sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lição 5 – Você é feliz, ó Israel!, por Arlene Hill

Para 23 a 30 de julho de 2011


O que faz as pessoas felizes? Cada pessoa tem uma resposta diferentes a essa pergunta. Provavelmente a lista deve incluir tanto as coisas frívolas e egoísticas bem como generosas e altruístas, mas uma das últimas coisas, para muitos, seria "adoração". No entanto, corretamente entendida, é a única coisa que pode trazer verdadeira felicidade e contentamento. Quando David estava tentando encontrar algo que trouxesse verdadeira alegria ao seu coração, ele comparou a vida dos irmãos em união do Espírito (*“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”) Salmo 133:1, com a felicidade trazida pelo óleo da dedicação que corria abundantemente sobre a barba de Arão, chegando até mesmo à orla das suas vestes, vs. 2. Note que, a unidade foi porque o Espírito Santo estava presente e permitia a participação no culto de adoração de dedicação do templo.

A lição desta semana tirou seu título de Deuteronômio 33:29: "Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu, povo salvo pelo Senhor, o Escudo do teu socorro e a Espada da tua majestade; os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás sobre seus lugares altos" (NKJV). Observe o que é faz Israel feliz: eles são um povo salvo pelo Senhor, e coisas boas fluem disso.

Obviamente, o conceito de culto envolvido aqui é diferente de separar um tempo, uma vez por semana, para ir à igreja. Toda a adoração envolve a comunicação com Deus. Observe que Moisés lembra Israel do que Deus já fez por eles (os salvou) e o que Ele vai fazer por eles no futuro (protegê-los), e qual seria o resultado disso (inimigos seriam sujeitados, e Israel iria destruir a falsa adoração). Esse último ponto é interessante. Israel constantemente caía nos estilos de adoração dos povos ao seu redor. Normalmente, isto envolvia íntimos atos físicos nos bosques construídos em lugares altos. Aparentemente, Deus sabia que este tipo de adoração não lhes traria felicidade e que eles precisavam destruir tais lugares onde ela ocorria.

Pode parecer óbvio que Deus proibiu esse tipo de adoração, porque estava focada em deuses pagãos, não em Jeová. Certamente isto fazia parte do culto pagão, mas talvez possamos aprender mais. Geralmente em adoração pagã a afeição e a lealdade à divindade era expressa pelas ações de sacrifício, quanto maior melhor. Considerando que o deus dos pagãos era incapaz de ler a mente, não era esperado que o coração e a mente se humilhassem em submissão. Era suficiente que o ato fosse praticado. Se o deus estava realmente consciente durante o ato de "adoração," ou não, é imaterial.

Durante séculos, Israel realizou os rituais do serviço do santuário, de maneira rigorosa. Tão presos aos detalhes do ritual, que se esqueceram do verdadeiro propósito do serviço. Deus lhes disse que eles deveriam construir um santuário para que Ele pudesse habitar no meio deles, Ex. 25:8, mas eles passaram a considerar que o que realmente importava era cumprir os vários rituais. Esta mesma mentalidade pode ser nosso perigo hoje. Deus não se agrada dos rituais formalísticos. A menos que seja ajudada pelo Espírito Santo, a mente humana é incapaz de reconhecer a Deus. Os seres humanos podem realizar os rituais de adoração sem nunca submeterem o coração a Deus e sem nunca reconhecê-Lo.

Deus deu os serviços do santuário por causa do problema do pecado. Deus e o pecado não poderiam habitar juntos. O Senhor fez o plano de santuário (*uma verdadeira parábola) para explicar, isto e, para que até mesmo os analfabetos pudessem entender. Diferentes tipos de ofertas foram ordenadas, cada uma com aplicação específica para o plano geral que foi projetado para demonstrar o que custaria a Deus restaurar a original edênica comunicação face-a-face. Os serviços eram para impressionar as mentes com o fato de que a real finalidade do pecado é matar o Doador de Vida deles.

A maior parte da adoração pagã é manipuladora, ou seja, destinada a induzir o deus a prover algo além da capacidade do(s) adorador(es). Se as colheitas estavam morrendo por causa de seca, os sacrifícios eram para induzir o deus a trazer chuva. Além de necessidades diárias, o deus também era solicitado a proteger os adoradores na vida após a morte. Israel havia reduzido os rituais do santuário a um nível de manipulação pagã. Quando Cristo, o grande antítipo, nasceu em Israel, eles estavam tão ocupados com a boa qualidade de seus rituais, que eles não conseguiram reconhecê-Lo.

Mas havia um, um menino de 12 anos, que entendeu. Mesmo nesta idade precoce, ficou claro para Ele que todos estes cordeiros e sacrifícios "quanto à consciência não podem aperfeiçoar o que faz o serviço" (Heb. 9:9, ú.p.). Ele argumentou que tudo era um tipo das coisas por vir, e, eventualmente, Alguém sem pecado, inocente, santo e imaculado deveria morrer como o Cordeiro de Deus, se é que perdidos corações humanos devessem ser alcançados! Sua alma juvenil cresceu com uma forte determinação para cumprir Seu destino de ser O Cordeiro. Ele resolveu cumprir a predição de Isaías que "Seu próprio braço Lhe trouxe a salvação, e Sua própria justiça O susteve" (Isa. 59:15 e 16). Este menino de 12 anos de idade, escolheu ir para a cruz.

Toda (*verdadeira) adoração é centrada no sacrifício de Cristo, que Ele ministra a nós a partir do santuário celestial. A adoração que falha em ser centrada na cruz é falsa adoração. O sacrifício de Cristo efetuou uma expiação para o mundo ao Ele provar “a morte por todos" (Heb. 2:9). Agora, a raça humana se posiciona como se fosse neutra perante a lei de Deus desde que Cristo recebeu a pena da morte eterna (*a segunda morte) em seu lugar. Assim, Cristo deu uma "bênção" de vida temporal, imerecida graça, perdão dos pecados, e todas as coisas boas que se seguem. Tudo isso era ensinado pelos serviços sacrificais do tabernáculo do antigo Israel.

Quando o amor (Ágape) de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, nós escolhemos o caminho da cruz tão facilmente como o Filho de Deus o escolheu. Por nos identificarmos com Sua morte, também nós nos identificamos com a Sua ressurreição. "Quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna" (João 12:25, ú.p.).

Sua igreja, a casa, o tabernáculo de Deus, compreende pessoas humildes e submissas que entendem sua grande necessidade de comunhão com Deus para purificar o tabernáculo do seu coração. E esta casa continua a ser o objeto de interesse de Deus, e a finalidade última do serviço do santuário inteiro, que agora continua no céu, é a purificação final. Neste trabalho final, todo o universo deve ver o poder do evangelho exposto.

A mensagem de 1888 traz uma compreensão especial do trabalho final do Espírito Santo no fim dos tempos. Os rituais só são úteis se permitirmos que eles apontem à nossa mente a Deus e a cruz de Cristo. Devemos entender nossa verdadeira condição até mesmo dos pecados desconhecidos. No final, a igreja na terra vai começar a entender toda a verdade em ver não só o pecado consciente, mas também o inconsciente (*Salmo 19:12 e 13; 90:8;139:23, etc. Nós não o podemos entender por nós mesmos, Prov. 16:2 e 20:9). O velho concerto (*Êxodo 19:8 e 24:3) trata com os rituais de purificação externa e cerimonial, mas o novo concerto tem que lidar com a purificação interna, tendo a lei colocada na mente e escrita no coração (*Heb. 10:16; 8:10).

Aqueles que permitem que o Espírito Santo faça a Sua obra em seus corações são aqueles que estão à espera da segunda vinda de Cristo. O poder da Sua Palavra em seus corações irá demonstrar aquele poder tão completamente que a sua mensagem irá "iluminará a terra com a Sua glória". A mensagem em si, e não suas personalidades, nem qualquer bem em si mesmos, irá conclamar os fiéis: "sai dela,[de Babilônia] povo Meu,” e as pessoas com coração honesto vão responder à "voz" do céu (veja Apocalipse 18:1-4). Nada será capaz de impedi-los de sair corajosamente para honrar a Cristo na obra de encerramento do evangelho.


—Arlene Hill


A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou em maio de 2010, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone 001 XX (775) 327-4545.



Para um estudo mais profundo leia:


In Search of the Cross (Em Busca da Cruz), de Roberto J. Wieland, capítulo 5.

E And Then Shall the Sanctuary be Cleansed (Então o Santuário Será Purificado), de Donald K. Short, capítulo 5.

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Lição 5, Você é feliz, ó Israel, por Todd Guthrie

Para a semana de 24-30 julho de 2011


Agora, pois, Me levantarei, diz o Senhor, agora Me erguerei, agora serei exaltado. Concebestes palha, dareis à luz restolho; e o vosso espírito vos devorará como o fogo. E os povos serão como as queimas de cal, como espinhos cortados arderão no fogo. Ouvi, vós os que estais longe, o que tenho feito; e vós que estais vizinhos, conhecei o Meu poder” (Isaias 33: 10-13).

“Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?” (vs. 14).

“O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente [suborno]; que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue, e fecha os seus olhos para não ver o mal;” (vs. 15).

"Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o Rei na Sua formosura, e verão a terra que está longe" (vs. 16 e 17).

O fogo é essencial para a sobrevivência humana. O próprio sol, pelo qual recebemos parte da energia de Deus que sustenta a vida, é para nós um perpétuo caldeirão movido a hidrogênio de purificação de energia.

Mas o sol exibe apenas uma fração infinitesimal do poder de Deus. Quando vemos Deus alto e sublime, há certa aterrorizante intensidade esclarecedora, em quão bom Ele realmente é. Faz-nos ver algo sobre como o nosso terrível problema do pecado realmente é.

Em Levítico nove, vemos que a gordura representando o pecado, era totalmente consumida pela glória de Deus, juntamente com o holocausto, que prefigurava Cristo, nosso grande portador do pecado.

Não há como escapar do "fogo consumidor." Todo pecado será consumido. Nossa cooperação com Cristo agora na erradicação do pecado das nossas vidas é essencial se quisermos algum dia "habitar com as labaredas eternas" (*Isa. 33:14, ú.p.). Pela fé na cruz de Cristo, podemos enfrentar o "fogo de Deus" agora, ao invés de depois. Isto deixa nossos pecados serem trazidos "de antemão" a julgamento, como em 1ª Timóteo 5:24 (*: “Os pecados de alguns homens são manifestos precedendo o juízo; e, em alguns, manifestam-se depois”).

"Isto [a brasa] tocou os teus lábios; e tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado" (Isaias 6:7). É o fogo do altar, que, quando lançado na terra, obra destruição. O mesmo fogo que purifica aqueles que confessam seus pecados consome aqueles que se agarra a eles. Os santos de Deus, tendo sido provados no fogo, como ouro, e tendo sido purificados por ele de todo tipo de pecado, pode habitar no meio de fogo eterno, que consumirá os ímpios como palha. "(E. J. Waggoner, na revista Present Truth (edição inglesa) artigo de 26 de janeiro de 1899, na série encadernada, página 67).

"O que então vai ser do fogo? Será que ele vai se apagar? Certamente que não, porque é eterno. O fogo que consome os ímpios é o Espírito do assopro da boca do Senhor, e Seu próprio brilho (2ª Tess. 2:8). ‘O nosso Deus é um fogo consumidor’ (*Heb. 12:29), e Ele é ‘de eternidade a eternidade’.(Salmo 90:2) ‘Um fogo vai adiante dEle, e abrasa os Seus inimigos em redor’ (Salmo 97:3). Mas, ainda assim, Ele é a morada eterna do Seu povo, que são capazes de habitar com o fogo devorador, e com as ‘labaredas eternas’ (Isaías 33:14). O mesmo fogo que destrói os ímpios será uma proteção para os justos" (idem, artigo, de 17 de outubro de 1901, pág. 658).

Tentar realizar esta separação do pecado sem dependência completa e absoluta de Cristo e Seu poder, é fatal, como vemos na história de Nadabe e Abiú (Levítico 10:1-11). Álcool, ou qualquer outro elemento que cause dependência que comprometa nosso alto raciocínio (o lobo frontal)1 adiciona a esta loucura.

"As faculdades espirituais são, em grande medida, dependentes da faculdade física. Os dois não são separados e distintos, mas estreitamente unidos. Ninguém pode exercer plenamente suas faculdades espirituais, enquanto sua mente é obscurecida e suas faculdades físicas entorpecidas devido a, por exemplo, o comer e beber impróprios. O relato de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, é colocada diante de nós como uma terrível advertência do perigo que se esconde neste ato, e uma lição sobre a relação entre a natureza física e as percepções espirituais" (Idem, artigo de 12/10/1893, pág. 436).

Quando estamos eternamente persuadidos de que podemos confiar plenamente nos braços eternos que estão nos conduzindo, Deuteronômio 33:26-29, poderemos, verdadeiramente, adorar em ação de graças reverentemente do fundo do coração. Será que percebemos do que temos sido salvos, como Deus Se tornou o refúgio da raça humana dos ataques do inimigo, o quanto Lhe custou fazer isso?

Apenas a habitação de Cristo em nós nos mostra a verdade, supre os desejos do nosso coração, e cura nossas vidas quebradas aqui e agora. Assim como Ana, 1º Samuel 1, devemos dedicar a Seu serviço quaisquer bênçãos que isso produza, intercedendo por, e ministrando ao Seu povo.

Caso contrário, a nossa latente auto preocupação e falta da "santa paciência" (*Apoc. 14:12), fará com que o nosso ministério se corrompa. nossa adoração se torne como o cerimonialismo desobediente do rei Saul, que trouxe a maldição de Deus por misturar “o santo e o profano" (Ezeq. 22:26). Ao estudarmos e adorarmos neste sábado, enfrentamos a mesma tentação:

"Propor-se a guardar o sábado do Senhor, — o sábado do sétimo dia, — sem a presença viva de Cristo no coração, pela fé, é ter o símbolo sem a coisa expressa; é apenas ter a forma sem a realidade — a forma de piedade sem o poder, — e é formalismo, cerimonialismo, ritualismo apenas, e é precisamente da mesma natureza, se difere em grau, como é o sistema católico por toda parte. Nossa (*observância) não é essa. Pelo contrário, é a fé que toma a Cristo, antes de tudo, como o dom mais precioso de Deus, e que encontra nEle o princípio e o fim, o primeiro e o último, a soma de todas as coisas boas ou corretas; em Quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade, e em Quem todos os que são da fé são completos. Isto não é ritual: é a própria vida; a "vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal" (2ª Coríntios 4:10, 11)" (A. T. Jones, na revista Sentinela Americano, artigo de 14 de fevereiro de 1895, página 49).

Adoremos a Deus em "espírito e verdade" mediante a Palavra que em nós atua e o purificador Espírito.

"Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade; porque o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hebreus 12:28,29).



Todd Guthrie




O irmão Todd Guthrie, é um médico adventista, membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países. Ele e sua família sempre aparecem no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental.


Nota do tradutor:


1) O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal, tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar e em que ordem e avaliar o seu resultado. As suas funções parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Traumas no córtex pré frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.Um estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte submeteu ratos ao equivalente a quatro dias de intensa bebedeira. O dano cerebral nas cobaias adolescentes foi duas vezes maior do que nas adultas. Com base nisso, conclui-se que o consumo de álcool em larga escala na adolescência pode levar o adolescente, na fase adulta, a ter dificuldades para, entre outras coisas, tomar decisões e definir o que é certo ou errado para si. (Wikipédia, a enciclopédia livre).

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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lição 4, Alegria diante do Senhor: santuário e adoração, por Paul Penno

Para 16 a 23 julho de 2011

A razão da nossa existência, como adventistas do sétimo dia, é a verdade do santuário. "A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé" (Evangelismo, pág. 221). Nossa excepcional contribuição para a igreja cristã na compreensão da justificação pela fé é o nosso culto centrado no segundo compartimento do santuário celestial. O que faz nos apaixonarmos com a verdade da purificação do santuário é a contribuição de 1888 unindo-a com a mensagem da cruz de Cristo, o apelo reconciliador do coração na justificação pela fé.

A verdade do santuário tem, para todos os efeitos práticos, caído em tempos difíceis na igreja adventista. Agora é vista como um quebra-cabeça matemático a ser resolvido. Daniel 8:14 tornou-se um frio, seco, velho sentido convencional histórico. No entanto Ellen White escreve que o que faz "a nossa fé" única e diferente das igrejas evangélico-protestantes ou católica, é o santuário (ibid.). Se nossa adoração, centrada no santuário celestial, se tornar uma doutrina ineficaz, então nós poderemos desistir da nossa única contribuição ao mundo cristão e podemos, muito bem, nos tornar batistas do sétimo dia1.

A mensagem de 1888 eleva a mensagem adventista do sétimo dia do santuário acima da confusão e perplexidade e veste a igreja com as brilhantes vestes da justiça de Cristo, isto é, o evangelho visto como uma mui boa nova. O santuário celestial nunca pode ser "purificado" até que, primeiro, todos os corações do povo de Deus sejam purificados. Isso é assim simples! E é muito mais do que um truque de contabilidade legalista, pela qual Deus olha para outro lado enquanto continuamos pecando. O fator que era omitido é fornecido por uma compreensão nova e mais clara da justificação pela fé, a qual Ellen White viu, e que torna a mensagem de 1888 — "a mensagem do terceiro anjo em verdade" (Eventos Finais, pág. 199, 200).

Como é que a mensagem de 1888 nos levar a nos apaixonarmos pela verdade da purificação do santuário? Primeiro, a "purificação" ou a justificação do santuário celestial envolve nosso Sumo Sacerdote nos convencer dos nossos pecados previamente desconhecidos (Dan. 8:14). É a nossa condição "não sabes" que torna (*o povo de Deus) tão "desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu" (Apoc. 3:17).

Segundo, quando é declarado: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus" (Apoc. 14:12). não é uma mera justificação legal contrária à realidade. O que era um perdão do pecado torna-se agora uma eliminação do pecado, João 1;29, do coração de um remanescente que se apaixonou por Jesus. Há uma reconciliação de coração com Ele, que não existia previamente no entendimento do Seu diagnóstico por sua condição. É aperfeiçoamento de caráter.

Terceiro, nós deixamos o nosso Sumo Sacerdote nos purificar no nosso dia da expiação. O antigo Israel nunca fazia a obra de reconciliação em seu dia anual (*de expiação). O Sumo Sacerdote é que fazia a expiação (Lev. 16:33). A idéia de 1888 é que paremos de resistir ao que Jesus quer realizar em nós. "Poderá o pecador resistir a esse amor, poderá recusar-se a ser atraído a Cristo. Se, porém, não se opuser, será levado para Ele, ... arrependido de seus pecados" (Caminho a Cristo, pág. 27).

Quarto, qual é a diferença entre o ministério de Jesus no primeiro compartimento (*do santuário) e Seu ministério no segundo compartimento, depois de 1844? Por 1.800 anos Cristo preparou os cristãos para morrerem e serem "havidos por dignos" (*Lucas 20;35) para ressuscitarem na primeira ressurreição em Sua vinda. Agora Ele está preparando um povo para ser trasladado em Sua vinda, sem ver a morte. “Nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados ... e assim estaremos sempre com o Senhor" (1ª Tess. 4:15, 17).

Quinto, que está Cristo fazendo no santuário desde sua ascensão? Nossas mentes podem ser acalmadas com a idéia de que Ele está tirando umas férias prolongadas. Ele é o general na sala de guerra do Pentágono do céu, envolvido na conquista do grande conflito com Satanás. A batalha de eliminar o pecado e amor-próprio dos corações (*do Seu povo) é muito mais do que o uso de armas convencionais. É guerra psicológica intensa.

Sexto, Medo, do juízo investigativo é expulso, pois Ágape dá ousadia, "confiança no dia do juízo" (1ª João 4:17). A preocupação pela vitória de Jesus no dia da expiação nos leva à "vitória" no julgamento e a passar de cabeça erguida após todos os santos anjos na confiança de estar com Ele.

Sétimo, esta "unidade" é algo que nunca aconteceu em toda a história passada "porque vindas são as bodas do Cordeiro e já a Sua esposa se aprontou" (Apoc 19:7). Algo especial está pronto para “aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro" (vs. 9). Como um corpo coletivo, corporativo, a igreja do grande dia da expiação se torna a noiva de Cristo.

Oitavo, a mensagem de 1888 de purificação do santuário torna-se a mensagem da Verdadeira Testemunha Fiel ao anjo da igreja de Laodicéia. "A mensagem que nos foi dada por Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner é a mensagem de Deus para a igreja de Laodicéia, e angústia para quem professa crer na verdade e, entretanto, não reflete a outros a luz da mensagem dada por Deus" (Materiais de Ellen G. White sobre1888, vol. 3, pág. 1052).

Nono, necessariamente Jesus está ministrando o dom do arrependimento a Sua retardatária Noiva. Eles vencem como Ele venceu, Apoc. 3:21. Assim como Ele se arrependeu corporativamente por toda a raça humana, assim também sua noiva entra em arrependimento corporativo em empatia com Ele.

Décimo, o Cordeiro precisa de uma esposa que "já se aprontou" (Apoc. 19:7). Embora Ele lhe dê as vestes da justiça ela deve escolher se arrepender de sua passada rejeição à Sua proposta e aprender com sua história. Ela finalmente cresce em seu Ágape e é um parceiro digno de permanecer ao Seu lado (Efé. 3:17-19).

Décimo primeiro, ela finalmente descobre que todas as suas orações para que o Senhor nos dê o arrependimento e a chuva serôdia são um insulto para Ele. Ele já nos deu o dom do arrependimento, Rom. 2:4. E Ele já derramou o "começo" da chuva serôdia em 1888 com a mensagem de "Cristo nossa justiça." "O tempo de prova está bem à nossa frente, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o começo da luz do anjo cuja glória encherá toda a terra "(Review and Herald, 22 de novembro de 1892).

A mensagem Santuário que "o Senhor, em Sua grande misericórdia, enviou" para nós, ainda deve iluminar a terra com glória (Eventos Finais, pág. 200). A humanidade tem uma escolha clara para adorá-Lo (Apoc. 14:7).


- Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída naCompreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

Nota do tradutor:

1) Afinal na igreja Batista há mais amor entre os irmãos, o que ocorre, em geral, com todas as igrejas evangélicas.

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Lição 4, Alegria diante do Senhor: santuário e adoração, por Hélène Thomas

Para 16 a 23 de julho de 2011

Jesus é o nosso exemplo em todas as coisas. Acima de tudo, Ele é o nosso exemplo na adoração. Ele demonstrou que a mais alta forma de adoração começa com a imitação do objeto de nossa adoração. A adoração é consumada na completa assimilação a esse objeto. Jesus amou e adorou ao Pai perfeitamente. Ele disse a Filipe: "Aquele que Me vê a Mim vê o Pai ... Eu estou no Pai, e o Pai está em Mim" (João 14:9, 10). Desde o início, a intenção de Deus na criação da humanidade era estabelecer uma unidade gloriosa conosco que transcenda todas as outras alegrias.

Quando Adão e Eva pecaram, Deus, em misericórdia, retirou-Se instantaneamente do Seu trono em seus corações, (*ao qual tinha) direito, para que o fogo consumidor de Sua presença não pudesse destruí-los antes que tivessem tempo para se arrepender. Suas vestes de luz desapareceram, mas o que essa separação significa para Deus? "Poucos tomam em consideração o sofrimento que o pecado causou ao nosso Criador. Todo o Céu sofreu com a agonia de Cristo, mas esse sofrimento não começou nem terminou com Sua manifestação na humanidade. A cruz é a revelação, aos nossos sentidos embotados, da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração de Deus" (Ellen White, Educação, página 263).

Ao Cristo se aproximar de Sua separação final do Pai, "Não era o temor da morte que O oprimia. Nem a dor e a ignomínia da cruz Lhe causavam a inexprimível angústia. Cristo foi o príncipe dos sofredores, mas Seu sofrimento provinha do senso da malignidade do pecado, o conhecimento de que mediante a familiaridade com o mal, o homem se tornara cego à enormidade do mesmo. Cristo viu quão profundo é o domínio do pecado no coração humano, quão poucos estariam dispostos a romper com seu poder. Ele sabia que, sem o auxílio divino, a humanidade devia perecer, e Ele via multidões perecendo tendo ao seu alcance abundante auxílio" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, página 752). No ato final de adoração, Cristo submeteu-Se com dignidade ao amor que o Pai tinha por nós, e deu-Se a Si mesmo para que o Pai pudesse ter o seu povo de volta. Ele foi a "Ajuda de Deus", que trouxe vida a cada ser humano.

Mantendo esses pensamentos em mente, considere isto: Quando Deus encontrou Israel no Sinai, Seu objetivo era o mesmo que foi no momento da criação — o mesmo que tem sido desde então — o mesmo que será por toda a eternidade, pois o nosso Deus nunca muda (Malaquias 3:6). A Palavra, a respeito de quem escreveu João (João 1:1-5), foi dada a Israel ao eles estarem no calor e na presença incandescente e radiante de Deus no topo da montanha. A Luz brilhou em seus corações para dar a eles a luz do “conhecimento da glória de Deus” (2ª Coríntios 4:6). O Criador, o Redentor, "a Pedra espiritual que os seguia" (1ª Coríntios 10:4) situou-Se no topo do Sinai e derramou o Seu coração para as pessoas na doação de Seu caráter — Sua lei de amor — Seu próprio ser, para eles.

Através dos filhos de Abraão, Deus pretendia mostrar-Se a cada pessoa sobre a terra. Através deles Ele queria começar a dar a Sua bênção a "todas as nações." Cristo na montanha estava vivendo a mesma oração que vemos revelada em João 17. Veja Cristo, em pé no topo do Sinai — veja o anseio imutável de Seu coração expresso mais tarde, com estas palavras: "Pai, é chegada a hora: glorifica o Teu Filho, para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti (*vs.1) ... a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só (*vs.3) ... Glorifica-me Tu ó Pai, junto de Ti mesmo (*vs.5) .... Lhes dei as palavras que Tu Me deste (*vs.8) ... Eu rogo por eles (*vs.9) ... Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como nós (*vs.11) ... Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal (*vs.15)... Santifica-os na Tua verdade; a Tua palavra é a verdade (*vs.17) ... Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Tua palavra hão de crer em Mim; Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste (*vss.20 e 21) ... Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado Mim (*vs.23).... Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo" (*vs.24) (Extraído da versão Almeida Fiel).

E o povo disse: "Não fale Deus conosco para que não morramos" (Êxodo 20:19). Qual deve ter sido a reação de Cristo ao ouvir estas palavras, depois de derramar o Seu coração na promessa de amor ao Seu povo? Olhe nos olhos de Cristo quando Seu povo amado, com medo de morrer, “retirou-se e pôs-se de longe (*vs.18). E disseram a Moisés: Fala tu conosco e ouviremos" (*vs.19).

Mas veja o terno e ansioso amor do Criador! "Condoendo-Se de sua fraqueza, Deus lhes deu um símbolo da Sua presença. ‘E Me farão um santuário,’ disse Ele, ‘e habitarei no meio deles" (Ellen White, Educação, página 35) Eles não O deixavam entrar no santuário de seus corações, assim a Divindade não tendo onde habitar pediu uma tenda onde Ele pudesse morar o mais próximo a eles quanto possível.

Seu desejo não mudou. João 17 ainda é o desejo do Seu coração. O Santuário terrestre foi cuidadosamente projetado para iluminar o caminho para o coração de amor de Deus. Foi projetado para ajudar o Seu povo ver o caminho de humilhação e sacrifício que Ele trilhou, e ainda continua a trilhar ao Ele vir bater à porta do santuário do meu coração. O santuário terrestre, que é uma cópia do santuário celestial, foi projetado para criar em meu e em seu coração um desejo de deixar o Cristo que bate (*à porta do nosso coração, Apoc. 3:20) vir todo o caminho para os santuários de nossos corações.

Ao estudarmos o Santuário, que possamos ver nele "Cristo, o verdadeiro templo para habitação de Deus". Cristo, que quer ser o nosso santuário. Cristo, que "moldara cada detalhe de Sua vida terrestre em harmonia com o ideal divino". Cristo que disse: "Deleito-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração" (Salmo 40:8). Que possamos ver no estudo do santuário, que "o nosso caráter deve ser formado “para morada de Deus em Espírito" (Efésios 2:22). Que possamos permiti-Lo “fazer tudo conforme o modelo" (*Heb. 8:5), pois Cristo "sofreu por nós, deixando-nos um exemplo, para que sigamos as Suas pisadas" (*1ª Pedro 2:21) (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, página 209).


- Helene Thomas



A irmã Helena Thomas é esposa de um obreiro bíblico adventista. Eles vivem no estado de Michigan, nos EUA. Além de exercer as funções do lar, como esposa, mãe e avó, ela é escritora, e produz artigos literários de dentro da própria casa. Desde Janeiro de 2010 ela é a nova editora do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. O endereço eletrônico dela é jhthomasal@gmail.com

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Lição 3, O sábado e a adoração, por Roberto Wieland

Para 9 a 16 julho de 2011


Esta semana, nos Estados Unidos, tivemos uma "sobrecarga" de notícias. O longamente aguardado júri, na Flórida, de uma jovem mãe acusada de assassinar sua filha; o lançamento da última nave espacial; e, 3º, se o congresso deve ou não aumentar o "limite de endividamento do país", e assim por diante. Temos sido bombardeados pelos "especialistas" que desejam influenciar-nos em todas as direções. Estas, além de muitas outras facetas de nossas vidas, "nos estressam."

A palavra "estresse" não aparece em nenhum lugar na Bíblia, mas significa isso que Deus não previu o maior problema que os modernos seres humanos têm de enfrentar? Não, pois a idéia de estresse permeia a Bíblia, e ela é cheia de remédios. Um deles é o convite do Filho de Deus que diz: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Estar "cansados e oprimidos" (*heavy laden, na KJV) é a idéia precisa de estresse como nós o conhecemos. Outro remédio é o tema da nossa lição: o santo dia de sábado. Por 6.000 anos o Senhor vem confirmando que seis dias de estresse é o máximo que qualquer ser humano pode resistir a qualquer momento; o sétimo dia é permeado com Sua presença; Ele “santificou" o sétimo dia. Nós não fazemos o sábado "santo". Nosso "trabalho" é mantê-lo "santo." Então, o repouso do estresse é difundido ao longo da movimentada semana, porque nos "seis dias que são de trabalho" (Eze. 46:1) nós nos lembramos do “dia do sábado para o santificar" (Êxo. 20:8). A própria lembrança traz uma promessa renovada de "descanso" que acalma nossos nervos desgastados ao longo da semana.

Os Dez Mandamentos, inclusive o quarto que nos leva a "lembrar", são a base das promessas em ambos os concertos, o velho e novo. No velho, a vã promessa do povo de guardá-los, e, no novo, o fato deles serem escritos no coração. A verdade do novo concerto foi um elemento essencial da mensagem de 1888, e até hoje anula uma carga de dúvida e desespero de muitos corações pesados.

Entendido corretamente os Dez Mandamentos se tornam dez promessas. Acredite, Deus diz, Eu te remi de "Egito", aprecie Minha promessa do concerto, e você nunca vai entrar na escravidão amarga que a transgressão implica. Infelizmente, uma dessas dez promessas muitas vezes é negligenciada pelo crente, de que ele ou ela deva se "lembrar do dia de sábado, para o santificar,” como o "sinal" ou "selo"1 do novo concerto.

Ele nos pediu para escolher, sim, fazer um compromisso, sim, mas nunca Ele nos pediu para prometer guardar Seus Dez Mandamentos. Tiago chama os Dez Mandamentos de a "lei da liberdade" (2:12), e se acreditarmos nas gloriosas boas novas de Sua libertação, devemos lembrar “do dia do sábado para o santificar." (E devemos honrar nosso pai e . nossa mãe, e nunca tomar o nome do Senhor em vão). Pense nisso: você está vivendo sob a nova ou velha aliança? Se você estiver no "cativeiro", a sua motivação tem sido a antiga aliança (*a presunçosa confiança na sua capacidade de guardar a lei). Vem, apodere-se da liberdade, independência e alegria da nova aliança! (*“Porque Deus é o que opera [em você] ... o querer e o efetuar...” Fil. 2:13).

Quando santificamos o sábado, quando apreciamos esse precioso dom que Ele nos deu desde o Jardim do Éden, ao cada sábado nos vir furtivamente o por de sol de sexta-feira, nós entramos novamente na presença de Jesus. Naquele dia, Ele se encontra conosco de uma maneira especial, Sim, Ele está conosco todos os dias, Ele está conosco em nosso trabalho durante a semana. Ele diz: "Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra" (Êxo. 20:9). Durante esses seis dias o Senhor está conosco nos transmitindo uma capacitação para "trabalhar".

O próprio Jesus era um carpinteiro. Por isso, trabalhamos com Ele lado a lado, esses seis dias de trabalho. Mas no sábado, Jesus depõe de lado Suas ferramentas, fecha Sua carpintaria, e vai para a casa de Deus com outras pessoas que também "vêm" em resposta a Seu convite, e descansam "com Ele."; Ele nos ensina, Ele nos conforta, Ele nos incentiva, cada novo dia de sábado nós "aprendemos dEle", pois Ele diz: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim" (Mateus 11:29). Nós aprendemos mais e mais sobre quem Ele é, o que custou a Ele para nos salvar, por que Ele teve que morrer numa cruz. E nossas almas estão unidas com Sua alma, nós nos tornamos um com Ele, a Sua alegria enche nossos corações. E depois vem o verso 30: “O Meu jugo é suave e o meu fardo é leve". Oh, a alegria de santificar o dia de sábado de descanso — não meramente repouso físico (o que, por si só, já é bom!), mas o repouso da alma, um dia celestial na terra. Que maravilhosa palavra esta, "descanso," significa repouso do eu, da ansiedade (*do orgulho e do egoísmo). É ao que a Bíblia se refere ao falar de "justificação pela fé," um dom precioso que não queremos perder.

A idéia é que o sábado está intimamente relacionado com a idéia da justificação pela fé. É a experiência de perceber que você não pode salvar-se por qualquer boa obra que você possa fazer, nem mesmo um por cento, é a realização de coração de que sua salvação é totalmente um dom do “Salvador do mundo” (João 4:42), "Não vem de vós, ... não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efé. 2:8, 9). A observância do sábado é quase infinitamente além da idéia de "guardar-o-sábado-ou-Deus-vai-matá-lo." Assim, o seu apreço de coração pela verdade objetiva de que Deus amou você de tal modo que deu o Seu Filho único para que você se torne a emocionante experiência subjetiva de justificação pela fé.

Não há um traço de legalismo na verdade do sábado. É João 3:16 repetido a cada dia, lembrando que Deus amou tanto você que Ele já deu o seu Filho unigênito, já te resgatou, já morreu sua segunda morte (Hebreus 2:9), já lhe deu o dom de um veredicto de absolvição "em Cristo" (Rom. 5:15-18), revertendo a condenação que veio sobre você em Adão. O "repouso", que o santo sábado traz para você é o descanso de toda a vossa ansiedade e medo. Verdadeiramente, o sábado só vem no verdadeiro dia sétimo, mas o Espírito Santo lhe traz a lembrança dele todos os dias durante a semana, o sábado torna-se a "conexão" que mantém a semana unida (*um bloco, como o conjunto da semana da criação, a ponto de Deus afirmar em Gên. 1, na ú.p. dos versos. 10, 12, 18, 21 e 25, após o que criara em cada um desses dias “e viu Deus que era bom” e, após criar o homem, “viu Deus que era muito bom”, e, ato contínuo, ao pôr-do-sol, “havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou de toda a Sua obra que Deus criara e fizera”, 2: 2).

A mensagem de 1888 é especialmente "preciosa", porque une a verdadeira idéia bíblica da justificação pela fé com a idéia original da purificação do santuário celestial. O sábado será um tempo de reconciliação total com Deus ("expiação" significa exatamente isso), vivendo como Jesus viveu, em amor, em feliz dedicação a Ele, em total harmonia com o que Ele está fazendo agora como nosso "grande sumo sacerdote," Seu trabalho especial de preparação de um povo para defrontar o final questão da "marca da besta" e do "selo de Deus" (Apoc. 13: 11-18; 7: 1-4).

No início do tempo de angústia, lemos que o povo de Deus vai proclamar o sábado "mais plenamente." [Ellen G. White, "Aos Remanescentes Dispersos", Review and Herald, de 21 de julho de 1851] A lição indica que esse tempo está próximo! O tempo está próximo, quando o povo de Deus ao redor do mundo, livre dos últimos vestígios do legalismo (*do velho concerto), irá "deleitar-se no Senhor" por esse tipo de guarda do sábado.

Compilado dos escritos de Robert J. Wieland


O irmão Roberto J. Wieland é um pastor adventista que foi, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Hoje, jubilado, e bem idoso, vive na Califórnia, EUA, onde ainda é atuante na sua igreja local.


Nota do tradutor:


1) Na Bíblia selo e sinal são sinônimos, conforme se lê em Romanos 4:11;

2) Asteriscos indicam que o que se segue foi acrescido por nós nesta redação em português.

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Lição 3, O sábado e a adoração, por Raul Diaz

Para 9 a 16 julho de 2011

"Longe dos olhos, longe do coração" é uma expressão que implica que facilmente esquecemos ou ignoramos o que não está ao alcance das nossas vistas. Ela assume que, se pessoas ou objetos não estão presentes, então eles não provocarão saudades.

No entanto, isto nem sempre é verdade. Há ocasiões em que você sabe que algo está faltando, mas não pode identificar o que é esse "algo". Em outros momentos, alguma coisa está faltando e este 'algo' é identificado. É como se a sua ausência fosse tão óbvia, que ele é visível. Há uma expressão espanhola para isso: "Algo brilha por sua ausência" Uma interpretação mais precisa seria "Algo é proeminente por sua ausência." É claro que isto é um jogo de palavras uma vez que a palavra proeminente significa: notável, de modo a ser claramente visível, atraindo a vista ou atenção. Neste caso, a própria ausência da coisa faz com que ela se destaque. É como se você olhasse para o Ground Zero esperando ver o World Trade Center, e, em vez disso, você vê um abismo. A ausência do Trade Center pode impactar muitas pessoas mais do que a sua presença anterior.

Nossa lição desta semana focaliza o sábado em relação ao culto. O autor destaca principalmente o sábado como uma comemoração do poder criador e redentor de Deus. A primeira referência é Êxodo 20:8, onde Deus diz: "lembra-te do dia de sábado para ...." Obviamente, Deus sabia que o povo se esqueceria ou encontraria desculpas para ignorar o dia quando quisessem ignorá-Lo. Em Êxodo 20:11, há uma óbvia referência a Deus como Criador

Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; Portanto abençoou o Senhor o dia de sábado e o santificou.”

Evidente por sua ausência em nossa lição é qualquer referência a como a criação está ligada ao Grande Conflito. A criação deste mundo dá evidência de que Deus não é o que Ele é acusado de ser. Ao criar este mundo, foi demonstrado que Deus não é despótico e arbitrário. O Deus onisciente deu ao homem o poder de escolher entre o bem e o mal. Quando Adão e Eva caíram, eles perderam as bênçãos que Deus lhes havia dado em seu plano original. Consequentemente, eles e seus futuros descendentes poderiam agora escolher somente o mal. Em misericórdia, um plano alternativo previamente elaborado foi posto em prática por Deus. Então agora a questão permanece: pode o homem caído agora ser justo em uma natureza caída e pecaminosa? E, escolherá o homem caído ser justo?

Em consequência da queda, o homem pecador abandonou o conhecimento dAquele que o criou. Por isso, ele perdeu de vista o plano para redimi-lo, uma vez que se originou da mesma fonte. Por todo o Antigo Testamento, Deus constantemente lembrou tanto Israel quanto Judá, que Ele era o Criador e Redentor (cf. Salmo 33:6-9, Isaías 40:25-26; 45:12, 18; Colossenses 1:16-17, Hebreus 1 : 2, e Isaías 44:15-20, 46:5-7). Deus diz a todos que quiserem ouvir "Eu criei este mundo perfeito, e embora tenha sido desfigurado, vou criar um mundo perfeito de novo."

Conspícua por sua ausência em nossa lição, é como Deus traz cura e plenitude ao nosso mundo através da guarda do sábado e adoração. Em Êxodo e Hebreus as Escrituras ilustram através da vida de Moisés, uma vida vivida pela fé (Hebreus 11:23 - 27). É claro que a intenção de Deus era redimir o homem da escravidão do pecado e elevá-lo à estatura que ele teria possuído se não tivesse pecado.

Ellen White diz: "O objetivo da obra de Deus neste mundo é a redenção do homem" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 285).

Conspícua por sua ausência em nossa lição, é a omissão de qualquer referência aos capítulos 3 e 4 de Hebreus, onde o apóstolo Paulo afirma que os filhos de Israel, e mais tarde, os judeus nunca entraram no repouso de Cristo, devido a sua incredulidade (Hebreus 3: 18-19). Hebreus 4 é claro. Somente aqueles que crêem entram no Seu repouso, e apenas aqueles que entram no Seu descanso verdadeiramente guardam o sábado. Lembre-se: "Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" (Romanos 4:3). Aqueles que creem são justos. "... A fim de santificar o sábado, os homens precisam ser eles próprios santos. Devem, pela fé, tornar-se participantes da justiça de Cristo. ... Só assim poderia o sábado distinguir Israel como os adoradores de Deus" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 283).

Por último, mas não menos importante, notável por sua ausência nesta lição é o fato de que os judeus no tempo de Cristo não eram os verdadeiros adoradores de Deus. Eles se recusaram a participar da justiça de Cristo. Eles deixaram de trabalhar no 7º dia da semana, mas não guardaram o sábado do Senhor. Ou seja, eles não apreciaram nem entesouraram o sábado, ou o seu doador. Na verdade, eles acusaram o Senhor do sábado de quebrá-lo (Lucas 6:5, João 9:16). E, quando crucificaram a Cristo, eles queriam ter certeza que Ele fosse retirado da cruz (*antes do pôr-do-sol), para que seu sábado não fosse profanado (João 19:30-32).

Como você pode ver o nosso maior desafio não é o que fazer ou não fazer durante o sábado. Nosso maior desafio é permitir que Jesus nos santifique e nos torne justos. Só então seremos verdadeiros guardadores do sábado, só então seremos verdadeiros adoradores de Deus.

--Raul Diaz


O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org


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