quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lição 2, Adoração em Êxodo — compreendendo quem é Deus, por Michael Delaney

Para 2 a 9 e julho de 2011


O verso para memorizar nos diz quem é Deus, assim como o que Ele fez para merecer a nossa adoração e louvor. Êxodo 2:20 pode ser justamente chamado de preâmbulo dos Dez Mandamentos. Aqui, a libertação de Israel da escravidão egípcia simboliza a libertação da humanidade da escravidão do pecado através de Filho de Deus.

"Assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida" (Romanos 5:18).

"Para saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação" (2ª Coríntios 5:19)

No versículo 3 de Êxodo 20 Deus declara a Seus filhos que eles não deviam ter “outros deuses” diante dEle. Este mandamento, dado em amor também foi uma advertência contra o perigo de perdê-lo de vista como a única Fonte de vida deles, bem como provisão e proteção contra as mentiras da serpente.

Moisés viu uma sarça ardente que não era consumida. Ele ouviu a voz chamando-o pelo nome e, em seguida, dizendo-lhe para remover suas sandálias devido à santidade do lugar. Moisés estava com medo de olhar para Deus. Havia um sentimento de temor e reverência na mente de Moisés, que trouxe uma relação de adoração e respeito de Deus falando a ele. Sabemos que foi Jesus, o Filho do Todo-Poderoso Pai, que falou a Moisés da sarça ardente. Jesus é também conhecido como Miguel (aquele que é igual a Deus). Na glória da Divindade em chamas o Filho de Deus apareceu a Moisés. Depois de Deus informar a Moisés de Seu propósito de torná-lo o instrumento através do qual Deus iria libertar seu povo, Moisés perguntou a Deus o Seu nome. Deus respondeu: "EU SOU O QUE SOU", e também mencionou o fato de que Ele era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Isto foi dito para dar a Seu povo a certeza de garantia de Sua verdadeira identidade como seu Libertador.

A. T. Jones (*um dos dois mensageiros de 1888) fez uma declaração interessante a respeito de Jesus aparecendo tanto para anjos como homens antes de sua encarnação através de Maria: "Cristo é Aquele através do qual o Pai é refletido para todo o universo. Só Ele poderia refletir o Pai em Sua plenitude, porque cujas saídas são desde os dias da eternidade ... Ele era um de Deus, igual com Deus e Sua natureza é a natureza de Deus. Portanto, era uma grande necessidade que somente Ele poderia vir ao mundo e salvar o homem porque o Pai quis manifestar-Se totalmente aos filhos dos homens, e ninguém no universo poderia tornar visível o Pai em Sua plenitude, senão o Filho unigênito, que está na imagem do Pai .... Em Cristo, Deus se manifestou aos anjos e refletiu para os homens no mundo de uma maneira em que eles não poderiam ver Deus de outra forma" (A. T. Jones, Sermão nº 20, publicado no Boletim da Conferência Geral de 1895, de 27 de fevereiro de 1895, página 378).

Novamente A. T. Jones escreve: "Estude o processo. Há o Pai, habitando na luz de quem nenhum homem pode aproximar-se, a quem nenhum homem viu nem pode ver, de tal glória transcendente, de tal brilho e santidade que a tudo consome, que nenhum homem poderia olhar para Ele e viver. Mas o Pai quer que nos olhemos para Ele e vivamos. Portanto, o unigênito do Pai entregou-Se livremente como o dom e Se tornou nós em carne humana que o Pai nEle possa assim velar Sua glória consumidora e os raios de Sua luz, para que possamos olhar e viver. E quando olhamos para lá e vivemos, aquela luminosa, brilhante glória no rosto de Jesus Cristo brilha em nossos corações e é refletida para o mundo" (A. T. Jones, Sermão de nº 23, publicado no Boletim da Conferência Geral de 1895, de 4 de marco de 1895, página 449).

Só o Filho de Deus pode representar Seu Pai a qualquer uma das inteligências criadas do universo. Em Sua infinita sabedoria, Deus é assim revelado aos homens pecadores para que eles possam contemplá-Lo e viver. Moisés, um pecador como o resto da humanidade descendia de Adão,e precisava desse "véu" para olhar para Deus em Cristo e viver. Contemplando essa glória velada trouxe a genuína resposta de adoração que Moisés rendeu a Deus. Foi esta forma velada de Deus, nosso Pai, que foi mostrado a Moisés, quando ele pediu-lhe para lhe mostrar a Sua glória. Tão grande era essa glória, mesmo velada, por meio do pré-encarnado Filho de Deus (Miguel) que Moisés em sua natureza caída e pecaminosa só foi permitido ver o Filho de Deus "pelas costas" a fim de permanecer vivo! (Êxodo 33:18-23)

Em 1ª Coríntios 10:1-4 Paulo expressou novamente o tipo de libertação do pecado que o Êxodo representou. Por meio do simbolismo de ser coberto pela nuvem (justiça de Cristo), passando pelo Mar Vermelho (batismo pelas águas) e, em seguida, chegar com segurança em terra seca para comer e beber dessa mesma rocha espiritual. “E A PEDRA ERA CRISTO” (vs 4, ú.p.). Sua justiça é novamente simbolizado pelo pão da vida — o maná que logo depois caiu do céu (Êxodo 16:15).

A adoração do bezerro de ouro representa qualquer falsa adoração que o diabo tem causado as mentes egocêntricas demonstrarem. Se tão somente nos lembramos do contínuo foco sobre o maravilhoso dom de Cristo e Sua justiça nós nos tornaríamos menos inclinados a adorar deuses que não são deuses de modo algum. Queremos ter poder para adorar o Deus verdadeiro e Seu Filho “em Espírito e em Verdade” (João 4:24).

Ellen White escreveu certa vez que João 17 deve ser o "credo" da Igreja Adventista do Sétimo dia. No versículo 3 Jesus ora ao Pai, dizendo: "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo a quem enviaste."

Que possamos saber, adorar, honrar e louvar, nosso Pai, e Seu Filho, pois isto é, de fato, a vida eterna!


- Michael Delaney


O irmão Michael Delaney é um ativo adventista do sétimo dia já por mais de 33 anos. Em várias congregações locais ele atuou como, primeiro diácono e, recentemente, foi ordenado pastor. Ele recebeu treinamento teológico e músical nos colégios adventistas West Indies College em Jamaica e Oakwood College em Huntsville, no estado do Alabama, EUA. Ele efetuou várias viagens missionárias pelo Caribe, nas Ilhas Turcas e Caicos, um território britânico ultramarino, onde atuou como evangelista conduzindo uma cruzada de 5 semanas, também pregando e ensinado na República Dominicana em várias ocasiões. Fez muitas viagens para a Jamaica, onde proveu música para numerosos eventos da Organização Adventista bem como em várias igrejas. Além disso, ele esteve envolvido com o ministério de prisão em quase todas as grandes cidades os EUA, bem como visitou instituições penitenciárias em Bermuda e Londres, Grã-Bretanha. Como músico cristão, ele viajou extensamente por todo os Estados Unidos, Canadá, Caribe e já se apresentou em concertos em Londres, Alemanha, Bermuda. Atualmente, ele ensina um curso de Bíblia Sistemática enfatizando o evangelho de Cristo e Sua justiça, com os membros de uma igreja adventista em Orlando, na Flórida, EUA. Michael é um escritor com vários artigos publicados no Southern Tidings, um jornal adventista do sul dos Estados Unidos, e escreveu um livro prestes a ser publicado. Michael participou musicalmente em numerosas conferências do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888 e como palestrante.


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