença pessoal de Deus não é destruição para o Seu povo que venceu o pecado, porque Ele os ama; mas tem que ser destruição para o pecado em si. Aqueles que fizeram a escolha final de se apegar a isso serão como a colher no microondas—a presença pessoal de agape tem que destruí-los, porque eles se apegaram ao pecado como uma videira a uma árvore até que ambos sejam um. Eles simplesmente não podem suportar olhar para o rosto de Cristo. O ponto crucial é: não faz sentido se livrar do pecado agora?
Mas alguém pode dizer: “Sim, eu gostaria, mas é muito profundo dentro de mim. Não vejo como posso superá-lo”. Esse problema é a razão pela qual Jesus Cristo está servindo agora como grande Sumo Sacerdote em Sua obra final no santuário celestial (Hebreus 2:17, 18; 4: 14-16; 7:25; Tito 2:11). Os recursos totais do Céu são nossos para vencer o pecado neste Dia da Expiação. O pecado pode ser removido do coração, do caráter, não importa quão profundamente tenhamos pecado contra o Senhor. Um mero perdão que desculpa ou perdoa, mas deixa intacto não é bom o suficiente. Quando o Senhor verdadeiramente perdoa um pecado, Ele o leva embora. Claramente esta é uma ideia de 1888. Escreve E. J. Waggoner: “A purificação do santuário é o apagar dos pecados do povo de Deus”.5 A essência do adventismo insiste que existe uma diferença entre o perdão do pecado e o apagamento do pecado, e a boa notícia é que Ele o apagará se permitirmos que Ele o faça.
Portanto, a única razão pela qual a segunda vinda tem sido adiada é porque o povo de Deus não está pronto para encarar a Sua presença pessoal. O pecado no coração resultaria em sua destruição. O Senhor os ama demais para submetê-los a tal teste, a menos que estejam prontos. Assim, Pedro diz que Cristo demora, “não querendo que ninguém pereça” (2ª Pedro 3: 9).
Jesus Cristo é um noivo desapontado. Corretamente entendida, toda a Bíblia se torna uma história de amor, com o clímax perto do fim em Apocalipse 19. Um casamento acontece porque finalmente a noiva “se preparou” (v. 7). Cristo há muito desejou aquele dia vindouro, porque o Seu amor por Sua Igreja é comparado ao de um noivo para com sua noiva (Efé. 5: 22-32). Ele colocou o Cântico de Salomão na Bíblia com um propósito—despertar nossos corações para sentir o pleno significado de Seu amor por Sua Igreja. A segunda vinda será levar a noiva para Si mesmo.
O Pai, portanto, não predeterminou o tempo para a segunda vinda de Cristo. Em sua infinita presciência, Ele conhece o tempo, mas o Ele saber não é o mesmo que predeterminar. Por exemplo, Ele sabe quem será salvo e quem será perdido, mas Ele não predetermina a salvação ou condenação para ninguém. E Jesus expressamente diz que não sabe o tempo da Sua vinda (Mar.13:32).
O momento da segunda vinda é diferente da primeira. Confundir os dois é repetir o erro dos antigos judeus que supunham que as profecias dos dois adventos eram as mesmas. Daniel, de fato, predisse exatamente quando Cristo deveria aparecer como Messias, e “como as estrelas no vasto circuito de seu caminho designado, os propósitos de Deus não têm pressa e nem demora”.6 Mas o amor de Deus requer que o tempo para a segunda vinda seja dependente de um povo se preparando.
--Paul E. Penno
Nota finais;                                                                            

1) Ellen G. White , Testemunhos para a Igreja, vol. 9, pág. 19 ;          
2) Ellen G. White, Mensagns Escolhidas, Livro dois, pág.360;                 
3) Idem, pág. 380.                                                             
4) idem, pág. 397.                                               
5) E. J. Waggoner, "Cleansing of the Sanctuary," Signs of the Times, 13 de maio de 86, págs. 279/10.
6) Veja Daniel 9:24-27; Ellen G. White, o Desejado de Todas as Nações, pág. 32.
Notes:
--Paul E. Penno


Notas:                                                                                              Notes:
Veja o video desta lição no site: https://youtu.be/Npu9666gH3w
Pastor Paul Penno's video of this lesson is on the Internet at: 
https://youtu.be/Npu9666gH3w
"Sabbath School Today" is on the Internet at: http://1888message.org/sst.htm
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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quinta-feira, 21 de março de 2019

Lição 12—O julgamento de Babilônia, por Paulo Penno




Para 16 a 23 de março de 2019

O livro do Apocalipse nos assegura uma sólida razão para a esperança, revelando como a comunicação constante do céu com a humanidade ilumina os corredores obscuros da história. E faz mais, abrindo uma visão cósmicao significado eterno da história do mundo, passado, atual e futuro. Apocalipse é um profundo retrato, descrevendo em poucas palavras, a verdade mundial mais profunda, porém reconhecível, do que qualquer coisa que pudéssemos ganhar de uma prateleira de livros não inspirados.
O clímax do Apocalipse se concentra em problemas sem precedentes que descerão sobre a terra à medida que nos aproximamos do fim dos tempos. Todas as instituições do mundo que achamos seguras se revelarão sem sentido. Grandes poderes que nós supomos ingenuamente eram benignos se transformarão naqueles que são destrutivos da liberdade e da verdadeira felicidade humana. "As cidades das nações caíram; e da grande Babilônia Se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira. E toda ilha fugiu, e os montes não se acharam" (Apo. 16:19). 20).
Não é uma imagem bonita. Mas o senso comum vê que a injustiça, a corrupção, o crime, a ganância e a sensualidade já estão ganhando a vantagem. A ruína das guerras civis que temos visto na TV é uma lição objetiva sobre a que o mundo inteiro está destinado, de acordo com o Apocalipse. O que prova que o livro do Apocalipse é verdadeiramente inspirado por Deus é uma boa notícia, não uma má notícia. Ele fala de redenção e salvação.
A "ira" de Deus não é uma revanche contra a humanidade rebelde. Ele é grande demais e sábio demais para isso. O tempo futuro do problema é simplesmente o resultado natural da história do homem insistindo em seu próprio caminho egocêntrico. Embora Deus nos tenha dado liberdade de escolha, "todos nós andavamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava de seu caminho" (Isa. 53: 6). A rebelião final do homem é simbolizada em Apocalipse pela "batalha do Armagedom", quando as nações "entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o cordeiro” (Apo. 17:13, 14). Em vez disso, eles odeiam a Cristo e iniciam a guerra, não Ele.
Essa batalha é o último capítulo para um mundo que rejeita a graça de Deus. O que Satanás quer é alistar todo ser humano na terra para se juntar a ele em sua guerra sem esperança contra Deus. Até que uma pessoa rejeite a verdade que Deus lhe envia, ele não pode ser totalmente enganado pelas mentiras que Satanás lhe envia; mas uma vez que ele finalmente rejeita a verdade, ele não tem defesa contra eles.
Segundo Apocalipse, as nações do mundo aprovarão um decreto autorizando o povo a matar os santos depois de um certo tempo. Mas Cristo, como sempre, identifica-se com o seu povo perseguido. Ele aceita esta declaração de guerra contra o seu povo como uma declaração de guerra contra si mesmo. Quando Babilônia - a mistura de nações e religiões - passar este decreto, aquela cidade terá cometido seu último erro trágico. Ela estará condenada para sempre.
Mas como a insignificante guerra contra Deus pode incomodá-lo? Há uma coisa que despertará a Sua ira: os iníquos tentam tirar o ódio deles contra Ele oprimindo o Seu povo.
Na cruz, Cristo perdoou livremente aqueles que o assassinaram. E Ele manteve silêncio por milênios enquanto os tiranos e perseguidores torturaram e mataram Seus seguidores aos milhões, porque alguma semente de esperança floresceu para que a humanidade pudesse aprender a fazer melhor. Deus deve dar ao mundo todas as chances de aprender e se arrepender. Mas a humanidade interpretou mal Seu percebido "silêncio".
Quando o mundo tentar crucificar o Senhor novamente na pessoa de Seus santos, o Armagedom será sua recusa final à Sua graça, uma tentativa deliberada de reencenar o Calvário e Sua cruz em escala global. Após esta escolha trágica final, a ira de Deus será uma retirada de Sua misericórdia, deixando o mundo para si mesmo como nunca antes, exceto no dilúvio dos dias de Noé.
Deus ordenou que essa união babilônica de igreja e estado fosse unida para a batalha, até que o evangelho de Sua graça pudesse cumprir seu propósito no mundo. O ponto focal do Apocalipse não é o tempo terrível de problemas que estão chegando. Deus tem notícias melhores para nós do que isso. Há uma proclamação dos últimos dias de uma mensagem de graça.
A pura mensagem da graça é muito mais abundante do que todo o abundante pecado que o demônio levou os humanos a mergulharem. Mas os conceitos legalistas tradicionais do evangelho ficam aquém da sua verdadeira clareza do Novo Testamento, e ficam muito aquém de sua poderosa verdade.
A infindável sucessão de pecar e arrepender-se e depois pecar novamente não é o que Cristo morreu para realizar por nós. Somente uma ideia diminuída de Seu sacrifício e Seu trabalho no Sumo Sacerdócio pode acomodar tal derrota. Há um século (na era de 1888), o Senhor deu aos adventistas do sétimo dia uma compreensão "mui preciosa" do evangelho como o poder de Deus para a salvação. É uma união única de justiça pela fé e o ministério do Dia da Expiação de Cristo.
"Sempre foi o engano de Satanás, e sempre foi o trabalho de seu poder para [nos] pegar, pensar que Cristo está tão longe quanto é possível colocá-Lo. Quanto mais longe [nós] colocamos Cristo, mesmo aqueles que professam crer Nele, melhor está o diabo satisfeito, e então ele despertará a inimizade que está no coração natural ... Está Cristo longe ainda? - Não; Ele não está longe de nenhum de nos.' ... E tão certamente quanto você obtém uma definição de "não muito longe", você tem a palavra "próximo". Ele está perto de todos, para nós, e sempre foi ... Ele quer que todos nós possamos ver a proximidade do Cristo vivo, que habita no coração e resplandece na vida cotidiana "(A. T. Jones, General Conference Bulletin, 1895). pág. 478).
Milhões de cristãos têm fome de "ver" Cristo como um Salvador próximo e não distante, como Alguém que sabe como nós humanos somos tentados, e que de fato salva ao máximo aqueles que vêm a Deus por Ele (Heb. 4: 15; 7:24, 25).
- Paul E. Penno
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Notas:                                                           

No vídeo deste tema desta semana você pode ver e ouvir o pastor Paul Penno https://youtu.be/1pCVhcASTgU
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Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia.” (Este livro postamos, por inteiro, no nosso blog Ágape Edições (agape-edicoes.blogspot.com.br) em 1º de agosto de 2017). Ao longo dos anos o Pr. Paulo Penno, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.