sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lição 4, Alegria diante do Senhor: santuário e adoração, por Hélène Thomas

Para 16 a 23 de julho de 2011

Jesus é o nosso exemplo em todas as coisas. Acima de tudo, Ele é o nosso exemplo na adoração. Ele demonstrou que a mais alta forma de adoração começa com a imitação do objeto de nossa adoração. A adoração é consumada na completa assimilação a esse objeto. Jesus amou e adorou ao Pai perfeitamente. Ele disse a Filipe: "Aquele que Me vê a Mim vê o Pai ... Eu estou no Pai, e o Pai está em Mim" (João 14:9, 10). Desde o início, a intenção de Deus na criação da humanidade era estabelecer uma unidade gloriosa conosco que transcenda todas as outras alegrias.

Quando Adão e Eva pecaram, Deus, em misericórdia, retirou-Se instantaneamente do Seu trono em seus corações, (*ao qual tinha) direito, para que o fogo consumidor de Sua presença não pudesse destruí-los antes que tivessem tempo para se arrepender. Suas vestes de luz desapareceram, mas o que essa separação significa para Deus? "Poucos tomam em consideração o sofrimento que o pecado causou ao nosso Criador. Todo o Céu sofreu com a agonia de Cristo, mas esse sofrimento não começou nem terminou com Sua manifestação na humanidade. A cruz é a revelação, aos nossos sentidos embotados, da dor que o pecado, desde o seu início, acarretou ao coração de Deus" (Ellen White, Educação, página 263).

Ao Cristo se aproximar de Sua separação final do Pai, "Não era o temor da morte que O oprimia. Nem a dor e a ignomínia da cruz Lhe causavam a inexprimível angústia. Cristo foi o príncipe dos sofredores, mas Seu sofrimento provinha do senso da malignidade do pecado, o conhecimento de que mediante a familiaridade com o mal, o homem se tornara cego à enormidade do mesmo. Cristo viu quão profundo é o domínio do pecado no coração humano, quão poucos estariam dispostos a romper com seu poder. Ele sabia que, sem o auxílio divino, a humanidade devia perecer, e Ele via multidões perecendo tendo ao seu alcance abundante auxílio" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, página 752). No ato final de adoração, Cristo submeteu-Se com dignidade ao amor que o Pai tinha por nós, e deu-Se a Si mesmo para que o Pai pudesse ter o seu povo de volta. Ele foi a "Ajuda de Deus", que trouxe vida a cada ser humano.

Mantendo esses pensamentos em mente, considere isto: Quando Deus encontrou Israel no Sinai, Seu objetivo era o mesmo que foi no momento da criação — o mesmo que tem sido desde então — o mesmo que será por toda a eternidade, pois o nosso Deus nunca muda (Malaquias 3:6). A Palavra, a respeito de quem escreveu João (João 1:1-5), foi dada a Israel ao eles estarem no calor e na presença incandescente e radiante de Deus no topo da montanha. A Luz brilhou em seus corações para dar a eles a luz do “conhecimento da glória de Deus” (2ª Coríntios 4:6). O Criador, o Redentor, "a Pedra espiritual que os seguia" (1ª Coríntios 10:4) situou-Se no topo do Sinai e derramou o Seu coração para as pessoas na doação de Seu caráter — Sua lei de amor — Seu próprio ser, para eles.

Através dos filhos de Abraão, Deus pretendia mostrar-Se a cada pessoa sobre a terra. Através deles Ele queria começar a dar a Sua bênção a "todas as nações." Cristo na montanha estava vivendo a mesma oração que vemos revelada em João 17. Veja Cristo, em pé no topo do Sinai — veja o anseio imutável de Seu coração expresso mais tarde, com estas palavras: "Pai, é chegada a hora: glorifica o Teu Filho, para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti (*vs.1) ... a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só (*vs.3) ... Glorifica-me Tu ó Pai, junto de Ti mesmo (*vs.5) .... Lhes dei as palavras que Tu Me deste (*vs.8) ... Eu rogo por eles (*vs.9) ... Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como nós (*vs.11) ... Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal (*vs.15)... Santifica-os na Tua verdade; a Tua palavra é a verdade (*vs.17) ... Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Tua palavra hão de crer em Mim; Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste (*vss.20 e 21) ... Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado Mim (*vs.23).... Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo" (*vs.24) (Extraído da versão Almeida Fiel).

E o povo disse: "Não fale Deus conosco para que não morramos" (Êxodo 20:19). Qual deve ter sido a reação de Cristo ao ouvir estas palavras, depois de derramar o Seu coração na promessa de amor ao Seu povo? Olhe nos olhos de Cristo quando Seu povo amado, com medo de morrer, “retirou-se e pôs-se de longe (*vs.18). E disseram a Moisés: Fala tu conosco e ouviremos" (*vs.19).

Mas veja o terno e ansioso amor do Criador! "Condoendo-Se de sua fraqueza, Deus lhes deu um símbolo da Sua presença. ‘E Me farão um santuário,’ disse Ele, ‘e habitarei no meio deles" (Ellen White, Educação, página 35) Eles não O deixavam entrar no santuário de seus corações, assim a Divindade não tendo onde habitar pediu uma tenda onde Ele pudesse morar o mais próximo a eles quanto possível.

Seu desejo não mudou. João 17 ainda é o desejo do Seu coração. O Santuário terrestre foi cuidadosamente projetado para iluminar o caminho para o coração de amor de Deus. Foi projetado para ajudar o Seu povo ver o caminho de humilhação e sacrifício que Ele trilhou, e ainda continua a trilhar ao Ele vir bater à porta do santuário do meu coração. O santuário terrestre, que é uma cópia do santuário celestial, foi projetado para criar em meu e em seu coração um desejo de deixar o Cristo que bate (*à porta do nosso coração, Apoc. 3:20) vir todo o caminho para os santuários de nossos corações.

Ao estudarmos o Santuário, que possamos ver nele "Cristo, o verdadeiro templo para habitação de Deus". Cristo, que quer ser o nosso santuário. Cristo, que "moldara cada detalhe de Sua vida terrestre em harmonia com o ideal divino". Cristo que disse: "Deleito-Me fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração" (Salmo 40:8). Que possamos ver no estudo do santuário, que "o nosso caráter deve ser formado “para morada de Deus em Espírito" (Efésios 2:22). Que possamos permiti-Lo “fazer tudo conforme o modelo" (*Heb. 8:5), pois Cristo "sofreu por nós, deixando-nos um exemplo, para que sigamos as Suas pisadas" (*1ª Pedro 2:21) (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, página 209).


- Helene Thomas



A irmã Helena Thomas é esposa de um obreiro bíblico adventista. Eles vivem no estado de Michigan, nos EUA. Além de exercer as funções do lar, como esposa, mãe e avó, ela é escritora, e produz artigos literários de dentro da própria casa. Desde Janeiro de 2010 ela é a nova editora do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. O endereço eletrônico dela é jhthomasal@gmail.com

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