sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lição 5, Você é feliz, ó Israel, por Todd Guthrie

Para a semana de 24-30 julho de 2011


Agora, pois, Me levantarei, diz o Senhor, agora Me erguerei, agora serei exaltado. Concebestes palha, dareis à luz restolho; e o vosso espírito vos devorará como o fogo. E os povos serão como as queimas de cal, como espinhos cortados arderão no fogo. Ouvi, vós os que estais longe, o que tenho feito; e vós que estais vizinhos, conhecei o Meu poder” (Isaias 33: 10-13).

“Os pecadores de Sião se assombraram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas?” (vs. 14).

“O que anda em justiça, e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, o que sacode das suas mãos todo o presente [suborno]; que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue, e fecha os seus olhos para não ver o mal;” (vs. 15).

"Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o Rei na Sua formosura, e verão a terra que está longe" (vs. 16 e 17).

O fogo é essencial para a sobrevivência humana. O próprio sol, pelo qual recebemos parte da energia de Deus que sustenta a vida, é para nós um perpétuo caldeirão movido a hidrogênio de purificação de energia.

Mas o sol exibe apenas uma fração infinitesimal do poder de Deus. Quando vemos Deus alto e sublime, há certa aterrorizante intensidade esclarecedora, em quão bom Ele realmente é. Faz-nos ver algo sobre como o nosso terrível problema do pecado realmente é.

Em Levítico nove, vemos que a gordura representando o pecado, era totalmente consumida pela glória de Deus, juntamente com o holocausto, que prefigurava Cristo, nosso grande portador do pecado.

Não há como escapar do "fogo consumidor." Todo pecado será consumido. Nossa cooperação com Cristo agora na erradicação do pecado das nossas vidas é essencial se quisermos algum dia "habitar com as labaredas eternas" (*Isa. 33:14, ú.p.). Pela fé na cruz de Cristo, podemos enfrentar o "fogo de Deus" agora, ao invés de depois. Isto deixa nossos pecados serem trazidos "de antemão" a julgamento, como em 1ª Timóteo 5:24 (*: “Os pecados de alguns homens são manifestos precedendo o juízo; e, em alguns, manifestam-se depois”).

"Isto [a brasa] tocou os teus lábios; e tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado" (Isaias 6:7). É o fogo do altar, que, quando lançado na terra, obra destruição. O mesmo fogo que purifica aqueles que confessam seus pecados consome aqueles que se agarra a eles. Os santos de Deus, tendo sido provados no fogo, como ouro, e tendo sido purificados por ele de todo tipo de pecado, pode habitar no meio de fogo eterno, que consumirá os ímpios como palha. "(E. J. Waggoner, na revista Present Truth (edição inglesa) artigo de 26 de janeiro de 1899, na série encadernada, página 67).

"O que então vai ser do fogo? Será que ele vai se apagar? Certamente que não, porque é eterno. O fogo que consome os ímpios é o Espírito do assopro da boca do Senhor, e Seu próprio brilho (2ª Tess. 2:8). ‘O nosso Deus é um fogo consumidor’ (*Heb. 12:29), e Ele é ‘de eternidade a eternidade’.(Salmo 90:2) ‘Um fogo vai adiante dEle, e abrasa os Seus inimigos em redor’ (Salmo 97:3). Mas, ainda assim, Ele é a morada eterna do Seu povo, que são capazes de habitar com o fogo devorador, e com as ‘labaredas eternas’ (Isaías 33:14). O mesmo fogo que destrói os ímpios será uma proteção para os justos" (idem, artigo, de 17 de outubro de 1901, pág. 658).

Tentar realizar esta separação do pecado sem dependência completa e absoluta de Cristo e Seu poder, é fatal, como vemos na história de Nadabe e Abiú (Levítico 10:1-11). Álcool, ou qualquer outro elemento que cause dependência que comprometa nosso alto raciocínio (o lobo frontal)1 adiciona a esta loucura.

"As faculdades espirituais são, em grande medida, dependentes da faculdade física. Os dois não são separados e distintos, mas estreitamente unidos. Ninguém pode exercer plenamente suas faculdades espirituais, enquanto sua mente é obscurecida e suas faculdades físicas entorpecidas devido a, por exemplo, o comer e beber impróprios. O relato de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, é colocada diante de nós como uma terrível advertência do perigo que se esconde neste ato, e uma lição sobre a relação entre a natureza física e as percepções espirituais" (Idem, artigo de 12/10/1893, pág. 436).

Quando estamos eternamente persuadidos de que podemos confiar plenamente nos braços eternos que estão nos conduzindo, Deuteronômio 33:26-29, poderemos, verdadeiramente, adorar em ação de graças reverentemente do fundo do coração. Será que percebemos do que temos sido salvos, como Deus Se tornou o refúgio da raça humana dos ataques do inimigo, o quanto Lhe custou fazer isso?

Apenas a habitação de Cristo em nós nos mostra a verdade, supre os desejos do nosso coração, e cura nossas vidas quebradas aqui e agora. Assim como Ana, 1º Samuel 1, devemos dedicar a Seu serviço quaisquer bênçãos que isso produza, intercedendo por, e ministrando ao Seu povo.

Caso contrário, a nossa latente auto preocupação e falta da "santa paciência" (*Apoc. 14:12), fará com que o nosso ministério se corrompa. nossa adoração se torne como o cerimonialismo desobediente do rei Saul, que trouxe a maldição de Deus por misturar “o santo e o profano" (Ezeq. 22:26). Ao estudarmos e adorarmos neste sábado, enfrentamos a mesma tentação:

"Propor-se a guardar o sábado do Senhor, — o sábado do sétimo dia, — sem a presença viva de Cristo no coração, pela fé, é ter o símbolo sem a coisa expressa; é apenas ter a forma sem a realidade — a forma de piedade sem o poder, — e é formalismo, cerimonialismo, ritualismo apenas, e é precisamente da mesma natureza, se difere em grau, como é o sistema católico por toda parte. Nossa (*observância) não é essa. Pelo contrário, é a fé que toma a Cristo, antes de tudo, como o dom mais precioso de Deus, e que encontra nEle o princípio e o fim, o primeiro e o último, a soma de todas as coisas boas ou corretas; em Quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade, e em Quem todos os que são da fé são completos. Isto não é ritual: é a própria vida; a "vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal" (2ª Coríntios 4:10, 11)" (A. T. Jones, na revista Sentinela Americano, artigo de 14 de fevereiro de 1895, página 49).

Adoremos a Deus em "espírito e verdade" mediante a Palavra que em nós atua e o purificador Espírito.

"Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade; porque o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hebreus 12:28,29).



Todd Guthrie




O irmão Todd Guthrie, é um médico adventista, membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países. Ele e sua família sempre aparecem no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental.


Nota do tradutor:


1) O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento, assim como no pensamento abstrato. A atividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex pré-frontal, tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento ativar e em que ordem e avaliar o seu resultado. As suas funções parecem incluir o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Traumas no córtex pré frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de ações correta.Um estudo realizado na Universidade da Carolina do Norte submeteu ratos ao equivalente a quatro dias de intensa bebedeira. O dano cerebral nas cobaias adolescentes foi duas vezes maior do que nas adultas. Com base nisso, conclui-se que o consumo de álcool em larga escala na adolescência pode levar o adolescente, na fase adulta, a ter dificuldades para, entre outras coisas, tomar decisões e definir o que é certo ou errado para si. (Wikipédia, a enciclopédia livre).

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