quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Lição 11 - A vida cristã, por Todd Guthrie

Para 8 a 15 de dezembro de 2012


"Qualquer um pode dizer que é cristão. Porém, o que isso significa, em termos práticos?" (Pensamento-chave na introdução da lição).
Nada é mais prático do que a habitação de Cristo, através do Espírito Santo. Este é o único caminho para se chegar a "vida correta", porque qualquer boa obra realizada é trabalho dEle:
 “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas” (Efé. 2:10, KJV).
A lição desta semana é, portanto, um estudo de algumas das maneiras em que a habitação de Cristo se manifesta na vida do crente.
Por exemplo, a gestão adequada dos recursos é simplesmente a aplicação prática da Fé de Jesus. O que Jesus cria sobre posses? De quem Ele recebeu todas as coisas?
 “O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas Suas mãos” (João 3:35).
E como é que isto influencia o modo como vemos as nossas "posses”?
 “Todavia, para nós, [há] um só Deus, o Pai, de quem [são] todas as coisas, e nós para Ele, e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual [são] todas as coisas, e através de quem nós vivemos!” (1ª Cor. 8:6, KJV).
Como os versos na lição de domingo indicam, vemos o Doador da vida, depondo a Sua vida, mostrando a humildade de completa dependência de Seu Pai, e, assim, nos mostrando a mordomia do Pai — Ele também vive para dar. Esta é a essência da mordomia — o amor Ágape. Isso é o que precisamos que exista em nós — e não apenas o conceito, mas o negócio real.
O dízimo torna-se então um sinal de rendição completa Àquele que deu a Si mesmo pela raça humana, e a redimiu da maldição, restaurando as bênçãos de Deus (segunda-feira).
Identidade é, provavelmente, uma melhor expressão em vez de "amor a si próprio", na qual pendurar nossos pensamentos sobre como vemos a nós mesmos (terça-feira). Esta mudança de identidade só é possível ao vermos quão completa foi a união de Cristo com a humanidade:
 “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se Um morreu por todos, logo todos morreram, e Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora, já não O conhecemos deste modo” (2ª Cor. 5:14-16).
O tema "em Cristo" não é apenas um motivo, é a razão para viver e partilhar!
O casamento torna-se um concerto unilateral (quarta-feira), uma promessa de amar e respeitar nossos cônjuges de acordo com a lei do amor Ágape, que é o que é necessário para viver em corpos afetados pela maldição (*do pecado). Pela fé de Jesus, nós estamos olhando para a redenção dos nossos corpos da maldição, 1ª Cor. cap. 15, assim como nós os tratamos como templo do Deus vivo, 1ª Cor. 6:19. Isso tem aplicação prática em nossos casamentos.
Fidelidade em nossos relacionamentos, quer sejam eles no emprego, na sociedade civil, ou nos círculos sociais, é baseada na fidelidade de Deus para conosco e Sua criação inteira. Isto é, naturalmente, no contexto do Grande Conflito, onde vemos os efeitos da batalha travada em todas essas áreas. Apenas a mente de Cristo sabe como negociar os enigmas que são criados por nós diariamente.
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De William W. Prescott (1855 – 1944) Enciclopédia Adventista, vol.10 da série SDABC, pág. 1148) lemos:
"Escrever a lei no coração é simplesmente ter Cristo habitando em nós. Cristo era a lei viva, a lei na vida. O Espírito de Cristo é o Espírito daquela vida divino-humana que vivia em obediência aos mandamentos de Deus. Esse é o Espírito que Ele coloca sobre nós, Seu outro eu atuando em nós. A lei de Deus é ministrada pelo Espírito de Deus. Quando ela vem ao coração, é o próprio Cristo, é "Cristo em vós, a esperança da glória" (*Col. 1:27). E quando Cristo entra em nossos corações, Ele é a lei viva, a lei de Deus operando no caráter. Cristo habitar em nosso coração, significa trazer o caráter de Deus a nossas vidas. Guardar os mandamentos de Deus é manifestar o caráter de Jesus Cristo" (27/1/1896, W.W P., Best, pág. 28.1)
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Finalizando, de Ellen White, lemos:
"Na conversa de Pedro com Cornélio e toda a sua casa, ele disse que ‘como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; O qual andou fazendo o bem, e curando todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele’ (*Atos 10:38). Estas são as obras que Ele fez, porque Deus estava com ele. Nicodemos disse: ‘Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele’ (*João 3:2), e Cristo lhe respondeu: ‘O Pai, que está em Mim, é Quem faz as obras’ (*João 14:15). Deus estava com Ele ao Sua vida e poder atuar nEle. Como essa experiência ocorreu é tornada evidente pela Escritura, que diz: ‘Porque Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não Lhe dá Deus o Espírito por medida’ (*João 3:34). O Espírito não Lhe foi dado por medida, foi a plenitude do Pai habitando (*nEle). ‘Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse’ (*Col. 1:19). ‘Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade’ (*Col. 2:9). Isto é, Deus estava em Cristo, trabalhando nEle, reconciliando o mundo consigo mesmo, e habitou nEle em sua plenitude, dando a Ele o Espírito sem medida. Esse foi o Pai vivendo nEle, e o Pai que viveu nEle era o poder operando nEle. Não que Cristo não tivesse poder de Si mesmo, e não pudesse ter obrado por Si mesmo, mas temos de manter perante nossas mentes continuamente que Cristo voluntariamente tomou uma posição que o Seu próprio caráter não Lhe exigia tomar, a fim de ajudar-nos a sair da posição que estamos, donde nós não poderíamos ajudar a nós mesmos. Ele consentiu nesta experiência de viver totalmente pela vida de outro, mantendo o seu próprio eu em suspenso, a fim de que o Pai pudesse aparecer nEle, para ser um exemplo para nós, e mais, a fim de que essa experiência pudesse ser possível para nós. Há um mistério maravilhoso a respeito da encarnação de Cristo, que a Sua experiência na carne devesse ser a nossa experiência na carne, por Sua habitação em nós. E quando Ele veio para identificar-Se com a carne, e habitar na carne, não foi simplesmente para habitar em carne, na Galiléia, mas em todos os lugares onde a carne se submetesse à Sua atuação. É por isso que Cristo Se identificou tanto com Seus seguidores, porque é Ele mesmo em Seus seguidores. Isso não deve ser considerado como uma experiência sombria, fora de nossa vida diária. Esta deve ser a nossa vida diária, e nós devemos nos elevar acima da idéia de que o poder de viver está em nós, e que temos que depender de nosso próprio poder. Apresentar o exemplo de Cristo, sem o poder de Cristo é de pouco proveito. Deus não nos deixou simplesmente com a vida de Cristo diante de nós como um exemplo, mas Cristo veio em carne, passou a viver a vida de justiça, identificando-Se com a carne humana, a fim de que Ele possa, através de todos os tempos, identificar-Se completamente com Seus seguidores, e que Ele possa viver neles, para ser a vida e poder e sabedoria e justiça para eles. A vida que Cristo viveu na Judéia é a vida da qual devemos lançar mão pela fé nas promessas de Deus.
 “Agora a dádiva do Espírito Santo é o dom de Cristo, e a presença do Espírito Santo é a presença de Cristo em nós, e o poder do Espírito Santo é o poder de Cristo em nós, e a habitação do Espírito Santo é a habitação de Cristo em nós, pois o Espírito Santo é o representante real de Cristo" (“General Conference Bolletin”, pág. 632).

-Todd Guthrie

O irmão Todd Guthrie, é um médico adventista, membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países. Ele e sua família sempre aparecem no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental.

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