sexta-feira, 26 de junho de 2009

Lição 13 - Missão

Grande tempo, despesas, esforço e cuidado, são gastos em nossa missão para conquistar uma alma. A mensagem do terceiro anjo tem sido a base de nossa missão Adventista já por 140 anos ou mais. A (*membresia da) igreja mundial aproxima-se de 20 milhões, com uma multidão de escolas, casas editoras, hospitais, e organizações auxiliares.

Qual é o número "mágico" que desencadeará o desfecho final? Estaríamos algo mais perto do retorno de Jesus (*se) a mensagem do terceiro anjo ainda durasse outros 140 anos? Há uma missão de auto-propagação que apresse o retorno do Senhor? Como é a grande comissão do evangelho a ser concluída (Mat. 28:19, 20)?

Parece que os primeiros cristãos não necessitaram ser aguilhoados para compartilhar (*a mensagem) com seus vizinhos. "não somente na macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se espalhou, de tal maneira que já dela não temos necessidade de falar coisa alguma” (1 Tess. 1:8). Era um sonho do pastor-evangelista. Todos eram ganhadores de almas, altamente motivados.

Paulo revela a fonte do zelo pela missão quando escreve: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Cor. 5:14, 15). Compreenderam que se Um não tinha morrido por todos, então todos estariam perdidos. Então deviam a própria vida a Jesus e não podiam mais viver para si. Viveram para compartilhar a boa nova do dom de Jesus a outros. Toda auto-motivação desapareceu. O resultado era que judeus e Gentios responderam à Palavra de salvação do pecado.

Este entendimento do evangelho aconteceu no Pentecostes. Pedro proclamou a seus companheiros: "Mas vós negastes o Santo e o Justo, e matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas.” “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos" (Atos 3:14, 15, 19). Como o significado de morte dos Jesus na cruz foi ensinado, as pessoas viam que Ele morreu o equivalente à segunda morte pelo salário do pecado. Este presente de amor divino, o Espírito usou para convencer corações do pecado, e eles se arrependeram. A conseqüência foi 3000 almas adicionadas ao corpo de Cristo num único dia.

Este foi o resultado da primeira chuva do Espírito no Pentecostes sinalizando o começo de ministério de Cristo como Sumo Sacerdote. A chuva serôdia é prometida ao povo de Deus no fim do Seu ministério neste Dia de Expiação com o suporte do Espírito. A mensagem do alto clamor é a cruz levantada. Quando pecadores vêem este grande amor de Deus e apreciam a morte de Cristo em seu lugar, sua gratidão será expressada pelo artigo genuíno de fé, que os trará à harmonia com toda a vontade de Deus.

Ellen White em visão testemunhou o que acontecerá segunda vez novamente (“the second time around,” *isto é, o alto clamor, que se iniciou com a mensagem dada em 1888, tendo sido rejeitada, agora deveria ser pregada segunda vez, novamente.):

“A luz que se derramou sobre os expectantes penetrou por toda parte, e aqueles, nas igrejas, que tinham alguma luz ... obedeceram à chamada ... Um poder compulsivo movia os sinceros. ...”

"Servos de Deus, dotados de poder do alto, com rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para proclamar a mensagem provinda do Céu. Almas que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas responderam à chamada, e os que eram preciosos retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas, assim como fora Ló retirado às pressas de Sodoma antes de sua destruição"1 e 3.

Em 1888 o Senhor "enviou-nos o começo” dessa mensagem. Ellen White chamou-a "a luz que irá iluminar a terra com sua glória". Tivesse sido aceita, "então a forte e aclara luz daquele outro anjo que desce do céu, tendo grande poder, teria enchido a terra com sua glória... Mensageiros celestiais lamentaram, impacientes pela demora. ... Os anjos do céu procuravam comunicar por agências humanas justificação pela fé, a justiça de Cristo". "O alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo"2.

Uma tal missão de auto-propagação (*de ‘um poder compulsivo’) deve focalizar nossa atenção no que deve ser recuperado (*—a mensagem da justiça de Cristo, que nos foi outorgada em 1888). Jesus merece Sua recompensa de uma noiva que responde Seu amor para com ela. (*Ela estará então preparada, para que Ele possa vir. Apoc. 19:7) Essa futura noiva deve incluir muitos dos que ainda estão em Babilônia esperando por serem chamados dela.

-Paul E. Penno

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.

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Notas do pastor Paulo Penno:

1) Ellen G. White, Primeiros Escritos, pp. 278, 279, ênfase adicionada.

2) Ellen G. White, Materiais de 1888, paginas 673, 1070-1073, ênfase acrescida. (*Estes “Materiais de 1888,” são 1841 páginas que a Conferência Geral publicou em 1988, no centenário da Assembléia da Conferência Geral de 1888. São 4 volumes xerocopiados de materiais que Ellen G. White escreveu sobre 1888 e que ainda não haviam sido publicados. As xérox são dos próprios originais em inglês).

Nota do tradutor:

3) Leia o artigo “O Alto Clamor,” no 1º volume de Primeiros Escritos, começando na página 277 até 279. É uma detalhada descrição da nossa Missão, e da capacitação para exercê-la. O 4º anjo é comissionado para descer à Terra, a fim de unir sua voz com o terceiro anjo, e dar poder e força à sua mensagem. Grande poder e glória foram comunicados ao anjo, e, descendo ele, a Terra foi iluminada com sua glória” (p. 277,1º§).

Note que a glória que ilumina a terra não é nossa, ela é trazida pelo 4º anjo (Apoc. 18:1), mas nos é comunicada de tal modo e com tanto poder, “grande autoridade,” para dar poder e força à mensagem,” que João parece chamá-la nossa, “e a terra foi iluminada com a sua glória.”

Nas duas páginas seguintes, incluindo o texto citado pelo pastor Paulo Peno, lê-se:

“... Vi então outro poderoso anjo comissionado para descer à Terra, a fim de unir sua voz com o terceiro anjo, e dar poder e força à sua mensagem. Grande poder e glória foram comunicados ao anjo, e, descendo ele, a Terra foi iluminada com sua glória. A luz que acompanhava este anjo penetrou por toda parte, ao clamar ele poderosamente, com grande voz ... a mensagem da queda de Babilônia, conforme é dada pelo segundo anjo, é repetida com a menção adicional das corrupções que têm entrado nas igrejas desde 1844. A obra desse anjo vem, no tempo devido, unir-se à última grande obra da mensagem do terceiro anjo, ao tomar esta o volume de um alto clamor. E o povo de Deus assim se prepara para estar em pé na hora da tentação que em breve devem enfrentar. Vi uma grande luz repousando sobre eles, e uniram-se destemidamente para proclamar a mensagem do terceiro anjo.

Foram enviados anjos para ajudar o poderoso anjo do Céu, e ouvi vozes que pareciam fazer ressoar em toda parte: "Sai dela, povo Meu, ... Essa mensagem pareceu ser adicional à terceira mensagem, unindo-se a ela, assim como o clamor da meia-noite se uniu à mensagem do segundo anjo em 1844. A glória de Deus repousou sobre os santos, pacientes e expectantes, e deram fielmente a última advertência solene, proclamando a queda de Babilônia, e chamando o povo de Deus para sair dela para que possam escapar de sua terrível condenação.

“A luz que se derramou sobre os expectantes penetrou por toda parte, e aqueles, nas igrejas, que tinham alguma luz e que não haviam ouvido e rejeitado as três mensagens, obedeceram à chamada, e deixaram as igrejas decaídas. Muitos tinham chegado à idade de responsabilidade pessoal, desde que estas mensagens haviam sido proclamadas, e resplandecera sobre eles a luz; e tiveram o privilégio de escolher a vida ou a morte. ... Um poder compulsivo movia os sinceros, ... Deus estava na obra, e cada santo, ... unia-se com os guardadores de todos os mandamentos de Deus; e com poder proclamaram amplamente a terceira mensagem. Vi que esta mensagem se encerrará com poder e força muito maiores do que o clamor da meia-noite.

“Servos de Deus, dotados de poder do alto, com rosto iluminado e resplandecendo com santa consagração, saíram para proclamar a mensagem provinda do Céu. Almas que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas responderam à chamada, e os que eram preciosos retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas, assim como fora Ló retirado às pressas de Sodoma antes de sua destruição. O povo de Deus foi fortalecido pela excelente glória que sobre ele repousava em grande abundância e o preparou para suportar a hora da tentação. Vi, por toda parte, uma multidão de vozes a dizer: "Aqui está a paciência dos santos: aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apoc. 14:12.


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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lição 12— Comunidade

(*No guia de estudos deste trimestre, em inglês,) o quadro de ilustração da lição 12 mostra uma “cruz “, e, à sua sombra, um grupo ou comunidade de indivíduos, e, ao fundo, um edifício de uma igreja. Esta ilustração trás três grupos de indivíduos à mente, e eu vejo cada grupo como uma comunidade ou grupo de pessoas.

1. A primeira comunidade inclui todo o mundo. O mundo inteiro está à sombra da cruz. "Todos os homens” receberam o dom de "justificação de vida" pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz (Rom. 5:18; John 3:16). "Mesmo esta vida terrestre devemos à morte de Cristo. O pão que comemos, é o preço de Seu corpo quebrantado. A água que bebemos é comprada com Seu derramado sangue. ... A cruz do Calvário acha-se estampada em cada pão. Reflete-se em toda fonte de água”. (O Desejado de Todas as Nações, pág. 660, 3º §).

2. (*O Segundo grupo) sob a persuasão do Espírito Santo, verão a morte do Cristo na cruz como sua morte (2ª Cor. 5:14). Com "uma profunda apreciação de coração" (fé); aceitarão o Amor de Deus fluindo da cruz no próprio coração. Pelo poder e ação do Espírito Santo este grupo une-se à comunidade de crentes conhecida como a igreja universal de Deus (1ª Cor. 12:13, Marcos 16:16). Esta comunidade foi chamada igreja invisível universal de Deus. Seus membros são conhecidos só por Ele e eles estão inteiramente à sombra da cruz.

3. (*O terceiro grupo), como a segunda comunidade de "membros", cresce em seu entendimento de que a morte do Cristo foi a sua morte, eles veem que Sua morte foi uma "morte pelo pecado" (Rom. 6:2 e 10). Eles também chegam a entender que Jesus Cristo é o Senhor de sua vida e que a vida dEle era também sua vida (vs. 11-13). Os membros desta comunidade veem a necessidade de batismo por imersão para simbolizar a morte deles em Cristo (vs. 3, 4). Eles então procuram o batismo de água por um representante de igreja visível de Deus. Tornam-se discípulos de Cristo como membros desse corpo (Mat. 28:19, 20). É desta terceira comunidade que trata a maior parte da nossa lição.

Domingo: Deus não está interessado em uma comunidade de um edifício, baseada nas normas sociais do mundo. Ele está interessado numa comunidade de crentes que aceita sua posição "nEle" (1ª Cor. 1:30; Gal.. 3:27-29).

Segunda-feira: A definição da Bíblia de um santo é achada em Salmo 50:5: "Ajuntai-Me os meus santos; aqueles que fizeram comigo uma aliança com sacrifício". O sacrifício referido neste verso é o sacrifício de Cristo como o Salvador do mundo. Sem levar em conta seus dons e talentos recebidos de Deus, cada membro da igreja é especialmente valioso a Deus e vital à boa saúde da igreja.

Terça-feira: "O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito, que somos filhos de Deus: e, se somos filhos, somos logo herdeiros também; herdeiros de Deus, e co-herdeiros com Cristo: se é certo que com Ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados" (Rom. 8:16, 17).

"Eu Sou o bom Pastor: o bom de Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge: e o lobo as arrebata, e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas" (João 10:11-13).

Como filhos de Deus e co-herdeiros com Jesus, nós temos uma responsabilidade pelas Suas ovelhas. Somos "sob pastores.” Nosso papel e responsabilidade em discipulado na igreja serão ditados por nossos talentos, a necessidades, e a influência do Espírito Santo.

Quarta-feira: "'Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão e sabedoria. Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, e tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz" (Tiago 3:13-18).

O princípio aqui apresentado é o produto natural da religião cristã. Especialmente esses que são empenhados em proclamar a última mensagem solene a um mundo moribundo irão procurar cumprir esta Escritura. Embora possuindo temperamentos e disposições diferentes, eles entenderão claramente todas as questões de crença religiosa. Falarão as mesmas coisas; terão o mesmo julgamento; serão um em Cristo Jesus.

"Estamos aqui hoje para comparar idéias e formar planos de modo que todos possamos trabalhar em harmonia. Ninguém deve achar que sua opinião é perfeita, que suas idéias estão acima de crítica, e que pode prosseguir em um caminho próprio, sem ter em conta as opiniões dos outros com os quais ele está unido na obra. Quando nós pensamos que sabemos tudo o que vale a pena saber, nós estamos numa posição onde Deus não nos pode usar. A terceira mensagem anjélica não é uma mensagem estreita (*esclusivista). É mundial (*totalmente inclusiva); e devemos estar unidos, tanto quanto possível, na maneira de apresentá-la ao mundo" (Esboços Históricos das Missões Estrangeiras Adventistas do Sétimo-Dia, pág. 124).

A nota da lição menciona a Nova Jerusalém. Apocalipse 7 lista os doze grupos de pessoas chamados pelos nomes das doze tribos de Israel. Estes doze nomes são típicos das características das pessoas que têm esse nome. Simbolizam todos os tipos de pessoas que Deus deseja salvar. O Espírito Santo trabalha neste mundo para preparar-nos para o céu. Tem um "novo coração" para cada um de nós, e Deus tem um portão na Cidade Santa esperando para que nós possamos passar por ele.

Quinta-feira: "O Senhor poderia difundir Sua obra sem nossa cooperação. Ele não depende de nós, de nosso dinheiro, nosso tempo, nem do nosso trabalho. Mas a igreja é muito preciosa à Sua vista. É o cofre que contém Suas jóias, o curral que abriga Seu rebanho, e Ele anseia vê-lo sem mancha ou nódoa. Ele a ama com amor inexprimível. Isto é o motivo por que Ele nos deu oportunidades de trabalhar para Ele, e Ele aceita nosso trabalho como símbolo de nosso amor e lealdade" (Testemunhos para a Igreja, vol. 6, pág. 261).

"Deixe estar em você, a mesma mente que estava também em Cristo Jesus" (Fil. 2:5, KJV). Quando nós verdadeiramente tivermos a mente de Cristo dentro de nós, a igreja será preciosa à nossa vista. Nós verdadeiramente a veremos como o corpo de Cristo! Apreciaremos estar na igreja assim como apreciamos estar "em Cristo" como falado nas Escrituras Sagradas. Esta apreciação de Jesus e Sua igreja nos "constrangerá" a serviço cada vez maior.

Sexta-feira: Somos lembrados de que Cristo é a cabeça da Sua Igreja. Estando acordes com "esta" Cabeça, viveremos em unidade "em Cristo".

J. B. Jablonsk

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira


Nota do tradutor:

“Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Devemos esquecer-nos a nós mesmos, sempre à espreita de oportunidades - mesmo em coisas pequeninas - para mostrar gratidão pelos favores recebidos de outros, e estar atentos para observar oportunidades para animar outros, confortando-os em suas tristezas e aliviando-lhes as cargas por mostras de terna bondade e pequenos atos de amor. Essas atenciosas cortesias que, iniciando-se em nossa família, estendem-se até fora do círculo familiar, ajudam a perfazer a soma da vida feliz; e a negligência desses pequeninos atos perfaz a soma das tristezas e amarguras da vida.” Testimonies, vol. 3, págs. 539 e 540, e Mente Caráter e Personalidade, vol 1, págs 85 e 86.


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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Lição 11—Mordomia

Há uma melhor palavra que "mordomia" para descrever nosso relacionamento com Jesus no Seu trabalho de proclamar o evangelho "a cada criatura"?

Jesus disse, "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a cada criatura" (Marcos 16:15).

A) Esse comando de Jesus exige que apoiemos os que "vão".

B) Isto significa, antes de tudo, o devolver o dízimo—um décimo de nosso "real ganho" que o Senhor nos dá.

C) Não é uma tributação legalística sobre nós; é companheirismo com Jesus no Seu trabalho. É trabalhar juntos com o Senhor Jesus na Sua obra de proclamar o evangelho "a toda criatura", "em todo o mundo".

D) Este é o trabalho que o Senhor Jesus ama. Um "mordomo" é alguém que preocupa-se com a propriedade; a palavra "mordomia" pode ser entendida implicando uma conexão legalística com o Senhor Jesus no Seu trabalho de proclamar o evangelho a "cada criatura".

E) Mas é muito infinitamente além disso; você nunca chega realmente a conhecer alguém até que você se empenhe a trabalhar com tal indivíduo em cavar a vala; "mordomia," corretamente entendida, é entrar no fundo da vala cavando com o Senhor Jesus; compartilhando Seu peso de coração pelo mundo1.

F) Jesus disse "Ide..." e isso exige que apoiemos os que dão a vida para "ir".

G) O seu "ir" pode não ser a África2, nem a qualquer tal lugar romântico no estrangeiro, mas pode querer dizer a porta ao lado (*o vizinho); ou pode querer dizer, ensinando (*o correto) "evangelho eterno" em vez de (*mensagens) legalístidca às crianças e jovens em sua igreja local no sábado.

H) Se os nossos corações puderem ser "aumentados" para compreender a "largura, e comprimento, e profundidade, e altura" do amor [Ágape] de Cristo no verdadeiro evangelho (cf. Efésios 3:14-21; Salmo 119:32), o Espírito Santo assumirá o nosso ministério e nosso ensino; e tudo que nós fizermos para o Senhor Jesus produzirá fruto eterno.

(I) Isso será uma feliz "mordomia," tanto para agora como por toda a eternidade.

Robert J. Wieland

Tradução e acréscimos, inclusive nos textos compilados do Esp. de Profecia, de João Soares da Silveira.

Notas do tradutor:

1) “Deus não depende dos homens para a manutenção de Sua causa. ... Poderia ter idealizado meios pelos quais houvessem sido enviados anjos para anunciar a verdade ao mundo sem a instrumentalidade humana. Poderia haver escrito a verdade nos Céus, ... Seja qual for a necessidade de nossa participação no progresso da causa de Deus, isso foi propositadamente arranjado por Ele para nosso bem. Honrou-nos tornando-nos coobreiros Seus. ... pôs os pobres ... entre nós para despertar-nos simpatia e amor cristãos.

“A treva moral de um mundo arruinado pleiteia com os cristãos, homens e mulheres, para exercerem esforços pessoais, darem de seus meios e de sua influência, de modo a serem assemelhados à imagem dAquele que, embora possuísse infinitas riquezas, tornou-Se todavia pobre por amor de nós” (Testemunhos Seletos, vol.1, págs. 339 e 370).

“O amor será revelado no sacrifício. O plano de salvação foi estabelecido através de sacrifício - um sacrifício tão profundo, amplo e alto, que é incomensurável. Cristo entregou tudo por nós” (Conselhos Sobre Mordomia, págs. 197).

Sua dádiva não foi consistente apenas de bens materiais. O “tudo” para Ele incluiu o Seu próprio ser, “Ele revestiu sua divindade com humanidade” (Review and Herald, 28/08/1888) e passou a ter nossa natureza humana caída que Ele assumiu. “Ele consentiu em tomar a vestimenta da humanidade para torna-Se um com a raça caída” (Signs of the Times, 25/04/1892) Se Ele tivesse vindo a este mundo diferente de nós, ainda que na simples sombra de um único grau, não teria descido ao fundo da vala em que nos atolamos, e não poderia ser nosso Exemplo, nem Redentor. Sua humilhação constitu-se na glória do evangelho. “Ele humilhou-Se ao tomar a natureza do homem em sua condição caída, mas Ele não foi maculado pelo pecado” (Maniscrito 93, de 1893, pág. 3).

“Entreguemo-nos num sacrifício vivo, dando a Jesus tudo o que temos. É Seu; somos-Lhe possessão adquirida. Os que recebem Sua graça, que contemplam a cruz do Calvário, não questionarão sobre a proporção em que dar, mas sentirão que a mais rica oferta é demasiado mesquinha, completamente desproporcionada, ante a grande dádiva do Filho unigênito do infinito Deus” (Review and Herald de 14/07/1896).

“As Escrituras exigem que os cristãos adotem um plano de beneficência ativa, que mantenha em constante exercício o interesse pela salvação de seus semelhantes. A lei moral ... não era um fardo, senão quando aquela lei era transgredida, ... o sistema dizimal não era nenhuma carga para os que não se apartavam desse plano.” (Testemunhos Seletos, vol.1, pág. 371).

“O plano de Moisés no deserto para alcançar meios teve grande êxito. Não houve necessidade de compulsão. Moisés não fez um grande banquete. Não convidou o povo para cenas de alegria, dança, (*bazares, festa do milho ou de outras comidas típicas, bingos, quermesses e jogos), divertimentos em geral. Tampouco instituiu ele loterias (*rifas) ou qualquer outra coisa profana dessa espécie a fim de obter recursos para construir o tabernáculo de Deus no deserto” (Conselhos Sobre Mordomia, págs. 202 e 203) “Todos esses métodos de trazer dinheiro para Seu tesouro são para Ele uma abominação” (idem, pág. 205).

“Pode o pastor ser o amigo íntimo de algum homem abastado, e pode este ser muito liberal para com ele; isso agrada ao pastor, que por seu turno não economiza louvores à beneficência de seu doador. Seu nome pode ser exaltado ao aparecer na imprensa, no entanto pode esse liberal doador ser completamente indigno do crédito que lhe é dado.

“Sua liberalidade não proveio de um profundo e vivo princípio de fazer o bem com seus recursos, para fazer a causa de Deus avançar porque a apreciava, mas por algum motivo egoísta, o desejo de ser julgado liberal. ... Dá por espasmos; sua bolsa se abre espasmodicamente e com a mesma certeza espasmodicamente se fecha. Não merece elogio, pois é, em todo o sentido da palavra, um homem mesquinho;

“Esses acordarão, finalmente, de um horrível engano próprio. Os que lhes louvavam a espasmódica liberalidade, ajudaram Satanás a enganá-los, fazendo-os pensar que eram muito liberais, que se sacrificavam muito, quando nem conheciam os fundamentais princípios da liberalidade ou do sacrifício próprio. (idem págs. 205 e 206; Testimonies, vol. 1, págs. 475 e 476).

2) Conheci pessoalmente o pastor Roberto Wieland e encontrei-me com ele e o ouvi pregar em muitas ocasiões, especialmente em congressos e seminários, campais e na conferência Geral de 2000 no Canadá, bem como participei com ele da comissão do Grupo de estudos da mensagem de 1888. Minha esposa e eu o ouvimos pregar no “King College”, após o encerramento daquela assembléia. Posso falar como testemunha ocular da dedicação deste servo de Deus. Eu sempre senti no coração a sinceridade dele, quer pelas atitudes bem como pelas palavras e a maneira de se expressar.

Robert J. Wieland, pastor adventista ordenado, com um total de quase 55 anos de serviço à Igreja Adventista do Sétimo Dia, 25 anos vividos na África, como departamental, fundador da Voz da Esperança na África Oriental, bem como autor e editor da casa publicadora "Africa Herald Publishing House", e consultor do editorial "Adventist All Africa Editorial". Ele, hoje é ancião de uma igreja adventista no estado da Califórnia, e já serve à igreja por mais de 55 anos, vinte deles no Quênia e Uganda. É um dos fundadores da Comissão para o Estudo da Mensagem de 1888. Hoje Ele não pode mais "ir" fisicamente, à África, mas o seu coração ainda ali está. Assim pode dele ser dito que obedeceu o chamado “ide”.

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Lição 10 -- Discipulado

O que é discipulado a Jesus? É o chamado de Jesus para segui-Lo, o Cordeiro de Deus (João 1:36), como um eterno aprendiz, "completo"1 ["plenamente treinado," Lucas 6:40, NVI]; em serviço para o Mestre ["pescadores de homens," Mat. 4:19]. O Discipulado, então, envolve: 1º) o chamado inicial de Jesus; 2º) o Mestre ensinando estudantes que estão abertos a toda a verdade para perfeição, e, 3º) quer seja como um obreiro de tempo integral, ou como o trabalho missionário (*de um leigo) envolvidos em ganhar almas para Cristo.2

Quem Jesus chama para segui-Lo? "Aos que Ele predestinou, a estes também chamou" (Rom. 8:30). Quem Ele predestinou? "Os que dantes conheceu também os predestinou" (vs. 29). Quem Ele conheceu? Somos levados à conclusão de que Ele conheceu a todo o mundo. Então cada alma que jamais viveu na terra foi conhecida por Jesus e predestinada para ser chamada por nome a Seu serviço.

Como Jesus plenamente os treina em perfeição cristã; "para serem conformes à imagem do Seu Filho" (vs. 29)? "Aos que predestinou a estes também chamou, e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (vs. 30). Aqui está uma verdade maravilhosa, não plenamente recuperada desde o tempo em que o Apóstolo Paulo escreveu estas palavras.

Todo o mundo é chamado por Jesus. Assim todo o mundo é justificado por Jesus. Num sentido objetivo, a morte de Cristo é um ato tão extravagantemente compreensivo, que envolve o globo, de modo que Deus pode tratar a todo o mundo como perdoado por seu pecado. Este presente maravilhoso é envolto na pessoa de Jesus Cristo e este crucificado. Ele é literalmente dado por Deus a cada indivíduo.

Como justificação traz perfeição cristã? "E a quem Ele justificou, Ele também glorificou" (vs. 29, 30). Se quem recebe este presente de justificação legal o abre, terá o fruto de poder santificador na vida, revelado em glorificação final no aparecimento do Senhor. Tudo isto é predestinação de Deus para cada alma.3 Embora aos maus seja misericordiosamente concedido perdão temporário por um breve tempo de vida, por sua escolha de frustrar a graça de Deus eles infelizmente nunca experimentam os benefício — o perdão de seus pecados, e Seu poder desencadeado em sua vida.

Como esta mensagem maravilhosa sobre Jesus O pode capacitar a usar-nos como pescadores de homens? Assim como André, o ex-discípulo de João Batista, seguiu "o Cordeiro de Deus," e subsequentemente achou seu irmão Pedro (João 1:40), do mesmo modo nos foi dado uma visão de Jesus Cristo que é inclusiva de cada nação, tribo, língua, e povo.4 Seu amor é tão extravagante que inclui cada alma com uma atmosfera da Sua graça. Somos apenas uma fragrância que vem juntamente fornecer um incentivo adicional para essa alma seguir a Jesus (*João 1: 35 - 37).

Foi dada a você uma revelação de Jesus Cristo? Certamente. Na circunstância peculiar em que você está, Jesus o chamou, e lhe dá uma visão de Si mesmo crucificado por você.

O testemunho de uma jovem senhora teve grande efeito num tempo crítico em sua vida; quando sua mãe estava com uma doença terminal Jesus mostrou-Se a ela numa visão. O viu em pé perante ela estendendo Sua mão e lhe falando na própria língua e dialeto específico dela. Isto foi para ela um convite para nunca retirar a sua mão do Salvador, mas sempre deixá-Lo dirigir sua vida. Esta comissão para serviço pelas mãos do Salvador, perfuradas pelos cravos, é tanto uma ordenação das invisíveis mãos como uma formal imposição de mãos num serviço de ordenação de ancião ou pastor de igreja.

Você não necessita ter tal manifestação visível do chamado de Jesus ao serviço. Você tem algo igualmente confirmado do seu chamado ao discipulado. Jesus diz a você, "Ide portanto. ... Estou com você todos os dias, até o fim do mundo" (Mat. 28:19, 20). É aí exatamente onde você está agora, no “fim do mundo". Você é ordenado pelas invisíveis perfuradas mãos de Jesus.

Paul E. Penno


Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.


Notas do tradutor:


1) ”Todo que for perfeito será como seu mestre” ( Lucas 6:40, KJV e Almeida Fiel); “bem instruído” (Almeida Contemporânea, e edição Revisada).


2) No Comentário Bíblico Adventista, vol. 5, pág. 909 lemos: “Os seguidores não interromperam de imediato suas ocupações usuais e se tornaram discípulos no completo sentido da palavra. Não até um ano depois, na primavera do ano 29 d.C., quando receberam o chamado para discipulado permanente (ver Lucas 5: 1 e 11), somente então poderia ser dito que ‘deixaram tudo, e O seguiram’, Lucas 5:11, ú. p.”.

Inicialmente todos vamos a Cristo por interesses pessoais, egoísticos. Os discípulos esperavam que Jesus restabelecesse o poder de Israel, e ansiavam por alguma importante posição no futuro governo. Mas por contemplarmos a Cristo somos transformados. Isto é o que ocorreu com os discípulos. Nossa aproximação a Deus não deve ser “pela esperança de recompensa ou pelo temor do castigo, mas pelo sincero desejo de reivindicarmos o caráter de Deus”. Entretanto inicialmente todos nós vamos a Cristo por motivos egoísticos, depois é que somos transformados.

"O Rei da Glória muito Se humilhou ao revestir-Se da humanidade. Rude e ingrato foi Seu ambiente terrestre. Sua glória foi velada, para que a majestade de Sua aparência exterior não se tornasse objeto de atração. Esquivava-Se a toda exibição exterior. Riquezas, honras terrestres e humana grandeza nunca poderão salvar ... . Jesus Se propôs que nenhuma atração de natureza terrena levasse homens ao Seu lado. Unicamente a beleza da verdade celeste devia atrair os que O seguissem. O caráter do Messias fora desde há muito predito na profecia, e era Seu desejo que os homens O aceitassem em razão do testemunho da Palavra de Deus" O Desejado de Todas as Nações, pág. 43, primeiros dois §§ do cap. 4).


3)Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor ... o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. ... Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano.

“O Salvador crucificado deve aparecer em Sua eficaz obra como o Cordeiro sacrificado, sentado no trono, para dispensar as inestimáveis bênçãos do concerto, os benefícios que Sua morte concederia a cada alma que nEle cresse. ...

“Os séculos, o tempo, nunca poderão diminuir a eficácia de Seu sacrifício expiatório.” Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91 a 93 (grifamos). Deus olha a cada pecador como Seu amigo (Rom.5: 8 e 10)


4) A Bíblia é abundantemente clara que o evangelho é todo-inclusivo, irrevogável, e contem uma boa nova incondicional: Jesus é o Salvador do mundo; é o Salvador de todos os homens. Este é um dos elementos singulares, essenciais da mensagem de 1888: O sacrifício de Cristo não é meramente provisional mas eficaz para o mundo inteiro, de modo que a única razão pela qual alguém pode perder-se é por preferir resistir à graça salvadora de Deus. Para aqueles que por fim se salvarão, Deus foi quem tomou a iniciativa; no caso dos que se perderem, eles é que assim escolheram. A salvação é pela fé; a condenação é por descrença. Se você compreende e crê quão boas são as boas novas será difícil estar perdido e fácil ser salvo. Uma vez que Cristo já pagou a penalidade do pecado de todo homem, a única razão por que alguém pode ser condenado no final é a persistente descrença, Isto é o que aconteceu com os israelitas quando já estavam às portas da terra prometida: nela não puderam entrar por causa da sua incredulidade” (Hebreus 3:19).

Qual é a Cruz do Discípulo?

A perguntas de nº 3 nos fala de alguns “princípios” do discipulado e a 6ª nos indaga qual é o custo do discipulado. É-nos dado o texto de Marcos 8:31-38. O verso 34 diz: “Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sai cruz e siga-me.”

Permitam-me relembrar-lhes de que o custo de discipulado é o que "tudo" significa para você.

O pelo jovem príncipe rico, não tinha abandonado tudo para servir a Deus. Para ele "tudo" era sua grande riqueza. "Tudo", é diferente para cada um de nós.

Para Maria, mãe de Jesus, foi pedido sacrificar a única coisa que valia algo a uma mulher jovem pobre na sua sociedade—sua pura reputação. Estar grávida antes de se casar era tornar-se inelegível para o matrimônio.

A mulher com a doença aflitiva arriscou passar por severo constrangimento público se fosse exigido explicar sua situação a Jesus. Ele estava constantemente cercado pelas multidões, então qualquer explicação teria sido para todos ouvirem. Além do embaraço, ela arriscou ser alvo de grande raiva por parte da multidão porque qualquer que a tocasse ou a suas vestes, seria considerado imundo por sete dias.

A mulher junto ao poço tinha tido muitos segredos que provavelmente a confrontaram em alguma maneira diariamente. Jesus ganhou sua confiança, ela correu a seus vizinhos para contar-lhes sobre Ele.

Martha é a única mulher citada em nossa lição que recebeu um negativo mas suave comentário de Jesus. Permitiu que seu desejo por um amável, bem administrado lar e vida, a mantivessem fora do discipulado. Era tão sega que isto a impediu de ver a melhor escolha que sua irmã Maria tinha feito. Martha podia ter racionalizado que "limpeza segue-se a santidade”, mas Jesus não quis dizer isso. Ele espera que dirijamos razoavelmente vidas limpas e em ordem, mas não ao custo do discipulado. A história de Lazaro nos fala de um final feliz para Martha. Ela disse a Jesus, "Sim, Senhor, eu creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo" (João 11:27). Onde quer que seu "tudo" estivesse, ela estava disposta a fazer esta forte declaração de fé ao Homem que desafiou sua necessidade de controle em sua vida.

Maria Madalena, nada teve a perder. Era a pior pessoa que havia na sua sociedade. Mas ela tinha visto algo que ninguém mais vir. Ela viu e entendeu a cruz. Agüentou todo o desprezo, desdém, e zombaria que deve ter sido dirigida a ela a fim de estar perto de Jesus.

Muitos têm entendido mal o conceito de suportar uma cruz. Pensam que é uma doença física, ou crianças instáveis, ou simplesmente os pesos da vida num mundo pecaminoso. Em realidade, todos temos a mesma cruz que Cristo teve, resumida pela Sua declaração, "não se faça a Minha vontade, mas a Tua".

Essa cruz é a nossa carne pecaminosa que é inclinação para o eu. Cristo veio na semelhança dessa carne pecaminosa e por negar Sua vontade, conquistou-a. E Ele nos dá essa vitória.

Quando Cristo leu de Isaias na sinagoga de Nazaré, uma das coisas que Ele disse que havia se cumprido naquele dia era: "Enviou-Me a pregar liberdade aos cativos”, (Lucas 4:18, citando Isaias 61:1). Que cativos? Nós que somos cativos do pecado.

Há uma atitude perigosa concernente à vitória sobre o cativeiro do pecado ocorrendo no pensamento de alguns cristãos. É uma resignação de que há certos pecados sobre os quais eles simplesmente não podem obter vitória. Racionalizam: "—esta é a maneira que eu sempre serei, Deus entende e ainda me ama. Eu simplesmente terei que continuar pecando até que Jesus volte, vitória para mim não é possível". Mas Jesus confirmou que veio de Deus para proclamar liberdade de pecado aos cativos.

Isto pode não parecer tão sério até lermos o que João diz sobre falsos profetas: Como um pai preparando seus filhos para provações futuras, Cristo revelou o futuro no discurso no monte das Oliveiras. Advertiu-os de que haveria falsos cristos que tentariam enganá-los.

“AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo”, (1ª João 4: 1-4) (*Veja a nota 6 abaixo).

“Evidentemente, o melhor caminho é sempre conhecer a verdade. Estar arraigado no que é certo é o caminho mais seguro para conhecer o que é errado” (grifamos).

Em seguida leia o que está destacado no quadro do roda-pé da mesma página:

“De que outros modos podemos ser desviados do caminho por algo que usurpe o lugar que só Cristo merece em nosso coração?” (grifamos).

O Caminho Seguro para Identificar um falso pregador está claramente definido para nós pelo apóstolo João em sua primeira epístola conforme salientado pela irmã Arlene Hill.

Agora vejamos: O salmista exclama jubilosamente “O teu caminho, ó Deus, está no santuário,” Sl. 77:13.

Hebreus 10:19 e 20: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela Sua carne,”

Este caminho para o Santíssimo foi consagrado por Jesus por viver Sua vida perfeita na Sua carne, isso é, na carne humana caída, pecaminosa, que Ele tomou na encarnação. Hebreus 2:14 diz, "E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas,”

Você vê, o ministério Sumo sacerdotal no Santíssimo do Santuário celestial, é através de um Sumo Sacerdote divino-humano, que assumiu a natureza pecaminosa que tenho, e, mesmo revestido deste equipamento desfavorável, defeituoso, pelo poder de Deus venceu o inimigo, e não pecou, em momento algum.

Assim Ele sempre foi, continuará sendo, e é “Santo, Santo, Santo”, Isaias 6:3 e Apoc. 4:8 (confira também: Marcos 1:24; Lucas 1:35; 4:34; João14:30, etc...), pois nunca pecou. Esta verdade é parte essencial da “mui preciosa mensagem” que “o Senhor, em Sua grande misericórdia”, nos enviou há mais de 120 anos atrás através de dois mensageiros. (*Veja Testemunhos para Ministros págs. 91 em diante)

Um deles, Alonzo T. Jones, assim se expressa:

"Na Sua vinda na carne—tendo sido feito em todas coisas como nós, e tendo sido tentado em todos pontos como somos—Ele identificou-Se com cada alma humana exatamente onde essa alma está. E do lugar onde cada alma humana está, Ele consagrou para essa alma um novo e vivo caminho através de todas as vicissitudes e experiências de uma vida inteira, e mesmo através da morte, da sepultura e no Santíssimo na mão direita de Deus para sempre.

"Oh! aquele caminho consagrado! Consagrado pela Suas tentações e sofrimentos, pela Suas orações e lágrimas, pela Sua vida santa e morte sacrifical, pela Sua triunfante ressurreição e ascensão gloriosa, e pela Sua entrada triunfal no Santíssimo, à mão direita do trono da Majestade nos céus!

"E este "caminho" Ele consagrou para nós. Ele, tendo se tornado um de nós, fez deste caminho nosso caminho; ele pertence a nós. Ele dotou cada alma com o divino direito de trilhar neste caminho consagrado, e por Ele ter feito isto, tendo-o feito na carne—na nossa carne caída—tornou possível, sim, Ele deu garantia real, que cada alma humana pode andar nesse caminho, em tudo que esse caminho é, e por ele entrar plena e livremente no Santíssimo. ...” (Grifos nossos).

A perfeição,... de caráter, é a meta cristã. ... . Cristo atingiu-a em carne humana caída neste mundo, e assim fez e consagrou um caminho pelo qual, nEle, cada crente o pode trilhar. Ele, o tendo alcançado, tornou-Se nosso grande Sumo Sacerdote, pelo Seu ministério sacerdotal no verdadeiro santuário para nos capacitar a atingi-lo..

Permitiremos nós que Ele faça isso em nós? Ele está desejoso de o fazer, e só não o fará se O obstarmos. Por lutar com Deus, como Jacó, até recebermos a bênção, nós permitimos que o "óleo" do Espírito Santo nos traga à experiência da perfeição que Ele nos deu pela Sua consagração—Seu caráter justo—como Ele a entende, não como nós entendemos perfeição.

A idéia é que se negamos que Cristo não pode vir à nossa carne e nos dar Sua vitória sobre o pecado, nós partilhamos do espírito do anticristo. Nós não podemos ver como Deus pode mudar nossas mentes para dar-nos vitória, mas insistir que queremos ver exatamente como Ele o fará, é andar por visão, não por fé.

Uma das abençoadas coisas que a mensagem de 1888 nos diz é que quando estamos "em Cristo", Sua vitória é nossa vitória. Não é que nos é dada força suficiente para superar a tentação, nós somos (*instados:) "deixe esta mente estar em você, que também esteve em Cristo Jesus(Fil. 2:5, KJV). Sua vitória na semelhança da nossa carne torna-se nossa vitória pela fé.

Alguns acham isto um paradoxo inacreditável. A. T. Jones (*um dos dois mensageiros de 1888) o descreveu assim:

"Eles dizem, 'eu não posso ver como, se estou em Cristo, eu deva reconhecer-me um desamparado pecador; pensei que se estava em Cristo, então eu podia agradecer ao Senhor que eu era bom, santo, inteiramente perfeito, santificado, e todo isso'. Por que não?. Ele é. Quando você está em Cristo, Ele (Cristo) é perfeito, Ele é justo, Ele é santo e nunca erra, e Sua santidade é imputada a você—é dada a você. Sua fidelidade, Sua perfeição é minha, mas eu não sou isso. ( Sermão de nº 9, do Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 178; A Terceira Mensagem Angélica, pág. 63).

Cristo obteve a vitória sobre o pecado e Ele quer nos dar Sua vitória. Seu triunfo é suficiente para nós. Como cremos em Sua vitória? A oração é simples: "Senhor, dá-me a mente de Cristo. Eu não tenho nenhuma força em mim para que Tu possas adicionar a ela; necessito de uma completa recriação de minha mente e vontade". Então, escolha crer que Ele a dá a você e louve a Deus por Seu inexprimível Dom!

Ele está desejoso de recriar a nossa mente, se O permitirmos, através da Sua Palavra que é Ele próprio. Ele é o Verbo (João 1:1). Da mesma forma Ele deseja recriar-nos. A salvação de nossas almas é uma recriação de nossas mentes. “Vivifica-me, ó Senhor, segundo a Tua palavra” (Salmos 119:107). “Apresente Cristo a Satanás em cada tentação. Mostre Cristo ao inimigo, Diga-lhe: “está escrito ( Mat. 4: 4, 7 e 10, e Lucas 4: 4, 8 e 10). “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). “Ordena os meus passos na Tua Palavra, e não se apodere de mim iniqüidade alguma” (Salmos 119: 133). Mergulhe fundo no estudo da Palavra de Deus. Se não o fizer estará correndo sérios riscos. Os que “não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, quando vem a tentação se desviam” (Lucas 8:13). Estude e medite na Palavra de Deus cada dia. Esconda diariamente Cristo em sua vida e em seu ser. “Escondi a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti” (Salmos 119:11). “a Palavra do Senhor ... é um escudo para todos os que nEle confiam” (Salmos 18:30 e Provérbios 30:5). “Em Deus louvarei a Sua Palavra, em Deus pus a minha confiança; não temerei o que me possa fazer a carne” (Salmo 56:4). “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra” (Salmos 119:9). ”Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmos 119:105). Pela Palavra será a igreja santificada (Efésios 5:26). “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). “Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas” (Tiago 1:21). “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações” (II Pedro 1:19)


Outro ponto sobre o discippulado:

Que mensagem existe em Mat. 5:13-16 para os discípulos de Cristo sobre "deixar sua luz brilhar"? Sugiro que o recado para nós está na palavra "deixar." Mateus 5:16, nas nossa versões em português, diz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, ..”. Na KJV é deixa sua luz resplandecer ...” o que trás a idéia de nosso consentimento para que Deus realize isto em nós. É uma questão de respeito que Deus tem pelo nosso livre arbítrio; A palavra significa que o Senhor está pronto para fazer algo se nós O deixarmos fazê-lo. Ele não o pode fazer sem nossa permissão, ou devemos dizer, sem nossa cooperação.

E aqui podemos encarar a realidade da história de nossa igreja. A idéia de "deixar sua luz brilhar" era "verdade presente" há 120 anos quando o Senhor estava pronto para brilhar "nossa" luz sobre um mundo entenebrecido, iluminando a terra com a glória do quarto anjo de Apocalipse 18:1-4. (Lembre-se de que, quando Apocalipse fala de anjos com uma mensagem, é o povo de Deus que realmente dá a mensagem).

Mas estava aquela "luz" pronta para o Céu magnificá-la, para fazê-la brilhar num mundo escuro naquela época? A serva do Senhor disse que éramos secos como as colinas de Gilboa que não tinha nem orvalho nem chuva. Para trazer cura e unidade à igreja mundial, "em Sua grande misericórdia o Senhor enviou uma mui preciosa mensagem" (Testemunhos a Ministros, pág. 91), que era (e é) essa mensagem de há 120 anos. Cada classe da Escola sabatina e cada serviço de adoração na época de 1888 eram "secos". O Senhor nunca podia ter como magnificar a luz que eles tinham para aquele tempo no mundo. Mas Ele estava esperando para brilhar (*neles) a "luz" que tinha dado em 1888.

Permita-nos salientar como o verbo "deixar" contem o evangelho em si mesmo: o Senhor está ativamente trabalhando, e espera nossa "disposição" de permitir que Ele faça o que Ele quer fazer. "Deixe a paz de Deus, ... dominar em vossos corações” (Col. 3:15); essa "paz" dominará nosso coração se não O impedirmos por nossa obscura incredulidade! Deixe a palavra de Cristo habitar em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ...” (vs. 16). Quer dizer, deixe sua Lição da Escola Sabatina achar um lugar de morada no seu coração; leia cada texto, marque sua Bíblia, consulte uma concordância se você puder. Oh como sua Bíblia tornar-se-á um novo livro para você! Tornar-se-á pessoalmente relacionada com você. (Isto custa algum dinheiro? Só a compra inicial; e com certeza uma Bíblia pessoal e que nos acompanha a vida inteira, é digna de seu custo).

Você aprenderá a amar a Bíblia. Você a levará consigo sempre à Escola Sabatina e ao culto de adoração. Quando você pegar um raio de luz, marque-o em sua Bíblia. Isto será sua experiência de construção de sua casa "numa pedra" e a chuva que desce e inundações e ventos que sopram não podem movê-la (cf. Mat. 7:15- 20, lição de 3ªF.).

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Estas idéias eu as colhi deste mesmo blog nas postagens que fizemos no 1º trim. De 2008. Para maiores pesquisas, no final da coluna da direita, clique em 2008, depois nos meses de janeiro, fevereiro e março, e terá todas as lições daquele trimestre.

Do irmão em Cristo, João Soares da Silveira

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