quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Lição 2 - Os Incomparáveis Encantos de Jesus Cristo, por João Silveira

Para 6 a 13 de outubro de 2012

A maior Revelação de Deus foi feita na dádiva de Seu Filho Jesus Cristo.
O grande centro de atração, Jesus Cristo, não deve ser deixado de fora da mensagem do terceiro anjo. Por muitos que se têm empenhado na obra para este tempo, Cristo foi feito secundário, e deram o primeiro lugar às teorias e argumentos.” (Review and Herald, 1894/03/20, e Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 383).
"Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor, mui (sic) preciosa mensagem a Seu povo ... Esta mensagem devia por de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista.  Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos, e em Seu imutável amor pela família humana’ (Cristo Nossa Justiça, pág. 24; Testemunhos para Ministros, págs. 91, 92).
Jesus Cristo era para ser o grande centro de atração na mensagem de 1888. Teorias e argumentos não eram para ter o primeiro lugar, entretanto Cristo foi feito secundário. Muitas pessoas tinham até perdido a visão de Jesus. E hoje? Cristo é o grande centro de atração em nosso ensino e pregação de Cristo, justiça nossa, ou têm os métodos e processos de justificação e as várias teorias e argumentos sobre a justificação e santificação sido predominantes? A ênfase é geralmente no processo e não em Cristo. As divergências que são tão fortemente apresentadas parecem sempre focar no método pelo qual somos justificados e não na Pessoa por quem nós somos justificados. Ellen White disse: "Eles deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos, e em Seu imutável amor pela família humana" (Testemunhos para Ministros, pág. 92).
Quão fácilmente perdemos o foco e a ênfase em Cristo, Justiça nossa. Jesus, a Pessoa, o Cristo, é o coração e o tema de Cristo Justiça nossa. Justificação e santificação são os resultados, os produtos de Sua grande obra em nosso favor. Mas o Produtor, a Agência Ativa, é Jesus, o Cristo. O tema deve ser sempre em Cristo; e, depois, em segundo lugar, o que Ele realizou por nós. Intimamente relacionado com Cristo, o grande centro de atração e foco na Pessoa de Jesus é o resto do título: "Cristo, Justiça nossa." A justiça de Jesus deve ser enfatizada acima de todos os outros temas. Seu caráter, Sua santidade, Suas virtudes, Sua justiça ou méritos, como Ellen White muitas vezes os chamava, é o tema principal em "Cristo Justiça Nossa." Conquanto nós precisemos saber como somos considerados justos, etc, devemos primeiro ver e sempre contemplar a beleza do caráter de Jesus, que é a Sua justiça.
Em meio aos muitos escritos de Ellen G. White encontramos diversas referências à mensagem de 1888 que ela descreveu, por diversos meios, “os incomparáveis encantos ​​de Cristo” (Through Crisis to Victory, Ms. 5, 1889, pág. 48). 
Ela usou esta frase, "incomparáveis encantos ​​de Cristo", em outros lugares como à página 256 de Da Crise à Vitória, na Review and Herald, 22 de dezembro de 1896. Sua linguagem pitoresca (incomparáveis encantos) descreve a justiça de Jesus, Seu caráter perfeito. Quando Sua beleza de caráter é vista prende a nossa atenção de tal modo que nossos olhos estão fixos nEle. Sua beleza de santidade é tão atraente, tão apelativa que ficamos encantados por tão grande beleza, que nos encontramos olhando para ele, paralisados em admiração, possuídos por tal perfeição.
"Encantos incomparáveis de Cristo" foi sua descrição da mensagem de 1888. Quão diferente é de todas as apresentações legais, objetivas, que ouvimos tão frequentemente sobre este assunto. Quão atraente quando comparado com todas as teorias e argumentos. Quão simples e pessoal. Suas descrições de Jesus encontradas em outros lugares provavelmente também se refiram à justiça de Cristo. Em Testemunhos para Ministros, pág. 81 ela fala da "preciosidade de Cristo." Em O Maior Discurso de Cristo, pág. 76, "a atrativa beleza de Cristo." Em Testemunhos para a Igreja, Volume 6, pág. 426, "as mais suaves melodias de origem divina":
 “As mais suaves melodias de origem divina, vindas através de lábios humanos — Justificação pela fé e a justiça de Cristo — não lhes arrancam [*de ‘muitíssimos dos que hoje compõem nossas congregações'] uma manifestação de amor e gratidão” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 6, pág. 426). 
Talvez muitos nunca perceberam que a Bíblia tem referências à justiça de Cristo, Seu caráter, em bem conhecidas descrições de Jesus como Aquele que é "totalmente desejável" (Cantares de Salomão 5:16); "Eu sou a Rosa de Sarom, o lírio dos vales" (Cantares de Salomão 2:1): "Eu sou ... a resplandecente estrela da manhã" (Apocalipse 22:16); "o desejado de todas as nações" (Ageu 2:7, KJV). Esta é, certamente, uma visão única da mensagem de 1888. Tem essa sido a nossa ênfase quando falamos da justificação pela fé e Cristo nossa justiça? Conquanto Deus queira que nós compreendamos o processo de justificação pela fé na justiça de Cristo e santificação, e todos os vários aspectos desta mensagem, Cristo e Sua justiça é o coração, o poder, o apelo e a beleza da mensagem. Se corretamente entendermos tudo isso, mas na nossa ênfase tornarmos Jesus meramente secundário, perdemos tudo. Nada deve ser permitido substituir a Pessoa de Jesus.
Para que não nos interpretem mal, dizemos que os "encantos incomparáveis" de Jesus não se referem a qualquer beleza física ou atração externa, porque a Bíblia ensina que Jesus não tinha esse apelo exterior. "Ele não tinha beleza nem formosura ...não havia boa aparência nEle, para que O desejássemos" (Isaías 53:2). Isto se refere ao Seu caráter, ou beleza interior, e essa beleza era refletida na face de Jesus, em Seus ensinamentos, Seu tratamento das pessoas, e em todas as Suas obras. Sua perfeição interior pode ser discernida por nós. Seu amor, pureza, abnegação, humilhação, paciência, santidade e, todas as Suas virtudes eram constantemente demonstrados.
Como resultado, as pessoas percebiam esta beleza de caráter, chamada justiça, e foram atraídos a Ele. Criancinhas queriam estar perto dEle, ou serem tocadas por Ele. Pescadores, agricultores, coletores de impostos, soldados romanos, e os pagãos se reuniram com Ele como se fosse por alguma força irresistível. Mesmo os endemoninhados, quando libertados, queriam estar sempre com ele. Estas actividades eram uma demonstração dos encantos incomparáveis ​​de Jesus em operação. Cristo nossa justiça, "os charmes incomparáveis ​​de Jesus", apelam aos nossos corações, não apenas ao intelecto. É uma forma inteiramente diferente de ganhar almas. Todos argumentos, a promoção e a lógica são omitidos. É a apresentação da beleza do caráter ou justiça de Cristo, de tal forma que tenha o efeito de "encantar" o ouvinte ou telespectador.
O Dicionário Colegial Webster tem esta definição de "charme" como "uma característica ou qualidade que fascina e seduz, como se por um feitiço"; "Afetar por, ou como por encanto ou magia"; "fascinar, enfeitiçar, encantar"; "para atrair irresistivelmente; para encantar excessivamente." Quão agradável e divertida é tal obra de atrair ouvintes irresistivelmente e, ao mesmo tempo, os vermos ficar excessivamente encantados.
Você deve pesquisar a Bíblia, pois ela lhe fala de Jesus. Ao você ler a Bíblia, você vai ver os encantos incomparáveis de Jesus. Você vai se apaixonar com o Homem do Calvário, e a cada passo você pode dizer ao mundo: "Os Seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz" (Prov. 3:17). Você deve representar Cristo ao mundo. (Ellen G. White, Life Sketches, pág. 293).
Incomparáveis Encantos! Que mensagem diferente é essa! Mensagens que contêm as credenciais divinas foram enviadas ao povo de Deus; a glória, a majestade, a justiça de Cristo, cheio de bondade e verdade foi apresentada; a plenitude da Divindade em Jesus Cristo foi definida diante de nós com beleza e graciosidade, para encantar corações que não foram fechados com preconceito (Review and Herald, de 27/05/1890).
O que eles pregaram? "A glória, a majestade, a justiça de Cristo, cheio de bondade e verdade, foi apresentada.  Os encantos incomparável de Cristo foram apresentados, a plenitude da Divindade em Jesus Cristo." E como é que eles a apresentaram? "... Foi estabelecido entre nós com beleza e graciosidade." E por que foi apresentado?" ...Para encantar todos os corações." Com tal grande apelo e poder nas mensagens daquele tempo, como alguém poderia resistir tal atração? A resposta é dada na citação: PRECONCEITO (*no parágrafo acima). E o peconceito ainda pode endurecer nossos corações hoje. Mas podemos também deixar de responder hoje por outras razões. Muitos de nós têm medo da religião do coração. Alguns têm grande dificuldade com AMOR. Parecemos incapazes de lidar com tais recursos que nos atingem onde somos vulneráveis, talvez impotentes. Muitos insistem em fazer a sua religião friamente científica, lógica e objetiva, mas uma religião que me encanta sobrepuja tudo isso e aperta meu coração de uma maneira subjetiva, que muitas vezes é impossível explicar ou compreender. Mentalmente, fugimos de tais apresentações e endurecemos nossos corações. Mas Deus quer o nosso coração e Jesus vem para ganhá-lo. Esta é uma necessidade, se quisermos ser verdadeiramente cristãos. (Veja Caminho a Cristo, página 18, e Parábolas de Jesus, página 97).
Oh, que privilégio e oportunidade temos de apresentar "os incomparáveis encantos ​​de Cristo." Esta é a mensagem que é tão desesperadamente necessária hoje.
João Soares da Silveira, a partir do 1º capítulo de
“Jesus o Grande Centro de Atração”, por J. W. Lehman