sexta-feira, 1 de julho de 2011

Lição 1, Adoração em Gênesis — duas classes de adoradores, por Paul Penno

Para 25 de junho a 2 de julho de 2011

A forma das coisas por vir está sendo mais fortemente focada dia a dia exatamente como a Bíblia predisse. Dois movimentos mundiais estão se alinhando para o último grande conflito: aqueles que adoram (*sob a) antiga aliança da justiça própria, identificando-se com a "besta" e sua "imagem", e aqueles que adoram vestidos na justiça recebida pela fé na promessa do Cordeiro crucificado da nova aliança (Apoc. 13:4, 15; 14:04, 7). Aqueles que aceitam este último irão cultuar o Cordeiro, o Cristo da cruz, que por Seu sacrifício "provou a morte por todo homem" (*Heb 2:9, KJV), e aqueles que adoram a besta e a sua imagem vão adorar a si mesmos.

Esta crise final da história da Terra será um desafio à "adoração do Cordeiro" somente, ou para adorar Baal (que é o culto de si mesmo, disfarçado como a adoração a "Cristo"). Um grupo vai ter fé nas promessas de Deus, o outro na "justiça" das promessas humanas. Um irá apreciar “a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do "Ágape de Cristo, que excede todo o entendimento" (Efé 3:14-21), enquanto o outro vai acreditar em uma falsa visão da cruz, uma deturpação falsificada do evangelho que será a adoração de um falso "cristo". Um vai acreditar na promessa unilateral de Deus: "Porei a minha lei no seu interior" (Jer. 31:33), enquanto o outro vai acreditar no antigo concerto com Deus para fazermos, por nós mesmos, tudo certo: "Tudo o que o Senhor tem falado, faremos" (Êxodo 19:8). Tão inteligente serão os enganos que "se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Mateus 24:24)

Os adoradores em Gênesis representam a forma (*da adoração) do futuro. Dois irmãos frequentavam a mesma igreja. Por um lado, o agricultor trabalhou duro, obedecendo o mandamento de Deus, "no suor do teu rosto comerás o pão" (Gên. 3:19). Ele esperava que Deus o recompensasse por seu trabalho, é o ["princípio de que o homem pode confiar em seus próprios esforços para a salvação" (Patriarcas e Profetas, pág. 73), "dependência própria" (idem, pág. 72)]. Caim se sentiu rejeitado e irritado quando Deus "não atentou" para sua adoração (Gên. 4:5).

O que Caim não obteve foi uma simples apreciação de coração pelo sangue derramado do Cordeiro de Deus, seu problema era "incredulidade", uma falha em apreciar o que custou ao Filho de Deus para salvá-lo. Por outro lado, Abel, o pastor, viu-se como um pecador, e adorou a Deus através dos méritos do sangue de Cristo representado pelo cordeiro. Veja Gên. 4:4, e Patriarcas e Profetas, pág. 72).

Outro exemplo da verdadeira adoração é Abraão, que acreditava na mui preciosa promessa unilateral de Deus da nova aliança, "tu serás uma bênção", bem como recebeu uma bênção de Deus (Gênesis 12:1-3); ao (*obedecer à ordem:) “Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa do teu pai, para uma terra que Eu te mostrarei" (vs. 1). Em outras palavras, ele saiu de" Babilônia". Deus não pediu a Abrão para fazer uma promessa de obediência. Creia na promessa solene de Deus e você será feliz e sempre trará felicidade a alguém mais.

Abrão estabeleceu o evangelho do Antigo Testamento "ao luar". (*Ele adorava a Deus onde quer que fosse). “Onde quer que ele armasse a tenda, junto erigia o altar, convocando todos os que faziam parte de ser acampamento para o sacrifício da manhã e da tarde,” (Patriarcas e Profetas, pág. 128; ver Gên. 12:7 e 8; 13:4 e 18; ). Diariamente dois cordeiros eram oferecidas em favor dos pecadores em todo o mundo, quer acreditassem no Salvador, a quem eles apontavam, quer não. "Deus envolveu o mundo todo numa atmosfera de graça, tão real como o ar [que respiramos]" (Caminho a Cristo, pág. 68). Muito mais tarde, o evangelho do Novo Testamento "à luz do sol" foi proclamado por João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (João 1:29).

Tão logo Abraão conheceu a plenitude do amor de Deus, Ele lhe pediu para sacrificar o seu único e amado filho Isaque como um ato de adoração (Gên. 22:2, 5). Abraão não chegou a matar Isaac com sua faca — mas ele fez o completo compromisso para fazer o sacrifício. Deus disse: "'Não me negaste o teu filho, teu único filho" (vs. 12). Refletiu a cruz de Cristo. Cristo não foi para dentro do lago de fogo literal, mas Ele fez o pleno compromisso, e assim morreu o equivalente a nossa segunda morte.

O Pai e o Filho são iguais em sua dádiva do sacrifício de expiação pelos pecadores. "Nós não devemos entreter a idéia de que Deus nos ama porque Cristo morreu por nós, mas que Ele nos amou tanto que deu o Seu Filho unigênito para morrer por nós" (Signs of the Times, 30 de maio de 1895).

As palavras de Jesus em João 3:16 foram inspiradas por Abraão e pelo sacrifício de Isaac. Isaac era o filho da promessa da aliança de Deus, o único filho de Abraão (Gên. 13:16). Quando você vê o amor de Jesus para com o mundo, na cruz você vê o amor do Pai para com o mundo.

A boa nova que estamos aprendendo sobre a expiação apresentada pela mensagem 1888 é que Jesus Se identificou com toda a raça de pecadores. Ele tomou o nosso egoísmo caído e satisfez a justiça integral da lei, optando por morrer a segunda morte como uma demonstração por todos os tempos do seu vitorioso amor altruísta. "A morte de Cristo foi útil, a fim de que a misericórdia pudesse chegar até nós com seu pleno poder de perdão, e, ao mesmo tempo, a fim de que a justiça pudesse ser atendida no justo substituto" (Ibidem). Seu amor abnegado nos obriga a identificar-nos com Ele por seguir “o Cordeiro para onde quer que vá" (Apoc. 14:4). "Adorá-Lo" é guardar “os mandamentos de Deus, e a fé em Jesus" (vs. 7, 12).

Outro exemplo de adoração em Gênesis é Jacó. Depois de enganar Esaú em seu direito de primogenitura e mentir para seu pai Isaac, Jacó fugiu de casa sentindo-se o homem mais esquecido por Deus na terra. Adorar a Deus era a última coisa na consciência deste homem culpado. Com uma pedra como travesseiro ao jovem agonizante foi dado uma visão de Deus de uma escada na qual anjos subiam e desciam (Gên. 28:12). “A escada representa Jesus” (Patriarcas e Profetas, pág. 184). (*Esta escada é a mesma a que Jesus Se referiu ao dizer:) "Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem" (João 1:51).

Jacó era uma pessoa tão enganosa, egocêntrica, que o seu nome significava suplantador. Mas Deus ama as pessoas boas, assim como as pessoas más. Não é possível para nós praticarmos o bem e fazê-Lo amar-nos mais do que aos outros. Deus não abandona nem os bons nem os maus. Quando você cometer um erro você se sente culpado e poluído e você sente que Deus não o ama mais.

Por que Deus ama as pessoas boas bem como as ruins? Quando Jesus Se deu a Si mesmo em Sua cruz, Ele lhe comprou. Deus, o Pai "escolheu" você para ser Seu filho "através de Cristo." Ele lhe fez "filho dEle". Ele o adotou (Efé. 1:4, 5). Uma criança adotada é tão amada como alguém que nasceu na família. Se uma criança adotada comete um erro, os pais adotivos nunca o deserdam. Então, quando você se sente culpado, quando o Espírito Santo o convence de que você pecou, lembre-se que o Pai te ama do mesmo jeito.

Agora, deixe-O limpá-lo; aceite o Seu perdão. Agradeça-O que Ele ainda te tem "adotado" em Sua família. Seja feliz por Seu amor que nunca pode falhar. Isso é o que significa "vencer", como Jacó venceu.

Jacó adorou a Deus em Betel ungindo a pedra, que lhe serviu de travesseiro, com óleo, como um memorial da escada de acesso ao céu (Gên. 28:17, 18). Jacob às vezes tinha dificuldade em se lembrar daquele sonho, assim como às vezes nós temos dificuldade em nos lembrar da bondade de Deus por nós. Jacob tinha muitas decepções e tristezas, e ele teve que passar uma noite inteira lutando com o Senhor em oração (tempo de angústia de Jacob). Mas seu nome foi mudado de Jacó para Israel (vencedor).

Todo mundo que entrar no céu vai ser um filho de Jacob. O Senhor Se dirige a Seu povo como "casa de Jacó" (Isaias 2:5). Agora e durante o tempo futuro de angústia para Jacó todas as relações de adoração centradas em si mesmas serão purificadas de seus motivos para uma esperança de recompensa, com uma adoração de fé motivada por Ágape. E assim será o seu nome mudado! Aceite algum incentivo a partir da história de seu "pai" Jacó.


- Paul E. Penno


Nota: A classe da Escola Sabatina dirigida pelo Pastor Paulo Penno sobre esta lição pode ser vista no YouTube em: http://www.youtube.com/watch?v=N85hKAucJTw (em três partes).


Você também pode acessar os vídeos em: http://www.1888mpm.org/

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99