Para a semana de 25 de dezembro de
Aqueles que creem que a dinâmica da mensagem de 1888 é o início da chuva serôdia que concentra a nossa atenção sobre o ministério de Cristo como nosso Divino Médico no santuário celestial, irá, imediatamente, reconhecer a importância das lições deste trimestre sobre "A Bíblia e as emoções humanas". Não existe aplicação mais prática da verdade do ministério de Cristo como Sumo Sacerdote que o poder de cura do evangelho, em um cenário moderno. O mundo está cheio de cristãos, bem como de gentios, que estão sofrendo. É bom saber que Cristo não está em algum feriado, (*dormindo ou viajando a algum canto de Seu imenso universo), mas está trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, para curar aqueles que estão emocionalmente abalados.
Para a maioria das pessoas os sentimentos não são objetos de restauração no plano da salvação. Para eles as emoções, como: raiva, frustração, impaciência e sensibilidade são impossíveis de serem mudadas. Mas o temperamento não é um insignificante aspecto da pessoa toda a ser tão levianamente posto de lado como não afetado pelo "evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê" (Rom. 1:16). "O Deus da paz" propõe-Se a vos santificar “em tudo; todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1ª Tessalonicenses 5:23). Assim, Cristo tem, como Seu objetivo específico, no nosso dia cósmico da Expiação, chegar à raiz da causa de nossas emoções danificadas e definir Seus graciosos processos de cura.
A desculpa que é dada para as emoções negativas é que estão
Geralmente supomos, normalmente que estas declarações se referem a pessoas que não são membros da Igreja, aqueles que estão "fora," que não conhecem ao Senhor, como nós O conhecemos. Será que elas poderiam ter significado para os que estão "dentro" da igreja, até mesmo para nós, que somos obreiros? Podemos não saber se há algum pecado consciente ou ansiedade que nos preocupa, mas poderíamos sofrer de alguma ansiedade profunda ou descontentamento que "quebra as forças da vida" inconscientemente? "A enfermidade da mente reina por toda parte. Nove de cada dez enfermidades sofridas pelo homem têm ai seu fundamento" (Testemunhos Para a Igreja,vol. 5, págs. 343 e 444). Jesus, "tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças" (Mat. 8:17). De alguma forma inexplicável, Cristo levou nossas fraquezas mentais, bem como as nossas enfermidades corporais.
A mente humana capta um registro perfeito de cada experiência da vida. A pessoa pode não ser perfeitamente capaz de recordar todos os eventos de cada minuto, mas está, entretanto, tudo lá esperando a circunstância para a sua rememoração. Podemos explicar isto por uma ilustração da natureza. Se você visitar o oeste dos Estados Unidos, você vai ver as belas sequóias gigantes. Na maioria dos parques, os naturalistas podem mostrar-lhe um corte transversal de uma grande árvore que cortaram, e eles apontam que os anéis da árvore revelam a história do desenvolvimento, ano após ano. Aqui está um anel que representa um ano quando houve uma seca terrível. Está aqui um par de anéis, de anos quando houve muita chuva. Outro anel indica que a árvore foi atingida por um raio. Diversos anéis demonstram alguns anos normais de crescimento. Este anel apresenta um incêndio florestal que quase destruiu a árvore. Aqui está outro de peste selvagem e doença. Tudo isso está embutido no coração da árvore, representando a autobiografia de seu crescimento.
Essa é a maneira como acontece conosco. Apenas algumas camadas finas sob a proteção da casca — a dissimulação, máscara de proteção — são os anéis gravados de nossas vidas. Há cicatrizes antigas, dolorosas mágoas. Aqui está a descoloração de uma trágica mancha que turva toda a vida. E aqui vemos a pressão de uma memória dolorosa, reprimida.
Começa com a mente, e as coisas ruins que acontecem ao longo do tempo em nossas relações, se aprofundando mais e mais fundo a fim de sobreviver. É como um vulcão, com seus fogos subterrâneos de lava ardente que emitem gases tóxicos, e sem ter para onde ir senão para cima através de pequenos orifícios na superfície da crosta terrestre. Frequentemente, dado o conjunto correto de circunstâncias, a linha de fratura mais fraca se torna o ponto de explosão. Então, o que não sabemos e entendemos sobre nós mesmos pode nos prejudicar, inevitavelmente, e a outros.
A boa nova da mensagem de 1888 é a ênfase que recai sobre a identificação completa de Cristo com a nossa humanidade. Temos um Salvador, que apresenta toda a gama de emoções comuns à raça humana. Se o arrependimento perfeito de Cristo, em nome da humanidade significa algo, significa que, em Sua mente é registrado cada pequeno detalhe de todas as vidas individuais que tenham entrado no mundo. Ele conhece intimamente as emoções de cada alma que já viveu.
Isaías impôs imprimiu nas telas dos monitores da raça humana o horror do sofrimento de Cristo, que Ele suportou pela humanidade, entretanto não foi mera insensível brutalidade física que Isaías descreveu, não uma flagelação, patética, estúpida, de um corpo humano quase na carne viva, mas Isaías retrata o infinito sofrimento mental e emocional dAquele que é um Deus-homem. A versão de Isaías criou a mais nobre música e poesia da raça humana: Em 52:13: "Eis o meu servo ... será exaltado e elevado e mui sublime;” 14: “Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens;” 15: “reis fecharão as suas bocas por causa dEle.” 53: 3: “Homem de dores, e experimentado nos sofrimentos;” 4:“Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades;” 12: “derramou a Sua alma na morte’ [a Bíblia se refere à segunda morte]: ‘... Ele levou sobre si o pecado de muitos" (Confira estes textos em Isaias 52:13 até 53:12).
Jesus tinha emoções. Jesus é humano e todos os seres humanos têm sentimentos. Sem emoções somos raquíticos e encolhidos. Alguns pensam de emoções expressas em lágrimas e sorrisos e abraços como sinais de fraqueza ou de contradições para a inteligência. Se assim fosse, então teríamos de pensar em Jesus como fraco e ignorante. Pelo contrário, porque Ele era um ser humano pleno, Ele mostrou como sentir e expressar emoções de uma forma plenamente humana.
Jesus não contava como perda tomar a carne humana, até mesmo para partilhar das nossas experiências emocionais. Ele mesmo não procurou erradicá-las, mas, na verdade, as carregou e as usou em perfeição gloriosa. Ele fez isso no temperamento da humildade e em perfeito equilíbrio. Em Seu exemplo, um crente não é apenas convencido da humanidade de Jesus e, assim, a sua capacidade de se identificar com as enfermidades humanas, mas Sua vida é o incentivo para um crente de que toda a personalidade deve ser resgatada e restaurada.
— Paul E. Penno
O irmão Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior.